Mesa: Sintomas e mal-estar na contemporaneidade. Trabalho: Anorexia-bulimia e o fazer do analista Tatiana Silvera Porto Campos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Mesa: Sintomas e mal-estar na contemporaneidade. Trabalho: Anorexia-bulimia e o fazer do analista Tatiana Silvera Porto Campos"

Transcrição

1 Mesa: Sintomas e mal-estar na contemporaneidade Trabalho: Anorexia-bulimia e o fazer do analista Tatiana Silvera Porto Campos Psicanalista Mestranda da Universidade Veiga de Almeida Mestrado em Psicanálise, Saúde e Sociedade Orientadora: Prof.Dr. Betty Bernardo Fuks

2 2 Anorexia-bulimia e sua relação com a cultura contemporânea: A anorexia e a bulimia já se encontram entre as patologias psíquicas consideradas mais freqüentes e difíceis de tratar na atualidade. Espaços virtuais próanorexia e pró-bulimia são criados e visitados por um número crescente de adeptas (a participação é majoritariamente feminina). Uma das principais temáticas dos blogs e sites é a afirmação de que Ana e Mia, denominações aí registradas para anorexia e bulimia, são estilos de vida. Um vocabulário específico é utilizado pelas participantes, que se identificam com o estilo Ana-Mia lifestyle. A troca de experiências, dietas, e a promoção de campeonatos de jejum, são aí estabelecidas. Assim, podemos afirmar que apesar dos primeiros registros médicos de anorexia e bulimia datarem do s.xviii (Couvrer, 2003), estes quadros de sofrimento são sintomas freqüentes na contemporaneidade. Portanto, podemos deduzir que o desenvolvimento do capitalismo e da sociedade de consumo, aliados à ciência positivista atualizaram estes quadros clínicos, tornando-os contemporâneos. De maneira geral, como causas principais da anorexia e bulimia entre as jovens de hoje, são consideradas a cultura do corpo perfeito e a ênfase que a valorização do consumismo dá à imagem, porém, instrumentalizados pela psicanálise, visualizamos outra relação entre esses fenômenos clínicos e a sociedade contemporânea. Sauret (2005, p.11) ao analisar a contemporaneidade, afirma que o capitalismo par-e-passo com a ciência positivista moderna, parece prometer, efetivamente, a cada um, a possibilidade de recuperação do gozo que lhe fez falta (gozo perdido) e que simultaneamente a isso, promete ainda se acomodar aos pequenos gozos de cada um. Dá ênfase à radicalização da evitação da castração, que podemos observar na atualidade, ao ressaltar que um dos traços dominantes deste laço social -o capitalismo- reside no que Lacan qualifica de foraclusão da castração.

3 3 Outro aspecto da cultura contemporânea, que Sauret (2005) enfatiza, é uma espécie de substituição da ordenação pelo simbólico, por um suporte imaginário que tende a se fechar narcisicamente e a empobrecer as vias de laço social. Segundo ele, o Um do narcisismo, que é a própria imagem do sujeito, substituiu o Um do significante mestre, dos nomes do pai. Apesar deste parentesco com a psicose, isso não significa que os sujeitos contemporâneos sejam psicóticos. Embora, Sauret (2005, p.12) marque uma distinção no que ocorre na atualidade no âmbito das neuroses, observa que há uma série de sujeitos não psicóticos, que encontram nessa rejeição do sexual, um meio de se desembaraçar das barras do sexual. Isto, porém, não é sem consequências, traz um outro tipo de sofrimento, distinto daquele do sintoma psiconeurótico. Dentre os quadros de sofrimento, presentes na contemporaneidade, associados a esse contexto cultural, Sauret (2005) cita a anorexia e bulimia. Em Direção do tratamento e os princípios de seu poder, Lacan (1958) afirma que amar é dar o que não se tem, que é dar ao Outro o que não se tem, ou seja, dedicar ao Outro a falta, signos da própria falta, a fim de escavar, no Outro, uma falta. Este lugar no Outro torna-se um lugar de extremo valor para o sujeito: ter valor para o Outro, fazer falta para o Outro. Na história pessoal das pacientes anoréxicas e bulímicas, apresenta-se um Outro, que parece não deixar margem para que esse lugar possa ser criado. É um Outro materno, que responde rapidamente às demandas como necessidades, sem deixar espaço para que o desejo apareça. É a mãe da anoréxica, descrita por Lacan no referido to, um Outro que [...] empanturra-a com a papinha sufocante daquilo que ele tem, ou seja, confunde seus cuidados com o dom de seu amor (Lacan, 1958, p.634). Dessa maneira, fica ressaltado o aspecto de oposição que a anoréxica traz em relação a esse aplacamento do desejo. A bulímica também compartilha essa dimensão. Ao vomitar no final das crises de fome devoradora, ostenta

4 4 o fato de que nenhum objeto ou substância é capaz de preencher sua falta. É neste sentido que Recalcati (2004) irá afirmar que se trata de um Outro, que se propõe como pleno, um Outro que não sabe operar com sua própria falta. Podemos facilmente reconhecer a cultura contemporânea como um Outro muito próximo da descrição relativa à mãe da anoréxica, dada por Lacan. Em uma análise aproximada a de Suaret (2005), Recalcati (2004) afirma que na atualidade há uma promoção do sujeitogadget. Ou seja, o sujeito é chamado ao lugar de consumidor dentro da lei atual do mercado, que não o leva em consideração. Valoriza apenas a produção de pseudonecessidades que mascaram a falta, e a produção consequente de objetos novos, oferecidos como solução imediata. Isso, aliado ao discurso da ciência positivista, realiza certa anulação do sujeito do inconsciente e do desejo. É neste contexto que destacamos a alta incidência do par anorexia-bulimia 1, como efeito da cultura contemporânea e ao mesmo tempo como oposição a ela. O par anorexia-bulimia como resposta ao Outro, na medida em que se identifica com o lugar de objeto para esse Outro e o faz consistir é o efeito. E faz oposição à lógica de mercado, na medida em que recusa os objetos que o Outro lhe empurra goela abaixo, numa tentativa de manter seu desejo. Anorexia e bulimia: faces do mesmo pathos Segundo a etimologia, a palavra grega pathos é oriunda do latim passus sum que significa: ação de sofrer, resignação, coragem para suportar, constância, obstinação, sofrimento, tolerância, submissão, sujeição, servilismo, e Paixão de Cristo, numa associação semântica à passividade diante do sofrimento (Houaiss, 2001). Ao longo desta apresentação, veremos como os sentidos do pathos grego estão em conformidade com a composição da arquitetura anoréxica-bulímica. Baseados na clínica e na teoria psicanalítica, adotamos a idéia da anorexia e bulimia serem duas faces de um mesmo 1 Passamos a adotar a expressão anorexia-bulimia

