Controle Ótimo - Aula 6 Exemplos e Exercícios

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Controle Ótimo - Aula 6 Exemplos e Exercícios"

Transcrição

1 Controle Ótimo - Aula 6 Exemplos e Exercícios Adriano A. G. Siqueira e Marco H. Terra Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de São Paulo - São Carlos

2 Probabilidades Probabilidade: número entre 0 e 1 representando a crença numa determinada afirmação: Ex.: P( cara no lançamento de uma moeda ) = 0,5 P( Sãocarlense ser campeão ) = 0,01 Probabilidade Condicional: é a probabilidade baseada no conhecimento prévio da veracidade de uma afirmação Ex.: P( Dado lançado deu par resultado foi 5 ) Cálculo: P (A B) = P (A B) P (B) sendo A = {2, 4, 6}, B = {1, 2, 3, 4, 5} e A B = {2, 4} Portanto P (A B) = 2 6 e P (B) = 5 6 Logo P (A B) = 2/6 5/6 = 2 5

3 Probabilidades Também temos: P (A B C) = P (A B C) P (B C) Mas P (A B C) = P (B A C)P (A C) Portanto P (A B C) = P (B A C)P (A C) P (B C) Alé disso, se B 1 e B 2 são disjuntos e B 1 B 2 = Ω P (A) = P (A B 1 ) + P (A B 2 )

4 Exemplo: Reparo de uma máquina Portanto J 1 (I 1 ) = min u1 {E x1 {g 1 (x 1, u 1 ) I 1 }} = min{2p {x 1 = P I 1 }, 1} Cálculo de P {x 1 = P I 1 } para I 1 = (G, G, S) P (x 1 = P G, G, S) = P (x 1 = P, G, G, S) P (G, G, S)

5 Exemplo: Reparo de uma máquina Cálculo de P (G, G, S): P (z 0 = G, z 1 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G z 0 = G, u 0 = S)P (z 0 = G, u 0 = S) Cálculo de P (z 0 = G, u 0 = S): P (z 0 = G, u 0 = S) = P (z 0 = G) = P (z 0 = G, x 0 = P ) + P (z 0 = G, x 0 = P ) = P (z 0 = G x 0 = P )P (x 0 = P ) + P (z 0 = G x 0 = P )P (x 0 = P ) =

6 Exemplo: Reparo de uma máquina Cálculo de P (z 1 = G z 0 = G, u 0 = S): P (z 1 = G z 0 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G, x 1 = P z 0 = G, u 0 = S) + P (z 1 = G, x 1 = P z 0 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S)P (x 1 = P z 0 = G, u 0 = S) + P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S)P (x 1 = P z 0 = G, u 0 = S)

7 Exemplo: Reparo de uma máquina Cálculo de P (x 1 = P z 0 = G, u 0 = S): P (x 1 = P z 0 = G, u 0 = S) = P (x 1 = P u 0 = S) = P (x 1 = P, x 0 = P u 0 = S) + P (x 1 = P, x 0 = P u 0 = S) = P (x 1 = P x 0 = P, u 0 = S)P (x 0 = P ) + P (x 1 = P x 0 = P, u 0 = S)P (x 0 = P ) = = 2 3

8 Exemplo: Reparo de uma máquina Cálculo de P (x 1 = P z 0 = G, u 0 = S): P (x 1 = P z 0 = G, u 0 = S) = P (x 1 = P u 0 = S) = P (x 1 = P, x 0 = P u 0 = S) + P (x 1 = P, x 0 = P u 0 = S) = P (x 1 = P x 0 = P, u 0 = S)P (x 0 = P ) + P (x 1 = P x 0 = P, u 0 = S)P (x 0 = P ) = = 1 3

9 Exemplo: Reparo de uma máquina Cálculo de P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S): P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G x 1 = P ) = 3 4 Cálculo de P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S): P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G x 1 = P ) = 1 4 Portanto: P (z 1 = G z 0 = G, u 0 = S) = 3 4 e P (z 0 = G, z 1 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G z 0 = G, u 0 = S)P (z 0 = G, u 0 = S) = ( )2 1 3

10 Exemplo: Reparo de uma máquina Cálculo de P (x 1 = P, G, G, S): P (x 1 = P, z 0 = G, z 1 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S)P (x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S) = P (z 1 = G x 1 = P )P (x 1 = P, z 0 = G, u 0 = S) = 1P (x 4 1 = P, z 0 = G, u 0 = S) = 1P (x 4 1 = P z 0 = G, u 0 = S)P (z 0 = G, u 0 = S) = ( ) 3

11 Exemplo: Reparo de uma máquina Portanto Então P (x 1 = P G, G, S) = P (x 1 = P, G, G, S) P (G, G, S) ) = J 1 (G, G, S) = 2 7, ( ( ) 2 = 1 7 µ 1(G, G, S) = C

12 Variáveis Aleatórias Contínuas Uma variável aleatória contínua num dado conjunto de probabilidade (Ω, F, P ) é uma função x : Ω R tal que para todo escalar λ o conjunto {ω Ω x(ω) λ} é um evento, i.e., pertence à coleção F. Define-se a função distribuição F : R R de uma variável aleatória x como F (z) = P ({ω Ω x(ω) z}) ou seja, F (z) é a probabilidade da variável assumir valores menores ou iguais a z

13 Variáveis Aleatórias Contínuas Um vetor aleatório x = (x 1, x 2,..., x n ) é uma n-upla das variáveis aleatórias x 1, x 2,...x n A função distribuição F : R n R de um vetor aleatório é F (z 1, z 2,..., z n ) = P ({ω Ω x 1 (ω) z 1, x 2 (ω) z 2,..., x n (ω) z n }) A função distribuição de cada variável x i do vetor aleatório é F (z i ) = lim zj,j if (z 1, z 2,..., z n ) As variáveis aleatórias x 1, x 2,..., x n são ditas independentes se F (z 1, z 2,..., z n ) = F (z 1 )F (z 2 )...F (z n )

