Relatório Gerencial Setembro 2017

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1 1. Cenário Econômico Relatório Gerencial Setembro 2017 EUA: O Federal Reserve 1 (FED) manteve a taxa de juros e anunciou que o processo de redução do seu balanço de ativos terá início em outubro. A taxa de juros foi mantida em 1,00-1,25% a.a., conforme amplamente esperado pelo mercado. No comunicado, o FED destacou o baixo nível da taxa de desemprego e reconheceu a fraqueza da inflação, que deve continuar abaixo da meta de 2% nesse ano. No discurso após a reunião, a presidente do FED, Janet Yellen, salientou que a queda recente na inflação deriva de efeitos transitórios. A respeito dos efeitos do furacão, o comitê avalia que os impactos negativos não alteram o curso de crescimento da economia no médio prazo. A reunião de setembro também contou com a divulgação da expectativa de juros pelos membros do FED, revelando que uma terceira alta de juros nesse ano foi mantida, assim como as três altas em Para 2019, o cenário de juros foi alterado de três para duas altas. Para o PIB, o FED revisou sua projeção em 2017 de 2,2% para 2,4%, e manteve a projeção de 2018 em 2,1%. Já as projeções de inflação foram revisadas para baixo em 2017 (de 1,7% para 1,5%) e 2018 (de 2% para 1,9%). Por fim, o comunicado também incluiu o anúncio de que a partir de outubro o processo de normalização do balanço de ativos terá início de forma gradual. China: Os dados de atividade novamente vieram abaixo do esperado. As vendas no varejo em termos nominais cresceram 10,1% em agosto, na comparação anual, vindo de 10,4% em julho. Em termos reais, o varejo também apresentou desaceleração ao se comparar com julho, apresentando alta de 8,2% na mesma base. A indústria expandiu 6,1% no mês, vindo de 6,4% no mês anterior, com desaceleração nos setores de cimento, eletricidade e aço. Por último, os investimentos em ativos fixos desaceleraram de 8,3% para 7,8% no acumulado do ano, com continuidade de redução dos investimentos públicos e menor ímpeto de investimentos privados no mês. Diante dos dados de agosto, acredita-se que a economia chinesa siga em ritmo de desaceleração moderada, com crescimento de 6,6% no PIB do terceiro trimestre de 2017, vindo de 6,9% no segundo trimestre. Europa: Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) reiterou em seu discurso a necessidade de manutenção dos estímulos e revisou as projeções de crescimento e inflação para os próximos anos. O BCE manteve o escopo de sua política monetária e revisou as expectativas de crescimento do PIB de 1,7% para 2,2% para As projeções para o crescimento da economia em 2018 e 2019 foram mantidas em 1,8% e 1,7%, respectivamente. Para a inflação, as projeções de médio prazo foram reduzidas em 2018 e 2019 de 1,3% e 1,6%, para 1,2% e 1,5%, respectivamente. Durante a entrevista após a reunião, o presidente do BCE, Mário Draghi, enfatizou que o recente fortalecimento do Euro é uma fonte de preocupação. Sobre o programa de compras, a sinalização do BCE confirmou nossa expectativa que a decisão de revisão do programa deverá ser anunciada na reunião de outubro, com a provável redução do ritmo de compras de 60 bilhões para 40 bilhões de euros a partir do primeiro trimestre de Brasil: o Banco Central manteve a flexibilização da política monetária como esperado e indicou que deverá moderar o ritmo de corte nas próximas reuniões. Como esperado, o Comitê de Política Monetária (COPOM) reduziu a taxa Selic em 100 pontos base (p.b.) e a taxa de juros básica atingiu 8,25% a.a. O comunicado da decisão indicou que caso as condições não se alterem, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Copom considera que é adequado a redução moderada no ritmo de corte da taxa de juros. Diante disso, o mercado espera que o mais provável é um corte de 75 p.b. na reunião de outubro. Na direção de sinalizar a continuidade no ciclo de corte de juros, o Relatório Trimestral de inflação (RTI) mostrou que no cenário de 1 Banco Central dos EUA.

