O LIXO COMO PRODUTO LOGÍSTICO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS REVERSA E SOLIDÁRIA

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1 O LIXO COMO PRODUTO LOGÍSTICO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS REVERSA E SOLIDÁRIA Marcos Ricardo Rosa Georges Centro de Economia e Administração Pontifícia Universidade Católica de Campinas PUC-Campinas /SP-Brasil marcos.georges@puc-campinas.edu.br Resumo: Este trabalho apresenta um grupo de cooperativas populares de reciclágem que adotaram uma estratégia de atuação em rede, configurando-se uma cadeia de suprimentos, cujo produto logístico que flui ao longo dos elos desta cadeia se mostra difente, a começar pela sua orientação reversa. O produto logístico desta cadeia de suprimentos será analisado em termos de suas caracteristicas de mercado, de suas caracteristicas físicas, da sua origem e da sua posição ao longo da cadeia de suprimentos e discuti como estas características influenciam as decisões logísticas, identificando as principais variáveis e fatores condicionantes do produto logístico para a busca da eficiência operacional desta cadeia de suprimentos.uma breve apresentação desta cadeia de suprimentos como uma cadeia de suprimentos reversa e solidária é feita e uma pequena revisão do conceito de produto logístico completa o trabalho. Palavras chave: Cadeias de Suprimentos, Logística Reversa, Economia Solidária, Produto Logístico, Cooperativa de Reciclagem Abstract: This paper presents a group of popular cooperatives recycling that have adopted a strategy of working in networks, setting up a supply chain whose product logistics flowing over the links in this chain is shown difente, starting with its reverse orientation. The product of this logistical supply chain will be analyzed in terms of their market characteristics, their physical characteristics, their origin and their position along the supply chain and discuss how these characteristics influence the logistics decisions, identifying key variables and factors responsible for product logistics for the pursuit of operational efficiency of this chain suprimentos.uma brief presentation of the supply chain as a reverse supply chain and solidarity is made and a short review of the product concept logistical complete the work. Keywords: Supply Chain, Reverse Logistic, Solidarity Economy, Product Logistics, Cooperative Recycling

2 1 INTRODUÇÃO O fim da humanidade não é invenção da modernidade. Porém, pode ser a própria sociedade a responsável pela extinção da civilização, e não por razões sobre-humanas ou catastróficas. O fim dos tempos pode ser conseqüência do consumo frenético que a humanidade impõe sobre os recursos limitados do planeta Terra. A busca por uma sociedade sustentável se apresenta como o principal desafio da civilização atual e a reciclagem de materiais constitui um papel central neste contexto. Além da preocupação ambiental, a reciclagem de materiais também desperta interesse social, pois, na maioria dos casos, a mão-de-obra empregada é, tipicamente, de pessoas em estado de vulnerabilidade social, ditas excluídas, que encontram ocupação em separar o que é re-aproveitável naquilo que foi descartado. Inicialmente, movidos por motivação assistencialista, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) ofereceu auxílio a grupos de catadores de lixo e os organizou em cooperativas, fornecendo-lhes, num primeiro momento, forma jurídica e infraestrutura básica e, num segundo momento, capacitação técnico-gerencial para tornar as cooperativas verdadeiras indústrias de coleta e seleção de materiais. Atualmente, são seis as cooperativas populares de reciclagem atendidas por esta entidade e elas constituem muito mais que um mero agrupamento, mas sim uma legítima cadeia de suprimentos quando se observa deste a coleta até a entrega do material processado aos recicladores. Há de ressaltar que esta cadeia inclui um elo virtual que consolida a produção e realiza a venda conjunta, operando através de práticas gerenciais colaborativas típicas das mais sofisticadas cadeias de suprimentos dos segmentos mais competitivos da economia. A apresentação desta cadeia de suprimentos e sua caracterização como uma cadeia de suprimentos reversa e solidária é feito neste trabalho, mas é o objeto que flui ao longo desta cadeia o produto logístico que reside o foco das atenções, detalhado e observando-se suas características e como isto se reflete na gestão logística nesta cadeia de suprimentos. 2 BREVE REFERENCIAL TEÓRICO A logística é assunto antigo. Já estava presente no império romano, nas cruzadas e comércio com as índias. Mas foi no século XX que a logística evoluiu sobremaneira e atingiu sofisticação muito além da atividade de transporte e movimentação de cargas. O advento da cadeia de suprimentos elevou a logística ao nível supraempresarial. O planejamento logístico deve ser integrado com clientes e fornecedores, exigindo coordenação e colaboração de todos os agentes para obter a eficiência da cadeia. Utilização intensa de tecnologia de informação, alianças e parcerias estratégicas e uso de recursos compartilhados são ingredientes novos na gestão das cadeias de suprimento. As cadeias de suprimento manifestam-se nos mais diferentes segmentos da economia e sob diferentes configurações. A cadeia de suprimento reversa se configura por apresentar o fluxo de materiais em sentido inverso ao da cadeia de suprimento direta. Já a cadeia de suprimento solidária se configura por ser formada por Empreendimentos Econômicos Solidários (EES). Em ambas as cadeias de suprimento, o objeto físico que flui ao longo desta cadeia em suas diferentes formas é chamado produto logístico. A seção seguinte detalha a cadeia de suprimento reversa, a cadeia de suprimento solidária e o produto logístico para, depois, caracterizar o produto logístico de uma cadeia de suprimento reversa e solidária formada por cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis em Campinas-SP. 2.1 CADEIA DE SUPRIMENTO REVERSA A logística reversa é uma atividade ampla que envolve todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais com as atividades logísticas de coleta, desmonte e processo de produtos e/ou materiais e peças usadas a fim de assegurar uma recuperação sustentável deles e que não prejudique o meio ambiente (REVLOG, 2005).