14 Variáveis Aleatórias Contínuas A função densidade de probabilidade f : R R é tal que F (z) = z f(x)dx Exemplo: função normal (Gaussiana) com média µ e variância σ 2, N(µ, σ 2 ) 0.4 { f(x) = 1 exp ( 2πσ 1 x µ ) } σ 0.3 N(0,1) N(3,4) N( 2,16)

15 Variáveis Aleatórias Contínuas Valor esperado de uma variável aleatória x com função distribuição F e função densidade de probabilidade f: E{x} = x = zdf (z) = zf(z)dz Variância de x com relação ao valor esperado σ 2 = E{(x x) 2 }

16 Valor esperado de uma vetor aleatório x: Variáveis Aleatórias Contínuas E{x} = x = (E{x 1 }, E{x 2 },..., E{x n }) = (x 1, x 2,..., x n ) Matriz de Covariância de x = (x 1, x 2,..., x n ) com relação ao valor esperado x = (x 1, x 2,..., x n ) Σ = E{(x x)(x x) T } E{(x 1 x 1 ) 2 } E{(x 1 x 1 )(x n x n )} =... E{(x n x n )(x 1 x 1 )} E{(x n x n ) 2 } Dois vetores aleatórios x e y são não correlacionados se E{(x x)(y y) T } = 0

17 Exemplo de Programação Dinâmica Otimização da partida de xadrez: um jogador jogará uma partida de xadrez contra um oponente em dois jogos. Cada jogo pode ter um dos seguintes resultados: a) vitória de um dos jogadores(1 ponto para o vencedor e 0 para o perdedor) b) empate (1/2 ponto para cada jogador) Se o placar aponta 1 1 no final de dois jogos, a partida vai para a morte súbita, na qual eles jogam até a vitória de um deles.

18 Exemplo de Programação Dinâmica O jogador pode escolher entre dois estilos, independentemente de qual estilo ele usou no jogo anterior 1) estilo defensivo: empata com probabilidade p d e perde com probabilidade (1 p d ) 2) estilo ofensivo: ganha com probabilidade p w e perde com probabilidade (1 p w ) Então, um jogador defensivo nunca ganha e um jogador ofensivo nunca empata Objetivo: encontrar uma estratégia de seleção do estilo de acordo com o placar do jogo, que maximiza a probabilidade de vitória

19 Exemplo de Programação Dinâmica Se o jogo entra na morte súbita é melhor jogar ofensivamente. Ou seja, deve-se escolher a estratégia para os dois primeiros jogos da partida Problema de dois estágios, sendo o estado os possíveis placares no início de cada jogo Controle: estilo de jogo Custo final: 1 se placar indica (2 0) ou (1, 5 0, 5), vitória 0 se placar indica (0 2) ou (0, 5 1, 5), derrota p w se placar indica (1 1)

20 Jogo 1: Exemplo de Programação Dinâmica

21 Jogo 2: Exemplo de Programação Dinâmica

22 Exemplo de Programação Dinâmica Estado: diferença entre os pontos do jogador menos os pontos do oponente Ex.: x k = 0 empatados Estado inicial: x 0 = 0 Equação dinâmica: x k+1 = w k P (w k = x k u k = D) = p d, P (w k = x k u k = O) = 0 P (w k = x k 1 u k = D) = 1 p d P (w k = x k 1 u k = O) = 1 p w P (w k = x k + 1 u k = D) = 0, P (w k = x k + 1 u k = O) = p w

23 Exemplo de Programação Dinâmica Controles: Defensivo (u k = D) e Ofensivo (u k = O) Custos: g k (x k, u k ) = 0 e 1 x k > 0 g 2 (x 2 N) = p w x k = 0 0 x k < 0

24 Exemplo de Programação Dinâmica Algoritmo da Programação Dinâmica 1 x k > 0 J 2 (x 2 ) = g 2 (x 2 ) = p w x k = 0 0 x k < 0 J k (x k ) = max uk {D,O}{E wk {J k+1 (x k+1 )}} J k (x k ) = max[p d J k+1 (x k ) + (1 p d )J k+1 (x k 1), p w J k+1 (x k + 1) + (1 p w )J k+1 (x k 1)]

25 Exemplo de Programação Dinâmica Será ótimo jogar de forma ofensiva se p w J k+1 (x k + 1) + (1 p w )J k+1 (x k 1) > p d J k+1 (x k ) + (1 p d )J k+1 (x k 1) p w pd J k+1(x k ) J k+1 (x k 1) J k+1 (x k +1) J k+1 (x k 1)

26 Exemplo de Programação Dinâmica Para k = 1, considernado p d > p w J 1 (x 1 ) = 1 para x 1 > 0; u 1 = O ou D J 1 (1) = max[p d + (1 p d )p w, p w + (1 p w )p w ] = p d + (1 p d )p w ; u 1 = D J 1 (0) = p w ; u 1 = O J 1 ( 1) = p 2 w; u 1 = O J 1 (x 1 ) = 0 para x 1 < 0 ; u 1 = O ou D

27 Exemplo de Programação Dinâmica Para k = 0 J 0 (0) = max[p d J 1 (0) + (1 p d )J 1 ( 1), p w J 1 (1) + (1 p w )J 1 ( 1)] = max[p d p w + (1 p d )p 2 w, p w (p d + (1 p d )p w ) + (1 p w )p 2 w] = p w (p w + (p w + p d )(1 p w )) Controle ótimo: u 0 = O Estratégia de controle: jogar de forma defensiva se estiver na frente no placar

28 Resultado com a estratégia ótima Exemplo de Programação Dinâmica

29 Exemplo de Programação Dinâmica Se p w < 1/2: a probabilidade de perder o jogo é maior do que ganhar, não importando o estilo escolhido A probabilidade dele vencer a partida com a estratégia ótima é < 50%? Região do par (p w, p d ) na qual o jogador tem mais de 50% de chances de vitória da partida R = {(p d, p w ) J 0 (0) = p w (p w + (p w + p d )(1 p w )) > 1/2} Se p w = 0, 45 e p d = 0, 9 então J 0 (0) = 0, 53

30 Exemplo de Programação Dinâmica O jogador utiliza a informação do placar atual (realimentação), enquanto que o oponente não tem esta opção. Valor da informação: redução do custo total quando se utiliza realimentação do estado (informação do estado) Vamos calcular a probabilidade de vitória utilizando as políticas de malha aberta

