Superior Tribunal de Justiça

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1 RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº RJ (2004/ ) RELATOR : MINISTRO GILSON DIPP RECORRENTE : OLIVEIRA NEVES ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C ADVOGADO : MOACYR TOLEDO DAS DORES JUNIOR E OUTROS T. ORIGEM : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2A REGIÃO IMPETRADO : JUIZ FEDERAL DA 1A VARA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - SJ/RJ RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMENTA CRIMINAL. RMS. CRIMES CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO, A ORDEM TRIBUTÁRIA, A FÉ PÚBLICA, CURRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA E EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO. BUSCA E APREENSÃO DE DOCUMENTOS DETERMINADA POR AUTORIDADE JUDICIAL, NO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA QUE ATENDE OS INVESTIGADOS. ILEGALIDADE DA DECISÃO. INVIOLABILIDADE DO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. IMPOSSIBILIDADE DO EXAME DAS QUESTÕES. DILIGÊNCIA CUMPRIDA SEM PRÉVIA COMUNICAÇÃO À OAB SECCIONAL. POSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. I. Hipótese na qual foi determinada diligência de busca e apreensão no escritório de advocacia ora recorrente, de diversos documentos indicados como relacionados com investigação da Polícia Federal, na qual se apura a existência de organização criminosa voltada à prática de crimes contra as relações de consumo, a ordem tributária, a fé pública, corrupção ativa e passiva e exploração de prestígio. II.A ausência da decisão que determinou a busca e apreensão torna inviável a análise de sua eventual ilegalidade. III.A falta de juntada da decisão monocrática torna inexeqüível, também, a análise dos argumentos relativos à ilegalidade da apreensão por ferir o sigilo da profissão do advogado e em razão do fato de os documentos apreendidos não constituírem corpo de delito. IV. Institucionalizado como meio constitucional de defesa a direito líquido e certo ameaçado por autoridade pública, o mandado de segurança exige, para ser concedido, que se apresente prova pré-consituída da ilegalidade do ato que se pretende desconstituir, do abuso da autoridade e da violação ou ameaça ao direito líquido e certo. V. A celeridade do rito, pois, é incompatível com o eventual exame detalhado do contexto fático-probatório dos autos, que aqui se faria necessário para avaliar a pretensa ilegalidade da decisão monocrática que determinou a busca e apreensão. VI. Se a busca e apreensão a ser realizada em escritório de advocacia - for determinada por autoridade judicial, é desnecessária a prévia comunicação à Ordem dos Advogados, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal suspendeu a eficácia da expressão "e acompanhada de representante da OAB", constante do art. 7º, inciso II, da Lei n.º 8.906/94. VII.Precedentes do STF e do STJ. VIII.Autos que revelam que no caso, apesar de a Ordem dos Advogados não ter sido previamente comunicada da diligência, a busca e apreensão foi acompanhada por advogado designado por aquela entidade, após a requisição da autoridade policial condutora da ação. Inexistente, pois, qualquer ilegalidade. IX.Recurso desprovido. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 1 de 9

2 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça. "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso."os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 8 de novembro de 2005(Data do Julgamento) MINISTRO GILSON DIPP Relator Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 2 de 9

3 RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº RJ (2004/ ) RELATÓRIO EXMO. SR. MINISTRO GILSON DIPP (Relator): Adoto, como relatório, a parte expositiva do parecer ministerial de fls. 180/184: Trata-se de recurso ordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região que denegou a segurança por entende que a busca e apreensão realizada nos estabelecimentos da Recorrente não causou constrangimento ilegal, uma vez que foi fruto de decisão judicial e, ainda, somente resultou na apreensão de documentos relacionados ao objeto da investigação denominada 'Caso Chebabe', não tendo sido violado sigilo de dados de outros clientes do escritório de advocacia. 2. O acórdão também entendeu pela desnecessidade de a diligência ser acompanhada de advogado, uma vez que o STF concedeu liminar na ADIN 1127/DF suspendendo a eficácia da expressão 'e acompanhada de representante da OAB', originariamente constante no inciso II, do art. 7.º, da Lei 8.906/94. Ademais, o TRF da 3.ª Região asseverou que somente a instrução processual poderá apontar se os documentos objeto da busca e apreensão constituem, ou não, 'corpo de delito' dos crimes imputados aos réus, sendo inócua tal discussão em sede de writ constitucional por impossibilidade de revolvimento probatório. 3. O Recorrente, por sua vez, insurgiu-se basicamente contra as mesmas alegações de constrangimento já pontuadas no mandado de segurança, tais como, a ilegalidade de busca e apreensão nas dependências de escritórios de advocacia de documentos pertencentes a clientes, por ferir 'prerrogativas funcionais'; a ausência de fundamentação que determinou a diligência; a necessidade de advogado indicado pela OAB para acompanhar a busca e apreensão. (fl.184). A d. Subprocuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do recurso É o relatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 3 de 9

