Atividade. Relatório Clínico 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Atividade. Relatório Clínico 1"

Transcrição

1 Atividade Relatório Clínico 1 Sara Rosado, nº 1905 Módulo 6 Raciocionio clínico nas Disfunções Músculo Esqueléticas Unidade Curricular Fisioterapia Teoria e Prática III Responsável do Módulo Prof. Marco Jardim

2 Introdução: No âmbito da disciplina de fisioterapia teoria e prática III, foi-nos proposto a realização de um relatório clínico sobre a condição da utente D. Marta Tavares. Esta utente, de 43 anos, apresenta uma dor lombar aguda. A dor lombar aguda é uma situação comum na prática clínica e estes episódios, segundo (WADDELL, 1998; ANDERSSON, 1999; WADDELL, 2004) afectam cerca de 80% da população em algum momento da sua vida. No relatório deve ser demonstrado o raciocínio clínico subjacente às questões de avaliação, compreendendo o exame subjectivo, objectivo, diagnóstico funcional e principais problemas sobre a condição da utente. Esse raciocínio clínico tem como objectivo a definição do diagnóstico clínico da utente tendo em conta os seguintes parâmetros: Identificação e justificação dos mecanismos patológicos associados aos sintomas do utente; Identificação das estruturas potencialmente envolvidas (lesadas) considerando as evidências positivas e negativas para cada uma delas; a interpretação da severidade e irritabilidade das queixas, assim como, a identificação dos factores contribuintes relacionados com os sintomas dos utentes, sejam físicos, ambientais ou psicossociais. 1. Exame Subjectivo: A D. Marta Tavares tem 43 anos, é viúva e está empregada num hipermercado, no caso não está especificada a função que a senhora desempenha dentro do hipermercado. Esta senhora apresenta-se na clínica referindo 3 dores em regiões anatómicas distintas. D1 (localizada na Crista Ilíaca Direita) É o principal problema da utente, localizada na crista ilíaca direita, é resultado de uma queda há 4 dias devido ao piso escorregadio. Esta dor é descrita pela utente como uma guinada e é quantificada na Escala Visual Análoga (EVA) como sendo 0/10 no momento e 5/10 no pior momento sentido.

3 Esta dor aparece e desaparece (on/off) - dor intermitente o que sugere uma disfunção mecânica, ou seja, estímulos cujo limiar é suficiente para activar as terminações nervosas livres, estão na origem da dor. Dor essa que desaparece quando o estímulo é retirado (McKenzie, 1981, citado por Petty, 2007). Sendo uma dor intermitente e atendendo ao caso a realização de determinadas actividades contribuem para agravar a dor (factores que agravam os sintomas), como, referidas pela utente, a saída da cama e a entrada na banheira em ambas se verifica uma flexão da anca com báscula posterior do ilíaco. O entrar na banheira é um movimento em que é muito solicitada a sacro-ilíaca (posteriorização do ilíaco), o que, segundo Petty (2007) apoia a ideia de que esta dor é um problema local. Relativamentea esta dor, seria importante perceber como é que a utente sai da cama e entra na banheira pois, por exemplo, se entrar com o membro não lesado e lhe doer o lesado, isto sugere que a articulação lhe dói em apoio unipodal o que segundo Petty (2007) é um dos factores que agrava a sintomatologia ao nível da articulação sacro-íliaca. Factores que aliviam os sintomas: Posicionar a anca em extensão é um factor que alivia esta dor, sendo que só se reproduz nas actividades descritas em cima que implicam flexão da anca pois implica movimento no ilíaco. Profundidade da dor: Esta questão não está explícita no caso e apesar de poder ser aparente (Austen, 1991, citado por Petty, 2007) poderia ser relevante para nos dar a ideia da estrutura afectada, dado que, pensa-se que os músculos produzem dores profundas (Mense, 1993, citado por Petty, 2007), ao passo que as articulações originam dores referidas superficialmente (Mooney and Robertson, 1976, citado por Petty, 2007). Sevaridade e Irritabilidade dos sintomas: Dada a descrição dos sintomas efectuada por esta utente, considero que os mesmos sejam não severos, pois no discurso da utente esta não refere que em algum momento tenha cessado um determinado movimento devido à intensidade da dor. Quanto à irritabilidade, considero que os sintomas são não irritáveis devido à caracterização da dor efectuada pela utente, referindo uma guinada, que aponta para uma dor que aparece e desaparece rapidamente. Para que fossem considerados irritáveis teria que existir um período de tempo necessário para o sintomas voltarem ao seu nível de alívio. (Petty, 2007) Comportamento dos sintomas ao longo de 24h: Esta dor não apresenta sintomas durante a tarde e apenas se reproduz ao sair da cama (manhã) - actividade essa que obriga a uma maior recorrência à articulação sacro-ilíaca do que nos padrões normais diários durante o resto do dia. Tal caracterização desta dor dá a entender que é um problema mecânico, pois geralmente, dor

4 que agrava com o movimento e alivia com o repouso indica um problema mecânico ao nível do sistema músculo-esquelético (Corrigan & Maitland, 1994, citados por Petty, 2007). D2 (Dor lombar ao centro) Esta dor instalou-se devido a um acidente de automóvel há cerca de 1 ano. É caracterizada pela utente como sendo tipo moinha, e no momento a dor não está presente, apresentando um valor de 0/10 na EVA. A utente não fornece muita informação acerca desta dor, refere apenas no seu discurso que volta e meia tenho dores nos rins. Esta expressão demonstra que a dor surge dentro de determinados intervalos de tempo ou associada a alguns factores /actividades o que leva a crer que se trata de um sintoma intermitente. É também referido pela utente que é uma dor habitual, sugerindo que acontece regularmente. Profundidade da dor: Podemos esperar que um utente cuja localização da sua dor seja circunscrita à região lombar, qualifique a sua dor como ( ) profunda, intermitente e sem outros sintomas associados. No entanto, o caso não faz referência à profundidade desta dor, logo, por falta de informação não se podem tirar ilações acerca deste parâmetro do exame objectivo. Severidade e Irritabilidade dos sintomas: Considero que seja uma dor não severa porque em todo o discurso da utente não é notável que haja restrições ao movimento logo que sinta a dor, é uma dor habitual o que sugere que esta utente lida com esta dor regularmente, não lhe impedindo os movimentos do dia-a-dia (seria importante questionar a utente sobre este facto para obter informações mais precisas). Através da informação recolhida do caso não é permitido perceber se a dor é irritável ou não, era necessário questionar a utente sobre este facto, perceber quanto tempo é que a dor demora a ser aliviada e Se esta perdurar algum tempo, é considerada irritável (Petty, 2007) Comportamento dos sintomas ao longo de 24 horas: Não há um padrão diário definido pela utente. D3 (Dor ao longo da face posterior da coxa) Esta dor é caracterizada pela utente com sendo um fio de arame o que sugere uma sintomatologia neural, podendo ter origem na lesão ao nível dos nervos Magge (1992). É classificada com uma intensidade de 0/10 na EVA e 4/10 na EVA quando a utente entra no carro. Atendendo ao discurso da utente, esta sugere que a dor 3 é uma dor intermitente quando diz: senti uma dor na face posterior da coxa e nádega direita, que desapareceu mal começou a conduzir, o que sugere a existência de um distúrbio mecânico (McKenzie, 1981, citado por Petty, 2007).