31 Exemplo de Programação Dinâmica

32 Exemplo de Programação Dinâmica 1) Defensivo no dois jogos: p 2 d p w 2) Ofensivo nos dois jogos: p 2 w + p 2 w(1 p w ) = p 2 w(2 p w ) 3) Ofensivo no primeiro e defensivo no segundo: p w p d + p 2 w(1 p d ) 4) Defensivo no primeiro e ofensivo no segundo: p w p d + p 2 w(1 p d ) A primeira estratégia é dominada pelas outras Probabilidade de vitória em malha aberta = max[p 2 w(2 p w ), p w p d + p 2 w(1 p d )] = p 2 w + p w (1 p w )max[p w, p d ]

33 Exemplo de Programação Dinâmica Assumindo p d > p w Probabilidade de vitória em malha aberta = p w p d + p 2 w(1 p d ) Estratégia: jogar ofensivo em um jogo e defensivo no outro Para p w = 0, 45 e p d = 0, 9, probabilidade de vitória = 0, 425 Valor da informação = 0, 53 0, 425 = 0, 105

34 Exercícios da lista 2 4.1) Utilizar J N (x N, y N ) = x T N Q Nx N J k (x k, y k ) = min uk U k (x k )E wk {g k (x k, u k, w k )+ m i=1 p ij k+1 (f k (x k, u k, w k ), i) y k } Achar u N 1 (x N 1 ) e substituir em J N 1 (x N 1, y N 1 ) Escrever J N 1 (x N 1, y N 1 ) como J N 1 (x N 1, y N 1 ) = x T N 1 K N 1x N 1 + x T N 1 b N 1(y N 1 ) + c N 1 (y N 1 )

35 Exercícios da lista 2 Achar u k (x k ), considerando J k+1 (x k+1, y k+1 ) = x T k+1 K k+1x k+1 + x T k+1 b k+1(y k+1 ) + c k+1 (y k+1 ) 5.1) Definir y n = x N y k = x k + A 1 k w k + A 1 k A 1 Verificar que y k+1 = A k y k + B k u k k+1 w k A 1 k...a 1 N 1 w N 1

36 Mostrar que J = x T N Qx N + N 1 k=0 = y T 0 K 0 y 0 + N 1 k=0 ( u T k R k u k ) Exercícios da lista 2 ( y T k+1 K k+1 y k+1 y T k K ky k + u T k R ku k ) = y T 0 K 0 y 0 + N 1 k=0 (u k Lk) T P k (u k L k y k )

Controle Ótimo - Aula 2 (Exemplos 2, 3 e 4)

Controle Ótimo - Aula 2 (Exemplos 2, 3 e 4) Controle Ótimo - Aula 2 (Exemplos 2, 3 e 4) Adriano A. G. Siqueira e Marco H. Terra Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de São Paulo - São Carlos Sistemas dinâmicos discretos no tempo O Problema

Leia mais

Controle Ótimo - Aula 8 Equação de Hamilton-Jacobi

Controle Ótimo - Aula 8 Equação de Hamilton-Jacobi Controle Ótimo - Aula 8 Equação de Hamilton-Jacobi Adriano A. G. Siqueira e Marco H. Terra Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de São Paulo - São Carlos O problema de controle ótimo Considere

Leia mais

2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB.

2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB. 2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB. 1) Classifique as seguintes variáveis aleatórias como discretas ou contínuas. X : o número de acidentes de automóvel por ano na rodovia BR 116. Y :

Leia mais

Vetor de Variáveis Aleatórias

Vetor de Variáveis Aleatórias Vetor de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 25 de junho de 2013 Luis Henrique Assumpção Lolis Vetor de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Vetor de Variáveis Aleatórias 2 Função de Várias

Leia mais

Figura: Capa do Livro Hamburger, H., Richards, D. Logic and Language Models for Computer Science, Prentice Hall.

Figura: Capa do Livro Hamburger, H., Richards, D. Logic and Language Models for Computer Science, Prentice Hall. Figura: Capa do Livro Hamburger, H., Richards, D. Logic and Language Models for Computer Science, Prentice Hall. Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Sistemas e Computação Curso de Bacharelado

Leia mais

Cálculo das Probabilidades I - Sexta Lista - Rio, 13/09/2014

Cálculo das Probabilidades I - Sexta Lista - Rio, 13/09/2014 Cálculo das Probabilidades I - Sexta Lista - Rio, 13/09/2014 1. O diâmetro X de{ um cabo elétrico é uma variável aleatória com densidade de probabilidade K(2x x dada por 2 ), 0 x 1 0, x < 0 ou x > 1. (a)

Leia mais

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA VARIÁVEIS ALEATÓRIAS Joaquim H Vianna Neto Relatório Técnico RTE-03/013 Relatório Técnico Série Ensino Variáveis

Leia mais

Exercícios de Teoria da Probabilidade e Processos Estocásticos Parte II

Exercícios de Teoria da Probabilidade e Processos Estocásticos Parte II Exercícios de Teoria da Probabilidade e Processos Estocásticos Parte II 13 de Dezembro de 2013 Exercício 1. Descreva o espaço de probabilidade associado às seguintes experiências aleatórias: 1. Uma moeda

Leia mais

1 Definição Clássica de Probabilidade

1 Definição Clássica de Probabilidade Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - Campus Pombal Disciplina: Estatística Básica - 2013 Aula 4 Professor: Carlos Sérgio UNIDADE 2 - Probabilidade: Definições (Notas de aula) 1 Definição Clássica

Leia mais

Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Geração de Números Aleatórios Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo 1 / 61 Simulando de Distribuições Discretas Assume-se que um

Leia mais

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos 1 Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos Documento auxiliar à disciplina de Modelação, Identificação e Controlo Digital Alexandre Bernardino 003/005 IST-Secção de Sistemas

Leia mais

Aula 11. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais

Aula 11. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais Aula. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais Resumo de caso unidimensional Caso Discreto p p 2 p 3 Caso Contínuo f(x) x x 2 x 3 i p i + f x dx X x x 2 x 3 P p p 2 p 3 Caso bidimensional Caso Discreto

Leia mais

Probabilidades e Estatística - LEIC + LERCI + LEE 2 o semestre 2004/05

Probabilidades e Estatística - LEIC + LERCI + LEE 2 o semestre 2004/05 Departamento de Matemática Secção de Estatística e Aplicações - IST Probabilidades e Estatística - LEIC + LERCI + LEE 2 o semestre 2004/05 3 o Teste 4/6/2005 9h O Teste que vai realizar tem a duração total

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Francisco A. Rodrigues Departamento de Matemática Aplicada e Estatística - SME Objetivo Dada M classes ω 1, ω 2,..., ω M e um

Leia mais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais Seção 2.6: Vetores Aleatórios Davi Antônio dos Santos Departamento de Mecatrônica Instituto Tecnológico de Aeronáutica davists@ita.br São José dos Campos,

Leia mais

Controle Ótimo - Aula 1 (Prova do Algoritmo da PD e Exemplo 1)

Controle Ótimo - Aula 1 (Prova do Algoritmo da PD e Exemplo 1) 1 Controle Ótimo - Aula 1 (Prova do Algoritmo da PD e Exemplo 1) Adriano Almeida Gonçalves Siqueira e Marco H. Terra Algoritmo da Programação Dinâmica: Para cada condição inicial x 0, o custo ótimo J (x

Leia mais

1 Noções de Probabilidade

1 Noções de Probabilidade Noções de Probabilidade Já vimos que para se obter informações sobre alguma característica da população, podemos utilizar uma amostra. Estudaremos agora a probabilidade, que é uma ferramenta usada e necessária

Leia mais

a) o time ganhe 25 jogos ou mais; b) o time ganhe mais jogos contra times da classe A do que da classe B.

a) o time ganhe 25 jogos ou mais; b) o time ganhe mais jogos contra times da classe A do que da classe B. Universidade de Brasília Departamento de Estatística 5 a Lista de PE. Um time de basquete irá jogar uma temporada de 44 jogos. desses jogos serão disputados contra times da classe A e os 8 restantes contra

Leia mais

Lista de Exercícios 4

Lista de Exercícios 4 Introdução à Teoria de Probabilidade. Informática Biomédica. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales 30 de maio de 2007. Lista de Exercícios 4 são difíceis, são bem mais difíceis.

Leia mais

Probabilidade Aula 08

Probabilidade Aula 08 332 Probabilidade Aula 8 Magno T. M. Silva Escola Politécnica da USP Maio de 217 A maior parte dos exemplos dessa aula foram extraídos de Jay L. Devore, Probabilidade e Estatística para engenharia e ciências,

Leia mais

3 3. Variáveis Aleatórias

3 3. Variáveis Aleatórias ÍNDICE 3. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS...49 3.. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIDIMENSIONAIS...49 3.2. VARIÁVEIS DISCRETAS FUNÇÃO DE PROBABILIDADE E FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE...50 3.2.. Função de probabilidade...50

Leia mais

3 a Lista de PE Solução

3 a Lista de PE Solução Universidade de Brasília Departamento de Estatística 3 a Lista de PE Solução. Se X representa o ganho do jogador, então os possíveis valores para X são,, 0, e 4. Esses valores são, respectivamente, correspondentes

Leia mais

Jogos de soma zero com dois jogadores

Jogos de soma zero com dois jogadores Jogos de soma zero com dois jogadores Problema: Dada uma matriz A m n, encontrar um equilíbrio de Nash (de estratégias mistas). Jogador 1 quer encontrar p que maximize v sujeito a i p i = 1 sujeito a (pa)

Leia mais

Vetor de Variáveis Aleatórias

Vetor de Variáveis Aleatórias Vetor de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 14 de abril de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Vetor de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Vetor de Variáveis Aleatórias 2 Função de Várias

Leia mais

Módulo II: Cálculo dos Momentos de um Processo Estocástico, Processo de Bernoulli, Processo Random Walk

Módulo II: Cálculo dos Momentos de um Processo Estocástico, Processo de Bernoulli, Processo Random Walk Módulo II: Cálculo dos Momentos de um Processo Estocástico, Processo de Bernoulli, Processo Random Walk Wamberto J. L. Queiroz Universidade Federal de Campina Grande-UFCG Departamento de Engenharia Elétrica

Leia mais

3 NOÇÕES DE PROBABILIDADE

3 NOÇÕES DE PROBABILIDADE 3 NOÇÕES DE PROILIDDE 3.1 Conjuntos Um conjunto pode ser considerado como uma coleção de objetos chamados elementos do conjunto. Em geral denota-se conjunto por letras maiúsculas,, C,... e a sua representação

Leia mais

EES-20: Sistemas de Controle II. 20 Novembro 2017

EES-20: Sistemas de Controle II. 20 Novembro 2017 EES-20: Sistemas de Controle II 20 Novembro 2017 1 / 57 Recapitulando: Filtro de Kalman para sistema de 1a ordem Foi considerado o caso de estado x[k] escalar, com G = 1 e C = 1, por simplicidade: Equação

Leia mais

Busca Competitiva. Inteligência Artificial. Até aqui... Jogos vs. busca. Decisões ótimas em jogos 9/22/2010

Busca Competitiva. Inteligência Artificial. Até aqui... Jogos vs. busca. Decisões ótimas em jogos 9/22/2010 Inteligência Artificial Busca Competitiva Aula 5 Profª Bianca Zadrozny http://www.ic.uff.br/~bianca/ia-pos Capítulo 6 Russell & Norvig Seção 6.1 a 6.5 2 Até aqui... Problemas sem interação com outro agente.

Leia mais

EXPLORANDO GRAFOS 1. Grafos e Jogos uma introdução

EXPLORANDO GRAFOS 1. Grafos e Jogos uma introdução 1. Grafos e Jogos uma introdução Considere o seguinte jogo, o qual é uma das muitas variantes de Nim, também conhecido como jogo Marienbad. Inicialmente existe uma certa quantidade de fósforos na mesa

Leia mais

1 Distribuições Discretas de Probabilidade

1 Distribuições Discretas de Probabilidade 1 Distribuições Discretas de Probabilidade A distribuição discreta descreve quantidades aleatórias (dados de interesse) que podem assumir valores particulares e os valores são finitos. Por exemplo, uma

Leia mais

Aula 4. Aula de hoje. Aula passada

Aula 4. Aula de hoje. Aula passada Aula 4 Aula passada Função de distribuição Bernoulli Sequência de v.a. Binomial, Geométrica, Zeta Valor esperado Variância Distribuição conjunta Independência de v.a. Aula de hoje Valor esperado condicional

Leia mais

Processamento digital de imagens

Processamento digital de imagens Processamento digital de imagens Agostinho Brito Departamento de Engenharia da Computação e Automação Universidade Federal do Rio Grande do Norte 27 de maio de 2016 Reconhecimento de objetos Padrão: arranjo

Leia mais

Revisões de Matemática e Estatística

Revisões de Matemática e Estatística Revisões de Matemática e Estatística Joaquim J.S. Ramalho Contents 1 Operadores matemáticos 2 1.1 Somatório........................................ 2 1.2 Duplo somatório....................................

Leia mais

Estatística Descritiva e Exploratória

Estatística Descritiva e Exploratória Gledson Luiz Picharski e Wanderson Rodrigo Rocha 9 de Maio de 2008 Estatística Descritiva e exploratória 1 Váriaveis Aleatórias Discretas 2 Variáveis bidimensionais 3 Váriaveis Aleatórias Continuas Introdução

Leia mais

Processamento de Imagens CPS755

Processamento de Imagens CPS755 Processamento de Imagens CPS755 aula 06 - sistemas não lineares Antonio Oliveira Ricardo Marroquim 1 / 38 laboratório de processamento de imagens tópicos RANSAC métodos iterativos (não-lineares) gradientes

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Pós-Graduação em Modelagem e Métodos Quantitativos Mestrado Acadêmico na Área Interdisciplinar

Universidade Federal do Ceará Pós-Graduação em Modelagem e Métodos Quantitativos Mestrado Acadêmico na Área Interdisciplinar Universidade Federal do Ceará Pós-Graduação em Modelagem e Métodos Quantitativos Mestrado Acadêmico na Área Interdisciplinar Prova Escrita - Estatística e Computação Pós-Graduação em Modelagem e Métodos

Leia mais

2.4 Esperança e distribuição condicionais

2.4 Esperança e distribuição condicionais 2.4. ESPERANÇA E DISTRIBUIÇÃO CONDICIONAIS 35 2.4 Esperança e distribuição condicionais Estendemos aqui o conceito de probabilidade condicional em (2.8) para obter a distribuição condicional e, posteriormente,

Leia mais

Nome: N. o : f(u) du para todo o x (V) d) Se F (x) tiver pontos de descontinuidade, então X é discreta (F)

Nome: N. o : f(u) du para todo o x (V) d) Se F (x) tiver pontos de descontinuidade, então X é discreta (F) ESTATÍSTICA I 2. o Ano/Gestão 1. o Semestre Época Normal Duração: 2 horas 1. a Parte Teórica N. o de Exame: RESOLUÇÃO 09.01.2015 Este exame é composto por duas partes. Esta é a 1 a Parte Teórica (Cotação:

Leia mais

CC-226 Aula 07 - Estimação de Parâmetros

CC-226 Aula 07 - Estimação de Parâmetros CC-226 Aula 07 - Estimação de Parâmetros Carlos Henrique Q. Forster - Instituto Tecnológico de Aeronáutica 2008 Estimação de Parâmetros Para construir o classificador bayesiano, assumimos as distribuições

Leia mais

Bioestatística. AULA 6 - Variáveis aleatórias. Isolde Previdelli

Bioestatística. AULA 6 - Variáveis aleatórias. Isolde Previdelli Universidade Estadual de Maringá Mestrado Acadêmico em Bioestatística Bioestatística Isolde Previdelli itsprevidelli@uem.br isoldeprevidelli@gmail.com AULA 6 - Variáveis aleatórias 30 de Março de 2017

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ Seja X uma variável aleatória com conjunto de valores X(S). Se o conjunto de valores for infinito não enumerável então a variável

Leia mais

Professora Ana Hermínia Andrade. Período

Professora Ana Hermínia Andrade. Período Distribuições de probabilidade Professora Ana Hermínia Andrade Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Economia e Análise Período 2016.2 Modelos de distribuição Para

Leia mais

Exercícios de Teoria da Probabilidade e Processos Estocásticos Parte I

Exercícios de Teoria da Probabilidade e Processos Estocásticos Parte I Exercícios de Teoria da Probabilidade e Processos Estocásticos Parte I 2014/2015 Os exercícios assinalados com (*) têm um nível de dificuldade superior. Exercício 1. Seja (X, F) um espaço mensurável. Mostre

Leia mais

Processos Estocásticos

Processos Estocásticos Processos Estocásticos Primeira Lista de Exercícios de junho de 0 Quantos códigos de quatro letras podem ser construídos usando-se as letras a, b, c, d, e, f se: a nenhuma letra puder ser repetida? b qualquer

Leia mais

Aprendizado por Reforço

Aprendizado por Reforço Aprendizado por Reforço Fabrício Olivetti de França Universidade Federal do ABC Tópicos 1. Aprendizado por Reforço 2. Q-Learning 3. SARSA 4. Outras ideias 1 Aprendizado por Reforço Problemas de decisão

Leia mais

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos 1 Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos Documento auxiliar à disciplina de Modelação, Identificação e Controlo Digital Alexandre Bernardino IST-Secção de Sistemas e Controlo

Leia mais

Processos estocásticos

Processos estocásticos 36341 - Introdução aos Processos Estocásticos Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de Brasília Processos estocásticos Geovany A. Borges gaborges@ene.unb.br

Leia mais

AGA Análise de Dados em Astronomia I 8. Inferência Bayesiana e MCMC

AGA Análise de Dados em Astronomia I 8. Inferência Bayesiana e MCMC 1 / 1 AGA 0505- Análise de Dados em Astronomia I 8. Inferência Bayesiana e MCMC Laerte Sodré Jr. 1o. semestre, 2018 2 / 1 Inferência Bayesiana inferência bayesiana consideremos um conjunto de dados D que