3 O Council of Supply Chain Management Professional define logística reversa como "um segmento especializado da logística que foca o movimento e gerenciamento de produtos e materiais após a venda e após a entrega ao consumidor. Inclui produtos retornados para reparo e/ou reembolso financeiro". Rogers e Tibben-Lembke (apud CHAVES & BATALHA, 2006) define logística reversa como: [...] o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição. O conceito de logística reversa está presente há muito tempo, é difícil datar o surgimento com precisão. Há ainda, termos como: canais reversos e fluxos reversos, que aparecem na literatura científica desde os anos setenta. Entretanto, até os dias atuais as diversas definições de logística reversa revelam que o conceito ainda está em construção face às novas possibilidades de negócios e de pesquisas (GONÇALVES-DIAS & TEODOSINO, 2006). Embora algumas definições do conceito de logística reversa estejam relacionadas com reciclagem e o reaproveitamento de matérias, a essência deste conceito está ligado ao fato destes produtos retornarem no sentido oposto ao da logística convencional. O fluxo da logística reversa se opõe ao fluxo da logística direta. No caso da cadeia de suprimentos da coleta e seleção de materiais apresentada neste trabalho há o fluxo de produtos destinados a reciclagem, mas não um fluxo reverso. Os materiais que serão separados e recicladores não retornam as empresas que os venderam antes de serem usados, mas são descartados pelos consumidores finais e seguem adiante rumo à reciclagem. Portanto, embora os conceitos da logística reversa possam ser úteis para o desenvolvimento deste trabalho, não há, efetivamente, o reconhecimento da existência da logística reversa neste caso. O conceito mais apropriado é o da cadeia de suprimentos reversa, pois, ao ser descartado pelos consumidores finais, estes materiais ingressam numa nova cadeia de suprimentos, que coleta, processa e entrega estes produtos até os recicladores que os colocam novamente no mercado e que, futuramente, retornarão novamente a esta cadeia de suprimentos de coleta e seleção de recicláveis. Neste caso, a cadeia de suprimento reversa tem um fluxo reverso em oposição às cadeias de suprimentos diretas, fechando o ciclo de vida do produto num fluxo cíclico. Quando se expande o conceito de cadeias de suprimentos de modo a conter o ciclo de vida do produto em todos os seus estágios e, reinserindo-o novamente no mercado, tal fenômeno é designado de closed-loop supply chain, ou cadeias de suprimentos de ciclo fechado (GUIDE et al., 2003). Portanto, a cadeia de suprimentos da coleta e seleção de recicláveis é uma parte da cadeia de suprimento de ciclo fechado para a maioria dos materiais que novamente retornarão ao mercado e iniciará um novo ciclo de vida. A figura 1 a seguir ilustra um exemplo de uma cadeia de suprimentos de ciclo fechado, onde se observa claramente a cadeia de suprimentos direta e a cadeia de suprimentos reversa. Figura 1 - Um exemplo de cadeia de suprimentos de ciclo fechado (GEORGES et al., 2009a)

4 2.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS SOLIDÁRIA A cadeia de suprimentos solidária é um conceito postulado por Georges (2011a) como: Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, com a presença de organizações autogestionadas, trabalhando conjuntamente, em regime de solidariedade e cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e informações dos fornecedores para os clientes finais com o propósito de viabilizar iniciativas coletivas e da geração de emprego e renda. Esta definição foi postulada a partir do reconhecimento da presença de elos caracterizados como Empreendimentos Econômicos Solidários conforme os conceitos da economia solidária. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (2010) a economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. Já Paul Singer (apud NETO & VALERY, 2009) define a economia solidária como: [...] um modo de organizar atividades econômicas de produção, consumo e poupança/crédito que almeja completar as igualdades de direitos entre os que se engajam nestas atividades. Empreendimentos solidários são autogestionários, o que significa que neles todas as decisões são tomadas pelos membros ou por pessoas eleitas que os representam. A economia solidária é essencialmente associativa, ou seja, todos são sócios, sendo incompatível com relações assimétricas, como as que se desenvolvem entre patrões e empregados. A economia solidária se apresenta como alternativa para a geração de trabalho e renda e instrumento para a inclusão social. Apresenta grande diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Considerando essa concepção, a economia solidária, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (2010), possui as seguintes características: Cooperação: Existência de interesses e objetivos comuns, união dos esforços e capacidades, propriedade coletiva parcial ou total de bens, partilha dos resultados e responsabilidade solidária diante das dificuldades. Autogestão: Exercício de práticas participativas de autogestão nos processos de trabalho, nas definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, na direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses. Dimensão Econômica: Agregação de esforços, recursos e conhecimentos para viabilizar as iniciativas coletivas de produção, prestação de serviços, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Solidariedade: Preocupação permanente com a justa distribuição dos resultados e a melhoria das condições de vida de participantes. Comprometimento com o meio ambiente saudável e com a comunidade, com movimentos emancipatórios e com o bem estar de trabalhadoras e consumidoras. O Atlas da Economia Solidária do Brasil (2005) identificou empreendimentos econômicos solidários (EES) em municípios do Brasil (41% dos municípios). Há uma maior concentração dos EES no Nordeste, com 44%, 13% no Norte, 14% no Sudeste, 12% no Centrooeste e 17% no Sul. Quanto à forma de organização, os EES estão organizados sob a forma de associação (54%), seguida dos Grupos Informais (33%) e Organizações Cooperativas (11%) e outras formas de organização (2%) (Atlas Econ. Sol., 2005).