5 5 pathos, apesar das distinções que apresentam. Enquanto a anoréxica se apropria do Ideal do corpo magro através da prática de privação, a bulímica tem crises de fome devoradora. Entretanto, compartilham o mesmo Ideal do corpo magro, que representa controle e perfeição, e a mesma ameaça da fome devoradora. A anorexia é almejada pelas bulímicas e a fome bulímica é uma ameaça, compartilhada pelas anoréxicas. Nos principais compêndios de psiquiatria: Classificação Internacional de Doenças 10 a revisão (CID-10) e Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR), a anorexia e a bulimia são compreendidas como dois tipos de distúrbios diferenciados. Tais transtornos são tidos como disfunções do apetite. A direção do tratamento é a da normatização das funções alteradas, através de técnicas de condicionamento comportamental. Para a psicanálise, a direção do tratamento visa proporcionar uma escuta para a fala do sujeito e, consequentemente causar a abertura do inconsciente que a palavra pode promover. Com a proposição de trabalharmos a anorexia-bulimia dentro do campo das neuroses, abordaremos esses quadros de sofrimento, reconhecendo que neles há algo que configura um discurso anoréxicobulímico (Recalcati, 2004). Quanto ao uso do termo discurso, faz-se necessário um esclarecimento. Não entendemos a anorexia-bulimia como uma estrutura. Pensamos mais em termos de um fenômeno ou de um quadro clínico que pode se manifestar tanto na neurose, na psicose ou na perversão. Apesar do fechamento, da pobreza no exercício da função simbólica, e da dificuldade de apresentar um sintoma no sentido do sintoma das psiconeuroses, apostamos numa configuração mínima, por assim dizer, de um discurso que ordena, de algum modo, a relação do sujeito com o Outro. Uma das maiores dificuldades pertinente ao tratamento da anorexia-bulimia é o estabelecimento da transferência. Por isso, essa abordagem nos interessa, já que é através da relação do sujeito com o Outro que podemos pensar a transferência e o trabalho clínico.

6 6 Uma patologia jovem e feminina Não é pouco comum localizarmos o desencadeamento da anorexia-bulimia na juventude. Logo, associado ao encontro do sujeito com o real do sexo, que tem como efeito colocá-lo em confronto com a divisão subjetiva. Um dos pontos fundamentais da construção do conceito de inconsciente em psicanálise, elaborado por Freud, é que não há um representante para o sexo feminino no inconsciente. Este ponto foi também enfatizado por Lacan, ao afirmar que não há um significante para representar A Mulher. Tal ausência condiciona todo ato sexual ao suporte fálico, e põe em evidência que não se pertence biologicamente a um sexo. Por isso, podemos dizer que o ato sexual faz furo, pois confronta o sujeito com o real do sexo. Em A lógica da fantasia (1967, p.326), Lacan diz que [...] não existe ato sexual subentenda-se: que tenha peso para afirmar no sujeito a certeza de que ele é de um sexo e acrescenta, [...] só há o ato sexual, implicando: do qual o pensamento tem razão de se defender, já que nele o sujeito se fende. E é aí que a fantasia irá operar. A falta, apresentada no campo do simbólico, do significante, é a condição para que algo se inscreva como valor para o desejo. Porém, quando a falta falta, e o nada se interpõe aí, o sujeito fica estagnado, paralisado, preso num curto circuito de gozo. Sendo assim, quanto mais a falta se inscreve no plano fálico, mais há possibilidade de o sujeito se direcionar de acordo com o desejo e produzir menos gozo. Na direção contrária, quanto maior é a produção de gozo, menor será a inscrição fálica da falta. A anorexia é reconhecidamente um mal que atinge as mulheres. Porém, a afinidade que há entre anorexia e feminino não tem sua causa na indústria da moda e da estética, é uma afinidade por estrutura. A falta de um significante que represente o sexo feminino torna mais difícil subjetivar o corpo enquanto feminino. Como afirmou Lacan, uma mulher não pode ser reduzida ao registro fálico do ter. Porém, para situar-se mais

7 7 além do falo, é necessário um salto no vazio, um abandono do falo como referência absoluta. A anoréxica não se vê capaz de dar este salto. Recua e se dedica à tentativa de se desvencilhar da diferença sexual e suas conseqüências. Este recuo demarca o campo pré-edípico, como o território da questão anoréxica, que gira em torno da relação mãe e filha. Nesta relação com o Outro, podemos constatar um viés especular, no qual, a mãe investe na filha como sua saída narcísica, que a pouparia de se haver com sua própria falta, e a filha tende a assumir este lugar, encarnando-o, e se oferecendo como objeto para a falta de seu Outro materno. Reconhecemos nesta relação com o Outro, a busca pelo amor, outro traço comum entre a anorexia e o feminino. A capacidade que uma mulher tem de enlouquecer por amor é tema da mitologia, arte e poesia ao longo dos tempos. Na anorexia, vemos o extremo desta busca desesperada pelo amor do Outro. A anoréxica é capaz de consumir-se totalmente a fim de obter o signo do amor do Outro. Porém, tal demanda desesperada e infinita pelo signo do amor, aprisionada dessa maneira no eixo imaginário especular, resiste à dialética. Desse modo, a transmutação do amor em ódio e vice-versa, é direta. Recalcati (2004), a partir de sua vasta experiência clínica, amplamente dedicada à anorexia-bulimia, afirma que essa negação do corpo sexuado e concomitantemente da castração não se sustenta, e acaba por reverter-se em morte. Na anorexia-bulimia, a beleza não vela o real. A suposição do autor é que, no espelho, não foi encontrado o olhar de sustentação do Outro, e sim a desqualificação superegóica que produziu efeitos no corpo da anoréxica-bulímica. Sabe-se que a operação significante tem o corpo como sua primeira superfície, é a inauguração do corpo pulsional, a inscrição significante no corpo. Inscrição primária que não configura a função simbólica propriamente dita, causa dessa descarga direta no corpo.

