CONTEMPORANEIDADE. Palavras-chave: pai, interdição do incesto, Lei, complexo de Édipo, contemporaneidade, psicanálise.

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1 A FUNÇÃO DO PAI NA INTERDIÇÃO E NA LEI: UMA REFLEXÃO SOBRE IDENTIFICAÇÃO E VIOLÊNCIA NA CONTEMPORANEIDADE. Jamille Mascarenhas Lima Psicóloga, Universidade Federal da Bahia. Especialista em psicomotricidade, Lydia Coriat (BA). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica, UFRJ. jamilleml@yahoo.com.br Resumo: O presente trabalho visa fazer uma reflexão sobre a posição do pai enquanto representante da interdição e da lei, e de seus efeitos na contemporaneidade, onde esse lugar é cada vez mais indefinido. Partiremos da análise da função do pai na época de Freud, evidenciando seus efeitos na teoria do complexo de Édipo. Retomaremos essa questão a partir da metáfora paterna lacaniana e de seus efeitos de mal entendido, ao diferenciar a presença do pai da sua função no complexo de Édipo. Por fim, discutiremos a análise empreendida por Miller 1 da função do pai na contemporaneidade através da formulação de que o Outro não existe. A partir dessas referências, tentaremos traçar a relação entre uma sociedade que não se apóia mais na figura do Outro como lugar da autoridade e da identificação e o crescimento de um tipo de violência desvinculada da transgressão à lei. Palavras-chave: pai, interdição do incesto, Lei, complexo de Édipo, contemporaneidade, psicanálise. Para Lacan 2, falar do Édipo é introduzir como essencial a função do pai. No presente trabalho partimos da premissa de que é na articulação da proibição veiculada pelo pai no complexo de Édipo, que o sujeito pode ter acesso ao que é da ordem da lei. O complexo de Édipo, ao ser dividido em três tempos, introduz a dimensão significante do pai enquanto metáfora paterna. A novidade introduzida por essa conceituação é a idéia de 1 Miller & Laurent, Cf. (Lacan, /1999, p.171)

2 2 um laço entre o Nome-do-pai na sua função significante e a figura do pai enquanto esse Outro concreto que faz o papel de instauração da Lei e da interdição do incesto. Esse é um ponto delicado da teorização lacaniana e, freqüentemente, mal interpretado. Porém, é importante reconhecer que apesar do pai no complexo de Édipo não ser um objeto real, ele tem que intervir como objeto real para dar corpo à castração. Isso quer dizer que apesar de funcionar como significante, é importante que o pai se faça representar por um homem. Sem isso, perde-se a dimensão da diferença entre os sexos e sua relevância na estruturação do complexo de Édipo. O pai lacaniano aparece como um incômodo. Ele é o encarregado da proibição, ou seja, ele interdita a mãe no sentido de impedi-la de reintegrar o seu produto, e, ao mesmo tempo, proíbe o filho de gozar dela enquanto objeto de desejo. No momento dessa interdição, o pai surge como potente, isto é, como aquele que tem o falo que falta à mãe. É nesse ponto que há uma torção na função do pai no complexo de Édipo. No lugar de rival na relação da mãe com a criança, o pai se torna aquele que tem para dar aquilo que a mãe deseja. Essa é a base da identificação do sujeito com a figura do pai enquanto ideal, ou seja, é por seu intermédio que o filho pode vir a ter o falo também. Essa identificação se dá nos dois sexos, porém, de maneiras diferentes. Na menina a dificuldade fica na entrada do complexo de Édipo. Para ela, o complicado é assumir a sua posição de castrada e identificá-la na mãe; porém, ao constatar sua castração, o pai se faz preferir à mãe enquanto aquele que pode dar o falo. Já nos meninos a questão da identificação aponta para um paradoxo. Se a virilidade é assumida através da identificação com o pai enquanto portador do falo, como a privação se insere nesse contexto? Se o reconhecimento da privação do falo possibilita para o menino a saída do Édipo, como é que isso se dá, na medida em que o menino terá que reconhecer que não tem aquilo que ele tem? É com a noção de metáfora paterna que Lacan 3 contorna esses impasses. Ao apontar que é funcionando como metáfora que o pai se insere no complexo e se faz preferir à mãe, fica evidente a dimensão significante do pai. Como metáfora o pai surge enquanto significante no lugar de outro significante que era representado pela mãe. 3 Cf. LACAN, /1998,p.180.

