ÁREA DE ENSAIOS ALVENARIA ESTRUTURAL RELATÓRIO DE ENSAIO N O 36555
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- Matheus da Rocha Cerveira
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1 LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ENDEREÇO: Cidade Universitária Camobi, Santa Maria (RS) CEP TELEFONE: (55) (Fax) Direção Secretaria 1/5 ÁREA DE ENSAIOS ALVENARIA ESTRUTURAL RELATÓRIO DE ENSAIO N O Amostra n o : 2974 Data de entrada: 23 / 08 / 2007 Interessado: PAULUZZI Produtos Cerâmicos Ltda. Referência: GESSO aplicado como revestimento interno sobre bloco cerâmico Material declarado: Gesso para revestimento Tipo revestimento interno Objetivo: Determinação da resistência de aderência à tração 1. INTRODUÇÃO Este relatório apresenta os resultados dos ensaios de avaliação de desempenho de estrutura de alvenaria com revestimento interno de gesso, através da determinação da resistência de aderência à tração, por arrancamento. O ensaio foi realizado junto ao Interessado fábrica da PAULUZZI Produtos Cerâmicos em Sapucaia do Sul (RS), aproximadamente 28 (vinte e oito) dias após aplicação. Este ensaio é parte da avaliação de desempenho do gesso aplicado pela empresa contratada, bem como dos substratos utilizados, alvenaria de blocos cerâmicos estruturais lisos, sem chapisco. A amostra ensaiada pelo foi identificada como: 2974 Interessado Data do ensaio: 22 / 08 / 2007 Amostra: Gesso de Revestimento Interno Data de aplicação: Não informado Classe: 0,20 MPa Identificação: PASTA DE GESSO Processo de mistura: Betoneiras de 360L Substrato utilizado: Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos de superfície Lisa (PAULUZZI Produtos Cerâmicos Ltda.). Não houve regularização do substrato, este apresentou a textura natural do bloco liso. Preparo da Pasta: Conforme procedimento para mistura descrito em procedimento da empresa aplicadora. Aplicação da Pasta: A Pasta de Gesso foi aplicada em espessura média variável (aproximadamente 5-10mm) em panos delimitados (2,0m²), lançada com desempenho, sarrafeada e desempenada conforme procedimentos necessários ao acabamento característico desse revestimento. O substrato apresentou processo de cura ao ar.
2 2/5 Corpos-de-prova: Seção circular de diâmetro médio aproximado de 50mm, preparados no dia do ensaio, conforme Figura 01, serrados a seco com serra-copos diamantada, com profundidade além da argamassa (penetração de aproximadamente 2mm no substrato). Figura 01: Preparo dos corpos-de-prova para ensaio seção circular. Equipamento de tração: Digital (PREMASSA), calibrado, conforme esquema da Figura 02, com taxa de carregamento aproximada de 50N/s. Figura 02: Dispositivo de ensaio equipamento mecânico de tração. Formas de ruptura: Dependendo do tipo de ruptura que pode ocorrer no ensaio, deve-se representar em cada corpo-de-prova, a forma com que se dá essa ruptura. Uma vez que poderá ocorrer ou no substrato, ou na argamassa, ou na cola de fixação da pastilha, e ainda, nas interfaces entre ambos e nem sempre em sua totalidade de uma forma somente. A Figura 03 mostra as típicas formas de ruptura. Figura 03: Formas típicas de ruptura ocorridas em ensaios de arrancamento.