5 Em relação aos factores que agravam e que aliviam os sintomas, apenas sabemos que foi reproduzida ao entrar para o carro factor agravante, sendo uma dor única (sentida apenas uma vez), não há muita informação acerca deste parâmetro do exame subjectivo. Severidade e Irritabilidade dos Sintomas: Classifico esta dor como sendo não irritável, pois desapareceu mal começou a conduzir mas seria relevante questionar a utente sobre este facto. Relativamente à severidade, é uma dor que, analisando o caso, não a impediu de conduzir até à clínica, sendo que não teve que cessar a actividade devido à intensidade da dor, considero então que seja uma dor não severa. Sensações anormais: A sensação comum de formigueiros e encortiçamento indica isquémia dos nervos periféricos (Walton, 1989) e pode ocorrer sempre que um nervo é comprimido, seria importante questionar a utente sobre estes sintomas podendo indicar-nos a origem do problema. Relação entre os sintomas (D1, D2, D3): Os sintomas, segundo o relatado no caso, não estão relacionados. O facto de nenhum dos sintomas estar associado sugere que existem três diferentes estruturas lesadas, causando cada uma delas, uma das três áreas de dor. (Petty, 2007). D1 Segundo a interpretação feita do caso e fazendo o paralelismo com a literatura, esta dor tem origem traumática queda devido ao piso escorregadio, é um problema mecânico agrava com o movimento e alivia com o repouso (Corrigan & Maitland, 1994) e local (relacionado com o sítio onde surge a dor crista ilíaca direita), segundo Magee (1992) a dor localizada sugere um problema articular, e pela descrição da utente, esta consegue identificar facilmente o local da dor. D2 Esta é uma dor localizada, que poderá ter origem traumática acidente de automóvel, excluindo a hipótese de fractura, devido à análise do discurso da utente não fracturei nenhum osso, esta dor estará relacionada com outras estruturas, possivelmente poderá estar relacionada com o disco intervertebral, pensando ser de origem traumática exclui-se a hipótese de espondilose. Dada a profissão da utente, o facto de relatar que o neto lhe pede colo sempre que se encontram, esta utente poderia ter um disco intervertebral já comprometido e ter efectuado o seu prolapso no acidente de automóvel. Segundo Kapandji (2000) a sua aparição (hérnia discal) só é possível se previamente o disco foi deteriorado por microtraumatismos repetidos e se, por outra parte, as fibras do anel fibroso começaram a degenerar-se. Mas, também é possível o prolapso repentino de um disco (Porter, 2005). No entanto, existem inúmeras explicações para a dor lombar aguda, tais como : escoliose, espondilolistese, estenose vertebral, diferença de comprimento dos membros inferiores,

6 hipermobilidade articular e alterações posturais (Porter, 2005). Estas causas não têm origem traumática e muitas delas seriam visíveis em exames, possivelmente efectuados à D. Marta Tavares, tais que lhe permitem afirmar felizmente não tive qualquer problema grave; não fracturei nenhum osso, não bati com a cabeça em lado nenhum. Lesões discais não são visíveis ao Raio-X e são habituais na coluna lombar, são provocados muitas vezes por movimentos repetitivos de flexão-extensão - pegar ao colo (Porter, 2005), isto pode ter comprometido o disco que prolapsou no acidente de automóvel. D3 É uma dor de origem neurológica, como já foi referido anteriormente. Recorrendo ao Body-Chart onde se pode visualizar a localização da dor, pode-se concluir que o problema estará relacionado com o nervo ciático que inerva a parte inferior da região glútea, a face posterior da coxa e a parte superior da perna, ou seja, corresponde a toda a região descrita pela utente. É uma dor que surge quando a utente faz flexão da anca para entrar no carro, ao fazer flexão da anca ela está a estirar o nervo ciático. Segundo Petty (2007), o nervo ciático é colocado em tensão na posição de long sitting (semelhante á de entrar no carro), a dor poderá surgir causada por algumas aderências do nervo ciático que provocam falta de mobilidade. No entanto, ao estirar o nervo ciático também existe o estiramento dos isquio-tibiais o que poderá ser também uma causa para esta dor (Petty, 2007), a fim de excluir ou confirmar esta hipótese é necessário o exame objectivo. Questões complementares: Era importante perceber a que se deve a aparência emagrecida e hipotónica com que se apresenta a utente, pois tais indícios de perda de peso (sem efectuação de dieta) e fraqueza generalizada estão frequentemente associados ao mal-estar geral do paciente, à existência de malignidade ou à existência de patologias sistémicas (Petty, 2007) ou a patologias metabólicas, neoplásicas (O'Connor & Currier 1992, citados por Petty, 2007) e artrite reumatóide (Dickson & Wright, 1984, citados por Petty, 2007), respectivamente. Compreender um pouco do estado de saúde geral da utente presente e passado e também casos de, por exemplo, artrite reumatóide noutras pessoas da família visto que é uma doença hereditária também seria relevante pois esta doença constitui uma contra-indicação ao exame objectivo, visto que o tratamento das articulações na fase aguda da patologia não devem ser efectuados (Petty, 2007). Seria também importante perceber se esta está medicada, tomando analgésicos que podem diminuir a dor, atribuindo a utente uma intensidade errada à dor na EVA.