5 Porém, alguns destes EES se organizaram de forma mais sofisticada que cooperativas e associações. Alguns EES se configuram como redes de cooperativas e outros se configuram como cadeia de suprimento, mesmo desconhecendo o conceito de cadeia de suprimento. A cadeia de suprimentos solidária exige a presença de uma organização autogestionada, porém, não é necessário que todas as organizações que compõe a cadeia de suprimentos solidária sejam autogestionadas, pois, na maioria dos casos, as cadeias de suprimentos solidárias compram de fornecedores tradicionais e buscam canais de distribuição tradicionais. O regime de solidariedade é outro pressuposto da economia solidária que se faz presente nesta cadeia de suprimentos, porém, a solidariedade pode se apresentar somente entre alguns elos desta cadeia, pois, em algum ponto da cadeia de suprimentos solidária a prática comercial se dará de forma tradicional e o regime de solidariedade desaparecerá. Isto poderá ocorrer na compra de matéria-prima de fornecedores tradicionais ou quando o produto for adquirido pelo consumidor final, pois, não é de se esperar que ninguém compre um produto por solidariedade se este não atender a necessidade do consumidor final. Por fim, a cadeia de suprimentos solidária tem objetivos simultâneos, como o atendimento das necessidades do consumidor (para se manter competitivo) e viabilizar as iniciativas coletivas e geração do trabalho e renda (pressupostos da economia solidária). 2.3 O PRODUTO LOGÍSTICO O Produto Logístico, segundo Ballou (2006), é o conjunto de características físicas e de mercado inerentes ao objeto de fluxo entre as empresas que compõe a Cadeia de Suprimentos. O sentido atribuído ao Produto Logístico é mais amplo que o percebido fisicamente no próprio produto em si, é tudo aquilo que a empresa oferece ao cliente juntamente com o produto em si, incluindo elementos intangíveis como conveniência, distinção e qualidade, além de prazos e condições de entrega. No segundo parágrafo do capítulo destinado exclusivamente para tratar do assunto Ballou (2006) afirma: O produto é o centro do foco no projeto do sistema logístico porque ele é objeto de fluxo no canal logístico e, em sua forma, econômica, gera a receita da empresa. Um entendimento claro desse elemento básico é essencial para a formulação de bons projetos de sistemas logísticos. Essa é a razão para que se explorem as dimensões básicas dos produtos representado pelas suas características, embalagem e preço como um elemento do serviço ao cliente no desenho dos sistemas logísticos. O produto logístico deve ser entendido em seu sentido mais amplo, incluindo desde aspectos físicos inerentes a sua própria natureza e também dotados de elementos intangíveis relacionados a questões mercadológicas. Faz-se uma distinção nas características que o produto assume, dividindo em características físicas e de mercado. As características físicas do Produto Logístico dizem respeito à densidade do produto; ao fato de ser sólido líquido ou granel; a sua condição de perecibilidade, inflamabilidade ou toxidade e ao quociente valor-peso. Tais características físicas impõem restrições quanto à embalagem, sistema de armazenamento e transporte. Freires et al. (2012) apresenta uma interessante compilação de características físicas do produto logístico que impactam diretamente a logística reversa. Estas características são: peso, volume, forma, embalagem, fragilidade, durabilidade e aspectos ambientais, que segundo o autor, está relacionado a característica de risco de contaminação. Características de mercado estão relacionadas ao preço, a senso de urgência, ao nível de serviço exigido e a satisfação de quem o compra. Segundo Ballou (2006), o produto logístico pode é classificado em produto de consumo, quando destinado ao cliente final, ou produto industrial, quando destinado as indústrias que o usará na produção de outro produto. Os produtos de consumo são divididos em três grupos: produtos de conveniência, produtos de comparação e produtos de especialidade. Cada categoria desta classificação do produto logístico impõe condições na elaboração da estratégia logística.

6 Produtos de conveniência são assim chamados por serem produtos de desejo momentâneo, repentino, ou de necessidade circunstancial e que se deseja consumi-lo o quanto antes. Tais produtos exigem elevados níveis de serviço e ampla distribuição, pois, se o consumidor não o encontrar no momento que deseja, compra em outro lugar ou compra a marca similar. Já produtos de comparação não requerem a mesma estratégia de distribuição, pois os consumidores estão dispostos a pesquisar antes de decidir pela compra, tornando preço e condições de pagamento mais importante que a disponibilidade do produto na prateleira. Outra característica que o produto logístico assume e que afeta a estratégia logística é o estágio em seu ciclo de vida. Produto em estágio de lançamento requer estratégia de distribuição distinta de produtos que estão no estágio da maturidade ou no estágio de declínio. A proporção ABC é outra característica que sugere estratégias distintas para os produtos classificados como A, B ou C. Em geral, níveis de serviço, estoques de segurança, disposição na prateleira são questões definidas em função da classificação ABC do produto. 3 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa aplicada cujo procedimento principal adotado foi a pesquisa documental nos registros existentes nas Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis atendidas pelo CRCA (Centro de Referência e Cooperativismo e Associativismo) na cidade de Campinas SP. Com base nos estudos da bibliografia selecionada foi possível definir e conceituar o produto logístico e identificar suas principais características físicas e de mercado que são relevantes para a análise do fluxo do logístico desta cadeia de suprimentos. Selecionada as características de interesse a ser pesquisada, a metodologia de pesquisa focou a pesquisa documental nos registros de recebimento de material, nos registros de processamento das mesas de separação e no catálogo de produto das cooperativas. Dados desde o ano de 2007 até junho de 2012 foram analisados. A observação direta do trabalho e entrevistas semi-estruturadas com os cooperados complementou o levantamento dos dados necessários a caracterização do produto logístico e da cadeia de suprimentos da coleta e seleção de recicláveis, que está apresentado a seguir. 4 A CADEIA DE SUPRIMENTOS DA COLETA E SELEÇÃO DE RECICLÁVEIS A Reciclamp é a empresa focal desta rede de cooperativas populares de reciclagem e, portanto, empresta seu nome para designar a rede com um todo. Além da Reciclamp e das cooperativas populares de reciclagem, também fazem parte da rede as fontes de suprimentos (que congregam vários pontos de geração de resíduos sólidos recicláveis), os recicladores e aparistas, o CRCA (Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo), o DLU (Departamento de Limpeza Urbana) e ainda outros agentes que contribuíram para a viabilizar este modelo de negócio. De forma esquemática, a rede solidária da Reciclamp pode ser vista na figura 2. Cada elo desta rede é detalhado na seção seguinte, a começar pelo CRCA, uma organização civil sem fins lucrativos e de interesse público responsável pela incubação das cooperativas populares e pela criação da Reciclamp.