2 mercado para as projeções de câmbio e Selic 2, o IPCA 3 se situaria em 4,3% em 2018, 4,2% em 2019 e 4,1% em Portanto, nesse cenário de mercado o IPCA se encontraria ligeiramente abaixo da meta de inflação em 2018 (4,5%) e 2019 (4,25%). Vale notar que o cenário de mercado considerado corresponde a uma Selic de 7% ao final de 2017 e 2018, e 8% em 2019 e Mantendo a dinâmica das últimas leituras, a prévia da inflação de setembro (IPCA-15) veio novamente abaixo do esperado. No mês, a variação foi de 0,11%, abaixo da expectativa do mercado (0,14%). Em termos anuais, o IPCA-15 recuou de 2,7% para 2,6%. A análise qualitativa do indicador permite inferir que a tendência de baixa para a inflação terá continuidade. A média dos núcleos seguiu a trajetória de queda, saindo de 3,8% para 3,6%. Essa mesma dinâmica foi apresentada pelo indicador de serviços subjacentes, cedendo de 4,4% para 4,2%. Para 2017 e 2018, mantemos a projeção de IPCA em 2,9% e 4,1%, respectivamente. A respeito da atividade, o IBC - Br, índice de atividade econômica do Banco Central, que funciona como proxy do PIB, surpreendeu positivamente em julho. Na margem, o indicador apresentou alta de 0,41% e expandiu 1,41% em termos anuais. O quadro de atividade revela um movimento de gradual recuperação da economia brasileira, compatível com a nossa expectativa de expansão de 0,6% em 2017 e 2,6% em Fonte: Bradesco Asset 2 A taxa Selic é a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou overnight, que possuem lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou Selic. 3 O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país

3 2.1. Alocação por segmento 2. Alocação Super Conservador Conservador Moderado 1,0% 4,9% 1,9% Agressivo 9,3% 13,8% 26,5% 62,3% ,0% 80,3% Renda Fixa Renda Variável Invest. no Exterior Invest. Estruturados Alocação por Fundo de Investimento DATA BASE: 29/09/2017 FUNDO GESTOR CLASSE SUPERCONSERVADOR CONSERVADOR MODERADO AGRESSIVO BRAM INSTITUCIONAL FI RF IRF M BRADESCO RF 0,0% 5,0% 4,0% 3,1% BRAM FI RF IMA B 5 BRADESCO RF 0,0% 30,9% 25,2% 19,3% BRADESCO FI MULT PLUS BRADESCO RF 0,0% 57,0% 45,3% 35,5% BRAM FI RF IMA-B 5+ BRADESCO RF 0,0% 7,1% 5,8% 4,4% BRADESCO FI REF DI PREMIUM BRADESCO RF 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% TOTAL RENDA FIXA 100,0% 100,0% 80,3% 62,3% BRAM FIA IBOVESPA BRADESCO RV 0,0% 0,0% 11,3% 21,1% ATMOS INST FIA ATMOS RV 0,0% 0,0% 1,0% 0,9% OCEANA VALOR FIA OCEANA RV 0,0% 0,0% 1,0% 2,4% POLLUX INS I FIC FIA POLLUX RV 0,0% 0,0% 0,6% 2,0% TOTAL RENDA VARIÁVEL 0,0% 0,0% 13,8% 26,5% BRADES GLOBAL FIA IE BRADESCO I EX. 0,0% 0,0% 1,0% 1,9% TOTAL INVESTIMENTOS NO EXTERIOR 0,0% 0,0% 1,0% 1,9% IBIUNA HE STH FICFIM IBIÚNA I ES. 0,0% 0,0% 1,2% 2,3% BOEING FIC FIM SPX I ES. 0,0% 0,0% 1,29% 2,5% KAPITALO FIN FIC FIM KAPITALO I ES. 0,0% 0,0% 2,37% 4,4% TOTAL INVESTIMENTOS ESTRUTURADOS 0,0% 0,0% 4,9% 9,3% TOTAL 100,0% 0,0% 100,0% 100,0% Fonte: Relatórios de Carteira Diária data de referência 29/09/2017 extraídos dos sites na data de 10/10/ Carteira Consolidada O mês de setembro, foi bastante positivo para a RaizPrev, que obteve um retorno de 1,41%. O resultado ficou acima do benchmark 4, que apresentou alta de 1,25%. No acumulado do ano, a Entidade apresenta um retorno de 11,43%, acima do benchmark que subiu 10,76% no mesmo período. No segmento de renda fixa, A curva de juros nominal continuou fechando no mês, trazendo resultado positivo, em relação ao CDI, em nossas posições ativas (nos vencimentos curtos e, principalmente nos médios). As taxas dos vencimentos curtos e médios recuaram significativamente. Já os vencimentos longos recuaram em menor medida, aumentando a inclinação da curva. A curva de juros real acompanhou a dinâmica dos juros nominal, apresentando fechamento maior nos vencimentos curtos e médios (onde também temos concentradas nossas posições ativas), fechando em menor medida nos vencimentos mais longos, também apresentando ganho em relação ao CDI. Como efeito para a Entidade, o segmento apresentou alta com 4 Índice ou ponderação entre índices que serve como objetivo a ser superado pelo gestor.

