Acesso a Medicamentos no Brasil Nave 5 Consultores Empresariais Ltda. Pharma Business Knowledge. Delivered.

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1 Acesso a Medicamentos no Brasil Pharma Business Knowledge. Delivered. O artigo abaixo foi escrito e publicado como encarte nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia e no Guia da Farmácia, em Agosto de 2010, mas devido a, em muitos aspectos, a conjuntura não haver mudado muito, o reproduzimos neste momento no sentido de observar o que aconteceu e o que não aconteceu do que se esperava naquele momento. ACESSO A MEDICAMENTOS: IMPACTO A CURTO/MÉDIO PRAZO DA CONJUNTURA MUNDIAL ECONÔMICA GERAL E ESPECÍFICA DO MERCADO FARMACÊUTICO. Sumário Executivo A conjuntura econômica mundial na atualidade oferece oportunidades de desenvolvimento para as chamadas economias emergentes, em especial no grupo chamado de BRIC Brasil, Índia, Rússia e China, pelo impacto negativo da crise econômica de 2008, ainda sentido no hemisfério norte. Este impacto foi menor sentido nos países emergentes, que também apresentaram recuperação mais rápida com índices de crescimento econômico atraentes para investidores, em especial por estes índices influenciarem no crescimento da classe média e no consumo em geral dos países em questão. Dentre estes indicadores de crescimento, os dos gastos com saúde aparecem como, especialmente atrativos para a Indústria Farmacêutica, que além de sofrer com a recessão dos mercados tradicionais, encara também um momento de entressafra, onde a velocidade da perda da patente de seus produtos mais importantes é maior do que as descobertas de produtos inovadores de maior valor agregado. Desta forma, os mercados de marcas tradicionais que perderam exclusividade, de similares e de genéricos, passam a ser alternativas importantes de sobrevivência, em especial nos mercados emergentes onde há uma maior dependência do aporte financeiro da população na aquisição de medicamentos e onde o crescimento econômico favorece ao crescimento do mercado farmacêutico. Como consequência já se observa o movimento de novas empresas e novos produtos primordialmente similares e genéricos em direção ao Brasil onde devem chegar em curto prazo, aumentando a concorrência, com consequente impacto de redução de preços. Esta redução favorece o acesso a medicamentos e ao acesso a tratamentos, através de uma maior e mais ampla oferta de medicamentos e tratamentos a médicos e pacientes. 1. Introdução Neste capítulo, analisaremos a conjuntura internacional do mercado farmacêutico, seus indicadores e o impacto no mercado brasileiro, considerando as consequências no acesso a medicamentos pelos brasileiros. Ultimamente os holofotes do mercado farmacêutico tem se voltado para os países emergentes em função de vários fatores conjunturais, tanto do ponto de vista de macro economia como de fatores específicos do segmento farmacêutico. Estes fatores permitem antecipar uma intensa atividade no setor para um futuro próximo, que inicia seus movimentos preparatórios já este ano e com intensa atividade de mercado já a partir de Rio de Janeiro RJ CEP: Telefone: (21)

2 Normalmente, quando há intensa atividade de mercado na indústria farmacêutica, com aumento de concorrência, uma das resultantes principais é a queda dos preços, por tratar-se de segmento de participação de mercado altamente pulverizada entre inúmeros laboratórios nacionais e internacionais. A própria introdução da lei 9787/99 (Lei dos Genéricos) sustenta esta afirmação, quando analisamos o estudo da fundação Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), que estimou uma economia de R$ 8,8 bilhões com o uso desses medicamentos entre junho de 2001 e junho de 2008, apenas tomando-se como base de cálculo a diferença de preço entre o genérico e o de referência correspondente (1), sem considerar o impacto da entrada dos similares que hoje, em muitos casos, têm preços bem inferiores a alguns genéricos. O impacto na redução de preços acaba por beneficiar diretamente ao paciente brasileiro, que ainda tem o desembolso para a aquisição de medicamentos como um fator importante de influência no acesso a medicamentos e na consequente adesão a tratamentos. Nos próximos parágrafos estaremos examinando os fatos conjunturais de maior importância e suas perspectivas de impacto no mercado brasileiro. 