UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA AVALIAÇÃO DE EMISSÕES DE CO 2 NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UM ESTUDO DE CASO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO PARANÁ THEODOZIO STACHERA JÚNIOR Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Tecnologia. Programa de Pós- Graduação em Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Prof. PhD Eloy Fassi Casagrande Jr. CURITIBA 2006

2 THEODOZIO STACHERA JÚNIOR AVALIAÇÃO DE EMISSÕES DE CO 2 NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UM ESTUDO DE CASO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO PARANÁ Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Tecnologia. Programa de Pós- Graduação em Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Prof. PhD Eloy Fassi Casagrande Jr. CURITIBA 2006

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4 Em memória de Dona Edith, minha querida mãe. iv

5 AGRADECIMENTOS À Ymembui, minha querida esposa, pela grande paciência e compreensão. Ao Prof. Eloy Fassi Casagrande Jr. pela valiosa orientação para a realização desse trabalho. Aos Professores Aguinaldo, Décio e Cerri pelas correções e sugestões para conclusão dessa pesquisa. Aos Professores do PPGTE/UTFPR pela dedicação. À Companhia da Habitação do Paraná, em especial ao Sr. Aparecido Tassi pelo apoio e incentivo. Aos meus amigos, em especial ao Sérgio Graboswi pelos conselhos e pela grande ajuda. À Ana Carolina, pois tudo tem sua importância. Aos meus familiares que sempre me incentivaram e acreditaram nas minhas iniciativas. A Deus, pois sem ele nada seria possível. v

6 ...que importância tem se a eletricidade dos letreiros em néon devora os combustíveis fósseis arrancados do coração da Terra para irem, queimados, saturar a atmosfera com gás carbônico, com compostos sulfurados, com metano e óxido de nitrogênio! Que importância tem se as centrais nucleares acumulam em seu centro resíduos radioativos que não interessam às gerações futuras e isso se daqui até lá essas centrais não explodirem...a dívida ecológica será paga em dia, eis as chuvas ácidas que matam as florestas, eis que se cava o buraco na camada de ozônio, eis que os gases de combustão, num efeito estufa, aquecem a atmosfera, alargando os desertos, condenando Veneza e Bangladesh (LIPIETZ, 1991, p.80). vi

7 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... xii LISTA DE TABELAS... xiv RESUMO... xviii ABSTRACT... xix 1 INTRODUÇÃO O MEIO AMBIENTE NO CENÁRIO ATUAL PROBLEMÁTICA DE PESQUISA PROBLEMA DE PESQUISA OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVA ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO O PENSAMENTO SISTÊMICO X PENSAMENTO CARTESIANO. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, A CRISE AMBIENTAL, O AQUECIMENTO GLOBAL E O PROTOCOLO DE KIOTO O PENSAMENTO SISTÊMICO X O PENSAMENTO CARTESIANO A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O Desenvolvimento Econômico e o Meio Ambiente O Equilíbrio Ambiental e as Indústrias vii

8 2.3.3 A Poluição do Ar História da poluição do ar Os principais poluentes do ar Efeitos da poluição Classificação física dos poluentes atmosféricos A MUDANÇA CLIMÁTICA COM O AQUECIMENTO GLOBAL E O PROTOCOLO DE KIOTO Aquecimento Global O Efeito Estufa Os gases do efeito estufa Dióxido de Carbono - CO Prováveis Conseqüências do Aumento da Temperatura O Protocolo de Kioto CONCLUSÃO DO CAPÍTULO TECNOLOGIAS APROPRIADAS, A PRODUÇÃO MAIS LIMPA E A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E AS EMISSÕES DOS GASES DO EFEITO ESTUFA TECNOLOGIAS APROPRIADAS Tecnologias Apropriadas na Construção Civil A PRODUÇÃO MAIS LIMPA A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E A PRODUÇÃO DE SEUS PRINCIPAIS PRODUTOS - A EMISSÃO DE CO 2 NA FABRICAÇÃO E NO TRANSPORTE A Indústria da Construção Civil no Cenário Atual Impactos Ambientais dos Materiais de Construção Os produtos básicos mais utilizados na indústria da construção civil Produção de Resíduos e a Emissão de Gases na Indústria da Construção Civil viii

9 Cimento Processo de fabricação do cimento Cal Fabricação do cal Tijolos cerâmicos Perfil da indústria de cerâmica vermelha O processo de produção As matérias primas mais utilizadas no processo produtivo PVC Agregados: areia e brita O aço A produção do aço A produção do aço e a indústria do carvão vegetal O uso da lenha e o desmatamento Emissão dos Gases do Efeito Estufa no Transporte Metodologia para o cálculo de emissões de CO 2 no transporte Adição de álcool ao diesel REFERÊNCIAS PESQUISADAS PARA CÁLCULO DE EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA Emissões de Gases do Efeito Estufa Calculadas Segundo Cybis e Santos (2000) Emissões de Gases do Efeito Estufa Calculados Segundo Cruz et al (2003) Emissões de Gases do Efeito Estufa Calculados Segundo o IDD - Institut Wallon VITO (2001) Emissões de Gases do Efeito Estufa Calculados Segundo Isaia e Gastaldini (2004) CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ix

10 4 METODOLOGIA DA PESQUISA CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA MÉTODO DE PESQUISA COLETA DE DADOS A ANÁLISE DA PESQUISA ESTUDO DE CASO: O MODELO DE CONSTRUÇÃO PÚBLICA DE INTERESSE SOCIAL MAIS DESENVOLVIDO NO ESTADO DO PARANÁ E A EMISSÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA A COMPANHIA DE HABITAÇÃO DO PARANÁ Missão da Companhia da Habitação do Paraná Metas da Empresa O Déficit Habitacional no Estado do Paraná AS UNIDADES HABITACIONAIS CONSTRUÍDAS PELA ESTATAL PARANAENSE DISTÂNCIAS PERCORRIDAS PARA O TRANSPORTE DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NOS EMPREENDIMENTOS POPULARES DESENVOLVIDOS PELA COHAPAR NO ESTADO DO PARANÁ EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA NO MODELO DE HABITAÇÃO PÚBLICA DE INTERESSE SOCIAL MAIS CONSTRUÍDO NO ESTADO DO PARANÁ Emissões de Gases do Efeito Estufa no Processo de Produção de Materiais de Construção Utilizados na Construção Pública de Casas de Interesse Social no Estado do Paraná Emissões de CO 2 Devido ao Transporte Rodoviário de Materiais de Construção para Execução Pública das Casas no Interior do Estado do Paraná ANÁLISES E CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESULTADOS Relação entre os Materiais mais Utilizados na Execução Pública de Casas com Interesse Social e a Emissão de CO x