7 2. Exame Objectivo Tendo em conta o analisado no exame subjectivo, podemos concluir que a situação é não SIN, este aspecto é importante porque, caso se tratasse de uma situação SIN a realização dos teste poderia contribuir para intensificar os sintomas (Petty, 2007). No entanto, isto não se confirma o que permite aplicar o exame sem grandes restrições. O exame objectivo pretende confirmar ou excluir as hipóteses criadas através do exame subjectivo. A informação recolhida até agora e através da interpretação lógica, leva a crer que várias estruturas estão afectadas, não existindo relação entre os sintomas, tais estruturas são: D1 na crista ilíaca direita: Articulação Sacro- Ilíaca D2 na coluna lombar: Coluna lombar D3 na nádega e zona posterior da coxa direita: Comprometimentos nervosos Planeamento do exame objectivo: Para a realização deste teste vou ter em conta vários príncipios, entre eles: Testar sempre o lado não-comprometido em primeiro, fazer primeiro os movimentos civos e depois os movimentos passivos e deixar os movimentos dolorosos para último. (Magee) 2.1 Observação Inicialmente, a utente deve ser observada em situações dinâmicas e situações estáticas para que seja avaliada a qualidade de movimento, características posturais e expressão facial da utente. Deve ser feita a observação da postura, dos contornos musculares, tónus, tecidos moles, marcha e atitudes (Petty, 2006). Começando pela coluna lombar, a observação da postura (para verificar a existência ou não de desvios posturais), contornos musculares (eminências ósseas, atrofias e edema) e tecidos moles. Devido à dor referida pela utente na crista ilíaca direita, seria importante observar esta zona, iniciando a observação pela postura da pélvis (rotações, anteversões / retroversões, torções), esta observação deve ser feita em todos os planos, observação do alinhamento das cristas ilíacas e espinha ilíacas antero e postero superiores, ísquions, prega glútea e posicção da pélvis relativamente à coluna (Petty, 2007). De seguida, seria importante observar a forma muscular, tónus e volume, sendo que a utente se apresenta hipotónica esta é uma observação muito importante. A observação dos tecidos moles também é importante, observando a qualidade e acor da pele do paciente e a existência de edema ou cicatrizes. A observação dos tecidos moles é muito importante nesta dor, dada a sua origem traumática e o facto de só terem passado 4 dias após a queda.

8 Será importante também observar o padrão de marcha desta utente pois poderá dar-nos informações acerca da origem dos sintomas, em relação à D2 (dor lombar) podem estar associados alterações dos padrões de marcha normais, Petty (2007) e relativamente à D1, segundo Magee, amarcha é muitas vezes afectas quando o problema compromete a sacroíliaca, por isso, esta observação poderá dar-nos informações úteis acerca da origem dos sintomas, confirmando, ou não, as hipóteses colocadas no exame subjectivo. Também é importante observar as atitudes e sentimentos da utente porque é função do terapeuta ser sensível a estas atitudes e de comunicar de forma apropriada, de modo a criar um entendimento com a utente e, assim, aumentar o grau de colaboração no tratamento (Petty, 2007). Através do discurso da utente podemos perceber que esta teve receio que a queda lhe atrapalhasse o dia e a impedisse de ir buscar o neto à escola e como tal pode-se retirar daqui que a utente tem receio que a sua integridade física lhe restrinja certas actividades que tem gosto em realizar. 2.2 Testes de integridade articular: Dado que duas das dores evidenciadas são de origem traumática será importante a realização des testes, podendo, devido ao trauma, alguma estrutura estar comprometida, por exemplo, músculos ou ligamentos. Seria importante a realização dos testes de integridade articular para a coluna lombar, testes estes que nos permitem perceber se existe algum movimento excessivo das vértebras (Petty, 2007). 2.3 Movimentos Fisiológicos Ativos e Passivos: Segundo Petty (2007), com a aplicação destes movimentos pretende-se avaliar: a qualidade do movimento, a amplitude disponível, o comportamento da dor durante a amplitude de movimento e no final do movimento, a resistência durante a amplitude de movimento e no final dessa amplitude e por fim, o surgimento de espasmo muscular. De acordo com os dados adquiridos no exame subjectivo, foi possível admitir a hipótese de que a D1 tem origem na articulação sacro-íliaca e que o movimento de posteriorização do íliaco reproduz o sintoma (dor), no entanto, como já foi referido não há certezas acerca de qual o mecanismo que provoca a dor, se estar em apoio unipodal ou se fazer posteriorização do íliaco. A articulação sacro-íliaca (SI) é uma articulação em que os movimentos são quase nulos e tratase bem mais de uma tendência para os movimentos do que os movimentos propriamente ditos (Kapandji, 1990) e não existem movimentos fisiológicos activos (Petty, 2007), como tal, é necessário executar testes activos na coluna e na coxo-femural para provocar movimento na SI

9 (Petty, 2007). Estes movimentos activos colocam em tensão a articulação SI, podendo reproduzir os sintomas. Os movimentos activos que a utente realizaria seriam: Flexão, Rotação, Flexão lateral e extensão da coluna lombar (em último porque segundo o exame subjectivo será o que porvocará mais dor) e ao nível da coxo-femural, movimentos de extensão, adução, abdução, rotações e por último a flexão pois será a que provocará mais dor (está associada à rotação posterior do íliaco). Assim, para comprovar a ideia de que a posteriorização do íliaco provoca a dor, a utente sentiria dor nos movimentos de flexão da anca e extensão da coluna lombar. Relativamente à D1, a minha hipótese aponta para a articulação sacro-íliaca em movimentos de posteriorização do íliaco, no entanto, é importante realizar testes que não testem apenas esta articulação relativamente a este movimento, é necessário eliminar outras hipóteses, como tal, seria relevante executar os seguintes testes: Teste de flexão em pé, Teste de flexão sentado ou Sinal de Piedallu. Mais direccionado para a hipótese considerada temos o walk test ou Gillet test, este teste avalia a mobilidade do ilíaco em movimentar-se no sentido posterior (Petty, 2007). Com estes testes procuro perceber se há hipomobilidade ou hipermobilidade, movimento dseigual, dor à palpação ou inflamação (Magee). Se houver algum tipo de instabilidade ou comprometimento de estruturas passivas o íliaco direito será hipomóvel relativamente ao ilíaco esquerdo, e este teste reproduzirá dor, segundo a avaliação subjectiva. Os testes passivos que poderiam ser efectuados passam por: Teste de distracção ou Anterior Gapping Test e teste de compressão ou Posterior Gapping Test. Nestes teste, a reprodução dos sintomas do utente indica uma lesão na articulação sacro-íliaca e/ou dos ligamentos, anteriores ou posteriores, respectivamente (Maitland, 1986; Magee, 1992). Estes testes poderão confirmar a hipótese de que a articulação sacro-íliaca é a cauda dos sintomas. Por último, seria pertinente realizar o teste de rotação posterior do íliaco, avaliando a mobilidade de um íliaco em relação ao outro. Relativamente à D2, dado que a utente não consegue dar-nos informações suficientes em relação a esta dor, não conseguimos perceber quais os factores que agravam e aliviam a dor, como tal será importante a realização de movimentos fisiológicos activos e passivos, iniciando por aqueles que, segundo a hipótese estabelecida no exame subjectivo, não lhe provocarão dor, são eles: Rotação para a direita e para a esquerda, Flexão lateral esquerda e direita e por fim o movimento de flexão/ extensão. Segundo Porter (2005), o movimento que causa a dor será a flexão da coluna lombar, numa situação de protusão discal. Nos movimentos fisiológicos activos, o examinador procura limitação de movimento e as suas possiveis causas, como dor, espasmo, rigidez ou bloqueio. (Magee)