7 Figura 2 - Vista esquemática da rede Reciclamp (elaborada pelo autor) Atualmente, esta rede de cooperativas apresenta números exuberantes para cooperativas populares trabalhando na perspectiva da economia solidária. Em 2011 processou mais de 4 milhões de quilos de material reciclável, gerando mais de 260 mil horas de trabalho para aproximadamente 150 cooperados, faturando cerca de 1,7 milhões de reais ao ano o que equivale a uma renda média mensal de R$ 741,00 por cooperado no ano de Porém, a cooperativa de maior produtividade da rede obteve no melhor mês de 2011 uma renda mensal de R$ 1.526,98 (dezembro de 2011) e, ao longo de todo o ano de 2011, a renda média mensal desta cooperativa foi de R$ 1.360,20, revelando-se um modelo eficiente e economicamente viável para enfrentar o atual desafio da destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos nas metrópoles. Os elos desta rede solidária denominada por Reciclamp estão apresentados a seguir. 4.1 O CRCA CENTRO DE REFERÊNCIA EM COOPERATIVISMO E ASSOCIATIVO O CRCA é o elo da rede responsável por incubar as cooperativas com método de trabalho e foi a idealizadora da criação da Reciclamp como uma rede solidária de cooperativas populares. O CRCA foi fundado em 2002 e surgiu em decorrência do programa Luxo do Lixo desenvolvido pela Cáritas Arquidiocesana de Campinas que incentivava a criação de cooperativas de coleta e manuseio de materiais recicláveis. No entanto, a baixa escolaridade e qualificação profissional dos cooperados impuseram enormes dificuldades em gerenciar seu empreendimento econômico. O CRCA surgiu como resposta a estas dificuldades com a incubação destas cooperativas populares. Os primeiros seis anos de existência do CRCA foram marcados por esforços no sentido de assegurar as cooperativas populares condições dignas e mínimas para o trabalho. A posse ou o comodato dos terrenos aonde funcionam as cooperativas populares. A elaboração de estatutos, conselhos gestores e demais obrigações para formalizar a situação como sociedade cooperativa devidamente registrada e autorizada a funcionar. A existência de registros para controlar o volume de entrada e saída de material e das horas trabalhadas por cada cooperado de modo a efetuar o rateio das divisas obtidas. O recolhimento de impostos, em especial a previdência social. A melhoria da infra-estrutura, retirando-os de lixões e barracas para galpões de alvenaria com refeitório, sanitários, escritório, prensas e mesas de separação. A formação de parcerias com empresas públicas e privadas, com o departamento de limpeza urbana e outras organizações de modo a garantir volume e regularidade no recebimento de materiais, eliminando a figura do catador de lixo das ruas (GEORGES et al., 2009b). Através da incubação, o CRCA proveu as cooperativas um método de trabalho que atende a legislação e fornecer controle de entrada e saída de material, de horas trabalhadas e de fluxo de caixa das cooperativas. Tais condições de trabalho e de gestão impulsionaram as cooperativas para pequenas indústrias e resultaram em aumento da capacidade de produção e geração de trabalho e renda para garantir a subsistência das cooperativas. Porém, foi com a criação da Reciclamp que o

8 CRCA conseguiu dar um incremento na renda dos cooperados e levar ao nível de uma rede esta organização singular para a reciclagem dos materiais e inclusão social dos cooperados. 4.2 AS FONTES DE SUPRIMENTO Os recicláveis são gerados por inúmeras residências, indústrias, empresas publicas e privadas, instituições, condomínios, eco pontos e muitas fontes que revelam tamanha multiplicidade e diversidade de locais que ultrapassa cada endereço de uma metrópole. Assim, Georges (2011b) classificou as fontes de suprimento em três grupos conforme a origem: A Coleta Prefeitura feito pela empresa contratada pelo DLU no âmbito da coleta seletiva municipal. A Coleta Própria congrega grande variedade de pontos de geração de recicláveis, como: indústrias, condomínios, shoppings, bancos, universidades, empresas públicas entre outros. A Coleta Reciclamp é feita pelos caminhões da Reciclamp, que coletam material em quatro locais: REPLAN, Correios, um shopping e um condomínio de empresas. 4.3 AS COOPERATIVAS POPULARES A rede Reciclamp possui 9 cooperativas atuando na rede, mas apenas 6 foram incubadas pelo CRCA. As cooperativas da rede processam o material reciclado de forma a produzir fardos etiquetados com padrão de qualidade para mais 30 tipos específicos de materiais que compõe o catálogo de produtos da Reciclamp. Só de papel são 5 tipos, 24 tipos de plástico, diversos metais, sucatas, vidros e o dejeto que compreende matéria orgânica e itens não recicláveis. Os fardos devem ser etiquetados, padronizados em termos de dimensão e peso, além de cumprirem exigências mínimas de qualidade quanto à sujeira, contaminação e presença de substâncias proibitivas, sob pena de devolução da carga, desconto no preço ou abatimento no peso. Para garantir o cumprimento destes padrões de qualidade, as cooperativas possuem um sistema de produção similar entre si, com etapas de recebimento, pré-triagem, triagem, enfardamento e expedição. Este sistema de produção foi desenvolvido pelo CRCA no processo de incubação das cooperativas populares e impulsionou as cooperativas a atingir alto volume de processamento capaz de prover uma renda média mínima que garantisse a sobrevivência das cooperativas. No entanto, no princípio as cooperativas populares processavam e vendiam seus produtos separadamente, freqüentemente a pequenos recicladores, aparistas e sucateiros. Estas práticas colocavam as cooperativas em situação de risco, como inadimplência, sujeitas a preços de compra muito abaixo do mercado, da insegurança de não haver demanda e de até o envolvimento involuntário com falsificadores de bebidas e cosméticos que procuraram as cooperativas em busca de embalagens para falsificação. Pois os grandes recicladores eram inacessíveis devido ao baixo volume, a baixa freqüência de entrega e a qualidade duvidosa dos materiais separados. 4.4 A RECICLAMP A Reciclamp foi a solução encontrada para superar o problema de volumes mínimos e consistência na freqüência de entrega exigidos por grande recicladores que oferecem melhor preço de compra, inadimplência zero, compras mais freqüentes e programadas, mas também exigem padrão de qualidade superior ao que as cooperativas estavam acostumadas a produzir. A Reciclamp é uma cooperativa formada por 6 cooperativas populares que a constituíram em 2006 para consolidar virtualmente o estoque das cooperativas e fazer a venda conjunta, programando as entregas e definindo prioridades na produção dos materiais. Fisicamente a reciclamp se reduz a uma mesa, computador, telefone, um caminhão e motorista e uma vendedora, ambos contratados em regime de CLT para dirigir o caminhão e efetuar as vendas. O incremento na renda dos cooperados foi imediato, mas a criação da Reciclamp impôs novos desafios gerenciais, como a coordenação da produção em diversas cooperativas numa perspectiva

