Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN X Volume 101, Nº 2, Agosto 2013 Resumo das Comunicações
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- Raíssa Melgaço de Figueiredo
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1 Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN X Volume 101, Nº 2, Agosto 2013 Resumo das Comunicações XXIII CONGRESSO DA SOCIEDADE MINEIRA DE CARDIOLOGIA Belo Horizonte - MG
2 REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948 Diretor Científico Luiz Alberto Piva e Mattos Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Cardiologia Pediátrica/Congênitas Antonio Augusto Lopes Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor ( ) Jairo Ramos Brasil Adib D. Jatene (SP) Alexandre A. C. Abizaid (SP) Alfredo José Mansur (SP) Álvaro Avezum (SP) Amanda G. M. R. Sousa (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (DF) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP) Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Klier Péres (DF) Ayrton Pires Brandão (RJ) Barbara M. Ianni (SP) Beatriz Matsubara (SP) Braulio Luna Filho (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruce B. Duncan (RS) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Alberto Pastore (SP) Carlos Eduardo Negrão (SP) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP) Charles Mady (SP) Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Dalton Valentim Vassallo (ES) Décio Mion Jr (SP) Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Dikran Armaganijan (SP) Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Edson Stefanini (SP) Elias Knobel (SP) Eliudem Galvão Lima (ES) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Enio Buffolo (SP) Conselho Editorial Eulógio E. Martinez Fº (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando A. P. Morcerf (RJ) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS) Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Francisco Laurindo (SP) Francisco Manes Albanesi Fº (RJ) Gilmar Reis (MG) Gilson Soares Feitosa (BA) Ínes Lessa (BA) Iran Castro (RS) Ivan G. Maia (RJ) Ivo Nesralla (RS) Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP) Jorge Ilha Guimarães (RS) Jorge Pinto Ribeiro (RS) José A. Marin-Neto (SP) José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP) José Geraldo de Castro Amino (RJ) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) José Teles Mendonça (SE) Leopoldo Soares Piegas (SP) Luís Eduardo Rohde (RS) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Lurildo Saraiva (PE) Marcelo C. Bertolami (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Marco Antônio Mota Gomes (AL) Marcus V. Bolívar Malachias (MG) Maria Cecilia Solimene (SP) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Mauricio Wajngarten (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Nabil Ghorayeb (SP) Nadine O. Clausell (RS) Nelson Souza e Silva (RJ) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo A. Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo J. Moffa (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo R. F. Rossi (PR) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Paulo Zielinsky (RS) Protásio Lemos da Luz (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Roberto A. Franken (SP) Roberto Bassan (RJ) Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR) Sandra da Silva Mattos (PE) Sergio Almeida de Oliveira (SP) Sérgio Emanuel Kaiser (RJ) Sergio G. Rassi (GO) Sérgio Salles Xavier (RJ) Sergio Timerman (SP) Silvia H. G. Lage (SP) Valmir Fontes (SP) Vera D. Aiello (SP) Walkiria S. Avila (SP) William Azem Chalela (SP) Wilson A. Oliveira Jr (PE) Wilson Mathias Jr (SP) Exterior Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica) Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália)
3 Sociedade Brasileira de Cardiologia Presidente Jadelson Pinheiro de Andrade Vice-Presidente Dalton Bertolim Précoma Presidente-Eleito Angelo Amato Vincenzo de Paola Diretor Administrativo Marcelo Souza Hadlich Diretora Financeira Eduardo Nagib Gaui Diretor de Relações Governamentais Daniel França Vasconcelos Diretor de Comunicação Carlos Eduardo Suaide Silva Diretor de Qualidade Assistencial José Xavier de Melo Filho Diretor Científico Luiz Alberto Piva e Mattos Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/Funcor Carlos Alberto Machado Diretor de Relações Estaduais e Regionais Marco Antonio de Mattos Diretor de Departamentos Especializados Gilberto Venossi Barbosa Diretor de Tecnologia da Informação Carlos Eduardo Suaide Silva Diretor de Pesquisa Fernando Bacal Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira Editor do Jornal SBC Fábio Vilas-Boas Pinto Coordenador do Conselho de Projeto Epidemiológico David de Pádua Brasil Coordenadores do Conselho de Ações Sociais Alvaro Avezum Junior Ari Timerman Coordenadora do Conselho de