MEMO. Dia Europeu de Direitos dos Doentes: 10 benefícios que a União Europeia confere aos doentes
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1 COMISSÃO EUROPEIA MEMO Bruxelas, 15 Maio 2013 Dia Europeu de Direitos dos Doentes: 10 benefícios que a União Europeia confere aos doentes Um alto nível de proteção da saúde; o direito de beneficiar de tratamento médico; acesso a cuidados de saúde tratamento preventivo, de diagnóstico e curativo independentemente dos meios financeiros, género ou nacionalidade. Estes princípios estão consagrados no Tratado da União Europeia 1, na sua Carta de Direitos Fundamentais 2 e as instituições da União Europeia estão sujeitas a eles Enquanto cidadão da União Europeia deverá esperar: 1) Receber cuidados de saúde quando visitar outro país da União Europeia Se adoecer inesperadamente durante uma viagem a outro país da União Europeia e necessitar de consultar um médico, não necessita de encurtar a sua viagem e regressar a casa para receber tratamento. Pegue no seu Cartão Europeu de Seguro de Doença e consulte um médico local. 2) Ser reembolsado por cuidados de saúde solicitados noutro país da União Europeia Caso decida receber tratamentos médicos num outro país da União Europeia pode ser reembolsado por eles em casa, em determinadas circunstâncias e geralmente até ao valor pelo qual seria reembolsado pelo mesmo tratamento no seu país. Em alguns casos, o seu país de origem pode exigir que solicite autorização prévia para o tratamento antes de viajar. Antes de partir... Deverá: Conhecer os termos e condições aplicadas aos cuidados que receberá e ao reembolso a que terá direito 1 The scope for EU action in health policy is set in Article 168 of the Treaty on the Functioning of the European Union. 2 Article 35 of the Charter of Fundamental Rights of the European Union. MEMO/13/432
2 Informar-se adequadamente sobre a qualidade e segurança do tratamento oferecido num outro país que não o seu país de origem Saber como apresentar uma queixa e encontrar as soluções apropriadas no caso de algo não correr bem. (Direção Geral de Saúde e do Consumidor) 3) Receber informação sobre segurança e padrões de qualidade nos países da União Europeia Desde 25 de Outubro 2013, existe um Ponto de Contacto Nacional em cada Estado Membro que providenciará informação aos doentes sobre os seus direitos nos cuidados de saúde por toda a Europa. Os doentes terão acesso a informação sobre a qualidade e segurança do tratamento que receberão para que possam tomar decisões informadas. 4) Ser tratado por profissionais de saúde qualificados Os doentes terão a garantia de que independentemente de serem tratados no seu país de origem ou num outro país da União Europeia, serão tratados por profissionais de saúde médicos, dentistas, enfermeiras, parteiras ou farmacêuticos que satisfazem os requisitos mínimos exigidos na União Europeia. Se o solicitarem no seu Ponto de Contacto Nacional, os doentes poderão receber a informação sobre a idoneidade técnica de um determinado profissional de saúde 5) Receber uma cópia dos registos médicos Quando recebe um tratamento, o profissional de saúde deve fazer um relatório médico sobre o tratamento providenciado. Enquanto doente tem direito a uma cópia deste relatório medico para que possa assegurar a continuidade do tratamento e ser tratado por um médico da sua escolha e decidir se continua o tratamento noutro Estado membro. 6) Ter as suas receitas reconhecidas em todos os países da União Europeia Para doentes que desejem viajar para outro país é reconfortante saber que as suas receitas podem ser reconhecidas noutro Estado membro. Para evitar atrasos, interrupções no tratamento e custos extra para os doentes, peça ao seu médico uma receita transfronteiriça. A Comissão tem um conjunto de regras sobre reconhecimento mútuo de receita entre os Estados membro e uma lista de elementos mínimos a incluir numa receita médica passada a um doente que viaja para outro país da União Europeia. 7) Ser tratado com medicamentos seguros e eficazes Os medicamentos têm de ser autorizados pelos Estados Membro ou pela Comissão Europeia antes de serem colocados no mercado europeu. Isto assegura que os doentes 2
3 são tratados com medicamentos que seguem estritamente os padrões de qualidade, segurança e eficiência. Uma vez que um produto médico foi autorizado na União Europeia e colocado no Mercado, a sua segurança é monitorizada durante toda a sua existência para assegurar que, em caso de reações adversas, é tomada uma ação rápida e apropriada, incluindo avisos adicionais, restrições de uso ou mesmo retirada do produto. 8) Poder reportar efeitos secundários suspeitos de medicamentos Enquanto doente, tem o direito de reportar quaisquer reações adversas a medicamentos que esteja a tomar, diretamente às suas autoridades nacionais. Também o pode fazer através de um médico, farmacêutico, enfermeiro ou outro profissional de saúde. A Comissão adotou recentemente um novo símbolo sob a forma de um triângulo negro invertido para identificar medicamentos para os quais é considerada ser necessária monitorização adicional. A partir de Setembro de 2013, o novo símbolo estará colocado na bula do medicamento a que se refere, para além da informação de como reportar eventos adversos através do sistema nacional (INFARMED - Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53, Lisboa; Tel.: ; Fax: ; Sítio da internet: farmacovigilancia@infarmed.pt). 