10 2.4 Movimentos Intervertebrais Acessórios Passivos: Segundo Petty (2007), estes movimentos servem para detectar a articulação sintomática, uma vez que a D2 não é identificada ao certo pela utente. Sendo assim, a realização destes movimentos darão informação ao fisioterapeuta relativamente à articulação comprometida, o que será bastanta útil para o posterior tratamento. 2.5 Testes musculares: Atendendo ao facto que a utente se apresenta hipotónica, será importante a realização dos testes musculares de acordo com a observação feita dos tecidos moles e do padrão de marcha analisado. Sabemos que uma articulação sacro-íliaca dolorosa pode causar inibição reflexa do glúteo médio (Magee), portanto seria relevante testar este músculo. Os testes musculares devem ter em conta se, por exemplo, a utente apresenta uma marcha antiálgica (para alívio da dor), esta poderá evitar a acção de determinados músculos a fim de evitar o surgimento da dor, como tal, esses músculos devem ser testados e comparados com o membro contra-lateral (esquerdo). Segundo Petty (2007) as disfunções musculares têm consequência em todo o sistema músculo-esquelético, portanto, de acordo com a observação feita seriam estipulados os músculos a ser testados. 2.6 Testes neurológicos: Primeiro considero importante testar os dermatomas para puder perceber se existem ou não alterações de sensibilidade, sendo que a compressão do nervo ciático poderá alterar essa sensibilidade. Igualmente importante serão os testes do músculo inervados pelo nervo ciático extensores da coxo-femural e flexores do joelho (Porter, 2005) para perceber se há comprometimento da sua função. Por fim, os testes neurodinâmicos confirmarão ou excluirão a hipótese apontada para a D3 no exame subjectivo. Para que um teste neurodinâmico seja positivo, ele deve reproduzir os sintomas do paciente. Uma vez que estes testes são destinados a impor esforço ao tecido neurológico, eles muitas vezes causam desconforto ou dor. (magee) Estes testes são indicados quando os sintomas ocorrem inferiormente ao nível da prega glútea (Petty, 2007), como é o caso da D3 referida pela utente. Atendendo ao facto de que através do exame subjectivo coloquei a hipótese de que o nervo ciático poderia ter aderências ou mesmo estar comprimido, estes testes irão confirmar ou excluir essa hipótese. Como testes importantes a serem realizados sugiro: Passive Neck Flexion, que coloca em tensão o nervo ciático; SLR, com o SLR as raízes nervosas, principalmente as raízes de L5, S1 e

11 S2 (nervo ciático) são completamente alongadas a 70º (...) O teste causa tracção do nervo ciático, das raízes nervosas lombo-sacrais e da duramater. Aderências dentro destas áreas podem resultar de uma hérnia do disco intervertebral (Magee). Também a realização do Slump test será importante pois também este teste coloca em tensão o nervo ciático e descodifica se a dor é causada por encurtamente do isquio-tibiais ou por tensão do nervo ciático. Relativamente à D2, estes testes também podem ajudar, visto que, no SLR, uma dor lombar indica a existência de uma hérnia discal (Magee) Capacidade Funcional: Este é um parâmetro muito importante na área da fisioterapia no entanto, através da informação disponível é impossível perceber até que ponto a situação da utente lhe compromete as actividades da vida diária e lhe resrtinge a participação social. Como tal, é importante perceber isso com a realização de um teste Quebec Back Pain Disability Questionnaire (Santos et al, 2005). Diagnóstico: A D. Marta Tavares tem 45 anos, é viúva e empregada num hipermercado. Apresenta-se na clínica com uma aparência emagrecida e hipotónica, referindo 3 dores. A primeira dor e de maior intensidade, 5/10 na EVA é localizada na crista íliaca direita, foi causada por uma queda há 4 dias. De acordo com o exame subjectivo esta dor tem orgiem na articulação sacro-íliaca. A segunda dor, ao nível da coluna lombar, resulta de um acidene de automóvel que ocorreu há 1 ano. Esta dor não está presente mo momento, tendo de intensidade 0/10 na EVA e apresenta como principal causa o prolapso do disco intervertebral na sequência de um trauma no acidente de automóvel. A última dor (D3) que se localiza ao longo da nádega e na face posterior da coxa direita, surgiu uma única vez, ao entrar no carro para se dirigir à fisioterapia, tendo nesse momento uma intensidade de 4/10 na EVA. A origem desta dor poderá ser tensão da duramáter, estiramento do tecido neural, compressão do nervo ciático ou estiramento dos isquio-tibiais.

12 BIBLIOGRAFIA Goodman, C., & Boissonnault, W. G. (1998). Pathology - Implications for the Physical Therapist. Estados Unidos da América: WB Saunders Company. Kapandji, I. A. (1990). Fisiologia Articular (Vol. 3). São Paulo: Editora Manole. Petty, N. J. (2007). Exame e Avaliação Neuro- Músculo-Esquelética (Terceira ed.). Loures: Lusodidacta. Petty, N. J., & Moore, A. P. (1998). Princípios de Intervenção e Tratamento do Sistema Neuromúsculo-esquelético. Loures: Lusodidacta. Porter, S. (2005). Fisioterapia de Tidy. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda. Santos, A. P., Ramos, N. C., Estevão, P. C., Lopes, A. M., & Pascoalinho, J. (2005). Instrumentos de Medida Úteis no Contexto da Avaliação em Fisioterapia. (E. Colibri, Ed.) Re(habilitar) - Revista da ESSA, pp Serpa, R., & Cruz, E. B. (Março de 2005). Padrões de Dor Lombar: Categorização dos Sinais, Sintomas e Restrições da Capacidade em Utentes com Dor Lombar. EssFisiOnline, 1, pp Serra, L. M. (2001). Critérios Fundamentais em Fracturas e Ortopedia. Lousã: LIDEL. Watson, P. (2002). Topical Issues in Pain 2 - Biopsychosocial assessment and management - Relationships and pain. (L. Gifford, Ed.) Reino Unido.

