UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS LUÍS ROBERTO DE OLIVEIRA ZAGONEL CRIMES HEDIONDOS: ASPECTOS E PROGRESSÃO DE REGIME

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS LUÍS ROBERTO DE OLIVEIRA ZAGONEL CRIMES HEDIONDOS: ASPECTOS E PROGRESSÃO DE REGIME CURITIBA / PR 2013

2 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS LUÍS ROBERTO DE OLIVEIRA ZAGONEL CRIMES HEDIONDOS: ASPECTOS E PROGRESSÃO DE REGIME Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Direito. Orientador: Prof. Dr. Luiz Renato Skroch Andretta CURITIBA / PR 2013

3 TERMO DE APROVAÇÃO LUÍS ROBERTO DE OLIVEIRA ZAGONEL CRIMES HEDIONDOS: ASPECTOS E PROGRESSÃO DE REGIME Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção de título de Bacharel no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de 2013 Prof. Dr. Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias do Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Prof. Luiz Renato Skroch Andretta Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Supervisor: Prof. Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Supervisor: Prof. Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu eterno sobrinho Felipe Zagonel Negrão, falecido em 23/08/2011. Quem é eterno não morre, apenas nos antecede na partida.

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus por ter-me dado sabedoria e perseverança para a conclusão do presente trabalho. porto seguro. Agradeço aos meus pais pela vida, pelos ensinamentos e por serem meu Agradeço à minha noiva, Macarena, pela paciência e compreensão da minha ausência para a realização deste trabalho. Agradeço aos meus amigos, pela companhia durante a vida acadêmica. Agradeço ao Professor Luiz Renato Skroch Andretta pela orientação da presente monografia. Agradeço a todos os professores do curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná pelos ensinamentos acadêmicos.

6 RESUMO Nos anos 90, quando a violência no Brasil se encontrava exacerbada, após o sequestro do filho de um empresário famoso e do homicídio de uma atriz da Rede Globo, ganha corpo a Lei nº 8.072, de Crimes Hediondos, trazendo maior rigidez às sanções penais impostas para determinados crimes, considerados, na época, de extrema reprovação. Trouxe, ainda, a impossibilidade de progressão de regime e de liberdade provisória para os referidos tipos penais. Sendo assim, este trabalho analisa a Lei nº de 1990, de Crimes Hediondos, suas alterações, complexidades, seus aspectos e a Progressão de Regime trazida pela Lei nº de A justificativa para a presente monografia se faz necessária tendo em vista que existem diversas discrepâncias na Lei, dentre elas, os tipos penais, as penas cominadas nos crimes, bem como se há de analisar a constitucionalidade da progressão de regime imposta pela Lei nº , de Como fonte de pesquisa, consultaram-se a doutrina, através de obras nacionais a respeito do tema, a fim de desvendar qual o raciocínio jurídico dos autores renomados nesta área, bem como a legislação existente. O trabalho é dividido em quatro capítulos, sendo o primeiro o que dá a introdução a este trabalho; o segundo aborda o sistema de penas; o terceiro aborda a Lei de Crimes Hediondos, aspectos e progressão de regime; o quarto analisa as discrepâncias da referida lei e, o quinto apresenta as considerações finais. Embora a referida Lei tenha endurecido a punição para determinados tipos penais, demonstrou-se ao longo dos anos que só o acréscimo sancionatário das penas para determinados crimes não é suficiente para lograr o controle ou a diminuição da criminalidade no Brasil. Palavras-chave: lei penal; crime hediondo; progressão de regime.

7 LISTA DE TABELAS TABELA 1 DADOS ESTATÍSTICOS DOS CRIMES COMETIDOS DE NO ESTADO DE SÃO PAULO...35 TABELA 2 DADOS ESTATÍSTICOS DOS CRIMES COMETIDOS DE NA REGIÃO POLICIAL DA GRANDE SÃO PAULO...35

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO O SISTEMA DE PENAS NO BRASIL 2.1 O Conceito e a Finalidade da Pena Espécies de Penas Regimes Prisionais Regime fechado Regime semiaberto Regime aberto Do Livramento Condicional e da Progressão de Regime Livramento condicional A Progressão do regime CRIMES HEDIONDOS: Aspectos e Progressão de Regime 3.1 A Constituição Federal Crimes Hediondos Lei n 8.072/90 com alteração pela Lei nº 8.930/94 e pela Lei nº 9.695/ Conceito Tipos penais Homicídio como crime hediondo Latrocínio Extorsão qualificada pela morte Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada Estupro Estupro de vulnerável Epidemia com resultado morte Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais Genocídio Crimes Assemelhados aos Crimes Hediondos Tortura Tráfico Ilícito de entorpecentes e drogas afins Terrorismo A Insuscetibilidade de Anistia, Graça, Indulto e Liberdade Provisória...24

9 3.3.1 Anistia Graça Indulto Liberdade provisória A Progressão de Regime nos Crimes Hediondos A alteração pela lei nº de 2007 e seu aspecto constitucional DISCREPÂNCIAS E ASPECTOS POLÊMICOS DA LEI DE CRIMES HEDIONDOS 4.1 Discrepâncias dos Tipos Penais Discrepâncias do Aspecto Quantitativo das Penas Da Impossibilidade da Liberdade Provisória Dos Resultados Obtidos CONSIDERAÇÕES FINAIS...39 REFERÊNCIAS...40 ANEXOS...42