8 8 O Ideal do corpo magro Freud (1914) ressaltou o valor libidinal, o investimento narcísico, que a constituição do Eu, através da qual se dá a aquisição que a imagem corporal, tem para o sujeito. Trata-se de uma identificação primária com o Eu ideal, identificação que se dá à moda da pulsão oral, ou seja, o sujeito incorpora essa unidade narcísica: Em prosseguimento a sua teorização, diz que a partir da intervenção de terceiros e de sua própria autocrítica, o sujeito se vê incapaz de reter aquela perfeição atribuída ao Eu ideal. É assim que surge o Ideal do eu, outra forma menos identificatória e mais simbólica de buscar recuperar algo desta perfeição e gozo infantis (Freud, 1914, p.111). No caso da anorexia-bulimia, vemos o mesmo Ideal do corpo magro, estabelecido como objetivo a ser alcançado, e como representante de perfeição. Aliás, perfeição é um significante recorrente no discurso anoréxico-bulímico. Propomos pensar o Ideal do corpo magro como um Eu ideal, e a anorexia-bulimia como um quadro clínico que fica estabelecido aí, nesta passagem de Eu ideal para Ideal do eu. Diante da intervenção de terceiros, o sujeito, ao invés de caminhar em direção a uma nova forma de Ideal, ele recua e reinveste em não abrir mão de um gozo, que outrora desfrutou, porém, ao preço de ficar identificado imaginariamente, logo aprisionado, a este Eu ideal. Essa entrada do terceiro, apontada por Freud, seria o confronto com a castração, que no caso da anorexia-bulimia já é, de saída, insuportável para seu Outro materno. Sendo assim, não lhe é oferecido um suporte fálico especular que permita um trâmite simbólico eficaz. Ao invés disso, a anoréxica-bulímica é forçada a tamponar a castração com sua própria imagem. Como a imagem corporal necessita do Outro para ser constituída, esse Eu ideal anoréxico fica estabelecido como a solução para a castração. O controle que busca sobre sua imagem e seu corpo corresponde ao domínio

9 9 (imaginário) do corpo pulsional. Porém, essa imagem deve obedecer ao Eu ideal, mas não realizá-lo. A imagem que a anoréxica vê no espelho é sempre discrepante em relação ao real de seu corpo, por mais magra que esteja ela sempre verá um excesso de carne, uma excrescência que precisa eliminar. O Ideal da anoréxica é tirânico, e assim, seu projeto de domínio do corpo pulsional, através da imagem, a converte em uma serva do impossível. O que Freud e Lacan puseram em evidência, em suas teorizações sobre o narcisismo, é que o domínio e unidade corporais chegam demasiadamente antecipados em relação ao real do corpo, não há correspondência. Logo, não são uma etapa do desenvolvimento cognitivo, nem um produto da consciência e sim, constitutivos do sujeito. Lacan apontou, ainda, que essa falta de equivalência narcísica faz operar uma subtração da imagem que produz um resto. É a partir daí, que podemos localizar no estágio do espelho o objeto a como causa de desejo. Nos casos de anorexia-bulimia, o Eu ideal é tomado como solução narcísica capaz de anular essa discrepância, e por isso, ganha valor extremado. Esta tentativa de recuperação de gozo corresponderia à função de mais-gozar do objeto a. Esse fascínio que o ideal anoréxico exerce condiz com a carga de gozo que comporta. Em seu texto sobre narcisismo, Freud ressalta o Eu, como objeto pulsional. Lacan assinala o júbilo do espelho, ou seja, o gozo da imagem. No caso da anorexia-bulimia este gozo da imagem parece estar intensificado, o Eu ideal parece estar impregnado pelo gozo. Anorexia e bulimia: o pathos do vazio: Comer, para os seres humanos, não é alimentar-se. Comer é um ato cultural, sentar-se à mesa e compartilhar uma refeição é um ritual de transmissão de modos, costumes, cultura, história. Como dizia o folclorista brasileiro Câmara Cascudo (1943):

10 10 O significado da comida ultrapassa o simples ato de alimentar-se. São muitas as tradições que consideram a hora da refeição como semi-sagrada, de silêncio, compostura e severidade. Comer junto é aliar-se, a palavra companheiro vem do latim cum panis: de quem compartilha o pão (Câmara Cascudo, [1943]1983). Com Lacan, podemos dizer que o homem só come porque está alienado no campo do Outro. A existência da Cultura gastronômica e da Arte culinária evidencia esse desvio da natureza em direção ao campo do Outro, teorizado por Lacan e enunciado pelo historiador: A arte de comer, cerimonial festivo e íntimo, é um patrimônio que orgulha o homem, distinguindo-o do gorila, do orangotango e do chimpanzé, senhores de uma norma nutricionista bem mais superior à dos humanos. Comer é um ato orgânico que a inteligência tornou social. Todo animal sabe escolher e saborear seu alimento. Não sei se posso afirmar o mesmo dos meus semelhantes, implumes e bípedes (Câmara Cascudo, [1943] 1983). Freud, desde o início de sua obra, diferenciou, com clareza, a necessidade do desejo, através do modelo da amamentação. Nesse exemplo, a necessidade está referida à fome e tem objeto específico: o alimento. Porém, com apoio na necessidade, e de um só golpe, advém o desejo, que se direciona ao objeto da pulsão oral: o seio, em busca do objeto para sempre e desde sempre perdido: das Ding. Dessa maneira, o enlace fundamental entre desejo e demanda encontra-se realizado. Lacan, ao estabelecer o Outro como o campo do simbólico, evidenciou que a demanda é a dimensão da necessidade subordinada pelo significante, e radicalizou ainda mais essa distinção: uma vez que o sujeito já nasce incluído no campo do Outro, encontra-se apartado da necessidade como função orgânica desde sempre. Para que o choro de um bebê signifique que ele está com fome, é necessário que alguém interprete esse choro como demanda de leite. Senão, é só um choro perdido, sem fim.

