PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: DIREITO E SEMIÓTICA CÓDIGO: CARGA HORÁRIA: 40 CRÉDITOS: 2
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA Campus de Porto Velho Departamento Acadêmico de Ciências Jurídicas PLANO DE ENSINO CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO E SEMIÓTICA ANO LETIVO: SEMESTRE: 1 o PERÍODO: 1 o TURMA: NOTURNO CÓDIGO: CARGA HORÁRIA: 40 CRÉDITOS: 2 PROFESSORA: DRA. APARECIDA LUZIA ALZIRA ZUIN OBJETIVO GERAL A disciplina de Direito e Semiótica tem o objetivo de introduzir os acadêmicos do curso de Direito nos estudos dos signos das linguagens (verbal e não-verbal). Desse modo, por meio da Semiótica, a formação estará diretamente ligada à significação (semiose), numa abordagem e/ou contextualização sócio-histórica e cultural, visando para isso esclarecer o significado de semiótica jurídica que tem por fundamento os signos lingüísticos empregados nos discursos e/ou práticas sociais, para melhor produção, questionamentos e apreensão dos modos e dos sentidos manifestados nos enunciados jurídicos. EMENTA Elementos das teorias: Semiótica Discursiva, Semiótica da Cultura, Semiótica Peirceana, Semiótica Jurídica; Elementos de Semiologia; Linguagem e Signos. Aplicação dos instrumentais metodológicos da Semiótica nas análises dos modos de manifestações dos textos jurídicos, dos recortes culturais e dos processos de produção ideológica própria dos discursos jurídicos. COMPETÊNCIA Conhecer o panorama sobre as diversas correntes da Semiologia e da Semiótica e suas contribuições para os estudos e produção dos discursos jurídicos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Habilidades Diante do desenvolvimento de uma área de investigações que se estende da lingüística moderna de Ferdinand Saussure (a essência da contribuição de Saussure para a Semiótica é o seu projeto de uma Teoria Geral de Sistemas de Signos, que ele denominou de Semiologia) aos princípios básicos do desenvolvimento do estruturalismo semiótico e filosófico, o curso contribuirá ainda como possibilidade para postular as várias escolas da Semiótica: - Semiótica Peirceana (Charles Sanders Peirce); - Semiótica Greimasiana (Algirdas Julien Greimas); - Semiótica da Cultura e outras (teóricos e idéias)
2 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO - Introdução ao Estruturalismo. Teoria Lingüística. A Escola Francesa. Os pensadores. - Diferenciação de Semiologia e Semiótica. Teóricos da Semiologia. Teóricos da Semiótica. - Seguimento da Teoria do Estruturalismo e Teoria dos Signos. A linguagem e o Direito. I- Termo, Origens e Precursores da Semiótica O que é Semiologia O que é Semiótica Precursores da semiótica geral História terminológica da semiótica Semiótica versus Semiologia Semiótica Jurídica II- Saussure e o projeto semiológico O trabalho de Saussure e os estudos saussureanos O projeto semiológico de Saussure A teoria sígnica de Saussure A tradição diádica: entre mônadas e tríadas semióticas Estrutura e Sistema na sincronia e diacronia Saussure e o desenvolvimento da semiótica III - Hjelmslev e a estratificação do mundo semiótico A contribuição de Hjelmslev para a semiótica Linguagem, sistema semiótico, semiótica e semiologia O modelo sígnico de Hjelmslev Digressão: Linguagem e códigos não-verbais Semiótica conotativa e estética glossemática IV - Do Estruturalismo semiótico à Semiótica Funcionalista: a Escola de Praga e Roman Jakobson Função e abordagens funcionalistas dos sistemas semióticos O funcionalismo semiótico de Praga e suas fontes no Formalismo Russo A Escola de Praga Semiótica e Estética funcionalista de Jakobson V- Roland Barthes: da Semiologia à Semioclastia Conotação e metalinguagem Mitologia e ideologia: da mitoclastia à semioclastia Pesquisa em sistemas semióticos Sistemas de objetos como sistemas secundários A relação entre lingüística e semiótica jurídica Barthes sobre as limitações da semiótica estruturalista VI- Greimas e o projeto de uma semiótica narrativa do discurso
3 O projeto semiótico de Greimas O modelo gerativo da análise do discurso Significação e o universo semântico Elementos da sintaxe narrativa Estruturas modais e aspectuais Discurso Semiótico-Jurídico VII- A Semiótica Universal de Peirce Visão pansemiótica do mundo As três categorias universais Signo, semiose e semiótica A classificação peirceana dos signos VIII- A Semiótica aplicada de extração peirceana Formas de iconicidade na linguagem Matrizes da Linguagem - categorias de Peirce na aplicação de Lúcia Santaella Leitura sem palavras - signos não-verbais na concepção de Lucrécia DAlessio Ferrara Normas jurídicas na condição de signos na concepção de Clarice Von Oertzen de Araújo OBJETIVOS EDUCACIONAIS O acadêmico de Direito teve compreender que o homem se faz por meio da comunicação. Sem ela não há interação, logo, o homem se isola no espaço social. Por isso, ao conjugar teoria e prática, por meio dos estudos semióticos, será imprescindível a compreensão do universo lingüístico, ao mesmo tempo em que deverá utilizar sua formação para apreender os sentidos da vida e a vida dos sentidos. JUSTIFICATIVA Fundamentada nas teorias e metodologias de Peirce, Greimas, Landowski, Baitello, Ferrara, Santaella, Oertzen, Bittar e outros colaboradores, a disciplina tem como meta central descrever e analisar os mecanismos de constituição de sentido em textos jurídicos. RECURSOS METODOLÓGICOS Metodologia de Ensino: - Aulas Expositivas; - Material xerocado e/ou apostilado; - Pesquisas bibliográficas; - Exercícios práticos; - Atividades de Análises sob a ótica dos modelos teóricos; - Leituras em aula e extra-sala; - Análises das teorias sob a ótica do Direito.
4 AVALIAÇÕES O método avaliativo será por meio de: 1ª) Frequência e participação nas aulas; 2ª) Apresentação de trabalhos científicos qualificados; 3ª) Apresentação de seminários em grupo; 4ª) Confecção de fichas de leitura; Critérios utilizados para avaliação: desempenho, participação, socialização e respeito, e freqüência. OBS: a avaliação consistirá no acompanhamento das etapas de acordo com o conteúdo ministrado, considerando o processo ensino-aprendizagem. Das Notas e dos Critérios de Aprovação: A Média Final (MF) será obtida considerando o desempenho do aluno, na prova escrita quando for o caso, à nota de desempenho alcançado em trabalhos complementares, seminários, etc., propostos e desenvolvidos no transcorrer do semestre, pela fórmula M1 + M2 / 2 = Média Final M3, onde M3= igual a média semestral. A média final para aprovação é 60 (sessenta) inteiros. O sistema de notas (ou conceitos) e os critérios de aprovação serão os previstos na legislação federal de ensino e nas normas específicas da UNIR, constantes de Resolução Específica. Freqüência: Tendo em vista o que dispõe a legislação educacional específica, a freqüência mínima é de 75% (setenta e cinco por cento) das aulas previstas para a disciplina. Das Provas: Serão aplicadas provas específicas e agendadas com razoável antecedência, mas também ocorrerão avaliações pontuais, que visam a absorção do conhecimento. O conteúdo correspondente a cada avaliação é resultante do acúmulo até a aula imediatamente anterior. As provas repositivas seguirão o calendário oficial da universidade ou data combinada com os alunos. As provas de segunda chamada deverão ser requeridas mediante requisição via protocolo. Será disponibilizada uma única data para esta realização. As provas terão a duração equivalente a dois tempos de aula, com notas que variam de zero a cem. BIBLIOGRAFIA básica ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução da 1ª Edição brasileira coordenada e revista por Alfredo Bosi. Revisão da tradução e tradução dos novos textos Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, ARAÚJO, Clarice Von Oertzen de. Semiótica do Direito. São Paulo: Editora Quartier Latin do Brasil
5 BAPTISTA, FERNANDO PAVAN. O Tractatus e Teoria Pura do Direito: uma análise semiótica comparativa entre o Círculo e a Escola de Viena. Rio de Janeiro: Letra Legal Editora, BARROS, Diana L. Pessoa de. Teoria Semiótica do texto. São Paulo: Ática, BARROS, Diana Luz Pessoa de. Estudos do discurso. In: FIORIN, José Luiz (org). Introdução à linguística II. São Paulo: Contexto, BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. 3ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva S.A., BITTAR, Eduardo C. B. Linguagem Jurídica. 5ª Ed ª tiragem São Paulo: Editora Saraiva, COULON, Alain. A Escola de Chicago. Campinas: Papirus, FERRARA, Lucrécia D Alessio. Comunicação Espaço Cultura. São Paulo: Annablume, 2008., Lucrécia D Aléssio. Olhar periférico: informação, linguagem, percepção. São Paulo: FAPESp, FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 2. ed. São Paulo: Ática, 2001., J. L. Semântica estrutural: o discurso fundador. In: LANDOWSKI, E; OLIVEIRA, A. C. (eds.). Do inteligível ao sensível: em torno da obra de A. J. Greimas. São Paulo: EDUC, FLOCH, J. M. Sémiotique, marketing et communication. Sous les signes, les stratégies. 2. ed. Paris: Presses Universitaires de France, Alguns conceitos fundamentais em semiótica geral. In: Documentos de estudo do Centro de Pesquisas Sociossemióticas. 1 (2001) -. Tradução: Ana Dutra Pilar. Revisão: Ana Cláudia de Oliveira e Eric Landowski. São Paulo: Centro de Pesquisas Sociossemióticas, FONTANILLE, Jacques. Semiótica do Discurso. Tradução Jean Cristtus Portela. São Paulo: Editora Contexto, FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, GOMES, Pedro Gilberto. Comunicação social; filosofia; ética; política. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1997., Algirdas Julien; COURTÉS, Joseph. Dicionário de Semiótica. Tradição Alceu Dias Lima et tal. São Paulo: Editora Contexto, 2008., A. J.; COURTÉS, Joseph. Sémiotique. Dictionnaire raisonnée de la théorie du language. Paris, Hachette, 1986, v. 2, p. 48. In: VIII Caderno de Discussão do Centro de Pesquisas Sociossemióticas. São Paulo: Editora CPS, HABERMAS, Jürgen. Teoria da ação comunicativa. IN: GOMES, Pedro Gilberto. Comunicação. Comunicação social; filosofia; ética; política. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1997.
6 , Jürgen. Consciência Moral e agir comunicativo. 2ª Edição. Tradução de Guido A. de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003., Jürgen. Sobre a estrutura de perspectivas do agir orientado para o entendimento mútuo. In: Consciência Moral e agir comunicativo. 2ª Edição. Tradução de Guido A. de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, LANDOWSKI, Eric. A Sociedade Refletida: ensaios de sociossemiótica. São Paulo: EDUC/Pontes, O olhar comprometido. Revista Galáxia, n 2. São Paulo: EDUC, Sobre el contagio. In: LANDOWSKI, E.; DORRA, R.; OLIVEIRA, A. C. (eds.). Semiótica, estesis, estética. São Paulo: EDUC/Puebla: UAP, MARTIN-BARBERO, Jesús. Dos Meios às Mediações. Comunicação, cultura e hegemonia. Tradução: Ronald Polito e Sergio Alcides. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, MARTIN-BARBERO, Jesús. In: MATTELART, Armand. História das Teorias da Comunicação. Tradução de Marcos Marcionilo. 2a. Edição. São Paulo: Parábola Editorial, MÍLOVIC, Míroslav. Filosofia da Comunicação: para uma crítica da modernidade. Tradução do manuscrito em inglês de Verrah Chamma. Brasília: Plano Editora, NÖTH, Winfried. Panorama da Semiótica. São Paulo: Anna Blume, Semiótica do Século XX. São Paulo: AnnaBlume, Panorama da Semiótica de Platão a Peirce. São Paulo: Annablume, PEIRCE, Charles Sanders. Escritos Coligidos, selecionados e traduzidos por Armando mora D Oliveira e Sérgio Pomerangblum. São Paulo: Abril Cultural, vol. XXXVI, 1974.Escritos extraídos do Collect Papers of Charles Sanders PEIRCE, 8 volumes, PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Tradução de José Teixeira Coelho Netto. São Paulo : Perspectiva, Collected Papers Ed. Eletrônica. SANTAELLA, Lucia. Matrizes da Linguagem e Pensamento sonora, visual, verbal. São Paulo: Iluminuras, Teoria Geral dos Signos. São Paulo: Pioneira, Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. São Paulo: Hacker Editores, Estética. De Platão a Peirce. São Paulo: Experimento, Corpo e Comunicação. Sintoma da Cultura. São Paulo: Paulus, 2004., Lucia e NÖTH, Winfried. Imagem. Cognição, Semiótica, Mídia. São Paulo: Iluminuras, 3ª edição, 2001.
7 SEMPRINI, Andrea. Multiculturalismo. Bauru: EDUSC, In: BORDINI, Maria da Glória. Estudos culturais e estudos literários. Letras de Hoje. Porto Alegre, v. 41. n. 3, pp-11-22, setembro, 2006., Andréa. El Marketing de la marca. Una aproximación semiótica. Barcelona, Espanha: Paidós, TRIVINHO, Eugênio. Novas Tecnologias de Comunicação. Linguagem Auto-Referencial. In: Caos e Ordem na Mídia, Cultura e Sociedade. Temática Caos e Ordem. São Paulo: EDUC, VIANNA, José Ricardo Alvarez. Considerações Iniciais sobre Semiótica Jurídica. Artigo13/12/2010. ZUIN, Aparecida L. A O Grafite da Vila Madalena uma abordagem sociossemiótica. Comunicação e Semiótica. São Paulo, Academia Editorial: ZUIN, Aparecida L.A. Ensaios de Comunicação e Semiótica da Teoria ao Texto. São Paulo, Academia Editorial, Porto Velho, Profª. Dra. Aparecida Luzia Alzira Zuin APROVADO EM:.../.../... Prof. Ms. Delson Fernando Barcellos Xavier CHEFE DE DEPARTAMENTO
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