RELATÓRIO ANUAL 2014/2015. TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DO PORTO PRESIDÊNCIA Campo Mártires da Pátria Porto. Página 1

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1 RELATÓRIO ANUAL 2014/2015 Página 1

2 I. INTRODUÇÃO 1. Âmbito do relatório A Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.), que fixou as disposições enquadradoras da reforma do sistema judiciário português, e o Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março (R.O.F.T.J.), que regulamentou aquela e estabeleceu o regime aplicável à organização e funcionamento dos tribunais judiciais, introduziram profundas alterações, não apenas ao nível da nossa arquitetura judiciária, mas, também, ao nível do próprio funcionamento dos tribunais, quer em termos de gestão, quer em termos de organização interna. Assente em três pilares fundamentais 1, como resulta expressamente do preâmbulo do Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março, a reorganização judiciária aprovada pela Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, fixou uma nova matriz territorial das circunscrições judiciais, dividindo o território nacional em 23 comarcas, e estabeleceu um novo modelo de gestão dos tribunais de primeira instância, garantido por uma estrutura tripartida, composta pelo Presidente do Tribunal e nele centrada, pelo Magistrado do Ministério Público Coordenador e pelo Administrador Judiciário. Para além de outras competências de representação e direção, é atribuída ao Juiz Presidente a incumbência de elaborar, semestralmente, um relatório sobre o estado dos serviços e a qualidade da resposta do tribunal, nos termos da al. g), do n.º 2, do artigo 94.º da referida Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. O referido relatório é aprovado pelo Conselho de Gestão e remetido, posteriormente, para conhecimento ao Conselho Superior da Magistratura, ao 1 O alargamento da base territorial das circunscrições judiciais, que passa a coincidir, em regra, com o distrito administrativo; a instalação de jurisdições especializadas a nível nacional e a implementação de um novo modelo de gestão das comarcas. Página 2

3 Conselho Superior do Ministério Público e ao Ministério da Justiça, como resulta da al. a), do n.º 2, do artigo 108.º, da referida Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. Para além do relatório semestral, a Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, prevê, também, a elaboração, no final de cada ano judicial, de um relatório de gestão que contenha informação respeitante ao grau de cumprimento dos objetivos estabelecidos, indicando as causas dos principais desvios. Tal relatório, após a aprovação do Conselho de Gestão, é comunicado ao Conselho Superior da Magistratura, ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Ministério da Justiça, nos termos da al. f), do n.º 2, do artigo 108.º, da referida Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. O primeiro relatório semestral do Tribunal Judicial da Comarca do Porto foi oportunamente aprovado e remetido para conhecimento às entidades competentes, nos termos previstos na lei. Por sua vez, este é o primeiro relatório anual de gestão. Abrangendo o período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015, que inclui o período relativo ao primeiro relatório semestral, não poderá deixar de integrar o que naquele foi referido e não perdeu atualidade no segundo semestre do ano. Trata-se do primeiro relatório anual a ser elaborado após as profundas alterações recentemente introduzidas no sistema judiciário português pela Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março. À semelhança do que acontecia aquando da elaboração do primeiro relatório semestral, muito embora a reforma tenha sido iniciada em 1 de setembro de 2014, tais alterações ainda se encontram em fase de implementação. Continua, pois, a ser impossível apresentar neste momento uma imagem rigorosa e definitiva do Tribunal Judicial da Comarca do Porto. Página 3

4 Como é, aliás, impossível apresentar qualquer informação respeitante ao grau de cumprimento dos objetivos, que ainda não se mostram estabelecidos nos termos dos art.ºs 90.º e 91.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. Por outro lado, como se alertou no primeiro relatório semestral, dados os constrangimentos surgidos desde o primeiro momento da implementação da reforma, designadamente os provocados pelo colapso do sistema informático, cujos efeitos continuam a condicionar o normal e regular funcionamento da generalidade dos tribunais, neste momento é impossível fazer quaisquer previsões em termos de resultados e muito menos definir e fixar objetivos minimamente consistentes. Este primeiro relatório anual não deixa, no entanto, de assumir enorme relevância. Tal como aconteceu com o primeiro relatório semestral, constitui um importante instrumento de alerta para as dificuldades e para as graves situações de bloqueio com que a Comarca do Porto se confrontou e continua a confrontar. Com efeito, passado um ano, mantém-se a sistemática e recorrente falta de meios materiais e humanos com que os tribunais se vêm debatendo, falta essa que a reforma não só não resolveu como, pelo contrário, em certos casos ainda agravou. Voltamos neste relatório anual a enunciar algumas medidas adotadas ou propostas para ultrapassar essas dificuldades e situações de bloqueio, relembrando as já referidas no primeiro relatório semestral e indicando as subsequentes ao primeiro semestre. A rematar esta nota introdutória, duas ou três considerações se impõem fazer acerca da inclusão no relatório de temáticas relativas ao Ministério Público. Tratando-se de um relatório «de gestão», da responsabilidade do Conselho de Gestão, veiculando «informação respeitante ao grau dos objectivos estabelecidos» e «comunicado aos Conselhos Superiores [de ambas as magistraturas] e ao Ministério Página 4

5 da Justiça», tudo justifica a inclusão nesta peça da informação relativa actividade do Ministério Público. Acontece, porém, que, por força da Ordem de Serviço n.º 8/2014-PGR de 13.11, cumpre ao magistrado do Ministério Público coordenador elaborar «[r]elatório [da actividade do Ministério Público nesta Comarca do Porto no período de 1 de Setembro de 2014 a 31 de Agosto de 2015,] abrange[ndo] as diversas vertentes da sua actividade, seja direccionada à intervenção nas instâncias judiciárias [ ] seja ao cumprimento de competências externas ao sistema judiciário» e «visa[ndo] [ ] [p]restar informação pública sobre a actividade do Ministério Público à luz das suas atribuições constitucional e legalmente definidas; [ ] [a]valiar como tal actividade foi desenvolvida, em que condições e os resultados obtidos, tendo em conta nomeadamente os objectivos estratégicos e processuais estabelecidos; [ ] [e] [e]xtrair conclusões relevantes para a acção futura». Relatório esse que submetido, do mesmo modo, à apreciação do Conselho de Gestão será, assim, o local próprio para a explanação e tratamento das matérias relativas à actividade da Procuradoria da República deste Tribunal Judicial da Comarca do Porto. O que aconselha a que, por razões de economia de meios, a inclusão de tais matérias nesta peça se vá ficar por um registo pouco mais do que descritivo e informativo sobre os quadros de magistrados, o estado do seu preenchimento, a assiduidade e os dados quantitativos mais salientes da actividade processual do Ministério Público. 2. Apresentação sumária dos capítulos O presente relatório anual de gestão divide-se em nove capítulos, à semelhança do primeiro relatório semestral, cuja estrutura no essencial se mantém. Página 5

6 No primeiro capítulo, de natureza introdutória, é feito o respetivo enquadramento legal e apresentado o resumo da respetiva estrutura. São, também, explicitados os pontos considerados relevantes quanto ao método da sua elaboração e é sucintamente indicado o procedimento seguido para o efeito. No segundo capítulo, relativo à orgânica da comarca, para além de se fazer uma breve apresentação do desenho legal dos respetivos órgãos de gestão, são referidos os problemas com que estes se viram confrontados desde que assumiram funções e apresentadas algumas propostas para os minimizar. São, também, apresentados alguns fatores relevantes no que ao seu funcionamento e interação diz respeito. No terceiro capítulo, intitulado Os Tribunais e o Território, é feita uma rápida apresentação do Tribunal Judicial da Comarca do Porto e uma breve referência às eventuais dificuldades ou vantagens do novo desenho territorial de implantação dos tribunais, concretamente para as populações. No quarto capítulo, relativo aos recursos humanos, são indicados os quadros previstos e os quadros existentes, quer ao nível de magistrados, quer ao nível de oficiais de justiça e funcionários do regime geral, sendo, também, apreciada criticamente a sua adequação ou inadequação face à específica realidade da comarca, em particular a respetiva dimensão. São, também, enunciadas as mais relevantes medidas organizativas implementadas pelos órgãos de gestão entre 1 de setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015, designadamente para minimizar os efeitos negativos decorrentes da falta de magistrados e de funcionários, otimizando os escassos e insuficientes recursos disponíveis. Página 6

7 São, igualmente, indicadas algumas das propostas que com esse objetivo foram oportunamente apresentadas ao Ministério da Justiça e ao Conselho Superior da Magistratura. No quinto capítulo, relativo aos recursos financeiros, é abordado o orçamento e a sua execução, com especial relevo para a delegação de funções por parte da administração central, suas vantagens e inconvenientes, incluindo, ainda, a aquisição de bens e a gestão do economato. No sexto capítulo, relativo às instalações e equipamentos, para além de se fazer uma descrição sumária das instalações existentes na comarca aquando da entrada em funções dos órgãos de gestão, é, de novo, explicada a sua inadequação face às necessidades de algumas secções e dadas a conhecer as concretas propostas apresentadas com vista a resolver situações que, a manterem-se, inviabilizariam o funcionamento de algumas secções, uma delas a 2.ª Secção Criminal da Instância Central, ab initio. É, também, abordada a absoluta falta de condições de algumas instalações, quer para quem trabalha nas mesmas, quer para o público em geral, concretamente em termos de segurança, salubridade e acessibilidades. No que diz respeito aos equipamentos, é resumidamente explicada a situação da Comarca em determinados campos, o mesmo acontecendo relativamente a alguns meios logísticos, cuja carência é destacada. No sétimo capítulo, intitulado Unidades orgânicas e movimento processual, é analisado o movimento processual 2 e a resposta dada pelo tribunal, tendo em vista o direito a uma decisão em prazo razoável, seriamente posto em causa no período de abrangência do relatório em virtude da insuficiência de meios, de instalações e de 2 Os dados estatísticos indicados têm como fonte o sistema Citius/Consultas, tendo sido obtidos entre os dias 1 e 3 de Setembro de 2015 utilizando-se o critério pendentes estatísticos. Devido a um problema na recolha desses dados, os relativos ao movimento de Entrados (1/09/2014 a 31/08/2015) apenas foi obtido a 13/11/2015 facto que está na base da verificação de ligeiras incongruências. Página 7

8 recursos humanos e do colapso do sistema informático, cujos efeitos ainda não estão suficientemente contabilizados mas que se traduzem, seguramente, em atrasos de largos meses, de modo algum imputáveis aos Tribunais. No oitavo capítulo, relativo ao plano de actividade e sua execução, é explicada a impossibilidade de traçar qualquer plano de actividades que não passasse por colocar a Comarca do Porto a funcionar, designadamente, por não estarem, em 1 de setembro de 2014, reunidas as necessárias condições para o seu normal funcionamento. Finalmente, no nono e último capítulo, são apresentadas as conclusões. 3. Apresentação sumária dos anexos De modo a facilitar a sua consulta, tal como sucedeu, também, no primeiro relatório semestral, os diplomas, regulamentos, provimentos, ordens de serviços, propostas e quaisquer textos referidos no presente relatório, são identificados e, quando se afigure necessário, juntos como anexo. Caso a caso, é feita uma enunciação sumária das propostas oportunamente apresentadas ao Ministério da Justiça e ao Conselho Superior da Magistratura. O mesmo acontece relativamente aos regulamentos, provimentos e ordens de serviço, designadamente quando adotados/adotadas com o objetivo de minimizar os efeitos negativos da falta de funcionários e de magistrados, de meios e de instalações adequadas. 4. Procedimento seguido na elaboração Para além da constatação no local das concretas situações referidas no relatório, em particular as referentes à inexistência de instalações adequadas para o funcionamento de algumas secções, que são devidamente individualizadas, foram Página 8

9 considerados os elementos estatísticos dos diversos tribunais, designadamente em termos de pendências. Foram, também, considerados os recursos humanos previstos para a Comarca do Porto, concretamente os quadros legais de magistrados e das secretarias judiciais. Foram, igualmente, consideradas as situações reportadas por magistrados e oficiais de justiça. Página 9

10 II. ORGÂNICA DA COMARCA 1. A instalação e evolução dos órgãos da comarca A gestão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, tal como dos demais vinte e dois, é assegurada por uma estrutura tripartida, que funciona, como previsto, no Palácio da Justiça do Porto. A referida estrutura integra o Presidente do Tribunal, em quem se encontra centrada a gestão, o Magistrado do Ministério Público Coordenador e o Administrador Judiciário. O Juiz Presidente do Tribunal possui as competências de representação e direção, de gestão processual, administrativas e funcionais previstas no art.º 94.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.). Por sua vez, o Magistrado do Ministério Público Coordenador, que dirige e coordena a atividade do Ministério Público na Comarca, possui as competências previstas no art.º 101.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. Quanto ao Administrador Judiciário, que atua sob a orientação genérica do Juiz Presidente do Tribunal, salvo quanto aos assuntos que respeitem exclusivamente ao funcionamento dos serviços do Ministério Público, caso em que atua sob a orientação genérica do Magistrado do Ministério Público Coordenador, possui as competências previstas no art.º 106.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. O Juiz Presidente do Tribunal, o Magistrado do Ministério Público Coordenador e o Administrador Judiciário integram o Conselho de Gestão, cujas competências vêm elencadas no art.º 108.º da L.O.S.J.. Para além do Conselho de Gestão, foi consagrada na L.O.S.J. a criação de um Conselho Consultivo, cuja composição se encontra definida no n.º 2, do art.º 109.º Página 10

11 da L.O.S.J., e cujas competências consultivas vêm especificadas no art.º 110.º do mesmo diploma. 2. O exercício das competências: dificuldades e vantagens Dada a amplitude das competências atribuídas aos órgãos de gestão da Comarca, desde o primeiro momento que os mesmos se viram confrontados com enormes dificuldades para o cabal exercício das mesmas. A falta de instalações adequadas e de meios e equipamentos foi, e continua a ser, passado um ano, uma das principais razões. Com efeito, em primeiro lugar, os órgãos de gestão foram empossados e iniciaram funções quando ainda não se encontravam disponíveis os espaços destinados à sua instalação, pelo que foi necessário recorrer a gabinetes improvisados e sem condições, designadamente em termos de áreas. Acresce que os gabinetes em causa se encontravam separados e dispersos por diferentes andares do Palácio da Justiça do Porto, o que dificultou a interação entre os órgãos de gestão, num momento em que a mesma era essencial dada a necessidade de preparar no terreno a implementação da reforma. Não existia, como continua a não existir, nenhuma sala de reuniões no Palácio da Justiça do Porto, o que não se percebe, nem tem, aliás, qualquer justificação. Efetivamente, e desde logo, porque ali existem os necessários espaços, espaços que os órgãos de gestão se têm visto impedidos de ocupar por manifesta falta de atuação e firmeza dos organismos competentes do Ministério da Justiça, que passivamente continua a permitir a ocupação daqueles espaços por uma entidade que não integra a estrutura dos Tribunais. Referimo-nos, concretamente, à Câmara dos Solicitadores que, apesar de dispor de instalações próprias num amplo edifício da cidade do Porto, ocupa, na nossa Página 11

12 opinião sem qualquer justificação, toda uma ala no Palácio de Justiça, que por si só seria suficiente para a construção de mais 3 salas de audiências, que se mostram essenciais para o normal funcionamento das secções ali instaladas 3. A inexistência de uma sala de reuniões impede, designadamente, que as reuniões do Conselho Consultivo possam realizar-se no local onde se encontram instalados os órgãos de gestão da comarca, obrigando a que sejam realizadas no edifício arrendado à Caixa Geral de Depósitos, sito na Rua de Camões, onde funcionam, para além de outros serviços, a 1.ª Secção de Instrução Criminal e 12 Secções do DIAP do Porto. Impede, também, que sejam recebidas condignamente pelos órgãos de gestão individualidades que se deslocam ao Palácio da Justiça do Porto por razões de natureza oficial, o que acontece com alguma frequência. Faltaram, desde o primeiro momento e continuam ainda a faltar -, os mais elementares meios e equipamentos para uma normal gestão da comarca, como sejam veículos 4, cuja entrega tem sido sucessivamente adiada, sem qualquer justificação. Para poderem desempenhar as suas funções, os órgãos de gestão viram-se, pois, obrigados a colocar ao serviço da Comarca bens e recurso próprios, o que não seria suposto acontecer. Face ao não desbloqueio da situação relativa às viaturas, valeu, em parte, a sugestão feita pela presidência no sentido de serem alocadas à Comarca as duas viaturas que 3 Desde logo, mais três salas de audiência teriam permitido a realização de mais algumas centenas de julgamentos, que ficaram por realizar, em prejuízo dos cidadãos. 4 Relativamente à falta de entrega de telemóveis aos órgãos de gestão, reportada no primeiro relatório semestral da comarca (pag. 81), a situação foi, entretanto, desbloqueada no segundo semestre, sendo quanto à presidência apenas próximo do verão de Tratando-se de equipamentos fundamentais para a comunicação com magistrados, funcionários e serviços que se encontram dispersos por 9 municípios, o Presidente da Comarca e o Procurador Coordenador viram-se, pois, durante largos meses, obrigados a suportar as despesas com comunicações móveis. Página 12

13 se encontravam atribuídas ao Tribunal da Relação do Porto e que estavam destinadas a ser abatidas. Porém, tratando-se de viaturas muito antigas, a situação não ficou resolvida, desde logo porque todas elas carecem de reparações. Uma delas chegou mesmo a ser reprovada na inspeção periódica obrigatória, ficando, por essa razão, impedida de circular durante algum tempo. Ultrapassada esta situação, importa, no entanto, referir que muitas têm sido as dificuldades decorrentes da constante necessidade de visita às oficinas, sendo frequentes as avarias. Estando, nos termos do art.º 35.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, prevista a criação de um gabinete de apoio ao presidente da comarca e aos magistrados judiciais e do Ministério Público, o mesmo não foi, porém, criado, o que urge fazer. Com efeito, dadas as vastas e diferenciadas competências atribuídas aos órgãos de gestão e a dimensão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, a eficiente e eficaz gestão e direção dos respetivos serviços carece de uma estrutura de apoio dotada de profissionais e especialistas com formação académica nas áreas referidas no n.º 1 do art.º 28.º, do Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março (R.O.F.T.J.). No que diz respeito às vantagens da atual estrutura gestionária, apesar dos aspetos negativos que possam decorrer de uma aparente indefinição ao nível da atribuição e repartição de competências 5, o balanço considera-se positivo. Com efeito, a proximidade dos órgãos de gestão torna possível, havendo a devida cooperação, uma rápida resposta a eventuais problemas que sejam comuns, e muitos o são efetivamente. 5 Dizemos aparente indefinição, na medida em que a lei acaba, embora não de forma muito clara, por definir e esclarecer quais são as funções e as competências de cada um dos membros da estrutura gestionária da comarca, sendo clara no sentido de que a gestão de cada tribunal é centrada na figura do juiz presidente, como é esclarecido no preâmbulo do R.O.F.T.J. Página 13

14 3. Propostas Constituindo a falta de instalações adequadas e de meios e equipamentos um dos principais obstáculos com que os órgãos de gestão da Comarca do Porto se confrontam para poderem exercer devidamente as suas funções, impõe-se que o Ministério da Justiça disponibilize os necessários espaços e forneça os necessários meios e equipamentos. Aliás, deveria tê-lo feito atempadamente e antes de 1 de setembro de 2014, o que não fez, prejudicando quer o arranque da reforma, quer o normal funcionamento dos Tribunais, com enormes prejuízos para os utentes da justiça e para os próprios magistrados e funcionários judiciais. No que diz respeito às instalações, importa referir que já foram efetuadas as obras na ala do Palácio da Justiça do Porto onde, aquando do primeiro relatório semestral, se encontravam provisoriamente instalados os órgãos de gestão, designadamente as referidas pela DGAJ no Ofício_1219_2014, de , remetido ao IGFEJ 6. Mantém-se, porém, a necessidade de construção de uma sala de reuniões, designadamente para as reuniões do Conselho de Gestão e do Conselho Consultivo, sendo que os gabinetes dos órgãos de gestão, concretamente o do Presidente da Comarca, dada a sua reduzida dimensão, não permite que ali sejam realizadas reuniões com mais de 5 ou 6 pessoas. Quanto aos meios, impõe-se, para além do mais, que os órgãos de gestão sejam dotados, dadas as suas vastas competências e a grande dimensão da Comarca do 6 Ofício identificado como Anexo 1 Página 14

15 Porto, de uma estrutura administrativa especializada que permita exercer cabalmente aquelas, designadamente ao nível da gestão dos recursos humanos 7. Essa estrutura justifica-se sobretudo para a presidência e para a coordenação do Ministério Público, que passou a exercer grande parte das competências que antes da reforma estavam, respectivamente, atribuídas ao Presidente do Tribunal da Relação do Porto e ao Procurador-Geral Distrital e eram exercidas através dos respetivos serviços. Mais se impõe que seja criado urgentemente o gabinete de apoio ao Presidente da Comarca e aos magistrados judiciais e do Ministério Público, previsto no art.º 35.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto. Previamente, deve ser acautelada a sua instalação, disponibilizando-se o necessário espaço físico no Palácio da Justiça do Porto, nos termos formal e informalmente indicados pelos órgãos de gestão. Impõe-se, igualmente, que sejam rapidamente fornecidos os necessários veículos, de modo que os órgãos de gestão possam desempenhar cabalmente as suas funções. 7 Em termos de recursos humanos, exercem funções no Tribunal Judicial da Comarca do Porto cerca de 1200 funcionários judiciais, mais de 200 juízes e cerca de 200 magistrados do Ministério Público. Página 15

16 III. OS TRIBUNAIS E O TERRITÓRIO 1. A nova inserção territorial das jurisdições: dificuldades e vantagens O Tribunal Judicial da Comarca do Porto, com sede no Porto, abrange, em termos territoriais, os municípios de Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia 8, sendo uma das 23 comarcas em que se encontra dividido o território nacional 9. No município Porto. Para além do Tribunal de Execução de Penas 10, ficaram sediadas no Porto as seguintes secções de competência especializada da instância central: 1.ª Secção Cível, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar, Valongo e Porto; 1.ª Secção Criminal, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar, Valongo e Porto; 1.ª Secção de Instrução Criminal, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar, Valongo, Vila Nova de Gaia e Porto; 1.ª Secção de Família e Menores, cuja área territorial abrange o município do Porto; 1.ª Secção do Trabalho, cuja área territorial abrange o município do Porto; 1.ª Secção de Execução, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar, Matosinhos, Porto, Povoa de Varzim, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia. 8 O conjunto dos referidos municípios, com uma área territorial de cerca de 981,71 km2,têm uma população de cerca de habitantes, inserindo-se na área metropolitana do Porto, a maior e mais densamente povoada do pais (fontes: Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013, e Censos 2011, in 9 Anexo II, a que se refere o n.º 2 do artigo 33.º, da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.), e artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março (R.O.F.T.J.). 10 Que é um dos Tribunais de competência territorial alargada previstos na Lei n.º 62/2013, de 26 de Agosto (art.º 83.º e respectivo Anexo III), tendo como área de competência as comarcas de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Porto Este, Viana do Castelo e Vila Real. Página 16

17 Ficou, igualmente, sediada no Porto uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível, secção criminal e secção de pequena criminalidade, cuja área territorial abrange exclusivamente o município do Porto. No Porto ficaram, também, instalados o Balcão Nacional de Arrendamento e o Balcão Nacional de Injunções. No município de Gondomar. Em Gondomar ficou sediada a seguinte secção de competência especializada da instância central: 2.ª Secção de Família e Menores, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar e Valongo. Ali ficou, também, sediada uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal, e cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Gondomar. No município da Maia. Na Maia ficaram sediadas as seguintes secções de competência especializada da instância central: 2.ª Secção do Trabalho, cuja área territorial abrange os municípios da Maia, Santo Tirso e Trofa; 2.ª Secção de Execução, cuja área territorial abrange os municípios da Maia, Santo Tirso e Trofa. Para além das referidas secções de competência especializada da instância central, ficou, também, sediada na Maia uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal, e cuja área territorial abrange exclusivamente o município da Maia. Página 17

18 No município de Matosinhos. Em Matosinhos ficaram sediadas as seguintes secções de competência especializada da instância central: 2.ª Secção de Instrução Criminal, cuja área territorial abrange os municípios da Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde; 3.ª Secção de Família e Menores, cuja área territorial abrange os municípios da Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde; 3.ª Secção do Trabalho, cuja área territorial abrange os municípios de Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Para além das referidas secções de competência especializada da instância central, ficou, também, sediada em Matosinhos uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal, e cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Matosinhos. Nos municípios da Povoa de Varzim e de Vila do Conde. Na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde 11 ficaram sediadas as seguintes secções de competência especializada da instância central: 2.ª Secção Cível, na Póvoa de Varzim, cuja área territorial abrange os municípios da Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde; 2.ª Secção Criminal, em Vila do Conde, cuja área territorial abrange os municípios da Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde. Quanto à Secção de Competência Genérica, cuja área territorial abrange os municípios da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, foi desdobrada em secção cível e secção criminal. 11 Como resulta do art.º 93.º, n.º 2, al. e), e Mapa III Anexo ao Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27/03, ao nível de todas as 23 Comarcas, para além da excepção dos municípios da Povoa de Varzim e Vila do Conde, na Comarca do Porto, apenas se encontram na mesma situação de junção os municípios do Barreiro e da Moita, na Comarca de Lisboa, e os municípios de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca, na Comarca de Viana do Castelo. Página 18

19 A Secção Cível ficou sediada na Póvoa de Varzim. A Secção Criminal ficou sediada em Vila do Conde. No município de Santo Tirso. Em Santo Tirso ficaram sediadas as seguintes secções de competência especializada da instância central: 1.ª Secção de Comércio, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar, Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila do Conde; 4.ª Secção de Família e Menores, cuja área territorial abrange os municípios de Santo Tirso e da Trofa. Para além das referidas secções de competência especializada da instância central, ficou, também, sediada em Santo Tirso uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal e cuja área territorial abrange os municípios de Santo Tirso e da Trofa. No município de Valongo. Em Valongo ficou sediada a seguinte secção de competência especializada da instância central: 4.ª Secção do Trabalho, cuja área territorial abrange os municípios de Gondomar e Valongo. Ali ficou, também, sediada uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal, e cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Valongo. No município de Vila Nova de Gaia. Em Vila Nova de Gaia ficaram sediadas as seguintes secções de competência especializada da instância central: 3.ª Secção Cível, cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Vila Nova de Gaia; Página 19

20 3.ª Secção Criminal, cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Vila Nova de Gaia; 5.ª Secção de Família e Menores, cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Vila Nova de Gaia; 5.ª Secção do Trabalho, cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Vila Nova de Gaia; 2.ª Secção de Comércio, cuja área territorial abrange os municípios do Porto e Vila Nova de Gaia. Para além das referidas secções de competência especializada da instância central, ficou, também, sediada em Vila Nova de Gaia uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal, e cuja área territorial abrange exclusivamente o município de Vila Nova de Gaia. A referida repartição das jurisdições decorrente da reorganização judiciária aprovada pela L.O.S.J., considerando a área territorial do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, a localização das diversas secções e a existência de uma rede de transportes abrangente e de boas vias de comunicação 12, não apresenta, por agora, dificuldades ou vantagens de relevo. Com efeito, no que diz respeito às dificuldades, importa referir que a generalidade das mesmas se deve não tanto à forma como se mostram repartidas as jurisdições pelos vários municípios abrangidos pela comarca, mas antes à falta de magistrados e de oficiais de justiça e à instalação de algumas secções em edifícios sem as necessárias condições para ali poderem funcionar devidamente. Destacam-se as situações da 2.ª Secção Criminal da Instância Central, entretanto ultrapassada; da 2.ª Secção da Instância Central Cível e da Instância Local Cível, instaladas e a funcionar no Palácio da Justiça da Póvoa de Varzim; da 1.ª Secção da Instância Central Cível, da 1.ª Secção de Execução, da 1.ª Secção do Trabalho e da 12 Carta Regional da Competitividade, Grande Porto, in Página 20