11 5.5.2 Cálculo da Quantidade Total de CO 2 que está sendo Emitido e que Poderá ser Emitido na Construção Pública da Habitação de Interesse Social no Estado do Paraná RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÕES LIMITAÇÕES DO ESTUDO PESQUISAS FUTURAS REFERÊNCIAS ANEXOS A PRODUÇÃO HISTÓRICA DE HABITAÇÕES DA COHAPAR B RELAÇÃO DE MATERIAIS DA CASA PADRÃO 40 CASA MAIS UTILIZADA NAS CONSTRUÇÕES DA COHAPAR C RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS COM CASAS EM OBRAS E O NÚMERO DE UNIDADES EM CONSTRUÇÃO EM 08/08/ xi

12 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - HISTÓRIA DA POLUIÇÃO DO AR FIGURA 2 PRODUÇÃO INDUSTRIAL GLOBAL DE CO FIGURA 3 GRÁFICO DA CONTRIBUIÇÃO DOS GASES DO EFEITO ESTUFA PARA O AQUECIMENTO GLOBAL FIGURA 4 - EMISSÕES GLOBAIS DE CO 2 RESULTANTE DAS ATIVIDADES HUMANAS (bilhão de toneladas de carbono por ano) FIGURA 5 - GRÁFICO DO PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NO QUE SE REFERE AS EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA FIGURA 6 ESQUEMA DE PRODUÇÃO DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO FIGURA 7 ESQUEMA REPRESENTANDO O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO FIGURA 8 PROCESSO PRODUTIVO BÁSICO DE PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA FIGURA 9 EXTRAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA (ARGILA) NA REGIÃO DE CURITIBA FIGURA 10 RECEBIMENTO DE MADEIRAS PARA QUEIMA EM UMA OLARIA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA FIGURA 11 ESQUEMA DE EMISSÕES DE CO 2 NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA FIGURA 12 GRÁFICO DO CONSUMO X PLANTIO DE ÁRVORES PARA MADEIRA FIGURA 13 FOTOS DO TRANSPORTE DE BARRAS DE AÇO FIGURA 14 - EMISSÕES TOTAIS DE CO 2 POR ÁREA CONSTRUÍDA FIGURA 15 - ESCRITÓRIOS REGIONAIS DA COMPANHIA DA HABITAÇÃO DO PARANÁ xii

13 FIGURA 16 PROJETO ARQUITETÔNICO DA CASA PADRÃO 40M² FIGURA 17 FOTOS DAS ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DA CASA DE 40 M² FIGURA 18 - MAPA DO PARANÁ COM ESQUEMA DE TRANSPORTE DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO FIGURA 19 - EMISSÕES TOTAIS DE CO 2 POR CASA (MATERIAIS + TRANSPORTE) xiii

14 LISTA DE TABELAS TABELA 1 CARTESIANO X SUSTENTÁVEL TABELA 2 PROBLEMAS AMBIENTAIS E SUAS PRINCIPAIS CAUSAS TABELA 3 PRINCÍPIOS QUE REGEM AS ATUAIS CONDUTAS NA SOCIEDADE DE CONSUMO TABELA 4 PARADIGMAS NAS RELAÇÕES ENTRE EMPRESAS E O MEIO-AMBIENTE TABELA 5 ATIVIDADES E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS TABELA 6 CONCENTRAÇÃO DE CO 2 E A TEMPERATURA DA TERRA SEGUNDO ALGUNS PESQUISADORES TABELA 7 CONCENTRAÇÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA NA ATMOSFERA TABELA 8 VARIAÇÃO NAS CONCENTRAÇÕES DOS GASES DO EFEITO ESTUFA NA ATMOSFERA TABELA 9 EMISSÕES NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS POR SETOR TABELA10 INDICADORES DE EMISSÕES DE CO 2 NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS E EM DESENVOLVIMENTO TABELA 11 - COMPARAÇÃO ENTRE TECNOLOGIA APROPRIADA E TECNOLOGIA DE GRANDE ESCALA TABELA 12 TÉCNICAS TRADICIONAIS X TECNOLOGIAS MODERNAS X TECNOLOGIAS APROPRIADAS TABELA13 - EMISSÕES DE CO 2 NA INDÚSTRIA DO REINO UNIDO EM TABELA14 EMISSÕES DE GASES NA INDÚSTRIA DE CIMENTO DA TURQUIA xiv

15 TABELA 15 EMISSÕES DE CO 2 NA PRODUÇÃO DE CIMENTO TABELA 16 PRODUÇÃO DE CIMENTO NO BRASIL (1990 A 1994) TABELA 17 PRODUÇÃO DE CAL NO BRASIL ( ) TABELA 18 EMISSÕES DE CO 2 NA PRODUÇÃO DE CAL BRASILEIRA TABELA 19 EMISSÕES DE CO 2 DA PRODUÇÃO DE CAL CALCÍTICA, MAGNESIANA E DOLOMÍTICA TABELA 20 EMISSÕES DE CO 2 POR DESTINAÇÃO DE TRANSPORTE DE 1990 A 1998 NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO TABELA 21 - PROJEÇÃO DE EMISSÕES DE CO 2 REFERENTE AOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (Gg/ano) TABELA 22 EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA POR METRO QUADRADO DE ALVENARIA SEGUNDO CYBIS E SANTOS (2000) TABELA 23 ESTIMATIVA DE EMISSÕES DE CO 2 POR METRO QUADRADO DE CONSTRUÇÃO SEGUNDO CRUZ ET AL (2003) TABELA 24 VALORES REFERENCIAIS DE EMISSÕES DE CO 2 POR PRODUTO NA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA BÉLGICA TABELA 25 VALORES REFERENCIAIS DE EMISSÕES DE CO 2 POR PRODUTO NA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL SEGUNDO ISAIA E GASTALDINI (2004) TABELA 26 - NÚMERO DE FAMÍLIAS SEM HABITAÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ POR FAIXA DE RENDA MÉDIA TABELA 27 QUANTIDADES TOTAIS DE EMPREENDIMENTOS E UNIDADES EM OBRAS DA COHAPAR TABELA 28 DADOS SOBRE A CASA PADRÃO UTILIZADA PELA COHAPAR NO ESTADO DO PARANÁ TABELA 29 QUANTIDADE DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DA CASA PADRÃO TABELA 30 FASES E ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO HABITACIONAL xv