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart Dados Pessoais: História Clínica: Nome: P.R. Idade: 54 Morada: Contacto: Médico: Fisioterapeuta: Profissão: Fisioterapeuta Diagnóstico Médico: Fratura comitiva da rótula Utente de raça caucasiana, Fisioterapeuta,

Leia mais

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart. Questões especiais Exames Complementares Rx (23/08/2012) placa de fixação interna a nível da

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart. Questões especiais Exames Complementares Rx (23/08/2012) placa de fixação interna a nível da Dados Pessoais: Nome: M. Idade: 29 Morada: Contacto: Médico: Fisioterapeuta: Profissão: Técnica de comunicação Diagnóstico Médico: Síndrome de Kienbock História Clínica: 2009-1 mês após uma mudança de

Leia mais

Actividade. Relatório Clínico I

Actividade. Relatório Clínico I Actividade Relatório Clínico I Valter Rodrigues, 1910 MÓDULO 6 RACIOCÍNIO CLÍNICO NAS DIFUNÇÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS UNIDADE CURRICULAR FISIOTERAPIA TEORIA E PRÁTICA III RESPONSÁVEL DO MÓDULO PROF. MARCO

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

Cuidando da Coluna e da Postura. Texto elaborado por Luciene Maria Bueno. Coluna e Postura

Cuidando da Coluna e da Postura. Texto elaborado por Luciene Maria Bueno. Coluna e Postura Cuidando da Coluna e da Postura Texto elaborado por Luciene Maria Bueno Coluna e Postura A coluna vertebral possui algumas curvaturas que são normais, o aumento, acentuação ou diminuição destas curvaturas

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Existem 2 tipos de artic. encontradas

Leia mais

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1 Página 1 A coluna vertebral, assim como qualquer articulação, apresenta movimentos que possuem tanto grande como pequena amplitude articular. Estes recebem o nome de Macromovimentos e Micromovimentos,

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Disciplina: MFT-0377 Métodos de Avaliação Clínica e Funcional Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Leia mais

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão Cefaleia tipo tensão Cefaleia tipo tensão O que é a cefaleia tipo tensão? Tenho dores de cabeça que duram vários dias de cada vez e sinto-me como se estivesse a usar um chapéu muito apertado - mais como

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Cervical Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Cervical Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Cervical Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada A coluna cervical consiste em diversas

Leia mais

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Avaliação Fisioterapêutica do Quadril Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação do Quadril: É uma articulação

Leia mais

EXAME DO QUADRIL E DA PELVE

EXAME DO QUADRIL E DA PELVE EXAME DO QUADRIL E DA PELVE Jefferson Soares Leal O quadril é composto pela articulação coxofemural e a pelve pelas articulações sacroilíacas e pela sínfise púbica. O exame do quadril e da pelve devem

Leia mais

Lombociatalgia. www.fisiokinesiterapia.biz

Lombociatalgia. www.fisiokinesiterapia.biz Lombociatalgia www.fisiokinesiterapia.biz Conceitos Lombalgia; Lombociatalgia; Ciatalgia/Ci /Ciática; Característica região lombar Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana Vértebra lombar Fonte:

Leia mais

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas O que é escoliose? É um desvio látero-lateral que acomete acoluna vertebral. Esta, quando olhada de frente, possui aparência reta em pessoas saudáveis. Ao

Leia mais

Coluna no lugar certo Fisioterapeutas utilizam método que reduz dores nas costas em poucas sessões e induz paciente a fazer exercícios em casa

Coluna no lugar certo Fisioterapeutas utilizam método que reduz dores nas costas em poucas sessões e induz paciente a fazer exercícios em casa Atualizado aos domingos ESTADO DE MINAS Coluna no lugar certo Fisioterapeutas utilizam método que reduz dores nas costas em poucas sessões e induz paciente a fazer exercícios em casa Ellen Cristie Dores

Leia mais

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular Luxação da Articulação Acrômio Clavicular INTRODUÇÃO As Luxações do ombro são bem conhecidas especialmente durante a prática de alguns esportes. A maior incidencia de luxção do ombro são na verdade luxação

Leia mais

Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia

Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia Dr. Leandro Gomes Pistori Fisioterapeuta CREFITO-3 / 47741-F Fone: (16) 3371-4121 Dr. Paulo Fernando C. Rossi Fisioterapeuta CREFITO-3 / 65294 F Fone: (16) 3307-6555

Leia mais

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna 12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna Enunciado Paciente do sexo feminino, 34 anos, G1P1A0, hígida, está no terceiro mês pós-parto vaginal sob analgesia peridural, que transcorreu sem intercorrências.

Leia mais

COLUNA LOMBAR TODOS OS PERIÓDICOS ESTÃO NO ACERVO DA BIBLIOTECA DA FACULDADE.

COLUNA LOMBAR TODOS OS PERIÓDICOS ESTÃO NO ACERVO DA BIBLIOTECA DA FACULDADE. OBJETIVOS: O aluno deverá ser capaz de identificar as principais doenças da coluna lombar assim como avaliação e prescrição de conduta fisioterápica pertinente. LER: O que é Hérnia de disco? A coluna vertebral

Leia mais

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento MARINA VERAS Reumatologia REUMATISMOS DE PARTES MOLES INTRODUÇÃO Também denominado de reumatismos extra-articulares Termo utilizado para definir um

Leia mais

O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE

O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE UM ESTUDO QUANTO À APLICABILLIDADE DO PROGRAMA PARA COLETORES DE LIXO DO MUNICÍPIO DE NITERÓI ALESSANDRA ABREU LOUBACK, RAFAEL GRIFFO

Leia mais

Maria da Conceição M. Ribeiro

Maria da Conceição M. Ribeiro Maria da Conceição M. Ribeiro Segundo dados do IBGE, a hérnia de disco atinge 5,4 milhões de brasileiros. O problema é consequência do desgaste da estrutura entre as vértebras que, na prática, funcionam

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) ENXAQUECAS Enxaqueca sem aura De acordo com a IHS, a enxaqueca sem aura é uma síndroma clínica caracterizada por cefaleia com características específicas e sintomas

Leia mais

LER/DORT. www.cpsol.com.br

LER/DORT. www.cpsol.com.br LER/DORT Prevenção através s da ergonomia DEFINIÇÃO LER: Lesões por Esforços Repetitivos; DORT: Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho; São doenças provocadas pelo uso inadequado e excessivo

Leia mais

CURSO DIAGNÓSTICO MECÂNICO e TRATAMENTO TÉCNICA de McKENZIE. Parte A Coluna Lombar

CURSO DIAGNÓSTICO MECÂNICO e TRATAMENTO TÉCNICA de McKENZIE. Parte A Coluna Lombar CURSO DIAGNÓSTICO MECÂNICO e TRATAMENTO TÉCNICA de McKENZIE Parte A Coluna Lombar Conteúdos Programáticos A Lombalgia Incidência, custos, tempo e tipos de tratamentos Abordagem à Técnica de McKenzie. Anatomia

Leia mais

PILATES E BIOMECÂNICA. Thaís Lima

PILATES E BIOMECÂNICA. Thaís Lima PILATES E BIOMECÂNICA Thaís Lima RÍTMO LOMBOPÉLVICO Estabilidade lombopélvica pode ser definida como a habilidade de atingir e manter o alinhamento ótimo dos segmentos da coluna (lombar e torácica), da

Leia mais

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim Cabeça do fêmur com o acetábulo Articulação sinovial, esferóide e triaxial. Semelhante a articulação do ombro, porém com menor ADM e mais estável. Cápsula articular

Leia mais

GUIA DE MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES

GUIA DE MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES GUIA DE MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES O QUE É MUSCULAÇÃO? A musculação é um exercício de contra-resistência utilizado para o desenvolvimento dos músculos esqueléticos. A partir de aparelhos, halteres, barras,