10 1 INTRODUÇÃO A Constituição Federal de 88 deu origem aos crimes hediondos em seu artigo 5º, inciso XLIII. Na década de 80, a preocupação com a criminalidade encontrava-se exacerbada, principalmente em relação ao crime de extorsão mediante sequestro, que amedrontava a classe social econômica mais privilegiada, nos principais centros urbanos, culminando, por exemplo, no sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989, e do publicitário Roberto Medina, em Em 25 de julho de 1990, o legislador apresentou como solução para combater os crimes considerados mais graves, a Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990). Surgiu, assim, a lista de crimes hediondos, que classificou como inafiançáveis os crimes de extorsão mediante sequestro, latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro e negou aos seus autores os benefícios da progressão de regime, obrigando-os a cumprir a pena em regime integralmente fechado, salvo o benefício do livramento condicional com 2/3 da pena. Com o homicídio da atriz Daniela Perez, cometido pelo também ator Guilherme de Pádua, em co-autoria com sua esposa Paula Tomaz, em 1992, a mãe da atriz, Glória Perez, iniciou um movimento popular de abaixo-assinado com a finalidade de instituir penas mais severas para o crime de homicídio qualificado, em todas as suas formas. Após a colheita de mais de um milhão de assinaturas, o mencionado Projeto de Lei foi encaminhado pelo Presidente da Comissão Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente do Estado do Rio de Janeiro. Em 1994, por meio da Lei nº 8.930, e após, com a Lei nº de 1998, outros tipos foram inseridos à lei original. Com a redação atualizada, a Lei de Crimes Hediondos é estabelecida da seguinte maneira: em seu artigo 1º são considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Código Penal, consumados ou tentados: - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, 2, I, II, III, IV e V); latrocínio (art. 157, 3, in fine); extorsão qualificada pela morte (art. 158, 2 ); extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e l, 2 e 3 ); estupro (art. 213, caput e 1 e 2º); estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e 1º, 2º, 3º e 4º), epidemia com resultado morte (art. 267, 1 ), falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art.

11 273, caput e 1º, º1º A e 1º B, com redação dada pela Lei 9.677, de 2 de julho de 1998). Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 8.930, de 6/9/1994) De acordo com a Constituição Federal, artigo 5º, inciso XLIII: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá- los, se omitirem. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar a Lei nº de 1990, de Crimes Hediondos, suas alterações, complexidades, seus aspectos e a Progressão de Regime trazida pela Lei nº , de A justificativa para a presente monografia se faz necessária tendo em vista que existem diversas discrepâncias na Lei, dentre elas, os tipos penais, as penas cominadas nos crimes, bem como se há de analisar a constitucionalidade da progressão de regime imposta pela Lei nº , de Como fonte de pesquisa, consultaram-se a doutrina, através de obras nacionais a respeito do tema, a fim de desvendar qual o raciocínio jurídico dos autores renomados nesta área, bem como a legislação existente. O trabalho é dividido em quatro capítulos, sendo o primeiro o que dá a introdução a este trabalho; o segundo aborda o sistema de penas; o terceiro aborda a Lei de Crimes Hediondos, aspectos e progressão de regime; o quarto analisa as discrepâncias da referida lei e o quinto apresenta as considerações finais. O capítulo a seguir trata do sistema de penas no Brasil.

12 2 O SISTEMA DE PENAS NO BRASIL 2.1 O CONCEITO E A FINALIDADE DA PENA Pena, no direito penal, é a sanção imposta pelo Estado ao criminoso, por meio da ação penal, com dupla finalidade: de retribuição ao delito praticado e de prevenção a novos crimes. Segundo ensina Guilherme de Souza Nucci (2006): A pena possui caráter geral negativo, que consiste no poder intimidativo que ela representa a toda a sociedade, destinatária da norma penal; caráter geral positivo, que demonstra a existência e a eficiência do Direito Penal; caráter especial negativo, que consiste na intimidação do autor do delito para que este não volte a agir do mesmo modo, recolhendo-o ao cárcere, quando necessário, a fim de evitar a prática de outros delitos; e caráter especial positivo, que é a proposta de ressocialização do condenado, para que ele retorne ao convívio social depois de cumprida a pena ou por benefícios que antecipam a sua liberdade. (NUCCI. s/d) De acordo com Cesare Beccaria (2005, p. 62), [...] o fim das penas não é atormentar e afligir um ser sensível, nem desfazer um delito já cometido. Ainda [...] o fim, pois, é apenas impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazer o mesmo. 2.2 ESPÉCIES DE PENAS De acordo com o artigo 32 do Código Penal, as penas são: privativas de liberdade, restritivas de direitos e de multa. 2.3 REGIMES PRISIONAIS Segundo o artigo 33 caput do CP, as penas privativas de liberdade podem ser de detenção e de reclusão. Para crimes cuja pena é de reclusão, poderá ser cumprida em regime fechado, aberto e semiaberto. Já os apenados com pena de detenção apenas poderão cumpri-la em regime semiaberto ou aberto.