4 relação ao benchmark (0,97% contra 0,88%), superando também o CDI (0,64%). No ano, o segmento apresenta alta de 10,10%, acima do benchmark (9,44%) e do CDI (8,05%). Na renda variável, o índice Ibovespa (Benchmark do segmento) teve mais um mês de retorno expressivo, obtendo o quarto mês consecutivo com retorno de +4,88%, acumulando valorização de +23,35% no ano e +27,29% nos últimos 12 meses. O índice S&P 500 teve retorno de +2,02% no mês, acumulando +13,72% de valorização no ano e +17,88% nos últimos 12 meses (em moeda original). O investidor estrangeiro aumentou sua exposição em ações brasileiras em R$ 3,8 bilhões no mês, aumentando o saldo positivo para R$ 14,7 bilhões no ano. O investidor institucional local reduziu sua exposição em R$ 1,0 bilhão no mês, voltando a ter saldo negativo no ano de R$ 0,5 bilhão. A Entidade encerrou o mês com alta de 4,70%. No acumulado do ano, o segmento apresenta alta de 23,38%, acima do seu benchmark. Os investimentos no exterior, em setembro, apresentaram forte retorno (2,36%), um pouco abaixo do MSCI World 5 (seu benchmark) que subiu 2,76% no mês. No ano o segmento apresenta um bom retorno (13,57%). Outro segmento que apresentou bons ganhos em setembro foi investimentos estruturados (fundos multimercados) com um retorno de 2,71%, bem acima do seu respectivo benchmark que subiu 0,80% em setembro. Com esse resultado, no acumulado do ano, o segmento apresenta 15,77% de retorno. 5 Morgan Stanley Capital International, índice para acompanhar o desempenho das principais bolsas internacionais.

5 3.1. Comparativo com Outros Fundos de Pensão* Renda Fixa Mês Renda Fixa no Ano 14,00% 1,80% 1,60% 1,40% 1 1 1,20% 1,00% 0,80% 0,60% 0,40% 0,20% 0,97% 0,74% 0,64% 1,81% 0,88% 8,00% 6,00% 4,00% 10,10% 8,64% 8,05% 13,16% 9,44% CDI IMA-B BENCHMARK CDI IMA-B BENCHMARK Renda Variável Mês Renda Variável Ano 5,00% 24,60% 4,95% 24,40% 4,90% 24,20% 4,85% 24,00% 4,80% 23,80% 4,75% 4,70% 4,87% 4,88% 4,95% 23,60% 23,40% 24,45% 24,29% 4,65% 4,60% 4,70% 4,69% 23,20% 23,00% 23,38% 23,35% 23,39% 4,55% IBOVESPA IBR-X IBR-X 50 22,80% IBOVESPA IBR-X IBR-X 50 3,00% Investimentos Estruturados Mês 18,00% Investimentos Estruturados Ano 2,50% 16,00% 14,00% 1 1,50% 1,00% 0,50% 2,71% 1,41% 0,64% 0,80% 1 8,00% 6,00% 4,00% 15,77% 9,40% 8,05% 9,66% CDI CDI + 2% a.a CDI CDI + 2% a.a