9 de rede e de manufatura distribuída, a gestão logística integrada e a garantir de padrões de qualidade superior em todas as cooperativas. 4.5 OS RECICLADORES E APARISTAS Os recicladores são grandes indústrias que compram os materiais separados e prensados e os utilizam como matérias-primas, reintroduzindo-os novamente no mercado. São seis os principais clientes da Reciclamp, que compram entre 10 a 50 toneladas de material ao mês, exigindo entregas semanais ou quinzenais de materiais para atender sua demanda. Também são exigentes em termos do padrão e da qualidade dos fardos, definindo critérios de inspeção e de qualidade com base em umidade, sujeira, contaminantes e materiais proibitivos, exigindo rastreabilidade e fazendo ensaios de controle de qualidade no recebimento. Já os aparistas ou sucateiros são compradores que ainda repassarão os produtos a recicladores, mas devido aos baixos volumes de materiais reciclados que a rede produz, não é capaz de vendê-los diretamente aos recicladores. Sucata de eletrônicos, plásticos especiais, metais diversos são exemplos de produtos que são vendidos aos sucateiros e não diretamente a recicladores. 4.6 DEPARTAMENTO LIMPEZA URBANA O DLU é o elo de rede que tem a função de promover o programa da coleta seletiva no município de Campinas. Inclui-se neste programa o cadastro das cooperativas populares e sua verificação quanto ao cumprimento de obrigações legais e capacidade técnica e a garantia da destinação do material coletado para estas cooperativas cadastradas no programa junto a empresa contratada para realizar o serviço de coleta seletiva. O DLU tem papel fundamental na programação das entregas dos materiais reciclados provenientes da coleta seletiva, verificando os níveis de estoque das cooperativas e direcionando as entregas de modo a evitar a interrupção dos trabalhos nas cooperativas devido à falta de material. 4.7 OUTROS AGENTES São vários os outros agentes que contribuíram para a viabilidade deste modelo de negócio em rede. Entidades públicas (Ministério Público, Secretaria de Promoção Social, Prefeitura Municipal de Campinas e de Valinhos); empresas públicas (Sanasa, Correios, Ceasa Campinas); empresas privadas (Petrobrás, Rigesa, CPFL, Tetra Pak e várias outras); instituições eclesiásticas (Cáritas Arquidiocesana de Campinas, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Missionários de Jesus); universidades (PUC-Campinas) e sociedade civil organizada (condomínio San Conrado e diversas associação de amigos e morados de bairros) e fazem parte deste grupo. Estes agentes contribuíram em diferentes níveis e dimensões, desde aporte financeiro expressivos para reforma da infra-estrutura e compra de equipamentos, na concessão de espaço físico e apoio institucional e até no compromisso da destinação de seus materiais recicláveis às cooperativas são formas de contribuição que podem ser citadas. 5 O PRODUTO LOGÍSTICO O produto logístico da cadeia de suprimentos da coleta e seleção de recicláveis é constituído por todos os materiais recebidos e coletados pelas cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis que são triados, separados, prensados e vendidos aos recicladores. Tipicamente, o produto a ser reciclado é classificado em quatro famílias distintas: papel, plástico, vidro e metal. Porém, existem vários subtipos de cada família, cada qual com diferentes características e valores de revenda, o que se torna fundamental distinguir os produtos com o maior detalhamento possível. A análise do produto logístico é feita sob diferentes aspectos, são eles: Quanto à natureza do produto; Quanto à posição na cadeia de suprimentos;