13 Para os crimes hediondos, as penas somente serão de reclusão. O juiz, ao condenar o réu e imputar a ele uma pena, deverá estabelecer o regime pelo qual esta será cumprida, observando as circunstâncias judiciais presentes no artigo 59 do Código Penal. Desta forma, deverá analisar qual o regime correto para o tipo de pena aplicada, se este será fechado, semiaberto ou aberto Regime fechado Conforme o artigo 33, 1º, alínea a, do Código Penal, considera-se regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média. Com base nos artigos 87 e 90 da Lei de Execuções Penais, a distância do local do cumprimento de pena não poderá restringir a visitação do apenado. Com base no artigo 33, 2º, alínea a do Código Penal, o regime fechado será destinado, obrigatoriamente, inicialmente ao cumprimento de pena em regime fechado ao condenado reincidente à pena de reclusão; ao não-reincidente à pena de reclusão maior que oito anos; e ao condenado por crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo. O apenado está sujeito a trabalho no período diurno e isolamento durante o repouso noturno, conforme o artigo 34, 1º do Código Penal. O trabalho será dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena (artigo 34, 3º, do Código Penal) Regime semiaberto Conforme o artigo 33, 1º, alínea b, do Código Penal, considera-se regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Desta maneira, com base no artigo 35, 1º e 2º do Código Penal, é permitido o trabalho externo do apenado e a frequência em cursos profissionalizantes ou de conhecimento durante o dia. O apenado deverá retornar à noite para o sistema penitenciário.

14 Enquadram-se no regime semiaberto os condenados não-reincidentes à pena de reclusão superior a quatro anos e não superior a oito anos; os reincidentes à pena de detenção, qualquer que seja o seu tempo; e os não-reincidentes à pena superior a quatro anos. Porém, a Súmula 269 do Superior Tribunal de Justiça (2002) diz que: é admissível a adoção do regime semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais Regime aberto Conforme o artigo 33, 1º, alínea c, do Código Penal, considera-se regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. Segundo o artigo 36, caput, do Código Penal, o regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. No regime aberto, o condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga (artigo 36, 1º do Código Penal). 2.4 DO LIVRAMENTO CONDICIONAL E DA PROGRESSÃO DE REGIME Livramento condicional Conforme o artigo 83, caput e incisos do Código Penal, o livramento condicional consiste na antecipação da liberdade ao condenado que cumpre pena privativa de liberdade, desde que sejam preenchidos alguns requisitos, além dos que já constam do atual texto (bom comportamento carcerário, reparação do dano e carência, quando exigível, de periculosidade). Desta maneira, para obtê-lo o penado deve: a) cumprir mais de um terço (1/3 ) da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes, (artigo 83, inciso I, do Código Penal); b) cumprir mais da metade (1/2) da pena se ele for reincidente em crime doloso, (artigo 83, inciso II, do Código Penal);

15 c) cumprir mais de dois terços (2/3) da pena se, condenado por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, desde que não reincidente específico em crimes desta natureza (artigo 83, inciso V, do Código Penal); O reincidente específico em crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, não tem direito a livramento condicional. De acordo com Antônio Lopes Monteiro (2002, p. 145), [...] reincidente específico é aquele que, condenado com sentença transitada em julgado por um dos crimes ali referidos, venha a praticar outro crime também ali previsto, independentemente da natureza do primeiro ou do segundo. Ainda, de acordo com Monteiro, [...] o delito pelo qual ser torna reincidente específico tem que ser cometido após a vigência da lei. d) fazer a reparação do dano, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo (art. 83, IV) A progressão de regime O sistema progressivo de regime foi instituído com o objetivo de reinserir o condenado ao convívio social, gradativamente. Conforme o artigo 112 da Lei de Execuções Penais, uma vez iniciado o regime de cumprimento da sentença penal condenatória, transitada em julgado em relação à pena privativa de liberdade, o condenado tem a possibilidade da transferência de regime de cumprimento de pena mais rigoroso para um regime de menor rigor, desde que venha a atingir os requisitos legais e tenha cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena acumulado, requisito objetivo, com o mérito do condenado, requisito subjetivo, podendo ser transferido do regime fechado para o regime semiaberto e, por fim, para o regime aberto. Na progressão de regime, o mérito do condenado diz respeito a seu bom comportamento carcerário e aptidão para retornar ao convívio social, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. O bom comportamento carcerário não é suficiente, apenas, sendo necessário, também, que o condenado esteja apto a ser colocado em regime menos gravoso. O

16 exame criminológico é um dos instrumentos empregados para a verificação da aptidão para a progressão de regime e, será realizado quando for necessário. Segundo ensina o professor Marcus Vinícius Amorim de Oliveira em seu site: O exame criminológico baseia-se no aspecto biopsicossocial do indivíduo, é uma modalidade de perícia, de caráter multidisciplinar ( ). Seu propósito é o estudo da dinâmica do ato criminoso, dos fatores que o originam e do perfil do agente criminoso. Oferece, pois, como primeira vertente, o diagnóstico criminológico. À vista desse diagnóstico, conclui-se pela maior ou menor probabilidade de reincidência, isto é, faz-se o prognóstico criminológico. (OLIVEIRA, 2010). O capítulo a seguir trata dos crimes hediondos e da progressão de regime.