4 RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº RJ (2004/ ) VOTO EXMO. SR. MINISTRO GILSON DIPP (Relator): Trata-se de recurso ordinário em mandado de segurança, interposto com fundamento no art. 105, inciso II, alínea b, da Constituição Federal, contra o seguinte acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (fl. 128): MANDADO DE SEGURANÇA. DOCUMENTOS APREENDIDOS EM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA EM CUMPRIMENTO À DETERMINAÇÃO JUDICIAL. PRESENÇA DE REPRESENTANTE DA OAB. ART. 7.º II DA LEI N.º 8.906/94. ADIN N.º 1127/DF. VIOLAÇÃO DO SIGILO PROFISSIONAL. INVIOLABILIDADE DO LOCAL DE TRABALHO OU ESCRITÓRIO DO ADVOGADO. DOCUMENTOS QUE CONSTITUEM CORPO DE DELITO. ART º DO CPP. I Desnecessária a presença de Representante da OAB para acompanhar cumprimento de ordem judicial de busca e apreensão de documentos em escritório de advocacia, uma vez que se encontra suspensa, por liminar concedida na ADIN n.º 1127/DF, a expressão'e acompanhada de representante da OAB', contida no art. 7.º II da Lei n.º 8.906/94. In casu, a despeito de ser desnecessária a providência, o representante da OAB, instado pela autoridade policial, compareceu ao local após o início da diligência. II Não há violação ao sigilo profissional se a ordem judicial de busca e apreensão de documentos é cumprida pela autoridade policial nos limites de sua finalidade. III O direito à inviolabilidade do escritório ou local de trabalho do advogado há de ser interpretado restritivamente. Essa prerrogativa não pode representar imunidade do advogado para a prática de crimes, a ocultação de provas ou favorecimento de criminosos. IV Verificando-se que a finalidade da busca e apreensão de documentos limitou-se à coleta de elementos probatórios que constituem prova material ou corpo de delito dos crimes investigados, não há que se falar em violação ao contido no art º do CPP. V Denegada a Segurança. Os autos revelam que o Juízo da Primeira Vara Federal de Campos dos Goytacazes/RJ determinou a busca e apreensão, no escritório de advocacia ora recorrente, de diversos documentos apontados no mandado cuja cópia consta à fl. 36 possivelmente relacionados com investigação da Polícia Federal, na qual se apura a existência de organização Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 4 de 9

5 criminosa voltada à prática de crimes contra as relações de consumo, a ordem tributária, a fé pública, corrupção ativa e passiva, além de exploração de prestígio. Tal investigação levou o nome de Caso Chebabe. Realizada a diligência e apreendidos os documentos listados às fls. 37/48, o ora recorrente impetrou mandado de segurança perante o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, pretendendo a restituição dos documentos apreendidos, em suma, alegando: 1) que o cumprimento da diligência não fora previamente comunicado à OAB apontando, no entanto, a presença de advogado enviado por aquela entidade, após requisição da autoridade policial presente no ato de cumprimento da referida diligência; 2) a ofensa à normas constitucionais e à Lei n.º 8.904/94, garantidoras do sigilo no exercício da advocacia; 3) a ilegalidade da apreensão dos documentos que, argumenta, não constituiriam elemento de corpo de delito e 4) a falta de fundamentação da decisão que determinou a busca e apreensão. O mandado de segurança foi denegado pelo Tribunal a quo que adotou, como razões de decidir, o parecer ministerial Diante disso, foi interposto o presente recurso ordinário em mandado de segurança no qual se repisam os argumentos iniciais. Não merece prosperar a irresignação. Inicialmente, cumpre registrar que não consta, dos autos, a decisão que determinou a busca e apreensão, tendo sido juntada, tão-somente, a cópia do mandado executado pela autoridade policial. Inviável, pois, o exame da pretexta ilegalidade apontada pelo recorrente. Deve ser ressaltado, no entanto, que, no mandado de busca e apreensão (fl. 36) encontra-se bem delimitado o objeto da busca e apreensão, relacionando-se perfeitamente com os bens apreendidos, de acordo com o termo circunstanciado de busca e arrecadação (fls. 37/38) e conforme bem referiu a decisão recorrida (fl. 119). Desta forma, a princípio, não se evidencia a prática de nenhum ato abusivo na determinação da diligência. Contudo, não juntada, aos autos, a cópia da decisão, maiores considerações seriam indevidas. A inexistência da decisão monocrática torna inexeqüível, também, a análise dos argumentos relativos à ilegalidade da apreensão por ferir o sigilo da profissão do advogado e em razão do fato de os documentos apreendidos não constituírem corpo de delito. A parte final do 2.º, do art. 243, representa uma ressalva à inviolabilidade do escritório do advogado, ou seja, o local pode ser objeto de busca e apreensão quando a diligência for destinada a apreender documentos que constituam elemento do corpo de delito investigado. Entretanto, somente seria possível avaliar se o caso dos autos se subsume à exceção contida no texto legal, ou seja, se foi determinada a apreensão dos já referidos documentos por serem estes considerados como elemento do corpo de delito, através do confronto com a decisão que determinou a busca e apreensão a qual, conforme já ressaltado, não Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 5 de 9