10 Quanto às características físicas, e Quanto às características de mercado. 5.1 QUANTO A NATUREZA DO PRODUTO LOGÍSTICO O produto logístico que flui ao longo desta cadeia de suprimentos é, notadamente, um produto de natureza industrial, mesmo que originado, em sua maioria, do descarte das embalagens primárias e secundárias de produtos de conveniência e de comparação. O que determina a natureza do produto é o cliente final da cadeia de suprimentos, que, neste caso, são indústrias recicladoras, conferindo ao produto logístico sua natureza industrial. A partir deste ponto de vista, as cooperativas populares e a reciclamp devem se preocupar mais em oferecer produtos com maior consistência de entrega, tanto em volume como em periodicidade, e também buscar o aprimoramento da qualidade do produto e uma relação de confiança e duradoura, pois estes são aspectos de interesse típicos de clientes industriais. 5.2 QUANTO A POSIÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS A posição do produto ao longo da cadeia de suprimentos também confere diferentes características de interesse. No sentido jusante são observados distintos estágios: material bruto estocado na fonte, material bruto estocado nas cooperativas, material separado e não prensado, material prensado e enfardado estocado nas cooperativas e a entrega a partir da consolidação de diferentes cooperativas a caminho do cliente final. A figura 3 a seguir ilustra as diferentes posições que o produto assume ao longo de seu percurso. Figura 3 - Posição do produto na cadeia de suprimentos Para cada estágio que o produto passa, diferentes características são de interesse das cooperativas e do CRCA para realizar um planejamento mais elaborado do fluxo logístico PRODUTO ESTOCADO NA FONTE O produto estocado na fonte de suprimentos chega às cooperativas através de três formas distintas: coleta prefeitura, coleta própria e coleta reciclamp. A Coleta Prefeitura feito pela empresa contratada pelo DLU no âmbito da coleta seletiva municipal. Representa 59,87% do material recebido pelas cooperativas da rede em 2011, em valores absolutos são kg. A Coleta Própria congrega grande variedade de pontos de geração de recicláveis, como: indústrias, condomínios, shoppings, bancos, universidades, empresas públicas entre outros. A coleta própria é realizada pelos caminhões de propriedade das cooperativas, já que 3 delas possuem caminhão. O percentual de coleta própria foi de 35,99% ( quilos) de todo o material reciclado recebido por todas as cooperativas da rede no ano de A Coleta Reciclamp é feita pelos caminhões da Reciclamp, que coletam material em quatro locais: REPLAN, Correios, um shopping e um condomínio de empresas e representa 4,14% de todo material reciclado, ou quilos, em Na coleta própria, quando produto ainda está na fonte de suprimento são características de interesse as informações relacionadas com a localização geográfica da fonte, o volume de material coletado, a freqüência de coleta e a composição do material fornecido. Tais informações são de

11 fundamental importância para o planejamento de rotas de coleta mais eficazes e para a previsão de material para compor o planejamento da produção. Quando o produto se origina da coleta seletiva realizada pela prefeitura, basta conhecer a freqüência com que os caminhões realizam a entrega, não havendo a necessidade de se planejar a operação da coleta. No entanto, há um trade-off muito sutil para se determinar a proporção ideal dos materiais advindos da coleta própria e da coleta realizada pela prefeitura. A coleta realizada pela prefeitura chega as cooperativas a custo zero, enquanto que a coleta realizada pelas próprias cooperativas custam até 40% do valor do material transportado. Porém, a coleta realizada pela prefeitura é incerta e existe a possibilidade das empresas contratadas para realizar a coleta se interessarem pelo negócio e deixar de repassar os materiais as cooperativas, ao passo que, a coleta própria tem sido vista como uma forma de independência das cooperativas PRODUTO ESTOCADO NA COOPERATIVAS O produto logístico é estocado na cooperativa em três estágios: material bruto, estoque em processo e produto final. Cada qual é apresentado a seguir. a) Material bruto O material bruto é estocado nas cooperativas sem nenhum tipo de estrutura, anteparo ou sistema de acondicionamento. O material bruto é simplesmente descarregado no chão em uma área delimitada. É um estágio cujo principal interesse está no índice de dejetos e na aparição de elementos contaminantes, logo, a manutenção da rastreabilidade da origem do material é desejada, mas muito difícil de ser conquistada. O material bruto é submetido a um processo de pré-triagem do qual se retira o papelão misto, vidros, sucatas grandes e o dejeto. O resto é embalado em bags que irão alimentar as mesas de separação. b) Material separado e não prensado Depois de pré-triado e separado, o material bruto gera mais de 30 diferentes produtos que serão vendidos aos recicladores e aparistas. Ao longo do processo de triagem, diferentes produtos exigirão diferentes formas de armazenamento. Vidro, papelão misto e o dejeto são separados e armazenados em caçambas. Já os demais produtos são separados e acondicionados em bags a espera da prensagem. Este material separado que fica estocado a espera de ser prensado e enfardado é o típico estoque em processo dentro das cooperativas. Para este produto as características de interesse são as condições de risco ao ambiente, como exposição a luz e a umidade e que irão determinar o local de armazenamento. A identificação clara deste material é uma característica de interesse neste estágio do fluxo de produção nas cooperativas. c) Material prensado e enfardado O material prensado e enfardado é o produto final das cooperativas e as características que condicionam sua armazenagem são relevantes para o planejamento logístico, bem como a proporção deste material na carteira de produtos das cooperativas. Porém nem todos os produtos finais são prensados. Além dos vidros, papelão misto e dejeto que são acondicionados em caçambas, há outros materiais que não são prensados: metais de sucata em geral e metais de embalagens aerossol, plásticos duros como: PVC, tampas de refrigerante e sucatas de eletrônicos são produtos finais armazenados em bags e não são prensados. É interessante citar a característica de risco associado ao alumínio proveniente das latinhas de refrigerantes e bebidas em geral, pois se trata de um produto valioso e as cooperativas enfrentam