17 3 CRIMES HEDIONDOS: ASPECTOS E PROGRESSÃO DE REGIME 3.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL inciso XLIII. A Constituição Federal deu origem aos crimes hediondos em seu artigo 5º, XLIII a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. Dois anos mais tarde, em 1990, surge a Lei de Crimes Hediondos, nº 8.072, tendo nos anos seguintes algumas alterações. 3.2 CRIMES HEDIONDOS LEI Nº 8.072/90 COM ALTERAÇÕES PELA LEI Nº 8.930/94 E PELA LEI Nº 9.695/ Conceito Crimes hediondos são os crimes tipificados pela Lei nº 8.072/90 e com alteração pela Lei nº 8.930/94 e nº 9.695/98. Para Amêndola Neto (1997, p. 30), embora tenha ocorrido esta reformulação em 1994, a mesma não se preocupou em conceituar o crime hediondo, apenas incluiu e/ou exclui os tipos penais do Código Penal. Nas palavras de Vicente Amêndola Neto (1997, p. 30): o texto do artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal deu origem à Lei nº 8.072/90. O legislador infra-constitucional não se preocupou, contudo, em conceituar o crime hediondo. Em vez de fornecer uma noção clara, explícita, concreta do que entendia ser essa modalidade de atuação criminosa, preferiu adotar um sistema bem simples, ou seja, o de rotular, com a expressão hediondo, alguns tipos descritos no Código Penal ou em lei especial.

18 Para alguns autores, dentre eles Alberto Silva Franco (2011), a palavra hediondo induz à crime repugnante, asqueroso, de grande clamor popular, porém, esta é uma ideia equivocada para a grande maioria da doutrina, pois crime hediondo não tem uma conceituação específica e sim, tipos penais que o tornam hediondo. Nas palavras de Vicente Amêndola Neto (1997, p. 30): [...] não é hediondo o delito que se mostre repugnante, asqueroso, sórdido, depravado, abjeto, horroroso, horrível. Por sua gravidade objetiva ou por seu modo meio de execução ou por finalidade que presidiu ou iluminou a ação criminosa, ou pela adoção de qualquer critério válido, mas sim aquele crime que, por um processo de colagem, foi etiquetado como tal pelo legislador. Na mesma linha segue Alberto Zacharias Toron (1996, p. 97): As dificuldades de se fazer uma definição legal de crime hediondo dizem com a própria dificuldade de se proceder a uma definição material de delito. Não basta a particularidade de a conduta representar um mal ou ser ofensiva a um bem jurídico se não houver expressa previsão legal da pena Tipos penais Homicídio como crime hediondo Artigo 121, 2º, incisos I, II, III, IV e V, do Código Penal O homicídio como crime hediondo é o cometido: a) Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por motivo torpe; b) Por motivo fútil; c) Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; d) À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

19 e) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos Latrocínio ou roubo qualificado pela morte Artigo 157, 3º, in fine, do Código Penal O latrocínio é um roubou qualificado quando da violência resulta a morte da vítima. No caso, em vez de lesão corporal grave, a violência física posta em prática pelo agente, para efeito de concretizar a subtração de coisa alheia móvel, acarreta a morte da vítima. (FRANCO, 2011, p. 562). A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo de multa Extorsão qualificada pela morte Artigo 158, 2º, do Código Penal A extorsão como crime hediondo é quando se constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa, tendo como resultado a morte da vítima. A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 24 (vinte e quatro) a 30 (trinta anos) Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada Artigo 159, caput, e 1º, 2º, 3º, do Código Penal Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze anos).

20 Se o sequestro durar mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado for menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime for cometido por bando ou quadrilha, a pena é de reclusão, de 12 (doze) a 20 (vinte anos). Se do fato resultar lesão corporal de natureza grave, a pena é de reclusão, de 16 (dezesseis) a 24 (vinte e quatro anos). Se resultar a morte, a pena é de reclusão, de 24 (vinte e quatro) a 30 (trinta anos) Estupro Artigo 213, caput e 1º, 1º A e 1º B A lei nº , de 7 de agosto de 2009, revogou o artigo 214 do Código Penal e alterou o artigo 213 do mesmo diploma. Assim, o homem passou a ser também sujeito passivo do crime de estupro, bem como a mulher passou a ser também sujeito ativo do mesmo delito. O atentado violento ao pudor foi incorporado a este tipo penal. O estupro cometido como crime hediondo é o de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. A pena é de reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. Se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima for menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos, a pena é de reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. Se da conduta resultar morte, a pena é de reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. Durante os últimos anos, muito se discutiu em torno de o crime de estupro ser considerado como crime hediondo somente se cometido mediante violência ou grave ameaça. Em 02 de outubro de 2012, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu, por unanimidade, que o crime de estupro é hediondo, mesmo sem morte ou grave lesão da vítima. De acordo com os ministros do STJ, a lei penal aplicada tem a função de proteger a liberdade sexual, sendo desnecessária a ameaça à vida ou à integridade física da vítima. E essa não é a primeira vez que um tribunal superior afirma que o

21 estupro é crime hediondo: em 2001, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia se manifestado nesse sentido, mas na época, suas decisões não eram vinculantes (que valem para todas as instâncias). O STJ também já se posicionou anteriormente dessa maneira, mas só agora o tema teve a sua jurisprudência unificada Estupro de vulnerável - Artigo 217-A, caput e 1º, 2º, 3º e 4º, do Código Penal Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos, a pena é de reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. Se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave, a pena é de reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos; Se da conduta resultar morte, a pena é de reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos Epidemia com resultado morte Artigo 267, 1º, do Código Penal A epidemia como crime hediondo é a de causar epidemia dolosamente, mediante a propagação de germes patogênicos, resultando a morte da vítima. A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais Artigo 273, caput e 1º, 1º A e 1º B, do Código Penal A Lei nº 9.695, que entrou em vigor em 21 de agosto de 1998, alterou o artigo 273 do Código Penal, trazendo nova redação.