Novos Projetos Glaucia Maria Moraes Oliveira Coordenador do Conselho de Aplicação de Novas Tecnologias Washington Andrade Maciel Coordenador do Conselho de Inserção do Jovem Cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa Coordenador do Conselho de Avaliação da Qualidade da Prática Clínica e Segurança do Paciente Evandro Tinoco Mesquita Coordenador do Conselho de Normatizações e Diretrizes Harry Correa Filho Coordenador do Conselho de Educação Continuada Antonio Carlos de Camargo Carvalho Comitê de Atendimento de Emergência e Morte Súbita Manoel Fernandes Canesin Nabil Ghorayeb Sergio Timerman Comitê de Prevenção Cardiovascular Antonio Delduque de Araujo Travessa Sergio Baiocchi Carneiro Regina Coeli Marques de Carvalho Comitê de Planejamento Estratégico Fabio Sândoli de Brito José Carlos Moura Jorge Walter José Gomes Comitê de Assistência ao Associado Maria Fatima de Azevedo Mauro José Oliveira Gonçalves Ricardo Ryoshim Kuniyoshi Comitê de Relações Internacionais Antonio Felipe Simão João Vicente Vitola Oscar Pereira Dutra Presidentes das Estaduais e Regionais da SBC SBC/AL - Alfredo Aurelio Marinho Rosa SBC/AM - Jaime Giovany Arnez Maldonado SBC/BA - Augusto José Gonçalves de Almeida SBC/CE - Eduardo Arrais Rocha SBC/CO - Hernando Eduardo Nazzetta (GO) SBC/DF - Renault Mattos Ribeiro Junior SBC/ES - Antonio Carlos Avanza Junior SBC/GO - Luiz Antonio Batista de Sá SBC/MA - Magda Luciene de Souza Carvalho SBC/MG - Maria da Consolação Vieira Moreira SBC/MS - Sandra Helena Gonsalves de Andrade SBC/MT - José Silveira Lage SBC/NNE - Aristoteles Comte de Alencar Filho (AM) SBC/PA - Claudine Maria Alves Feio SBC/PB - Alexandre Jorge de Andrade Negri SBC/PE - Silvia Marinho Martins SBC/PI - Ricardo Lobo Furtado SBC/PR - Álvaro Vieira Moura SBC/RJ - Glaucia Maria Moraes Oliveira SBC/RN - Carlos Alberto de Faria SBC/RS - Justo Antero Sayão Lobato Leivas SBC/SC - Conrado Roberto Hoffmann Filho SBC/SE - Eduardo José Pereira Ferreira SBC/SP - Carlos Costa Magalhães SBC/TO - Adalgele Rodrigues Blois Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos SBC/DA - Hermes Toros Xavier (SP) SBC/DCC - Evandro Tinoco Mesquita (RJ) SBC/DCM - Orlando Otavio de Medeiros (PE) SBC/DCC/CP - Estela Suzana Kleiman Horowitz (RS) SBC/DECAGE - Abrahão Afiune Neto (GO) SBC/DEIC - João David de Souza Neto (CE) SBC/DERC - Pedro Ferreira de Albuquerque (AL) SBC/DFCVR - José Carlos Dorsa Vieira Pontes (MS) SBC/DHA - Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza (GO) SBC/DIC - Jorge Eduardo Assef (SP) SBC/SBCCV - Walter José Gomes (SP) SBC/SBHCI - Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes (PB) SBC/SOBRAC - Adalberto Menezes Lorga Filho (SP) SBC/DCC/GAPO - Daniela Calderaro (SP) SBC/DCC/GECETI - João Fernando Monteiro Ferreira (SP) SBC/DCC/GEECABE - Luis Claudio Lemos Correia (BA) SBC/DCC/GEECG - Carlos Alberto Pastore (SP) SBC/DCP/GECIP - Angela Maria Pontes Bandeira de Oliveira (PE) SBC/DERC/GECESP - Daniel Jogaib Daher (SP) SBC/DERC/GECN - José Roberto Nolasco de Araújo (AL)
4 Arquivos Brasileiros de Cardiologia Volume 101, Nº 2, Suplemento 2, Agosto 2013 Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed Av. Marechal Câmara, 160-3º andar - Sala Centro Rio de Janeiro, RJ Brasil Tel.: (21) arquivos@cardiol.br SciELO: Departamento Comercial Telefone: (11) comercialsp@cardiol.br Produção Gráfica e Diagramação SBC - Núcleo Interno de Design Produção Editorial SBC - Núcleo Interno de Publicações Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC. Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)". Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:
5 Resumo das Comunicações XXIII CONGRESSO DA SOCIEDADE MINEIRA DE CARDIOLOGIA BELO HORIZONTE - MG
6 TEMAS LIVRES - 04 e 05/07/2013 APRESENTAÇÃO ORAL Implante Percutâneo de Stent nas Artérias Carótidas e Vertebrais: dados do REMAT (Registro Madre Teresa) Associação entre pródromos, variáveis clínicas, autonômicas e a resposta ao teste de inclinação de pacientes com síncope ou pré-síncope. RONALD DE SOUZA, MAURO ISOLANI PENA, ALEXANDRE J. VON SPERLING VASCONCELLOS, ROBERTO JOSE DE QUEIROZ CREPALDI, WALTER RABELO, ROBERTO LUIZ MARINO, VIVIANE SANTUARI PARISOTTO MARINO e MARCOS ANTONIO MARINO ROSE MARY FERREIRA LISBOA DA SILVA, MARCELO MENEZES BREYNER e PAMELA DE SOUZA HAUEISEN BARBOSA Hospital Madre Teresa, Belo Horizonte, MG, BRASIL. Introdução O Acidente Vascular Encefálico (AVE) permanece como a principal causa de morbimortalidade na população brasileira e uma das principais no mundo. Dados da OMS indicam que cerca de 15 milhões de pessoas tem 01 AVE a cada ano e destas 06 milhões não sobrevivem. Cerca de 15 a 20% do total de AVE são devidos doença arterial aterosclerótica carotídea e vertebral. Dessa forma, a intervenção oportuna no curso da doença obstrutiva nesse território pode representar uma medida efetiva na