16 TABELA 31 DISTÂNCIAS MÉDIAS PERCORRIDAS PARA O TRANSPORTE DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (INDÚSTRIA/ CURITIBA ATÉ O LOCAL DA OBRA DA COHAPAR) TABELA 32 QUANTIDADE DE EMISSÕES DEVIDO AO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DO CALCÁRIO EM CAL UTILIZADO NA EXECUÇÃO PÚBLICA DE CASAS DE INTERESSE SOCIAL NO ESTADO DO PARANÁ TABELA 33 - QUANTIDADES UNITÁRIAS DE EMISSÕES DE CO 2 PRODUZIDAS NA FABRICAÇÃO E EXTRAÇÃO DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA EXECUÇÃO PÚBLICA DE CASAS DE INTERESSE SOCIAL, SEGUNDO VALORES DE REFERENCIA DE CYBIS E SANTOS (2000) TABELA 34 QUANTIDADES UNITÁRIAS DE EMISSÕES DE CO 2 PRODUZIDAS NA FABRICAÇÃO E EXTRAÇÃO DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA EXECUÇÃO PÚBLICA DE CASAS DE INTERESSE SOCIAL, SEGUNDO VALORES DE REFERENCIA DE CRUZ ET AL (2003) TABELA 35 QUANTIDADES UNITÁRIAS DE EMISSÕES DE CO 2 PRODUZIDAS NA FABRICAÇÃO E EXTRAÇÃO DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA EXECUÇÃO PÚBLICA DE CASAS DE INTERESSE SOCIAL, SEGUNDO VALORES DE REFERÊNCIA DE IDD INSTITUT WALON - VITO (2001) TABELA 36 QUANTIDADES UNITÁRIAS DE EMISSÕES DE CO 2 PRODUZIDAS NA FABRICAÇÃO E EXTRAÇÃO DOS PRINCIPAIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA EXECUÇÃO PÚBLICA DE CASAS DE INTERESSE SOCIAL, SEGUNDO VALORES DE REFERÊNCIA DE ISAIA E GASTALDINI (2004) TABELA 37 EMISSÕES TOTAIS DE CO 2 POR CASA (SEGUNDO OS VALORES REFERENCIAIS DOS AUTORES PESQUISADOS) xvi

17 TABELA 38 QUANTIDADES UNITÁRIAS E TOTAIS DE EMISSÕES DE CO 2 REFERENTES AO TRANSPORTE DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA EXECUÇÃO DE CASAS PADRÃO DA COHAPAR, SEGUNDO VALORES DE REFERÊNCIA DE CYBIS E SANTOS (2000), IDD - INSTITUT WALLON VITO (2001) E IPCC TABELA 39 EMISSÕES POR PRODUTO (PADRÃO COMERCIAL DE COMPRA) TABELA 40 EMISSÕES TOTAIS APROXIMADAS DE CO 2 NA EXECUÇÃO PÚBLICA DE CASAS DE INTERESSE SOCIAL EM CONSTRUÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ TABELA 41 PROVÁVEIS EMISSÕES TOTAIS APROXIMADAS DE CO 2 NAS CASAS DE INTERESSE SOCIAL NECESSÁRIAS PARA ZERAR DO DÉFICIT HABITACIONAL NO ESTADO DO PARANÁ TABELA 42 - EMISSÕES DE CO2 POR SETOR (Gg/ano) xvii

18 RESUMO A indústria da construção civil é uma das mais importantes do cenário brasileiro, não só pela grande quantidade de recursos financeiros que movimenta e geração de empregos, mas pelo enorme volume de recursos naturais e energéticos que utiliza. Discutem-se atualmente, em nível mundial, ações em prol do desenvolvimento sustentável, como o Protocolo de Kioto que pretende reduzir os níveis de emissões dos gases causadores do efeito estufa. O setor da construção civil, com raras exceções, está a margem desse processo de redução dos gases que provocam o aquecimento global. Nesta pesquisa se analisa como a construção de habitações de interesse social desenvolvida no Estado do Paraná, tão importante e necessária diante do grande número de famílias sem casa, tem contribuído para a emissão de gases do efeito estufa, seja na utilização de materiais com altos índices de emissões no seu processo de produção, seja no sistema de logística que utiliza o transporte rodoviário com grandes distâncias percorridas para distribuição dos materiais nas obras. Através da revisão da literatura dos sistemas de produção dos principais materiais de construção utilizados no modelo padrão de habitação popular mais utilizado no Estado, foi possível quantificar o CO 2, principal gás causador do efeito estufa e lançado na atmosfera pelo setor. Por fim, concluí-se que há necessidade de uma mudança gradativa no modelo construtivo e de distribuição de materiais através de ações sistêmicas visando a redução do impacto ambiental desse importante setor. Palavras-chaves: Materiais de Construção; Transporte; Efeito Estufa; CO 2 ; Habitação de Interesse Social. Áreas de conhecimento: Edificações, Multidisciplinar, Desenvolvimento e Meio Ambiente. xviii

19 ABSTRACT The civil construction industry is one of the more important in the Brazilian scenery, not only by the big quantity of financial resources that move and generation jobs, but by the great energy volume and natural resources that utilize. Actually it s discuss, in global level, actions for the sustainable development as The Kioto Protocol that aspire to reduce the emissions levels of the greenhouse gases. The civil construction sector, with rare exceptions in The Brazil, is in the margin of process to reduction the gases emission that provoke the global warm. In this researches is analyzed how the social construction developed in The Paraná State, so important and necessary faced with the great number of families without home, has contributed to the greenhouse gases emission, using building materials with high indices of emissions in its production process and in the material transportation system that use the road transport to do the houses in different places in The Paraná State. Through bibliographical revision of the main building material process systems utilized in a popular project model more use in that State, was possible quantify the CO 2, main greenhouse gas that provoke the global warm. Finally concluded that is necessary a gradual change in the construction and logistic model through systematic action look for the reduction of the environmental impact of that important sector. Key words: Building Material; Transportation; Global Warm; CO 2; Social Construction Knowledge Areas: Construction, Multidisciplinary, Development and Environment xix