22 Desta maneira, é crime hediondo falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. A pena é de reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado; Incluem-se entre os produtos a que se refere esse artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico; Está sujeito às penas desse artigo quem pratica as ações previstas no 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; V - de procedência ignorada; VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente Genocídio Decreto nº /52 O Brasil ratificou a Convenção para prevenção e a repressão do crime de genocídio em 04/09/1951, acolhendo o entendimento de que se trata de um crime contra o Direito Internacional. (FRANCO, 2011, p. 590). Conforme o artigo 2º do Decreto nº /52, entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: a) matar membros do grupo; b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capaz de ocasionarlhe a destruição física total ou parcial; d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo; e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.

23 Genocídio é, portanto, o homicídio de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e políticas. O genocídio é uma limpeza étnica. 3.3 CRIMES ASSEMELHADOS AOS CRIMES HEDIONDOS O legislador, ao fazer a Lei 8.072/90, equiparou aos crimes hediondos os crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e o de terrorismo, para atribuição de um tratamento mais duro no âmbito do processo e da execução penal Tortura De acordo com a Lei 9.455/97, em seu artigo 1º, constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental; a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa; II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito anos) Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins O crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins encontra-se no artigo 33, caput, e em seu 1º, incisos I a III da Lei /2006. Nem o artigo 33, seus parágrafos e incisos, nem outro dispositivo apontam a denominação legal de tráfico ilícito de entorpecentes.

24 Desta forma, portanto, incorre neste tipo penal quem importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: A pena para esse tipo penal é de reclusão, de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a (mil e quinhentos) dias-multa. Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas Terrorismo Até os dias atuais, não há no Brasil a tipificação do crime de terrorismo. O que se teve ao longo dos anos, foram crimes tipificados contra o Estado e a Ordem Política e Social. A Lei 7.170, de 1983, é a lei mais atual, onde o legislador definiu os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, estabeleceu seu processo e julgamento.

25 De acordo com Antônio Lopes Monteiro (2002, p. 121): Alguns elementos são destacados por todos os autores na busca de uma definição para o terrorismo: - a criação do terror. Consiste em criar na população um estado de alarme e de medo contínuo através da prática reiterada de atos, os quais, isoladamente, pouco significariam. - a violência. No chamado terrorismo clássico, os estragos causados pelos meios utilizados são elemento essencial. - o fim político do agir. Sempre, ou quase sempre, está presente o elemento político na atividade terrorista. - o requinte na organização e preparação das atividades, bem como o nível dos membros que dela participam são outras características sempre presentes no terrorismo. 3.4 A INSUSCETIBILIDADE DE ANISTIA, GRAÇA, INDULTO E LIBERDADE PROVISÓRIA Segundo o artigo 2º da Lei nº 8.072/90, os crimes hediondos, bem como os crimes a eles equiparados são insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança. Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, graça e indulto; II - fiança Anistia Conforme o artigo 1º da referida lei, a anistia é concedida a todos aqueles que cometeram crimes políticos ou conexos com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares. Conforme o artigo 2º, da mesma lei, não podem se beneficiar da anistia os que forem condenados pela prática de crimes de terrorismo, roubo, sequestro e atentado pessoal. Conforme o artigo 48, inciso VIII, da Constituição Federal, a concessão é exclusivamente do Poder Legislativo, do Congresso Nacional.

26 Anistia é o esquecimento jurídico do ilícito e tem por objeto fatos definidos como crimes, de regra políticos, militares ou eleitorais, excluindo-se, como regra, os crimes comuns. Pode ser concedida antes ou depois da condenação e extingue todos os efeitos penais, inclusive a reincidência, contudo, permanece a obrigação de indenizar o indíduo. (BITENCOURT, 2003, p. 706) Graça A graça é um benefício direcionado a indivíduo certo, e de acordo com o artigo 84, inciso XII, da Constituição Federal, é concedida por meio de despacho do Presidente da República, sendo necessária a solicitação do condenado, do Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da Autoridade Administrativa, nos termos do artigo 188 da Lei de Execuções Penais (LEP), devendo ser cumprida pelo juiz das execuções. A graça ou indulto individual é uma forma de clemência soberana, que tem por objeto crimes comuns e aplica-se a um indivíduo determinado, previamente condenado por sentença transitada em julgado. (BITENCOURT, 203, p. 706) A graça e o indulto não podem ser recusados, salvo quando comutar a pena ou no caso de indulto condicionado, conforme prevê o artigo 739 do Código de Processo Penal Indulto O indulto é uma forma de extinção da punibilidade, conforme o Art. 107, II, do Código Penal. O indulto é coletivo, espontâneo e só pode ser concedido pelo Presidente da República, mas pode ser delegado ao Ministro de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao Advogado-Geral da União, não sendo necessário pedido dos interessados, nos termos do Art. 84, inciso XII, parágrafo único, da Constituição Federal. O indulto destina-se a um grupo indeterminado de condenados e é delimitado pela natureza do crime e pela quantidade de pena aplicada, além de