21 Instância Local Cível, instaladas e a funcionar no Palácio da Justiça do Porto; da 1.ª Secção de Comércio, instalada e a funcionar no Palácio da Justiça de Santo Tirso; e da 2.ª Secção de Comércio, instalada e a funcionar em Vila Nova de Gaia, em instalações situadas fora do Palácio da Justiça. Todas elas serão abordadas detalhadamente no Capitulo VI, relativo às instalações e equipamentos, por ser o local próprio para o efeito. No que diz respeito a eventuais vantagens da nova inserção territorial das jurisdições decorrente da reorganização judiciária aprovada pela L.O.S.J., tendo a reforma sido implementada apenas há um ano, com os conhecidos e enormes contratempos verificados desde o início, e encontrando-se ainda em fase de implementação no terreno, não existem dados suficientemente sólidos que permitam concluir que tenha trazido quaisquer vantagens, nomeadamente em termos de melhoria da resposta do sistema judicial. De todo o modo, não sendo facultados aos tribunais os necessários meios para poderem funcionar devidamente, por muito que seja o empenho dos magistrados e dos funcionários judiciais, e muito tem sido, a nova reorganização judiciária dificilmente trará quaisquer vantagens. Com efeito, sem eles será impossível alcançar os objetivos que a reforma afirma pretender atingir, designadamente melhorar o funcionamento do sistema judicial, alcançar uma prestação de justiça de qualidade e proporcionar uma resposta judicial ainda mais flexível e mais próxima das populações 13. Pelo contrário, e paradoxalmente, o novo modelo de organização judiciária poderá, inclusivamente, potenciar precisamente o efeito oposto, como foi oportunamente alertado pelo Conselho Superior da Magistratura Preâmbulo do anteprojecto do Regime de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais. 14 Parecer referente ao Projecto de Regulamento da Lei de Organização do Sistema Judiciário, pag. 2. Página 21

22 2. Medidas de gestão e propostas Considerando o referido supra, concretamente que a repartição das jurisdições decorrente da reorganização judiciária aprovada pela L.O.S.J., não apresenta, pelo menos por agora, nem dificuldades nem vantagens de relevo e que a generalidade das dificuldades encontradas se devem não tanto à forma como se mostram repartidas as jurisdições mas antes à falta de magistrados e de oficiais de justiça e à instalação de algumas secções em edifícios sem as necessárias condições para ali poderem funcionar devidamente, não foram neste campo adotadas nenhumas medidas de gestão. Aliás, e no que diz respeito à repartição das jurisdições, eventuais medidas a tomar sempre dependeriam do Ministério da Justiça e não dos órgãos de gestão da comarca, concretamente do presidente, que pouco mais pode fazer além de apresentar propostas de solução, considerando as suas limitadas competências. Essas propostas foram, efetivamente, apresentadas. Página 22

23 IV. RECURSOS HUMANOS 1. Juízes de Direito 1.1. Quadro previsto O Quadro de Juízes de Direito fixado para o Tribunal Judicial da Comarca do Porto é de 167 a Sem contar com os magistrados judiciais que exercem funções no Tribunal de Execução de Penas (4 juízes), os juízes mostram-se distribuídos pelas diversas secções de competência especializada da Instância Central 16 e pelas diversas secções de competência genérica do Tribunal Judicial da Comarca do Porto 17, nos termos enunciados no Mapa III, anexo ao Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março, que a seguir se indicam: a) Porto Secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção Cível: 7 juízes. 1.ª Secção Criminal: 15 juízes, mais 4 juízes militares, um por cada ramo das Forças Armadas e um da GNR. 1.ª Secção de Instrução Criminal: 5 juízes. 1.ª Secção de Família e Menores: 4 juízes. 1.ª Secção do Trabalho: 3 juízes. 1.ª Secção de Execução: 9 juízes. (total: 43 juízes) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 9 juízes. 15 Art.º 84.º, n.ºs 1 e 2, da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.), e Mapa III, anexo ao Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março (R.O.F.T.J.), que procedeu à regulamentação daquela Lei. 16 Um total de 99 juízes. 17 Um total de 64 juízes. Página 23

24 Secção Criminal: 8 juízes. Secção de Pequena Criminalidade: 3 juízes. (total: 20 juízes) b) Gondomar Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Família e Menores: 3 juízes. (total: 3 juízes) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 3 juízes. Secção Criminal: 2 juízes. (total: 5 juízes) c) Maia Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção do Trabalho: 2 juízes 2.ª Secção de Execução: 2 juízes (total: 4 juízes) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 6 juízes Secção Criminal: 3 juízes (total: 9 juízes) d) Matosinhos Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Instrução Criminal: 4 juízes. 3.ª Secção de Família e Menores: 5 juízes. 3.ª Secção do Trabalho: 3 juízes. (total: 12 juízes) Página 24

25 Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 4 juízes. Secção Criminal: 3 juízes. (total: 7 juízes) e) Póvoa de Varzim e Vila do Conde Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção Cível: 6 juízes. 2.ª Secção Criminal: 9 juízes. (total: 15 juízes) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 3 juízes. Secção Criminal: 3 juízes. (total: 6 juízes) f) Santo Tirso Secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção de Comércio: 4 juízes. 4.ª Secção de Família e Menores: 1 juiz. (total: 5 juízes) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 2 juízes. Secção Criminal: 2 juízes. (total: 4 juízes) g) Valongo Secções de competência especializada da Instância Central 4.ª Secção do Trabalho: 2 juízes. (total: 2 juízes) Página 25

26 Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 2 juízes. Secção Criminal: 2 juízes. (total: 4 juízes) h) Vila Nova de Gaia Secções de competência especializada da Instância Central 3.ª Secção Cível: 3 juízes. 3.ª Secção Criminal: 3 juízes. 5.ª Secção de Família e Menores: 3 juízes. 5.ª Secção do Trabalho: 3 juízes. 2.ª Secção de Comércio: 3 juízes. (total: 15 juízes) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: 5 juízes. Secção Criminal: 4 juízes. (total: 9 juízes) O Quadro de Juízes de Direito fixado para o Tribunal Judicial da Comarca do Porto está, porém, subdimensionado, como oportunamente se alertou. Aliás, incompreensivelmente, não satisfez sequer a proposta apresentada pelo Conselho Superior da Magistratura no Parecer referente ao Projeto de Regulamento da Lei de Organização do Sistema Judiciário 18. As inevitáveis consequências negativas da inadequação do Quadro de Juízes às necessidades acabaram, no entanto, por ser atenuadas pelo Conselho Superior da 18 Cfr. fls. 123 a 149, do Parecer, in Página 26

27 Magistratura, que, recorrendo a juízes auxiliares, avisadamente colocou nas diversas secções um número de magistrados superior ao fixado. Com efeito, na sequência do Movimento Judicial Ordinário de Julho de , foram colocados 212 juízes nas diversas secções da instância central e das instâncias locais do Tribunal Judicial da Comarca do Porto e no Tribunal de Execução de Penas do Porto, nos termos que se passam a enunciar 20 : a) Porto Secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção Cível (7 juízes efectivos/3 juízes auxiliares 21 ) 1.ª Secção Criminal (15 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 22, mais 4 juízes militares) 1.ª Secção de Instrução Criminal (5 juízes efectivos) 1.ª Secção de Família e Menores (4 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 23 ) 1.ª Secção do Trabalho (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) 1.ª Secção de Execução (9 juízes efectivos/2 juízes auxiliares) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível 19 Diário da República, 2.ª série N.º de agosto de Importa, porém, levar em linha de conta que uma parte substancial dos juízes auxiliares apenas se destinou a substituir juízes efetivos que não se encontravam em exercício de funções, designadamente por se encontrarem em comissão de serviço, não relevando, pois, para atenuar os desequilíbrios provocados na comarca pela inadequação dos quadros às necessidades. 21 Um dos quais para substituir a Sra. juiz titular 1, que não se encontra em exercício de funções. 22 A substituir o Sr. juiz titular 15, Dr. José António Rodrigues da Cunha, que não se encontra em exercício de funções (comissão de serviço como juiz presidente da comarca do Porto). 23 Para substituir o Sr. juiz titular 1, Sr. Dr. Rui Carlos dos Santos Pereira Ribeiro, que não se encontra em exercício de funções (Macau). Página 27

28 (9 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal: (8 juízes efectivos) Secção de Pequena Criminalidade: (3 juízes efectivos) b) Gondomar Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Família e Menores: (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secções de competência genérica das Instâncias Locais c) Maia Secção Cível: (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal: (2 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção do Trabalho: (2 juízes efectivos) 2.ª Secção de Execução: (2 juízes efectivos) Secções de competência genérica das Instâncias Locais d) Matosinhos Secção Cível: (6 juízes efectivos) Secção Criminal: (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Página 28

29 Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Instrução Criminal: (4 juízes efectivos) 3.ª Secção de Família e Menores: (5 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 24 ) 3.ª Secção do Trabalho (3 juízes efectivos) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (4 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) e) Póvoa de Varzim e Vila do Conde Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção Cível (6 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) 2.ª Secção Criminal (9 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 25 ) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal: (3 juízes efectivos) f) Santo Tirso 24 A substituir a Sra. juiz titular 2, Dra. Armanda Alves Rei de Lemos Goncalves, que não se encontra em exercício de funções (comissão de serviço como juiz presidente da comarca de Porto Este). 25 A substituir o Sr. juiz titular 8, Dr. Gonçalo David da Fonseca Oliveira Magalhães, que não se encontra em efectivo exercício de funções (comissão de serviço como Vogal do CSM). Página 29

30 Secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção de Comércio (4 juízes efectivos) 4.ª Secção de Família e Menores: (1 juiz efectivo) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (2 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal (2 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) g) Valongo Secções de competência especializada da Instância Central 4.ª Secção do Trabalho (2 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 26 ) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (2 juízes efectivos) Secção Criminal: (2 juízes efectivos) h) Vila Nova de Gaia Secções de competência especializada da Instância Central 3.ª Secção Cível (3 juízes efectivos) 3.ª Secção Criminal (3 juízes efectivos) 26 A substituir o Sr. juiz titular 2, Dr. Fernando Manuel Vilares Ferreira, que não se encontra em exercício de funções (comissão de serviço como juiz presidente da comarca de Bragança). Página 30

31 5.ª Secção de Família e Menores (3 juízes efectivos) 5.ª Secção do Trabalho (3 juízes efectivos) 2.ª Secção de Comércio: (3 juízes efectivos) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: (5 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal: (4 juízes efectivos) Por sua vez, na sequência do Movimento Judicial Ordinário de julho de , foram colocados 209 juízes nas diversas secções da instância central e das instâncias locais do Tribunal Judicial da Comarca do Porto e no Tribunal de Execução de Penas do Porto, nos termos que se passam a enunciar 28 : a) Porto Secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção Cível (7 juízes efectivos/2 juízes auxiliares) 1.ª Secção Criminal (15 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 29, mais 4 juízes militares) 1.ª Secção de Instrução Criminal (5 juízes efectivos 30 ) 27 Diário da República, 2.ª Série, n.º 169, de 31 de agosto de Todavia, uma parte substancial dos juízes auxiliares, como sucedeu no Movimento Judicial Ordinário de julho de 2014, apenas se destinou a substituir juízes efetivos que não se encontram em exercício de funções, designadamente por se encontrarem em comissão de serviço, não relevando, pois, para atenuar os desequilíbrios provocados na comarca pela inadequação dos quadros às necessidades. 29 A substituir o Sr. juiz titular 15, Dr. José António Rodrigues da Cunha, que não se encontra em exercício de funções (comissão de serviço como juiz presidente da comarca do Porto). Página 31

32 1.ª Secção de Família e Menores (5 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 31 ) 1.ª Secção do Trabalho (3 juízes efectivos/2 juiz auxiliar 32 ) 1.ª Secção de Execução (9 juízes efectivos/2 juízes auxiliares) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (9 juízes efectivos) Secção Criminal: (8 juízes efectivos) Secção de Pequena Criminalidade: (4 juízes efectivos) b) Gondomar Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Família e Menores: (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 33 ) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: (3 juízes efectivos) Secção Criminal: (2 juízes efectivos) 30 Um dos juízes aposentou-se em 19 de dezembro de 2014, por limite de idade, pelo que apenas se encontram em exercício de funções 4 juízes. 31 Para substituir o Sr. juiz titular 1, Sr. Dr. Rui Carlos dos Santos Pereira Ribeiro, que não se encontra em exercício de funções (Macau). 32 A substituir o Sr. Juiz titular 2, Dr. Fernando Manuel Vilares Ferreira, que não se encontra em exercício de funções (comissão de serviço como juiz presidente da comarca de Bragança). 33 A substituir o Sr. juiz titular 8, Dr. Gonçalo David da Fonseca Oliveira Magalhães, que não se encontra em efectivo exercício de funções (comissão de serviço como Vogal do CSM). Página 32

33 c) Maia Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção do Trabalho: (2 juízes efectivos) 2.ª Secção de Execução: (2 juízes efectivos / 1 juiz auxiliar) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: (6 juízes efectivos) Secção Criminal: (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 34 ) d) Matosinhos Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Instrução Criminal: (4 juízes efectivos) 3.ª Secção de Família e Menores: (5 juízes efectivos/3 juízes auxiliares 35 ) 3.ª Secção do Trabalho (3 juízes efectivos) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (4 juízes efectivos) Secção Criminal (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar 36 ) 34 Juiz auxiliar afeto ao conjunto secções criminais das instâncias locais dos núcleos da Maia e Matosinhos. 35 A substituir a Sra. juiz titular 2, Dra. Armanda Alves Rei de Lemos Goncalves, que não se encontra em exercício de funções (comissão de serviço como juiz presidente da comarca de Porto Este); a substituir o Juiz 5, Dr. Carlos Armando da Cunha Rodrigues de Carvalho, que se encontra em comissão de serviço em Macau; um juiz afecto ao conjunto das 5 secções das instâncias centrais da jurisdição de Família e Menores do Porto. Página 33

34 e) Póvoa de Varzim e Vila do Conde Secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção Cível (6 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) 2.ª Secção Criminal (9 juízes efectivos) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (3 juízes efectivos) Secção Criminal: (3 juízes efectivos) f) Santo Tirso Secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção de Comércio (4 juízes efectivos) 4.ª Secção de Família e Menores: (1 juiz efectivo) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (2 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal (2 juízes efectivos) g) Valongo Secções de competência especializada da Instância Central 36 Juiz auxiliar afeto ao conjunto secções criminais das instâncias locais dos núcleos da Maia e Matosinhos. Página 34

35 4.ª Secção do Trabalho (2 juízes efectivos) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível (2 juízes efectivos) Secção Criminal: (2 juízes efectivos) h) Vila Nova de Gaia Secções de competência especializada da Instância Central 3.ª Secção Cível (3 juízes efectivos) 3.ª Secção Criminal (3 juízes efectivos) 5.ª Secção de Família e Menores (3 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) 5.ª Secção do Trabalho (3 juízes efectivos) 2.ª Secção de Comércio: (3 juízes efectivos/ 1 juiz auxiliar) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: (5 juízes efectivos/1 juiz auxiliar) Secção Criminal: (4 juízes efectivos) Página 35

36 No período compreendido entre 1 de setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015, exerceram ainda funções na Comarca do Porto 12 juízes do Quadro Complementar (vagas de efectivo e vagas de auxiliar). De 1 de setembro 2014, como reforço, foram colocados dois juízes na 1.ª Secção da Instância Central de Família e Menores do Porto; De 4 de setembro de 2014 a janeiro 2015 foi colocado um juiz na Secção Criminal da Instância Local de Póvoa de Varzim / Vila do Conde; De 29 de setembro de 2014 a 30 de novembro de 2014 foi colocado um juiz na 1.ª Secção da Instância Central Criminal do Porto; De 7 de outubro de 2014, em regime de substituição, foi colocado um juiz na Secção Criminal da Instância Local de Valongo; De 9 de outubro de 2014, em regime de substituição, foi colocado um juiz na 2.ª Secção Cível da Instância Central do Porto; De 16 de novembro de 2014 a 31 de janeiro de 2015, foi colocado um juiz na 2.ª Secção da Instância Central do Comércio do Porto; De 17 de novembro de 2014 a 31 de janeiro de 2015, cessado o destacamento de um dos juízes na 1.ª Secção da Instância de Família e Menores do Porto, foi o mesmo colocado na 2.ª Secção da Instância Central de Família e Menores; De 17 de novembro de 2014 a 31 de janeiro de 2015, após prorrogação do destacamento, manteve-se o segundo juiz colocado na 1.ª Secção da Instância Central de Família e Menores do Porto; A partir de 13 de dezembro 2014 procedeu-se ao destacamento de um juiz para a Secção Cível da Instância Local de Santo Tirso, ficando, também, em regime de agregação na 2.ª Secção da Instância Central Cível do Porto; De 3 de janeiro 2015 até 11 de dezembro 2015, após prorrogação, mantémse um juiz colocado na 1.ª Secção da Instância Central Criminal do Porto; Página 36

37 Entre 4 de janeiro de 2015 a 13 de fevereiro de 2015 renovou-se o destacamento de um juiz na 1.ª Secção da Instância Central Criminal do Porto; A partir de 15 de fevereiro de 2015 e até 31 de agosto de 2015 renovou-se o destacamento de um juiz na 1.ª Secção da Instância Central Criminal do Porto; Em 22 de janeiro de 2015 foi mantido o destacamento de um juiz na 2.ª Secção da Instância Central do Comércio do Porto, em regime de agregação com a 2.ª Secção da Instância Central Cível da Comarca de Aveiro; Entre 26 de fevereiro de 2015 a 15 de março de 2015, em agregação com o destacamento em curso (2.ª Secção da Instância Central Cível do Porto), foi prorrogado o destacamento de um juiz na Secção Cível da Instância Local de Santo Tirso; Em 29 de janeiro de 2015 foram mantidos os destacamentos de cada um dos juízes até ao termo das férias judiciais da Páscoa, na 4.ª Secção da Instância Central de Família e Menores do Porto, na 3.ª Secção da Instância Central de Família e Menores do Porto, na 1.ª Secção da Instância Central de Família e Menores do Porto, na 2.ª Secção da Instância Central Cível em conjunto, até ao dia 28 de fevereiro de 2015, com a Secção Cível da Instância Local de Santo Tirso, e na 2.ª Secção da Instância Central do Comércio em conjunto, até 7 de março, com a 2.ª Secção Cível da Instância Central do Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro; De 9 de março de 2015 até ao termo do presente ano judicial, procedeu-se ao destacamento de um juiz para a 1.ª Secção da Instância Central Criminal, atentos os regimes de exclusividade concedidos; Com efeitos a partir de 15 de março de 2015 foi cessado o destacamento de um juiz na 2.ª Secção da Instância Central do Comércio do Porto; Página 37

38 De 16 de março de 2015 e, até ao termo do presente ano judicial, procedeuse ao destacamento de um juiz para a Secção Cível da Instância Local de Santo Tirso; De 26 de março de 2015 e, tendencialmente, até ao termo do presente ano judicial, procedeu-se ao destacamento de um juiz para a 3.ª Secção da Instância Central de Família e Menores do Porto; Em 13 de abril de 2015 foi determinado o alargamento do âmbito do destacamento de uma juíza para a 1.ª Secção Criminal da Instância Central do Porto, a fim de substituir e, consequentemente, assegurar os julgamentos agendados para os dias 13, 20 e 27 de abril, onde se verificava a intervenção da juíza substituída; Em 3 de maio de 2015 foi mantida a afetação de uma juíza, sem termo certo, à 2.ª Secção Cível da Instância Central da Póvoa de Varzim; Em 28 de abril de 2015 foi determinada a afectação de um juiz à 2.ª Secção da Instância Central Criminal de Vila do Conde, com efeitos a partir do dia 16 de maio de 2015, com o objectivo de substituir uma juíza que se encontrava em regime de exclusividade na realização de um mega-julgamento, cujo termo ad quem se fixou a 31 de agosto de 2015; Em 9 de junho de 2015, com efeitos a partir de 15 de junho de 2015 e termo quando se verificar o encerramento do julgamento no mega-processo n.º 453/03.5JACBR, foi determinada a afetação de uma juíza à 2.ª Secção da Instância Central Criminal de Vila do Conde, para integrar, como adjunta, o coletivo do supra mencionado processo Juízes em funções e absentismo De acordo com um estudo da Fundação Europeia para a melhoria das condições de vida e de trabalho sobre os padrões de absentismo na UE27 e na Noruega, as taxas médias de absentismo nos países da Europa variam entre 3% e 6% do tempo de trabalho e estima-se que o seu custo atinja cerca de 2,5% do PIB. Página 38

39 No período compreendido entre 1 de setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015 encontravam-se em efetivo exercício de funções no Tribunal Judicial da Comarca do Porto 212 juízes 37, sendo que ainda exercem funções mais 4 juízes no Tribunal de Execução de Penas 38, cuja abrangência territorial vai para além da comarca. Exercem, também, funções na Comarca do Porto 4 juízes militares. Uma juíza, que se encontrava em funções na 1.ª Secção da Instância Central de Instrução Criminal do Porto, aposentou-se por limite de idade em , deixando de exercer funções a partir dessa data. Três juízes encontram-se em comissão de serviço como Juízes Presidentes de Comarcas. Um juiz encontra-se em comissão de serviço como vogal do Conselho Superior da Magistratura. Dois juízes encontram-se em comissão em Macau. Uma juíza encontra-se em licença sem vencimento de longa duração. Para efeitos de cálculo da taxa de absentismo, que se situou em 1,95% 39 relativamente ao período abrangido pelo primeiro relatório semestral, conforme resulta do gráfico que segue, foi considerado um universo de 212 juízes, 122 dias de trabalho e 503 dias de faltas 40. Importa salientar que a taxa é relativamente baixa e que todas as ausências se encontram devidamente justificadas. 37 Considerando os juízes titulares, os juízes auxiliares e os juízes do quadro complementar e não contando os juízes militares. 38 Tem como área de competência, para além da comarca do Porto, as comarcas de Aveiro, Braga, Bragança, Porto Este, Viana do Castelo e Vila Real. 39 Para calcular a taxa de absentismo foi utilizada a seguinte fórmula: [número de dias de ausência / (número de dias trabalháveis * total de efectivos) * 100 ]. 40 Foram desconsideradas as férias, formações e licenças. Página 39

40 Assim, entre 1 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2014, verificaram-se as seguintes ausências: ausências justificadas ao abrigo do artigo 10º-A do EMJ 34 juízes - num total de 68 dias de ausência. ausências para assistência a família 2 juízes num total de 5 dias de ausência. ausências prolongadas por doença (com sucessivas juntas médicas) 2 juízes, de a faltas dadas por conta das férias (a descontar nas férias) 2 juízes 2 dias de ausência. gozo de férias fora do período de férias judiciais (por se encontrarem, anteriormente, em gozo de licenças de maternidade, paternidade, etc..) 3 juízes 31 dias de ausência. licença por casamento 1 juiz 11 dias de ausência. falecimento de familiares 2 juízes 4 dias de ausência. faltas por doença 8 juízes num total de 98 dias de ausência. gravidez de risco Página 40

41 2 juízas num total de 19 dias de ausência. licença de maternidade 2 juízas 204 dias de ausência. faltas por internamento de bebé (não cumulativas com as licenças) 1 juíza 9 dias de ausência. licenças de paternidade 2 juízes num total de 45 dias de ausência. faltas por assistência a filhos menores 1 juiz num total de ½ dia. No referido período entre de 1 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2014 encontrava-se suspenso de funções um juiz. Por sua vez, considerando o período temporal entre 1 de janeiro de 2015 e 28 de fevereiro de 2015, verificaram-se as seguintes ausências: Ausências ao abrigo do artigo 10º-A do EMJ 20 juízes - num total de 34 dias de ausência. Ausências prolongadas por doença (com sucessivas juntas médicas sem previsão de regresso) 2 juízes - de 01 de janeiro de 2015 a 23 de fevereiro de Falecimento de familiares 4 juízes num total de 10 dias de ausência. Faltas por doença 5 juízes num total de 44 dias de ausência. Gravidez de risco 1 juíza num total de 49 dias de ausência. Licença de maternidade 1 juíza continua ausente desde 2014, terminando a licença em 15 de Março. Página 41

42 Faltas por assistência a filhos menores 1 juiz num total de ½ dia. Interrupção da gravidez 1 juíza 34 dias de ausência. No referido período não se registaram ausências para assistência a família, faltas dadas por conta das férias 41 (a descontar nas férias), situações de gozo de férias fora do período de férias judiciais (por se encontrarem, anteriormente, em gozo de licenças de maternidade, paternidade, etc..), licença por casamento, faltas por internamento de bebé (não cumulativas com as licenças) e licenças de paternidade. Manteve-se neste período a suspensão de funções de juiz que já se verificava entre de 1 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de O gráfico seguinte representa a totalidade das faltas dadas entre 1 de setembro de 2014 e 28 de fevereiro de A descontar nas férias - artigo 185.º, n.º 1 al. l) da Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro (Regime e Regulamento do Contrato de Trabalho em Funções Pública), diploma entretanto revogado pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho (Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas). Página 42

43 No período compreendido entre 1 de março de 2015 e 31 de agosto de 2015 não se registaram alterações quanto ao número de juízes em efetivo exercício de funções no Tribunal Judicial da Comarca do Porto. Mantiveram-se os mesmos 212 juízes 42 supra referidos, os mesmos 4 juízes no Tribunal de Execução de Penas 43, cuja abrangência territorial vai para além da comarca, e os mesmos 4 juízes militares. Os três juízes que se encontram em comissão de serviço como Juízes Presidentes de Comarcas continuaram nessas funções. Um juiz continuou em comissão de serviço como vogal do Conselho Superior da Magistratura. Dois juízes continuaram em comissão em Macau. Uma juíza continuou em licença sem vencimento de longa duração. Em julho do corrente ano ocorreu um óbito de um Juiz. Relativamente ao período compreendido entre 1 de março de 2015 e 31 de agosto de 2015 a taxa de absentismo situou-se em 2,5% 44, conforme resulta do gráfico que segue, sendo considerado para o respetivo cálculo o mesmo universo de 212 juízes, 90 dias de trabalho e 475 dias de faltas 45. Importa salientar que a taxa continuou relativamente baixa e que todas as ausências se encontram também, devidamente justificadas. 42 Considerando os juízes titulares, os juízes auxiliares e os juízes do quadro complementar e não contando os juízes militares. 43 Tem como área de competência, para além da comarca do Porto, as comarcas de Aveiro, Braga, Bragança, Porto Este, Viana do Castelo e Vila Real. 44 Para calcular a taxa de absentismo foi utilizada, de igual modo, a seguinte fórmula: [número de dias de ausência / (número de dias trabalháveis * total de efectivos) * 100]. 45 Foram desconsideradas as férias, formações e licenças. Página 43