prevenção do AVE. Com a evolução de materiais e técnicas, o tratamento endovascular das obstruções das artérias carótidas e vertebrais tornou-se uma alternativa efetiva na prevenção da isquemia cerebral. Este estudo teve como finalidade analisar os resultados e determinar os preditores de eventos adversos nos pacientes submetidos a angioplastia carotídea e vertebral. Métodos Foram realizadas 224 intervenções em pacientes consecutivos admitidos em um centro terciário. Incluídos todos pacientes assintomáticos com lesão >70% ou sintomáticos com lesão >50% nas artérias carótidas e vertebrais. O período de acompanhamento foi em média 2,2 ± 7,5 meses, sendo que 70,1% dos pacientes foram acompanhados entre 0 a 1 mês, 20,5% de 1 a 5 meses, 4,0% de 6 a 11 meses e 5,4% por 12 meses ou mais. Resultados A população era predominantemente masculina (65,6%), com média de idade de 69,8 ± 9,9, sendo 33,5% diabéticos, 36,6% portadores de doença arterial coronariana (DAC), 3,6% com história familiar para AVE, e 8,5% portadores de insuficiência renal (IRA). Sintomáticos representaram 66,1%. Etiologias foram lesões de novo (n=216), reestenose (n=4), actínica (n=2), dissecção pós trauma (n=1) e arterite (n=1). Havia oclusão total contralateral em 12,5% (n=28). A mortalidade relacionada e não relacionada ao procedimento foi de 0,9%, para ambas e AVE menor e IAM 1,3%, ambas. A incidência de AIT e sangramento maior foi de 2,7 e 4,0%, respectivamente. A análise multivariada pelo teste de Hosmer-Lemeshow após análise univariada utilizando-se o critério de foward apontou DAC(p=0,038), sexo feminino(p=0,030), história familiar(p=0,032) e IRA(p=0,001) como preditores independentes de eventos adversos. Conclusões: Neste registro, verificou-se alto índice de sucesso e baixa ocorrência de eventos adversos, demonstrando eficiência e segurança do implante percutâneo de stent nas artérias carótidas e vertebrais, apesar do perfil clínico complexo dos pacientes. Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, BH, MG, BRASIL. A síncope apresenta incidência anual de 6% e prevalência de 42%, considerando-se um tempo de vida de 70 anos. A síncope neuromediada é a mais frequente e, na resposta vasovagal, pode apresentar pródromos, permitindo que o paciente aborde o quadro. Sabe-se que os pródromos ocorrem mais nos jovens, porém não está estabelecida a associação entre eles e as variáveis autonômicas. Objetivo: verificar a associação entre pródromos, variáveis clínicas, autonômicas e a resposta ao teste de inclinação (TI) de pacientes (pts) com síncope ou pré-síncope. Métodos: foram avaliados 174 pts, média de idade de 45,9 anos, sendo 100 mulheres. Os pts foram submetidos à avaliação clínica e ao TI, a 70 graus durante 40 min, com monitoramento digital para análise espectral (AE) da frequência cardíaca. Esta foi feita para identificar o componente de alta frequência (AF), que representa o parassimpático, o de baixa frequência (BF), que representa principalmente o simpático, e a relação BF/AF. Resultados: a resposta foi positiva ao TI em 101 pts e 120 apresentaram pródromos na história clínica. Aplicando-se o teste de quiquadrado ou de Mann-Whitney entre a presença pródromos e as demais variáveis, foram obtidos: p=0,01 para sexo (77% das mulheres e 59,7% dos homens), p=0,00 para idade (43 versus 52,8 anos), p=0,01 para resposta positiva (83% versus 16,9%), p=0,04 para recorrência (59,2 versus 42,3%) e p=0,02 para BF TI (975,4 versus 807,9 ms 2 ), para pts com e sem pródromos, respectivamente. Não houve associação significante entre pródromos e as demais variáveis (pressão arterial, frequência cardíaca, AF e BF na posição supina; história sugestiva de vasovagal ou trauma e sintomas durante TI). Conclusões: o quadro de pródromos foi mais frequente nos mais jovens, nas mulheres, nos pts com resposta positiva ao TI, com recorrência da síncope e com ativação simpática ao TI. Não houve influência do perfil hemodinâmico e autonômico dos pts na posição supina, ou da ocorrência de trauma Comparação entre os escores clínicos de estratificação de risco de pacientes com síncope Relação da eficiência ventilatória com a capacidade funcional de indivíduos com insuficiência cardíaca ROSE MARY FERREIRA LISBOA DA SILVA, PAMELA DE SOUZA HAUEISEN BARBOSA e MARCELO MENEZES BREYNER Faculdade de Medicina da UFMG, BH, MG, BRASIL. A síncope apresenta morbimortalidade distinta conforme sua causa, atingindo 33% de mortalidade em um ano para causa cardíaca. Por isto, sua estratificação de risco é imperativa na abordagem inicial dos pacientes (pts). Há escores preconizados pela diretriz europeia sobre o tema, porém com poucos estudos sobre os mesmos e sua predição quanto à causa da síncope, constituindo este o objetivo deste estudo. Métodos: estudo prospectivo observacional, com uma casuística 264 pts com síncope, média de idade de 