27 outros requsitos que o diploma legal brasileiro poderá estabelecer. (BITENCOURT, 2003, p. 706) O condenado beneficiado pelo indulto, não tem extinta sua punibilidade, persistindo, portanto, os efeitos do crime, de modo que o condenado que o recebe não retorna à condição de primário. Enquanto a graça é, em regra, individual e solicitada, o indulto é coletivo e espontâneo. O indulto coletivo abrange um determinado grupo de sentenciados e normalmente inclui os beneficiários tendo em vista a duração das penas que lhe foram aplicadas, levando-se em consideração, ainda, os requisitos subjetivos e objetivos. De acordo com João José Leal (2003, p. 187), [...] pode-se afirmar que a proibição de concessão do indulto, mesmo que restrita aos autores de crimes hediondo, era polítuico-juridicamente desnecessária e inconveniente Liberdade provisória A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LXXVI, dá origem à liberdade provisória: LXVI ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança A liberdade provisória caracteriza-se pela liberdade concedida pelo Magistrado, em caráter temporário, para que o indiciado possa aguardar o julgamento em liberdade com ou sem o pagamento de fiança, visando evitar a prisão antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, resguardando as garantias constitucionais de liberdade individual. Segundo João José Leal (2007, p.193): Pode ser definida com o estado de liberdade individual, garantido por lei ao presumido autor de uma infração criminal (indiciado ou acusado), para defender-se solto durante a ação penal a que deverá responder, mediante determinadas restrições ao seu jus libertatis.

28 Para Paulo Rangel (2007): A Liberdade provisória será concedida sem o pagamento da fiança se a infração praticada for um crime de menor potencial ofensivo, conforme disposição do artigo 69, Parágrafo Único da Lei nº de 1995, dos Juizados Especiais; se a pena aplicada à infração praticada não for de prisão ou se for, que esta não seja superior a seis meses, de acordo com o artigo 321 do Código de Processo Penal; se o agente praticou o crime acobertado por uma das excludentes da ilicitude previstas no artigo 23 do Código Penal Brasileiro, mesmo sendo o crime inafiançável, como prevê o artigo 310 do Código de Processo Penal; e, por fim, se o juiz verificar a ausência dos requisitos da Prisão Preventiva, em qualquer crime. Ainda, segundo Rangel (2007), a liberdade concedida com o pagamento de fiança é a liberdade concedida ao réu mediante o pagamento de uma caução em dinheiro como uma garantia de que este irá cumprir com suas obrigações processuais. São inafiançáveis, de acordo com a Constituição Federal, os crimes de racismo, ação de grupos terroristas armados e os crimes hediondos. 3.5 A PROGRESSÃO DE REGIME NOS CRIMES HEDIONDOS Quando a Lei de Crimes Hediondos foi criada em 1990, negava aos seus autores os benefícios da progressão de regime, obrigando-os a cumprir a pena em regime integralmente fechado A alteração pela lei nº de 2007 e seu aspecto constitucional Com relação à Progressão de Regime, o parágrafo 1º do artigo 2º da Lei nº 8.072/90, que impunha o regime integralmente fechado e a consequente impossibilidade de progressão do regime de cumprimento de pena, foi, em 2006, declarado inconstitucional por maioria do Supremo Tribunal Federal (seis votos e cinco), em Habeas Corpus de nº HC 82959/SP, relator Ministro Marco Aurélio, (HC-82959). Para os ministros, o 1º do art. 2º da referida lei, conflitava

29 com a garantia da individualização da pena prevista no artigo 5º, XLVI, da Constituição Federal de Quanto a esse ponto, entendeu-se que a vedação de progressão de regime prevista na norma impugnada afronta o direito à individualização da pena (CF, art. 5º, LXVI), já que, ao não permitir que se considerem as particularidades de cada pessoa, a sua capacidade de reintegração social e os esforços aplicados com vista à ressocialização, acaba tornando inócua a garantia constitucional. (HC 82959/SP. Rel.: Marco Aurélio, ). De fato, individualizar a pena é dar ao preso a oportunidade em se reinserir na sociedade, mudando seu comportamento e ressocializando-se. De acordo com Rogério Greco, (2008, p. 72): [...] a execução penal não pode ser igual para todos os presos justamente porque nem todos são iguais, mas sumamente diferentes e que tampouco a execução pode ser homogênea durante todo o período de seu cumprimento. Não há mais dúvida de que nem todo preso deve ser submetido ao mesmo programa de execução e que, durante a fase executória da pena, se exige um ajustamento desse programa conforme a reação observada no condenado, só assim se podendo falar em verdadeira individualização no momento executivo [...]. Mesmo diante do entendimento que o Supremo Tribunal Federal teve durante dezessete anos, que declarava a norma constitucional, alegando que não havia violação ao princípio da Individualização, haja vista que o juiz individualiza a pena ao aplicá-la de acordo com o artigo 59 do Código Penal e também que o legislador ao criar a Lei nº 8.072/90 impôs ao juiz o regime a ser aplicado (integralmente fechado), ainda assim, há que se dizer que durante todo esse tempo os princípios supramencionados foram violados. Portanto, em 2007, foi promulgada a Lei nº de 2007, que criou a Progressão de Regime para tais crimes, modificando a antiga redação em relação ao cumprimento de pena de integralmente em regime fechado, para cumprimento inicialmente em regime fechado. Desta forma, a partir da alteração, a progressão de regime nos crimes hediondos se dá após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for réu primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. Nota-se que a progressão de regime ficou da seguinte maneira: a) após o cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena nos crimes em geral;