44 Assim, entre 1 de março de 2015 e 31 de agosto de 2015, verificaram-se as seguintes ausências: ausências justificadas ao abrigo do artigo 10º, n.º 1 do EMJ 36 juízes - num total de 60 dias de ausência, onde se verificam ausências em 3 manhãs e 5 tardes. ausências justificadas ao abrigo do artigo 10º, n.º 3 do EMJ 1 juiz - num total de 2 dias de ausência. ausências para assistência a família / assistência a filhos menores 7 juízes num total de 69 dias de ausência. ausências prolongadas por doença (com sucessivas juntas médicas) 1 juiz, de 01 de março a 30 de junho. falecimento de familiares 6 juízes 12 dias de ausência. faltas por doença 22 juízes num total de 315 dias de ausência. Faltas por licença de interrupção de gravidez Página 44

45 1 juíza num total de 3 dias de ausência (já que os restantes 26 dias foram contabilizados no período temporal anterior). licença de maternidade / paternidade 2 juízes 75 dias de ausência. No referido período não se registaram faltas dadas por conta das férias 46 (a descontar nas férias), situações de gozo de férias fora do período de férias judiciais (por se encontrarem, anteriormente, em gozo de licenças de maternidade, paternidade, etc..), licença por casamento, faltas por internamento de bebé (não cumulativas com as licenças). Manteve-se neste período a suspensão de funções de juiz que já se verificava entre de 1 de setembro de 2014 e 1 de março de 2015, que, entretanto, foi aposentado. O gráfico seguinte representa a totalidade das faltas dadas entre 1 de março de 2015 e 31 de agosto de A descontar nas férias - artigo 185.º, n.º 1 al. l) da Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro (Regime e Regulamento do Contrato de Trabalho em Funções Pública), diploma entretanto revogado pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho (Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas). Página 45

46 Em conclusão, no período compreendido entre 1 de setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015, que é o relativo a este relatório, a taxa de absentismo fixou-se nos 2,20% Necessidades de recuperação Em 1 de setembro de 2014, aquando da abertura dos tribunais, não estavam, como se salientou, reunidas as necessárias condições para o seu normal funcionamento na Comarca do Porto. Alguns edifícios encontravam-se em obras, como era o caso do Palácio da Justiça do Porto e do Palácio de Justiça de Gondomar, situação que não permitia uma normal utilização dos seus espaços. Por exemplo, no Palácio da Justiça do Porto duas salas de audiências tiveram que ser ocupadas com os processos oriundos de outros tribunais, visto não estar ainda disponível o local destinado para arquivo. Alguns átrios tiveram, igualmente, que ser ocupados com mobiliário e equipamentos, inviabilizando a circulação pelos mesmos. Acresce que em vários outros edifícios as obras de adaptação à nova organização judiciária apenas se iniciaram após 1 de setembro, o que, naturalmente, condicionou ou impediu mesmo o funcionamento de secções, algumas delas durante quase dois meses. Verificava-se, também, relativamente a outras secções, uma grave situação de falta de salas de audiências, falta essa que, aliás, ainda não se encontra colmatada, e que, igualmente, tem perturbado e condicionado a realização de julgamentos e prejudicado a gestão da agenda dos juízes, levando a inevitáveis adiamentos. Para além das naturais perturbações decorrentes da realização de obras em vários edifícios em 1 de setembro, e após esta data, e da falta de espaços, designadamente de salas de audiências, a transferência maciça de processos, apenas realizada em Página 46

47 finais de agosto de 2014, constituiu outro fator de perturbação, agravado pelo insuficiente número de funcionários judiciais, que inviabilizou uma rápida reorganização dos processos transferidos. Anote-se que só do extinto Tribunal de Execução de Vila Nova de Gaia foram transferidos para a 1.ª Secção de Execução instalada no Porto mais de processos. Foi, porém, o colapso de sistema informático de apoio à atividade dos tribunais e à migração dos processos para a nova estrutura judiciária CITIUS, ocorrido logo em inícios de setembro de 2014, o principal fator de perturbação do arranque da reforma, paralisando quase totalmente os tribunais 47. Tal situação, que se manteve até novembro de , e cujos efeitos ainda se fazem e continuarão a fazer sentir 49, provocou atrasos de vários meses ao nível da regular tramitação dos processos e da realização de diligências e julgamentos, muitos dos quais tiveram de ser adiados. É prioridade da presidência do Tribunal Judicial da Comarca do Porto recuperar tais atrasos, o que seguramente demorará, caso sejam facultados os necessários e imprescindíveis meios, entre 1 a 2 anos, como já foi referido no primeiro relatório semestral da comarca Medidas de gestão Em termos de recursos humanos, considerando as limitadas competências atribuídas aos órgãos de gestão da comarca, designadamente ao presidente, e estando o exercício das mesmas diretamente dependente dos meios facultados pelo 47 As repercussões da inoperacionalidade do Citius só não foram maiores porque, atempadamente, por deliberação de 9 de abril de 2014, o Conselho Superior da Magistratura preveniu o agendamento no início da implementação da reforma, e por ter sido implementado pelo presidente da Comarca do Porto, tal como pelos presidentes das demais comarcas, um modo alternativo de tramitação de processos urgentes e com diligências marcadas. 48 Em finais de outubro de 2014, ainda o IGFEJ estava a abrir o acesso o Citius v2 para funcionários e magistrados, mas apenas para consulta. 49 Com efeito, o sistema Citius ainda não se encontra a funcionar plenamente, sendo recorrentes as situações de lentidão e de bloqueio. Página 47

48 Ministério da Justiça, que são manifestamente insuficientes, pouco mais será possível fazer para além de gerir racional e equilibradamente os disponíveis e apresentar propostas que resolvam, ou pelo menos atenuem, os efeitos negativos da falta de magistrados e de oficiais de justiça. No que diz respeito a medidas de gestão adotadas na Comarca do Porto em termos de recurso humanos entre 1 de setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015, e no que diz respeito aos juízes, destacam-se as seguintes: a) Estabelecimento de um novo modelo de organização do serviço de turnos. b) Realização dos atos jurisdicionais de inquérito pelas secções de instrução criminal fora da área territorial do município onde se encontram sediadas. c) Transição de processos e organização do serviço da 1.ª, 2.ª e 3.ª Secções de Competência Especializada de Família e Menores. Quanto ao estabelecimento de um novo modelo de organização do serviço de turnos. Um dos pilares em que assentou a recente reorganização do sistema judiciário português foi a especialização, cujas vantagens para uma justiça de qualidade são inquestionáveis, não apenas em termos de celeridade, mas, também, em termos de eficiência e eficácia, caso sejam facultados os imprescindíveis meios, o que não sucedeu até agora. Conscientes das mesmas, entenderam os órgãos de gestão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto consagrar um novo modelo de organização de turnos, quer quanto ao serviço a que se refere o disposto no n.º 1 do art.º 36.º, da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto (serviço que deva ser executado durante as férias judiciais ou quando o serviço o justifique), quer quanto ao serviço urgente referido no n.º 2 do art.º 36.º, da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto (turnos aos sábados, feriados que Página 48

49 recaiam em segunda-feira e no segundo dia feriado, em caso de feriados consecutivos) 50. Ambos passaram a assentar numa efetiva especialização. O novo modelo, que foi aceite pelo Conselho Superior da Magistratura, mereceu largo consenso por parte dos juízes em exercício de funções nas diversas secções do Tribunal Judicial da Comarca do Porto. Este modelo diminui o risco de eventuais situações de erro judiciário, designadamente no âmbito do turno aos sábados, feriados que recaiam em segundafeira e no segundo dia feriado, em caso de feriados consecutivos, cujo serviço diz respeito, exclusivamente, às jurisdições criminais e de família e menores, dado que apenas os juízes de tais jurisdições, necessariamente melhor preparados, passaram a integrar o turno. Em termos práticos, traduz-se numa significativa poupança de recursos e meios, quer materiais, quer humanos. Com efeito, no que diz respeito ao turno da jurisdição criminal, que até final do ano de 2014 havia, a titulo experimental, sido organizado em dois polos ou núcleos, passou, a partir de janeiro de 2015, a englobar todos os municípios que integram o Tribunal Judicial da Comarca do Porto e a funcionar concentrado nas instalações do Tribunal de Turno, junto da 1.ª Secção de Instrução Criminal, no Porto. Esta solução, que se pretendia implementar apenas a partir de setembro de 2015, dadas as enormes vantagens que apresenta em termos de gestão de recursos 50 Acta da reunião extraordinária do Conselho de Gestão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, de 4 de julho de 2014, identificada como Anexo 2 ; Acta da reunião do Conselho de Gestão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, de 5 de novembro de 2014, identificada como Anexo 3; Oficio 6/2014, de , relativo à proposta de projeto de turno aos sábados, feriados que caiam em segunda-feira e no segundo dia feriado, em caso de feriados consecutivos (janeiro de 2015 a agosto de 2015), identificado como Anexo 4 ; Ofício de 12 de fevereiro de 2015, identificado como Anexo 5, Anexo 5-2ª - Parte, relativo à proposta de projeto de turno das férias judiciais de Verão de Página 49

50 humanos, de eficiência e de eficácia, acabou por ser antecipada por decisão unânime dos membros do Conselho de Gestão. Manteve-se o número de magistrados escalados para o turno e em estudo está, neste momento, uma eventual redução, desse número 51. No que diz respeito aos funcionários judiciais, mostram-se suficientes 6, o que se traduz numa significativa diminuição, considerando, também, o determinado quanto à jurisdição de família e menores, que apenas integra um juiz para toda a área territorial do Tribunal Judicial da Comarca do Porto e passou a funcionar, também, nas instalações do Tribunal de Turno, junto da 1.ª Secção de Instrução Criminal 52. Quanto à realização dos atos jurisdicionais de inquérito pelas secções de instrução criminal fora da área territorial do município onde se encontram sediadas. Face às dificuldades interpretativas dos art.ºs 119.º, n.º 1, e 130.º, n.º 1, al. c), da Lei da Organização do Sistema Judiciário (Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto), e na sequência do Parecer emitido em pela Sra. Desembargadora Ana Azeredo Coelho 53, a presidência da Comarca propôs a afetação aos juízes das duas secções de instrução criminal do Tribunal Judicial da Comarca do Porto 54, dentro da área territorial de cada uma delas, a prática dos atos jurisdicionais relativos ao inquérito, atribuindo-lhes as seguintes competências: a) interrogatório judicial de arguido detido; 51 A acontecer, e tudo aponta nesse sentido, para além de uma nova redução de custos, a redução vai traduzir-se num menor sacrifício para os magistrados, dado que integrarão os turnos menos vezes. 52 Com os mesmos referidos 6 funcionários judiciais, optimizando, pois, os recursos humanos. 53 O referido Parecer, que mereceu a concordância dos Srs. Vogais e do Sr. Vice-Presidente do CSM, definiu o quadro em que as medidas de gestão, quando consideradas necessárias, deveriam de ser propostas pelos juízes presidentes das Comarcas ao Conselho Superior da Magistratura, nos termos das competências de promoção que lhes são atribuídas, designadamente pelo art.º 94.º, n.º 4, al. f), da L.O.S.J.. Sugerindo a utilização de medidas de afectação de juízes e de afectação de processos com vista à organização da jurisdição de instrução criminal, sem prejuízo de outras propostas que se afigurarem em concreto mais adequadas, é cometida aos juízes presidentes das comarcas a incumbência de apresentarem exposição sobre a situação da jurisdição de instrução criminal na comarca a que presidem, com sugestão de medidas a tomar quando as mesmas se lhes afigurem necessárias. 54 Exposição sobre a situação da jurisdição de Instrução Criminal na Comarca do Porto e proposta de medidas de afectação, remetida ao Conselho superior da Magistratura em 30 de setembro de 2014, identificada como Anexo 6. Página 50

51 b) aplicação das medidas de maior gravidade (prisão preventiva; obrigação de permanência na habitação; proibição e imposição de condutas; caução); c) reexame dos pressupostos da prisão preventiva e da obrigação de permanência na habitação; d) determinação e autorização de exames, revistas, buscas, apreensões e escutas telefónicas; e) apreciação de pedidos de habeas corpus por detenção ilegal. Dada a reduzida extensão geográfica da Comarca do Porto 55, complementarmente, propôs que os processos não fossem remetidos para as secções centrais, sendo mais eficaz e eficiente a deslocação dos juízes de instrução às diversas secções locais. A referida proposta, considerando as pendências processuais das secções centrais de instrução criminal e locais criminais do Tribunal Judicial da Comarcado Porto, não sobrecarregando as primeiras, visava aliviar as segundas da prática de atos que as sobrecarregavam injustificadamente, dado que a Comarca se encontra suficiente e totalmente servida por duas secções centrais de instrução criminal. Além disso, visava, também, evitar: desnecessárias situações negativas de impedimentos por participação em processo (art.º 40.º, als. a) e b), do C.P.Penal); desnecessárias situações negativas de interrupções ou adiamentos de julgamentos por parte dos juízes das secções locais criminais, para, por exemplo, procederem à realização de interrogatório judicial de arguido detido; desnecessárias e injustificadas diferenças de procedimento no seio da Comarca ao nível da intervenção/competência das secções centrais de instrução criminal, não fazendo sentido que o mesmo acto processual de inquérito fosse realizado 55 A maior deslocação dos juízes das duas instâncias centrais de execução do Tribunal Judicial da Comarca do Porto seria dos da 2.ª Secção a Santo Tirso, cuja distância é de cerca de 33 kms, não demorando mais de meia hora a ser percorrida (fonte Via Michelin ). Página 51

52 pelos juízes das secções centrais de instrução criminal nuns município e já não o fossem noutros. Finalmente, o proposto apresentava enormes vantagens decorrentes da especialização dos juízes de instrução, enquadrando-se no espírito da recente reforma da organização judiciária, e permitia libertar para secções carecidas de magistrados os dois juízes do Quadro Complementar que estavam, em, exclusivo, afectos à instrução criminal e à prática daqueles atos. Na sequência de parecer elaborado pelo Sr. Vogal do Distrito Judicial do Porto, a referida proposta foi implementada relativamente à 2.ª Secção de Instrução Criminal do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, não o sendo relativamente à 1.ª Secção por, entretanto, em dezembro de 2014, se ter aposentado um dos respetivos juízes titulares, o que a inviabilizou. Em todo o caso, libertou-se para exercer funções noutras secções da Comarca um dos juízes do Quadro Complementar, o que se traduziu numa relevante e significativa poupança de recursos e permitiu uma gestão mais eficiente dos mesmos. Como referido no primeiro relatório semestral do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, a referida medida encontrava-se a ser devidamente monitorizada, prevendose que a breve prazo, verificadas as necessárias condições, fosse alterada no sentido de que alguns dos referidos atos, em particular os interrogatórios judiciais de arguidos detidos, passassem a ser realizados nas instalações das Secções de Instrução Criminal. Uma das condições para o efeito será a colocação à disposição da Comarca de um veículo automóvel para o transporte dos processos de/e para as duas Secções de Instrução Criminal, o que será bem mais económico do que suportar as deslocações dos magistrados. Página 52

53 Muito embora ainda não se mostrem verificadas todas as condições que se afiguram necessárias, designadamente a referida disponibilização de uma viatura, entendeuse, porém, promover àquela alteração a partir de setembro de Foi, pois, a , apresentada proposta nesse sentido ao Conselho Superior da Magistratura 56, que a acolheu 57. Assim, a partir de 1 de setembro de 2015, todos os interrogatórios judiciais de arguidos detidos passaram a ser canalizados para as Secções de Instrução Criminal. Quanto aos demais atos jurisdicionais relativos ao inquérito, possibilitou-se a sua prática nas duas Secções de Instrução Criminal, caso os respetivos Juízes entendam fazê-lo e os meios técnicos disponíveis o permitam, designadamente recorrendo ao sistema Citius ou ao envio das necessárias peças e elementos processuais via correio eletrónico. A referida medida, que foi consensual, para além de continuar, como referido na proposta apresentada, a libertar as Secções Criminais das Instâncias Locais da prática de atos que as sobrecarregariam injustificadamente e dificultariam o seu funcionamento e a potenciar o aproveitamento das inúmeras vantagens decorrentes da especialização dos Juízes de Instrução, evita a diária deslocação destes àquelas Secções, o que se traduz numa significativa poupança de tempo, de meios e de recursos financeiros. Quanto à transição de processos e organização do serviço da 1.ª, 2.ª e 3.ª Secções de Competência Especializada de Família e Menores 58. O Tribunal Judicial de Comarca do Porto conta com cinco Secções de Competência Especializada de Família e Menores. 56 Ofício n.º 89/2015-GP/CSM, identificado como Anexo Despacho do Senhor Vice-Presidente do CSM, de 3 de setembro de 2015, identificado como Anexo Despacho 1/2014., identificado como Anexo 9, relativo à transição de processos e organização do serviço da 1.ª, 2.ª e 3.ª Secções de Família e Menores. Página 53

54 A 1.ª Secção, instalada no Porto, que tem como área de competência territorial o município do Porto. A 2.ª Secção, instalada em Gondomar, que tem como área de competência territorial os municípios de Gondomar e Valongo. A 3.ª Secção, instalada em Matosinhos, que tem como área de competência territorial os municípios da Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde. A 4.ª Secção, instalada em Santo Tirso, que tem como área de competência territorial os municípios de Santo Tirso e Trofa. A 5.ª Secção, instalada em Vila Nova de Gaia, que tem como área de competência territorial o município de Vila Nova de Gaia. A 3.ª Secção foi desdobrada em duas unidades, uma a funcionar em Matosinhos, com três juízes, a outra a funcionar em Vila do Conde, com dois juízes. No que diz respeito à 1.ª Secção de Família e Menores (Porto), estando a sua competência territorial limitada à área do município do Porto, não havia qualquer justificação para ali se manterem os processos entrados no extinto Tribunal de Família e Menores do Porto, em data anterior a 1 de setembro de 2014, cujo fator de conexão territorial se situa nos municípios de Gondomar, Valongo e Maia. Aliás, a referida manutenção desvirtuava o espírito da reforma introduzida pela L.O.S.J.. Nesse sentido decidiu o Exmo. Sr. Vice-Presidente do Conselho Superior da Magistratura, homologando, em 5 de novembro de 2014 e após a concordância do Exmo. Sr. Vogal do Distrito Judicial do Porto, a proposta de afetação de processos e restantes medidas de divisão/distribuição de serviço pelas várias secções de competência especializada de Família e Menores apresentada oportunamente. Os processos entrados no extinto Tribunal de Família e Menores do Porto, em data anterior a 1 de setembro de 2014, cujo fator de conexão territorial se situava nos Página 54

55 municípios de Gondomar ou Valongo, transitaram, pois, para a 2.ª Secção de Família e Menores. Por sua vez, os processos entrados no extinto Tribunal de Família e Menores do Porto, em data anterior a 1 de setembro de 2014, cujo fator de conexão territorial se situava no município da Maia, transitaram para a 3.ª Secção de Família e Menores, sendo distribuídos pelos 3 Juízes da Unidade de Matosinhos. Quanto aos processos cujo fator de conexão territorial se situava nos municípios da Povoa de Varzim e de Vila do Conde, foram transferidos para a unidade de Vila do Conde e distribuídos pelos seus 2 Juízes. Em virtude do referido desdobramento da 3.ª Secção de Família e Menores e da subsequente transição de processos decorrente das medidas de divisão/distribuição de serviço adotadas, face à elevada sobrecarga de trabalho dos 3 juízes da unidade de Matosinhos, cuja pendência ultrapassa os 2000 processos para cada um deles, impunha-se aumentar o quadro de magistrados. Não havendo, no entanto, essa possibilidade, face à falta de juízes, o Conselho Superior da Magistratura procedeu à colocação na referida unidade de Matosinhos de um juiz do Quadro Complementar a tempo parcial a partir de finais de março de 2015, o que, não sendo suficiente, atenuou o problema. Posteriormente, no movimento judicial ordinário de 2015, para além de manter os destacamentos dos Juízes Auxiliares em substituição dos Juízes daquelas Secções que não se encontram em efetivo exercício de funções, designadamente por se encontrarem em comissão de serviço, procedeu à colocação de 3 juízes auxiliares no conjunto das cinco Secções de Família e Menores Deliberação (extrato) n.º 1697/2015, Diário da República, 2.ª série N.º de agosto de Página 55

56 O Conselho Superior da Magistratura considerou, pois, ser de atender a proposta de reforço apresentada pela presidência da Comarca através do Ofício n.º 38/2015 GP/CSM, de 17 de abril de Pelas razões indicadas 61 na referida proposta, um dos Juízes Auxiliares foi destacado para a Unidade de Matosinhos da 3.ª Secção de Família e Menores da Instância Central, isto é, mais 1 (um) do que o já existente, que apenas se destinava a substituir a Sra. Juiz titular que se encontra em comissão de serviço; outro foi destacado para a 2.ª Secção de Família e Menores da Instância Central sediada em Gondomar; e o terceiro foi destacado para a 5.ª Secção de Família e Menores sediada em Vila Nova de Gaia Propostas No que diz respeito aos juízes, foram desde o primeiro momento tomadas diversas iniciativas no sentido de colmatar as graves lacunas decorrentes do inadequado dimensionamento dos quadros em diversas secções. Começou-se, logo em maio de 2014, por dar parecer quanto às necessidades de destacamento e/ou afectação de juízes auxiliares às várias secções das Instâncias Centrais e Locais da Comarca do Porto, atendendo ao nível e complexidade de litigância, pendências, transição de processo e outros recursos disponíveis e número (total ou parcial) de juízes indicado no Aviso de Movimento Judicial. Defendeu-se na ocasião a manutenção nas novas secções de um número global de juízes sensivelmente idêntico ao existente nos extintos Tribunais de Gondomar, da Maia, de Matosinhos, do Porto, da Póvoa do Varzim, de Santo Tirso, de Valongo, de Vila do Conde e de Vila Nova de Gaia, somando juízes efectivos e juízes auxiliares. 60 Que se identifica como Anexo Aumento da carga processual decorrente da transferência maciça dos processos que corriam termos na 1.ª Secção de Família e Menores da Instância Central para a 2.ª e 3.ª Secções. Página 56

57 Alertou-se que se tal não acontecesse, face a drástica diminuição do número de juízes efectivos resultante da organização implementada pelo Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março, ficaria dificultada, ab initio, uma resposta célere e atempada do sistema de justiça, como, também, havia sido oportunamente alertado pelo Conselho Superior da Magistratura 62. E indicaram-se as concretas necessidades de destacamento e/ou afectação de juízes auxiliares às várias secções das Instâncias Centrais e Locais da Comarca do Porto, quer para a substituição dos juízes que se encontram em comissão de serviço, quer para suprir as necessidades nas secções mais desfalcadas. Por exemplo, foi proposto o reforço da 1.ª Secção Central Cível (Porto) com 5 juízes auxiliares, o reforço da 1.ª Secção de Execução (Porto) com 3 juízes auxiliares e o reforço da 2.ª Secção de Execução (Maia) com um juiz auxiliar, de modo a minimizar os efeitos devastadores que inevitavelmente resultariam do mero preenchimento do quadro, claramente subdimensionado 63. O Conselho Superior da Magistratura, na medida das suas possibilidades, considerando o reduzido número de juízes disponíveis, acedeu, em parte, ao proposto, assim diminuindo as previsíveis e graves consequências que adviriam do que qualificou como temerária redução da oferta por parte do Ministério da Justiça 64. O reforço do quadro de juízes levado a cabo pelo Conselho Superior da Magistratura através do destacamento de juízes auxiliares foi, porém, insuficiente face às necessidades de algumas secções, necessidades essas que, aliás, aumentaram 62 Parecer referente ao Projecto de Regulamento da Lei de Organização do Sistema Judiciário, pags. 14, 20 e Anote-se que o Conselho Superior da Magistratura havia indicado no referido Parecer (fls. 124, 126 e 129) que deveria ser estabelecido um quadro de 12 juízes para a 1.ª Secção Cível, um quadro de 15 Juízes para a 1.ª Secção de Execução e um quadro 3 juízes para a 2.ª Secção de Execução, alertando, quanto à primeira situação, que o efeito da redução dos quadros proposta pelo Ministério da Justiça seria devastador. 64 Cfr. fls. 124, do referido Parecer. Página 57

58 significativamente em virtude dos constrangimentos com que os tribunais se viram confrontados desde o primeiro dia da reforma judiciária e a que são de todo alheios. Impõe-se, pois, como já se referiu no primeiro relatório semestral da Comarca, que o quadro de juízes do Tribunal Judicial da Comarca do Porto seja devidamente reformulado, aumentando-se o mesmo nos termos enunciados pelo Conselho Superior da Magistratura no Parecer referente ao Projeto de Regulamento da Lei de Organização do Sistema Judiciário. Não tendo sido, como igualmente foi referido naquele relatório, impunha-se manter no movimento judicial ordinário de 2015 o reforço do quadro através do recurso a juízes auxiliares, nos termos definidos pelo Conselho Superior da Magistratura para o movimento de 2014 e com as alterações pontuais que oportunamente foram apresentadas através do supra referido Ofício n.º 38/2015 GP/CSM, de 17 de abril de Tal veio a acontecer efetivamente. 2. Magistrados do Ministério Público 2.1. Quadro previsto O intervalo do quadro de magistrados do Ministério Público legalmente previsto para o Tribunal Judicial da Comarca do Porto oscila entre um mínimo de 185 unidades e um máximo de 191, sendo entre 66 e 69 para procuradores adjuntos e entre 119 e 122 para procuradores da República 66. Afectados em Setembro de 2014 à comarca 188 procuradores pelo movimento aprovado pelo Conselho Superior do Ministério Público em Julho e Agosto de 2014, observou o magistrado do Ministério Público coordenador nos momentos de distribuir o serviço nos termos do art.º 101º n.º 1, al. d), da L.O.S.J. e, com ele, o 65 Anexo 10, já identificado. 66 Cfr. art. o 84.º, n.ºs 1 e 2, da L.O.S.J. e Mapa III, anexo ao R.O.F.T.J. Página 58

59 Director do Departamento de Investigação e Acção Penal no tocante aos magistrados desse organismo 67 a concreta alocação desenhada pelas mencionadas deliberações vejam-se o Despacho n.º 4/2014-CoordPRT de 7.9 do coordenador 68 e o Despacho n.º 3/2014 de 8.9 do director, adiante identificados como Anexos 8 e 9, logo, porém, se vendo obrigado a proceder a alguns ajustamentos em razão das insuficiências, gerais ou específicas, dos quadros disponibilizados. Ajustamentos que, no mais frequente, passaram pela atribuição de funções em acumulação a vários magistrados nos termos permitidos pelas alíneas f), g) e h) do art.º 101º n.º 1, da L.O.S.J., tudo ulteriormente ratificado pelo Conselho Superior do Ministério Público. Ajustamentos que foram logo reclamados e impostos pela manifesta escassez do contingente de procuradores disponibilizado face às necessidades do serviço, convertendo-se numa inevitabilidade perante a colocação adicional de juízes auxiliares e do Quadro Complementar de que supra se dá conta e a que a estrutura do Ministério Público não pôde dar outra resposta, nem mediante recurso a magistrados auxiliares, nem mediante suprimento pelo quadro complementar, exclusivamente alocado ao suprimento das ausências dos magistrados por razões de saúde, de parentalidade e afins. De tudo, resultou a seguinte dotação de magistrados: a) Porto Procuradorias das secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção Cível: dois procuradores da República. 1.ª Secção Criminal: 10 procuradores da República. 67 Cfr. art. os 72º n.º 2 e 62º n.º 2 c) do EMP 68 Sucessivamente alterado pelos despachos n.º 6/2014-CoordPRT de 14.9, 7/2014.CoordPRT de 20.9, 17/2014.CoordPRT de e 3/2015.CoordPRT de Página 59