49,0 anos (11 a 84 anos), sendo 132 homens. Os pts foram submetidos à avaliação clínica, ao eletrocardiograma, ecocardiograma e ao cálculo dos escores de Martin, OESIL e EGSYS. Outros exames complementares foram feitos se indicados, como estudo eletrofisiológico e teste de inclinação para investigação da causa da síncope. Resultados: 115 pts não apresentavam cardiopatia estrutural, e a cardiopatia era chagásica em 70, hipertensiva em 29, isquêmica em 21, dilatada em 12 e outras etiologias em 17 pts. As médias dos escores foram: Martin e OESIL 1,6; EGSYS 4,7. Houve associação entre sexo masculino e cardiopatia (64,3%, p=0,00, qui-quadrado), bloqueio de ramo ou atrioventricular (66%, p=0,00) e causa da síncope (taquicardia ventricular TV - 65,5%, bradiarritmias 70%, p=0,00). Taquicardia supraventricular (TSV) foi causa da síncope em 64,5% das mulheres (p=0,00). Não houve diferença entre idade e sexo. Aplicando-se o teste de Kruskal-Wallis para variável cardiopatia, a idade foi maior na cardiopatia hipertensiva (69 anos, p=0,00), os escores Martin e OESIL foram maiores nos pts com cardiopatia dilatada e hipertensiva, respectivamente (2,8 cada, p=0,00) e EGSYS maior nos valvopatas e chagásicos (5,8 e 5,3, p=0,01). Somente entre escores Martin e OESIL, o coeficiente de Pearson foi significante (p=0,00, r=0,7). Por meio da curva de operação característica, a melhor área para TV como causa da síncope foi para o escore de Martin (área 0,84, p=0,00, valor preditivo positivo VPP - de 84%), para bradiarritmias foi o OESIL (área 0,83, p=0,00, VVP 79%) e para TSV foi o EGSYS (área 0,66, p=0,00, VPP 69%). Conclusões: Houve predomínio de cardiopatia e de TV e bradiarritmias como causa da síncope nos homens. Os escores foram maiores nos cardiopatas. O escore mais específico conforme a causa de síncope foi o de Martin para TV e de OESIL para bradiarritmias. ROSEANE SANTO RODRIGUES, SAMORA, G A R, VIEIRA, O A, FERREIRA, A C C, MONTEMEZZO, D, ALENCAR, M C N, PEREIRA, D A G, PARREIRA, V F e RAQUEL RODRIGUES BRITTO Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, BRASIL. INTRODUÇÃO: A intolerância ao esforço na insuficiência cardíaca (IC) é decorrente de alterações no sistema cardiorrespiratório com consequências sistêmicas e periféricas. A resposta ventilatória a diferentes demandas pode contribuir para a intolerância à realização de atividades funcionais, sendo clinicamente importante identificar essa relação. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação da eficiência ventilatória com a capacidade funcional máxima e submáxima de indivíduos com IC. MATERIAIS E MÉTODO: Vinte e oito indivíduos com IC, classes I a III da New York Heart Association, média de idade: 50,54±12,4 anos e fração de ejeção ventricular esquerda: 33,93±11,07% realizaram um teste de esforço cardiopulmonar máximo, em esteira eletrônica, com protocolo em rampa. Em outro dia, esses voluntários realizaram o teste de caminhada de seis minutos (TC6). Consumo de oxigênio medido no pico do esforço (VO 2pico ), equivalente ventilatório de dióxido de carbono (VE/VCO 2 ), eficiência do consumo de oxigênio (oxygen uptake efficiency slope - OUES) e distância percorrida no TC6 foram avaliados. Foi realizado teste de correlação de Pearson, considerando α=5%. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (ETIC 050/09). RESULTADOS: Foi observada associação entre capacidade funcional, expressa pelo VO 2pico com o OUES (r=0,879; p=0,0001) e com o VE/VCO 2 (r=-0,518; p=0,005). Quando utilizada a distância percorrida no TC6 como referência de capacidade funcional, observou-se níveis de correlação significativos, porém de menor magnitude com o VE/ VCO 2 (r=-0,404; p=0,033) e de moderada magnitude com o OUES (r=0,540; p=0,003). CONCLUSÕES: Os pacientes com IC apresentaram influência das variáveis ventilatórias analisadas sobre sua capacidade funcional, principalmente máxima. Clinicamente, essa evidência sugere a necessidade de avaliação ergoespirométrica e abordagem fisioterapêutica específica da capacidade ventilatória, especialmente em pacientes com sinais mais evidentes de intolerância ao esforço e comprometimento ventilatório. Apoio: CAPES, CNPq, FAPEMIG 1