9) Ser tratado com equipamento médicos seguros A União Europeia regulamenta os equipamentos médicos, que pode ir desde as simples compressas até às mais sofisticadas máquinas de suporte de vida, para garantir um alto nível de segurança para o doente e acesso rápido a tecnologias inovadoras. 10) Beneficiar dos altos padrões comuns a nível da qualidade do sangue, órgãos, tecidos e células Para garantir a qualidade e a segurança do doente, a União Europeia desenvolveu um conjunto de regras e procedimentos comuns a aplicar em toda a União Europeia, a fim de assegurar que todo o material humano doado seja seguro e cuidadosamente analisado para prevenir a transmissão de doenças, como por exemplo HIV e hepatite. O que é o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD)? ( É um documento que assegura a prestação de cuidados de saúde quando beneficiários de um sistema de segurança social de um dos Estados da União Europeia, Espaço Económico Europeu ou Suíça se deslocam temporariamente neste espaço. Identifica o titular. É um modelo único, comum a todo o espaço da União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça. 3
4 Como posso obter o CESD? Através da Segurança Social ou do seu subsistema de saúde. Na Internet Beneficiários da Segurança Social, com número de identificação da segurança social (NISS), podem pedir o CESD na página da Internet em através da Segurança Social Direta, com palavra-chave ou Cartão de Cidadão para acesso ao serviço (é necessário registo prévio). Presencialmente Em Portugal Continental Nos serviços de atendimento da Segurança Social da área de residência dos beneficiários inscritos na Segurança Social, podendo preencher o formulário Modelo GIT53-DGSS (PDF - 65 Kb), disponível em na opção Formulários> selecionando a categoria> Cartão Europeu de Seguro de Doença, juntando cópia de um dos seguintes documentos: o o o Cartão de identificação da Segurança Social ou documento onde conste o número de beneficiário Cartão de beneficiário de subsistema público ou particular Cartão de utente do Serviço Nacional de Saúde. Nas Lojas do Cidadão Junto do subsistema de saúde público (ADSE, SSMJ, etc.) ou particular. Nos Açores No Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores, IPRA Junto do subsistema de saúde (ADSE, SSMJ, etc.). Na Madeira Nos serviços do Centro de Segurança Social Junto do subsistema de saúde (ADSE, SSMJ, etc.). Em que Estados-Membros é emitido e pode ser utilizado? Em 31 Estados: 27 Estados-Membros da União Europeia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Estónia, Grécia, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, República Eslovaca, Roménia e Suécia); 4
5 Três Estados-Parte do Espaço Económico Europeu (Islândia, Liechtenstein e Noruega); Suíça. Cada Estado-Membro é responsável pela emissão e distribuição do CESD no seu território. Em que circunstâncias posso utilizar o CESD? Quando se deslocar temporariamente nos Estados da União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça. Por exemplo, quando vai de férias, viagem de negócios ou estudar no estrangeiro. O cartão não abrange as situações em que a pessoa segurada se desloca a outro Estado com o objetivo de receber tratamento médico por comprovada impossibilidade de tratamento em Portugal (falta de meios técnicos). Se é essa a situação, deve solicitar o formulário E112 junto do Centro Distrital de Segurança Social da sua área de residência, juntamente com um atestado passado pelo médico de família. O cartão não abrange igualmente prestadores de cuidados de saúde do sector privado. Quais são as prestações a que tenho direito com o CESD? Todas as prestações em espécie que se tornem clinicamente necessárias durante uma estada no território de outro Estado-Membro ou Parte, tendo em conta a natureza das prestações e a duração prevista da estada. O cartão garante o mesmo acesso aos cuidados de saúde do sector público (ou seja, um médico, uma farmácia, um hospital ou um centro de saúde) que os cidadãos do país que está a visitar. Se for necessário receber tratamento médico num país em que os cuidados de saúde não sejam gratuitos, o portador do cartão será reembolsado imediatamente ou mais tarde, quando regressar ao seu país. Posso ir a um médico à minha escolha? Só pode utilizar o CESD se for a um prestador de cuidados de saúde abrangido pelo regime de seguro de doença estabelecido pela lei do país de acolhimento. Antes da deslocação deve informar-se acerca dos procedimentos para obter tratamento médico no Estado que vai visitar. Se for a um médico privado ou a uma clínica privada, não poderá utilizar o seu CESD. Como identificar os serviços oficiais de saúde de um Estado a que me desloco? Antes de partir, ou ao chegar, deve procurar saber quais são e onde se localizam tais serviços. Pode consultar o site da Comissão Europeia (Informações nacionais e contactos). Tenho uma doença crónica que me obriga a consultar um médico muito regularmente. Pretendo ir a outro Estado-Membro, para uma estada temporária. O CESD cobre a minha assistência médica nesse país? 5