Leia mais

Dados Pessoais: História social e familiar. Questões especiais Exames Complementares Medicação: Reumoplus. Fatores que agravam os sintomas e função

Dados Pessoais: História social e familiar. Questões especiais Exames Complementares Medicação: Reumoplus. Fatores que agravam os sintomas e função Dados Pessoais: Nome: V. Idade: 19 Morada: Contacto: Médico: Fisioterapeuta: Profissão: Estudante e Jogador de Basquetebol (Estoril) Diagnóstico Médico: Ligamentoplastia do Ligamento Cruzado Anterior História

Leia mais

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1 Página 1 01. Movimentos da coluna vertebral A coluna vertebral como um todo se apresenta como uma articulação que possui macromovimentação em seis graus de liberdade: flexão, extensão, láteroflexão esquerda,

Leia mais

Mobilidade na FEUP Deslocamento Vertical

Mobilidade na FEUP Deslocamento Vertical Mobilidade na FEUP Deslocamento Vertical Relatório Grupo 515: Carolina Correia Elder Vintena Francisco Martins Salvador Costa Sara Palhares 2 Índice Introdução...4 Objectivos...5 Método...6 Dados Obtidos...7

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Avaliação Fisioterapêutica do Cotovelo Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação ulnoumeral ou troclear:

Leia mais

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais.

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais. R.P.G. E A MECÂNICA DA NOSSA COLUNA VERTEBRAL * Dr. Gilberto Agostinho A coluna vertebral, do ponto de vista mecânico é um verdadeiro milagre. São 33 vértebras (7 cervicais + 12 torácicas + 5 lombares

Leia mais

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1 Página 1 01. Ossos da coluna vertebral A coluna vertebral é formada por um número de 33 ossos chamados vértebras. Estas se diferenciam pela sua forma e função. Vértebras semelhantes se agrupam em regiões

Leia mais

DIAGNÓSTICO DAS LOMBALGIAS. Luiza Helena Ribeiro Disciplina de Reumatologia UNIFESP- EPM

DIAGNÓSTICO DAS LOMBALGIAS. Luiza Helena Ribeiro Disciplina de Reumatologia UNIFESP- EPM DIAGNÓSTICO DAS LOMBALGIAS Luiza Helena Ribeiro Disciplina de Reumatologia UNIFESP- EPM LOMBALGIA EPIDEMIOLOGIA 65-80% da população, em alguma fase da vida, terá dor nas costas. 30-50% das queixas reumáticas

Leia mais

AVALIAÇÃO DO QUADRIL

AVALIAÇÃO DO QUADRIL AVALIAÇÃO DO QUADRIL 1. Anatomia Aplicada Articulação do Quadril: É uma articulação sinovial esferóidea com 3 graus de liberdade; Posição de repouso: 30 de flexão, 30 de abdução, ligeira rotação lateral;

Leia mais

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1

www.josegoe s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1 Página 1 01. Definição A escoliose é uma disfunção da coluna vertebral que provoca uma angulação lateral desta. A coluna é torcida, de modo que cada vértebra gira em torno de seu próprio eixo, causando

Leia mais

KINETIC CONTROL: OTIMIZANDO A SAÚDE DO MOVIMENTO

KINETIC CONTROL: OTIMIZANDO A SAÚDE DO MOVIMENTO KC seguindo adiante KINETIC CONTROL: OTIMIZANDO A SAÚDE DO MOVIMENTO Otimizar a saúde do está no coração da Fisioterapia e da Terapia do Movimento. As pesquisas de neurociência nos tem proporcionado um

Leia mais

Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia Aplicada -

Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia Aplicada - FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia Aplicada - Apresentações Discentes Prof. Gerardo Cristino www.gerardocristino.com.br

Leia mais

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia Dor no Ombro Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo O que a maioria das pessoas chama de ombro é na verdade um conjunto de articulações que, combinadas aos tendões e músculos

Leia mais

AVALIAÇÃO DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO Articulação Sinovial Forma de sela Três graus de liberdade Posição de Repouso Posição de aproximação

Leia mais

AT I. ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE Melhor, só se inventarem o elixir da juventude. Uma revolução no conceito de promoção da saúde.

AT I. ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE Melhor, só se inventarem o elixir da juventude. Uma revolução no conceito de promoção da saúde. AT I ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE Melhor, só se inventarem o elixir da juventude. Uma revolução no conceito de promoção da saúde. Maringá é integrante da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis e não

Leia mais

PROVAS NEUROMUSCULARES 1 2009

PROVAS NEUROMUSCULARES 1 2009 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE UNIDADE DE TRAUMA ORTOPÉDICO Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa - Rua Visconde de Paranaguá, 102 Rio Grande, RS CEP 96200/190 Telefone:

Leia mais

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA O QUE É A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA? A Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA) é o segundo tipo de leucemia mais frequente na criança.

Leia mais

Síndrome radicular lombossacral Resumo de diretriz NHG M55 (primeira revisão, abril 2005)

Síndrome radicular lombossacral Resumo de diretriz NHG M55 (primeira revisão, abril 2005) Síndrome radicular lombossacral Resumo de diretriz NHG M55 (primeira revisão, abril 2005) Mens JMA, Chavannes AW, Koes BW, Lubbers WJ, Ostelo RWJG, Spinnewijn WEM, Kolnaar BGM traduzido do original em

Leia mais

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa desconhecida. Por vezes os doentes associam o seu inicio a um episódio traumático. Outros doentes referiam

Leia mais

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal Dossier Informativo Osteoporose Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal 2008 1 Índice 1. O que é a osteoporose? Pág. 3 2. Factores de risco Pág. 4 3. Prevenção Pág. 4 4. Diagnóstico

Leia mais

LOMBALGIAS: MECANISMO ANÁTOMO-FUNCIONAL E TRATAMENTO

LOMBALGIAS: MECANISMO ANÁTOMO-FUNCIONAL E TRATAMENTO LOMBALGIAS: MECANISMO ANÁTOMO-FUNCIONAL E TRATAMENTO Alessandra Vascelai #, Ft, Titulacão: Especialista em Fisioterapia em Traumatologia do Adulto Reeducação Postural Global (RPG) Acupuntura. Resumo: Lombalgia

Leia mais

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento A única coisa a ter medo, é do próprio medo The only thing you have to fear is fear itself (Franklin D. Roosevelt) Alguma vez deixou de

Leia mais

Reabilitação em Dores Crônicas da Coluna Lombar. Michel Caron Instituto Dr. Ayrton Caron Porto Alegre - RS

Reabilitação em Dores Crônicas da Coluna Lombar. Michel Caron Instituto Dr. Ayrton Caron Porto Alegre - RS Reabilitação em Dores Crônicas da Coluna Lombar Michel Caron Instituto Dr. Ayrton Caron Porto Alegre - RS Introdução - Estima-se que a dor lombar afete até 84% da população adulta. - Episódio de dor autolimitado

Leia mais

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II O seguinte exercício contempla um processo com três estágios. Baseia-se no Inquérito de Satisfação Fase II, sendo, por isso, essencial compreender primeiro o problema antes de começar o tutorial. 1 1.