60 1.ª Secção de Instrução Criminal: um procurador da República. 1.ª Secção de Família e Menores: sete procuradores da República até Novembro de 2014, cinco a partir de então. 1.ª Secção do Trabalho: três procuradores da República. 1.ª Secção de Execução: um procurador da República e um procurador adjunto. (total: 24 procuradores até Novembro de 2014, 22 a partir daí) Procuradorias das secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: dois procuradores adjuntos. Secção Criminal: sete procuradores adjuntos até Abril de 2015, oito a partir de então. Secção de Pequena Criminalidade: três procuradores adjuntos. (total: 12 procuradores até Abril de 2015, 13 a partir daí) Procuradoria do Tribunal de Execução de Penas do Porto. Quatro procuradores da República. (total: quatro procuradores) Departamento de Investigação e Acção Penal. Direcção: um procurador-geral adjunto. Secções (12): sete procuradores da República e 32 procuradores adjuntos. (total: 40 procuradores) b) Gondomar Procuradorias das secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Família e Menores: dois procuradores da República até Novembro de 2014, três a partir de então. (total: dois procuradores; três a partir de Novembro) Procuradorias das secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: um procurador adjunto. Página 60

61 Secção Criminal: dois procuradores adjuntos. (total: três procuradores) Departamento de Investigação e Acção Penal. Secções (duas): um procurador da República e oito procuradores adjuntos. (total: nove procuradores) c) Maia Procuradorias das secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção do Trabalho: dois procuradores da República. 2.ª Secção de Execução: um procurador da República e um procurador adjunto 69. (total: quatro procuradores, dois deles em acumulação com outros lugares) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: um procurador da República e um procurador adjunto 70. Secção Criminal: três procuradores. (total: cinco procuradores, dois deles em acumulação com outros lugares) Departamento de Investigação e Acção Penal Secções (duas): seis procuradores adjuntos. (total: seis procuradores) d) Matosinhos Procuradoria das secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção de Instrução Criminal: dois procuradores da República ª Secção de Família e Menores: dois procuradores da República até Novembro de 2014, três a partir de então. 3.ª Secção do Trabalho: dois procuradores da República. 69 Em acumulação, ambos, com a 2.ª Secção de Execução da Instância Central. 70 Em acumulação, ambos, com a Secção Local da Instância Cível. 71 Em acumulação com o Departamento de Investigação e Acção Penal. Página 61

62 (total: seis procuradores até Novembro de 2014, sete a partir daí) Procuradoria das secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: um procurador adjunto 72. Secção Criminal: quatro procuradores adjuntos. (total: cinco procuradores) Departamento de Investigação e Acção Penal Secções (três): três procuradores da República 73 e nove procuradores adjuntos 74. (total: 12 procuradores, três deles em acumulação com outros lugares) e) Póvoa de Varzim e Vila do Conde Procuradorias das secções de competência especializada da Instância Central 2.ª Secção Cível: um procurador da República ª Secção Criminal: três procuradores da República 76. (total: quatro procuradores) Procuradorias das secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: um procurador da República 77 e um substituto do procurador adjunto 78. Secção Criminal: três procuradores adjuntos. (total: quatro procuradores um deles em acumulação com outro lugar e, a partir de Janeiro de 2015, um substituto do procurador adjunto). Departamento de Investigação e Acção Penal. Secções (duas): um procurador da República e seis procuradores adjuntos. (total: sete procuradores) 72 Em acumulação com o Departamento de Investigação e Acção Penal. 73 Dois em acumulação com a 2.ª Secção de Instrução Criminal. 74 Um em acumulação com a Secção da Instância Local Cível. 75 Em acumulação com a Secção Cível da Instância Local. 76 Deslocalizada em Matosinhos. 77 Em acumulação com a 2ª Secção Cível da Instância Central. 78 A partir de Janeiro de Página 62

63 f) Santo Tirso Procuradorias das secções de competência especializada da Instância Central 1.ª Secção de Comércio: três procuradores da República ª Secção de Família e Menores: um procurador adjunto. (total: quatro procuradores) Procuradorias das secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: três procuradores da República 80. Secção Criminal: dois procuradores adjuntos. (total: cinco procuradores) Departamento de Investigação e Acção Penal. Secções (uma): quatro procuradores adjuntos. (total: quatro procuradores) g) Valongo Procuradoria das secções de competência especializada da Instância Central 4.ª Secção do Trabalho: dois procuradores da República. (total: dois procuradores) Procuradorias das secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: dois procuradores adjuntos 81. Secção Criminal: dois procuradores adjuntos 82. (total: dois procuradores) Departamento de Investigação e Acção Penal. Secções (uma): quatro procuradores adjuntos. (total: quatro procuradores) 79 Em acumulação com a Secção Cível da Instância Local. 80 Em acumulação com a 1ª Secção de Comércio da Instância Central. 81 Em acumulação com a Secção Criminal da Instância Local. 82 Em acumulação com a Secção Cível da Instância Local. Página 63

64 h) Vila Nova de Gaia Procuradorias da secções de competência especializada da Instância Central 3.ª Secção Cível: um procurador da República e um procurador adjunto ª Secção Criminal: dois procuradores da República ª Secção de Família e Menores: três procuradores da República. 5.ª Secção do Trabalho: dois procuradores da República. 2.ª Secção de Comércio: dois procuradores da República. (total: 11 procuradores, dois deles em acumulação com outros lugares) Secções de competência genérica das Instâncias Locais Secção Cível: um procurador da República e um procurador adjunto 85. Secção Criminal: quatro procuradores adjuntos. (total: seis procuradores, dois deles em acumulação com outras procuradorias) Departamento de Investigação e Acção Penal. Secções (quatro): dois procuradores da República procuradores adjuntos. (total: 17 procuradores, um deles em acumulação com outro lugar) 2.2. Procuradores em funções e absentismo No período compreendido entre 1 de setembro de 2014 e 31 de Agosto de 2015 estiveram em efectivo exercício de funções no Tribunal Judicial da Comarca do Porto 197 magistrados do Ministério Público, nestes incluídos o coordenador, o 83 Ambos em acumulação com a Secção Cível da Instância Local. 84 Um em acumulação com o Departamento de Investigação e Acção Penal. 85 Ambos em acumulação com a 3ª Secção Cível da Instância Central. 86 Um em acumulação com a 3.ª Secção Criminal da Instância Central. Página 64

65 director do Departamento de Investigação e Acção Penal, os magistrados do quadro complementar e os estagiários. O absentismo registado foi de 6,73% ausências e em todos os casos logrou justificação. Com efeito, entre 1 de Setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015 registaram-se as seguintes faltas e ausências: ausências justificadas ao abrigo do art.º 87.º do EMP 40 procuradores, num total de 72 dias. ausências justificadas ao abrigo do art.º 88.º do EMP 37 procuradores, num total de 81 dias. faltas por internamento hospitalar nove procuradores, num total de 29 dias. ausências prolongadas por doença (com sucessivas juntas médicas) três procuradores, num total de 692 dias. falecimento de familiares dez procuradores num total de 35 dias. faltas por doença 29 procuradores, num total de 729 dias. licença em situação de risco clínico durante a gravidez nove procuradoras, num total de 697 dias. licença parental 12 procuradoras, num total de 922 dias faltas por assistência a filhos menores de 12 anos duas procuradora, num total de 45 dias. licença de casamento 87 Percentagem que representa a razão entre o número de dias úteis de trabalho asseguráveis por todos os magistrados 197 magistrados*255 dias úteis= e o total das faltas e ausências Página 65

66 cinco procuradores, num total de 48 dias. interrupção de gravidez uma procuradora, num total de 30 dias. tratamento ambulatório/consultas: um procurador, num total de um dia. 3. Funcionários judiciais 3.1. Quadro previsto A Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, que estabeleceu as normas de enquadramento e de organização do sistema judiciário, introduziu uma mudança de paradigma com o anterior modelo de gestão dos tribunais. Claramente inspirada no modelo da New Public Management, consagra a adoção de práticas gestionárias para a concretização de objetivos e permite uma maior agilização ao nível da distribuição dos recursos humanos. No que diz respeito aos funcionários judiciais, a Portaria n.º 161/2014, de 21 de agosto, procedeu à aprovação dos mapas de pessoal das secretarias dos tribunais de 1ª. Instância, definindo a sua conformação inicial e fixando as regras de transição e de afetação dos oficias de justiça e demais trabalhadores. Por não haver noticia não sabemos quais os critérios que estiveram na base para determinar a razão entre o número de funcionários pelo número de magistrados (judiciais e do Ministério Público), pelo que se ignora também a sua validade bem como o seu rigor. No entanto percebe-se que a secretaria judicial foi dimensionada com base num determinado cenário apresentado pela Portaria n.º 161/2014, considerando, parece-nos, o volume processual pré-existente à data da reorganização judiciária. Página 66

67 A análise das tabelas seguintes permitem constatar que os recursos humanos afetos à secretaria judicial da Comarca são claramente insuficientes, tanto mais que parece evidente que o mapa de pessoal previsto foi subdimensionado e nem sequer se mostra preenchido. Como se pode inferir dos mapas estatísticos apresentados neste Relatório, o volume global de processos pendentes na secretaria judicial tem vindo a diminuir sustentadamente, contudo Secções há Comércio, Execução e Família e Menores onde se verifica o inverso ou uma maior dificuldade, uma vez que os valores referentes a processos pendentes na secretaria têm vindo a aumentar, não tendo as atuais equipas de trabalho capacidade para dar resposta às necessidades do serviço, encontrando-se muitos desses processos a aguardar a respetiva tramitação, papéis para juntar, etc. Finalmente, quando comparamos o mapa de pessoal previsto na Portaria n.º 161/2014 com o número de funcionários efetivamente colocados, constatamos que em muitos casos aquele mapa não está sequer preenchido. Em termos globais, num quadro de 1188 oficiais de justiça estão por colocar 94 88, ou seja, existe uma diferença para menos de quase 8 %, com a agravante de que essas faltas se concentram sobretudo nos lugares de chefia o que, bem vistas as coisas e o tradicional comportamento das organizações, não pode deixar de condicionar os respetivos resultados. Para além disso, o mapa de pessoal fixa, para a Comarca do Porto, apenas em 12 o número de Secretários de Justiça. Considerando os critérios quantitativos da Portaria n.º 164/2014, esse número deveria ser, pelo menos de 14, sendo certo que nos parece que o número mais razoável deveria ser 16 de modo a afetar um secretário de justiça a cada edifício e a cada um dos 88 Se considerarmos os BNA e BNI, teremos um mapa de pessoal de 1231 oficiais de justiça, estando por colocar 108 (ca. de 9 %). Página 67

68 Núcleos. Acresce que dos 12 secretários de justiça atualmente colocados apenas 3 deles são detentores da respetiva categoria profissional, sendo os restantes lugares preenchidos por escrivães de direito em regime de substituição. Anote-se que o preenchimento desses lugares de chefia é indispensável para o bom funcionamento da Secretaria Judicial, visto serem essenciais para assegurar, entre outras, as tarefas relativas aos procedimentos orçamentais e contabilísticos, à organização interna, à verificação da assiduidade dos oficiais de justiça, ao controlo da segurança de pessoas, das instalações e dos equipamentos, à receção, guarda e gestão do economato ou ainda à gestão, fiscalização, guarda e depósito mensal dos atos avulsos e demais registos contabilísticos. Não despiciendo é ainda a quantidade de funcionários de justiça em situação de baixa prolongada, cujo número é, a nosso ver, assinalável sem que, no entanto, se descortinem motivos para tão elevado número. No que diz respeito à secretaria judicial do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, o mapa de pessoal previsto é o seguinte: Mapa de Pessoal previsto na Portaria nº 161/2014, de 21 de agosto Núcleos Porto Gondomar Maia Matosinhos Póvoa de Varzim e Vila do Conde Valongo Vila Nova de Gaia Santo Tirso Total Pessoal oficial de Justiça Técnico de informática Pessoal carreira reg. Geral Total Categorias Porto Gondomar Maia Matosinhos Póvoa de Varzim e Vila do Conde Valongo Vila Nova de Gaia Santo Tirso Quadro portaria Apoio téc. orgão de gestão Secretário de justiça Escrivão de direito Escrivão adjunto Escrivão auxiliar Técnico de Justiça principal Técnico de justiça adjunto técnico de justiça auxiliar Técnico de informática Assistente técnico Assistente operacional Total Página 68

69 O Decreto-Lei n.º 1/2013, de 7 de janeiro, procedeu à instalação e à definição das regras do funcionamento do Balcão Nacional do Arrendamento (BNA), e do procedimento especial de despejo, e a Portaria n.º 220-A/2008, de 4 de março, criou o Balcão Nacional de Injunções (BNI), serviços que ficaram instalados na cidade do Porto. O mapa de funcionários previsto naqueles diplomas era, respetivamente, de 11 e de 32 funcionários. Porém, atualmente encontram-se em funções apenas os funcionários que constam dos Quadros que se seguem, que corresponde um saldo negativo de 30%: Balcão Nacional de Arrendamento Categorias Total Previsto Total Existente Secretário de justiça 1 0 Escrivão de direito 1 1 Escrivão adjunto 1 0 Escrivão auxiliar 8 6 TOTAL 11 7 Balcão Nacional de Injunções Categorias Total Previsto Total Existente Secretário de justiça 1 1 Escrivão de direito 1 1 Escrivão auxiliar Assistente administrativo 5 0 TOTAL Página 69

70 No que diz respeito às Unidades de Processos, a definição inicial dos mapas de pessoal encontra-se completamente desajustada, conforme demonstra o quadro abaixo, face às concretas necessidades da Comarca do Porto, o que é agravado pelo facto de nem sequer se encontrarem devidamente preenchidos. Mapa de Pessoal em funções em setembro de 2014 Categorias Porto Gondomar Maia Matosinhos Póvoa de Varzim e Vila do Conde Valongo Vila Nova de Gaia Santo Tirso TOTAL DIFERENÇA Apoio téc. orgão de gestão Secretário de justiça Escrivão de direito Escrivão adjunto Escrivão auxiliar Técnico de Justiça principal Técnico de justiça adjunto técnico de justiça auxiliar Técnico de informática Assistente técnico Assistente operacional Total Tal situação, já de si extremamente grave, mais se complicou com a colocação na Comarca de 21 juízes auxiliares e do Quadro Complementar, acréscimo que não foi, como deveria ter sido, acompanhado do necessário reforço de oficiais de justiça, o que em muito prejudica o funcionamento da secretaria judicial 89. E mais se complicou, ainda, em virtude das particulares exigências das Secções das Instâncias Centrais de Execução, de Família e Menores, de Comércio e de Instrução Criminal, dada a natureza e complexidade das matérias ali tratadas, muitas de natureza urgente, e o enorme volume de serviço a seu cargo, em particular nas primeiras, onde a pendência processual ultrapassa largos milhares de processos por juiz. Tornou-se, pois, imperativo garantir que as mesmas não bloqueassem logo nos primeiros dias da nova reorganização judiciária, recorrendo para o efeito à recolocação de funcionários nessas secções. O problema não ficou, porém, resolvido, tendo-se apenas conseguido um mero adiamento dos seus previsíveis efeitos, que, inevitavelmente, impedirão qualquer pretensão de aumento da eficiência e eficácia dos tribunais. 89 Anote-se que para cada juiz de direito, destinado ao apoio às respetivas funções, estão previstos em média cerca de 4 oficiais de justiça (vd. Critérios gerais de distribuição e recolocação transitória de oficiais e justiça Anexo à Portaria n.º 164/2014, de 21 de agosto). A ser assim, a Comarca devia estar dotada de pelo menos mais 84 oficiais de justiça. Página 70

71 Anote-se que, também, o mapa de pessoal dos serviços do Ministério Público da Comarca se mostra, por falta de técnicos de justiça, muito desfalcado, situação que, igualmente, se verifica desde a implementação da reforma. Em suma, a falta de oficiais de justiça é de tal modo dramática e os seus efeitos negativos de tal modo profundos que dificilmente será possível recuperar das suas consequências a curto prazo Funcionários do regime geral Preocupante é, igualmente, a situação de falta de funcionários do regime geral, designadamente da categoria de assistentes técnicos, e o subdimensionamento do mapa previsto para a categoria de assistentes operacionais. Como não pode ser ignorado, para poder funcionar convenientemente a Comarca do Porto, à semelhança do que acontece com qualquer organização com a sua dimensão, seja do setor público, seja do setor privado, necessita de profissionais fora da carreira especial dos oficiais de justiça, designadamente para exercício de funções ao nível do atendimento, telefónico e pessoal ao utente; ao nível do tratamento arquivístico e bibliotecário e reprografia; ao nível do tratamento, catalogação e guarda de bens e objetos; ao nível do transporte de pessoas e bens, e ao nível da portaria, segurança e vigilância bem como para as tarefas administrativas, para as quais não estão os oficiais de justiça especialmente vocacionados. Porém, apesar de o mapa de tais profissionais aparentarem estar preenchidos em termos formais, na realidade são significativas as carências. Realça-se a situação na área de apoio técnico nas várias tarefas desenvolvidas em sede de arquivo, sendo certo que em março de 2015 iniciaram funções três assistentes técnicos através de procedimento prévio de recrutamento em regime de mobilidade de trabalhadores em situação de requalificação (INA), mas ainda assim este número se Página 71

72 mostra insuficiente atenta as necessidades constantes de organização e atualização do arquivo. No que a este assunto diz respeito, estão devidamente identificado um enorme volume de processos que necessitam de tratamento arquivístico especializado cifra-se em mais de processos de processos findos em condições de serem remetidos para arquivo ou, embora o tenham sido, não estão ainda recebidos, dentro dos quais existe igualmente um número muito elevado de processos arquivados em posição de serem eliminados ou remetidos para o arquivo distrital. Grande parte deles resultante da recente reorganização judiciária decorrente da transferência física de processos que urge não só arrumar como também selecionar o respetivo destino e para cuja tarefa, atenta a manifesta falta de pessoal competente para desenvolver esta atividade, não temos tido, até ao momento, possibilidades de acorrer. Encontram-se atualmente colocados neste Tribunal Judicial da Comarca do Porto 9 assistentes técnicos. O mapa de pessoal aprovado pela Portaria n.º 161/2014, de 21 de agosto, não pecando por excesso, consagra, para a categoria de assistente técnico alocada ao tratamento arquivístico da Comarca, nada menos do que 16 posições de assistentes técnicos. Realça-se, também, a situação ao nível das assistentes operacionais, onde a carência é relevante nas tarefas adstritas ao serviço do atendimento telefónico, uma vez que se registou um enorme aumento da procura, designadamente nos edifícios de maior dimensão, como por exemplo, os Palácios da Justiça do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia e ainda o Edifício Camões, sendo que um bom desempenho nesta área é fundamental para a eficácia do serviço e, como sabemos, essencial para uma imagem de competência perante os utentes da justiça obviando também a um acréscimo de serviço para as unidades de processos. Destaca-se, ainda, a situação ao nível dos profissionais que controlam o acesso aos edifícios e asseguram a respetiva segurança, na medida em que se justifica a sua Página 72

73 permanência com carater duradouro para assegurar o serviço, tanto mais que, inúmeras vezes, se verifica o prolongamento, para além da hora normal do funcionamento das secretarias, de audiências de julgamento, nomeadamente na área criminal. Entende-se também que este serviço deveria ser atribuído a forças de segurança oficiais e não a entidades privadas. Salienta-se, igualmente, a situação dos assistentes operacionais que exercem as funções de motorista, cujo número deve ser rapidamente aumentado. Com efeito, apenas se encontram em exercício efetivo de funções dois profissionais, que são manifestamente insuficientes atenta a dimensão da Comarca, a dispersão das diversas secções, as necessidades de deslocação dos órgãos do gestão e dos juízes em atos jurisdicionais e a necessidade, quase diária, de transporte de bens e processos entre as diversas secções e outros serviços públicos. Finalmente, e quanto às tarefas de apoio aos órgãos de gestão da Comarca, deverá ser rapidamente alargado o número de funcionários afeto às mesmas. Se já no atual enquadramento o seu número é de todo insuficiente para as necessidades do serviço, importa ter, ainda, em conta que as competências dos órgãos de gestão estão, gradualmente, a ser aumentadas, designadamente ao nível dos recursos humanos, da gestão orçamental, contabilística e administrativa. A título de exemplo, a gestão do orçamento único da comarca a ser feita pelo Administrador Judiciário, em articulação com os restantes membros do Conselho de Gestão. Estamos a falar de uma atividade que exige uma grande entrega, especialização e dedicação, atentos os valores que estão em causa. Para o efeito, já se encontra em funcionamento um modelo da plataforma informática de gestão dos recursos orçamentais (GIS), desenvolvida sob a tutela da DGAJ. Página 73

74 Por outro lado, também a gestão dos recursos humanos passou a ser da responsabilidade da Comarca, quer ao nível dos magistrados, quer ao nível dos funcionários, sendo necessário proceder-se à sua distribuição e recolocação transitória. Neste capítulo estamos a falar, em termos numéricos, de uma organização de grande dimensão onde, evidentemente, deveria estar afeto um gabinete dedicada aos recursos humanos a quem deveriam ser disponibilizados instrumentos e plataformas informáticas de gestão. Por exemplo, e no que diz respeito aos juízes, a generalidade das competências que estavam atribuídas ao Presidente do Tribunal da Relação passaram para o Juiz Presidente da Comarca, designadamente e entre outras, a autorização de residência em local diverso da sede da Secção da Instância em que se encontram colocados, autorização de ausência ao serviço, autorização de utilização de veículo próprio e de aluguer nas deslocações em serviço, organização das férias e elaboração do respetivo mapa. Dada a dimensão das novas e crescentes atribuições dos órgãos de gestão, não poderão deixar de ser colocados pelo menos mais cinco funcionários no apoio à Presidência e ao Conselho de Gestão, a somar aos quatro que atualmente já o fazem. Não poderemos encerrar este parágrafo sem salientar a questão do enorme acréscimo de serviço decorrente da necessidade dos procedimentos de monotorização processual determinada pelo CSM bem como da conferência dos boletins de itinerário dos juízes e funcionários Funcionários em funções e absentismo Por despacho do Senhor Diretor-geral da Administração da Justiça de , foi aprovada a lista de transição e de afetação dos oficiais de justiça e demais trabalhadores dos tribunais judiciais de 1ª instância para as novas Comarcas, sendo que na Comarca do Porto se procedeu, num primeiro momento, à conformação inicial dos quadros de Página 74

75 pessoal de acordo com o projeto de 12 de agosto, de transição dos oficiais de justiça e demais trabalhadores das secretarias dos tribunais judiciais de 1ª instância para a secretaria judicial da nova comarca. Na prossecução da estabilização dos quadros de pessoal e ainda do equilíbrio da distribuição dos recursos humanos, o Administrador Judiciário, nos termos do n.º 2 do artigo 48.º do Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março, e da alínea c) do n.º 1 do artigo 106.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, seguindo as orientações genéricas fixadas pelo Juiz Presidente do Tribunal e mediante decisão fundamentada de acordo com os critérios objetivos definidos na Portaria n.º 164/2014, de 21 de agosto, procedeu à recolocação e afetação dos oficiais de justiça, a 1/09/2014, e à subsequente recolocação transitória em consequência do movimento ordinário de novembro de 2014 e das saídas para os serviços da Autoridade Tributária e para aposentação, como retratado nos quadros seguintes: Página 75

76 . Mapa de pessoal em funções em fevereiro 2015 Categorias Porto Gondomar Maia Matosinhos Póvoa de Varzim e Vila do Conde Valongo Vila Nova de Gaia Santo Tirso TOTAL DIFERENÇA Apoio téc. orgão de gestão Secretário de justiça Escrivão de direito Escrivão adjunto Escrivão auxiliar Técnico de Justiça principal Técnico de justiça adjunto técnico de justiça auxiliar Técnico de informática Assistente técnico Assistente operacional Total No movimento de fevereiro apenas entraram na Comarca dois escrivães de direito, os quais foram recolocados transitoriamente no núcleo de Póvoa de Varzim e Vila do Conde, na tentativa de reajustar o mapa de pessoal e equilibrar os recursos humanos. O saldo deste movimento foi negativo no que concerne à diferença entre entradas e saídas de pessoal na Comarca. Página 76

77 Com o movimento de junho, não se verificaram entradas de oficiais de justiça. Apenas no Núcleo de Vila Nova de Gaia, uma Escrivã Adjunta e no Núcleo do Porto um escrivão auxiliar transitaram, nos termos do art.º 52.º do Decreto-Lei n 343/99 de 26 de agosto. Mais uma vez se verificou um saldo negativo com a saída de três oficiais de justiça para outras comarcas. Página 77

78 Ainda neste ano, oito oficiais de justiça foram para a situação de aposentação, sendo quatro deles até 28 de fevereiro e os outros quatro após essa data e até 31 de agosto, sem que esses lugares tenham sido preenchidos. Mapa de Pessoal em funções em 31 de agosto de 2015 Categorias Porto Gondomar Maia Matosinhos Póvoa de Varzim e Vila do Conde Valongo Vila Nova de Gaia Santo Tirso TOTAL DIFERENÇA Apoio téc. orgão de gestão Secretário de justiça Escrivão de direito Escrivão adjunto Escrivão auxiliar Técnico de Justiça principal Técnico de justiça adjunto técnico de justiça auxiliar Técnico de informática Assistente técnico Assistente operacional Propostas A solução para a carência de oficiais de justiça passa, naturalmente, pelo recrutamento de novos funcionários (deve ter-se em consideração o contínuo e, ao que se diz alarmante, decréscimo do número de oficiais de justiça em funções por fenómenos dos quais a passagem para situação de aposentações extraordinária é paradigma). Torna-se imperioso que o mapa de pessoal seja preenchido em conformidade com os critérios quantitativos previstos na Portaria n.º 164/2014 ou, pelo menos, com o quadro previsto na Portaria n.º 161/2014. Esse número revela-se, porém, como já se deixou dito, nalguns casos insuficiente, pelo que o preenchimento do mapa de pessoal mostra-se absolutamente fundamental, nomeadamente nas posições que correspondem a lugares de chefia. Entende-se igualmente fundamental que, à semelhança do que já acontece com os Magistrados, seja criado um mapa complementar de oficiais de justiça cujo contingente permitiria recuperar atrasos, ajustar o quadro de cada unidade orgânica a eventuais flutuações conjunturais do respetivo movimento processual e suprir as Página 78