2. As Limitações de Crescimento Econômico nos Grandes Mercados do Hemisfério Norte e o Caminho Inverso dos Países Emergentes. A chamada crise econômica mundial, iniciada há cerca de 2 anos, afetou especialmente e marcadamente os mercados norte-americano e europeu. Iniciada no mercado imobiliário norteamericano, a crise estendeu-se pela Europa, gerando recessão, redução de consumo e perda de poder aquisitivo, afetando a diferentes segmentos de mercado, mesmo os mais protegidos por subsídios governamentais, como no caso do mercado farmacêutico europeu. A economia americana caiu 2,4% em 2009 quando comparada com o mesmo período de 2008, sendo a primeira queda anual desde 1991 quando houve contração de 0,2%, e o pior resultado desde 1946, no pós-guerra (2). Apesar da recuperação destes mercados, iniciada ainda no segundo semestre de 2009, 2010 ainda apresenta resíduos do impacto. Em maio deste ano, a seção de Economia do Portal IG informava que os problemas que levaram a Europa à crise atual devem demorar a ser resolvidos e o mercado ainda levará um tempo para se recuperar, reproduzindo o entendimento de Persio Arida, ex-presidente do Banco Central, do momento econômico. Arida afirmava que as questões que envolvem a região são de longa resolução, mesmo considerando que a reação das autoridades europeias diante da conjuntura, tenha sido adequada. Sempre segundo o artigo, como muitos países estão envolvidos no problema a recuperação tende a ser mais lenta e, comparando a situação atual com a crise de 2008, é importante ressaltar que os Estados Unidos eram apenas um país para tomar decisões, enquanto na Europa, são vários países, o que dificulta decisões mais rápidas. Finalmente, lembrava Persio Arida que um ambiente ruim acaba levando a mais pessimismo (3). Mais recentemente, em 30 de julho, a seção de Economia e Negócios do portal do jornal O Estado de São Paulo (Estadão), noticiava que as principais bolsas europeias fechavam o mês em queda, refletindo a decepção dos investidores com o abrandamento do crescimento econômico dos Estados Unidos que neutralizou o crescimento dos lucros anunciados por empresas da região (4). Segundo esta fonte, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA subiu 2,4%, em uma taxa anualizada 2

3 ajustada sazonalmente, no segundo trimestre, mas o dado ficou levemente abaixo da estimativa dos economistas consultados pela Dow Jones, que era de alta de 2,5%. O crescimento também foi inferior a média do crescimento do PIB nos últimos seis meses deste ano, de 4,4%. "Os números vieram ligeiramente abaixo das expectativas e podem, portanto, aumentar a preocupação de que a recuperação será lenta nos EUA", declarava Scott Corfe, economista do Center for Economics and Business Research, sempre segundo o artigo (4). Em paralelo, na contra mão das tendências de Europa e Estados Unidos, os chamados países emergentes demonstram força em suas economias. Em janeiro deste ano, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que economias emergentes como Brasil, China e Índia lideram a saída da crise global. O dirigente do importante órgão global estimou que as economias emergentes devem se orientar para potencializar a demanda interna, em substituição ao enfoque exportador, e sustentar, assim, seu avanço em um novo contexto econômico (5). A confirmar a tendência anunciada pelo FMI, no fim de janeiro deste ano, no Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado com o prêmio Estadista Global, fazendo-se representar pelo Ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, por problemas de saúde. Desta forma o encontro confirmava o aumento da influência dos emergentes no panorama mundial. Em reportagem sobre o evento, o jornal alemão Deutsche Welle ressaltava que enquanto em crises anteriores, a economia dos países emergentes sofreu consideravelmente, agora acontece justamente o contrário e opinava que algo também mudou na relação de comércio exterior desses países. Enquanto no passado as nações emergentes viviam principalmente da exportação de produtos baratos para o Ocidente, agora sua demanda interna aumenta (6). Finalmente, em junho deste ano, o relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) intitulado "Perspectivas sobre o desenvolvimento mundial 2010: riqueza em transformação" previa que em 2030, quase 60% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas) do mundo estará concentrado nos países em desenvolvimento, como resultado de uma "transformação estrutural de importância histórica" na economia mundial. "O centro de gravidade econômico do planeta se deslocou para o Oriente e o Sul; de membros da OCDE a economias emergentes", informava o documento (7). 3. Transformações e Tendências da Indústria Farmacêutica Genéricos, Similares e Mercados Emergentes. A perda de patentes de grandes marcas na Indústria Farmacêutica a vêm impulsionando para a busca de alternativas. Considerando apenas o Brasil, o vencimento de várias patentes de medicamentos de marca poderá gerar cerca de R$ 800 milhões de investimentos entre 2010 e 2011, estimava artigo publicado no Portal Protec Pró-inovação tecnológica (8). De acordo com pesquisa publicada pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró- Genéricos) em 2009, nos próximos anos, cerca de 17 patentes de remédios com um faturamento estimado de R$ 750 milhões de reais perderão a proteção no Brasil. Diovan tinha previsto a perda de sua patente para este ano (2010). Lipitor, um dos mais vendidos redutores do 3