7 31799 Tolerância ao esforço em ratos após exposição ao hormônio tireoidiano e exercício físico Valor da ressonância magnética em pacientes com síndrome coronária aguda e cinecoronariografia não diagnóstica FERNANDA RODRIGUES DE SOUZA, RAFAELLA CHAGAS NOBRE RODRIGUES, LEANDRO TEIXEIRA PARANHOS LOPES, THIAGO MONTES FIDALE, POLIANA RODRIGUES ALVES e ELMIRO SANTOS RESENDE Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, BRASIL - MG. Fundamento: A baixa tolerância ao esforço físico é uma das consequências das disfunções da glândula tireoide em razão às suas repercussões envolvendo o sistema cardiovascular e muscular. Esta redução se justifica, entre outros fatores, pela queda do inotropismo devido a alterações estruturais que ocorrem na ATPase. Esta enzima modificada determina uma alteração contrátil que reduz o volume sistólico e o débito cardíaco; fatores relevantes na tolerância física ao esforço. Objetivo: Comparar os efeitos da associação do hormônio tireoidiano e do exercício físico na tolerância ao esforço em ratos. Delineamento: Estudo experimental controlado e randomizado. Método: Foram utilizados 37 ratos da linhagem Wistar, machos, adultos com aproximadamente 250gramas, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle, hormônio, exercício, hormônio e exercício (H+E). O grupo controle não sofreu intervenção; o grupo hormônio recebeu diariamente levotiroxina sódica pelo método de gavagem, na dose de 20 μg de hormônio tireoidiano a cada 100 gramas de peso corporal; o grupo exercício realizou natação cinco vezes por semana, com carga adicional correspondente a 20% do peso corporal, durante seis semanas; no grupo H+E foram aplicados simultaneamente os tratamentos dos grupos hormônio e exercício. Após seis semanas de intervenção os grupos realizaram um teste de tolerância ao esforço. Através dos resultados, foram realizadas comparações entre os grupos. Nas comparações utilizou-se ANOVA complementada pelo teste de Tukey considerando significantes os resultados com valores de p<0,05. Resultado: A tolerância ao esforço após o tratamento foi maior no grupo H+E em comparação ao grupo C e HT. Conclusão: A tolerância ao esforço foi menor no hipertireoidismo. Esta situação pode ser evitada com a prática concomitante de esforço físico. CARLOS EDUARDO ORNELAS, ANSELMO DORNAS MOURA, MARCOS ALMEIDA MAGALHÃES ANDRADE JUNIOR, HENRIQUE PATRUS MUNDIM PENA, ARIANE VIEIRA SCARLATELLI MACEDO, MÁRCIO VINÍCIUS LINS DE BARROS, MARIA HELENA ALBERNAZ SIQUEIRA, MARINA XAVIER GOMES, AMANDA SÉRGIA CATIZANE DE OLIVEIRA e CRISTINA CORDEIRO PINHEIRO Hospital Mater Dei, Belo Horizonte, MG, BRASIL - FASEH - Faculdade de Saúde e Ecologia Humana, Vespasiano, MG, BRASIL. INTRODUÇÃO: É estimado que até 30% das mulheres e 12% dos homens internados com Síndrome Coronária Aguda não possuam coronariopatia obstrutiva ao cateterismo. A identificação correta da causa da lesão miocárdica aguda nestes pacientes é determinante na prescrição da terapia e cuidados a longo prazo, uma vez que o prognóstico é muito diverso quando comparamos diagnósticos diferentes do tipo Infarto do Miocárdio sem elevação do segmento ST e mio/pericardite, por exemplo. OBJETIVOS: Avaliar o papel diagnóstco da Ressonância Cardíaca (RM) em pacientes internados com suspeita de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), e cinecoronariografia não diagnóstica. MÉTODOS: No período de Janeiro de 2011 a Março de 2013, 32 pacientes (idade média de 53 anos, sendo 56% do sexo masculino) atendidos no Pronto Socorro de um grande hospital privado e internados na Unidade Coronária com diagnóstico inicial de SCA (caracterizada por pelo menos duas de três variáveis: desconforto torácico, elevação de Troponina I e alteração eletrocardiográfica) que apresentavam coronariografia não diagnóstica (caracterizada pela ausência de obstrução ateroslcerótica > 50% ou trombose coronária em artéria culpada), eles foram submetidas a RM cardíaca em até sete dias do evento (dois pacientes realizaram RM dentro de um mês), sendo avaliadas: alterações de motilidade, derrame e espessamento pericárdicos, edema miocárdico, anormalidades de perfusão e presença de realce tardio. RESULTADOS: A RM foi normal em 8 (25%) dos pacientes e contribuiu com o diagnóstico em 24 (75%) casos, incluindo doença isquêmica em 10 (31,25%), miocardiopatia em 04 (12,5%) e miocardite e/ou pericardite em outros 10 (31,25%). CONCLUSÃO: A RM cardíaca contribuiu com o diagnóstico em cerca de 75% dos pacientes internados com suspeita de SCA e cineangiocoronariografia não diagnóstica, sendo método propedêutico útil na elucidação diagnóstica e direcionamento terapêutico adequado neste grupo de pacientes Impacto da gestão da clínica na performance do indicador de qualidade Tempo- Porta-Balão Efeito da leucina na concentração sérica de creatina quinase em ratos Wistar em hipertireoidismo experimental HENRIQUE P M PENA, MÁRCIO V L BARROS, CARLOS E ORNELAS, ANTONIO C N FERREIRA, MARIA E C ANDRADE, PATRICIA R BERNI, ANDRE L PITANGA, ANDRE F DINIZ, SANDRO R CHAVES e MARCOS A M A JUNIOR Hospital Mater Dei, BH, MG - Faculdade de Ciências Médicas, BH, MG, BRASIL. FIDALE, T M, GONÇALVES, A, ALVES, P R, SOUZA, F R, MARQUES, C P, ZUTTION, B P, HADDAD, E e RESENDE, E S Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, BRASIL - Faculdade Atenas, Paracatu, MG, BRASIL - Faculdade Presidente Antônio Carlos, Uberlândia, MG. Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio com supra ST (IAMsupra) é uma emergência médica em que a agilidade e a precisão do tratamento de reperfusão contribuem para diminuir morbidade e mortalidade. O Tempo Porta-Balão (TPB) é o indicador de qualidade validado que quantifica este intervalo. A literatura descreve várias estratégias comprovadamente efetivas em reduzir o TPB e reconhece ampla variabilidade e particularidade das ações implementadas nas diferentes instituições. Objetivo: Analisar a estratégia e o conjunto de ações originais adotadas em um Hospital de referência e seu impacto no TPB. Metodologia: Estudo observacional com amostra de 76 pacientes (pts) consecutivos, com diagnóstico de IAMsupra, adotando-se critérios de mensuração e inclusão validados. Foram comparados 2 grupos: Grupo I = 18 meses antes da intervenção (36 pts) e Grupo II = 18 meses após a intervenção (40 pts). A intervenção constituíu-se de ações validadas cientificamente (organização do Time TPB, Liderança, Monitorização, Feedback para as equipes), alem de estratégias particularizadas à nossa instituição: inclusão do indicador TPB no Programa de Participação de Resultados e organização do Programa de Educação Continuada. Resultados: Os grupos foram estatisticamente semelhantes quanto a idade, sexo, horário do atendimento, apresentação clínica, especialidade responsável, classsificação de risco. Houve redução não significativa do tempos intermediários: Tempo Porta-Atendimento Médico (8,8±1,5 -> 6,7±1,2 min, p=0,28), Tempo Porta-ECG (15,5± 27,6 -> 9,6±16,7 min, p=0,33), Tempo Hemodinâmica-Abertura da Artéria (36,31±17,5-> 33,48±14,5 min, p=0,61). Houve redução significativa do Tempo Porta-Hemodinâmica (soma dos tempos do Pronto-Socorro) de 78,2±72,6 para 50,9±38,5 min, p = Houve impacto das açoes no processo total, com redução significativa do TPB, de 112±76,4 para 85,1±43,0 min, p=0,02. Conclusão: A Estratégia adotada foi efetiva em reduzir o TPB, consequência do impacto significativo do conjunto de ações no sub-processo Atendimento no Pronto- Socorro. Estratégia composta por conjunto de ações comprovadas cientificamente associadas a ações particularizadas, definida conforme a singularidade e o momento de cada instituição, deve ser implementada com objetivo de reduzir o TPB e melhorar a qualidade assistencial. INTRODUÇÃO: A leucina é um regulador do metabolismo proteico in vivo, e existem poucas informações referentes à sua relação com a creatina quinase sérica no modelo experimental de hipertireoidismo. O estudo teve por objetivo verificar a ação da leucina na concentração sérica de creatina quinase em ratos Wistar em hipertireoidismo. MÉTODOS: O estudo teve duração de 28 dias, foram utilizados 50 animais, divididos em quatro grupos sendo estes o controle (C), hormônio (H), leucina (L) e hormônio + leucina (HL). O hipertireoidismo foi induzido administrando-se, diariamente, 20μg/100 gramas de levotiroxina sódica em suspensão aquosa, por gavagem. A leucina foi suplementada adicionando-se 5% do aminoácido à ração convencional. O sangue foi coletado por punção cardíaca e as análises feitas em kits para T4 e CK-MB. Na comparação estatística foi utilizada a análise de variância (ANOVA) de duas vias e pós-teste de Tukey, considerando-se significativos valores de p<0,05.resultado: As concentrações séricas de CK-MB foram maiores no grupo hormônio quando comparado aos grupos controle (p<0,05), grupo leucina (p<0,05) e grupo hormônio + leucina (p<0,05) em comparação a controle. CONCLUSÃO: Em ratos tratados com hormônio tireoidiano ocorre elevação das concentrações séricas de CK-MB após 28 dias. A associação de leucina ao hormônio parece impedir a elevação da CK-MB por mecanismos ainda desconhecidos. Grupos N T4 (μg/dl) CK-MB (U/L) C 10 4,76 ± 0, ± 518 H 10 12,56 ± 3,45 * 1957 ± 562* HL 10 12,46 ± 2,32* 1208 ± 314 L 10 5,09 ± 1, ± 588 Valores expressos em média ± desvio padrão para creatina quinase (CK-MB); *p<0,05 em relação ao Grupo C e p<0,05 em relação ao Grupo H 2
8 32213 Alterações do paladar em idosos devido ao uso crônico de fármacos Reestenose clínica de stent coronário: seguimento após tratamento com análise de desfechos clínicos. LAURA COTTA VALENTE, FERNANDA LIMA FERNANDES, ANA CAROLINA FREIRE LOPES, CAMILA SALLES SILVA PEREIRA, MERY NATALI SILVA ABREU, SILVIA HERINGER WALTHER e PATRÍCIA GONÇALVES DA MOTTA Instituto Metropolitano de Ensino Superior, Ipatinga, MG, BRASIL. Introdução: O envelhecimento é frequentemente acompanhado de múltiplas doenças crônico degenerativas que requerem tratamento, implicando, muitas vezes, no uso contínuo de fármacos que é a principal causa de perda da sensação gustativa em idosos. Objetivos: Investigar as classes de fármacos mais utilizados e mais propensos a produzirem alterações do paladar em idosos, bem como identificar o tipo de alteração gustativa mais prevalente. Material e Métodos: A amostra foi composta de 203 idosos da Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga - MG, com idade igual ou superior a 60 anos, sexo masculino e feminino e que fizesse o uso crônico de algum fármaco. Para investigar a função gustativa, foi utilizado o teste das três gotas que avalia os quatro gostos primários (doce, salgado, ácido e amargo). Esse método consiste na aplicação de uma gota do sabor a ser avaliado no meio da língua, e de duas gotas de água à esquerda e à direita da solução testada. Para cada participante foi oferecido, de maneira aleatória, os quatro sabores descritos, apresentados em quatro diferentes concentrações. Resultados: A classe de fármacos mais utilizados pelos idosos foram anti-hipertensivos (69,5%), hipolipemiantes (36%), diuréticos (24,1%), antiácidos (19,2%), hipoglicemiante orais (17,7%), anti plaquetários (15,3%), hormônio tireoidiano (13,3%), antidepressivos (11,3%) e benzodiazepínicos (9,4%). Observou-se que os idosos que fazem o uso de anti-hipertensivos apresentam 2,4 vezes mais chances de possuir alteração gustativa para o sabor salgado e 2,3 vezes para o sabor doce. Dos anti-hipertensivos, os betabloqueadores aumentaram em duas vezes a chance de apresentar alteração ao sabor doce. Em adição, os antidepressivos, diuréticos e antiplaquetários também promoveram alterações gustativas. Observou se que 41,4% da amostra apresenta alguma alteração gustativa ao sabor salgado, 40,2% para o doce, 14,3% para o ácido e 13,8% para o sabor amargo. Conclusões: Além da senilitude, o uso crônico de medicamentos pode promover a diminuição da acuidade gustativa em idosos. Sendo assim, avaliar a percepção sensorial gustativa constitui uma importante ferramenta de avaliação para os profissionais de saúde, com o intuito de proporcionar uma melhor atenção e melhoria na qualidade de vida desse grupo da população. BÁRBARA CAMPOS ABREU MARINO, GUILHERME ABREU NASCIMENTO, WALTER RABELO, MARCOS ANTONIO MARINO, ROBERTO LUIZ MARINO e ANTONIO LUIZ PINHO RIBEIRO Hospital Madre Teresa, Belo Horizonte, MG, BRASIL - Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Adulto-UFMG, Belo Horizonte, MG, BRASIL. Fundamento: A reestenose clínica intrastent (RISC) é a principal a complicação tardia da angioplastia coronariana com implante de stent, observada em 10 a 50% das lesões tratadas.objetivo: Descrever as características clínicas e angiográficas da RISC e os desfechos em seguimento de pelo menos 12 meses após seu diagnóstico e tratamento. Métodos: Em 110 pacientes consecutivos com RISC, analisou-se a apresentação clínica, as características angiográficas, o tratamento e os desfechos primário combinado (morte cardiovascular, infarto agudo miocárdio não fatal [IAM]) e desfecho secundário combinado (angina instável com internação, revascularização de vaso alvo e lesão alvo) em seguimento mínimo de um ano.resultados: Na amostra, 68.2% dos pacientes eram do sexo masculino, com média de idade de 61 ± 11 anos. A apresentação clínica como síndrome coronariana aguda (SCA) ocorreu em 62,7% dos casos, com a RIS proliferativa em 34,5% dos casos. O tratamento realizado foi o implante de stent farmacológico (SF) em 36,4%, stent não farmacológico (SNF) 23,6%, cirurgia de revascularização 18,2%, angioplastia por balão 15,5% e tratamento clínico 6,4%. Com seguimento mediano de 19,7 meses (tempo mínimo de 12 meses e máximo de 38 meses), o desfecho primário ocorreu em 18 pacientes, com seis (5,5%) óbitos e 13 (11,8%) IAM e o secundário em 24 pacientes. Foram preditores de desfecho primário a RISC em SF (HR=4,36; [1,44-12,85], p=0,009) e o tratamento clínico da RISC (HR=10,66, [2,53-44,87], p=0,001). O tratamento da RISC com SNF (HR=4,08 [1,75-9,48], p=0,001) e tratamento clínico (HR=6,29 [1,35-29,38], p=0,019) foram preditores do desfecho secundário.a classificação angiográfica da RIS não teve relação com o desfecho.conclusão: A RISC se apresenta como SCA na maioria dos casos e os pacientes apresentam elevada freqüência de eventos adversos durante o seguimento de médio prazo Comparação da quantidade de atividade física diária em idosos com e sem infarto do miocárdio Avaliação objetiva e estimada da capacidade funcional de indivíduos com insuficiência cardíaca MARIA LUIZA VIEIRA CARVALHO, GIANE AMORIM RIBEIRO SAMORA, LUISA AMARAL MENDES DA SILVA, DÉBORA PANTUSO MONTEIRO, DAYANE MONTEMEZZO, VERÔNICA FRANCO PARREIRA, DANIELLE APARECIDA GOMES PEREIRA e RAQUEL RODRIGUES BRITTO ROSEANE SANTO RODRIGUES, SAMORA, G A R, VIEIRA, O A, FERREIRA, A C C, MONTEMEZZO, D, ALENCAR, M C N, PEREIRA, D A G, PARREIRA, V F e RAQUEL RODRIGUES BRITTO Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, BRASIL. Introdução: Poucos estudos identificaram se o infarto do miocárdio (IM) trás limitação funcional em idosos. Objetivos: 1) Comparar a quantidade de atividade diária de idosos que com e sem infarto do miocárdio, 2) verificar a associação entre os fatores sócio