20 20 1 INTRODUÇÃO 1.1 O MEIO AMBIENTE NO CENÁRIO ATUAL O crescimento econômico a qualquer custo, voltado para o desenvolvimento imediato, têm comprometido o meio ambiente e as vidas futuras. A exploração não racional dos recursos naturais reduziram suas reservas de uma forma nunca antes vista na história. Conseqüentemente a essa demanda por matérias-primas, maior produtividade e bens materiais por parte do mundo industrializado, tem provocado sérios impactos sobre o meio ambiente: desastres ambientais, uma série de acidentes graves, derrames de quantidades consideráveis de petróleo no mar, extinção de espécies animais e vegetais além dos problemas globais como o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio. Quando o planeta foi visto do espaço pela primeira vez, observou-se que a Terra é dominada, não pela ação e pela obra do homem, mas por um conjunto ordenado de nuvens, oceanos, vegetação e solos. O fato da humanidade ser incapaz de agir conforme essa ordenação natural, está alterando fundamentalmente o planeta Terra. Muitas dessas alterações acarretam ameaças à vida e esta realidade nova, da qual não há como fugir, tem de ser reconhecida e enfrentada. Em um passado próximo as atividades humanas e seus efeitos estavam nitidamente confinados em nações, setores (energia, agricultura, comércio) e amplas áreas de interesse (ambiental, econômico, social). Esses compartimentos começaram a se diluir. Isto se aplica em particular às várias crises globais que preocuparam a todos, sobretudo nos últimos 10 anos. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD (1988) afirma que não são crises isoladas: crise ambiental, crise do desenvolvimento, crise energética são uma só. O meio ambiente sempre foi considerado um recurso abundante e classificado na categoria de bens livres, ou seja, daqueles bens para os quais não há necessidade de trabalho para sua obtenção. Isto dificultou a possibilidade de estabelecimento de critérios em sua utilização e tornou disseminada a poluição ambiental, passando a afetar a totalidade da população, através de uma apropriação socialmente indevida do ar, da água e do solo. (DONAIRE, 1999, p.39).

21 21 Como conseqüência da poluição vê-se o aquecimento global causado pela grande quantidade de emissões de gases lançados na atmosfera, que tem preocupado muitos países e que gera, também, muita discussão quanto à sua real existência. A comunidade internacional assinou em 1997 o Protocolo de Kioto 1 (exceto os Estados Unidos), que tem como intenção diminuir a emissão dos gases lançados na atmosfera. Esse acordo propõe a redução gradativa das emissões de gases, principalmente o dióxido de carbono - CO 2. No entanto, há dúvidas quanto a sua eficácia, para que haja uma redução significativa a ponto de reverter a atual situação. As indústrias, as queimadas, a utilização de combustíveis fósseis nos sistemas de transporte e na geração de energia, são os grandes emissores de gases causadores do efeito estufa que provocam o aquecimento global. Lacasta (2005) afirma que somente o transporte aumentará as emissões dos gases causadores do efeito estufa em 140% no período entre os anos de 1990 a 2010 nos países da União Européia. Já no ano de 1988 a CMMAD alertava que a queima de combustíveis fósseis espalharia CO 2 na atmosfera, o que provocaria um gradual aquecimento do planeta. Ainda o aquecimento global deve diminuir significativamente a oferta de alimentos em muitos países e aumentar o número de famintos no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO (2005). A FAO afirma ainda que o aquecimento global aumentará a proporção das terras considerada áridas ou semi-áridas nos países subdesenvolvidos. Acredita-se que o aumento da temperatura global contribuiu para a ocorrência de mais de 600 inundações mundiais nos últimos dois anos e meio, que mataram cerca de 19 mil pessoas e provocaram prejuízos de US$ 25 bilhões - sem contar o tsunami de dezembro/2004 na Ásia, que matou mais de 180 mil pessoas. A organização não governamental Fundo Mundial para a Natureza - WWF (2005), alertou que os cinco principais países emergentes - Brasil, China, Índia, México e África do Sul - também "aumentarão a emissão de gases de efeito estufa à medida que suas economias crescerem". O WWF (2005) afirma ainda que as emissões de CO 2 aumentaram 8,4% desde 1990 nos países industrializados e as mudanças climáticas e fatores meteorológicos ocorridos na Europa, como a 1 O Protocolo de Kioto será explicado no item 2.4.4

22 22 abundância de desastres dos últimos anos no continente, colaboram para as previsões científicas mais pessimistas sobre as conseqüências do aquecimento global. Emanuel (2005) afirma que o aquecimento global também aumenta a quantidade de furacões. Pela primeira vez as maiores tempestades registradas no Atlântico e no Pacífico, desde 1970, aumentaram sua duração e intensidade em cerca de 50%. Para Emanuel (2005) este dado está diretamente ligado ao aumento das temperaturas médias da superfície do oceano e também corresponde ao aumento da temperatura atmosférica no mesmo período. Este cenário que se observa hoje não é recente, já no ano de 1992 se discutia os problemas ambientais na ECO92, Conferência realizada na Cidade do Rio de Janeiro. Nessa Conferência foram discutidas ações para minimizar os problemas ambientais que estavam ocorrendo e comprometendo as vidas futuras. Como um dos principais resultados dessa Conferência, foi divulgado a Carta do Rio ou Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (apud VALLE, 2002, p. 157) que, em seu princípio número um está escrito: Os seres humanos são o ponto focal dos esforços pelo desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva e em harmonia com a natureza. Até que ponto se estamos deixando um mundo saudável para as futuras gerações diante dos desastres ambientais que são vistos quase todos os dias? No Princípio Oito está escrito: Para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indivíduos, os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo e promover políticas demográficas adequadas. Até que ponto são eliminados sistemas industriais ou modelos tradicionais que causam malefícios à vida atual e futura?