6 consta dos autos. Institucionalizado como meio constitucional de defesa a direito líquido e certo ameaçado por autoridade pública, o mandado de segurança exige, para ser concedido, que se apresente prova pré-consituída da ilegalidade do ato que se pretende desconstituir, do abuso da autoridade e da violação ou ameaça ao direito líquido e certo. A celeridade do rito, pois, é incompatível com o eventual exame detalhado do contexto fático-probatório dos autos, que aqui se faria necessário para avaliar a pretensa ilegalidade da decisão monocrática que determinou a busca e apreensão. A respeito: PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ACÓRDÃO QUE DENEGOU WRIT EM SE BUSCAVA A DECLARAÇÃO DE NULIDADE DE ACÓRDÃO QUE DECLAROU INTEMPESTIVO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. TRÂNSITO EM JULGADO. MANDADO DE SEGURANÇA. DESCABIMENTO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. I - Não cabe mandado de segurança contra decisão com trânsito em julgado. Súmula nº 268/STF. Precedentes. II - Na via mandamental, notadamente de cognição sumária, não se admite dilação probatória, a fortiori, o alegado direito líquido e certo deve vir acompanhado de prova pré-constituída. (Precedentes do Pretório Excelso e desta Corte). Recurso desprovido. (RMS n.º /TO; Rel. Ministro Felix Fischer; DJ 15/12/2003) No tocante à nulidade da diligência em razão da não comunicação à Ordem dos Advogados, tem-se que o Supremo Tribunal Federal, resolvendo Questão de Ordem suscitada na ADIN n.º 1.127/94, suspendeu a eficácia da expressão "e acompanhada de representante da OAB", constante do art. 7º, inciso II, da Lei n.º 8.906/94, tornando dispensável a presciência da OAB quando a busca e apreensão for determinada por autoridade judicial. Eis a decisão do STF: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - Lei 8.906/94. Suspensão da eficácia de dispositivos que especifica. LIMINAR. AÇÃO DIRETA. Distribuição por prevenção de competência e ilegitimidade ativa da autora. QUESTÕES DE ORDEM. Rejeição. MEDIDA LIMINAR. Interpretação conforme e suspensão da eficácia até final decisão dos dispositivos impugnados, nos termos seguintes: Art. 1º, inciso I - postulações judiciais privativa de advogado perante os juizados especiais. Inaplicabilidade aos Juizados de Pequenas Causas, à Justiça do Trabalho e à Justiça de Paz. Art. 7º, 2º e 3º - suspensão da eficácia da expressão "ou desacato" e interpretação de conformidade a não abranger a hipótese de crime de Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 6 de 9