Leia mais

Posturologia e Método Rocabado (ATM)

Posturologia e Método Rocabado (ATM) Posturologia e Método Rocabado (ATM) Josiane de Oliveira Delgado Fisioterapeuta Crefito5/19762F Av. Pres. Franklin Roosevelt, 1461. São Geraldo. POA/RS. Fone: 3222.4005 Artigo: Postura normal e posturas

Leia mais

Valéria Neves Kroeff Mayer 1

Valéria Neves Kroeff Mayer 1 POSTURAS PATOLÓGICAS NAS LESÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Valéria Neves Kroeff Mayer 1 Anormalidades sensório motoras, posturais e do tônus, são comuns após lesões do Sistema Nervoso, tanto Central quanto

Leia mais

Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar

Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar A displasia coxofemoral (DCF) canina é uma doença ortopédica caracterizada pelo desenvolvimento inadequado da articulação coxofemoral.

Leia mais

ERGONOMIA CENTRO DE EDUCAÇÃO MÚLTIPLA PROFESSOR: RODRIGO ARAÚJO 3 MÓDULO NOITE

ERGONOMIA CENTRO DE EDUCAÇÃO MÚLTIPLA PROFESSOR: RODRIGO ARAÚJO 3 MÓDULO NOITE ERGONOMIA CENTRO DE EDUCAÇÃO MÚLTIPLA PROFESSOR: RODRIGO ARAÚJO 3 MÓDULO NOITE A ERGONOMIA ESTUDA A SITUAÇÃO DE TRABALHO: Atividade Ambiente (iluminação, ruído e calor) Posto de trabalho Dimensões, formas

Leia mais

Incidência de Disfunção Sacroilíaca

Incidência de Disfunção Sacroilíaca Incidência de Disfunção Sacroilíaca ::: Fonte Do Saber - Mania de Conhecimento ::: adsense1 Introdução A pelve e em especial as articulações sacroilíacas sempre foram consideradas como tendo valor clínico

Leia mais

Dra. Sandra Camacho* IMPORTÂNCIA DA ACTIVIDADE FÍSICA

Dra. Sandra Camacho* IMPORTÂNCIA DA ACTIVIDADE FÍSICA Uma cadeira e uma garrafa de água O que podem fazer por si Dra. Sandra Camacho* IMPORTÂNCIA DA ACTIVIDADE FÍSICA A prática de uma actividade física regular permite a todos os indivíduos desenvolverem uma

Leia mais

Relaxar a musculatura dos braços. Entrelace os dedos de ambas as mãos com suas palmas para cima e levante os braços por 10 segundos.

Relaxar a musculatura dos braços. Entrelace os dedos de ambas as mãos com suas palmas para cima e levante os braços por 10 segundos. por Christian Haensell A flexibilidade do corpo e das juntas é controlada por vários fatores: estrutura óssea, massa muscular, tendões, ligamentos, e patologias (deformações, artroses, artrites, acidentes,

Leia mais

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo INTRODUÇÃO Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. Essa inflamação pode causar muitos problemas no cotovelo.

Leia mais

Médico Neurocirurgia da Coluna

Médico Neurocirurgia da Coluna Médico Neurocirurgia da Coluna Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Um homem de 55 anos de idade foi internado. Tinha histórico de câncer de pulmão operado, vinha apresentando uma dor constante

Leia mais

Núcleo de Ensino em saúde www.sogab.com.br Escola de Massoterapia APOSTILA DE POMPAGEM. Pompagem

Núcleo de Ensino em saúde www.sogab.com.br Escola de Massoterapia APOSTILA DE POMPAGEM. Pompagem Pompagem Dentre as várias técnicas da terapia manual, a Pompagem é uma das mais simples de ser aplicada e traz benefícios aos pacientes quase de imediato. Foi desenvolvida por um osteopata Norte-Americano

Leia mais

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL)

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL) Projeto: Unidade de Correção Postural AMIL Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL) Autores: LACOMBE,Patricia, FURLAN, Valter, SONSIN, Katia. Instituição: Instituto

Leia mais

RECURSOS HUMANOS Avaliação do desempenho

RECURSOS HUMANOS Avaliação do desempenho RECURSOS HUMANOS ? Origem,conceitos e definição Origem: Surge como analogia ao trabalho das máquinas e ao aumento da sua eficiência; Com a aplicação de determinado tipo de princípios era possível obter

Leia mais

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal O QUE É? O NEUROBLASTOMA Coluna Vertebral Glândula supra-renal O NEUROBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O NEUROBLASTOMA? O neuroblastoma é um tumor sólido maligno, o mais frequente em Pediatria

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação esternoclavicular: É uma

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Caríssimos. Recebi muitos e-mails pedindo ajuda com eventuais recursos para as provas do BACEN. Em raciocínio lógico, eu não vi possibilidade de recursos, apesar de achar que algumas questões tiveram o

Leia mais

Prolapso dos Órgãos Pélvicos

Prolapso dos Órgãos Pélvicos Prolapso dos Órgãos Pélvicos Autor: Bercina Candoso, Dra., Ginecologista, Maternidade Júlio Dinis Porto Actualizado em: Julho de 2010 No prolapso dos órgãos pélvicos, a vagina e os órgãos adjacentes, uretra,

Leia mais

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc 1 TRM Traumatismo Raqui- Medular Lesão Traumática da raqui(coluna) e medula espinal resultando algum grau de comprometimento temporário ou

Leia mais

EXERCÍCIOS SISTEMA ESQUELÉTICO

EXERCÍCIOS SISTEMA ESQUELÉTICO EXERCÍCIOS SISTEMA ESQUELÉTICO 1. Quais as funções do esqueleto? 2. Explique que tipo de tecido forma os ossos e como eles são ao mesmo tempo rígidos e flexíveis. 3. Quais são as células ósseas e como

Leia mais

INSTABILIDADE E LUXAÇÃO DO OMBRO. A instabilidade do ombro é definida como a incapacidade para manter

INSTABILIDADE E LUXAÇÃO DO OMBRO. A instabilidade do ombro é definida como a incapacidade para manter INSTABILIDADE E LUXAÇÃO DO OMBRO Centro da Articulação gleno umeral Labrum Ligamentos gleno-umerais e capsula Primal pictures INTRODUÇÃO A instabilidade do ombro é definida como a incapacidade para manter

Leia mais

Lesões Meniscais. O que é um menisco e qual a sua função.