79 ausências decorrentes de licenças parentais, baixas superiores a 30 dias e outras situações idênticas. De acordo com tais finalidades, este mapa complementar de pessoal, deve ser fixado de acordo com mapa de pessoal previsto para a secretaria judicial. Este mapa complementar deveria ser calculado em face do número total e, devendo ser o mínimo possível, devia ser, porém, um número razoável para a solução do problema que visa resolver. O efeito negativo produzido pelos destacamentos de funcionários levados a cabo pelos Tribunais da Relação é um dos fatores desestabilizadores, dada a carência de recursos e ainda pela circunstância de essas escolhas recaírem, naturalmente, sobre os melhores funcionários. No que respeita às secções da Instância Central de Execução, atenta a elevadíssima pendência processual, deve ser seriamente ponderada a duplicação de unidades de processos em cada uma das secções e, por consequência, também do número de oficiais de justiça. Se tal não ocorrer, brevemente se entrará em situação de rutura. Por fim não podemos deixar de referir o aspeto da formação profissional dos funcionários de justiça e, neste caso, muito em especial não podemos deixar de destacar, por considerarmos absolutamente fundamental para a organização, a formação das chefias que, para além das componentes técnicas, devem ser fornecidas capacitações ao nível pessoal, comportamental e de gestão de pessoas e liderança Outros A nível disciplinar foram abertos três procedimentos de averiguação sumária. Em dois desses processos foram aplicadas penas de repreensão escrita, com suspensão, quanto a uma delas, por um período de 7 meses. Página 79

80 Já quanto ao terceiro processo de averiguação, face aos factos imputados à denunciada, e tendo em conta que a pena a aplicar, previsivelmente, está fora do âmbito da competência funcional do Juiz Presidente da Comarca do Porto, foi determinado a conversão em processo disciplinar e a sua remessa à DGAJ por ser a entidade competente para efeitos de aplicação da competente pena (tendo em conta que é assistente operacional). Quanto ao livro de reclamações a que se refere o n.º 1 do art.º 38º do Decreto-lei nº 135/99, de 22 de abril, registaram-se e foram decididas conforme quadro infra: 3.6. Taxa de absentismo Na Comarca do Porto, ao nível dos funcionários judiciais e desde a entrada em vigor da reforma judiciária até 31 de agosto de 2015, a taxa de absentismo 90 foi de 10,11 %, o que se traduz numa média de 21,13 dias de ausência por trabalhador no período. No cálculo da taxa de absentismo, teve-se em conta o conceito de incapacidade efetiva do trabalhador em exercer as suas funções no seu posto de trabalho, levando-se em 90 Para calcular a taxa de absentismo foi utilizada a seguinte fórmula: [número de dias de ausência/(número de dias trabalháveis*total de efetivos)]*100 Página 80

81 conta a duração total de ausências registadas, sendo que foram considerados todos os motivos de ausência, com excepção das férias, as quais foram consideradas como dias efetivos de serviço, assim como o repouso semanal, a formação, feriados, tolerâncias de ponto e licenças parentais. Considerando os referidos números, e sendo certo que uma elevada taxa de absentismo afeta negativamente a produtividade e a qualidade do serviço, é muito preocupante a situação da Comarca do Porto, importando adoptar medidas que a invertam rapidamente. Está demonstrado que o investimento em políticas de prevenção em termos de saúde e bem-estar dos trabalhadores no local de trabalho diminui o absentismo, reduzindo, pois, os respetivos custos, tendo, ainda, efeitos positivos em termos de motivação, qualidade do serviço e reforço da imagem das instituições. Esses resultados positivos, que são potenciados pela criação de ambientes de trabalho saudáveis e agradáveis, dificilmente podem ser, por agora, alcançados ao nível da Secretaria Judicial do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, dadas as condições em que trabalham muitos dos oficiais de justiça em algumas das unidades de processos. A falta de espaços, que obriga a amontoar processos e a acantonar funcionários judiciais em áreas diminutas, é dramática uma das situações mais graves e que urge resolver. Para além da falta de espaços em diversos núcleos municipais, que denota uma inadequada conceção dos postos de trabalho face à dimensão das unidades de processos, outros fatores contribuem, também, para resultados menos positivos em termos de absentismo. Destacam-se os efeitos do stress a que estão sujeitos os oficiais de justiça, considerando as particulares exigências das suas funções. Página 81

82 Foram reportados alguns casos de oficiais de justiça com sintomas de Burnout, resultante de uma inadequada resposta emocional às situações de trabalho. De modo a diminuir o absentismo, importa seguir a Directiva 89/391/CEE do Conselho das Comunidades Europeias, de 12 de junho de 1989, relativa à adoção de medidas que se destinam a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no local de trabalho. Será, no entanto, tarefa difícil e quase impossível de executar a curto prazo, considerando, para além da escassez de funcionários, a evidente falta de condições, o pouco tempo decorrido desde a entrada em vigor da reforma, o modo atribulado como se processou o início do funcionamento da nova organização e as inexistentes ou limitadas competências dos órgãos de gestão da Comarca ao nível da aquisição e gestão dos espaços. Em termos de absentismo, a situação do Tribunal Judicial da Comarca do Porto é retratada nos quadros seguintes, demonstrando o primeiro gráfico a totalidade das faltas registadas de pessoal da carreira dos oficiais de justiça e do regime geral no período que medeia 1 de setembro e 28 de fevereiro de 2015 e 1 de março de 31 de agosto de Constata-se que a taxa de absentismo é mais elevada na categoria dos escrivães auxiliares. Uma das possíveis razões poderá ser ao facto de não ter havido ao longo dos últimos anos, contra todas as expectativas profissionais, progressões na carreira, ou sequer reclassificações profissionais, o que pode potenciar naquele universo de funcionários sentimentos de insatisfação no trabalho, por falta de desafios e de oportunidades de enriquecimento de tarefas, pelo que nos parece ser um dos factores associados a um aumento da taxa de absentismo. Página 82

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85 No gráfico seguinte demonstram-se as faltas de longa duração registadas, tendo sido consideradas como tal as dadas após o 4.º dia nas situações de doença e por um período superior a 30 dias. Página 85

86 Página 86

87 3.7. Necessidades de recuperação Como referido no ponto 1.2., em 1 de setembro de 2014, aquando da abertura dos tribunais, não estavam reunidas as necessárias condições para o normal funcionamento da Comarca do Porto, situação que, inevitavelmente, deu origem a importantes atrasos que importa recuperar. Um dos fatores de perturbação foi, como salientado, o insuficiente número de funcionários judiciais, devidamente explicado no ponto 3.2., onde se concluiu no sentido de que a definição inicial dos mapas de pessoal se encontra completamente desajustado face às concretas e atuais necessidades da Comarca. Importa, pois, proceder a esse ajuste, preencher integralmente os lugares vagos bem como os cargos de chefia, o que se se mostra indispensável para garantir o bom funcionamento das unidades de processos e das secções do Tribunal Judicial da Comarca do Porto e, consequentemente, a recuperação dos atrasos provocados pelo mau começo da implementação da nova reorganização judiciária. Porém, tal está longe de acontecer, não tendo a admissão de novos oficiais de justiça sido suficiente Medidas de gestão Tal como se referiu relativamente aos juízes, as limitadas competências atribuídas aos órgão de gestão pouco mais permitem fazer para além de gerir racional e equilibradamente os escassos recursos disponíveis, e apresentar propostas que resolvam ou pelo menos atenuem os efeitos negativos da falta de oficiais de justiça 91. Tudo o mais depende do Ministério da Justiça, a quem cabe a missão de facultar os meios e implementar políticas estruturais em termos de recursos humanos, tais como medidas de progressão na carreira e formação profissional continua e sistema 91 A criação de front office nos diversos núcleos da Comarca do Porto será uma dessas medidas. Página 87

88 de incentivos 92, mas, também, a enorme responsabilidade de corrigir os erros cometidos, designadamente ao nível de definição dos mapas de pessoal das secretarias Propostas Relativamente aos oficiais de justiça, tendo em conta tudo o que se referiu, propõese que se proceda ao preenchimento dos mapas de pessoal e, depois, se adeque o quadro à realidade da Comarca. Propõe-se, também, a abertura de cursos para cargos de chefia - escrivães de direito e secretários de justiça - e provimento efetivo dos lugares. Propõe-se, ainda, a formação contínua, quer de oficiais de justiça, quer do pessoal da carreira do regime geral. Igualmente se propõe a adoção de medidas ao nível de progressão na carreira dos oficiais de justiça, tornando-a mais aliciante, e a criação de incentivos, colocando aqueles ao nível dos funcionários da Autoridade Tributária, evitando a sangria que se tem verificado, concretamente para esta. 92 À semelhança do que acontece com a Autoridade Tributária, que oferece condições remuneratórias bem mais alicientes que o Ministério da Justiça. Página 88

89 V. RECURSOS FINANCEIROS 1. Orçamento e execução de 2014/2015 Caracterização e identificação do Tribunal: a) Denominação: Tribunal Judicial da Comarca do Porto. b) Número de Contribuinte: c) Número da Segurança Social: d) Código da Repartição de Finanças: 3190 Porto 5. e) Sede: Palácio da Justiça do Porto, Campo Mártires da Pátria, Porto. f) CAE: Actividades da Justiça. g) Tutela económica de funcionamento: Direcção-Geral da Administração da Justiça. h) Regime fiscal: Enquadramento em IVA: não sujeito. Enquadramento em IRS: geral.. Regime de tributação em IRC: não sujeito. Contabilidade: não organizada. Data de início da actividade: i) Regime financeiro: sem autonomia administrativa e financeira. j) Regime legal: Constituição: Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, e Decreto-Lei n.º 49/2014, de 27 de março; Funcionamento: O Tribunal rege-se pelo disposto nas alíneas i) e j) do n.º 1 do art.º 106.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, que referem que o Administrador Judiciário tem como competências próprias assegurar a distribuição do orçamento, após a respectiva aprovação e executar, em colaboração com o Ministério da Justiça, o orçamento da comarca. Foram, entretanto, publicados os Despachos n.ºs 12780/2014, de 10 de outubro e 5783/2015, de 19 de maio, do Exmo. Sr. Director-geral da Administração da Página 89

90 Justiça, publicados na II Série do Diário da República de 20 de outubro de 2014 e 1 de junho de 2015, respetivamente, pelo qual se encontram delegadas diversas competências, designadamente para o que aqui importa, autorização da escolha do tipo de procedimento, praticar todos os atos inerentes à abertura e desenvolvimento dos processos de aquisição de bens e serviços, assim como autorizar as despesas inerentes, até ao montante máximo de ,00. No seguimento dos mesmos, o administrador judiciário subdelegou poderes nos Srs. Secretários de Justiça em funções no Tribunal (cfr. Despachos n.ºs 2000/2015, de 5 de fevereiro e 9763/2015, de 18 de agosto, publicados na II Série do Diário da República de 25 de fevereiro e 26 de agosto, respetivamente). São ainda seguidas as orientações emanadas pela Direcção-Geral da Administração da Justiça e difundidas através de Oficio-Circular e outros mecanismos de comunicação. 2. O exercício das competências: dificuldades e vantagens A gestão da Comarca é efetuada pelos respetivos órgãos - Presidente do Tribunal, Magistrado do Ministério Público Coordenador e Administrador Judiciário. Os Regulamentos do Tribunal consagram a gestão descentralizada e a salvaguarda da unidade de decisão e ação estratégica, através da delegação de competências nos órgãos locais, leia-se, Secretários de Justiça. Estrutura organizativa efetiva: A gestão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, tal como dos demais vinte e dois, é assegurada por uma estrutura tripartida, que integra o Juiz Presidente do Tribunal, em quem se encontra centrada a gestão, o Magistrado do Ministério Público Coordenador e o Administrador Judiciário. Página 90

91 O Juiz Presidente do Tribunal possui as competências de representação e direção, de gestão processual, administrativas e funcionais previstas no art.º 94.º, da Lei 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.). O Magistrado do Ministério Público Coordenador, que dirige e coordena a atividade do Ministério Público na Comarca, possui as competências previstas no art.º 101.º, da Lei 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.). O Administrador Judiciário, que atua sempre sob a orientação genérica do Juiz Presidente do Tribunal, salvo quanto aos assuntos que respeitem exclusivamente ao funcionamento dos serviços do Ministério Público, caso em que atua sob a orientação genérica do Magistrado do Ministério Público Coordenador, possui as competências previstas no art.º 106.º, da Lei 62/2013, de 26 de agosto (L.O.S.J.). O Juiz Presidente do Tribunal, o Magistrado do Ministério Público Coordenador e o Administrador Judiciário integram o Conselho de Gestão, cujas competências vêm elencadas no art.º 108.º, da L.O.S.J.. A organização contabilística do Tribunal Judicial da Comarca do Porto assenta nos princípios gerais contabilísticos em vigor bem como nas orientações e determinações emanadas da Direcção-Geral da Administração da Justiça, inexistindo, por agora, manuais de procedimentos de gestão financeira. As orientações são comunicadas aos secretários de justiça com vista à normalização de procedimentos. Em termos administrativos, o sistema organizativo, que ainda se encontra a dar os seus primeiros passos, prevê a disponibilização de controlos relevantes para a atividade contabilística, tendentes à garantia da sua aplicação assente no administrador judiciário, apoiado pelos secretários de justiça colocados nas diversas unidades orgânicas da Comarca. Página 91

92 Quanto à organização do arquivo contabilístico e financeiro, está prevista a centralização mitigada, organizando-se o arquivo principal na sede da Comarca e ficando nas unidades orgânicas descentralizadas, dirigidas pelos secretários de justiça, os elementos estritamente ligados à sua esfera de atuação. O sistema de arquivo intermédio de documentação financeira consiste no conjunto de documentos originais, com uso frequente, que temporariamente ficam à guarda dos respetivos secretários de justiça para efeitos de consulta, prestação de contas e auditoria interna e externa. No final do período contabilístico os documentos relevantes terão como destino o arquivo geral do Tribunal localizado na sua sede. O arquivo financeiro dos documentos de despesa constitui-se através do seguinte método organizativo: Procedimentos aquisitivos; Mapas e documentos contabilísticos. O sistema informático de suporte aos processos de gestão financeira é o GIS (Gestão Integrada de Serviços), que se encontra assente em mecanismos mais ou menos automatizados de geração de movimentos contabilísticos. No que diz respeito às demonstrações financeiras, aguardam-se orientações da Direcção-Geral da Administração da Justiça. A Gestão Financeira é comum a todos os tribunais, constituindo-se numa única entidade de processamento titulada pela Direcção-Geral da Administração da Justiça, que é responsável pela execução do orçamento bem como pela instrução, autorização e disponibilização dos elementos necessários à assunção das despesas. Página 92

93 O Tribunal, confrontado com alguma necessidade e após procedimento prévio de qualificação do fornecedor, solicita aos serviços competentes da DGAJ o registo de cabimento prévio. Verificada a conformidade legal é disponibilizado o número único de compromisso para efeitos de adjudicação de fornecimento. Por fim é feito o lançamento referente ao processamento da despesa no âmbito das necessidades de funcionamento do Tribunal no sistema informático GIS. É a Direcção-Geral da Administração da Justiça que assegura as liquidações e emite os meios de pagamento das respetivas despesas. O sistema contabilístico do Tribunal reside num modelo com dois níveis principais de acessos: O administrador judiciário. Os secretários de justiça. Para a concretização das suas tarefas, no que a estas matérias diz respeito, o Administrador Judiciário é diretamente apoiado por um secretário de justiça. É assegurada a gestão de perfis de utilizador que determinam os referidos níveis de acesso. Na óptica da gestão orçamental, o orçamento, sendo único da titularidade da Direcção-Geral da Administração da Justiça, no cumprimento do principio da Unidade de Tesouraria, depois de aprovado e distribuído de acordo com princípios fixados pela mesma, encontra-se em fase de gestão pelas Comarcas através dos respetivos órgãos. A instrução dos procedimentos pré-contratuais de aquisição de bens e serviços, em cumprimento do estabelecido na contratação pública, é efetuada ao nível da Página 93

94 comarca, bem como a escrituração e controlo de movimentos relativos aos registos contabilísticos tendentes à efectivação da despesa. Verifica-se o cumprimento da regularidade financeira e das formalidades, nomeadamente, inscrição orçamental, correspondente cabimento e compromisso onde constam os encargos prováveis e adequada classificação da despesa, os quais, como já se disse, são previamente autorizados e disponibilizados pela Direcção- Geral da Administração da Justiça. A conta bancária única da Comarca está deviamente integrada na contabilidade com suporte de informação no GIS, sendo movimentada de acordo com as regras definidas pela Direcção-Geral da Administração da Justiça e utilizada para movimentação do Fundo de Maneio constituído destinado a acorrer a situações de carater urgente e inadiável em que não é possível a tramitação do procedimento aquisitivo normal, satisfazendo pagamentos de despesas de pequeno montante. Os movimentos efetuados são refletidos nos registos contabilísticos. Em 30 de junho de 2015 foi apresentada à DGAJ proposta de orçamento para vigorar no ano económico de 2016, ajustando os dados dos quadros com a previsão da despesa. Foi simultaneamente elaborada memória justificativa, fundamentando os valores propostos e as situações consideradas mais relevantes Propostas É absolutamente necessário que seja disponibilizada ao Tribunal Judicial da Comarca do Porto uma plataforma informática de apoio à gestão, designadamente, de cadastro e inventário de bens, gestão de stocks, etc. Advoga-se, também, que o atual processo de registo de faturas na aplicação informática GIS deva ser mais simplificado, designadamente permitindo que a 93 Veja-se Anexo 11. Página 94

95 fatura e a respetiva autorização de pagamento, depois do processo de digitalização, sejam anexados em conjunto. Trata-se de um processo excessivamente burocrático que em nada contribui para a agilização de procedimentos. 4. Aquisições e economato A execução orçamental dos anos de 2014 e 2015, abrangidos por este relatório, manteve-se influenciada pelo impacto da implementação do plano de assistência financeira ao nosso país. A manutenção de um clima de forte restrição e contenção financeira na atividade das estruturas que atualmente compõem o Tribunal juntamente com as constantes alterações legislativas condicionaram não só o planeamento e a execução orçamental como também os níveis de atividade da secretaria judicial ao longo do período. A origem da receita orçamental do Tribunal é 100 % via transferência do orçamento único da Direcção-Geral da Administração da Justiça. Durante o ano de 2014 o atual Tribunal Judicial da Comarca do Porto, encontravase dividido em 37 diferentes contas orçamentais, uma por cada serviço existente à luz da anterior organização judiciária, e dispôs de um orçamento inicial aprovado de ,00 representando um decréscimo relevante face ao ano precedente 94. Porém, através de diversos ajustamentos que se vieram a verificar necessários para assegurar o regular funcionamento dos serviços, o orçamento corrigido ascendeu a ,15, o que correspondeu a uma variação positiva de cerca de 17,65 % face ao orçamento inicial aprovado, em consequência de diversas carências sentidas 94 Veja-se Anexo 12 Página 95

96 e de ajustamentos determinados pelas necessidades de funcionamento do sistema de justiça nos diversos serviços 95. Todavia, se for tido em consideração o valor dos compromissos assumidos ao longo do mesmo período, no montante total de ,38, verifica-se que este valor corresponde a uma taxa de execução de 90,23 % 96. Naturalmente que as diferenças entre o montante dos pagamentos efetuados e o valor total dos compromissos assumidos, no montante de ,01 resultam de diferenças não evidenciadas no programa de gestão orçamental de 2014, sendo que uma pequena parte deles ,57, correspondendo a 13,41 % -, por determinação da Direcção-Geral da Administração da Justiça, foram registados por conta da execução do orçamento de funcionamento de Face ao ano de 2013 ( ,68) verificou-se um crescimento da despesa paga em 2014 de cerca de 8 %. A despesa com a locação de edifícios ascendeu a ,55 e representa 53,11 % da totalidade da despesa paga durante o ano de No ano de 2015, estima-se que esta despesa atinja o valor de ,60 porquanto, fruto da reorganização judiciária, foram cessados diversos contratos de arrendamento, designadamente dos que, até finais do ano de 2014, incidiam sobre os edifícios que eram ocupados pelo Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, pelo Tribunal de Pequena Instância Cível do Porto, pelos Juízos de Execução do Porto e pelos Juízos Cíveis do Porto, o que vai representar uma diminuição da despesa, no que a esta rubrica de classificação económica diz respeito, de pouco mais de 30 %. 95 Idem anexo anterior. 96 Veja-se Anexo 13. Página 96

97 No cômputo geral, o orçamento inicial para o ano de 2015 atribuído pela Direcção- Geral da Administração da Justiça para as despesas de funcionamento do Tribunal, face aos compromissos assumidos em 2014, regista uma diminuição global de 16,81 % 97. A nova realidade estrutural deste Tribunal Judicial da Comarca do Porto, tem ditado necessidades acrescidas que se presumem resultar de uma nova dinâmica de gestão processual, da enorme concentração de serviços e da necessidade de efectuar algumas reparações pelo que, para além do mais, vislumbra-se que a situação financeira pode vir a carecer de novos reforços orçamentais, considerando todos esses factores e a assunção de responsabilidades relativas ao ano de 2014 e o facto de algumas das despesas, que transitaram de ano económico, estarem, por determinação da Direcção-Geral da Administração da Justiça, a ser imputadas ao orçamento de Não fora isso e a incerteza da evolução das políticas orçamentais será expectável alcançar um relativo equilíbrio em termos de execução orçamental. De todo o modo, de uma perspectiva funcional, a estrutura financeira do Tribunal Judicial da Comarca do Porto encontra-se, nesta fase, mais ou menos equilibrada, estando garantida a sustentabilidade das atividades em caso de roturas não estruturais e imprevistas. Os custos com o fornecimento de energia eléctrica, comunicações, limpeza e higiene, vigilância e segurança, papel, envelopes, bem como as prementes e imprescindíveis reparações dos equipamentos, designadamente os de impressão, que estão obsoletos e há muito atingiram o máximo expectável da sua vida útil, têm naturalmente um peso muito importante na estrutura de custos do Tribunal. 97 Veja-se Anexo 14. Página 97

98 Existe uma evidente tentativa para que os fornecimentos e serviços externos diminuam em resultado dos esforços de contenção e racionalização alcançados ao nível de custos de atividade. Os custos fixos ou de estrutura, onde se incluem os custos com electricidade, água, comunicações, limpeza e higiene e de vigilância e segurança ascenderam a ,97 e representaram em 2014, 76,64% de todos os fornecimentos de serviços externos e 68,59% dos custos globais dos respectivos orçamentos dos tribunais (sem locação de edifícios). A despesa com a locação de edifícios, atenta a nova reorganização judiciária, apresentou, como já vimos, uma diminuição considerável face aos anos transatos. No entanto, continua a representar quase metade do valor global do orçamento atribuído, cifrado em 45,25% do mesmo. Em 2015, até à data deste relatório, encontram-se registados compromissos assumidos no montante de ,25, sendo que ,50 (51,87 %) correspondem a rendas de edifícios e ,57 (3,73 %) a despesas de anos findos 98. Relativamente à Execução Orçamental de 2015, o Tribunal Judicial da Comarca do Porto, dispôs de um orçamento inicial aprovado de ,00, o qual continuou a representar um decréscimo relevante face aos compromissos assumidos no ano anterior (menos 16,81 %). Como atrás referido, por determinação da Direcção-Geral da Administração da Justiça, parte das despesas do ano de 2014 foram suportadas pelo orçamento de funcionamento de Contudo, visando minimizar este impacto orçamental negativo, foi atribuído um reforço de dotação para determinadas rubricas, no montante total de ,03. O referido reforço ficou muito aquém do valor 98 Veja-se Anexo 15. Página 98

99 global necessário para cobrir a totalidade das responsabilidades que transitaram do ano económico anterior, as quais ascenderam ao valor de ,57, representando apenas cerca de 25,00 % do seu valor 99. Com a execução do orçamento a decorrer, e para assegurar o regular funcionamento dos serviços, foi necessário proceder a várias alterações ao orçamento afeto ao Tribunal. Esta necessidade foi surgindo quando as dotações atribuídas a algumas rubricas não se manifestavam suficientes para cobrir as despesas que são feitas e as que se mostram previsíveis até ao final do ano económico traduzidas na necessidade de transferências de verbas entre rubricas e de reforço para outras rubricas. Diferenciam-se as alterações orçamentais que não implicaram uma alteração da dotação global do orçamento, por apenas se traduzirem num reforço de dotação de certas rubricas por contrapartida da diminuição de outras rubricas, quantificadas no valor de ,82, das que efetivamente implicaram alteração positiva da dotação global do orçamento, resultantes de pedido de reforço bem como do reforço orçamental atribuído pela DGAJ, os quais ascendem ao montante total de , Face às alterações orçamentais acima descritas, em 31 de agosto de 2015, o orçamento corrigido fixou-se em ,19, que se traduziu numa variação positiva de 3,68 % face ao orçamento inicialmente aprovado. O valor dos compromissos assumidos neste período totalizaram o montante de ,25, distribuídos nas seguintes classificação de despesas. Aquisição de bens: ,37; Aquisição de serviços: ,30; Transferências correntes 99 Veja-se Anexo Veja-se Anexo 17 Página 99

100 Família: 1.101,55; e Outras Despesas Correntes Diversos: 286,03, correspondendo este valor a uma taxa de execução de 68,74% 101. Com efeito, cada duodécimo do orçamento corrigido corresponde ao montante de ,02 que, multiplicado pelos oito meses já decorridos, representa ,16 que corresponde ao valor global de duodécimos já vencidos. O montante dos compromissos assumidos no mesmo período equivale a uma diferença, para mais, de ,09. Verifica-se assim que o valor da despesa assumida nestes oito primeiros meses do ano de 2015 ultrapassa em 3,11 % o montante global dos duodécimos já vencidos. Assim, mantendo-se esta trajetória, o orçamento atribuído poderá revelar-se ligeiramente insuficiente para fazer face às despesas sem prejuízo de se admitir, nesta fase, eventuais imprevistos que coloquem em causa a bondade desta conclusão. 101 Veja-se Anexo 18 Página 100

101 VI. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS 1. Instalações Como referido no ponto 1. do capítulo III, relativo à nova inserção territorial das jurisdições, o Tribunal Judicial da Comarca do Porto tem as suas secções sediadas nos municípios do Porto, Gondomar, Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia. Núcleo do Porto No Porto ficou sediado o Tribunal de Execução de Penas, a 1.ª Secção Cível, a 1.ª Secção Criminal, a 1.ª Secção de Instrução Criminal, a 1.ª Secção de Família e Menores, a 1.ª Secção do Trabalho, a 1.ª Secção de Execução, e uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em secção cível, secção criminal e secção de pequena criminalidade. A 1.ª Secção Cível, a 1.ª Secção do Trabalho, a 1.ª Secção de Execução, todas da Instância Central, e Secção de Competência Genérica Cível estão instaladas nos diversos pisos do Palácio da Justiça do Porto, sito em Campo Mártires da Pátria. Trata-se de um edifício com 8 pisos, construído de raiz na década de 50 e propriedade do IGFEJ, IP. Na parte destinada à primeira instância 102, existem, para além de gabinetes e dos espaços onde estão instaladas as unidades de processos, dez salas de audiências, sala de juntas médicas, sala do centro informático, salas de economato e vários espaços de arquivo, existindo, também, estacionamento privativo. Dispõe de sistema de intrusão, de sistema de ar condicionado e de sistema de detecção de incêndios, não tendo acessos para deficientes motores. 102 No Palácio da Justiça do Porto estão, também, instalados o Tribunal da Relação do Porto e a Procuradoria-Geral Distrital do Porto. Página 101