Leia mais

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 0

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 0 Probabilidade 2 - ME310 - Lista 0 17 de agosto de 2018 Lembrando: 1) Conjuntos disjuntos: A B = = P (A B) = 0 2) Conjuntos independentes: P (A B) = P (A) P (B) A = (A B). (A B c ) só uma forma de deixar

Leia mais

ESTATÍSTICA I Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Discretas. Helena Penalva 2006/2007

ESTATÍSTICA I Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Discretas. Helena Penalva 2006/2007 ESTATÍSTICA I Variáveis Aleatórias 1 Definição: A uma função X de domínio Ω com valores em Ñ X:Ω Ñ, ω X(ω)=x, chamamos variável aleatória (v.a.) em Ω. Ao contradomínio da função X, designaremos por V X

Leia mais

Gibbs Sampler para ANOVA e Misturas

Gibbs Sampler para ANOVA e Misturas Gibbs Sampler para ANOVA e Misturas Renato Assunção - DCC, UFMG Outubro de 014 1 Modelo ANOVA: componentes de variância Suponha que temos K grupos ou classes. Em cada grupo, temos um certo número de dados

Leia mais

Noções de Simulação. Ciências Contábeis - FEA - Noturno. 2 o Semestre MAE0219 (IME-USP) Noções de Simulação 2 o Semestre / 23

Noções de Simulação. Ciências Contábeis - FEA - Noturno. 2 o Semestre MAE0219 (IME-USP) Noções de Simulação 2 o Semestre / 23 Noções de Simulação Ciências Contábeis - FEA - Noturno 2 o Semestre 2013 MAE0219 (IME-USP) Noções de Simulação 2 o Semestre 2013 1 / 23 Objetivos da Aula Sumário 1 Objetivos da Aula 2 Motivação 3 Geração

Leia mais

Probabilidade Lista 6 - Variáveis Aleatórias Contínuas e Vetores Aleatórios

Probabilidade Lista 6 - Variáveis Aleatórias Contínuas e Vetores Aleatórios Probabilidade Lista - Variáveis Aleatórias Contínuas e Vetores Aleatórios Exercício. Uma v.a. X tem distribuição triangular no intervalo [0, ] se sua densidade for dada por 0, x < 0 cx, 0 x /2 c( x), /2

Leia mais

MAP Métodos Numéricos e Aplicações Escola Politécnica 1 Semestre de 2017 EPREC - Entrega em 27 de julho de 2017

MAP Métodos Numéricos e Aplicações Escola Politécnica 1 Semestre de 2017 EPREC - Entrega em 27 de julho de 2017 1 Preliminares MAP3121 - Métodos Numéricos e Aplicações Escola Politécnica 1 Semestre de 2017 EPREC - Entrega em 27 de julho de 2017 A decomposição de Cholesky aplicada a Finanças O exercício-programa

Leia mais

Exercícios de programação

Exercícios de programação Exercícios de programação Estes exercícios serão propostos durante as aulas sobre o Mathematica. Caso você use outra linguagem para os exercícios e problemas do curso de estatística, resolva estes problemas,

Leia mais

Variável Aleatória Contínua:

Variável Aleatória Contínua: Distribuição Contínua Normal Luiz Medeiros de Araujo Lima Filho Departamento de Estatística UFPB Variável Aleatória Contínua: Assume valores num intervalo de números reais. Não é possível listar, individualmente,

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Probabilidade e Estatística stica Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva http://paginapessoal.utfpr.edu.br/ngsilva Inferência Estatística stica e Distribuições Amostrais Inferência Estatística stica O objetivo

Leia mais

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal Susan Schommer Introdução à Estatística Econômica - IE/UFRJ Distribuições Contínuas Em muitos problemas se torna matematicamente mais simples considerar um espaço

Leia mais

1 C alculo Estoc astico

1 C alculo Estoc astico Cálculo Estocástico 1 1 Cálculo Estocástico Bibliografia: 1 Cálculo Estocástico Bibliografia: Mikosch, Thomas; 1 Cálculo Estocástico Bibliografia: Mikosch, Thomas; Elementary Sthocastic Calculus, with

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Sumário. 2 Índice Remissivo 11 i Sumário 1 Principais Distribuições Contínuas 1 1.1 Distribuição Uniforme................................. 1 1.2 A Distribuição Normal................................. 2 1.2.1 Padronização e Tabulação

Leia mais

MAB-515 Avaliação e Desempenho (DCC/UFRJ)

MAB-515 Avaliação e Desempenho (DCC/UFRJ) MAB-515 Avaliação e Desempenho (DCC/UFRJ) Aula 6: Desigualdades, Limites e 1 Normalização Desigualdade de Chebyshev Lei dos Grandes Números 2 3 Normalização Sumário Normalização Desigualdade de Chebyshev

Leia mais

3. Considere uma amostra aleatória de tamanho 7 de uma normal com média 18. Sejam X e S 2, a média e a variância amostral, respectivamente.

3. Considere uma amostra aleatória de tamanho 7 de uma normal com média 18. Sejam X e S 2, a média e a variância amostral, respectivamente. 1 Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Ciências Exatas Professores: Clarice Demétrio, Roseli Leandro e Mauricio Mota Lista 3- Distribuições Amostrais-

Leia mais

GABARITO DAS ATIVIDADES

GABARITO DAS ATIVIDADES Seção 1 Lançando Moedas e Dados Título da Atividade: Jankenpon 1 GABARITO DAS ATIVIDADES Para cada par de dados, denotemos por (i, j) o resultado i obtido no primeiro dado e o resultado j obtido no segundo

Leia mais

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA UFPE - Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Estatística Disciplina: ET-406 Estatística Econômica Professor: Waldemar A. de Santa Cruz Oliveira Júnior INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Podemos

Leia mais

Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais. Aula 08

Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais. Aula 08 Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais Aula 08 Universidade Federal do Espírito Santo - Departamento de Informática - DI Laboratório de Pesquisas em Redes Multimidia - LPRM Teoria das Filas