4 colesterol, movimentando mais de US$ 12 bilhões em vendas em todo o mercado mundial, tem prevista a perda de seu direito de exclusividade em dezembro deste ano. Para Viagra, a previsão de fim da patente é para 2011 (8). Estes são apenas exemplos a curtíssimo prazo do que está por vir. Com a velocidade do surgimento de inovações não acompanhando o ritmo da perda de patentes, as alternativas de seus fabricantes parecem tender a se voltar para medicamentos genéricos e similares, vistos como forma de manter os volumes de negócios e a capacidade de continuar investindo na descoberta de novas moléculas. Mais e mais multinacionais tradicionais no segmento farmacêutico, que antes se dedicavam exclusivamente aos produtos frutos de suas pesquisas e praticamente os abandonava quando estes perdiam seus direitos de exclusividade, estão investindo em revigorar suas marcas tradicionais que estavam em segundo plano, e em aquisições e parcerias com Companhias de genéricos e similares. Mas para que tenham sucesso precisam que o mercado se expanda. Neste momento, a estagnação dos grandes mercados mundiais, juntando-se ao vazio entre a perda de direitos de exclusividade de comercialização, faz com que genéricos e similares e os mercados emergentes surjam como uma grande alternativa para os investimentos das Companhias Farmacêuticas. "Mais companhias farmacêuticas inovadoras tratam a expiração de suas patentes como uma doença terminal e as empresas de genéricos como uma espécie de asilo onde os produtos que estão morrendo caem no esquecimento mais comodamente, mas ofertas e aquisições recentes sugerem uma crescente fé em uma vida futura para estes produtos nos mercados emergentes, afirma artigo de Clay Boswell de outubro de 2009 publicado no portal ICIS Chemical Business. O artigo aponta os mercados emergentes, especialmente Brasil, Rússia, Índia, China, México, Turquia e Coréia do Sul como fonte de esperanças para a Indústria Farmacêutica, grupo chamado de EM-7 ( Emerging Markets 7 ) por Tim Anderson, analista sênior da Companhia de análise de investimentos Sanford C. Bernstein de Nova Iorque. As razões para isto são frutos de uma mescla de fatores, como a melhor proteção de propriedade intelectual (patentes), uma classe média crescente, ajudando a provocar maior investimento público em saúde, tendo como consequência uma infraestrutura de cuidados de saúde mais fortalecida, levando a maior atenção e investimento por empresas farmacêuticas multinacionais, prossegue Anderson no artigo mencionado (9). Os mercados emergentes são uma oportunidade atraente para as Companhias Farmacêuticas, diz Ronny Gal, também analista sênior da Bernstein. "Estes são mercados que dependem primordialmente do pagamento pelo público e onde os pacientes têm total consciência de marca por medo de falsificações e produtos de baixa qualidade. Desta forma, ele considera que os similares competem com os genéricos de igual para igual, beneficiados por esta cultura de marca como proteção para a qualidade, e as Companhias de produtos inovadores podem beneficiar-se de utilizar a mesma estrutura comercial para comercializar ambos os tipos de produtos (inovadores e similares) reduzindo assim seus custos e propiciando preços mais competitivos. "Diante da desaceleração nos mercados estabelecidos, as grandes empresas farmacêuticas estão procurando espremer até a última gota do potencial de vendas de seus produtos, incluindo aqueles não protegidos por patente e fora dos seus mercados tradicionais", finaliza Gal (9). 4

5 Ken Cacciatore, analista do banco de investimentos Cowen and Co. de Nova Iorque, também acredita que as grandes empresas farmacêuticas estão estabelecendo uma estratégia de genéricos de marca nos mercados emergentes, por causa do crescimento explosivo da população e do potencial de criação e crescimento da classe média nessas regiões. Desta forma, marcam sua presença como garantia de participar deste potencial também em produtos inovadores futuramente (9). Seja pela razão que for, o fato é que a tendência do mercado farmacêutico brasileiro a curto/médio prazo, é de grande entrada de novos participantes novas empresas ou novas divisões de empresas existentes com mais marcas e mais genéricos para mesmas substancias e para novas substâncias que estarão perdendo suas patentes (independente de seguir o ritmo global normal do lançamento de inovações). Isto significa um aumento substancial de opções para médicos e pacientes, com imperioso impacto de redução dos preços e dos custos de tratamentos. O