11 11 Dessa maneira, é possível perceber a anorexia-bulimia como uma forma de romper com as regras do Outro: na recusa a comer, a sentar-se junto, a compartilhar da anoréxica, assim como, na devoração a uma quantidade absurda de alimentos, sem discernimento, fora de hora e obedecendo a uma voracidade brutal da bulímica. Ou seja, o comer nada ou a fome devoradora, que recusa o critério simbólico para a escolha da comida, são formas de recusar-se a se inserir no campo do Outro. No seminário 11, Lacan ao se referir à pulsão oral, a associa às fantasias de devoração, vemos aqui um exemplo: a anoréxica-bulímica dá de comer ao Outro, para evitar ser devorada pelo Outro, pelo menos enquanto o Outro come, ele não a devora. Muitas vezes encontramos na descrição da anorexia um horror à fome bulímica. As pacientes dizem que não comem nada, porque têm medo da comida, têm medo de começar a comer e não conseguir parar mais: comer nada para não correr o risco de comer tudo. Além da clínica, nos escritos encontrados nos espaços virtuais, criados e mantidos por adeptas pró Ana e Mia, constatamos o mesmo. Na grande maioria dos depoimentos há a referência ao temor da comida, comer é sempre ameaçador, porque pode desencadear a fome desenfreada. Na maioria desses relatos, a anorexia aparece como Ideal e a bulimia torna-se uma opção para quando a compulsão vence. Alguns poucos textos dos referidos espaços virtuais descrevem uma anorexia sem bulimia, porém não encontramos bulimia sem o horizonte anoréxico. Em Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), Freud declarou a sexualidade humana como perversa e polimorfa, justamente, por estar submetida às pulsões e não aos instintos naturais (biológicos). Em outras palavras, a pulsão é um desvio da natureza, sustentado pela relação originária do sujeito com o Outro. Ao estabelecer as zonas erógenas do corpo, Freud cria uma topologia da pulsão. E ao recorrer à idéia de apoio - o desejo se apóia numa necessidade - Freud demonstra como,

12 12 no homem, as necessidades estão submetidas às exigências pulsionais. Neste sentido, a anorexia põe em evidência a superioridade da pulsão, uma vez que subverte uma necessidade fundamental à existência: a fome. Porém, podemos nos valer de um exemplo menos radical: o bebê. Mesmo depois de saciar a fome, o bebê continua a chupar o dedo ou a chupeta, ou ainda outros objetos, em busca de outra satisfação. Ou seja, a pulsão não tem objeto definido, e no caso da pulsão oral, especificamente, ela busca, através do seio, o objeto desde sempre perdido: a Coisa. Por isso, Lacan (1960) afirma que o alvo da pulsão é o retorno em circuito: contornar o vazio do objeto. O homem por ser pulsional desnaturaliza o objeto da necessidade, a cozinha se transforma em história, em cultura, na medida em que é construído um saber sobre a comida; é a invenção da gastronomia. Em outras palavras, o homem não come para aplacar sua fome, nem come somente comida, o homem come a fim de atingir um gozo, come também para comer o seio e conseqüentemente o vazio. O seio, para o qual se dirige a pulsão oral, não é um objeto propriamente, mas uma fantasia que recobre o vazio do objeto a. A arte culinária é um desdobramento simbólico decorrente disso, pois o vazio é impossível de ser comido. Portanto, é a partir deste impossível que o discurso da culinária é construído, a partir desse vazio que habita o objeto da necessidade, que se criou a cultura da mesa. Isso revela o lugar de objeto causa de desejo, ocupado pela comida, nas mais variadas culturas. Mas, há um resto de real do gozo que a ação sublimatória da culinária não consegue inscrever. É o que Freud aponta quando localizou o seio como objeto da pulsão oral e das Ding como objeto do desejo. Ou seja, a pulsão incita a comer, mas não a comida, e sim o vazio como resto impossível de comer. A bulímica põe isso em evidência ao demonstrar que nada, comida alguma, pode preencher esse vazio. A anoréxica também torna isso claro ao eleger o nada, figuração do vazio, como objeto de seu apetite, elevando o nada à dignidade da Coisa.