7 desacato à autoridade judiciária. Art. 7º, 4º - salas especiais para advogados perante os órgãos judiciários, delegacias de polícia e presídios. Suspensão da expressão "controle" assegurado à OAB. Art. 7º, inciso II - inviolabilidade do escritório ou local de trabalho do advogado. Suspensão da expressão "e acompanhada de representante da OAB" no que diz respeito à busca e apreensão determinada por magistrado. Art. 7º, inciso IV - suspensão da expressão "ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para a lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade". Art. 7º, inciso v - suspensão da expressão "assim reconhecida pela OAB", no que diz respeito às instalações e comodidades condignas da sala de Estado Maior, em que deve ser recolhido preso o advogado, antes de sentença transitada em julgado. Art. 20, inciso II - incompatibilidade da advocacia com membros de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e os juizes suplentes não remunerados. Art requisição de cópias de peças e documentos pelo Presidente do Conselho da OAB e das Subseções. Suspensão da expressão "Tribunal, Magistrado, Cartório e". Art. 1º, 2º - contratos constitutivos de pessoas jurídicas. Obrigatoriedade de serem visados por advogado. Falta de pertinência temática. Argüição, nessa parte, não conhecida. Art. 2º, 3º - inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestação, no exercício da profissão. Liminar indeferida. Art. 7º, inciso IX - sustentação oral, pelo advogado da parte, após o voto do relator. Pedido prejudicado tendo em vista a sua suspensão na ADIn Razoabilidade na concessão da liminar. (ADI 1127 MC-QO / DF; Rel. Ministro Paulo Brossard; DJ 29/06/2001) Nesse sentido, já decidiu esta Corte: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ESTELIONATOS. ADVOGADO. BUSCA E APREENSÃO DE DOCUMENTOS EM SEU PODER. AUSÊNCIA DE REPRESENTANTE DA OAB NA DILIGÊNCIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. OITIVA DE TESTEMUNHAS NA FASE PRÉ-PROCESSUAL. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE. PRECEDENTES DO STJ. 1. Nos autos da ADIn n.º 1127/DF, o Excelso Supremo Tribunal Federal, em decisão plenária de 06/10/1994, concedeu liminar para suspender a eficácia, dentre outros dispositivos, da expressão "e acompanhada de representante da OAB" do art. 7º, inciso II, da Lei n.º 8.906/ In casu, mesmo sendo desnecessária a providência, foi a OAB informada acerca da busca e apreensão a ser realizada no escritório do advogado investigado, bem como foi solicitada a presença de um representante para acompanhá-la. A entidade, contudo, quedou-se inerte. A omissão em tela, frise-se, irrelevante, não poderia ter o condão de obstaculizar a ação policial determinada em Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 7 de 9

8 sede cautelar pela Justiça. 3. Não há qualquer ilegalidade na realização de diligências patrocinadas pelo Ministério Público com vistas à formação da opinio delicti, como no caso, onde as vítimas dos estelionatos procuraram a Promotoria de Justiça para delatar os crimes e tiveram seus depoimentos colhidos nessa fase pré-processual. 4. Essa atuação no levantamento de subsídios indiciários não gera impedimento para que o mesmo membro ministerial ofereça, em um segundo momento, a denúncia e acompanhe a ação penal. 5. Recurso desprovido. (RHC n.º /SP; Rel. Ministra Laurita Vaz; DJ 17/05/2004) Cumpre registrar que, no caso, apesar de a Ordem dos Advogados não ter sido previamente comunicada da diligência providência desnecessária, como já demonstrado a busca e apreensão foi acompanhada por advogado designado por aquela entidade, após a requisição da autoridade policial, conforme informado pelo próprio recorrente. Diante do exposto, nego provimento ao recurso. É como voto. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 8 de 9

9 CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA Número Registro: 2004/ RMS / RJ MATÉRIA CRIMINAL Números Origem: PAUTA: 08/11/2005 JULGADO: 08/11/2005 Relator Exmo. Sr. Ministro GILSON DIPP Presidenta da Sessão Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. BRASILINO PEREIRA DOS SANTOS Secretário Bel. LAURO ROCHA REIS AUTUAÇÃO RECORRENTE : OLIVEIRA NEVES ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C ADVOGADO : MOACYR TOLEDO DAS DORES JUNIOR E OUTROS T. ORIGEM : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2A REGIÃO IMPETRADO : JUIZ FEDERAL DA 1A VARA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - SJ/RJ RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ASSUNTO: Penal - Leis Extravagantes - Crimes de Sonegação Fiscal (Lei 4.729/65) CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso." Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 08 de novembro de 2005 LAURO ROCHA REIS Secretário Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 28/11/2005 Página 9 de 9