23 PROBLEMÁTICA DE PESQUISA A ameaça à sobrevivência humana e a procura de uma melhor imagem para a sociedade fez com que alguns setores se mobilizassem procurando alternativas. Destacam-se algumas organizações como a Empresa Natura (MAIA e VIEIRA, 2004) do setor de cosméticos, que analisa e se preocupa com as questões ambientais e sustentáveis, mas, em outros setores muito importantes da economia como o da construção civil, pouco se faz ou a responsabilidade é transmitida para os Governos, seja no desenvolvimento de novos produtos ambientalmente mais corretos, seja no processo produtivo, seja na utilização do produto ou no seu aproveitamento pós-vida-útil. (MAIA e VIEIRA, 2004). A indústria da construção civil, também chamada de construbusiness, tem grande parcela de contribuição na situação atual, apontada como um dos setores da economia que maior impacto gera sobre o ambiente natural. (GRIGOLETTI e SATTLER, 2003). Ela consome algo em torno de 50% dos recursos naturais disponíveis no planeta, segundo John (2000), ou até 75%, segundo Agopyan et al (2005) e é responsável por grande parte dos resíduos, consumo de energia e emissões atmosféricas produzidas. Somente o setor de produção de cimento que integra a indústria da construção civil é responsável por 2% de todas as emissões de CO 2. (SOARES, 1998). Já Toledo Filho e Rego (2002) afirmam que 7% das emissões de CO 2 são provenientes das indústrias cimenteiras. O concreto como exemplo, já é o material mais utilizado nas obras civis, é o segundo material mais consumido pela humanidade após a água. (ISAIA e GASTALDINI, 2004). Nas cidades européias, segundo estudos de Presco (1999, apud BARBOSA et al, 2003), as emissões de CO 2 da indústria da construção correspondem, aproximadamente, a 30% do total das emissões. Nesse contexto observa-se alguma mobilização para tentar reduzir, ou pelo menos minimizar este grande problema; mas, aliado a esta mobilização, as questões econômicas ditam as mudanças e ou interesses. A construção civil no modelo atual, além de consumir uma enorme quantidade de recursos naturais não renováveis,

24 24 produz resíduos e desperdiça grande parte desses recursos no seu processo de produção. Estima-se que os resíduos de construção e demolição representam mais de 50% da massa dos resíduos sólidos urbanos. (JOHN, 2000). A grande quantidade de materiais desperdiçados na obra também causa poluição além da necessidade de grandes áreas para depósitos desses materiais. As emissões atmosféricas causadas pela fabricação e transporte desses materiais também é um grande agente de poluição para nosso habitat. No Brasil, Grigoletti e Sattler (2003) afirmaram que existem poucos estudos que avaliam os impactos ambientais relacionados à produção e transporte de materiais de construção. No que se refere às emissões provenientes da operação/funcionamento das edificações, há menos estudos ainda. Como exemplo, no Japão, as emissões de CO 2 na operação/funcionamento das edificações são três vezes maior do que as emissões provenientes das construções. (SHUZO et al, 2005). Neste contexto, esta pesquisa faz uma análise do paradoxo entre a grande quantidade de emissões de gases causadores do efeito estufa emitidos na produção e no transporte dos principais materiais de construção utilizados na construção pública de habitação pública de interesse social, desenvolvida no Estado do Paraná, e a necessidade de mais habitações, principalmente para as famílias mais carentes. A motivação para este estudo está no fato de que no Brasil estima-se um déficit habitacional em torno de 5,3 a 13 milhões, sem considerar as moradias inadequadas. (IPEA 2, 1996 e Rede de Mobilização pela Moradia, 2000). Segundo a Companhia de Habitação do Paraná COHAPAR, em números absolutos em 2005 este déficit era mais de moradias no Estado do Paraná. 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA A indústria da construção civil é de grande importância para o Brasil diante da necessidade da construção de habitações e infra-estrutura, contudo, até que ponto a indústria da construção civil, no setor de produção e transporte de materiais de 2 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

25 25 construção, está emitindo gases causadores do efeito estufa na construção pública da habitação de interesse social no Estado do Paraná? Havendo a emissão de gases do efeito estufa na construção pública de habitação de interesse social no Estado do Paraná, quais as quantidades desses gases lançados na atmosfera? É possível aumentar a oferta de habitação de interesse social sem aumentar as emissões de CO 2 na mesma proporção? 1.4 OBJETIVO GERAL Avaliar o principal modelo de habitação de interesse social desenvolvido no Estado do Paraná pela COHAPAR, no que se refere a emissões dos gases que contribuem para o efeito estufa relacionados com os materiais de construção utilizados e no transporte desses materiais até as obras. 1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1) Apresentar índices de emissões de gases seja: - na fabricação dos principais materiais de construção; - no sistema de distribuição desses materiais para execução dos empreendimentos da COHAPAR. 2) Criar um modelo matemático que possa auxiliar a quantificar a emissão de CO 2 na construção pública de habitação de interesse social. 3) Discutir estratégias para construção de habitação, principalmente para famílias mais carentes no Estado do Paraná, contudo sem poluir o meio ambiente num modelo de habitação mais ecologicamente adequada e com uma produção mais limpa.

26 JUSTIFICATIVA No Brasil convive-se com grandes problemas e desigualdades sociais e a construção de casas com fins sociais firma-se como uma ação e possibilidade de inclusão social às famílias mais carentes. A construção civil é importante, não só pela possibilidade de propiciar cidadania às famílias mais carentes, mas para propiciar ainda, a criação de empregos a trabalhadores, em grande parte, sem formação. A indústria da construção civil é uma das indústrias que mais utilizam materiais não-renováveis e energia nos seus processos de produção. No modelo construtivo mais utilizado e tradicional, a grande maioria dos materiais de construção são transportados via transporte rodoviário. Vive-se em um período de transformações climáticas e iniciativas para a redução das emissões de gases, principalmente o CO 2, que contribui sensivelmente para o aquecimento global e a indústria da construção civil deve apresentar sua contribuição para essas ações. A necessidade da construção de habitações, principalmente para as famílias mais carentes, a necessidade de materiais de construção e sistemas de transportes para esses materiais e a emissão dos gases causadores do efeito estufa, torna necessária uma reflexão desse paradigma sobre as reais necessidades e possibilidades de uma intervenção imediata. 1.7 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO Esta pesquisa apresenta conceitos da literatura e faz um estudo de caso sobre o principal modelo público de habitação de interesse social desenvolvido no Estado do Paraná. Foram feitas revisões na literatura, pesquisas e entrevistas com técnicos da Companhia de Habitação do Paraná. Foram desenvolvidos estudos envolvendo a produção e o transporte de cimento, cal, tijolos, aço, PVC, areia e