102 Apresenta graves problemas ao nível do telhado, o que dá origem a infiltrações de águas pluviais. Apresenta, igualmente, graves problemas ao nível da cobertura do parque de estacionamento, o que dá, também, origem a infiltrações de águas pluviais para as zonas de arquivo. O Tribunal de Execução de Penas encontra-se instalado em vários andares do edifício sito no n.º 122 da Rua João das Regras, onde, também se encontra instalada a Secção de Pequena Criminalidade. Trata-se de um edifício de 8 andares, propriedade do IGFEJ, IP. Não dispõe de espaço adequado para depósito de bens/objetos apreendidos e/ou penhorados. O espaço destinado ao arquivo é insuficiente para acondicionar os processos do Tribunal de Execução das Penas e da Secção da Pequena Criminalidade. Neste momento o arquivo está completamente sobrelotado e o espaço que se espera ver libertado, por força da eliminação que está a ser levada a efeito, não é suficiente para acondicionar o que falta receber. Dado o seu mau estado, há necessidade de fazer uma reparação geral na rede eléctrica e informática do edifício, sob pena de poder estar em causa o normal funcionamento dos serviços ali instalados. No que diz respeito à segurança, o edifício não dispõe de serviço de Vigilância e Segurança ativa contratada, situação que não tem qualquer justificação e importa resolver. Com efeito, atendendo ao tipo de matérias tratadas no Tribunal de Execução das Penas e na Secção da Pequena Criminalidade, bem como ao habitual fluxo de pessoas externas aos serviços (para julgamentos em causas do foro criminal, onde Página 102

103 para além dos intervenientes processuais é frequente a comparência de muitas outras pessoas, o que por vezes causa situações de conflito, que extravasam a capacidade interna de gestão), torna-se absolutamente necessário dotar o edifício de um serviço de Vigilância e Segurança, garantido por empresa da especialidade, à semelhança do que já acontece noutros edifícios. Ainda ao nível das instalações, refira-se que o edifício não dispõe de Sistema de Deteção de Incêndio. Torna-se essencial fazê-lo com a maior brevidade possível, considerando, para além do mais, que a rede elétrica e informática está muito degradada e os fios/cabos andam soltos pelo chão das secções, já tendo provocado alguns curto-circuitos, o que potencia a deflagração de incêndio. O mesmo sucede em relação às celas, que também não têm o sistema de Deteção de Incêndio, o que já causou alguns problemas. Refira-se, também, que as celas não estão apetrechadas com o sistema de alarme, o que é imprescindível fazer-se. Reporta-se a sua necessidade, até porque o assunto foi abordado na Nota Interna recentemente divulgada sobre a Inspecção aos locais de detenção sob a responsabilidade dos Tribunais. O edifício encontra-se dotado de sistema de ar condicionado. Porém, os equipamentos são muito velhos e alguns deles já nem sequer respeitam as atuais exigências legais. A 1.ª Secção Criminal encontra-se instalada no edifício de São João Novo, propriedade do Estado (IGFEJ, IP), onde já funcionavam as antigas Varas Criminais do Porto. Página 103

104 Trata-se de um antigo convento de 3 pisos, que, para além dos espaços das unidades de processos, dispõe de gabinetes para magistrados, de cinco salas de audiências, de biblioteca, de sala de advogados, de gabinetes de inspecções, de salas de objectos apreendidos, de vários espaços de arquivo e de 5 celas. Está equipado com sistema de intrusão, não tendo sistema de detecção de incêndios, sistema de ar condicionado nem acessos para deficientes motores. Apresenta graves problemas ao nível do telhado e das instalações elétricas, que não são adequadas às atuais exigências, pois foram dimensionadas para a anterior organização judiciária. Com efeito, atualmente desempenham funções no edifício de São João Novo sensivelmente o dobro das pessoas que o faziam antes de 1 de setembro de A 1.ª Secção de Instrução Criminal encontra-se instalada no piso 1 do Edifício arrendado à Caixa Geral de Depósitos, sito na Rua de Camões, n.º 139 a 155, e na Rua Gonçalo Cristóvão, n.º 287 a 297. Trata-se de um edifício constituído por 12 pisos, onde, também, funcionam as 12 secções do DIAP do Porto e a respectiva direcção, tendo sido adaptado para o efeito, e o Balcão Nacional de Arrendamento e o Balcão Nacional de Injunções. Dispõe de gabinetes para magistrados, gabinetes de inquéritos, de salas de videoconferência, de salas de testemunhas, de bibliotecas e salas de reuniões, de salas de advogados, de sala de bastidores, de salas de economato e arquivo, de espaços de arquivo, de estacionamento/garagem (incluindo para carros celulares), de zonas de detidos e de 8 celas. Está equipado com sistema de ar condicionado, sistema de intrusão e sistema de detecção de incêndios, dispondo, também, de acessos para deficientes motores. Página 104

105 A 1.ª Secção de Família e Menores encontra-se instalada num edifício adaptado sito na Rua Barão de Forrester, n.º 862 a 888. Trata-se se uma velha construção pré-fabricada de dois pisos, que, para além do espaço das unidades de processos e de gabinetes para magistrados, dispõe de três salas de audiências, de duas bibliotecas, de sala de advogados, de sala para crianças, de duas salas de economato e de uma sala de informática. O edifício está equipado com sistema de ar condicionado, não dispondo de sistema de intrusão, de sistema de detecção de incêndios nem de acessos para deficientes motores. A cobertura é em placas de fibrocimento, degradadas, importando averiguar se contêm amianto. O edifício de Barão Forrester apresenta graves deficiências a nível construtivo, rede eléctrica e informática. Em época de chuvas a água entra através da cobertura, havendo necessidade de colocar baldes em pontos estratégicos para fazer a sua recolha e evitar a inundação dos espaços. Acresce que a humidade resultante dessas infiltrações provoca curto-circuitos. São frequentes as situações de falha de corrente eléctrica e é constante o cheiro a mofo nos gabinetes dos magistrados e nas secções de processos. Foram prometidas obras de substituição e remodelação da cobertura para o verão de 2015, o que não se verificou, não tendo sido prestada qualquer explicação aos órgãos de gestão da Comarca. O edifício não dispõe de espaço adequado para depósito de bens/objectos apreendidos e/ou penhorados. Página 105

106 Não dispõe, igualmente, de espaço para arquivo de processos. O acervo arquivístico dos processos da referida Secção da Instancia Central de Família e Menores teve, pois, de ser deslocado para o edifício do Arquivo Central de Delfim Ferreira, o que condiciona negativamente a gestão dos atos a praticar nos processos, nomeadamente em termos da sua movimentação e/ou emissão de certidões após o arquivo. A solução do problema passa por dotar o armazém contíguo às instalações das condições necessárias para servir de arquivo e sala de espólios. O edifício dispõe de um logradouro, cuja área ajardinada se tem procurado manter limpa e segura através do recurso à prestação de serviço comunitário. Embora essa solução tenha impacto positivo ao nível do orçamento da Comarca, o balanço não tem, porém, sido satisfatório. Com efeito, requerendo o serviço mão-de-obra qualificada, que não tem sido facultada, teme-se que, muito em breve, o logradouro volte a estar na situação de degradação em que se encontrava aquando da entrada em funções dos órgãos de gestão da comarca. Importa referir que o edifício não dispõe de iluminação exterior, o que tem provocado acidentes sobretudo no inverno, uma vez que à hora de saída dos Magistrados e Funcionários já é noite e a zona é muito escura. Urge, pois, que se proceda à iluminação do percurso entre o edifício propriamente dito e o portão de acesso à via pública. Ao nível da segurança, salienta-se que não dispõe de Sistema de Detecção de Incêndio. Página 106

107 Importa dota-lo rapidamente, considerando, para além do mais, os problemas existentes na rede eléctrica resultantes da humidade proveniente da cobertura, o que potencia o risco de deflagração de incêndio O edifício também não dispõe de rampas de acessos para deficientes motores. Importa, pois, dotar o acesso ao 1º piso do edifício das condições de acessibilidade para os deficientes motores, sugerindo-se que tal seja feito aquando da execução das prometidas obras. Finalmente, a secção de competência genérica criminal encontram-se instaladas, respectivamente, no edifício sito na Rua do Bolhão n.ºs 17 a 25, onde já funcionam os Juízos Criminais, e no edifício sito na Rua João das Regras n.º 222, este em partilha com o Tribunal de Execução de Penas. O primeiro, propriedade do Estado (IGFEJ, IP), é um edifício adaptado constituído por 9 pisos. Dispõe de gabinetes para magistrados, de seis salas de audiências, de cinco salas de testemunhas, de quatro gabinetes de inspecções, de sala de advogados, de duas salas de economato, de sala de videoconferência, de sala de informática, de arrumos, de arquivo geral, de dois espaços de arquivo e de duas celas. Dispõe, também, de estacionamento/garagem. Está equipado com sistema de ar condicionado, sistema de intrusão e sistema de detecção de incêndios, faltando IS adaptada quanto ao acesso para deficientes motores. O segundo, como vimos, é um edifício com 8 pisos, propriedade do Estado (IGFEJ, IP). Página 107

108 Para além do espaço destinado às unidades de processos e dos gabinetes dos magistrados, dispõe de 3 salas de audiências, 3 salas de testemunhas, 2 gabinetes de inspecção, sala de formadores, salas de reuniões, sala de videoconferência, 4 espaços de arquivo, 1 espaço de arrumo grande, e tem 3 celas. Está equipado com sistema de intrusão, sistema de ar condicionado e sistema de detecção de incêndios, faltando IS adaptada para o acesso de deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção. A limpeza dos edifícios do Núcleo do Porto são assegurados pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito. Núcleo de Gondomar Em Gondomar ficou sediada a 2.ª Secção de Família e Menores da Instância Central e uma secção de competência genérica, desdobrada em secção cível e secção criminal. A 2.ª Secção de Família e Menores e a Secção de Competência Genérica Criminal ficaram instaladas no Palácio da Justiça de Gondomar. Trata-se de um edifício adaptado de dois andares, cedido em 1996 ao Ministério da Justiça pela Câmara Municipal de Gondomar e que beneficiou de obras profundas, cuja conclusão se verificou muito recentemente. Está equipado com sistema de intrusão e sistema de ar condicionado, dispondo, também, de acessibilidades para deficientes motores. Antes das obras ali realizadas, para além dos espaços das secretarias e dos gabinetes de magistrados, dispunha de 4 salas de audiências, de 4 salas de testemunhas, de biblioteca/gabinete de magistrado, de 1 sala de espólio, de um arquivo geral e de mais 7 espaços de arquivo (2 deles também utilizados como salas de espólio e inspecções) e de 2 celas. Página 108

109 Após as obras, passou a dispor de 5 salas de audiências, ficou dotado com estantes compactas no arquivo, o que aumento o respetivo espaço, e beneficiou do aumento da área das unidades de processos. Por sua vez, a Secção de Competência Genérica Cível foi instalada no local onde funcionava o Tribunal do Trabalho, propriedade do IGFEJ, IP. Tratando-se de um primeiro andar de um condomínio habitacional e comercial, não é o local indicado para ali funcionar um tribunal. Beneficiou, também, de obras profundas, cuja conclusão, igualmente, se verificou muito recentemente. Antes das obras, para além dos espaços das secretarias e dos gabinetes de magistrados, dispunha de 1 sala de audiências, de 1 sala de testemunhas, de biblioteca, de 1 sala de exames médicos e de 1 sala de inspeções, tendo apenas o arquivo geral. Após as obras, passou a dispor de 4 gabinetes de magistrados e de duas salas de audiências. Está equipado com sistema de intrusão e de detecção de incêndios, não dispondo de acessibilidades para deficientes motores. A limpeza dos edifícios é assegurada pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito. Núcleo da Maia Na Maia foram instaladas a 2.ª Secção do Trabalho, a 2.ª Secção de Execução, ambas da Instância Central, e uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em Secção Cível e Secção Criminal, e duas secções do Departamento de Investigação e Acção Penal. Página 109

110 A 2.ª Secção de Execução e a Secção de Competência Genérica, quer Cível, quer Criminal, ficaram instaladas num edifício arrendado de 10 pisos, onde já funcionava o Tribunal da Maia, tendo sido adaptado para esse efeito. Para além do espaço destinado às unidades de processos e de gabinetes de magistrados, dispõe de cinco salas de audiências (uma das quais funciona como sala de reconhecimento), de uma sala de testemunhas, de uma sala de videoconferência, de sala de advogados, de sala de espólio, de dois gabinetes de informática, dois gabinetes de inspecções, de salas de arrumos, de arquivo geral e de mais alguns espaços de arquivo, e de duas celas. Dispõe, também, de estacionamento/garagem (e 1 lugar para a viatura celular). O edifício está equipado com sistema de ar condicionado, não dispondo de sistema de intrusão nem de acessos para deficientes motores ou pessoas com dificuldades de locomoção. Num outro edifício, contiguo àquele e, também, arrendado, funciona o DIAP e estão alojados os gabinetes dos magistrados do Ministério Público. Trata-se de um edifício de 3 pisos que apenas tem gabinetes. Não dispõe de sistema de detecção de incêndios, de sistema de intrusão nem de sistema de ar condicionado, não dispondo, também, de acessibilidades para deficientes motores ou pessoas com dificuldades de locomoção. A 2.ª Secção do Trabalho ficou instalada num rés-do-chão de um centro comercial, onde já funcionava o Tribunal do Trabalho antes da reforma. O espaço, também arrendado, dispõe, para além do espaço destinado às unidades de processos e dos gabinetes de magistrados, de uma sala de audiências, de uma sala de testemunhas, de biblioteca, de sala de exames médicos, de sala de informática, de sala de arrumos e de um arquivo geral. Página 110

111 Está equipado com sistema de ar condicionado, sistema de detecção de incêndios e sistema de intrusão e dispõe de acessibilidades para deficientes motores ou pessoas com dificuldades de locomoção. No Núcleo da Maia existe também um armazém para recolha de veículos, com cerca de m2, que atualmente tem em depósito 49 viaturas automóveis; 40 motorizadas e diversas partes/componentes de motorizadas. Em termos de ar condicionado, existe um centralizado (muito antigo) no Edifício principal. Porém, vários radiadores encontram-se fechados em virtude dos tubos de água terem rebentado. No Edifício do DIAP não existe ar condicionado ou qualquer outro meio de climatização. No Edifício do Trabalho existe ar condicionado recente, com aparelhos individuais nas diversas salas. A limpeza dos edifícios do Núcleo são assegurados pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito. Núcleo de Matosinhos Em Matosinhos ficaram sediadas a 2.ª Secção de Instrução Criminal, a 3.ª Secção de Família e Menores, a 3.ª Secção do Trabalho, todas da Instância Central, e uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em Secção Cível e Secção Criminal, e três secções do Departamento de Investigação e Acção Penal. Transitoriamente, na sequência da sua deslocação provisória, ali ficou, também, sediada a 2.ª Secção Criminal da Instância Central. Com excepção da 3.ª Secção de Família e Menores, que ficou, em parte, instalada nas antigas instalações do Tribunal de Família e Menores, todas as demais ficaram instaladas no Palácio da Justiça. Página 111

112 Trata-se de um edifício de 4 pisos, construído de raiz em 2000 e propriedade do Estado (IGFEJ, IP). Para além do espaço onde funcionam as unidades de processos, dispõe de 10 salas de audiências, de gabinetes de magistrados, de 13 salas de testemunhas, de biblioteca, de sala de advogados, de sala de reuniões, de gabinetes de inspecções, de gabinetes de informática, de sala de espólio, de espaços de arquivo e de 3 celas. Está equipado com sistemas de ar condicionado, de detecção de incêndios e de intrusão, de acessibilidades e dispõe de acessibilidades para deficientes motores ou pessoas com dificuldades de locomoção. A limpeza do edifício é assegurada pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito. Quanto ao local onde ficou instalada uma das unidades da 3.ª secção de Família e Menores, trata-se de um espaço arrendado no piso 5.º de um edifício em regime de propriedade horizontal. Actualmente, dispõe de uma sala de audiências 103, quatro gabinetes de magistrados, espaços onde funcionam a unidade de processos, o servidor do sistema informático e um arquivo. Não está equipado com sistemas de ar condicionado, de detecção de incêndios e de intrusão, não dispondo, também, de acessibilidades para deficientes motores ou pessoas com dificuldades de locomoção. Não oferece as necessárias condições para aí funcionarem eficazmente as três Unidades de Processos e uma do Ministério Público. 103 A presidência da Comarca, dadas as características do espaço e à necessidade de ali exercerem funções três juízes, mais um do que no antigo Tribunal de Família e Menores de Matosinhos, optou por sacrificar uma das salas de audiências, única forma de viabilizar o referido aumento do número de magistrados. Página 112

113 Desde logo, a falta de espaço não permite a autonomização da Unidade Central, o que é negativo para a eficiência dos serviços. Não dispõe, também, de qualquer espaço para instalar o economato. A limpeza do edifício é assegurada pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito. As condições de segurança existentes são inadequadas e insuficientes. Não se teve em devida conta a circunstância de nas marcações de audiências das três Unidades de Processos se juntarem necessariamente inúmeras pessoas que se dividem pelo corredor e pela saída para os elevadores, por existir apenas uma sala de espera, que não é suficiente. A situação potencia conflitos entre os intervenientes processuais, designadamente entre progenitores de menores. Dada a gravidade da situação, a mesma deverá ser resolvida com urgência, disponibilizando espaços suplementares à Secção, como oportunamente proposto. Porém, ainda não se encontra concluído o processo de arrendamento das duas salas existentes no andar onde funciona a Secção, o que não tem justificação. Núcleo da Póvoa de Varzim Na Póvoa de Varzim ficaram sediadas a 2.ª Secção Cível da Instância Central e a Secção de Competência Genérica Cível, ambas instaladas no Palácio da Justiça, sito no Largo das Dores, onde também foi instalada uma secção do Departamento de Investigação e Acção Penal. Trata-se de um edifício de três pisos, propriedade do Estado (IGFEJ, IP), que beneficiou de diversas intervenções no sentido de acolher a Instância Central Cível, Instância Local Cível e os serviços do DIAP-Ministério Público. Página 113

114 Para além do espaço onde funcionam as unidades de processos, dispõe de 4 salas de audiências, gabinetes de magistrados, biblioteca, sala de advogados, salas de economato, sala de informática, arquivo geral e duas celas. São seis os gabinetes destinados aos juízes da Secção Cível da Instância Central. São quatro os gabinetes destinados aos juízes da Instância Local Cível. O edifício conta ainda com dois gabinetes para os procuradores da república que exercem funções naquelas duas secções. Dispõe, também, de quatro gabinetes para os procuradores adjuntos do DIAP, de um gabinete para as inspeções e de dois gabinetes para inquirições no âmbito de Inquéritos. Como oportunamente reportado, quatro salas de audiências são insuficientes suficientes para o funcionamento das secções instaladas no Palácio da Justiça da Povoa de Varzim. Foi, pois, necessário proceder a um escalonamento dos dias disponíveis de sala por cada magistrado, dispondo cada um deles cerca de 1 dia e meio de sala por semana, situação que não permite uma eficiente gestão das marcações e continuações das audiências de julgamento. Aguarda-se que seja dado início à construção de mais salas de audiência nas traseiras do edifício onde se situa o parque de estacionamento, em particular as duas salas provisórias que o IGFEJ diz pretender fazer até setembro de 2016, isto é até daqui a um ano. Entretanto, a situação irá manter-se, com as consequentes repercussões altamente negativas em termos de eficiência, que poderiam ter sido atempadamente evitadas pelo Ministério da Justiça. Página 114

115 Aguarda-se a realização de tais obras para que seja aumentado o número de WCs, de todo insuficientes. Continua a verificar-se a necessidade de substituir o telhado de cobertura do edifício em amianto por outro adequado que proteja a saúde de todos os que aqui trabalham. No que diz respeito às Unidades Processuais, a Unidade Central, composta por três funcionários, encontra-se instalada na entrada das UP e tem o espaço adequado. A Instância Central Cível é neste momento composta por duas UP, dividida por armários, cada uma com seis funcionários, sendo o espaço mínimo. A Instância Local Cível, é composta por duas UP, dividida por armários, cada uma com cinco funcionários, sendo o espaço adequado. Por sua vez, os serviços do DIAP-Ministério Público, que contam com seis funcionários, dispõem de um espaço reduzido. Estão inseridos no edifício dois arquivos que neste momento se encontram lotados, aguardando o procedimento para contratação junto do IEFP de técnicos em regime de contrato de emprego de inserção que irão ajudar na eliminação de processos e catalogação dos que serão remetidos para o arquivo distrital/central. Tem ainda ao seu dispor um armazém onde são guardados todos os objectos apreendidos à ordem dos processos. O edifício está equipado com sistema de ar condicionado, que se encontra instalado em todo o edifício. Por vezes verificam-se algumas avarias. Está, também, equipado com sistemas de deteção de incêndios. Possui rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida e elevador que serve os três pisos. Página 115

116 Não dispõe de sistema de intrusão, o que prejudica seriamente a segurança do Tribunal, tanto mais que desde 2012 o lugar de Oficial Porteiro não foi provido, nem substituído por uma empresa de segurança. Importa referir que são agendados diariamente numerosos julgamentos e diligências, entre as várias UP, por vezes com a intervenção de um elevado número de testemunhas, sendo por isso frequentes as situações em que se aglomeram no átrio do edifício muitas pessoas. Não existe, porém, nenhum funcionário que assegure a permanência das partes e dos intervenientes processuais nos locais próprios durante as chamadas para os diversos atos processuais e enquanto as testemunhas aguardam a sua chamada para prestarem os depoimentos. Sucede frequentemente que algumas pessoas se dirigirem desnecessária e inconvenientemente ao piso superior, aos acessos das diversas salas de audiência, antes das respetivas chamadas, ocorrendo, por vezes, que vitimas e testemunhas sejam confrontadas, importunadas e até constrangidas por outras testemunhas ou partes processuais, fatos que atentam contra a sua segurança e tranquilidade. O Núcleo da Povoa de Varzim conta no seu quadro com uma auxiliar de limpeza que tem a seu cargo todo o 1º piso do edifício, onde se encontram os gabinetes dos Srs. Juízes, biblioteca, dois Wcs, e as quatro salas de audiências. Dispõe ainda de duas pessoas contratadas para fazer três horas cada, que procedem à limpeza da totalidade do rés-do-chão, onde estão situadas as quatro UPs e Unidade Central e ainda os serviços do DIAP, bem como sete gabinetes dos Srs. Procuradores e dois gabinetes de inquirições, três Wcs. Núcleo de Vila do Conde No Palácio da Justiça de Vila do Conde, sito na Praça Luís de Camões, ficaram instaladas uma das Unidades da 3.ª Secção de Família e Menores, da Instância Página 116

117 Central, e a Secção de Competência Genérica Criminal, bem como uma secção do Departamento de Investigação e Acção Penal. Trata-se de um edifício de três pisos, propriedade do Estado (IGFEJ, IP), e construído de raiz em Beneficiou de diversas intervenções no sentido de acolher a Instância Central e Local Criminal e os serviços do DIAP-Ministério Público. No entanto, dada a sua manifesta exiguidade, a Instância Central Criminal teve, como proposto, de ser deslocalizada transitoriamente para Matosinhos, onde ainda se mantém. Para além do espaço onde funcionam as unidades de processos e dos gabinetes de magistrados, dispõe de três salas de audiências, de três salas de testemunhas, de sala de advogados, de sala de inspecções, de sala de economato, de sala de informática, de sala de espólio, de duas salas de arrumos, de dois espaços de arquivo e de 3 celas. Conta com três gabinetes para os juízes da Secção Criminal da instância local. Com quatro gabinetes para os juízes e procuradores da Instância Central de Família e Menores. Com sete gabinetes distribuídos pela Procuradora da República e pelos Procuradores Adjuntos. Conta, ainda, com três gabinetes que se encontram a servir de salas de inquirições, sendo que dois deles são adequados para gabinetes de magistrados, muito embora não disponham de mobília condigna. Não existe biblioteca, encontrando-se as estantes que deveriam compor a mesma nos corredores interiores de acesso. Página 117

118 São três as salas de audiência ali existentes, de dimensões diversas e com as condições adequadas. O mobiliário de duas delas encontra-se em bom estado, no entanto a sala de maior dimensão tem as cadeiras muito degradadas. Conta, igualmente, com duas salas onde a ordem dos advogados tem o seu espaço para atendimento e reuniões. A Unidade Central, composta por cinco funcionários, encontra-se no piso de entrada e tem o espaço adequado. A Instância Local Criminal, situada no 1º piso, composta por três UP, dividida por armários, com quatro/cinco funcionários cada, tem um espaço reduzido. Apesar das obras de intervenção para a reorganização judiciária, não foi providenciado o espaço necessário, pelo que os funcionários das UP2 e UP3 não estão na direcção do público, fazendo com que a UP1 esteja sempre em contacto directo com o público e seja esta que faz de interlocutor com as restantes UPs ao atendimento ao público A Instância Central de Família e Menores encontra-se no piso de entrada, tendo um acesso próprio, com espaço adequado para os cinco funcionários de cada UP ali a trabalhar. Os serviços do DIAP-Ministério Público encontram-se também no piso de entrada, tendo ao seu serviço dez funcionários, um dos quais na Unidade Central, sendo o espaço disponível reduzido. Estão inseridos no edifício os arquivos de processos, que neste momento se encontram lotados. Tornou-se, pois, necessário aproveitar os corredores internos de acesso aos gabinetes e salas de audiência para guardar os processos emaçados, aguardando-se o procedimento para contratação junto do IEFP de técnicos em Página 118

119 regime de contrato de emprego de inserção que irão ajudar na eliminação de processos e catalogação dos que serão remetidos para o arquivo distrital/central. Todos os objetos se encontram guardados em salas anexas, não arejadas, por falta de armazém para guardar os objetos apreendidos à ordem dos processos, tendo-se já recusado o respetivo recebimento por falta de espaço. O edifício possui rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida e elevador que serve os três pisos. Encontra-se instalado o sistema de ar condicionado em todo o edifício, sofrendo por vezes de algumas avarias. O edifício possui segurança privada, por contratação efetuada pela administração central. O Núcleo tem no seu quadro uma auxiliar de limpeza e uma funcionária contratada que tem a seu cargo todo o edifício. O edifício dispõe de acesso para deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção. Núcleo de Santo Tirso Como vimos, em Santo Tirso ficaram sediadas a 1.ª Secção de Comércio, a 4.ª Secção de Família e Menores e uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em Secção Cível e Secção Criminal, e duas secções do Departamento de Investigação e Acção Penal. A 1.ª Secção de Comércio, a 4.ª Secção de Família e Menores e a Secção Criminal da Instância Local ficaram instaladas no Palácio da Justiça sito na Rua General Humberto Delgado, tendo a Secção Cível da Instância Local ficado instalada nas instalações do antigo Tribunal do Trabalho, na Rua Dr. José Cardoso de Miranda, 126, 1.º. Página 119