6 Sim. Se a sua doença exigir tratamento em unidades médicas especializadas, unidades dotadas de equipamento especial e/ou pessoal especializado, bem como se a sua situação clínica exigir vigilância médica especial e, em particular, o recurso a técnicas ou equipamentos especiais (por exemplo, tratamentos de diálise renal ou oxigenoterapia). Deve organizar com antecedência a viagem, efetuando uma marcação prévia do tratamento. Poderá pedir ao centro de saúde ou ao subsistema de saúde em que está inscrito que se articule com a instituição do outro Estado-Membro. Não deve efetuar a viagem sem ter a garantia prévia de que a assistência médica de que carece será prestada. Os beneficiários insuficientes renais crónicos podem contactar as instituições que prestam tratamento com o apoio da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais. Não devem efetuar a viagem sem terem a garantia prévia de que a assistência médica de que carecem será prestada. Quais são as vantagens do CESD? Simplificação administrativa de identificação do titular e da instituição financeiramente responsável pelos custos dos cuidados de saúde de que este possa vir a necessitar; Evita que o segurado seja obrigado a regressar prematuramente ao Estado competente para receber os cuidados requeridos pelo seu estado de saúde. Quem pode ser titular do CESD? O Cartão Europeu de Seguro de Doença destina-se aos cidadãos dos 27 Estados-Membros da União Europeia, bem como da Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. O CESD é nominativo e individual. Os seus titulares podem ser: Trabalhadores, inclusive os dos transportes internacionais, os estudantes, os pensionistas e seus familiares que se encontrem abrangidos por um regime de segurança social; Beneficiários de subsistemas de proteção social que tenham assumido a responsabilidade pelos encargos financeiros gerados com os cuidados de saúde prestados aos titulares do CESD; Utentes do Serviço Nacional de Saúde no caso de não haver vínculo à segurança social ou a um subsistema de saúde. Uma vez que o cartão é individual, cada membro da família da pessoa segurada deve ter o seu cartão. O que fazer se durante uma deslocação a um Estado-Membro ficar doente? Deve fazer-se atender nos serviços oficiais de saúde ou convencionados (conforme cada legislação nacional) do Estado em que o titular do CESD se encontra em estada, como se fosse beneficiário do sistema de segurança social desse Estado. 6
7 Terei de pagar os cuidados que me foram prestados? O segurado de um Estado que se faça assistir clinicamente noutro Estado pagará apenas as taxas e/ou comparticipações que os nacionais deste último Estado pagam para obter tais cuidados de saúde. Quanto custa o CESD? O CESD é emitido sem encargos para o titular. Que documentação é necessária para obter o CESD? Consoante a situação, o cartão de beneficiário da segurança social, de utente do Serviço Nacional de Saúde ou do subsistema que assegura a sua proteção na doença e o Bilhete de Identidade/Cartão do Cidadão. Informe-se junto da instituição onde vai requerê-lo. Quanto tempo demora a ser entregue? Em regra é remetido para casa do titular dentro de cerca de 7 dias úteis após a recepção do pedido. Qual é a validade do CESD? Em princípio três anos (regime geral). Deverá consultar o sistema ou subsistema que assegura a sua proteção na doença. O que devo fazer se perder ou se for furtado o CESD? Deve comunicar o facto, obrigatória e urgentemente, à entidade por conta de quem foi emitido (centro distrital de segurança social, região autónoma, subsistema), procedendo de seguida segundo as indicações que esta facultar. Se a perda ou furto ocorrer durante a viagem, pode pedir à instituição de segurança social ou ao subsistema de saúde que o abrange que lhe envie por fax ou correio eletrónico um certificado provisório de substituição (CPS). Esta medida é especialmente aconselhada se precisar de ser hospitalizado. O que é o Certificado Provisório de Substituição? É um documento equivalente ao CESD e substitui este quando a instituição de seguro de doença não possa fornecer o cartão rapidamente, para uma viagem próxima e não planeada, ou quando o cartão for perdido ou esquecido, caso em que a instituição que o abrange pode enviar um CPS (por fax, por exemplo) diretamente para o prestador de cuidados de saúde do país de acolhimento. Se for de férias para outro país da União Europeia sem qualquer documento, o que acontecerá se precisar de assistência médica? Receberá, naturalmente, toda a assistência necessária que lhe permita continuar as suas férias sem ter de regressar ao seu país para receber tratamento. No entanto, não se esqueça de que estes documentos não só facilitam o acesso a assistência médica no local, 7
8 pois garantem que recebe assistência de acordo com as regras em vigor no Estado que visita, mas também asseguram o reembolso das suas despesas logo após o seu regresso, caso lhe tenha sido pedido para pagar diretamente qualquer despesa médica que não seja taxa moderadora ou comparticipação, tal como é exigido aos nacionais do Estado em causa. 8
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