27 27 brita, calculando as emissões de gases causadas através do principal modelo público de habitação de interesse social desenvolvido no Estado do Paraná. A pesquisa está subdividida em 6 capítulos que apresentam o tema da seguinte forma: No Capítulo 1 são apresentados a introdução dessa pesquisa, bem como o problema de pesquisa, objetivos, justificativa e estrutura da pesquisa. Os Capítulos 2 e 3 são destinados às revisões da literatura objetivando apresentar conceitos da literatura: - No Capítulo 2 sobre o pensamento sistêmico, a utilização de recursos naturais, o desenvolvimento sustentável, sobre as mudanças climáticas ocasionadas pela grande quantidade de emissões atmosféricas e ações como o Protocolo de Kioto, que pretende obrigar a redução da quantidade de gases lançados na atmosfera. - No Capítulo 3 sobre tecnologia e técnica e suas relações com alguns conceitos de Tecnologias Apropriadas, inclusive para a construção civil. Conceitos de Produção Mais Limpa. A indústria da construção civil e o modelo de produção dos principais materiais de construção utilizados na construção tradicional e a geração de resíduos gasosos. No Capítulo 4 é apresentada a metodologia de pesquisa. O Capítulo 5 é destinado ao estudo de caso sobre o principal modelo de construção pública de habitação de interesse social desenvolvido pela COHAPAR no Estado do Paraná e as emissão dos Gases do Efeito Estufa - GEE. Neste capítulo é feita também uma análise desse modelo. No Capítulo 6 são apresentadas as recomendações, conclusões, limitações dessa pesquisa e pesquisas futuras.

28 28 2 PENSAMENTO SISTÊMICO X PENSAMENTO CARTESIANO. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, A CRISE AMBIENTAL, O AQUECIMENTO GLOBAL E O PROTOCOLO DE KIOTO Quanto mais estudamos os principais problemas de nossa época, mais somos levados a perceber que eles não podem se entendidos isoladamente. (CAPRA, 1996, p.23). 2.1 O PENSAMENTO SISTÊMICO X O PENSAMENTO CARTESIANO A racionalidade instrumental tem se consolidado como premissa em favor do cálculo racional e do "utilitarismo", a partir dos séculos XVII e XVIII. Faz parte da cultura moderna, do culto à razão acima de todas as coisas e tudo leva aos processos e padrões. O mecanicismo e a simplificação das coisas leva a uma análise errônea do todo e de suas inter-relações; a vida não pode ser isolada e entendida como um fato isolado e divisível. Rene Descartes em seu Discurso do Método apregoava o pensamento cartesiano e reducionista, que consiste em quatro regras. (SILVA, 1993, p. 31): a) Clareza e distinção: só devo acolher como verdadeiro o que se apresenta ao meu espírito de forma tão clara e distinta que eu não tenha como duvidar. b) Análise: em presença de dificuldades no conhecimento, devo dividi-las em tantas parcelas quantas forem necessárias para chegar às partes claras e distintas e, assim, solucionar o problema. c) Ordem: devo conduzir meus pensamentos por ordem, começando pelos mais simples e prosseguindo na direção dos mais complexos ou compostos. Devo estabelecer uma ordem entre as idéias quando elas não se apresentam naturalmente ordenadas. d) Enumeração: proceder a revisões e enumerações completas, para ter a certeza de que todos os elementos foram considerados.

29 29 Das características que o Método de Descartes impõe ao conhecimento verdadeiro decorre, como conseqüência, que tudo aquilo que a razão não reconhece como portador de tais características deve ser colocado em dúvida. Aquele que busca a verdade na evidência, só pode aceitar o que aparece como claro e distinto, usando única e exclusivamente a razão para determinar, dessa forma, o conhecimento. (SILVA, 1993). Quando se muda a forma de pensar do pensamento mecanicista para o pensamento sistêmico, a relação entre as partes e o todo é invertida. A ciência cartesiana de Descartes acreditava que em qualquer sistema complexo o comportamento do todo podia ser analisado em termos das propriedades de suas partes. A ciência sistêmica mostra que os sistemas vivos não podem ser compreendidos por meio da análise. As propriedades das partes não são propriedades intrínsecas, mas só podem ser entendidas dentro do todo maior. Podese dizer que o pensamento sistêmico é pensamento ambientalista. (CAPRA, 1996). O antigo paradigma que dominou a cultura por várias centenas de anos consiste em várias idéias e valores entrincheirados, entre os quais, a visão do universo como um sistema mecânico composto de blocos de construção elementar, a visão do corpo humano como uma máquina, a visão da vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência, a crença no progresso material ilimitado, a ser obtido por intermédio de crescimento econômico e tecnológico. O novo paradigma pode ser chamado de uma visão de mundo holística, que concebe o mundo como um todo integrado, e não como uma coleção de partes dissociadas. (SEQUINEL, 2002). Capra (1996) afirma que também pode ser denominado visão ecológica e reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos, e o fato de que, enquanto indivíduos e sociedade, estão todos encaixados nos processos cíclicos da natureza. Segundo o entendimento do pensamento sistêmico, um sistema não pode ser caracterizado apenas pelas partes que o compõem, mas, principalmente, pelas interrelações entre elas. A dinâmica de sistemas procura, justamente, elucidar as características gerais dos sistemas, partindo dos padrões de comportamento entre as partes, e das estruturas determinantes destes padrões, tomando por base a teoria de feedback e dos servomecanismos. (SENGE, 1990). A mudança de paradigmas

30 30 requer uma expansão não apenas de nossas percepções e maneiras de pensar, mas também de nossos valores. (CAPRA, 1996, p. 27). Almeida (2002) propõem a idéia de integração e interação, uma nova maneira de olhar e transformar o mundo, baseada no diálogo entre saberes e conhecimentos diversos. No mundo sustentável, uma atividade não pode ser pensada ou praticada em separado, porque tudo está inter-relacionado, em permanente diálogo. Na TABELA 1, Almeida (2002) apresenta algumas considerações sobre diferença entre o velho e os novos paradigmas. TABELA 1 CARTESIANO X SUSTENTÁVEL CARTESIANO Reducionista, mecanicista, tecnocêntrico Fatos e valores não relacionados Preceitos éticos desconectados das práticas cotidianas Separação entre o objetivo e o subjetivo Seres humanos e ecossistemas separados, em uma relação de dominação Conhecimento compartimentado e empírico Relação linear de causa e efeito Natureza entendida como descontínua, o todo formado pela soma das partes Bem-estar avaliado por relação de poder (dinheiro, influência, recursos) Ênfase na quantidade (renda per capita) Análise Centralização do poder Especialização Ênfase na competição Pouco ou nenhum limite tecnológico SUSTENTÁVEL Orgânico, holístico, participativo. Fatos e valores fortemente relacionados Ética integrada ao cotidiano Interação entre o objetivo e o subjetivo Seres humanos inseparáveis dos ecossistemas, em uma relação de sinergia Conhecimento indivisível, empírico e intuitivo. Relação não linear de causa e efeito Natureza entendida como um conjunto de sistemas inter-relacionados; o todo maior que a soma das partes Bem-estar avaliado pela qualidade das interrelações entre os sistemas ambientais e sociais Ênfase na qualidade (qualidade de vida) Síntese Descentralização do poder Transdisciplinaridade Ênfase na cooperação Limite tecnológico definido pela sustentabilidade Fonte: Almeida (2002). Na TABELA 1, Almeida (2002) apresenta contrapontos entre o pensamento cartesiano e o sustentável. Torna-se necessário afirmar que um não é melhor ou