120 O edifício do Palácio da Justiça é propriedade do Estado (IGFEJ, IP), tendo sido construído de raiz em Trata-se de um edifício de 3 pisos que, para além do espaço onde funcionam as unidades de processos e os gabinetes de magistrados, dispõe de três salas de audiências, de sala de advogados, de sala de videoconferência, de salas de economato, de sala de informática, de salas de arrumos, de arquivo geral e de 3 celas. É composto por uma cave e dois pisos, tem 57 anos (foi inaugurado em 11 de Maio de 1959) e está instalado dentro da localidade e com acesso a transportes públicos. O espaço disponível é manifestamente insuficiente para a instalação de todas as instâncias de acordo com a Lei da Organização Judiciária que entrou em vigor em Setembro de Sendo um edifício dos anos 50 o mesmo carece imperiosamente de várias obras de conservação/ reparação para o exercício e modernização da Justiça. A sua limpeza é assegurada através de pessoal de empresa especializada contratada para o efeito (3 pessoas em horário pós laboral). O edifício dispõe de elevador, que apresenta avarias frequentes, não oferecendo a devida segurança aos utilizadores. Está equipado com sistemas de ar condicionado e acesso para deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção, não dispondo de sistema de intrusão. Não possui detetor de metais. A segurança é assegurada, em horário laboral, por um elemento da empresa contratada para o efeito. Em termos de sistema anti-incêndio, apenas existem extintores e mangueiras. Página 120

121 Por sua vez, as instalações da Rua Dr. José Cardoso de Miranda, 126, também propriedade do Estado (IGFEJ, IP), estão inseridas no primeiro andar de um edifício de habitação constituído por vários pisos, adaptado para ali funcionar o Tribunal. Dispõe, para além do espaço onde funcionam as unidades de processos e dos gabinetes de magistrados, de uma sala de audiências, de biblioteca, de sala de advogados, de sala de juntas médicas, de sala de economato, de sala de informática, de salas de espera, de arquivo geral e de 2 espaços de arquivo. Não está equipado com sistemas de ar condicionado, de intrusão e de deteção de incêndios (apenas existem extintores e mangueiras), nem tem acessos para deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção. A sua limpeza é assegurada através do recurso da bolsa de horas do contrato em vigor da empresa CT Limpe. Verificam-se infiltrações de água na única sala de audiências, na biblioteca e no átrio. Em Santo Tirso existe ainda um armazém/arquivo, arrendado, sito na Rua do Orgal 315 JT AZ. Núcleo de Valongo Em Valongo ficou sediada a 4.ª Secção do Trabalho, uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em Secção Cível e Secção Criminal, e uma Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal. Encontram-se instaladas no edifício do Tribunal de Valongo, sito na Av. Emídio Navarro, 291. Trata-se de um edifício arrendado de 5 pisos. Página 121

122 Para além do espaço onde funcionam as unidades de processos e dos gabinetes de magistrados, tem cinco salas de audiências, oito salas de testemunhas, biblioteca, duas salas de advogados, duas salas de videoconferência, gabinete de inspeções, salas de espólio, sala de informática, salas de arrumos, espaços de arquivo, estacionamento/garagem e celas. Está equipado com sistemas de ar condicionado, de intrusão e de detecção de incêndios e tem acesso para deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção. O Núcleo tem ao serviço quatro auxiliares de limpeza contratadas que têm a seu cargo a limpeza de todo o edifício. Núcleo de Vila Nova de Gaia Em Vila Nova de Gaia ficaram sediadas a 3.ª Secção Cível, a 3.ª Secção Criminal, a 5.ª Secção de Família e Menores, a 5.ª Secção do Trabalho, a 2.ª Secção de Comércio, todas da Instância Central, e uma Secção de Competência Genérica, desdobrada em Secção cível e Secção criminal, e quatro Secções do Departamento de Investigação e Acção Penal. Com excepção da 2.ª Secção de Comércio, que ficou instalada no edifício onde já funcionava o Tribunal do Comércio, todas as demais secções foram instaladas no Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia, sito na Rua Conselheiro Veloso da Cruz, n.º 801. Trata-se de um edifício de 9 pisos, construído de raiz em 1997 e propriedade do Estado (IGFEJ, IP). Para além do espaço onde funcionam as unidades de processos e dos gabinetes de magistrados, está dotado de 12 salas de audiências, biblioteca, sala de videoconferências, salas de inquéritos, sala de economato, espaços de arquivo e 4 celas. Página 122

123 Está equipado com sistemas de ar condicionado, detecção de incêndios e intrusão, dispondo, também, de acessibilidades para deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção. A limpeza do edifício é assegurada pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito. Quanto ao edifício onde ficou instalada a 2.ª Secção de Comércio, sito na Av. da República, n.º 521/541, é constituído por vários andares em regime de propriedade horizontal, sendo o piso 0, todo ele ocupado pela referida secção, também propriedade do Estado (IGFEJ, IP). Dispõe, para além do espaço onde funcionam as unidades de processos e dos gabinetes de magistrados, de 2 salas de audiências, de 2 salas de testemunhas, de uma sala de advogados e de um arquivo geral. Está equipado com sistemas de ar condicionado, detecção de incêndios e intrusão, tendo, igualmente, acessibilidades para deficientes motores e pessoas com dificuldades de locomoção. A limpeza do edifício é assegurada pelos serviços prestados pela CT-Limpe contratada centralmente para o efeito Necessidades estruturais (com referência aos diversos núcleos municipais) Logo que os órgãos de gestão tomaram posse, feito um primeiro levantamento às instalações dos principais Tribunais da Comarca do Porto, foram identificadas diversas situações que iriam, não sendo rapidamente resolvidas, bloquear o funcionamento de algumas secções da comarca, com enormes e graves prejuízos, quer para os utentes dos Tribunais, quer para a imagem da Justiça. Página 123

124 Com vista à sua resolução, todas elas foram atempadamente reportadas ao Ministério da Justiça 104, concretamente as seguintes: 2.ª Secção Criminal da Instância Central, com sede no Palácio da Justiça de Vila do Conde. 2.ª Secção da Instância Central Cível e Instância Local Cível, com sede no Tribunal da Póvoa de Varzim. 1.ª Secção Cível, 1.ª Secção de Execução, 1.ª Secção do Trabalho, todas da Instância Central, e Instância Local Cível, com sede no Palácio da Justiça do Porto. 1.ª Secção Criminal da Instância Central, com sede no Tribunal de São João Novo. Secções sediadas no Palácio da Justiça de Gondomar. Secções sediadas no Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia. Algumas das referidas situações foram, entretanto ultrapassadas, como foi o caso da 2.ª Secção Criminal da Instância Central, seguramente a mais grave com que se deparou a presidência do Tribunal Judicial da Comarca do Porto. Com efeito, como oportunamente alertou 105, o Palácio da Justiça de Vila do Conde não oferecia condições suficientes nem adequadas para ali funcionar uma instância central criminal com 3 colectivos (9 Juízes), nos termos previstos no DL n.º 49/2014, de 27/03 (secção XVII). A situação era tanto mais grave na medida em que, para além dos referidos 3 colectivos, que julgam, no essencial, casos de criminalidade grave, estava, ainda, previsto instalar no mesmo edifício a instância local criminal com três juízes. 104 Cfr. Relatório da visita ao Palácio da Justiça de 22 de Maio de 2014, onde foram comunicadas algumas das situações, que se identifica como Anexo Cfr. Ofício remetido em 3 de Junho de 2014 ao Sr. Director-Geral da Administração da Justiça, com conhecimento do Sr. Presidente do Conselho Diretivo do IGFEJ, que se identifica como Anexo 20. Página 124

125 Ao que tudo acresciam seis procuradores, três para a instância central, três para a local. Feito o necessário alerta, e como proposto, a Sra. Ministra da Justiça resolveu atempadamente o problema, determinando a deslocalização transitória da 2.ª Secção Criminal da Instância Central para o Tribunal de Matosinhos 106. Inviabilizando tal deslocalização a transferências da 3.ª Secção de Família e Menores para o mesmo edifício por falta de espaço, também como proposto, a Sra. Ministra da Justiça autorizou o seu desdobramento provisório em duas unidades. Uma com três juízes, que continuaria a funcionar nas instalações do Tribunal de Família e Menores de Matosinhos. A outra, com dois juízes, funcionaria no Tribunal de Vila do Conde 107. Importa destacar que a solução adotada relativamente à 3.ª Secção de Família e Menores, para além de permitir ultrapassar a mais grave situação de falta de instalações adequadas e suficientes encontrada na Comarca do Porto, teve a enorme virtualidade de aproximar a justiça das populações, concretizada com a transferência para Vila do Conde dos processos relativos a menores e famílias desse município e do município da Póvoa de Varzim. Resolvida foi, também, a situação do Palácio da Justiça de Gondomar, embora tardiamente. Com efeito, as obras apenas ficaram concluídas em finais de outubro de 2014, impedindo que as secções ali instaladas tivessem começado a funcionar normalmente a partir de 1 de setembro, como seria suposto. 106 Despacho n.º 10780/2014, in Diário da República n.º 160, de 21 de agosto de Proposta do Juiz Presidente da Comarca do Porto de 27 de agosto de 2014 e despacho da Sra. Ministra da Justiça de , ref.ª P.º 2849/2012, n.º 4402, identificados como Anexo 21 e 22, respectivamente. Página 125

126 O mesmo aconteceu relativamente à situação da 1.ª Secção da Instância Central Criminal do Porto 108, instalada no Tribunal de São João Novo, onde as obras foram concluídas muito após o dia 1 de setembro de 2014, mais concretamente em inícios de ooutubro de Quanto a esta secção, importa referir que não foi aceite a sugestão da presidência da Comarca no sentido de ser construída uma sala de audiências no piso de entrada, invocando-se para o efeito que o Tribunal de São João Novo já dispunha de 5 salas de audiências, numero considerado suficiente pela DGAJ. Não foi, porém, levada em linha de conta a circunstância de algumas dessas salas não oferecerem dimensão adequada para a realização de grande número de julgamentos coletivos. Como não foi, também, levada em linha de conta a circunstância de uma das salas existentes, concretamente a situada no piso térreo, não oferecer condições mínimas para poder funcionar como tal, em particular no inverno. Com efeito, nessa estação, devido às temperaturas que ali se fazem sentir, é praticamente impossível realizar julgamentos naquela sala, sendo recorrentes as queixas de magistrados, advogados, arguidos e testemunhas Relativamente a esta secção, importa referir que a reforma determinou um aumento do número dos seus juízes, que passaram a ser 15 contra os anteriores 12. Este aumento, que se traduziu na criação de mais um Colectivo, impunha-se na medida em que a área de competência da referida secção também aumentou, passando a abranger os municípios de Gondomar e de Valongo. De modo a permitir que esse novo Colectivo funcionasse convenientemente, tornava-se necessário criar mais uma sala de audiências, o que facilmente podia ser conseguido, como se explicou oportunamente. Pretendia-se que essa nova sala apresentasse dimensões suficientes para resolver em parte a carência de espaços para a realização dos chamados mega processos na Comarca do Porto. Tendo a resposta do Ministério da Justiça sido negativa, considerando os inúmeros mega processos que se encontram distribuídos às diversas secções criminais da instância central e sendo normal que vários surjam anualmente, impõe-se que a Comarca do Porto seja rapidamente dotada de um espaço adequado para os julgamentos de maior dimensão, à semelhança do que acontece em Lisboa com o Tribunal de Monsanto. Tenha-se em linha de conta que tal falta tem impedido a realização atempada de alguns julgamentos, sendo que relativamente a um deles há mais de um ano que se procura um espaço adequado para a sua realização, sem êxito até agora, apesar das várias diligências encetadas nesse sentido. 109 De todo o modo, não resolveram problemas estruturais graves que têm originado graves situações de infiltrações de águas pluviais, que são recorrentes e que importa solucionar. 110 O frio que se fazia sentir durante um julgamento realizado em 3 de fevereiro de 2014 levou mesmo uma testemunha a apresentar uma reclamação escrita, que se identifica como Anexo 23. Página 126

127 Quando às demais situações oportunamente reportadas, ou não foram resolvidas de todo ou não o foram suficientemente. Desde logo, continua por resolver a situação da 2.ª Secção da Instância Central Cível e da Instância Local Cível, que foram sediadas e funcionam no Palácio da Justiça da Póvoa de Varzim. Com efeito, o Palácio da Justiça da Póvoa de Varzim apenas dispõe de 4 salas de audiências, número manifestamente insuficiente para os 10 juízes que ali exercem funções. Acresce que duas dessas salas nem sequer têm área adequada para servir como tal. Considerando o número de magistrados em causa 111, cujo quadro para a 2.ª Secção da Instância Central Cível se considera, aliás, subdimensionado 112, cada um deles apenas dispõe de sala de audiências cerca de um dia e meio por semana, o que inevitavelmente inviabiliza o normal funcionamento das referidas secções e uma eficiente gestão das agendas dos juízes. São, pois, enormes as respetivas repercussões negativas em termos de produtividade e de eficácia, impondo-se a rápida construção de mais quatro salas de audiências, o que é viável fazer-se nas traseiras do Palácio da Justiça, onde existe espaço mais que suficiente para o efeito. Com vista a facilitar essa construção, com a qual urge avançar rapidamente, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim prontificou-se a prestar, dentro das suas competências, a necessária colaboração. A presidência da Comarca apresentou como solução de recurso a instalação provisória de duas salas adicionais, o que foi proposto ainda antes da implementação da reforma na 2.ª Secção da Instância Central Cível e 3 na Instância Local Cível. 112 Cfr. dados estatísticos dos quadros de fls. 149 e 150. Página 127

128 Muito embora a DGAJ tenha elaborado o necessário estudo 113 e o IGFEJ, IP assumido a respetiva execução até Dezembro do passado ano de 2014, a proposta instalação não foi até agora concretizada. O IGFEJ, IP veio mais recentemente, no passado mês de junho de 2015, informar que a instalação das duas salas de audiências será efetuada até setembro de Continua, também, por resolver a situação, igualmente grave, das secções instaladas no Palácio da Justiça do Porto (1.ª Secção da Instância Central Cível, 1.ª Secção de Execução, 1.ª Secção do Trabalho, todas da Instância Central, e Instância Local Cível). Considerando o número de juízes colocados nas referidas secções (35 no total, contando os efetivos e os auxiliares), desde o primeiro momento que a presidência da Comarca alertou, também, para uma enorme falta de salas de audiências e de gabinetes condignos para os magistrados. Com efeito, e no que diz respeito às salas de audiências, em 1 de setembro de 2014 o Palácio da Justiça do Porto apenas dispunha de 10, número que não satisfaz minimamente as necessidades, sendo manifestamente insuficiente 115. Impondo-se, o seu aumento, foi, pois, apresentada a proposta de construção de mais 6 salas de audiência, 3 delas nas instalações da antiga Câmara de Falências Cfr. Oficio _782_2014, de , identificado como Anexo Cfr Planeamento Estratégico para as Infraestruturas dos Tribunais, identificado como Anexo No Oficio_1219_2014, de , remetido pela DGAJ ao IGFEJ, foi constatada a necessidade urgente da construção de seis salas de audiências adicionais no Palácio da Justiça (cfr. Anexo 1). 116 Anote-se que a presidência da Comarca considera imprescindível a colocação de 5 Juízes Auxiliares na Instância Central Cível e 3 na Secção de Execução, tendo oportunamente alertado que se tal não fosse garantido, considerando o tipo de acções em causa, em particular a complexidade das acções ordinárias, o volume processual e as pendências, as referidas instâncias bloqueariam em muito pouco tempo. Todavia, a colocação dos juízes auxiliares exige que se proceda ao aumento do número de salas de audiência no Palácio da Justiça do Porto, sendo que quanto ao número de gabinetes será possível acomodar condignamente a generalidade dos Magistrados, como concluiu a presidência da comarca após efectuar um detalhado estudo de reorganização, desde que realizadas as necessárias obras. Página 128

129 Estando concluídas as obras relativas a essas 3 salas de audiências nas referidas instalações, faltam, ainda, outras tantas, que importa construir rapidamente. O único espaço disponível para o efeito é o ocupado pela Câmara dos Solicitadores, ocupação que, salvo o devido respeito, não ter razão de ser. Efetivamente, e por um lado, porque se trata de uma entidade externa aos Tribunais. Não se justifica, pois, que ocupe espaços em Tribunais, sobretudo quando estes deles necessitam para poder funcionar e tal ocupação os impede de o fazer devidamente, o que acontece em concreto. Aliás, a Câmara dos Solicitadores dispõe de instalações próprias fora do Palácio da Justiça do Porto, utilizando as que ali ocupa apenas de forma meramente residual desde há vários anos. Não necessita, pois, do espaço que ocupa, que deve ser imediatamente libertado e entregue aos órgãos de gestão da Comarca. Em termos gestionários, importa dizer que não se percebe como o Ministério da Justiça não providenciou atempadamente pela libertação de tal espaço, quando bem sabia que o mesmo seria fundamental para o funcionamento das secções que previa instalar e instalou efetivamente no Palácio da Justiça. E muito menos se compreende que, apesar dos inúmeros alertas e solicitações feitas nesse sentido, e sabendo dos enormes prejuízos que a falta de salas de audiências implica para o funcionamento das secções instaladas no Palácio da Justiça do Porto e, consequentemente, para os cidadãos, ainda não tenha determinado a respetiva desocupação. Recorde-se que a existência de mais três salas de audiências, num edifício onde exercem funções mais de três dezenas de juízes, teria evitado o adiamento de Página 129

130 inúmeros julgamentos e, seguramente, permitido a realização de muitos julgamentos que ficaram por realizar. Ainda quanto ao Palácio da Justiça do Porto, para além da necessidade de um maior número de salas de audiências e de gabinetes para magistrados, refira-se que o espaço previsto e concedido para algumas das unidades de processos funcionarem é absolutamente desadequado. Como desadequado, por insuficiente, é, também, o espaço previsto e destinado a arquivo. Não se construindo mais salas no Palácio da Justiça do Porto, não se aumentado o espaço para as unidades de processos e para arquivo, dado ser inevitável que as diversas secções ali instaladas bloqueiem, importa começar a pensar noutras soluções, designadamente a transferência de alguma ou algumas delas para outras instalações 117, sendo que o Estado Português dispõe de imóveis situados nas proximidades e que podem ser aproveitados e utilizados para o efeito. Destaca-se, pela sua gravidade, a situação da 1.ª Secção de Execução da Instância Central 118. Desde logo, porque enquanto as unidades de processos funcionam nos 2.º e 3.º pisos do Palácio da Justiça do Porto, a maior parte dos seus mais de processos estão arrumados no 1.º piso 119, o que em muito dificulta o seu funcionamento Concretamente o Edifício da Cadeia da Relação do Porto, que, por razões não apenas práticas mas também históricas, deveria ser devolvido ao Ministério da Justiça e cedido aos Tribunais, e um edifício no n.º 336 da Rua da Restauração, que a ESTAMO tem à venda. 118 A opção da elevada concentração de processos numa única secção, como aconteceu relativamente a essa secção, aliada à falta de meios humanos e físicos adequados a essa concentração merece uma séria reflexão, considerando as enormes e inevitáveis dificuldades que dai resultam. 119 Em local, diga-se, primitivamente destinado ao arquivo da área cível do Núcleo do Porto. 120 Do mesmo problema padece, aliás, a unidade de processos da 2.ª Secção de Execução, pois funciona no 7.º piso do Palácio da Justiça da Maia e a maior parte dos seus processos estão arrumados no rés-do-chão. Página 130

131 Acresce que sendo evidente a necessidade de colocar mais funcionários nessa unidade, ainda que os houvesse e o mapa de pessoal o permitisse, o reforço não seria possível por absoluta falta de espaço. Em resumo, o Palácio da Justiça do Porto, com a ocupação nos diversos pisos pela 1.ª Secção Cível, pela 1.ª Secção do Trabalho, pela 1.ª Secção de Execução e pela Secção de Competência Genérica Cível, encontra-se já no seu limite em termos de aproveitamento e gestão dos espaços, com graves constrangimentos para o funcionamento de todos os serviços 121. Ainda no Palácio da Justiça do Porto, é essencial, para a melhoria das acessibilidades, reformular todo o sistema de acesso (portão e eletrónica) ao parque de estacionamento. Também no Porto, o edifício da Rua Barão de Forrester, apresenta graves problemas construtivos, para além de deficiências ao nível da instalação elétrica e da rede informática. Na sequência de diversos pedidos, foi já realizada pelo IGFEJ, IP uma vistoria na qual foi constatada a existência de vestígios de infiltrações na laje de cobertura e nas juntas de dilatação do edifício. A solução passa pela remodelação da cobertura, proteção das juntas e tratamento dos parâmetros exteriores, que urge fazer com urgência. Por resolver, continua, igualmente, a situação das secções sediadas em Vila Nova de Gaia. Recordando o que foi referido no primeiro relatório semestral da Comarca do Porto, no Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia, ficaram sediadas nas suas instalações a 3.ª Secção Cível da Instância Central, com 3 Juízes, a 3.ª Secção 121 A título de exemplo, os processos pendentes da 1ª Secção de Execução encontram-se nas estantes que estavam destinadas ao arquivo da Comarca e num piso diferente das próprias unidades de processos. Página 131

132 Criminal da Instância Central, com 3 Juízes, a 5.ª Secção de Família e Menores, com 3 Juízes, a 5.ª Secção do Trabalho, com 3 Juízes, uma Secção Local Cível, com 5 Juízes, uma Secção Local Criminal, com 4 Juízes, e quatro secções do Departamento de Investigação e Acção Penal, com 15 procuradores. Considerando o número de Juízes em causa, teria sido desejável aumentar o número de salas de audiências, criando-se, pelo menos, mais duas. Em Vila Nova de Gaia está, também, instalada a 2.ª Secção do Comércio, que funciona há vários anos em instalações adaptadas fora do edifício do Palácio da Justiça. Tais instalações não oferecem, desde logo, condições mínimas para o exercício da função judicial 122, sendo enormes os prejuízos que daí advêm, designadamente, em termos de eficiência e eficácia. Por outro lado, as infiltrações e humidades que se têm registado nos últimos anos constituem uma séria ameaça em termos de saúde para os magistrados e funcionários que ali exercem funções, bem como para os advogados e público em geral. Torna-se, pois, urgente resolver definitivamente a situação, transferindo a 2.ª Secção de Comércio para o Palácio de Justiça Vila Nova de Gaia, o que se impõe fazer rapidamente e é perfeitamente possível. Com efeito, no Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia encontram-se instalados serviços das Conservatórias e da Reinserção Social, que ocupam espaços suficientes para instalar aquela secção. 122 Como já foi salientado no Relatório Anual de 2014, da Procuradoria-Geral Distrital do Porto. Página 132

133 Concretamente, ocupam amplas alas em três andares, muito embora as Conservatórias tenham já libertado uma delas, que se encontra, agora, desaproveitada. Por sua vez, a Ordem dos Advogados ocupa, também, uma ampla área do Palácio da Justiça, que se considera exagerada, tendo em conta as suas concretas necessidades e a confrangedora falta de espaços disponíveis para os serviços do Tribunal, cujas secções se vêm impedidas de funcionar devidamente em virtude da mesma. Importa, pois, que os serviços das Conservatórias e da Reinserção Social sejam imediatamente transferidos para outro local, anotando-se, como já referido, que a área que ocupam é suficiente para a instalação da 2.ª Secção de Comércio. Anote-se, também, não fazer qualquer sentido, sendo, aliás, absurdo, que secções do Tribunal Judicial tenham que funcionar, como acontece no caso concreto, fora dos respetivos edifícios e em condições indignas, em detrimento de organismos que nada têm a ver com os Tribunais e que, inexplicavelmente, ocupam os seus espaços. A título complementar, anota-se, ainda, que a solução indicada resolverá definitivamente o grave problema de insuficiência de espaços para arquivo, que se faz sentir há largos anos, dado que o edifício onde atualmente funciona a 2.ª Secção de Comércio ficaria disponível para o efeito. Deverá, pois, providenciar-se, e com urgência, junto do Instituto dos Registos e do Notariado pela imediata transferência dos seus serviços para outros locais. Deverá, do mesmo modo, ser providenciado no sentido de ser diminuída a área ocupada pela Ordem dos Advogados, na proporção das suas necessidades, disponibilizando-se o espaço sobrante para as secções instaladas no edifício do Palácio da Justiça. Página 133

134 Tal foi proposto ao IGFEJ, IP em 2 de março de Importa destacar que, no essencial, o proposto foi acolhido pela nova gestão do IGFEJ, IP, cujo dinamismo importa salientar, estando previstas obras de adequação funcional do Palácio de Justiça com vista à transferência da 2.ª Secção de Comércio para o mesmo. Porém, estando prevista a conclusão das necessárias obras apenas em setembro de 2018, segundo planeamento apresentado pelo IGFEJ, IP 124, a atual situação irá manter-se inalterada por mais 3 anos, com as inevitáveis consequências negativas em termos de eficiência e eficácia para uma Secção particularmente sensível e sobrecarregada em termos de serviço 125. Ainda quanto ao Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia está já prevista a solicitada substituição dos Sistema de Ar Condicionado (AVAC) para final de , o que melhorará significativamente as condições de trabalho dos magistrados e oficiais de justiça que ali exercem funções. Com efeito, as sucessivas avarias ocorridas ao longo dos anos nos equipamentos de ar condicionado levaram a que muitos deles deixassem de funcionar, sendo que, presentemente, apenas em dois dos 9 pisos do edifício o sistema de climatização funciona em pleno. A situação tem dado origem a inúmeras e justificadas reclamações, quer por parte dos magistrados e funcionários que ali exercem funções, quer por parte dos utentes, em especial nos dias de intenso frio ou de intenso calor. 123 Ofício remetido à Sra. Presidente do Conselho Diretivo do IGFEJ, que se identifica como Anexo Cfr Planeamento Estratégico para as Infraestruturas dos Tribunais, identificado como Anexo Importa ter em linha de conta que grande parte do serviço das Secções de Comercio reveste natureza urgente e que a respetiva pendência processual é elevadíssima, o que, por si só, exige um enorme esforço dos respetivos magistrados e oficiais de justiça. 126 Cfr Planeamento Estratégico para as Infraestruturas dos Tribunais, identificado como Anexo 25, e Ofício _1539_2014, de , da DGAJ, identificado como Anexo 27. Página 134

135 Também no Palácio da Justiça de Santo Tirso se regista desde 1 de setembro de 2014 uma situação de falta de salas de audiências, falta essa que impede o normal funcionamento das secções ali instaladas. Como oportunamente se alertou, impunha-se construir mais duas, dado que as três atualmente existentes são manifestamente insuficientes para as secções ali instaladas e os juízes colocados nas mesmas. Recentemente, surgiu, no entanto, a possibilidade de transferir a 1.ª Secção do Comércio da Instância Central para as antigas instalações das Finanças. Esta solução, que dará resposta a todos os problemas das diversas secções sediadas em Santo Tirso, foi apresentada pela presidência da Comarca ao IGFEJ, IP, que, igualmente, a aceitou, encontrando-se já em fase de estudo a adaptação daquele espaço 127. Porém, tal como sucede relativamente às intervenções previstas para o Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia, apenas está prevista a conclusão das necessárias obras em setembro de 2018, segundo planeamento apresentado pelo IGFEJ, IP 128. A atual situação irá, pois, também manter-se inalterada por mais 3 anos, com as inevitáveis consequências negativas em termos de eficiência e eficácia para uma Secção particularmente sensível e sobrecarregada em termos de serviço 129. Outro problema com o qual se tem confrontado a Comarca do Porto, e que importa resolver rapidamente, é a falta de uma sala de audiências com a dimensão suficiente para a realização de mega julgamentos. Neste momento, encontram-se dois a correr em simultâneo. 127 Ofício n.º 13/2015-GP/DGAJ, de 25/06/2015, remetido ao Sr. Diretor-Geral da Administração da Justiça e à Sra. Presidente do Conselho Diretivo do IGFEJ, que se identifica como Anexo Cfr Planeamento Estratégico para as Infraestruturas dos Tribunais, identificado como Anexo Importa ter em linha de conta que grande parte do serviço das Secções de Comercio reveste natureza urgente e que a respetiva pendência processual é elevadíssima, o que, por si só, exige um enorme esforço dos respetivos magistrados e oficiais de justiça. Página 135