demográficos e clínicos com a quantidade de atividade física diária, 3) avaliar a relação entre a atividade física mensurada e a auto-relatada, e entre as medidas de desempenho e capacidade. Materiais e métodos: Incluídos idosos com IM (GPIM) e sem doença cardíaca (GC). A atividade física diária (counts/dia e steps/dia) foi mensurada pelo uso do acelerômetro GT3X, durante sete dias. Além das medidas clínicas, demográficas, aplicação do questionário Perfil de Atividade Humana (PAH), Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e realização do Shuttle Walk Test (SWT). Os valores demográficos, clínicos, counts/dia e steps/dia dos grupos foram comparados e analisadas por meio do test t independente ou Mann-Whitney U dependendo a normalidade dos dados. O modelo de regressão linear múltipla foi utilizado para verificar os fatores que se associam a atividade física diária (counts/dia). Para verificar a correlação entre counts/dia e o PAH, bem como a correlação entre counts/dia e a distância percorrida no SWT foi utilizado o teste de Pearson ou Spearman dependo do comportamento das variáveis quanto à normalidade. Valores de α=5% foram considerados significativos. Resultados: Foram avaliados 20 idosos no GPIM (72,50±1,55 anos) e 16 no GC (70,00±1,93 anos). Não foram constatadas diferenças estatísticas na quantidade de atividade física realizada, entre os grupos tanto pelo variável counts/dia (GPIM=232496±30937 counts/dia vs GC= ±24879 counts/dia p=0,441) quanto pelos steps/dia (GPIM = 6780±3462 steps/ dia vs GC=7791±2839 steps/dia p=0,301). A idade e o número de fatores de risco para doenças cardiovasculares, explicaram 48% da quantidade de atividade física diária (p<0,0001). Foi encontrada uma correlação r=0,56 p<0,0001 entre counts/dia e o PAH, e de r=0,71 p<0,0001 entre a distância percorrida no SWT e counts/dia. Conclusão: O IM não provocou impacto adicional na quantidade de atividade física realizada por idosos. Foi identificada associação dos fatores de risco para doença coronariana, incluindo a idade, com nível de atividade física independente da existência de IM prévio. Além disso, o auto-relato de nível de atividade e de capacidade funcional é um bom indicativo do nível de atividade física diária. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MS, BRASIL. INTRODUÇÃO: O teste de esforço cardiopulmonar (TECP) e o teste de caminhada de seis minutos (TC6) são métodos objetivos para definição do grau de intolerância ao exercício e limitação para a realização de atividades funcionais em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC). O questionário Veterans Specific Activity Questionnaire (VSAQ) é um instrumento de estimativa da capacidade funcional de indivíduos com doença cardiovascular e para otimização de protocolos individuais para teste de esforço, baseado em classificação metabólica de atividades. Contudo, sua aplicabilidade em indivíduos com IC ainda é pouco conhecida. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a capacidade funcional estimada a partir do questionário VSAQ com a obtida no TECP (padrão-ouro; máximo) e no TC6 (submáximo) em pacientes com IC. MATERIAIS E MÉTODO: Vinte e cinco indivíduos com IC, classes I a III da New York Heart Association, média de idade: 51,08±12,8 anos e fração de ejeção ventricular esquerda: 34,16±11,61% realizaram TECP, em esteira eletrônica, com protocolo em rampa e responderam o VSAQ em forma de entrevista. Em outro dia, realizaram o TC6. Foram analisados o consumo de oxigênio medido no pico do esforço (VO 2pico ), a capacidade física estimada a partir do escore obtido no nomograma VSAQ (expressa em equivalentes metabólicos e que reflete o peso relativo da idade do indivíduo e do escore do VSAQ, otimizando a predição da capacidade funcional), além da distância percorrida no TC6. Foi realizado teste de correlação de Pearson para avaliar a associação entre as variáveis, considerando α=5%. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (ETIC 050/09). RESULTADOS: Foi observada associação de moderada magnitude entre a capacidade funcional, expressa pelo VO 2pico e o nomograma VSAQ (r=0,458; p=0,021); bem como, entre este último e a distância percorrida no TC6 (r=0,559; p=0,004). Observou-se também elevada associação entre o VO 2pico e a distância percorrida no TC6 (r=0,770; p<0,001). CONCLUSÕES: O questionário VSAQ foi identificado como um instrumento útil para estimativa da capacidade funcional de indivíduos com IC. Além disso, o TC6 apresentou correlação com a medida direta e padrão-ouro da capacidade funcional. Não descartando a necessidade de avaliação ergoespirométrica, estes instrumentos podem ser úteis para monitorização mais frequente das respostas terapêuticas na capacidade funcional de pacientes com IC. Apoio: CAPES, CNPq, FAPEMIG 3
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