12 muitos problemas de furto deste material depois de separado e enfardado, exigindo armazenamento em local fechado e com acesso restrito, sob pena de serem furtados. O material prensado constitui o tipo de produto que exige maior espaço físico nas cooperativas, mesmo sendo empilhados com até 5 fardos de altura. O acúmulo de material enfardado nas cooperativas se dá pela necessidade de consolidar volumes mínimos para se tornar viável o pagamento do frete para se fazer uma entrega. Alguns produtos, devido ao baixo volume de entrada, chegam a ficar quase um ano a espera da consolidação da carga para um frete. Já outros produtos têm saídas semanais ou quinzenais, como embalagens longa-vida, PET s, papeis e papelão ENTREGA DOS PRODUTOS AO CLIENTE A principal característica do produto logístico nesta etapa é a freqüência de entrega e a localização geográfica do cliente. Alguns produtos têm saídas semanais, como o dejeto e a caçamba de papelão. Outros produtos saem quinzenalmente, como PET s e papeis. A caçamba do vidro é retirada mensalmente e os demais produtos têm saídas com freqüência mensal ou menor, exigindo muito espaço físico nas cooperativas para armazená-los. A localização geográfica dos clientes são diversas, mas todos, sem exceção ficam a menos de 100km da cidade de Campinas, já que transportar o produto por longas distâncias o tornam inviável economicamente para os recicladores. 5.3 QUANTO AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS As características físicas do produto estão diretamente relacionadas ao seu estado físico, forma de apresentação, peso, volume e alguma característica de risco, podendo ser: toxidade, perecibilidade, inflamabilidade ou que necessita refrigeração. No caso da cadeia de suprimentos em estudo o produto sempre se apresentada no estado sólido, fragmentado e muito heterogêneo quando se observa o material bruto. Neste estágio, o produto logístico não requer armazenamento específico, sendo, em geral, armazenado somente sob a proteção da chuva. Porém, neste estágio da cadeia de suprimentos a característica de risco relacionada a riscos biológicos e elementos contaminantes adquire preocupação maior. O risco biológico se manifesta, essencialmente, devido a matéria orgânica presente no material bruto recebido. O excesso de material orgânico representa risco à saúde e contribui para uma situação insalubre de trabalho. Atrai muitos animais e insetos. Cachorros e gatos estão sempre presentes e não é raro a presença de galinhas nas áreas destinadas ao recebimento de material bruto e no entorno das cooperativas. Desratização e desinsetização não são praticadas e contribuem para um ambiente que põe risco à saúde dos cooperados. Risco da presença de contaminantes também existe. Pilhas, baterias, lubrificantes, fertilizantes, medicamentos, substancias químicas e desconhecidas estão presentes na matéria bruta e são indesejáveis e são considerados dejetos juntamente com os materiais orgânicos, sucatas de madeira e tudo mais que não é reciclável ou que não tenha valor econômico para justiçar a triagem e separação. Em relação a composição do matéria bruto que chega às cooperativas, é possível se saber a quantidade mensal, em quilos, de material recebido estratificado nos seguintes materiais: papel, vidro, metal e plástico. Estes dados são coletados pelo processo incubação do CRCA desde 2007 e estão detalhadas no gráfico exibido na figura 4 a seguir. Observe como a quantidade total de material recebido é altamente correlacionada com a quantidade de papel recebido. Também foi feita uma análise estatística simples na quantidade de material recebido ao mês e se pode constatar que a distribuição da quantidade de material recebido pode ser representado por uma distribuição normal com média de 314 mil quilos de material recebido ao mês e desvio padrão de kg ao mês. O mês de menor recebimento registrou 224 mil kg e o mês de maior recebimento registrou 402 mil kg, com mediana de 316 mil kg de material

13 recebido ao mês por esta cadeia de suprimentos formada pelas cooperativas de reciclagem. Para maiores detalhes desta análise estatística das quantidades recebidas ao mês veja a figura 5 a seguir. Também é de interesse entender a proporção de papel, vidro, metal e plástico que compõe o material bruto recebido por esta cadeia de suprimentos. A figura 6 a seguir ilustra a proporção na composição do material recebido estratificado por ano, desde 2007 até junho de 2012, calculadas a em função de seu peso. Vejam que as proporções variam muito pouco ao longo dos anos, podendo ser consideradas estáveis ao longo destes anos de recebimento. Volume Material Processado (Kg/mês) TOTAL Papel Plástico Vidro Metal Outros jan/07 mar/07 Mean mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 Figura 4 - Quantidade de material que chega as cooperativas Summary for TOTAL % Confidence Intervals jan/12 mar/12 mai/12 A nderson-darling Normality Test A -Squared 0,31 P-V alue 0,549 Mean StDev V ariance Skewness -0, Kurtosis -0, N 66 Minimum st Q uartile Median rd Q uartile Maximum % Confidence Interval for Mean % C onfidence Interv al for Median % C onfidence Interv al for StDev Median Figura 5 - Análise estatística das quantidades recebidas ao mês

14 Proporção dos materiais ao ano 100% 0,06 0,07 0,06 0,05 0,05 0,06 0,10 0,10 0,10 0,10 0,12 0,12 80% 0,19 0,18 0,17 0,17 0,17 0,15 60% 40% Outros Metal Vidro Plástico Papel 0,64 0,64 0,67 0,66 0,65 0,66 20% 0% Figura 6 - Composição do material recebido pelas cooperativas 5.4 QUANTO AS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO A principal característica de mercado é o valor do produto. O material reciclável é considerado uma commodity e seu preço acompanha as variações internacionais do preço do papel, metal e pouco as cooperativas podem fazer para influenciar. A figura 7 apresenta um gráfico com a variação do preço por tonelada dos quatro tipos básicos de materiais comercializados pelas cooperativas. Observem como o plástico é o produto mais valioso comercializado pelas cooperativas, havendo alguns poucos momentos que o preço da tonelada o metal se aproxima muito e até ultrapassa, mas, em geral, o preço da tonelada do plástico é sempre maior. O metal é o segundo produto mais valioso, seguido pelo e pelo vidro Preço por Tonelada Papel Plástico Vidro Metal jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 Figura 7 - Variação do preço médio dos materiais É possível ver como a crise econômica internacional de 2008 impactou negativamente o preço dos produtos. O preço do papel foi quem primeiro manifestou queda de valor, seguida pelo metal e pelo plástico, que estava em crescimento e teve queda abrupta de preço no final de Também é muito interessante notar como o preço do metal é extremamente volátil e altamente variável ao longo da série histórica. Tal característica, já levou as cooperativas a fazer estoque especulativo de produtos a espera de uma valorização no preço para realizar a venda. A figura 8 a seguir apresenta um gráfico com a proporção dos materiais na receita das cooperativas. Observa-se que, embora o plástico seja o produto mais valorizado, ele alterna com o papel a posição de principal produto das cooperativas. O fato de o papel dividir com o plástico a