136 Num deles, o Processo Comum Coletivo n.º 453/03.5JACBR, da 2.ª Secção Criminal da Instância Central da Comarca do Porto, composto por 124 volumes, 106 apensos com 113 volumes, 53 capas de argolas e 22 anexos, estão pronunciados 132 arguidos, conta com cerca de 900 testemunhas e tem a intervenção de 204 advogados. No outro, o Processo Comum Coletivo n.º 5544/11.6TAVNG, da 3.ª Secção Criminal da Instância Central da Comarca do Porto, composto por cerca de 56 volumes e anexos com cerca de 200 volumes, são julgados 105 arguidos, um deles privado da liberdade, e 110 testemunhas de acusação, tendo, também, a intervenção de dezenas de advogados. Dadas as enormes dificuldades em encontrar espaços para a realização desse tipo de julgamentos, impõe-se, como sugerido no Oficio n.º 8/2015-GP/IGFEJ 130, a criação de uma mega-sala de audiências na área do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, o que evitará os contratempos e atrasos decorrentes da procura de espaços e as avultadas despesas com arrendamentos. Tal é perfeitamente possível nas instalações do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, que é propriedade do IGFEJ, IP e está destinado à instalação da 2.ª Secção Criminal da Instância Central. Com efeito, o referido convento, cujas obras na cobertura e exteriores já se encontram praticamente concluídas, dispõe, concretamente no segundo piso, de 2 salas de dimensões significativas que rapidamente podem ser convertidas em salas de audiências. É o caso de uma sala com 236,65 m2, área que ainda pode ser aumentada se forem realizadas pequenas obras. 130 Identificado como Anexo 29. Página 136

137 É o caso, ainda, de outras duas salas, cuja área total é de 362,43 m2, igualmente passível de ser aumentada com a realização de algumas obras, pouco significativas. É certo que já se encontra prevista a realização de obras de adaptação no Convento de Santa Clara com vista à instalação da 2.ª Secção Criminal da Instância Central, atualmente a funcionar a título provisório em Matosinhos. Porém, o início de tais obras apenas está previsto para setembro de , o que consideramos ser demasiado tarde. De todo o modo, a criação desde já de uma mega-sala naquele edifício não prejudicará a realização das obras projetadas e permitirá seguramente uma enorme poupança de recursos financeiros se evitar o arrendamento de espaços nos próximos anos. Recordando o que, igualmente, se anotou no primeiro relatório semestral da Comarca do Porto, as necessidades em termos de instalações não se fazem, no entanto, sentir apenas ao nível das secções e unidades de processos, sendo, também, preocupantes ao nível de espaços para arquivo, como já se aflorou relativamente às secções instaladas em Vila Nova de Gaia, e para depósito de bens. A Comarca do Porto dispõe de quatro espaços dedicados ao arquivo de processos judiciais findos. Um foi constituído recentemente no piso -1 do Palácio da Justiça do Porto, para onde foi deslocado o acervo arquivístico dos processos dos extintos Tribunal de Pequena Instância Cível do Porto e Juízos de Execução do Porto Neste momento já está ocupado em cerca de 1/3 da sua capacidade. Outro funciona no edifício de Delfim Ferreira. 131 Cfr Planeamento Estratégico para as Infraestruturas dos Tribunais, identificado como Anexo 25. Página 137

138 Outro funciona no Palácio da Justiça de Valongo. Outro funciona num espaço de armazém, adaptado para arquivo de documentação judiciária, na cidade de Santo Tirso. Todavia, os referidos espaços, dado serem insuficientes para as necessidades, apenas permitem o arquivamento de parte dos processos da Comarca. Os restantes encontram-se, pois, arrumados e espalhados pelos diversos edifícios da Comarca, por manifesta incapacidade de serem recebidos nos arquivos. A situação é de tal modo grave que se tornou necessário acondicionar os processos arquivados pelos diversos espaços disponíveis nos edifícios, nalguns dos casos em zonas de acesso público. Estão, aliás, identificados casos complicados da gestão de arquivo nos Palácios da Justiça de Maia, de Matosinhos, de Gondomar, de Santo Tirso, de Vila do Conde e de Vila Nova de Gaia, para os quais, ao longo dos últimos anos, nenhuma medida foi tomada. Urge, por isso, tomar medidas para o tratamento desses processos, sob pena de, a breve prazo, se tornar impossível a respetiva gestão. Também não existe na Comarca do Porto um depósito público, destinado ao armazenamento de bens e que tenha sido afecto, por despacho do Director-geral da Administração da Justiça, à remoção e depósito de bens penhorados no âmbito dos processos executivos. Mostra-se, pois, condicionada e limitada a função dos oficiais de justiça quando atuam como agentes de execução. Página 138

139 Para além de um pequeno armazém sito na Rua Pereira Reis, já sobrelotado, a Comarca do Porto, também, não dispõe de um espaço adequado para o depósito dos bens apreendidos no âmbito do processo penal. Deste modo, tais objetos estão, na maior parte dos casos, deficientemente arrumados e catalogados, o que aumenta eventuais riscos de deterioração e descaminho. Por exemplo, alguns veículos automóveis apreendidos tiveram de ser aparcados em plena via pública, onde se encontram sujeitos a actos de vandalismo e aos efeitos do clima. Defende-se que a gestão dos objectos apreendidos/penhorados em processos da Comarca deveria ser centralizada, o que pressupõe, não apenas uma equipa de funcionários responsáveis pela sua organização e tratamento, equipa impossível de criar face à falta de oficiais de justiça, mas, também, a existência de instalações com dimensões suficientes para o seu depósito. Para além das propostas supra referidas, que se justificam em termos de uma adequada e eficiente gestão da comarca, algumas medidas de gestão foram oportunamente adoptadas para atenuar as consequências da falta de espaços que se faz sentir na Comarca do Porto. Destacam-se as seguintes: Criação de salas de audiências suplementares no Palácio da Justiça do Porto. Como salientado, são manifestamente insuficientes as salas de audiência existentes no Palácio da Justiça do Porto para o normal, regular e eficiente funcionamento de todas as secções que ali ficaram instaladas desde 1 de Setembro de Com efeito, como referido, exercem funções em tais secções 35 juízes, sendo que as salas disponíveis eram, então, apenas 10. Página 139

140 Com vista a atenuar os enormes constrangimentos decorrentes da falta de salas de audiências e os consequentes prejuízos que dai decorrem para os cidadãos e as empresas, considerando não poderem ser marcados mais julgamentos, procedeu-se ao aproveitamento do espaço da antiga Câmara de Falências. Num primeiro momento, como solução provisória, foram ali improvisadas duas salas de audiências, recorrendo a mobiliário e equipamentos aproveitados de instalações entretanto desocupadas. Num segundo momento, propôs-se a criação no mesmo espaço de 3 salas de audiências, cuja construção foi concluída, estando a ser ultimadas as últimas intervenções para poderem começar a funcionar. As referidas salas serão, de todo modo, insuficientes para as necessidades das secções instaladas no Palácio da Justiça do Porto, afigurando-se essencial a construção de mais 3, como foi proposto pela presidência da Comarca e defendido pela DGAJ. Utilização do salão nobre do Tribunal da Relação do Porto como sala de audiências. Com o mesmo objectivo de atenuar os enormes constrangimentos decorrentes da falta de salas de audiências, a presidência da Comarca acordou com o Sr. Presidente do Tribunal da Relação do Porto a cedência provisória à Comarca do respectivo Salão Nobre, o que foi aceite. Com esta cedência, as secções da Comarca do Porto, mais concretamente as instaladas no Palácio da Justiça do Porto, após as necessárias alterações ao Página 140

141 nível do sistema informático, passaram a dispor de mais um espaço para a realização de julgamentos às segundas, terças, quintas e sextas-feiras 132. Criação de uma sala de audiências suplementar no Palácio da Justiça de Matosinhos. Eram, também, insuficientes as salas de audiência existentes no Palácio da Justiça de Matosinhos, embora a situação não fosse dramática. O problema foi, porém, resolvido com a criação de mais uma sala de audiências no rés-do-chão do edifício, aproveitando-se para o efeito, como oportunamente sugerido, uma biblioteca ali existente. Adaptação do espaço onde funciona uma das unidades da 3.ª Secção de Família e Menores em Matosinhos. Como referido no ponto 1.1. deste capítulo, a deslocalização provisória da 2.ª Secção Criminal da Instância Central para o Palácio da Justiça de Matosinhos inviabilizou a instalação no mesmo da 3.ª Secção de Família e Menores da Instância Central. A solução passou por desdobrar provisoriamente esta secção em duas unidades. Uma com três juízes, continuaria a funcionar nas instalações do Tribunal de Família e Menores de Matosinhos. A outra, com dois juízes, funcionaria no Palácio da Justiça de Vila do Conde. 132 Ofício 2/2015, de , relativo à disponibilização do Salão Nobre do Tribunal da Relação do Porto para a realização de audiências de julgamento, identificado como Anexo 30. Página 141

142 A situação da última estava à partida resolvida, dado o espaço liberto no Palácio da Justiça de Vila do Conde em virtude da saída da 2.ª Secção Criminal da Instância Central. Tornava-se, porém, necessário adaptar o espaço das instalações do Tribunal de Família e Menores de Matosinhos, o que foi feito nos termos propostos pelos órgãos de gestão. Desativou-se, pois, uma sala de audiências e reformulou-se a instalação da unidade de processos, de modo a que fosse libertado um gabinete para o terceiro magistrado judicial 133. Mais recentemente, dada a necessidade de reforçar a secção com mais um juiz e um procurador, face à elevada pendência processual da Unidade da 3.ª Secção de Família e Menores da Instância Central que ficou instalada em Matosinhos 134, foi proposto ao Ministério da Justiça que arrendasse duas salas que se encontram disponíveis no edifício onde funciona a referida secção. Tendo tal proposta sido aceite, procedeu-se já ao necessário reforço do quadro de magistrados e oficiais de justiça, o que era imprescindível atenta a elevada pendência processual da Unidade, que pode vir a levantar sérios problemas dada a natureza urgente da maioria dos seus processos Manutenção (com referência aos diversos núcleos municipais e aos diversos aspetos que envolve) A manutenção dos edifícios onde funcionam as secções e as secretarias do Tribunal Judicial da Comarca do Porto tem sido completamente descurada. 133 Antes da reforma do sistema judiciário exerciam funções no Tribunal de Família e Menores de Matosinhos duas juízas e duas procuradoras, não estando as instalações preparadas para um aumento de magistrados. 134 Em média, cada juiz da referida unidade da 3.ª Secção de Família e Menores da Instância Central tem uma pendência que ultrapassa os 1000 processos, o que é excessivo, sendo certo que os VRP se situam nos 750 processos. Página 142

143 Com efeito, nos últimos anos não foi feita qualquer intervenção de relevo no Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia; no Tribunal de São João Novo, onde funciona a 1.ª Secção Criminal da Instância Central; no edifício onde funciona a 1.ª Secção de Família e Menores do Porto, na Rua Barrão de Forrester, no Porto; no edifício da Rua do Bolhão, onde funcionam a Secção Local Crime do Porto; no Tribunal Judicial da Maia, onde funcionam as Secções da Instância Central e a Secção sediadas nesse município; no edifício onde funciona a 3.ª Secção de Família e Menores, em Matosinhos; e no Palácio da Justiça de Santo Tirso. Nos edifícios da Rua do Bolhão, da Rua Barão de Forrester, da Rua João das Regras e de São João Novo, no Porto, e no Palácio da Justiça da Maia existem, há largos anos, graves situações de infiltrações de águas pluviais 135. No edifício da Rua João das Regras foram, no entanto, executadas obras para reparação da zona do terraço, a fim de evitar a queda de água para os pisos inferiores, o que era recorrente sempre que chovia. Apesar de insistentemente reportado, ainda não se avançou com a urgente reparação do piso do parque de estacionamento do Palácio da Justiça do Porto, de modo a evitar infiltrações para o piso situado abaixo e onde se situa o arquivo, nem com a urgente reparação das caixilharias das janelas, sem a qual continuará a haver humidades nos gabinetes e nas unidades de processo Segurança, acessibilidade e salubridade a) Quanto à segurança A segurança e vigilância dos edifícios onde funcionam as secções e as secretarias do Tribunal Judicial da Comarca do Porto foi contratada centralmente com base numa realidade anterior à recente reforma do sistema judiciário. 135 Cfr Ofício S-IGFIJ/2014/8505, de , relativo ao edifício sito na Rua Barão de Forrester, identificado como Anexo 31. Página 143

144 Com a nova organização judiciária o esquema de alocação de profissionais de segurança ficou, porém, completamente desajustado. Por exemplo, o edifício do Palácio da Justiça do Porto, com um fluxo de acesso de pessoas clientes internos e externos na ordem dos 500 por dia, apenas dispõe de um segurança/vigilante, cuja única função nas horas de expediente, como não pode deixar de ser, se limita ao fornecimento de indicações aos utentes dos locais para onde se devem dirigir. Se de verdadeira vigilância e segurança se tratasse, o número mínimo e adequado de vigilantes/seguranças para a dimensão daquele edifício seria de três em permanência. Ilustrativas, para além da referida situação do Palácio da Justiça do Porto, são, ainda, as situações dos Palácios da Justiça de Gondomar, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, que apenas dispõem de um elemento do corpo de vigilância e/ou segurança e unicamente durante o horário de expediente, quando é sabido que em qualquer um destes edifícios o fluxo de pessoas é enorme e que normalmente os actos processuais se prolongam para além do referido horário. Assim, e no que diz respeito à segurança, impõe-se que o processo aquisitivo de serviços de segurança seja urgentemente revisto e adequado às atuais necessidades da Comarca, o que implica a alocação de pelo menos mais cinco efetivos (2 para o Palácio da Justiça do Porto; 1 para o Palácio de Justiça de Matosinhos; 1 para o Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia; e 1 para o edifício de João das Regras, onde funcionam o TEP e a Secção de Pequena Criminalidade), e que os horários sejam alargados até às 20:00 horas. E impõe-se, também, que o Ministério da Justiça dê luz verde a soluções oportunamente apresentadas para minorar o problema da segurança relativamente a algumas secções, o que, inexplicavelmente, não fez. Página 144

145 A título de exemplo, destaca-se a proposta de criação no edifício onde funcionam o DIAP e a 1.ª Secção de Instrução Criminal de uma esquadra ou polo especial da Policia de Segurança Pública para apoio às diversas secções do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, em particular as da área criminal. São muitas as vantagens da criação de tal esquadra ou polo especial, designadamente porque, para além de não envolver qualquer encargo para o Ministério da Justiça, funcionaria junto de secções particularmente sensíveis, que beneficiariam da presença diária e constante de agentes policiais, e porque, pela sua centralidade, permitiria uma resposta rápida da PSP a situações de emergência que pudessem surgir noutras secções instaladas na cidade do Porto. As necessárias condições para o efeito já se mostram criadas desde setembro de 2014, quer em termos de espaço, quer em termos de equipamentos. Importa, por outro lado, equipar alguns dos edifícios do Tribunal Judicial da Comarca do Porto com sistemas de deteção de metais. Com efeito, apenas alguns se encontram equipados com tais sistemas. Porém, tal é imprescindível noutros edifícios, em particular no Palácio da Justiça do Porto, nos edifícios onde funcionam as Secções de Família e Menores e nas Secções Criminais. Anote-se que o proposto em termos de segurança teria seguramente evitado algumas situações ocorridas no ano de abrangência do presente relatório, designadamente a evacuação do Palácio da Justiça do Porto no dia 1 de setembro deste ano, que levou a que diversas diligências e julgamentos tivessem de ser adiados. 2. Equipamentos e meios logísticos Página 145

146 A Comarca do Porto é, em geral, deficitária em termos de equipamentos, o que prejudica necessariamente a sua capacidade de resposta. Isso acontece, concretamente, ao nível de equipamentos multifuncionais que, tendo sido adquiridos em sede de aquisição centralizada em momento anterior à reorganização judiciária, são insuficientes para as reais necessidades da Comarca. Tal circunstância condiciona seriamente alguns serviços e algumas secções. A isso acresce o facto de os equipamentos distribuídos serem inadequados às exigências do serviço, concretamente por serem muito lentos. Tal circunstância condiciona seriamente alguns serviços e algumas secções, destacando-se a Secção da Instância Local Criminal do Porto e o Tribunal de Execução das Penas do Porto, para onde são necessários, pelo menos, mais seis equipamentos. Esta questão prende-se com o facto de os serviços, nestes dois exemplos, estarem dispostos em pisos diferentes o que equivale por dizer que se não houver pelo menos um equipamento por piso o funcionário terá de se deslocar entre pisos para efetuar uma cópia ou digitalização. O quadro que se segue dá nota dos equipamentos necessários para o regular funcionamento dos serviços e cuja disponibilização deve ser efectuada com a máxima urgência possível. Página 146

147 Núcleo Porto Gondomar Matosinhos COMARCA DO PORTO Unidade Orgânica quantidade de equipamentos tipologia Central Execução - Piso Unidade Central - PJ Delfim Ferreira Local Criminal TEP+Peq.Criminalidade Tribunal de Turno Central Família e Menores e MP Central Criminal Central Trabalho Central Família e Menores e MP DIAP Póvoa de Varzim Unidade Central Santo Tirso Central Comércio Unidade Central Valongo DIAP Vila Nova de Gaia Central Comércio No que diz respeito a impressoras, a situação é de completa rutura. Com efeito, a maioria atingiu há muito o limite da sua vida útil e, neste momento, são frequentes as avarias. Consequentemente, para além do respetivo custo de reparação, normalmente elevado, a sua inoperacionalidade momentânea (que normalmente dura alguns dias) acaba por condicionar grandemente a eficiência dos serviços. Quanto aos computadores pessoais e monitores dos funcionários judiciais, trata-se, na sua maioria, de equipamentos obsoletos e inadequados às exigências das atuais plataformas informáticas. Página 147

148 Está, no entanto, prevista para o mês de setembro de 2015 a instalação de equipamentos novos, o que vai permitir uma melhor eficiência dos serviços. No que diz respeito ao sistema informático, preocupante é a atual situação ao nível dos parâmetros de velocidade da rede, que tem motivado recorrentes queixas, dadas as suas implicações negativas para os serviços. A título de exemplo, o procedimento de migração eletrónica de um processo do anterior sistema Citius V2 para o V3 ou até, dentro do V3, demora cerca de 20 minutos completar, se tiver de transitar de um núcleo para outro. Imagine-se, pois, o tempo necessário para a migração dos mais de 4000 processos que transitaram da 1.ª Secção de Família e Menores (Porto) para a 2.ª Secção de Família e Menores (Gondomar) e para a 3.ª Secção de Família e Menores (Matosinhos). Seguramente vários meses 136, tanto mais que não foi concedido qualquer apoio na transferência de processos pendentes entre essas Secções, o que obriga a que seja feita processo a processo. A propósito do sistema informático, importa dizer que, ao contrário do que foi comunicado, e apesar de oportunamente ter sido pedida a correção, o IGFEJ ainda não procedeu à igualação dos processos pendentes na 2.ª Secção da Instância Central de Execução (Maia) nem à transição dos apensos das acções executivas da 1.ª Secção da Instância Central de Execução (Porto). Também quanto às carências a nível informático, importa referir que a Comarca do Porto não dispõe, como, aliás, nenhuma das demais, de qualquer programa de gestão de stocks e de recursos humanos, nem de qualquer programa de gestão do inventário e cadastro dos bens e equipamentos. 136 Encontram-se também nesta situação as 1.ª e 2.ª Secções de Execução (Porto e Maia) e a 5.ª Secção de Família e Menores (Vila Nova de Gaia). Página 148

149 Sem tais programas, a tarefa de gestão da Comarca, no que a essas matérias diz respeito, dificilmente poderá passar do mero amadorismo, com os sérios riscos e falhas que dai podem advir. Página 149

150 VII. UNIDADES ORGÂNICAS E MOVIMENTO PROCESSUAL 1. Unidades de processos (incluindo as unidades para a tramitação do processo de execução) 1.1. Dados estatísticos (processos judiciais) Todos os dados estatísticos a seguir indicados têm como fonte o sistema Citius/Consultas, reportando-se ao período abrangido e a consulta sido efectuada entre os dias 1 e 3 de Setembro de 2015 utilizando o critério «pendentes estatísticos». Após consulta, os dados recolhidos quanto a processos findos e pendentes foram trabalhados fora do sistema de registo, de forma estática, para evitar incongruências decorrentes da não consolidação dos dados no Citius 137. No que se refere aos agendamentos, para além daquela fonte de consulta, será indicada a última data real de agendamento efetuada a fim de determinar a efetiva dilação do mesmo. O quadro que se segue indica a estatística global da Comarca do Porto em termos de pendências, e a sua evolução desde 1 de setembro de Comarca do Porto Pendência Processos pendentes estatisticos na Comarca do Porto a Processos pendentes estatisticos na Comarca do Porto a Tais dados devem ter uma leitura orientada em relação a Unidades Orgânicas em que, na maioria dos casos, os processos se iniciam com a decisão judicial Comércio (v.g. insolvências) e Instâncias de Pequena Criminalidade (v.g. sumários). Página 150

151 Segue-se a indicação da pendência estatística por instâncias, e a sua evolução desde 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de Instância Central Cível Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Secção Cível Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Inst. Central - 2ª Secção Cível V. N. Gaia - Inst. Central - 3ª Secção Cível 718 Total geral Página 151

152 Instância Central Cível Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Secção Cível Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Inst. Central - 2ª Secção Cível V. N. Gaia - Inst. Central - 3ª Secção Cível 467 Total geral Página 152

153 Instância Central Criminal Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Secção Criminal 961 Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Inst. Central - 2ª Sec. Criminal 508 V. N. Gaia - Inst. Central - 3ª Secção Criminal 363 Total geral Instância Central Criminal Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Secção Criminal Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Inst. Central - 2ª Sec. Criminal 629 V. N. Gaia - Inst. Central - 3ª Secção Criminal 128 Total geral Página 153

154 Instância Local Cível Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Gondomar - Inst. Local - Secção Cível Maia - Inst. Local - Secção Cível Matosinhos - Inst. Local - Secção Cível Porto - Inst. Local - Secção Cível Póvoa de Varzim e Vila do Conde Santo Tirso - Inst. Local - Secção Cível V. N. Gaia - Inst. Local - Secção Cível Valongo - Inst. Local - Secção Cível Total Página 154

155 Instância Local Cível Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Gondomar - Inst. Local - Secção Cível 966 Maia - Inst. Local - Secção Cível Matosinhos - Inst. Local - Secção Cível Porto - Inst. Local - Secção Cível Póvoa de Varzim e Vila do Conde Santo Tirso - Inst. Local - Secção Cível 999 V. N. Gaia - Inst. Local - Secção Cível Valongo - Inst. Local - Secção Cível 752 Total Instância Local Criminal Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Gondomar - Inst. Local - Secção Criminal 761 Maia - Inst. Local - Secção Criminal Matosinhos - Inst. Local - Secção Criminal 954 Porto - Inst. Local - Secção Criminal Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Inst. Local - Secção Criminal 962 Santo Tirso - Inst. Local - Secção Criminal 949 V. N. Gaia - Inst. Local - Secção Criminal Valongo - Inst. Local - Secção Criminal 843 Total Página 155

156 Instância Local Criminal Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Gondomar - Inst. Local - Secção Criminal 845 Maia - Inst. Local - Secção Criminal Matosinhos - Inst. Local - Secção Criminal Porto - Inst. Local - Secção Criminal Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Inst. Local - Secção Criminal 922 Santo Tirso - Inst. Local - Secção Criminal 618 V. N. Gaia - Inst. Local - Secção Criminal Valongo - Inst. Local - Secção Criminal 620 Total Instância Local Pequena Criminalidade Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Local - Sec.Peq.Criminalidade Instância Local Pequena Criminalidade Pendência a 31 de Agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Local - Sec.Peq.Criminalidade Instância Central de Instrução Criminal Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Sec.Instrução Criminal 625 Matosinhos - Inst. Central - 2ª Sec.Instrução Criminal 289 Total 914 Página 156

157 Instância Central de Instrução Criminal Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Sec. Instrução Criminal 567 Matosinhos - Inst. Central - 2ª Sec. Instrução Criminal 402 Total 969 Página 157

158 Instância Central de Comércio Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Santo Tirso - Inst. Central - 1ª Sec.Comércio V. N. Gaia - Inst. Central - 2ª Sec.Comércio Total Instância Central de Comércio Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Santo Tirso - Inst. Central - 1ª Sec.Comércio V. N. Gaia - Inst. Central - 2ª Sec.Comércio Total Página 158

159 Instância Central de Execução Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Secção de Execução Maia - Inst. Central - 2ª Secção de Execução Total Página 159

160 Instância Central de Execução Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Secção de Execução Maia - Inst. Central - 2ª Secção de Execução Total Instância Central de Família e Menores Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Sec. F. Men Gondomar - Inst. Central - 2ª Sec. F. Men Matosinhos - Inst. Central - 3ª Sec. F. Men Santo Tirso - Inst. Central - 4ª Sec. F. Men. 590 V. N. Gaia - Inst. Central - 5ª Sec. F. Men Total Página 160

161 Instância Central de Família e Menores Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Sec. F. Men Gondomar - Inst. Central - 2ª Sec. F. Men Matosinhos - Inst. Central - 3ª Sec. F. Men Santo Tirso - Inst. Central - 4ª Sec. F. Men. 560 V. N. Gaia - Inst. Central - 5ª Sec. F. Men Total Página 161

162 Instância Central de Trabalho Pendência a 1 de setembro de 2014 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Sec.Trabalho Maia - Inst. Central - 2ª Sec.Trabalho Matosinhos - Inst. Central - 3ª Sec.Trabalho Valongo - Inst. Central - 4ª Sec.Trabalho 970 V. N. Gaia - Inst. Central - 5ª Sec.Trabalho Total Página 162

163 Instância Central de Trabalho Pendência a 31 de agosto de 2015 Unidade Orgânica Pendentes a Porto - Inst. Central - 1ª Sec.Trabalho Maia - Inst. Central - 2ª Sec.Trabalho Matosinhos - Inst. Central - 3ª Sec.Trabalho Valongo - Inst. Central - 4ª Sec.Trabalho V. N. Gaia - Inst. Central - 5ª Sec.Trabalho Total Tribunal de Execução de Penas Unidade Orgânica Pendentes Estatisticos a Pendentes Estatisticos a º Juízo º Juízo Total Página 163

164 Página 164

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