13 13 Portanto, não podemos conceber a anorexia e a bulimia como distúrbios de um comportamento biológico e natural: a alimentação, e sim, como uma fixação do sujeito na fantasia, e que se empenha em tentar recuperar o vazio do objeto para sempre perdido, a fim de recuperar o gozo para sempre perdido. No Seminário 11 (1960), Lacan situa o desejo na cadeia significante, no intervalo do discurso do Outro. Cortando os significantes através da metonímia, o desejo comparece e escapa. Ou seja, é a presença do real na estrutura significante, o objeto a como causa de desejo. Nesse mesmo seminário, apesar de ainda não ter designado a função de mais-gozar para o objeto a, Lacan parece tratar desta função, quando delimita o estatuto do objeto a enquanto presente na pulsão, o que localiza na fantasia, na qual: O sujeito se situa a si mesmo como determinado pela fantasia. A exceção estaria no caso da perversão. Neste caso, temos O sujeito que se determina a si mesmo como objeto, em seu encontro com a divisão da subjetividade (Lacan, 1960, p.175). Lacan também afirmou que a fantasia é a sustentação do desejo, e não o objeto, e que essa posição de objeto, assumida pelo perverso, é uma posição de gozo. Nesse aspecto, a anorexia-bulimia se aproxima da perversão. Mas no âmbito das neuroses, apostamos que há a possibilidade de um trabalho preliminar que pode promover uma perda de gozo que tenha como efeito uma mobilidade maior para esse sujeito. A Clínica Nos casos de anorexia-bulimia, em geral, a paciente, quando não é levada por outra pessoa, chega ao tratamento esperando encontrar um especialista que irá curá-la de seus distúrbios alimentares, expectativa estabelecida por quem a leva ao tratamento, literal ou indiretamente. É claro que, de alguma maneira, esta expectativa se torna da paciente, que não tem certeza de que quer deixar de ser anoréxica-bulímica, mas também não tem mais a certeza de que quer permanecer anoréxica-bulímica. Este é o

14 14 material transferêncial com o qual podemos trabalhar de início. Mas trata-se de uma transferência imaginária e frágil. Como vimos, a anorexia-bulimia se compõe como uma resposta ao Outro. Sendo assim, criar uma indagação sobre esta expectativa imaginária, pode propiciar uma abertura. A apresentação do analista como alguém que se dispõe a escutar o inconsciente, e não a retificar uma função orgânica, pode provocar algumas interrogações. É o que constatamos dentre as propostas de um tratamento preliminar para a clínica da anorexia-bulimia no livro de Recalcati (2004), como retificação da demanda. Mas nesse processo de retificação da demanda, há de se ter um extremo cuidado no manejo clínico para não repetir o Outro materno, típico da anorexia-bulimia: um Outro que responde às necessidades sem deixar margem para o desejo. Talvez, este seja o principal motivo do fracasso dos tratamentos de abordagem cognitivo comportamental na clínica da anorexia-bulimia, já que assumem o lugar de um Outro onipotente que sabe como curar um sujeito que se oferece como objeto, porém, somente para provar, mais uma vez, a impotência do Outro. Essa abordagem acaba proporcionando o que a anoréxica-bulímica necessita para continuar gozando. Dessa maneira, a direção do tratamento preliminar, ao invés de ser a de mobilizar o saber especializado do Outro, é a de colocar o sujeito para trabalhar. É fundamental que se dê o esvaziamento do Outro do saber, que não se permita que o saber seja tratado como comida. Empanturrar o sujeito com respostas, soluções objetivas não produz nada além do reforço da própria anorexia-bulimia como resposta, frente a um Outro que tem tudo. Em contrapartida, geralmente os psiquiatra não indicam a psicanálise nesses casos, porque constatam uma resistência ao tratamento pela palavra, e pelo tempo que uma análise pode tomar. Tempo, que nos casos mais graves, não se tem. Concordamos que considerar a anorexia-bulimia como um sintoma psiconeurótico é infrutífero. Esta

15 15 dificuldade clínica foi a causa de nossa pesquisa. Porém, a partir desta análise da arquitetura anoréxica-bulímica e sua relação com o Outro, podemos pensar em um manejo clínico diverso, sem deixar de fazer valer os conceitos fundamentais da psicanálise. Nesse preliminar da clínica da anorexia-bulimia, o acolhimento, a escuta, o esvaziamento do Outro do saber são fundamentais. Observamos que os efeitos desse primeiro momento transferencial se traduzem em atuações e depois em actings-out. O acintg-out é o endereçamento transferencial que abre a oportunidade da intervenção do analista ter um efeito de virada na análise. Mas, constatamos também que essa intervenção do analista deve ser em ato, já que a anoréxica-bulímica tende a tomar a interpretação como resposta-saber-comida e assim anular seu efeito. A prática psicanalítica trabalha com um movimento de subtração, de criar uma falta, um furo no saber, que possa abrir espaço para a dimensão inconsciente do discurso e conseqüentemente fazer o sujeito trabalhar. Porém, é necessário admitir que isso possa vir a levar bastante tempo e nos casos mais graves realmente, não se tem este tempo. A anorexia restritiva, ou seja, de privação de alimentos, está entre as patologias psiquiátricas que levam o sujeito à morte com freqüência relevante. Logo, nestes casos o trabalho multidisciplinar torna-se uma indicação necessária. Acreditamos que a escuta analítica, passando a fazer parte do tratamento seja uma alternativa ao Outro especialista, que faz diferença e assim possa contribuir para que o tratamento se torne realmente eficaz, na medida em que proporcione, além da dimensão da necessidade, um espaço para o desejo. Referências: Ana Mia diva. weblogger. Data de registro: novembro/2003. Atualizada em: junho/2004. Disponível em: Acesso: Annamia The Lifestyle. freewebs.com. Data de registro: Disponível em: Acesso em: julho/2008.

16 16 CÂMARA CASCUDO. [1943], História da alimentação no Brasil. In: SILVA MELLO. Roteiros e descobrimentos. Disponível em: Acessado em; 1 julho Classificação Internacional de Doenças 10 a revisão (CID-10) e Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR) on line. Disponível em: COUVRER. Fontes históricas e perspectivas contemporâneas. In: BRUSSET; COUVREUR; FINE (orgs), A Bulimia. São Paulo: Escuta, FREUD. [1914], Sobre o narcisismo: uma introdução. In: ESB, vol.xiv. Rio de Janeiro: Imago Editora, [1905] Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: ESB, vol.vii. Rio de Janeiro: Imago Editora, Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Versão 1.0. Dezembro de Produzido e distribuído por Editora Objetiva Ltda. LACAN. (1958), A direção do tratamento e os princípios de seu poder. In: Os escritos. Rio de Janeiro: JZE, (1967), A lógica da fantasia. In: Outros escritos. Rio de Janeiro: JZE, (1960), Seminário 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: JZE, My Diary Ana-mia. spaceblog.com. Data de registro: maio/2006 Atualizada em: setembro Disonível em: mydiary.spaceblog.com.br. Acesso em: julho/2008. RECALCATI, La ultima cena: anorexia y bulimia. Buenos Aires: Ediciones del Cifrado, SAURET. Psychanalyse et politique: huit questions de la psychanalyse au politique. Toulouse: Presses Universitaires Mirail, 2005.