15 posição de principal produto gerador de receita, mesmo sabendo que o papel valha muito menos que o plástico, é explicado pela proporção destes produtos (em peso) que são processados e vendidos pelas cooperativas, pois o papel representa mais de 60% do volume de material recebido. 0,7 Participação na Receita Papel Plástico Vidro Metal Outros 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 Figura 8 - Participação dos produtos na receita abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 Já a figura 9 a seguir mostra a proporção estratificada por ano da contribuição de cada produto para a geração da receita das cooperativas. 100% 80% Proporção na Receita Anual 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,10 0,08 0,07 0,07 0,08 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,05 0,07 0,03 60% 40% 0,37 0,43 0,45 0,37 0,39 0,39 Outros Metal Vidro Plástico Papel 20% 0,48 0,44 0,41 0,50 0,46 0,44 0% Figura 9 - Proporção de cada produto na geração de receita estratificada por ano 6 CONCLUSÕES Estudar a natureza do produto logístico de uma rede de cooperativas populares que se configuram numa cadeia de suprimentos foi uma primeira ação para se entender melhor as necessidades de natureza logística para se viabilizar economicamente este tipo de empreendimento econômico solidário que presta importante papel na destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos nas grandes cidades e metrópoles, que, sabidamente, é crônico e conclama toda a sociedade a resolvê-lo. Muitos são os desafios e as dificuldades encontradas para se planejar e executar uma logística e produção eficientes e considerações que contribuam para a melhoria da eficiência do processo podem ser feitas. A começar pela uso do caminhão compactador que impossibilita a triagem, a necessidade de separar melhor o material orgânico do reciclável e pela conscientização do descarte seguro de itens contaminantes.

16 De forma mais sutil é possível reconhecer que o estudo da demanda e da variação do preço do material podem contribuir para um aprimoramento da gestão logística das cooperativas, desde determinação de estoques de segurança, cíclico e até especulador de forma mais precisa, além de melhorar substancialmente a movimentação e manuseio dos materiais através de sistemas de unitização de carga e sistemas de estocagem, pois o volume de material acabado é grande eprecisa ser mais bem gerenciado. Dados consolidados de volume do estoque acabado e volume de estoque intermediária seriam valiosos para a coordenação desta cadeia de suprimentos, haja vista que um planejamento logístico colaborativo e definição de prioridades de produção na rede poderiam consolidar cargas de produtos em específico com maior freqüência, atendendo melhor as necessidades dos grandes recicladores e reduzindo o volume de estoque acabado nas cooperativas. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA BALLOU, RONALD H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 5ªed., Porto Alegre: Bookman, CHAVES, Gisele de Lorena Diniz; BATALHA, Mário Otávio. Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicláveis? Um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercados. Gest. Prod., São Carlos, v. 13, n. 3, Dec Disponível em: < Acesso em: 17/02/2009. CSCMP - COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS (CSCMP). Supply chain and logistics terms and glossary, Disponível em: < Acesso em: janeiro de FREIRES, F. G. M. ; MARINHO, S. V. ; RODRIGUES, A. M.. Physical product properties and their relationship to reverse logistics systems efficiency and effectiveness: the case of scraptires. In: 4th World Conference P&OM, 2012, Amsterdam. 4th World Conference P&OM. Amsterdam: EUROMA European Operations Management Association, GEORGES, M.R.R; LHAMA, P.G.; AMORIM, R.M. De Catadores de Lixo a uma Cadeia de Suprimentos Reversa: o caso das cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis do CRCA, pp In. ZANIN, M. e GUTIERREZ R.F. (org) Economia Solidária: tecnologias em reciclagem de resíduos para a geração de trabalho e renda. Ed. Claraluz, São Carlos, 2009 (a). GEORGES, M.R.R; LHAMA, P.G.; AMORIM, R.M. A coleta e seleção de recicláveis como uma cadeia de suprimentos reversa: o caso do CRCA. VI ENEDS Encontro Nacional de Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável. Campinas, 17 e 18 de setembro de 2009 (b). GEORGES, M.R.R. Um Novo Tipo de Cadeia de Suprimentos: A Cadeia de Suprimento Solidária. Anais do SIMPOI2011 Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Intencionais. São Paulo, 24, 25 e 26 de Agosto de 2011 (a). GEORGES, M.R.R. - Rotas Solidárias: um estudo das rotas de coleta de materiais recicláveis numa cooperartiva popular de coleta e seleção de recicláveis. SIMPOI Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações internacionais. São Paulo, agosto de 2011 (b). GONCALVES-DIAS, Sylmara Lopes Francelino; TEODOSIO, Armindo dos Santos de Sousa. Estrutura da cadeia reversa: "caminhos" e "descaminhos" da embalagem PET. Prod., São Paulo, v. 16, n. 3, Dec Disponível em: < Acesso em: 17/02/2009. GUIDE Jr., V.D.R; HARRISON, T.P. and L.N. VAN WASSENHOVE. The Challenger of Closed- Loop Supply Chains. Interfaces, p , vol.33, n. 06, nov-dez, MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) O que é Economia Solidária?, Disponível em < acessado em 07 de fevereiro de MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) Atlas da Economia Solidária no Brasil. Disponível em < Acessado em 07 de fevereiro de SENAES/MTE, NETO, P. M. S. & VALERY, F. D. O Fator Humano na Economia Solidária: Avaliando o Doce Remédio do Relacionamento Colaborativo de uma Matriz de Cooperação. Anais do SIMPOI Simpósio de Administração de Produção, Logística e Operações Internacionais, São Paulo, REVLOG. The European working group on reverse logistics. Disponível em: < Acesso em: janeiro de 2009.

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