Lesões Meniscais. O que é um menisco e qual a sua função. Lesões Meniscais Introdução O menisco é uma das estruturas mais lesionadas no joelho. A lesão pode ocorrer em qualquer faixa etária. Em pessoas mais jovens, o menisco é bastante resistente e elástico,

Leia mais

Ergonomia é o estudo do. relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e. particularmente a aplicação dos

Ergonomia é o estudo do. relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e. particularmente a aplicação dos ERGONOMIA ERGONOMIA relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos deste relacionamento. Em

Leia mais

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo

Leia mais

EXAME CLÍNICO DE MEMBROS SUPERIORES E COLUNA ATIVO CONTRA-RESISTÊNCIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA

EXAME CLÍNICO DE MEMBROS SUPERIORES E COLUNA ATIVO CONTRA-RESISTÊNCIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA Logomarca da empresa Nome: N.º Registro ESQUERDA EXAME CLÍNICO DE MEMBROS SUPERIORES E COLUNA ATIVO CONTRA-RESISTÊNCIA MOVIMENTAÇÃO ATIVA PESCOÇO (COLUNA CERVICAL) Inclinação (flexão lateral) OMBROS Abdução

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Artroscopia do Cotovelo

Artroscopia do Cotovelo Artroscopia do Cotovelo Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo Artroscopia é uma procedimento usado pelos ortopedistas para avaliar, diagnosticar e reparar problemas dentro

Leia mais

CARGO: TEC. CADASTRO DE BOLSA FAMÍLIA/ORIENTADOR SOCIAL PROJOVEM/ORIENTADOR SOCIAL PETI/ORIENTADOR SOCIAL E EDUCACIONAL

CARGO: TEC. CADASTRO DE BOLSA FAMÍLIA/ORIENTADOR SOCIAL PROJOVEM/ORIENTADOR SOCIAL PETI/ORIENTADOR SOCIAL E EDUCACIONAL CONCURSO PÚBLICO DE SERRA DA RAIZ/PB JULGAMENTO DE RECURSOS DO GABARITO CARGO: ASSISTENTE SOCIAL RECORRENTE: 101464 e OUTROS QUESTÃO 03 VISTO QUE UM TERMO NÃO DEVE SER COSIDERADO O SEU SIGNIFICADO ISOLADAMENTE.

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

Cisto Poplíteo ANATOMIA

Cisto Poplíteo ANATOMIA Cisto Poplíteo O Cisto Poplíteo, também chamado de cisto de Baker é um tecido mole, geralmente indolor que se desenvolve na parte posterior do joelho. Ele se caracteriza por uma hipertrofia da bolsa sinovial

Leia mais

Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel

Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel Tecnologias da Informação e Comunicação Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel Estrutura geral de uma folha de cálculo: colunas, linhas, células, endereços Uma folha de cálculo electrónica ( electronic

Leia mais

Utilização do SOLVER do EXCEL

Utilização do SOLVER do EXCEL Utilização do SOLVER do EXCEL 1 Utilização do SOLVER do EXCEL José Fernando Oliveira DEEC FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO MAIO 1998 Para ilustrar a utilização do Solver na resolução de

Leia mais

Conteúdo do curso de massagem desportiva

Conteúdo do curso de massagem desportiva Conteúdo do curso de massagem desportiva Massagem desportiva Vamos fazer uma massagem desportiva na pratica. A massagem desportiva pode denotar dois tipos diferentes de tratamento. Pode ser utilizada como

Leia mais

TRANSCRIÇÃO DE STORYTELLING

TRANSCRIÇÃO DE STORYTELLING TRANSCRIÇÃO DE STORYTELLING PROCESSO RIDE TEST SUB-PROCESSO EXECUÇÃO DE RIDE TEST DESCRIÇÃO TRANSCRIÇÃO DO STORYTELLING DA EXECUÇÃO DE RIDE TEST: DE CAMINHÕES E ÔNIBUS (VOLKSWAGEN) DE VEÍCULOS LEVES COM

Leia mais

A ARTROSCOPIA DO OMBRO

A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO O ombro é uma articulação particularmente solicitada não somente no dia-a-dia normal, mas também na vida desportiva

Leia mais

Doença do Neurônio Motor

Doença do Neurônio Motor FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Doença do Neurônio Motor Acd. Mauro Rios w w w. s c n s. c o m. b r Relato de Caso Paciente M.V., sexo masculino, 62 anos,

Leia mais

Treino de Alongamento

Treino de Alongamento Treino de Alongamento Ft. Priscila Zanon Candido Avaliação Antes de iniciar qualquer tipo de exercício, considera-se importante que o indivíduo seja submetido a uma avaliação física e médica (Matsudo &

Leia mais

Clínica de Lesões nos Esportes e Atividade Física Prevenção e Reabilitação. Alexandre Carlos Rosa alexandre@portalnef.com.br 2015

Clínica de Lesões nos Esportes e Atividade Física Prevenção e Reabilitação. Alexandre Carlos Rosa alexandre@portalnef.com.br 2015 Clínica de Lesões nos Esportes e Atividade Física Prevenção e Reabilitação Alexandre Carlos Rosa alexandre@portalnef.com.br 2015 O que iremos discutir.. Definições sobre o atleta e suas lesões Análise

Leia mais

FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO. Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM

FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO. Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM A FIBROMIALGIA consiste numa síndrome - conjunto de sinais e sintomas - com manifestações de

Leia mais

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2 Homeopatia A Homeopatia é um sistema terapêutico baseado no princípio dos semelhantes (princípio parecido com o das vacinas) que cuida e trata de vários tipos de organismos (homem, animais e plantas) usando

Leia mais

Lesoes Osteoarticulares e de Esforco

Lesoes Osteoarticulares e de Esforco Lesoes Osteoarticulares e de Esforco Dr.Roberto Amin Khouri Ortopedia e Traumatologia Ler/Dort Distúrbio osteoarticular relacionado com o trabalho. Conjunto heterogênio de quadros clínicos que acometem:

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

Fim da Sensibilidade na Glande

Fim da Sensibilidade na Glande Autor: Davi Ribeiro Fim da Sensibilidade na Glande Muitos homens alegam sofrer com a forte sensibilidade na glande. E isso, de certa forma, atrapalha muito na hora do sexo, principalmente na hora de ter

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Fundação Cardeal Cerejeira. Acção de Formação

Fundação Cardeal Cerejeira. Acção de Formação Fundação Cardeal Cerejeira Acção de Formação Formadoras: Fisioterapeuta Andreia Longo, Fisioterapeuta Sara Jara e Fisioterapeuta Tina Narciso 4º Ano de Fisioterapia da ESSCVP Em fases que o utente necessite

Leia mais

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem SAÚDE DO HOMEM Por preconceito, muitos homens ainda resistem em procurar orientação médica ou submeter-se a exames preventivos, principalmente os de

Leia mais