aumento da competição como fator de impacto nos preços é reconhecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Em sua última autorização de reajuste de preços de medicamentos, em março passado, concedeu uma percentual de aumento maior para os segmentos de mercado onde havia participação de genéricos superior a 20% do segmento, por entender, segundo a assessoria da câmara, em reportagem publicada no portal G1 (globo.com), que nas categorias com mais genéricos o reajuste autorizado pode ser maior porque a concorrência é maior e o mercado se autorregula (10). Maior concorrência, menores preços, mais opções para médicos e pacientes: maior acesso a tratamentos por parte dos médicos e da população, com consequências diretas na capacidade de adesão a tratamentos num mercado como o brasileiro, de alta dependência do aporte financeiro da população na aquisição de medicamentos. 4. Conclusões Dentre as diversas interpretações possíveis às análises acima, alguns pontos merecem ser ressaltados para reflexão e maior aprofundamento: Os grandes e tradicionais mercados do hemisfério norte para a Indústria Farmacêutica União Europeia e Estados Unidos estão desgastados pela crise econômica mundial de 2008, com seu crescimento limitado e recessivo; Ao mesmo tempo, a Indústria Farmacêutica tradicional e de pesquisa de medicamentos inovadores, sofre diante da velocidade de perda de direitos de exclusividade de produtos importantes, superior à sua capacidade de novas descobertas; Paralelamente os mercados emergentes, em especial os países do chamado BRIC Brasil, Rússia, Índia, e China aparentam haver sofrido menos e se recuperado mais rápido da crise econômica, apresentando níveis de crescimento de suas economias, superior às expectativas e superior aos países desenvolvidos; Estes países estão observando crescimento rápido de suas classes médias e vendo como consequência um aumento de seus gastos com saúde, algumas vezes superior ao próprio crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB); 5

6 As companhias farmacêuticas vêm a opção do mercado de similares e genéricos como uma alternativa em curto prazo para compensar as perdas com o fim das patentes de seus produtos importantes, em especial nos países emergentes que oferecem um crescimento de massa crítica também em curto prazo; Existe neste momento um aumento de investimento da Indústria Farmacêutica nos mercados emergentes, entre eles o Brasil, traduzida pela entrada de novas Companhias e no lançamento de novos similares e genéricos; Este aumento de participantes no cenário do mercado farmacêutico brasileiro aumentará a concorrência com consequente impacto de redução nos preços praticados de medicamentos, com maior oferta de opções de tratamentos a médicos e pacientes; Num mercado que depende do aporte financeiro da população para a aquisição de medicamentos, isto pode significar maior acesso a medicamentos, com consequências positivas na melhor adesão a tratamentos. Referências e Fontes: 1. Mauri König - Brasileiro discrimina genéricos Gazeta do Povo, Curitiba, Paraná publicado em 11/02/2009 acessado em 30/06/2010 link: 2. PIB americano tem maior queda desde 1946 Revista Veja, Economia publicado em 29/01/2010 acessado em 03/08/2010 link: 3. Fim da crise europeia vai demorar, diz Persio Arida Economia, Portal IG publicado em: 25/05/2010 acessado em 03/08/2010 link: 4. Bolsas europeias fecham em queda com PIB dos EUA Economia e Negócios Portal Estadão / Agência Estado / Estado de São Paulo publicado em 30/07/2010 acessado em 03/08/2010 link: 5. FMI diz que países emergentes, como Brasil, lideram saída da crise Agência EFE / Portal IG publicado em 18/01/2010 acessado em 03/08/2010 link: 6. Fórum de Davos enfoca crescimento dos países emergentes Seção de Economia, Portal do Jornal Deutsche Welle (DW- World.de) publicado em: 30/01/2010 acessado em 03/08/2010 link: 7. Países emergentes concentrarão quase 60% das riquezas mundiais até 2030 Administradores.com.br, O Portal dos Administradores publicado em: 16/06/2010 acessado em 03/08/2010 link: 8. Vencimento de patentes fomentará mercado de genéricos Portal Protec / Pró Inovação Tecnológica publicado em 12/02/2010 acessado em 03/08/2010 link: 9. Major pharmaceutical companies see generics as a bridge to the future Clay Boswell Portal ICIS Chemical Business publicado em 07/10/2009 acessado em 03/08/2010 link: Governo autoriza reajuste de até 4,83% no preço dos medicamentos Portal G1/globo.com publicado em 08/03/2010 acessado em 03/08/2010 link: Agosto, 2010 NAVE 5 CONSULTORES EMPRESARIAIS LTDA. é uma empresa dedicada a Indústria Farmacêutica e especializada em soluções de Gestão da Informação para Negócios, Consultoria em Planejamento Estratégico e Produção de Conteúdo técnico-científico para comunicação promocional. 6