3 3/5 Dessa forma, quanto às formas de ruptura, conforme a Figura 03, pode-se descrever como sendo: (a) (b) (c) (d) (e) ruptura na interface argamassa-substrato. ruptura na argamassa de revestimento. ruptura do substrato. ruptura na interface argamassa-cola (superficial). ruptura na interface cola-pastilha (ensaio não válido descartado). Ao se analisar os resultados obtidos no ensaio tração por arrancamento, são importantes considerar as seguintes situações que podem ocorrer: No caso das rupturas na interface revestimento/substrato, o valor da resistência de aderência à tração é igual ao valor obtido no ensaio. Quando a ruptura do corpo de prova não ocorreu totalmente na interface revestimento/substrato (situações (b), (c) ou (d)), dizemos que o valor da resistência à tração não foi determinado e que a aderência do revestimento à base é maior do que o valor encontrado, portanto o resultado do ensaio será precedido pelo sinal > (maior). Ocorrendo diferentes formas de ruptura no mesmo corpo de prova, deve-se anotar a percentagem aproximada da área de cada uma. O resultado deverá ser desprezado quando a ruptura ocorrer na interface cola/pastilha, pois indicaria imperfeições na colagem das mesmas. 2. MÉTODOS DE ENSAIO E DOCUMENTOS REFERENCIADOS NBR 13276:2005 NBR 13277:2005 NBR 13278:2005 NBR 13279:2005 NBR 13281:2005 NBR 13528:1995 NBR 13529:1995 NBR 13530:1995 NBR 13749:1996 Preparo da mistura e determinação do índice de consistência Determinação da retenção de água Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão Requisitos Determinação da resistência de aderência à tração Método de ensaio Terminologia Classificação Especificação
4 4/5 3. RESULTADOS Na Tabela 01, são apresentados os resultados das determinações da resistência de aderência à tração, por arrancamento, da pasta de gesso aplicada com espessura média de 10mm, sobre alvenaria estrutural em blocos cerâmicos lisos, sem aplicação de chapisco. Tabela 01 Determinação da resistência de aderência à tração em argamassa NBR 13528:1995 Exemplar (Obra) Espessura do revestimento (mm) Área Média (mm 2 ) Carga de Ruptura (N) Resistência de aderência à tração (MPa) Formas de ruptura (%) (a) (b) (c) (d) (e) 01 8, > 0, , , , , , , , , , , Data de realização dos ensaios: 22 / 08 / 2007 Data de execução: Não informado Idade provável na data do ensaio: aproximadamente 28 (vinte e oito) dias Resistência média calculada: 0,38MPa Ruptura Adesiva situação (a) de ruptura (presente em cinco corpos-de-prova) Desvio-padrão = 0,08MPa Coeficiente de Variação = 21,8% Unidades no S I, sendo adotado 1,0 N 0,1 kgf Corpos-de-prova 01 e 06 não válidos. Na Tabela 02, são apresentados os resultados das determinações da resistência de aderência à tração, por arrancamento, da pasta de gesso aplicada com espessura média de 5mm, sobre alvenaria estrutural em blocos cerâmicos lisos, sem aplicação de chapisco. Tabela 02 Determinação da resistência de aderência à tração em argamassa NBR 13528:1995 Exemplar (Obra) Espessura do revestimento (mm) Área Média (mm 2 ) Carga de Ruptura (N) Resistência de aderência à tração (MPa) 07 4, , , > 0, Formas de ruptura (%) (a) (b) (c) (d) (e) 09 3, > 0, , , , > 0, , , Data de realização dos ensaios: 22 / 08 / 2007 Data de execução: Não informado Idade provável na data do ensaio: aproximadamente 28 (vinte e oito) dias Resistência média calculada: 0,63MPa Ruptura Adesiva situação (a) de ruptura (presente em três corpos-de-prova) Desvio-padrão = 0,14MPa Coeficiente de Variação = 21,9% Unidades no S I, sendo adotado 1,0 N 0,1 kgf
5 5/5 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme a NBR 13749:1996, o limite de resistência de aderência à tração, para revestimento em camada única para paredes internas, base pintura, aos 28 (vinte e oito) dias, deve, em pelo menos quatro dentre os seis valores, ter resistência superior ou igual a 0,20MPa. Este ensaio foi realizado após impactos realizados na superfície oposta dessa alvenaria. Estes impactos foram aplicados com marreta na idade de 14 (quatorze) dias, durante a realização dos ensaios constantes no relatório de ensaios n.º deste Laboratório. Santa Maria (RS), 27 de agosto de Prof. M. Eng. Odilon Pancaro Cavalheiro Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Alvenaria Estrutural - GPDAE Coordenador M. Eng. Mauro L. Just Laboratório de Materiais de Construção Civil Diretor
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