Leia mais

ME-310 Probabilidade II Lista 0

ME-310 Probabilidade II Lista 0 ME-310 Probabilidade II Lista 0 1. Sejam A e B eventos disjuntos tais que P(A) = 0.1 e P(B) = 0.. Qual é a probabilidade que (a) A ou B ocorra; (b) A ocorra, mas B não ocorra; (c) repita (a) e (b) se os

Leia mais

Probabilidade Condicional (grupo 2)

Probabilidade Condicional (grupo 2) page 39 Capítulo 5 Probabilidade Condicional (grupo 2) Veremos a seguir exemplos de situações onde a probabilidade de um evento émodificadapelainformação de que um outro evento ocorreu, levando-nos a definir

Leia mais

Módulo III: Processos de Poisson, Gaussiano e Wiener

Módulo III: Processos de Poisson, Gaussiano e Wiener Módulo III: Processos de Poisson, Gaussiano e Wiener Wamberto J. L. Queiroz Universidade Federal de Campina Grande-UFCG Departamento de Engenharia Elétrica Processos Estocásticos Campina Grande - PB Módulo

Leia mais

Variáveis Aleatórias Contínuas

Variáveis Aleatórias Contínuas Variáveis Aleatórias Contínuas Bacharelado em Administração - FEA - Noturno 2 o Semestre 2017 MAE0219 (IME-USP) Variáveis Aleatórias Contínuas 2 o Semestre 2017 1 / 35 Objetivos da Aula Sumário 1 Objetivos

Leia mais

Fundamentos de Estatística

Fundamentos de Estatística Fundamentos de Estatística Clássica Workshop Análise de Incertezas e Validação Programa de Verão 2017 Marcio Borges 1 1LABORATÓRIO NACIONAL DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA mrborges@lncc.br Petrópolis, 9 de Fevereiro

Leia mais

Reviso de Teoria da Medida e Elementos Bsicos de Probabilidade

Reviso de Teoria da Medida e Elementos Bsicos de Probabilidade Reviso de Teoria da Medida e Elementos Bsicos de Probabilidade Roberto Imbuzeiro Oliveira 9 de Março de 2009 Resumo Esta lista cobre o básico do básico sobre espaços e distribuições de probabilidade. Pouco

Leia mais

Capítulo 2. Variáveis Aleatórias e Distribuições

Capítulo 2. Variáveis Aleatórias e Distribuições Capítulo 2 Variáveis Aleatórias e Distribuições Experimento Aleatório Não existe uma definição satisfatória de Experimento Aleatório. Os exemplos dados são de fenômenos para os quais modelos probabilísticos

Leia mais

Introdução aos Proc. Estocásticos - ENG 430

Introdução aos Proc. Estocásticos - ENG 430 Introdução aos Proc. Estocásticos - ENG 430 Fabrício Simões IFBA 16 de novembro de 2015 Fabrício Simões (IFBA) Introdução aos Proc. Estocásticos - ENG 430 16 de novembro de 2015 1 / 35 Fabrício Simões

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Variáveis Aleatórias. Departamento de Estatística Luiz Medeiros

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Variáveis Aleatórias. Departamento de Estatística Luiz Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Variáveis Aleatórias Departamento de Estatística Luiz Medeiros Introdução Como sabemos, características de interesse em diversas áreas estão sujeitas à variação; Essa variabilidade

Leia mais

3 a Lista de PE. Universidade de Brasília Departamento de Estatística

3 a Lista de PE. Universidade de Brasília Departamento de Estatística Universidade de Brasília Departamento de Estatística 3 a Lista de PE 1. Duas bolas são escolhidas aleatoriamente de uma urna contendo 8 bolas brancas, 4 pretas, e duas bolas laranjas. Suponha que um jogador

Leia mais

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017 padrão - padronização Distribuição Normal Prof. Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística 25 de agosto de 2017 Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) Distribuição Normal Março/2017 1 / 32 Roteiro Distribuições

Leia mais

Prof.: Joni Fusinato

Prof.: Joni Fusinato Probabilidade Condicional Prof.: Joni Fusinato joni.fusinato@ifsc.edu.br jfusinato@gmail.com Probabilidade Condicional É a probabilidade de ocorrer um evento A sabendo-se que já ocorreu um evento B. Assim,

Leia mais

Par de Variáveis Aleatórias

Par de Variáveis Aleatórias Par de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 7 de abril de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Par de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Introdução 2 Par de Variáveis Aleatórias Discretas 3

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Algoritmo para simular uma fila Medidas de interesse Média amostral Aula de hoje Teorema do Limite Central Intervalo de Confiança Variância amostral

Leia mais

Árvore de Jogos Minimax e Poda Alfa-Beta

Árvore de Jogos Minimax e Poda Alfa-Beta Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias CCA UFES Departamento de Computação Árvore de Jogos Minimax e Poda Alfa-Beta Inteligência Artificial Site: http://jeiks.net E-mail: jacsonrcsilva@gmail.com

Leia mais

Teoria da Probabilidade

Teoria da Probabilidade Teoria da Probabilidade Luis Henrique Assumpção Lolis 14 de fevereiro de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Teoria da Probabilidade 1 Conteúdo 1 O Experimento Aleatório 2 Espaço de amostras 3 Álgebra dos

Leia mais

Variáveis Aleatórias. Henrique Dantas Neder. April 26, Instituto de Economia - Universidade Federal de Uberlândia

Variáveis Aleatórias. Henrique Dantas Neder. April 26, Instituto de Economia - Universidade Federal de Uberlândia Variáveis Aleatórias Henrique Dantas Neder Instituto de Economia - Universidade Federal de Uberlândia April 2, 202 VARIÁVEL ALEATÓRIA DISCRETA O conceito de variável aleatória está intrínsicamente relacionado

Leia mais

Variáveis Aleatórias

Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Definição: Uma variável aleatória v.a. é uma função que associa elementos do espaço amostral a valores numéricos, ou seja, X : Ω A, em que A R. Esquematicamente As variáveis aleatórias