31 31 superior ao outro. Os problemas podem ser analisados por ambos sistemas e a solução pode se ampla e complexa, porém, adequada. Para Senge (1990) o pensamento sistêmico é uma técnica prática para a compreensão de questões complexas, para a ação e aprendizado, que vem preencher esta lacuna. No entanto, o autor adverte que o pensamento sistêmico precisa ser considerado em três diferentes aspectos: a prática, os princípios e a essência. Todos estes aspectos devem ser considerados simultaneamente, além de um conjunto de atividades e ferramentas, são também um conjunto de princípios teóricos que ajudam a entender os seus fundamentos lógicos. Para Senge (1990), a essência é diferente. Esforços empreendidos na essência proporcionariam novas visões de mundo. No caso do pensamento sistêmico, a experiência de vivenciar interligações ajudaria a perceber a importância do todo. Ainda, segundo Senge (1990), a essência da disciplina do pensamento sistêmico reside numa mudança de mentalidade: - ver inter-relacionamentos, em vez de cadeias lineares de causa-efeito; - ver os processos de mudança, em vez de simples fatos instantâneos. Um novo tipo de pensamento apresenta-se como necessário, pois a maioria das estratégias de ação são resultado de uma visão-de-mundo. Uma visão-demundo é construída a partir de modelos mentais, que são crenças e pressupostos dos indivíduos a respeito da realidade. Assim, uma nova forma de pensamento deveria ajudar a mapear, desafiar e melhorar os modelos mentais, visando ações mais efetivas na realidade organizacional a partir de uma nova visão-de-mundo. (SENGE e STERMAN, 1994, apud ANDRADE, 1998). 2.2 A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS O modelo de desenvolvimento imposto ao mundo pela cultura ocidental moderna, cartesiana e imediatista, tem sido responsável por uma avalanche de problemas sócio-ambientais.

32 32 Ao longo da sua história, segmentos das sociedades humanas apropriaramse cada vez mais da natureza, transformando-a. (HELENE e BICUDO, 1994, p. 03). O crescimento da população humana na Terra é, por si só, uma causa muito importante para a transformação das relações homem/homem e homem/natureza. Com o crescimento populacional humano, especialmente a partir do final do século XVII, se conheceu uma transformação radical no âmbito da cultura e da tecnologia. Nessa fase, ajudada pelos avanços médicos e pela Revolução Industrial, a população humana explodiu, alcançando 1 bilhão de pessoas em 1850, 2 bilhões por volta de 1930, 4 bilhões em 1975 e 5,3 bilhões em (HELENE e BICUDO, 1994) e atualmente conta com mais de 6 bilhões de pessoas. No meio ambiente no qual vivemos sempre ocorreram mudanças. As estações do ano são as mais evidentes mudanças, principalmente nas regiões de grandes latitudes. A vida sobre a Terra tem mostrado uma resistência surpreendente em suportar as variações e a humanidade, em particular, tem-se adaptado bem às mudanças do clima após a última glaciação. (GOLDEMBERG e VILLANUEVA, 2003, p. 71). No entanto, apesar das mudanças antropogênicas 3 terem sido insignificantes no passado, com a Revolução Industrial no final do século XIX e, particularmente no século XX, as agressões ao meio ambiente tornaram-se mais evidentes devido à esse aumento populacional e ao grande aumento no consumo per capita. Atualmente não apenas alteramos o meio ambiente mas o degradamos, por vezes, de maneira irreversível, destruindo os nossos próprios habitats e provocando a extinção maciça de plantas e animais. (HELENE e BICUDO, 1994). Na TABELA 2, Goldemberg e Villanueva (2003, p. 72) apresentam novos tipos de problemas ou áreas de interesse no campo ambiental que se tornaram objeto de estudo e de muita preocupação. 3 Mudanças causadas pela ação do homem

33 33 TABELA 2 PROBLEMAS AMBIENTAIS E SUAS PRINCIPAIS CAUSAS LOCAL PROBLEMA Poluição urbana do ar. PRINCIPAL CAUSA Uso dos combustíveis fósseis para transporte. Poluição do ar em ambientes fechados. Uso de combustíveis sólidos (biomassa e carvão) para aquecimento e cocção. REGIONAL Chuva ácida. Emissões de enxofre e nitrogênio, matéria particulada, e ozônio na queima de GLOBAL Efeito Estufa. combustível fóssil principalmente no transporte. Emissões de CO 2 na queima de combustíveis fósseis. Fonte: Goldemberg e Villanueva (2003). Desmatamento. Degradação costeira e marinha Produção de lenha e carvão vegetal e expansão da fronteira agrícola. Transporte de combustíveis fósseis. Na TABELA 2 se pode observar uma divisão entre problemas locais, regionais e globais segundo estudos de Goldemberg e Villanueva (2003). Esta separação entre os problemas é discutível e, para um mundo sustentável, o ideal é que os problemas sejam discutidos e sofram intervenções de modo amplo. No contexto dos problemas ambientais globais, prepondera o papel das grandes cidades industriais, precisamente em função do enorme impacto que exercem sobre os diversos ecossistemas, não apenas no próprio espaço que ocupam, mas também nos lugares de onde importam recursos (energia, alimentos e bem de consumo) ou para onde exportam seus dejetos. Dados preliminares para cidades industriais sugerem que a terra consumida por regiões urbanas é, de forma geral, pelo menos dez vezes maior do que aquela contida dentro das fronteiras políticas, ou associadas à sua área construída. (HELENE e BICUDO, 1994). Senge (1990) ressalta que a maioria dos problemas verificados hoje no mundo, está ligada à incapacidade do homem de entender e controlar os sistemas cada vez mais complexos. O autor contribuiu para a divulgação do "pensamento sistêmico" como