6 Investimentos no Exterior Mês Investimentos no Exterior Ano 2,80% 16,00% 2,70% 14,00% 2,60% 1 2,50% 2,40% 2,30% 2,20% 2,36% 2,39% 2,76% 1 8,00% 6,00% 4,00% 13,57% 12,56% 11,04% 2,10% MSCI MSCI 1,80% 1,60% Consolidado Mês 14,00% 1 Consolidado Ano 1,40% 1 1,20% 1,00% 0,80% 0,60% 0,40% 0,20% 1,41% 1,04% 0,64% 1,81% 1,25% 8,00% 6,00% 4,00% 11,43% 9,34% 8,05% 13,16% 10,76% CDI IMA-B BENCHMARK CDI IMA-B BENCHMARK (*) Mediana dos planos calculada pelo grupo de Entidades monitoradas pela consultoria Aditus classificadas como Planos de Contribuição Variável (CV). 4. Perfis 4.1. Rentabilidade por Perfil Super Conservador: O perfil, em setembro, ficou um pouco acima do seu respectivo benchmark (0,67% contra 0,64%). No acumulado do ano, o perfil acumula alta de 8,52% acima do CDI que subiu 8,05%. Conservador: O perfil conservador apresentou, nesse mês, um retorno de 0,98%, acima de seu benchmark (0,88%), da inflação (IPCA 0,16%) e do CDI (0,64%). Nos primeiros oito meses do ano, o perfil já acumula alta de 10,17%, acima do seu respectivo benchmark que apresentou 9,44% no mesmo período. Moderado: O perfil moderado, que possui maior diversificação, apresentou em setembro um retorno de 1,56%, acima seu respectivo benchmark (1,39%). No resultado do ano, o resultado é muito positivo, ficando acima do seu respectivo benchmark (11,85% contra 11,27%). Agressivo: O perfil agressivo, que possui maior exposição em ativos com maior volatilidade, esse mês apresentou um ótimo retorno (2,14%). No acumulado do ano, é o perfil que apresenta o maior retorno, com de 13,86%.

7 4.2. Histórico de Rentabilidade dos Perfis x Benchmarks Acumulado do Mês Acumulado do Ano Super Conservador Rentabilidade 0,67% 0,98% 1,56% 2,14% Benchmark 0,64% 0,88% 1,39% 1,90% Super Conservador Rentabilidade 8,52% 10,17% 11,85% 13,86% Benchmark 8,05% 9,44% 11,27% 13,10% Acumulado últimos 12 meses Acumulado dos últimos 24 meses Super Conservador Rentabilidade 11,87% 13,62% 15,61% 17,88% Benchmark 11,55% 12,81% 14,79% 16,75% Rentabilidade 33,97% 36,40% 39,27% Benchmark 30,77% 34,56% 38,43% Acumulado dos últimos 36 meses Acumulado dos últimos 48 meses Rentabilidade 46,51% 45,55% 42,04% Benchmark 44,02% 44,35% 42,81% Rentabilidade 60,87% 58,64% 54,04% Benchmark 58,59% 58,09% 54,73%

8 Acumulado dos últimos 60 meses Acumulado desde o início do plano Rentabilidade 63,80% 61,26% 56,33% Benchmark 61,97% 61,43% 57,87% Rentabilidade 97,42% 93,09% 85,35% Benchmark 96,99% 92,85% 82,75% Benchmark Super Conservador: 100% (CDI) Benchmark Conservador: 62% (CDI) + 31% (IMA-B5) + 7% (IMA-B5+). Benchmark Moderado: 50,5% (CDI) + 25,5% (IMA-B 5) + 5,5% (IMA-B 5+) + 12,5% (IBOVESPA) + 5% (CDI +2%) + 1% (MSCI). Benchmark Agressivo: 39% (CDI) + 20% (IMA-B 5) + 4% (IMA-B 5+) + 25% (IBOVESPA) + 10% (CDI +2%) + 2% (MSCI) CDI: Certificado de Depósito Interbancário. O DI é emitido para o período de 1 dia e serve para captação por um banco (emitente) e remuneração por parte do outro banco, que possui excesso de liquidez (adquirente).i IMA-B 5 e IMA-B 5+: Índice Anbima para títulos públicos ( Notas do Tesouro Nacional série B NTN-B) que rendem inflação (IPCA) mais um prêmio. A diferença que o 5 se refere a títulos com vencimento até 5 anos e o 5+ com vencimentos superiores a 5 anos. MSCI: é um índice Mundo do mercado de ações. É mantido pelo Morgan Stanley Capital International, e é usado como um ponto de referência comum para o "mundo" ou fundo de ações 'global'