Desdobramentos: A mulher para além da mãe

Desdobramentos: A mulher para além da mãe Desdobramentos: A mulher para além da mãe Uma mulher que ama como mulher só pode se tornar mais profundamente mulher. Nietzsche Daniela Goulart Pestana Afirmar verdadeiramente eu sou homem ou eu sou mulher,

Leia mais

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 Patrícia Guedes 2 Comemorar 150 anos de Freud nos remete ao exercício de revisão da nossa prática clínica. O legado deixado por ele norteia a

Leia mais

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 Celso Rennó Lima A topologia..., nenhum outro estofo a lhe dar que essa linguagem de puro matema, eu entendo por aí isso que é único a poder se ensinar: isso

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO Cristiana de Amorim Mazzini 1 O presente trabalho discorrerá sobre a identificação masculina ocorrida durante o processo de constituição do

Leia mais

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 I Introdução O objetivo deste trabalho é pensar a questão do autismo pelo viés da noção de estrutura, tal como compreendida

Leia mais

A fala freada Bernard Seynhaeve

A fala freada Bernard Seynhaeve Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 Bernard Seynhaeve Uma análise é uma experiência de solidão subjetiva. Ela pode ser levada suficientemente longe para que o analisante

Leia mais

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Henrique Figueiredo Carneiro Liliany Loureiro Pontes INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta algumas considerações,

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Obesidade: um sintoma convertido no corpo. Os sentidos e os destinos do sintoma em indivíduos que se submeteram à cirurgia bariátrica.

Obesidade: um sintoma convertido no corpo. Os sentidos e os destinos do sintoma em indivíduos que se submeteram à cirurgia bariátrica. Obesidade: um sintoma convertido no corpo. Os sentidos e os destinos do sintoma em indivíduos que se submeteram à cirurgia bariátrica. REI, Vivian Anijar Fragoso [1] ; OLIVEIRA, Paula Batista Azêdo de

Leia mais

Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental

Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental Trabalho apresentado na IV Jornada de Saúde Mental e Psicanálise na PUCPR em 21/11/2009. A prática da psicanálise em ambulatório de saúde mental pode

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC O Pai em Freud 1997 O Pai em Freud Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC Conteudo: Pais freudianos... 3 O pai de Dora... 3 O pai de Schreber.... 4 O pai castrador, que é o terceiro em Freud,

Leia mais

CORPO, IMAGEM, ORIFÍCIO: PONTUAÇÕES SOBRE O CORPO EM PSICANÁLISE. O valor do corpo como imagem, como suporte imaginário e consistência, por

CORPO, IMAGEM, ORIFÍCIO: PONTUAÇÕES SOBRE O CORPO EM PSICANÁLISE. O valor do corpo como imagem, como suporte imaginário e consistência, por CORPO, IMAGEM, ORIFÍCIO: PONTUAÇÕES SOBRE O CORPO EM PSICANÁLISE Regina Cibele Serra dos Santos Jacinto Ana Maria Medeiros da Costa Podemos afirmar que o interesse de Lacan pela questão do corpo esteve

Leia mais

ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1

ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1 ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1 Arlete Mourão 2 Essa frase do título corresponde à expressão utilizada por um ex-analisando na época do final de sua análise.

Leia mais

Os Quatro Tipos de Solos - Coração

Os Quatro Tipos de Solos - Coração Os Quatro Tipos de Solos - Coração Craig Hill Marcos 4:2-8 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia: 3 Escutem! Certo homem saiu para semear. 4 E, quando estava espalhando as sementes,

Leia mais

Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada

Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada 2001 Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada Márcio Peter de Souza Leite Conteúdo Argumento...

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica.

O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica. O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica. Silvana Maria de Barros Santos Entre o século XVI a XIX, as transformações políticas, sociais, culturais e o advento da

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Considerações sobre a elaboração de projeto de pesquisa em psicanálise

Considerações sobre a elaboração de projeto de pesquisa em psicanálise Considerações sobre a elaboração de projeto de pesquisa em psicanálise Manoel Tosta Berlinck Um projeto de pesquisa é um objeto escrito que resulta de um processo de elaboração, esclarecimento e precisão.

Leia mais

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da Adolescência 1999 Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da USP) O que é um adolescente? O adolescente

Leia mais

Considerações acerca da transferência em Lacan

Considerações acerca da transferência em Lacan Considerações acerca da transferência em Lacan Introdução Este trabalho é o resultado um projeto de iniciação científica iniciado em agosto de 2013, no Serviço de Psicologia Aplicada do Instituto de Psicologia

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

PODERES DO PSICANALISTA

PODERES DO PSICANALISTA Estados Gerais da Psicanálise: Segundo Encontro Mundial, Rio de Janeiro 2003 PODERES DO PSICANALISTA Nelisa Guimarães O título tem o duplo sentido de discutir o que pode um psicanalista na clínica a partir

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 A LDB, no Titulo VI, trata dos Profissionais da Educação, considerando sob essa categoria não só os professores, que são responsáveis pela gestão da sala de aula, mas

Leia mais

Motivação. Robert B. Dilts

Motivação. Robert B. Dilts Motivação Robert B. Dilts A motivação é geralmente definida como a "força, estímulo ou influência" que move uma pessoa ou organismo para agir ou reagir. De acordo com o dicionário Webster, motivação é

Leia mais

PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹

PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹ PSICODIAGNÓSTICO: FERRAMENTA DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA¹ OLIVEIRA, Micheli Viera de 2 ; MELLO, Lauren Machado 2 ; OLIVEIRA, Vânia Fortes³. 1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA 2 Psicólogas graduadas pelo Centro

Leia mais

Viver Melhor com Inteligência Emocional: ADMINISTRANDO SEUS SENTIMENTOS COM EFICIÊNCIA

Viver Melhor com Inteligência Emocional: ADMINISTRANDO SEUS SENTIMENTOS COM EFICIÊNCIA Viver Melhor com Inteligência Emocional: ADMINISTRANDO SEUS SENTIMENTOS COM EFICIÊNCIA Entendendo (de verdade) sobre Inteligência Emocional Muito se fala sobre inteligência emocional, mas pouco se entende

Leia mais

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para QUAL NEGÓCIO DEVO COMEÇAR? No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para então definir seus objetivos e sonhos.