34 34 um método para compreensão, diagnóstico e melhoria em diferentes áreas, como administração, educação, saúde e política, entre outras. 2.3 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Araujo (2002) afirma que a busca por um mundo mais equilibrado do ponto de vista social, ambiental e econômico fez surgir à idéia de que, as questões ambientais, bem como as questões sociais deveriam ser incorporadas aos princípios do crescimento econômico como uma saída para a manutenção da qualidade de vida. A preocupação com o meio ambiente, juntamente com a melhoria das condições socioeconômicas da população, fez surgir o conceito de ecodesenvolvimento, depois chamado de desenvolvimento sustentável. (MONTIBELLER FILHO, 2001). A Organização das Nações Unidas ONU, criava em 1983, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento como um organismo independente. Em 1987, a Comissão sob a presidência de Gro Harlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega, materializa um dos mais importantes documentos do nosso tempo, o relatório Nosso Futuro Comum (1988), responsável pelos primeiros conceitos oficiais sobre o desenvolvimento sustentável. Nesse relatório o desenvolvimento sustentável é definido como sendo aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. O desenvolvimento sustentável também é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional, se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas. (CMMAD, 1988, p. 49). Em 1992, no Rio de Janeiro, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, reconheceu-se à importância de assumir a idéia de sustentabilidade em qualquer programa ou atividade de desenvolvimento. Donaire (1999) afirma que o desenvolvimento sustentável, além de equidade social e equilíbrio ecológico, apresenta, como terceira vertente principal, a questão do

35 35 desenvolvimento econômico. Nesse sentido o desenvolvimento da tecnologia deverá ser orientado para metas de equilíbrio com a natureza e de incremento da capacidade de inovação dos países em desenvolvimento. O progresso será entendido como fruto de maior riqueza, maior benefício social eqüitativo e equilíbrio ecológico. (KRAEMER, 2003). Dentre os conceitos de sustentabilidade mais difundidos está a manutenção da base da qualidade de vida, o que compreende a prevenção da poluição, a redução do lixo e das emissões. Além disso, cumpre tomar medidas a fim de garantir os habitats dos homens, animais e plantas, o que demanda a proteção da biodiversidade e a conservação de um espaço vivo onde o homem possa gozar de bem-estar físico e mental. A sustentabilidade do desenvolvimento está diretamente ligada à dinâmica do crescimento populacional. (CMMAD, 1988, p. 60). O desenvolvimento sustentável é mais que crescimento, ele exige uma mudança no teor do crescimento, a fim de torná-lo menos intensivo de matériasprimas e energia, e mais eqüitativo em seu impacto. Tais mudanças precisam ocorrer em todos os países, como parte de um pacote de medidas para manter a reserva de capital ecológica, melhorar a distribuição de renda e reduzir o grau de vulnerabilidade às crises econômicas. (CMMAD, 1988). O tema comum à estratégia do desenvolvimento sustentável é a necessidade de incluir considerações econômicas e ecológicas no processo de tomada de decisões. Afinal, economia e ecologia estão integradas nas atitudes do mundo real. Para tanto será preciso mudar atitudes e objetivos e chegar a novas disposições institucionais em todos os níveis. (CMMAD, 1988). O desenvolvimento sustentável deve conciliar, por longos períodos, o crescimento econômico e a conservação dos recursos naturais. (EHLERS, 1999, p.103, apud GOMES, 2004). Segundo Sachs (apud, GRIGOLETTI e SATTLER, 2003), o desenvolvimento sustentável é multidimensional, e questões de sustentabilidade podem ser abordadas em cinco possíveis dimensões: a social, a econômica, a ecológica ou ambiental, a espacial e a cultural. Sachs (2000) preconiza que apenas por meio da modificação do paradigma social, econômico, ambiental, espacial e cultural da atual sociedade, o desenvolvimento sustentável poderá ser implantado com êxito. Dependendo do contexto da sociedade que se propõe a seguir o novo paradigma, algumas das dimensões terão maior prioridade sobre outras. Para

36 36 países desenvolvidos, questões sociais, em geral, estão bem resolvidas e não são obstáculos à adoção de paradigmas ambientais, por exemplo. Já em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, a dimensão social não poderá ser secundária. (GRIGOLETTI e SATTLER, 2003). O significado de sustentabilidade pode também ser entendido sob o termo Capital Natural que foi cunhado por economistas ecológicos. Para Helene e Bicudo (1994) são três as propriedades do Capital Natural a serem preservadas: - os recursos não renováveis, como minérios e combustíveis fósseis; - a capacidade finita dos sistemas naturais de produzir recursos renováveis (colheita de alimentos, produtos florestais e suprimento de água); - a capacidade dos sistemas naturais de absorver as emissões e os poluentes advindos das atividades humanas, sem que seus efeitos colaterais possam impor pesados ônus sobre as gerações futuras, como o buraco na camada de ozônio ou o efeito estufa O Desenvolvimento Econômico e o Meio Ambiente A cada ano aumenta o número de seres humanos, mas permanece finita a quantidade de recursos naturais destinados ao sustento dessa população, à melhoria da qualidade de vida humana e à eliminação da pobreza generalizada. (CMMAD, 1988). A demanda de matérias-primas, maior produtividade e bens de materiais, por parte do mundo industrializado, tiveram sério impacto sobre o meio ambiente, contudo se observam grandes avanços ocorridos na área ambiental, principalmente no que se refere aos instrumentos técnicos, políticos e legais. As leis e as diretrizes foram e estão sendo discutidas pela sociedade, que tenta sistematizar a questão ambiental como se fosse uma questão numérica racional. Kraemer (2003) afirma que o desenvolvimento da tecnologia deverá ser orientado para metas de equilíbrio com a natureza e de incremento da capacidade de inovação dos países em desenvolvimento. Será atendido como fruto de maior riqueza, maior benefício social e eqüitativo, e equilíbrio ecológico. Donaire (1999) afirma que o retorno do investimento, antes entendido simplesmente como lucro e

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