Leia mais

Processos Estocásticos

Processos Estocásticos Processos Estocásticos Quarta Lista de Exercícios 12 de fevereiro de 2014 1 Sejam X e Y duas VAs que só podem assumir os valores 1 ou -1 e seja p(x, y) = P (X = x, Y = y), x, y { 1, 1} a função de probabilidade

Leia mais

1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades

1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades 1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades 1.1 Definição Frequentista Considere um experimento aleatório que consiste no lançamento de um dado honesto. O espaço amostral desse experimento é Ω = {1, 2, 3,

Leia mais

5.3 Variáveis aleatórias gaussianas conjuntas

5.3 Variáveis aleatórias gaussianas conjuntas M. Eisencraft 5.3 Variáveis aleatórias gaussianas conjuntas 64 respectivamente. São as chamadas funções características marginais: Φ X (ω ) = Φ X,Y (ω,0) (5.0) Φ Y (ω ) = Φ X,Y (0,ω ) (5.) Os momentos

Leia mais

Uma Introdução à Otimização sob Incerteza Aula 3

Uma Introdução à Otimização sob Incerteza Aula 3 Uma Introdução à Otimização sob Incerteza Aula 3 Bernardo Kulnig Pagnoncelli 1 e Humberto José Bortolossi 2 1 Departamento de Matemática Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 2 Departamento

Leia mais

Distribuição de Probabilidade. Prof. Ademilson

Distribuição de Probabilidade. Prof. Ademilson Distribuição de Probabilidade Prof. Ademilson Distribuição de Probabilidade Em Estatística, uma distribuição de probabilidade descreve a chance que uma variável pode assumir ao longo de um espaço de valores.

Leia mais

PARTE TEÓRICA Perguntas de escolha múltipla

PARTE TEÓRICA Perguntas de escolha múltipla PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA MIEEC/FEUP PARTE TEÓRICA Perguntas de escolha múltipla 1 Dada a experiência aleatória ε define-se espaço amostral associado a ε como sendo: A O espaço físico onde se realiza

Leia mais

PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES DISCRETAS DE PROBABILIDADE

PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES DISCRETAS DE PROBABILIDADE PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES DISCRETAS DE PROBABILIDADE 3.1 INTRODUÇÃO Muitas variáveis aleatórias associadas a experimentos aleatórios têm propriedades similares e, portanto, podem ser descritas através de

Leia mais

Probabilidade. Variáveis Aleatórias Distribuição de Probabilidade

Probabilidade. Variáveis Aleatórias Distribuição de Probabilidade Probabilidade Variáveis Aleatórias Distribuição de Probabilidade Variáveis Aleatórias Variável Aleatória Indica o valor correspondente ao resultado de um experimento A palavra aleatória indica que, em

Leia mais

Agrupamento de dados. Critério 1: grupos são concentrações de dados k-means Critério 2: grupos são conjuntos de elementos próximos entre si espectral

Agrupamento de dados. Critério 1: grupos são concentrações de dados k-means Critério 2: grupos são conjuntos de elementos próximos entre si espectral Agrupamento de dados Critério 1: grupos são concentrações de dados k-means Critério 2: grupos são conjuntos de elementos próximos entre si espectral Dados e grafos Se temos dados x i, i 0... n, criamos

Leia mais

{ C(1 x 2 ), se x ( 1, 1), f(x) = Cxe x/2, se x > 0, x + k, se 0 x 3; 0, c.c. k, se 1 < x 2; kx + 3k, se 2 < x 3;

{ C(1 x 2 ), se x ( 1, 1), f(x) = Cxe x/2, se x > 0, x + k, se 0 x 3; 0, c.c. k, se 1 < x 2; kx + 3k, se 2 < x 3; Universidade de Brasília Departamento de Estatística 4 a Lista de PE 1. Seja X uma variável aleatória com densidade { C(1 x 2 ), se x ( 1, 1), 0, se x / ( 1, 1). a) Qual o valor de C? b) Qual a função

Leia mais

A figura 5.1 ilustra a densidade da curva normal, que é simétrica em torno da média (µ).

A figura 5.1 ilustra a densidade da curva normal, que é simétrica em torno da média (µ). Capítulo 5 Distribuição Normal Muitas variáveis aleatórias contínuas, tais como altura, comprimento, peso, entre outras, podem ser descritas pelo modelo Normal de probabilidades. Este modelo é, sem dúvida,

Leia mais

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA Prof. Mauricio Fanno Estatística indutiva Estatística descritiva Dados no passado ou no presente e em pequena quantidade, portanto, reais e coletáveis. Campo de trabalho:

Leia mais

AGA Análise de Dados em Astronomia I 7. Modelagem dos Dados com Máxima Verossimilhança: Modelos Lineares

AGA Análise de Dados em Astronomia I 7. Modelagem dos Dados com Máxima Verossimilhança: Modelos Lineares 1 / 0 AGA 0505- Análise de Dados em Astronomia I 7. Modelagem dos Dados com Máxima Verossimilhança: Modelos Lineares Laerte Sodré Jr. 1o. semestre, 018 modelos modelagem dos dados dado um conjunto de dados,

Leia mais

1.2 Distribuição normal

1.2 Distribuição normal 4. Distribuição normal CAPÍTULO. INTRODUÇÃO A distribuição normal ou gaussiana é a função de densidade mais amplamente usada em aplicações estatísticas numa grande variedade de áreas. No começo dos desenvolvimentos

Leia mais

Uma breve introdução a probabilidade

Uma breve introdução a probabilidade Uma breve introdução a probabilidade Modelo Probabilístico Espaço amostral (S): conjunto de todos os resultados que podem ocorrer a partir de um experimento aleatório Probabilidade de eventos (P): quantificação

Leia mais

Distribuições de Probabilidade. Distribuição Uniforme Distribuição Exponencial Distribuição Normal

Distribuições de Probabilidade. Distribuição Uniforme Distribuição Exponencial Distribuição Normal Distribuições de Probabilidade Distribuição Uniforme Distribuição Exponencial Distribuição Normal 1 Distribuição Uniforme A distribuição Uniforme atribui uma densidade igual ao longo de um intervalo (a,b).

Leia mais