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

MOURA, Marisa Decat de (ORG). Psicanálise e hospital 3 Tempo e morte: da urgência ao ato analítico. Revinter: Rio de Janeiro, 2003.

MOURA, Marisa Decat de (ORG). Psicanálise e hospital 3 Tempo e morte: da urgência ao ato analítico. Revinter: Rio de Janeiro, 2003. MOURA, Marisa Decat de (ORG). Psicanálise e hospital 3 Tempo e morte: da urgência ao ato analítico. Revinter: Rio de Janeiro, 2003. Prefácio Interessante pensar em um tempo de começo. Início do tempo de

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

6. Considerações Finais

6. Considerações Finais 6. Considerações Finais O estudo desenvolvido não permite nenhuma afirmação conclusiva sobre o significado da família para o enfrentamento da doença, a partir da fala das pessoas que têm HIV, pois nenhum

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673 Analícea Calmon Seguindo os passos da construção teórico-clínica de Freud e de Lacan, vamos nos deparar com alguns momentos de

Leia mais

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2 Homeopatia A Homeopatia é um sistema terapêutico baseado no princípio dos semelhantes (princípio parecido com o das vacinas) que cuida e trata de vários tipos de organismos (homem, animais e plantas) usando

Leia mais

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico Meu objetivo aqui é estabelecer um ponto de convergência entre a apropriação da linguagem escrita, o fracasso escolar e os conceitos

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO Bernardo Goytacazes de Araújo Professor Docente de Filosofia da Universidade Castelo Branco Especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea

Leia mais

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1 A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1 Este artigo trata da difícil relação entre a teoria psicanalítica, que tradicionalmente considerava os comportamentos eróticos entre pessoas

Leia mais

Almoço trinta gramas de brócolis (Anorexia Nervosa)

Almoço trinta gramas de brócolis (Anorexia Nervosa) Edson Saggese Almoço trinta gramas de brócolis (Anorexia Nervosa) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psiquiatria. Doutor em Ciências da Saúde pelo IPUB/UFRJ, psiquiatra, psicanalista,

Leia mais

Fome de quê? Daniela Goulart Pestana

Fome de quê? Daniela Goulart Pestana Fome de quê? Daniela Goulart Pestana O trabalho a seguir fruto de um Cartel sobre sintomas alimentares, propõe a ser uma reflexão dos transtornos alimentares mais comuns de nossa contemporaneidade. O eixo

Leia mais

Almanaque on-line entrevista Uma questão para a AMP-América

Almanaque on-line entrevista Uma questão para a AMP-América Almanaque on-line entrevista Uma questão para a AMP-América Entrevistada: Elisa Alvarenga Diretora Geral do IPSM-MG e Presidente da FAPOL (Federação Americana de Psicanálise de Orientação Lacaniana). E-mail:

Leia mais

Preparação do Trabalho de Pesquisa

Preparação do Trabalho de Pesquisa Preparação do Trabalho de Pesquisa Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Pesquisa Bibliográfica Etapas do Trabalho de Pesquisa

Leia mais

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento.

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento. 29- A lógica da composição do mercado financeiro tem como fundamento: a) facilitar a transferência de riscos entre agentes. b) aumentar a poupança destinada a investimentos de longo prazo. c) mediar as

Leia mais

MARKETING E A NATUREZA HUMANA

MARKETING E A NATUREZA HUMANA MARKETING E A NATUREZA HUMANA Prof. Franklin Marcolino de Souza, M.Sc. Slide 07 Introdução O que é preciso para que algo faça sucesso? Dito de outra forma: o que é preciso para que algo (uma idéia, uma

Leia mais

Sustentabilidade x Desperdício

Sustentabilidade x Desperdício Sustentabilidade x Desperdício Alunos: Antônio Fernandes Margarida Késsia Daniele de Brito Nilmara Oliveira Introdução O tema consciência ambiental tem estado em alta no Brasil. A falta d água em vários

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

DO DESENVOLVIMENTO DA TEORIA PULSIONAL FREUDIANA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AMOR E ÓDIO. Ligia Maria Durski

DO DESENVOLVIMENTO DA TEORIA PULSIONAL FREUDIANA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AMOR E ÓDIO. Ligia Maria Durski DO DESENVOLVIMENTO DA TEORIA PULSIONAL FREUDIANA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AMOR E ÓDIO. Ligia Maria Durski Iniciemos este texto fazendo uma breve retomada de alguns momentos importantes da

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO Danielle de Sousa Macena- UFCG danyellehta-@hotmail.com Januzzi Gonçalves Bezerra UFCG januzzigoncalves@gmail.com Janaina Gonçalves Bezerra - UFCG jgoncalves003@gmail.com Resumo

Leia mais

FUNÇÃO MATERNA. Luiza Bradley Araújo 1

FUNÇÃO MATERNA. Luiza Bradley Araújo 1 FUNÇÃO MATERNA Luiza Bradley Araújo 1 Entendemos por função materna a passagem ou a mediação da Lei que a mãe opera. Nós falamos de uma função e não da pessoa da mãe, função de limite entre o somático

Leia mais

RESENHAS SCHMITT E STRAUSS: UM DIÁLOGO OBLÍQUO

RESENHAS SCHMITT E STRAUSS: UM DIÁLOGO OBLÍQUO RESENHAS SCHMITT E STRAUSS: UM DIÁLOGO OBLÍQUO MEIER, Heinrich. Carl Schmitt & Leo Strauss. The Hidden Dialogue. Including Strauss s Notes on Schmitt s Concept of the Political & Three Letters from Strauss

Leia mais

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II O seguinte exercício contempla um processo com três estágios. Baseia-se no Inquérito de Satisfação Fase II, sendo, por isso, essencial compreender primeiro o problema antes de começar o tutorial. 1 1.