30 b) após o cumprimento de 1/6 (um sexto) nos crimes hediondos e afins cometidos antes de 28/03/2007. (Data de vigência da Lei que agravou este requisito). c) após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) nos crimes hediondos e afins cometidos a partir de 28/03/2007, quando o apenado for primário. d) após o cumprimento de 3/5 (três quintos) nos crimes hediondos e afins cometidos a partir de 28/03/2007, quando o apenado for reincidente /90. O capítulo a seguir trata das discrepâncias e aspectos polêmicos da Lei

31 4 DISCREPÂNCIAS E ASPECTOS POLÊMICOS DA LEI DE CRIMES HEDIONDOS 4.1 DOS TIPOS PENAIS A inclusão de alguns crimes dentre o rol dos crimes tipificados pela Lei de Crimes Hediondos é no mínimo questionável. Como exemplo, temos o crime tipificado no artigo 273 do Código Penal - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Para alguns doutrinadores, a inclusão de tal tipo penal neste rol fere o princípio da proporcionalidade, tendo em vista que crimes de perigo, especialmente crimes de perigo abstrato, não podem ser punidos com penas iguais ou superiores aos correlatos crimes de dano. O crime de corrupção, por exemplo, deveria ser incluído neste rol de crimes hediondos, visto que vivemos em um país extremamente corrupto, e o desvio de dinheiro que seria destinado à educação, segurança pública, dentre outros, causa o empobrecimento da população,e consequentemente, o aumento da criminalidade. O Projeto de Lei do Senado nº 236 de 2012, que pretende reformular o atual Código Penal, decidiu não incluir a corrupção praticada contra a administração pública na lista de crimes considerados hediondos. A sugestão havia sido feita pelo relator, o procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, mas não foi acolhida pela maioria dos integrantes da comissão. Os juristas, contudo, aprovaram para estudo a inclusão no Projeto de Lei de mais sete delitos ao atual rol: redução análoga à escravidão, tortura, terrorismo, financiamento ao tráfico de drogas, tráfico de pessoas, crimes contra a humanidade e racismo. Paralelamente, na Câmara dos Deputados, começaram a ser apreciadas novas propostas para o Código Penal, no mês de março do corrente ano, Dentre as propostas discutidas, está a diminuição da pena mínima do crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, passando de 10 (dez) para 3 (três) anos.

32 4.2 DISCREPÂNCIAS DO ASPECTO QUANTITATIVO DAS PENAS Como citado por diversos autores, os crimes tipificados na Lei nº 8.072/90, com alteração pela Lei nº 8.930/94, tiveram em sua maioria mudanças em seu preceito sancionatário, desconsiderando a necessidade de que o sistema de cominação punitiva deva ter coerência. A falta de um equilíbrio na determinação legal das penas possibilita punições desproporcionais e incoerentes. De acordo com Vicente De Amêndola Neto (1997, ps. 38 e 39): As deformidades detectadas nas Leis nº 8.072/90 e 8.930/94 não se reduziram apenas à mera questão classificatória. Os tipos que receberam a qualificação jurídica de hediondo, embora não tenha sofrido nenhuma mudança na sua composição descritiva, salvo a hipótese de homicídio simples, tiveram em sua maioria, alterações em seu preceito sancionatório. Exceção feita ao delito de homicídio, simples ou qualificado, e ao de genocídio (artigos 1º e 3º da Lei nº 2.889/56), todos os demais, pelo simples invólucro novo, tiveram sensível aumento punitivo. Ao fazê-lo, a Lei nº 8.072/90 desconsiderou, por completo, a necessidade de que o sistema de cominação punitiva possua uma coerência, uma lógica interna. A falta de um equilibrado balanceamento, na determinação legal das penas, possibilitou punições desproporcionadas, incoerentes, absurdas. Tal desproporcionalidade fica evidenciada, por exemplo, entre um homicídio qualificado e os delitos patrimoniais que resultem morte, o latrocínio. Ainda, nas palavras de Vicente Amêndola Neto (1997, p. 36/37): O homicídio qualificado mantido com as mesmas balizas penais mencionadas no artigo 121, 2º do Código Penal, de forma que persiste a desproporcionalidade punitiva entre esse crime e os delitos patrimoniais de que resulte morte. O mínimo da pena para o homicídio qualificado continuou a ser de doze anos enquanto que o mínimo da pena, por latrocínio, permaneceu em vinte anos e, por extorsão mediante sequestro, qualificado pelo resultado morte, vinte e quatro anos. A etiqueta de hediondo aderida ao homicídio qualificado não serviu, portanto, para corrigir a distorção punitiva já denunciada, mas somente para impedir algumas excludentes de punibilidade (anistia, graça e indulto) e alguns direitos processuais penais, com imediato reflexo no direito de liberdade do acusado (fiança e liberdade provisória) [...]. Outra questão é que, tivemos falta de atenção do legislador ao fazer a reforma da lei originária de O artigo 270 do Código Penal envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal

33 destinada a consumo, por exemplo, permaneceu com a pena de crime hediondo (pena de reclusão de 10 (dez) a 15 (quinze) anos), sem o sê-lo mais na nova reforma. Segundo Vicente De Amêndola Neto (1997, p. 38/39): A Lei nº 8.930/94 contém um pecado capital: excluiu o delito do artigo 270 do Código Penal do rol dos delitos hediondos, mas se esqueceu de repor as margens penais existentes antes da Lei nº 8.072/90. Destarte, sem o expresso restabelecimento do preceito sancionatório do referido tipo, permanente intocável a exacerbação punitiva provocada pelo artigo 6º da Lei nº 8.072/90. O autor do delito do artigo 270, do Código Penal, embora não realize crime hediondo, continuará a ser punido com a pena reclusiva variável entre dez e quinze anos. A carência de técnica legislativa, a desatenção e o desprezo do legislador penal brasileiro, ficam nu nesse período. 4.3 DA IMPOSSIBILIDADE DA LIBERDADE PROVISÓRIA A impossibilidade da liberdade provisória, para a grande maioria dos doutrinadores, fere diversos princípios constitucionais, dentre eles, o princípio da presunção de inocência, princípio do devido processo legal, princípio da ampla defesa e, ainda, ocorre uma insubordinação da norma infraconstitucional, no caso a lei, com relação ao que prevê a norma constitucional. Para Antônio Lopes Monteiro (2002, p. 135), liberdade provisória constitui um direito subjetivo e, como tal, se presentes os requisitos legais, não pode ser negado ao requerente. Nas palavras de Alberto Silva Franco, Rafael Lira, Yuri Felix (2011, p. 679): a proibição da liberdade provisória, de modo global ou em relação a determinados tipos de crimes, mediante lei ordinária, traduz-se também numa lesão ao princípio do due processo of law consagrado no inc. LIV do art. 5º da Constituição Federal: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Como afirma Odone Sanguiné, a impossibilidade da concessão da liberdade provisória equivale à privação de liberdade obrigatória infligida como pena antecipada, sem prévio e regular processo e julgamento.

34 Na mesma linha, segue João José Leal (2007, p. 195): Na verdade, a proibição apriorística e absoluta de concessão da liberdade provisória não contraria apenas o dispositivo constitucional em exame (numa interpretação meramente gramatical, até poder-se-ia entender que a proibição absoluta estaria autorizada excepcionalmente pela Lei Maior; contraria também a própria natureza das coisas. A Lei de Crimes Hediondos, portanto, desconsiderando o princípio constitucional da presunção de inocência, constando no artigo 5º, inciso LVII da CF/88, estabeleceu como regra o que é exceção, a custódia processual, que é um instrumento de que se vale a ordem jurídica em casos de justificada necessidade, para assegurar a instrução criminal, a ordem social e outros valores que a liberdade do acusado pode vir a fragilizar ou ameaçar. Além disso, resta cristalina a violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa que são os pilares de sustentação do ordenamento em matéria de processo penal. Desta maneira, mesmo que o acusado preencha os requisitos exigidos em lei para a obtenção da liberdade provisória, e mesmo até que haja nos autos indícios suficientes da inocência do acusado, pela atipicidade do fato, pela antijuridicidade de sua conduta ou pela ausência de sua culpabilidade ou qualquer outro fator que justifique a sua libertação, mesmo assim, o acusado ficará sob custódia, preso. 4.4 DOS RESULTADOS OBTIDOS Mais de vinte anos se passaram desde a feitura da Lei nº 8.072/90, porém, os resultados até o momento mostram-se inexpressivos ou no mínimo insuficientes. Só nos meses de fevereiro e março de 2013, tivemos três julgamentos de homicídios de grande repercussão midiática no nosso país: a) Bruno, goleiro do Flamengo, condenado em primeira instância a 22 (vinte e dois) anos e 3 (três) meses de prisão pela morte de sua amante Eliza Samúdio; b) Gil Rugai, condenado em primeira instância a 33 (trinta e três) anos e 9 (nove) meses de prisão pela morte do pai e da madrasta; c) Mizael Bispo de Souza, condenado em primeira instância a 20 (vinte) anos de prisão pela morte de sua namorada Mércia Nakashima.

35 Em todos os casos acima descritos, o homicídio foi qualificado, caracterizado seja por requintes de crueldade, seja por requintes que impossibilitaram a defesa da vítima, evidenciando-se, desta maneira, que o respeito pela vida humana não foi alavancado por medo de uma sanção punitiva mais gravosa para o delinquente. A seguir, seguem duas tabelas constando dados estatísticos que fundamentam tais constatações: a) Tabela 1 - contento dados de alguns crimes cometidos no estado de São Paulo, de 1991 a 2003, segundo sua Secretaria de Segurança Pública estadual. b) Tabela 2 contendo dados de algumas ocorrências policiais de crimes cometidos na Região Metropolitana de São Paulo, de 2004 até o 1º trimestre de 2010, segundo sua Secretaria de Segurança Pública estadual.

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