3 3 Lacan 4 nos diz que na saída do Édipo, após o recalque do desejo edipiano, o sujeito sai renovado e provido de um ideal do eu. Esse ideal do eu desempenha uma função tipificadora do desejo, tanto por está ligado à assunção de um tipo sexual pelo sujeito quanto pelo estabelecimento de toda uma modalidade de relação entre os sexos. Lacan 5 nos lembra que a relação do menino com o pai é dominada pelo medo da castração e comporta o paradoxo do Édipo invertido, ou seja, o pai é para o menino a figura, ao mesmo tempo, odiada e amada. Assim, o amor ao pai proporciona o término do complexo de Édipo, na medida em que é com o pai enquanto o representante da potência do falo que o sujeito se identifica e recalca tanto seu ódio quanto sua posição passiva diante dele (efeito do desejo de se fazer amar por esse pai). Esse é o cerne da relação do pai com o ideal o eu. Ela garante para o menino que, no momento certo, ele terá direito ao título de virilidade. Assim, a metáfora paterna desempenha o seu papel ao assegurar a instituição do falo como o significante que ficará guardado de reserva e se desenvolverá mais tarde, enfim, assume a função de um título de propriedade virtual. Em relação à menina, essa identificação com o pai também tem suas peculiaridades. As questões que se colocam são: O que acontece quando uma mulher assume uma certa posição de identificação com o pai, e, também, em que se transforma nesse processo o desejo? Nesse ponto as dificuldades introduzidas pela fase fálica na identificação sexual das mulheres tornam-se evidentes e Lacan ressalta que a vicissitude do que se apresenta como complexo de masculinidade na mulher nos indica que a ligação com o elemento fálico tem que ser levado em conta. Miller 6 ressalta que Lacan distingue o terceiro tempo do Édipo feminino da maternidade ao postular que o falo imaginário do qual a mulher estaria privada é muito diferente do falo que ela poderia ter ao se voltar para o pai. É nessa diferenciação que reside toda novidade. É no nível simbólico que essa operação se dá e permite que a mulher localize o pai enquanto aquele que tem e pode dar. Assim, para Miller a verdadeira mulher é aquela que 4 Cf. LACAN, /1998,p [...] porque ele resolve a questão do perigo que ameaça aquilo que efetivamente ele tem através de algo que conhecemos bastante, ou seja, com a identificação pura e simples com aquele que tem as insígnias do falo, que tem toda aparência de ter escapado ao perigo, ou seja, o pai. No final das contas um homem nunca é viril senão por uma série infinita de procurações, que lhe provém de todos os seus ancestrais varões, passando pelo ancestral direto. (LACAN, /1998,p.363). 6 Cf. MILLER, 1998/1999, p.51.

4 4 sabe onde é preciso buscá-lo, ou seja, não está nem um pouco desorientada, apesar de sua relação com o falo se estabelecer na ordem do extravio. Assim, no intervalo entre a constatação da ausência do falo na sua vertente imaginária e na sua localização no pai pela vertente simbólica o extravio se estabelece, ou seja, é de um desvio de rota que se trata quando a menina constata a ausência do falo nela mesma e na mãe e se volta para o pai na esperança de adquiri-lo. Ao pensarmos que o falo que o pai tem para dar à mulher não é o mesmo que ela se vê privada imaginariamente, a questão da identificação da menina ao pai assume uma nova roupagem. Se o falo que o pai promete não é aquele ao qual a menina se vê castrada inicialmente, se é no nível significante que a questão se coloca, é nessa dimensão que ela deve se resolver. Ao propor que para a mulher o falo é o significante da falta por excelência, Lacan 7 aponta que é justamente por seu intermédio que a menina localiza a falta no Outro. Assim, o que está em jogo é uma falta que lhe é essencial localizar, já que essa falta a constitui, e é por esse motivo que a menina se volta para o pai. Na medida em que o falo na sua dimensão significante se apresenta pela sua ausência a menina o reivindica, ou seja, se o falo é demandado ao pai é justamente porque ele tem que ser localizado em algum lugar. Contudo, como o falo o pai também não o tem, ele apenas o representa, assim, a menina se identifica com ele ao localizar o falo como o significante da falta S(A ). Dessa maneira, o falo enquanto simbólico está muito mais a serviço de manter a falta no sujeito do que de tamponá-la. O menino mantém a falta ao supor que no futuro terá acesso ao falo enquanto potência viril. Já a menina a mantém ao assegurar o lugar onde ela se encontra, ou seja, no campo do Outro. Lacan nos indica que: [...] no momento da saída normatizadora do Édipo,a criança reconhece não ter não ter realmente aquilo que tem, no caso do menino, e aquilo que não tem no caso da menina.(lacan, /1998,p 179). Esse é o resultado da identificação ideal com o pai que permite a saída do Édipo. O pai na contemporaneidade: 7 Este falo, a mulher não o tem, simbolicamente. Mas não ter o falo, simbolicamente, é dele participar a título de ausência, logo, é tê-lo de alguma forma. (LACAN, , p.155).

5 5 Miller 8 nos adverte que o reino do Nome-do-pai corresponde na psicanálise à época de Freud, dessa maneira, se Lacan o destacou foi para apontar a sua falência, colocar aí um fim. O que podemos constatar, então, é que na época de Freud há uma certa conformação da figura do pai com a função por ele representada, isto é, o pai funciona como representante da lei através da sua identificação como aquele que possui o falo. Mas o que significa a falência do Nome-do-pai? É através da função identificatória que essa pergunta pode ser respondida. O conceito freudiano de identificação passa necessariamente pelo discurso da civilização, isto é, ele tem uma dimensão social. Miller nos lembra que na construção do conceito de identificação, Freud pôde deslizar sem dificuldades da análise subjetiva à psicologia das massas para constituir o conceito. Por ter uma dimensão social, o conceito de identificação sofre as conseqüências do discurso dominante na contemporaneidade, ou seja, frente ao discurso da liberdade, igualdade e fraternidade 9, os ideais identificatórios já não são os mesmos. Nesse discurso, tanto a diferença geracional quanto a diferença sexual é colocada em questão. Isso nos leva a indagar os efeitos das novas modalidades de laço social presentes na contemporaneidade. Esses laços se caracterizam pelo fato de que não há mais uma figura que encarne nem o ideal, nem a interdição. Miller 10 nos aponta que se podemos falar hoje de uma grande neurose contemporânea, ela tem como determinante principal a inexistência do Outro, isto é, do Outro do garante, dos ideais. Ele aponta que a inexistência do Outro abre a época Lacaniana da psicanálise na medida em que a figura do pai tende a desaparecer, ou, pelo menos, não ser necessária. Assim, se não há lugar onde ancorar a lei e a interdição, não há como o sujeito se deparar com a falta e com o impossível. Como falamos anteriormente, o pai é para um sujeito um incômodo na medida em que sua função é operar para o sujeito um corte, apontar uma falta. É por isso que Freud cria o mito de totem e tabu para explicar a entrada do sujeito na cultura. Entrar na cultura equivale a se dividir, se depara com o impossível, com a falta. A 8 Cf. Miller & Laurent, 1998, p A revolução francesa é considerada como o acontecimento que deu início á idade contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de liberdade, igualdade e fraternidade (liberté,egalité,fraternité), frase de autoria de Jean-Nicolas Pache.(WIKIPÉDIA, edição on-line) 10 Cf. Miller 1998, p.11.

6 6 única maneira do sujeito se apaziguar nesse confronto é se identificando com um ideal onde possa localiza a sua falta. O paradoxo da contemporaneidade é que o discurso da igualdade abole o ideal como fonte de referência para o sujeito. Se todos são livres e iguais, não existe lei universal. O efeito disso é a pulverização da lei, ou seja, se não há uma lei que valide o universal, o particular toma sua forma. Assim, só resta ao sujeito discutir, deliberar e fazer da lei para todos uma espécie de soma de leis particulares. Essa é a lógica dos comitês de ética. Como fica o sujeito em vias de se constituir frente a esse discurso? Como é possível entrar nas leis da cultura sem a confrontação com a interdição e a identificação a um ideal? Miller 11 usa a expressão sujeito desbussolado para denominar o sujeito contemporâneo. Ao definir o complexo de Édipo como normatizador das relações do sujeito com a cultura, Lacan 12 aponta que não existe a questão do Édipo quando não existe o pai. Dessa maneira, toda inserção do sujeito no social mostra-se profundamente modificada a partir do discurso contemporâneo. A configuração das famílias na contemporaneidade demonstram claramente essa falência do Édipo e de sua função nas relações sociais, ao indicar o aumento das famílias monoparentais. Coelho dos Santos 13 aponta que [...] O descaso com o laço conjugal, familiar e parental, promove a expansão de sintomas que deixam os sujeitos mais expostos à invasão de um gozo deslocalizado, ao excesso de angústia e à produção de suplências fora do discurso, fora do laço social. O que vemos emergir, a partir dessa falência do Édipo como normatizador das relações sociais é uma desvinculação entre transgressão e violência. O mito de totem e tabu nos mostra que a interdição se funda na exceção. É necessário haver um pai primordial que goze de todos os direitos e que, por isso, seja morto para que a lei se funde. Assim, matar o pai primordial é um ato de violência que funda uma interdição e lança a figura desse pai morto à dimensão do ideal. Esse paradoxo aponta para a idéia que só é possível transgredir a lei na medida em que essa lei é estabelecida. Assim, não podemos falar que os atos de violência decorrentes do discurso contemporâneo se fundam numa transgressão. Se o complexo de Édipo não se constitui enquanto mediador 11 (MILLER, 2005, APud. COELHO DOS SANTOS & TEIXEIRA,2OO6, p. 167) 12 Cf. LACAN, /1998,p (COELHO DOS SANTOS, Apud COELHO DOS SANTOS & FREITAS,2OO7, p. 74)

7 7 do desejo com a lei, nenhuma transgressão é possível. O resultado disso é que não é possível para o sujeito localizar a falta em si mesmo e no outro, ou seja, perde-se a dimensão do impossível, do proibido e a violência passa a ser um puro ato sem intermediação da simbolização que a metáfora paterna introduz. Referências bibliográficas: COELHO DOS SANTOS, T. Do Édipo à diferença sexual Sinthoma: corpo e laço social. Ed.Sephora UFRJ. Rio de Janeiro, 2006., T & TEIXEIRA, M.A. Violência na teoria psicanalítica: ruptura ou modalidade de laço social? Psicologia em revista, V.12, p , Belo Horizonte, Dezembro de 2006., T & FREITAS, R. Famílias dissolvidas: luto,atos infracionais e exposição a maus tratos na infância e na adolescência Cartas de psicanálise, Ano 2, volume 1, N.2., p.72-79, Ipatinga, Dezembro de FREUD, S. Totem e tabu [1912] Edição Stardard das obras completas de Sigmund Freud.V.XIII. Ed.Imago. Rio de Janeiro, A dissolução do complexo de Édipo. [1924], Edição Standard das obras completas de Sigmund Freud.VOL.XIX Ed. Imago. Rio de Janeiro, LACAN, J. O seminário, livro 4: A relação de objeto. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, [ ] O seminário, livro 5: As formações do inconsciente. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, [ ] O seminário, livro 7: A ética da psicanálise. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, [ ] A significação do falo.[1958] Escritos. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, Os complexos familiares na formação do indivíduo.[1938] Outros escritos. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, Introdução aos Nomes-do-pai.[1963] Nomes-do-pai. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, MILLER,J. Perspectivas do seminário 5 de Lacan: as formações do inconsciente. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, MILLER.J & LAURENT.E. O Outro que não existe e seus comitês de Ética. Revista curinga, n. 12,p 4-18, Belo horizonte, 1998.

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