Leia mais

Resenha: SEMPRINI, Andrea. A Marca Pós-Moderna: Poder e Fragilidade da Marca na Sociedade Contemporânea. São Paulo : Estação das Letras, 2006.

Resenha: SEMPRINI, Andrea. A Marca Pós-Moderna: Poder e Fragilidade da Marca na Sociedade Contemporânea. São Paulo : Estação das Letras, 2006. Resenha: SEMPRINI, Andrea. A Marca Pós-Moderna: Poder e Fragilidade da Marca na Sociedade Contemporânea. São Paulo : Estação das Letras, 2006. Nicole Plascak 1 Resumo: A marca pós-moderna é resultado de

Leia mais

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01)

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01) Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01) Submissão de Relatórios Científicos Sumário Introdução... 2 Elaboração do Relatório Científico... 3 Submissão do Relatório Científico... 14 Operação

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Por Maria Teresa Somma Com o intuito de entender os motivos que levam franqueados a transferir o seu negócio, foi realizada uma pesquisa exploratória

Leia mais

Elaboração e aplicação de questionários

Elaboração e aplicação de questionários Universidade Federal da Paraíba Departamento de Estatística Curso de Bacharelado em Estatística Elaboração e aplicação de questionários Prof. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística

Leia mais

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

TIPOS DE RELACIONAMENTOS 68 Décima-Segunda Lição CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Quando falamos de relacionamentos, certamente estamos falando da inter-relação de duas ou mais pessoas. Há muitas possibilidades de relacionamentos,

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

A Alienação (Karl Marx)

A Alienação (Karl Marx) A Alienação (Karl Marx) Joana Roberto FBAUL, 2006 Sumário Introdução... 1 Desenvolvimento... 1 1. A alienação do trabalho... 1 2. O Fenómeno da Materialização / Objectivação... 2 3. Uma terceira deterninação

Leia mais

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação. com a função paterna

A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação. com a função paterna www.franklingoldgrub.com Édipo 3 x 4 - franklin goldgrub 7º Capítulo - (texto parcial) A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação com a função paterna (Salvo menção expressa em contrário,

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV Simulado 02 de Matemática Financeira Questões FGV 01. Determine o valor atual de um título descontado (desconto simples por fora) dois meses

Leia mais

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé.

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé. 1 Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9 Introdução: Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP Para nosso trabalho foram coletadas 8 redações produzidas

Leia mais

ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO

ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO Dra. Samantha Caesar de Andrade Nutricionista do CRNutri Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição ACONSELHAR x ACONSELHAMENTO Aconselhar

Leia mais

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS O Mascote da Turma SANTA BÁRBARA DE GOIÁS JANEIRO 2013 ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA

Leia mais

Ser mãe hoje. Cristina Drummond. Palavras-chave: família, mãe, criança.

Ser mãe hoje. Cristina Drummond. Palavras-chave: família, mãe, criança. Ser mãe hoje Cristina Drummond Palavras-chave: família, mãe, criança. Hoje em dia, a diversidade das configurações familiares é um fato de nossa sociedade. Em nosso cotidiano temos figuras cada vez mais

Leia mais

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS Kely-Anee de Oliveira Nascimento Universidade Federal do Piauí kelyoliveira_@hotmail.com INTRODUÇÃO Diante

Leia mais

Escola E. B. 2º e 3º ciclos do Paul. Trabalho elaborado por: Débora Mendes nº8 Diana Vicente nº 9 Inês Delgado nº10 Viviana Gonçalves nº16

Escola E. B. 2º e 3º ciclos do Paul. Trabalho elaborado por: Débora Mendes nº8 Diana Vicente nº 9 Inês Delgado nº10 Viviana Gonçalves nº16 Escola E. B. 2º e 3º ciclos do Paul Trabalho elaborado por: Débora Mendes nº8 Diana Vicente nº 9 Inês Delgado nº10 Viviana Gonçalves nº16 No âmbito da disciplina de formação Civica Índice Introdução O

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6]

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] O tema central desta edição do Boletim Informativo será a Psicologia Infantil. A Psicologia Infantil é a área da Psicologia que estuda o desenvolvimento da

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Introdução A convivência familiar e comunitária é um dos direitos fundamentais 1 garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). A lei ainda enfatiza que: Toda criança ou adolescente

Leia mais

IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba, de 04 a 07 de Julho de 2010.

IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba, de 04 a 07 de Julho de 2010. IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba, de 04 a 07 de Julho de 2010. Os nomes dos modos de sofrimentos atuais, ou, Transtornos

Leia mais

PERDÃO E SAÚDE: TENSÕES ENTRE MEMÓRIA E ESQUECIMENTO

PERDÃO E SAÚDE: TENSÕES ENTRE MEMÓRIA E ESQUECIMENTO PERDÃO E SAÚDE: TENSÕES ENTRE MEMÓRIA E ESQUECIMENTO Andréa Lima do Vale Caminha A temática do Perdão tem nos atraído nos últimos tempos e para atender a nossa inquietação, fomos investigar esse tema no

Leia mais

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo. Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo. Material referente ao texto do Módulo 3: Ações Básicas de Mobilização. O conhecimento da realidade é a base fundamental ao desenvolvimento social, que visa

Leia mais

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ZERO Instruções REDAÇÃO Você deve desenvolver seu texto em um dos gêneros apresentados nas propostas de redação. O tema é único para as três propostas. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do tema

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais