DINÂMICA FLUVIAL DO RIO PARAGUAI ENTRE A FOZ DO SEPOTUBA E A FOZ DO CABAÇAL LAURA APARECIDA DE ARRUDA JUSTINIANO

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1 DINÂMICA FLUVIAL DO RIO PARAGUAI ENTRE A FOZ DO SEPOTUBA E A FOZ DO CABAÇAL LAURA APARECIDA DE ARRUDA JUSTINIANO Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais para obtenção do título de Mestre. CÁCERES MATO GROSSO, BRASIL 2010

2 LAURA APARECIDA DE ARRUDA JUSTINIANO DINÂMICA FLUVIAL DO RIO PARAGUAI ENTRE A FOZ DO SEPOTUBA E A FOZ DO CABAÇAL Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dra. Célia Alves de Souza CÁCERES MATO GROSSO, BRASIL 2010

3 LAURA APARECIDA DE ARRUDA JUSTINIANO DINÂMICA FLUVIAL DO RIO PARAGUAI ENTRE A FOZ DO SEPOTUBA E A FOZ DO CABAÇAL Essa dissertação foi julgada e aprovada como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais. Cáceres, 16 de março de Banca Examinadora Prof. Dra. Ivaniza de Lourdes Lazzarolto Cabral Universidade Federal de Mato Grosso UFMT Prof. Dra. Maria Aparecida Pereira Pierangeli Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT Prof. Dra. Célia Alves de Souza Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT (Orientadora) CÁCERES MATO GROSSO, BRASIL 2010

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, irmã, sobrinhos e a todos que me apoiaram nessa jornada

5 AGRADECIMENTOS A conquista deste trabalho foi possível graças à colaboração direta e indireta de muitas pessoas, de forma especial manifesto minha gratidão: A minha orientadora Professora Doutora Célia Alves de Souza, pelo ensinamento transmitido, pela confiança depositada ao longo do trabalho e pelo incentivo ao longo do mestrado. Ao professor Juberto Babilônia Sousa pela colaboração nas discussões sobre solos. A Maria Aparecida Pereira Pierangeli e ao Luiz que contribuíram nas análises de sedimentos e no entendimento na técnica das análises. Ao Gustavo pela colaboração nas análises de sedimentos. Aos meus amigos Edênio e Anderson Peretto pela colaboração nos trabalhos a campo. A Dayane pelo fornecimento na estrutura logística no campo. Aos os professores do curso de pós-graduação que estavam a disposição nas horas dos questionamentos. Aos meus colegas de mestrado: Arlene, Ângela, Everaldo, Hébia, João, Lílian, Maiuá, Marcelo, Marcos, Mairo, Korotowi, Rosália, Ruth e Wilkinson que dividiram os momentos de alegria e angústia. A todas as pessoas que não acreditaram em mim, e me fizeram eu não desistir somente para provar que estavam errados. As minhas amigas Cláudia, Maria Rosa, Maria e Tânia por estarem do meu lado em todos os momentos. Aos meus primos Eudes e Luizinho que sempre me ajudaram no meu trabalho. Aos meus pais pela paciência nos momentos de desespero. A minhas irmãs Valdinéia e Emanuelle pelos incentivos. A CAPES pela concessão da bolsa de estudo que custeou parte do meu estudo.

6 ÍNDICE Lista de quadros Lista de figuras Resumo Geral Abstract Introdução Geral Referências Bibliográficas ARTIGO I Mudanças nas feições morfológicas do rio Paraguai: entre a foz do rio Sepotuba e a foz do rio Cabaçal Introdução Metodologia Resultados e Discussões Considerações Finais Referências Bibliográficas ARTIGO II Evolução das margens e transporte de sedimentos no rio Paraguai entre a foz do rio Sepotuba e a foz do rio Cabaçal Introdução Materiais e métodos Resultados e Discussões Considerações Finais Referências Bibliográficas Considerações Finais Gerais Glossário... 71

7 LISTA DE QUADROS ARTIGO I Quadro 01 Classificação do índice do desenvolvimento das margens Quadro 02 Área do antigo canal localizado na planície de inundação do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal em 1986 a Quadro 03 Áreas das vazantes localizadas na planície de inundação do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal em 1986 a Quadro 04 Categorias e áreas dos meandros localizados na planície de inundação do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal em 1986 a ARTIGO II Quadro 01 Pontos de coleta dos sedimentos de fundo e suspensão no rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Quadro 02 Características e dados de erosão nas margens do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal, por meio de pinos e estacas de erosão Quadro 03 Composição dos sedimentos em suspensão e fundo do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal... 61

8 LISTA DE FIGURAS ARTIGO I Figura 01 Localização da área de estudo rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 02 Margem do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal, utilizada para a criação de gado Figura 03 Mata ciliar preservada do rio Paraguai Figura 04 Mapa das feições deposicionais do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal do ano de Figura 05 Mapa das feições deposicionais do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal do ano de ARTIGO II Figura 01 Localização da área de estudo rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 02 Localização das seções monitoradas no rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 03 Pino inserido na margem do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal para monitoramento da erosão do barranco Figura 04 Estaca inserida na margem do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal para o monitoramento da erosão marginal Figura 05 Margem do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal, utilizada para a criação de gado Figura 06 Confluência dos rios Sepotuba e Paraguai Figura 07 Confluência dos rios Cabaçal e Paraguai Figura 08 Tipo de margem da seção I do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 09 Tipo de margem da seção II do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 10 Tipo de margem da seção III do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 11 Tipo de margem da seção IV do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal... 54

9 Figura 12 Tipo de margem da seção V do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 13 Tipo de margem da seção VI do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 14 Tipo de margem da seção VII do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 15 Tipo de margem da seção VIII do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal Figura 16 Tipo de margem da seção IX do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal... 60

10 RESUMO GERAL JUSTINIANO, Laura Aparecida Arruda de. Dinâmica fluvial do rio Paraguai entre a foz do Sepotuba e a foz do Cabaçal. Cáceres: UNEMAT, p. (Dissertação Mestrado em Ciências Ambientais) 1. As pesquisas relacionadas aos canais fluviais ganharam ênfase na atualidade, sobretudo os impactos causados pelas atividades antrópicas nos rios. Diante disso, esse trabalho analisou a dinâmica fluvial do rio Paraguai no trecho entre a foz do rio Sepotuba e a foz do rio Cabaçal. O trabalho foi dividido em dois artigos. O primeiro artigo discute sobre as mudanças morfológicas do canal e da planície de inundação. Para verificação das mudanças temporais nas feições deposicionais do rio Paraguai escolheu-se dois anos (1986 e 2008), sendo realizado o mapeamento com uso do programa Spring, a partir de imagens de satélites dos respectivos anos. As mudanças observadas no rio Paraguai estão condicionadas à migração do canal, que propiciou a existência dos meandros abandonados na margem esquerda. A baixa declividade dessa margem contribuiu para a deposição de sedimento por acreção que ocorre quando o leito transborda depositando o sedimento fino na planície de inundação que auxiliou na redução, no aumento, no desaparecimento ou na divisão dos meandros abandonados. O segundo artigo discute sobre a erosão marginal. Para o monitoramento da erosão, a área foi dividida em 9 seções, englobando o período de cheia e estiagem (9 meses). O monitoramento foi realizado utilizando-se os instrumentos de pinos e estacas, também foi necessária a coleta de sedimentos da margem, do fundo e de suspensão do canal. Os sedimentos coletados foram analisados por meio do método de pipetagem e peneiramento. Os dados demonstraram que a magnitude da erosão marginal foi de 0,66 a 3,55 cm/mês, considerada alta. A erosão marginal está relacionada à composição granulométrica, à altura da margem, à presença de mata ciliar, ao uso da margem, e principalmente, à velocidade e à força hidráulica. Palavras-chave: Rio Paraguai; mudanças morfológicas; dinâmica fluvial; erosão marginal; feições deposicionais. 1 Orientadora: Célia Alves de Souza. UNEMAT Campus Universitário Jane Vanini.

11 ABSTRACT JUSTINIANO, Laura Aparecida Arruda de. Fluvial dynamics of the river Paraguay, between the outfall of the river Sepotuba and the outfall of the river Cabaçal. Cáceres: UNEMAT, p. (Dissertação Mestrado em Ciências Ambientais) 1. The research related to fluvial channels have gained emphasis nowadays, specially the impacts of human activities on rivers. Upon this, this study analyzed the fluvial dynamics of river Paraguay, MT between the outfall of the river Sepotuba and the outfall of the river Cabaçal. The work was divided into two articles. The first article discusses the morphological changes of the channel. For verification of temporal changes depositional features in the Paraguay River, it was chosen two years (1986 and 2008), with the use of the Spring program for mapping and satellite images of the respective years. The observed changes in the Paraguay River are conditioned to the migration of the channel, which allowed the existence of the oxbow lakes on the left. Low slope of this margin contributed to the deposition of sediment by accretion that occurs when the bed overflows depositing the fine sediment in the floodplain that helped in the reduction, the increase in disappearance or the division of the oxbow lakes. The second article discusses the riverbank erosion. For monitoring of erosion, the area was divided into nine sections, covering the period of flood and drought (nine months). The monitoring was carried out using the pins and stakes instruments, it was also necessary to collect sediment from the shore, background and suspension of the channel. The collected sediments were analyzed by the method of pipetting and sieving. Data demonstrated that the magnitude of erosion was marginally from 0.66 to 3.55 cm/month, which was considered high. The riverbank erosion is related to the granulometric composition, to the height of the margin, to the presence of riparian vegetation, to the use of the margin, and especially related to the speed and to the hydraulic power. Keywords: Paraguay River; morphological changes: fluvial dynamics; riverbank erosion; depositional features. 1 Advisor: Célia Alves de Souza. UNEMAT Campus Universitário Jane Vanini.

12 11 INTRODUÇÃO GERAL A dinâmica fluvial é vista como sendo a remoção, transporte e deposição das partículas envolvidas em toda a rede de drenagem e incide diretamente sobre o equilíbrio do sistema fluvial. Quando acontecem distúrbios no sistema, o canal vai se ajustando e se reajustando até encontrar um novo equilíbrio (CHRISTOFOLETTI, 1977). Os estudos relacionados à dinâmica fluvial nas últimas décadas ganharam importância devido aos efeitos negativos representados pela perda de terrenos cultiváveis, pelo comprometimento ou destruição de estrutura de engenharia próxima ao leito do rio, pelo aumento de custo de projetos de irrigação que contribuí para o assoreamento do canal etc. e, principalmente, pelo comprometimento dos recursos hídricos (WALKER, 1999). Vários estudos foram realizados sobre as mudanças no sistema fluvial, dentre eles destacam-se o de Rozo, Nogueira e Carvalho (2005) e França (2005) que analisaram a evolução do sistema fluvial do Amazonas, de Bayer e Carvalho (2008) que interpretaram as morfologias da planície aluvial do rio Araguaia. No que se refere aos estudos sobre a erosão marginal, temos as pesquisas de Destefani e Souza (2002), Rocha (2002) e Borges (2004) realizadas no Alto Rio Paraná, de Casado et al. (2002) e Oliveira (2006) no baixo Rio São Francisco e de Castro (2005) e Bayer e Carvalho (2008) no Rio Araguaia e na bacia do Alto Paraguai, os relatórios do Departamento Nacional de Obras e Saneamento - DNOS (1978); Souza (2004) e Silva (2006). O rio Paraguai é o principal canal de escoamento do Pantanal. Sua nascente principal encontra-se nas bordas do Planalto dos Parecis, na cota altimétrica de 480 m, no município de Diamantino e percorre a depressão do rio Paraguai com altitudes que variam de 98 a 280 m. Os rios Cabaçal e Sepotuba deságuam na margem direita do rio Paraguai e são seus principais afluentes neste trecho (RADAMBRASIL, 1982). O objetivo desse trabalho foi analisar em escala temporal a dinâmica fluvial (erosão, transporte e deposição de sedimentos) do rio Paraguai entre a

13 12 foz do rio Sepotuba à foz do rio Cabaçal. O conhecimento da dinâmica é essencial para o planejamento, que contribuirá com a sugestão de medidas que atenue os impactos. A área de estudo corresponde um trecho da bacia hidrográfica do Paraguai, que compreende desde a foz do rio Cabaçal à foz do rio Sepotuba, com 13,78 Km de extensão e localiza-se entres as coordenadas geográficas 15º º59 59 latitude sul e 57º º42 30 longitude oeste. O trabalho foi dividido em dois artigos. O primeiro artigo identificou as mudanças espaço-temporal ocorridas no rio Paraguai durante o período de 1986 a O conhecimento sobre o comportamento da dinâmica fluvial em escala de tempo de 22 anos fornece informações sobre os processos de erosão, transporte e deposição de sedimentos. O segundo artigo consta de informações sobre a erosão marginal e o transporte de sedimentos de fundo e em suspensão. Os estudos dos processos de erosão marginal têm suma importância no entendimento da dinâmica dos canais fluviais, uma vez que registra custos ambientais, econômicos e sociais em virtude da alteração do ambiente expressas por meio das perdas de terrenos, do assoreamento, das enchentes etc.

14 13 REFÊRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAYER, M.; CARVALHO, T. M. Processos morfológicos e sedimentos no canal do Rio Araguaia. Revista de estudos ambientais, v.10, n. 2, p BORGES, C. Z.; Erosão marginal no Rio Paraná após a conclusão do reservatório da Uhe Sérgio Motta (Porto Primavera) a jusante da barragem. Dissertação de Mestrado em Geografia. Maringá PR, CASADO, A.P.B.; HOLANDA, F. S. R.; ARAÚJO FILHO. F. A. G.; YAGUIU, P.; Evolução do processo erosivo na margem direita do Rio São Francisco (perímetro irrigado Cotinguiba/Pindoba - SE). Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, p CASTRO, S. S.; Erosão hídrica na Alta Bacia do Rio Araguaia: distribuição, condicionantes, origem e dinâmica atual. Revista do Departamento de Geografia, v. 17, p CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo. Hucitec DESTEFANI, E. V.; SOUZA, E. E. de. Caracterização da erosão marginal no Rio Paraná na região de Porto Rico: período pré e pós barragem de Porto Primavera. XI Encontro Anual de Iniciação Científica. Universidade Estadual de Maringá. Maringá PR, DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS E SANEAMENTO - DNOS. Estudos hidrológicos da Bacia do Alto Paraguai. Rio de Janeiro: Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento, p. (Relatório Técnico). FRANÇA, A. M. S. Aplicação de sensoriamento remoto no estudo da influência da dinâmica sazonal do Rio Amazonas sobre a morfologia dos sistemas lacustres. Dissertação (Pós-Graduação em sensoriamento remoto). São José dos Campos: INPE, p. OLIVEIRA, V. S. de; Erosão marginal no baixo curso do rio São Francisco e seus efeitos nos agroecossistemas. Período: Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas). Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão, ROCHA, P. Dinâmica dos Canais no Sistema Rio-Planície Fluvial do Alto Rio Paraná, nas proximidades de Porto Rico-PR. Tese (Doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, p. RADAMBRASIL. Levantamentos dos Recursos Naturais Ministério das Minas e Energia. Secretária Geral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SD 21 Cuiabá, Rio de Janeiro p.

15 14 ROZO, J. M. G.; NOGUEIRA. A. C. R.; CARVALHO. A.S. Análise multitemporal do sistema fluvial do Amazonas entre a ilha do Careiro e a foz do rio Madeira. Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, abril 2005, INPE, p SILVA, A. J. Avaliação da erosão na margem direita do rio Paraguai a jusante da praia do Julião no município de Cáceres MT. Monografia em licenciatura em Geografia. Universidade do Estado de Mato Grosso MT SOUZA, C. A. Dinâmica do corredor fluvial do Rio Paraguai entre a cidade de Cáceres e a Estação Ecológica da Ilha de Taiamã-MT Tese (Doutorado em Geografia) Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, WALKER, J. The application of Geomorphology to the management of riverbank erosion. Journal of Chartered Institution of Water and Environmental Management. 1999, 13(4):

16 15 MUDANÇAS NAS FEIÇÕES MORFOLÓGICAS DO RIO PARAGUAI ENTRE A FOZ DO RIO SEPOTUBA E A FOZ RIO CABAÇAL (Preparado de acordo com a Revista Brasileira de Geociências) Laura Aparecida de Arruda Justiniano 1 & Célia Alves de Souza 2, (1) Mestre pelo Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT Av. São João Centro. CEP: Cáceres, MT - Brasil. Endereço eletrônico: la.justin@hotmail.com; (2) Professora Doutora e orientadora do Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Mato Grosso- UNEMAT. Av. São João s/nº Bairro Cavalhada CEP Cáceres/Mato Grosso. Endereço eletrônico: celiaalvesgeo@globo.com Resumo As mudanças espaço-temporal das feições morfológicas fluviais ocorrem principalmente devido à erosão e à deposição de sedimentos. O estudo objetivou identificar as mudanças espaço-temporal ocorridas nas feições morfológicas do rio Paraguai entre a foz do rio Sepotuba e a foz do rio Cabaçal. Para verificar as alterações nas feições, escolheu-se dois anos, 1986 e 2008, sendo realizado o mapeamento com o uso do programa Spring a partir de imagens de satélites. As principais mudanças ocorridas foram a redução ou desaparecimento dos meandros pelo processo de erosão e deposição. Em 1986, possuía 36 meandros, reduzindo para 28 meandros em 2008 e seis meandros se dividiram. O desaparecimento e a divisão dos meandros associam-se à deposição de sedimentos, que contribuiu para a formação de bancos de sedimentos e colmatação dos meandros. Registrou-se a diminuição da área ( m 2 ) dos meandros devido ao processo de deposição por acreção vertical. O aparecimento dos meandros está associado à retomada erosiva em trecho da planície. A rápida alteração nas feições morfológicas pode ser evitada se reduzido o aporte de sedimento no rio Paraguai. Para isso, é necessária a mudança de ocupação da bacia hidrográfica, principalmente das margens e a recuperação da mata ciliar. Palavras-chave: dinâmica fluvial; meandros; erosão; deposição. Abstract The space-time changes of the fluvial morphological features occur mainly due to erosion and deposition of sediments. This study aimed to identify the spacetime changes occurring in the features morphology of the Paraguay River - between the outfall of the river Sepotuba and the outfall of the river Cabaçal. To verify changes in the features, two years have been chosen, 1986 and 2008, and the mapping was done using the Spring program with the use of satellite images. The main changes were reduction or disappearance of meanders through the process of erosion and deposition. In 1986, he had 36 outs, reducing to 28 meanders in 2008 and six divided. The disappearance is

17 16 associated with deposition of sediments, which contributed to the clogging of the meanders. There was an appearance of two new intricacies and six divided themselves. The appearance and the division of outs are associated with the sediment load of the Paraguay River, transported in the rainy season, and deposited in the floodplain. It was recorded a decrease in the area (146,000 m 2 ) due to the intricacies deposition process by vertical accretion. The rapid change in morphological features can be avoided if reduced the siltation in the Paraguay River. For this, it needs a change of occupation of basin, especially the margin and the recovery of riparian vegetation. Keywords: fluvial dynamic, meanders, erosion, deposition. INTRODUÇÃO A morfologia do sistema fluvial reflete a história de denudação da paisagem do rio, caracterizada pela hidrologia, morfologia, carga em transporte e comunidade biótica, que mostram o resultado de todos os processos operativos dentro do ecossistema (Petts & Foster, 1990). As mudanças na morfologia no canal e na planície de inundação ocorrem naturalmente pela relação do regime hidrodinâmico do canal (tipo de carga e a força exercida pelo fluxo). A hidrodinâmica de escoamento nos canais meândricos geram processos geomorfológicos caracterizado pela contínua escavação da margem côncava e deposição da carga detrítica na margem convexa, com a relação entre o canal e as planícies aluviais adjacentes (Leopold et al., 1964; Zancopé, 2008). O aspecto morfológico do canal fluvial depende do equilíbrio entre erosão e deposição. Se um eventual desequilíbrio acontece entre estes processos, o canal fluvial sofre um ajustamento de suas variáveis morfológicas, a fim de alcançar nova forma estável compatível com as novas condições, o que pode ocorrer em um intervalo de tempo, seja longo, médio ou curto prazo, devido às mudanças na vazão e transporte de sedimentos (Fernandez, 1990). As alterações nos canais fluviais dificilmente produzem respostas imediatas. As modificações são percebidas ao longo do tempo (Brookes, 1996). Contudo, a ação antrópica pode acelerar a mudança na morfologia do canal, ocasionando danos ao meio ambiente, por causa do repentino desequilíbrio entre a saída e entrada de sedimentos. Para Riccomini et. al. (2000), a morfologia dos canais fluviais é controlada por uma série de fatores autocíclicos (próprios da rede de

18 17 drenagem) e alocíclicos que afetam não apenas a rede de drenagem, mas toda a região onde ela está inserida e apresentam relações bastante complexas. Como fatores autocíclicos são considerados as descargas (tipo e quantidade), a carga de sedimentos transportada, a largura e profundidade do canal, a velocidade de fluxo, a declividade, a rugosidade do leito e a cobertura vegetal nas margens e ilhas. Estes, por sua vez, são condicionados pelos fatores alocíclicos, tais como as variáveis climáticas (pluviosidade, temperatura) e geológicas (litologia, falhamentos). Os sedimentos são temporariamente estocados na planície durante a rota do fluxo do rio, sob a condição de equilíbrio em que a taxa de entrada de sedimento é igual à saída. Assim qualquer alteração nesse equilíbrio pode resultar na alteração da planície de inundação (Leopold et al., 1964). À medida que a velocidade do fluxo da água diminui, os sedimentos vão sendo depositados e ocorre o processo de sedimentação. Estes podem ser de acreção lateral ou vertical, resultando, entre outras feições, na formação da planície de inundação (Allen, 1970). A sedimentação de acreção lateral consiste na sucessiva acumulação lateral de sedimentos, principalmente no lado interno da curva do canal meandrante. Em virtude da contínua erosão da margem côncava e sedimentação na margem convexa, o canal mantém-se em constante migração lateral, estabelecendo aspecto bastante dinâmico ao ambiente fluvial (Christofoletti, 1981; Bigarella, 2003). O trecho em estudo corresponde ao padrão de canal meandrante. Os canais meandrantes são encontrados nos rios que percorrem regiões quentes e úmidas em terrenos planos e possuem curvas sinuosas. O processo de meandramento pode apresentar ajuste entre as variáveis hidrológicas, inclusive a carga detrítica e a litologia, em que se instala o curso d água (Christofoletti, 1980). As sucessivas curvas que um rio são conhecidas como meandros que, devido a processos de deposição (margem interna) e erosão (margem externa), tendem a acentuar sua sinuosidade, chegando a estrangular os meandros vizinhos acarretando a formação de lagos conhecidos como meandros abandonados (Drago, 1976, Wetzel, 1976).

19 18 Na área de estudo encontram-se inúmeros meandros abandonados decorrentes da migração do canal. Para Junk (1997), esses meandros armazenam a água e os sedimentos transportados pelo rio no período da cheia, o que possibilita o equilíbrio do sistema. Durante as cheias, os peixes invadem as planícies alimentando-se dos organismos que ocupam esses ambientes. Os estudos relativos à evolução morfodinâmica usando como técnica o sensoriamento remoto no Brasil são escassos. Nesse sentido, destacam-se o trabalho de Rozo et al. (2005) e França (2005) que usaram o sensoriamento remoto para analisar a evolução da dinâmica sedimentar no sistema fluvial do Amazonas; de Bayer & Carvalho (2008) que interpretaram e mapearam os depósitos sedimentares contidos na planície aluvial do rio Araguaia. Dentre os estudos realizados no rio Paraguai usando o sensoriamento remoto, destaca-se o de Souza (2004) que pesquisou a dinâmica fluvial do rio Paraguai entre a cidade de Cáceres e a estação ecológica da Ilha de Taimã; de Casarin (2007) que utilizou o geoprocessamento para a caracterização da bacia hidrográfica Paraguai/Diamantino e de Silva (2006) que usou o sensoriamento remoto para avaliar a erosão marginal do Rio Paraguai. Apesar de possuir relevância ambiental, estudos relacionados às mudanças das morfologias fluviais, ainda são escassos, principalmente no que se refere ao rio Paraguai. Portanto, o estudo é relevante à medida que contribui para o conhecimento das alterações morfológicas da planície de inundação devido ao aporte de sedimentos proveniente, principalmente, do rio Paraguai. Nesse contexto, a pesquisa teve como objetivo identificar as mudanças morfológicas espaço-temporal ocorridas no rio Paraguai no trecho entre a foz do rio Sepotuba e a foz do rio Cabaçal durante o período de 1986 a 2008, sugerindo medidas que amenizem os impactos ambientais e garantam a sustentabilidade desse recurso. METODOLOGIA Área de estudo A unidade de análise adotada corresponde ao trecho da bacia hidrográfica do rio Paraguai, calha e planície que compreendem o segmento

20 19 entre a foz do rio Cabaçal a foz do rio Sepotuba, com 13,78 km de extensão. Localiza-se nas coordenadas geográficas 15º º59 59 latitude sul e 57º º42 30 longitude oeste (Figura 01). Figura 01 Localização da área de estudo rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal. Fonte: elaborado pela autora, a partir de imagem de satélites Órbita 227, ponto 71, Datada 06/05/2008. Procedimentos metodológicos Para verificar as mudanças espaço-temporal nas feições morfológicas (antigo canal do rio, vazantes, meandros), utilizou-se imagem de satélite obtida

21 20 através do site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), fornecida no catálogo de imagens do Landsat. As imagens utilizadas para as análises foram dos anos de 1986 e A escolha dessas imagens ocorreu da seguinte forma: a de 1986 foi por ser a primeira imagem disponibilizada pelo INPE e a de 2008 por ser a última imagem No início da pesquisa. As imagens escolhidas foram: Órbita 227, ponto 71, Banda 3B4G5R, Datada 11/06/1986 Órbita 227, ponto 71, Banda 3B4G5R, Datada 06/05/2008 A análise das imagens foi realizada por meio da interpretação visual e, posteriormente, a vetorização das principais feições morfológicas no trecho analisados, ou seja, antigo canal do rio, vazantes e meandros. Por meio do software SPRING (Sistema de Processamento de Informação Georreferenciadas) foram mapeadas as feições morfológicas (os meandros, antigo canal do rio e as vazantes) dos anos de 1986 e Para classificar os meandros foi necessário calcular o índice de irregularidade do corpo d água, que somente é possível com os dados dos seguintes parâmetros morfométricos: área (m 2 ) e perímetro (m). As áreas das feições morfológicas foram calculadas utilizando a ferramenta operação métrica do SPRING, que permitiu selecionar o polígono (meandro, antigo canal e vazante), e calcular o perímetro e a área de cada meandro. Os dados foram utilizados no cálculo de índice de irregularidade proposto por Lübbe, (1977, segundo Straskraba & Gnauch, 1982) para expressar a forma do lago em quatro classes: circular/oval, crescente/alongada, composto e dendríticos. O índice de desenvolvimento da margem foi calculado pela seguinte equação: Em que:

22 21 Quanto menor o valor de F mais próximo o lago terá a forma de círculo, qualquer variação no contorno das margens fará com que o valor de F aumente, mudando para o grau de irregularidade do lago (Sperling, 1999). A classificação da forma varia conforme o valor de F (Quadro 01). Quadro 01 Classificação do índice do desenvolvimento das margens FORMA Nome e descriçao Limiar Circular/Oval - possuem formas circulares, 1,27 < F < 2,9 subcirculares. Alongada - apresentam forma 2,9 < F < 3,5 alongada. Composta - não apresentam uma forma definida e são 3,5 < F < 5,0 combinações de outras classes. Dendrítica - apresenta aspectos ramificado F > 5,0 Fonte: MELACK, 1984; SPERLING, 1999 Para fins de análise, as feições morfológicas foram divididas em 8 categorias distintas: antigo canal, vazantes, meandros colmatados, meandros divididos, meandros que aumentaram sua áreas, meandros reduzidos de 2000 a m 2 (são propício ao desaparecimento, em virtude do seu tamanho pequeno), meandros reduzidos de a m 2 e novos meandros. RESULTADOS E DISCUSSÕES No segmento estudado, o rio Paraguai apresenta padrão meandrante que tem como características apresentar erosão na margem côncava e deposição na margem convexa, o que contribui para a formação de várias feições morfológicas provenientes da ação do próprio rio. Na margem direita, onde o desnível em relação ao entorno varia entre 4 a 20 m, a presença de meandros abandonados é ausente, sendo que a vegetação apresenta-se significativamente alterada devido às inúmeras ações antrópicas. Na atualidade, à margem a vegetação se restringe a pequenos fragmentos de mata ciliar próximos ao leito. A falta de vegetação contribui para

23 22 a instabilidade da margem, favorecendo a atuação da erosão fluvial (Figura 02). Figura 02 Margem do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal, utilizada para a criação de gado Fonte: Autora. Trabalho de campo - Agosto, Na margem esquerda, a mata ciliar mantém-se conservada (Figura 03). O desnível do rio, em relação ao entorno, é menor cerca 3 m, o que propicia a inundação anual e forma grande extensão de área alagada. A baixa declividade topográfica favoreceu o aparecimento dos meandros abandonados. As alterações morfológicas nas planícies são causadas pelo regime de cheias do rio Paraguai, o que provoca a remoção e a acumulação de sedimentos nas feições meândricas.

24 23 Figura 03 Mata ciliar preservada do rio Paraguai. Fonte: Autora. Trabalho de campo - Agosto, Nas partes mais baixas, onde os materiais transportados pelo rio Paraguai durante o período de cheia são depositados, predominam a vegetação de gramíneas. Nas depressões acumulam-se materiais finos e restos orgânicos em decomposição, o que possibilita e favorece as ocorrências dos primeiros estados de sucessão vegetal, composta, principalmente, pelas gramíneas baixas e algumas espécies arbustivas (Bayer & Carvalho, 2008). Verificou-se, na área de estudo, a migração lateral do leito, típico de rios meandrantes, que promove nova organização espacial e aparecimento de novas feições como meandros abandonados, bacias de decantação ou inundação e cordões marginais convexos. Alguns meandros abandonados estão gradativamente sendo assoreado, o que ocasiona a sua divisão, ou seja, a partir dessa divisão, surgiram novos meandros. Houve aqueles que foram totalmente colmatados. Além disso, apareceram novos meandros na planície. A influência da cheia do rio Paraguai, no trecho estudado, promove inundações periódicas, causa erosão fluvial e aumenta a capacidade de transporte de sedimentos. No período de estiagem ocorre a deposição de sedimentos próximo do canal e na planície. Estes fatores provocaram

25 24 alterações no canal, como rompimento do colo de meandro; aparecimento de vazantes; meandros abandonados; depósitos formados próximos ao canal ativo, como as barras de acreção lateral, diques marginais e depósitos de transbordamento, além de meandros colmatados. No período analisado, devido a migração do canal, várias feições morfológicas foram encontradas, como por exemplo, as vazantes, o antigo canal, os meandros abandonados e os novos meandros (Figura 04 e 05). Estas feições morfológicas possuem importância ecológica devido à contribuição de sedimento, nutrientes para os sistemas naturais e pela proliferação de várias espécies aquáticas que, em épocas de cheias, servem de abrigos e alimentos para os peixes. Figura 04 Mapa das feições deposicionais do rio Paraguai entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal, do ano de Fonte: elaborado pela autora, a partir das imagens de satélite Landsat de 1986.

26 25 Figura 05 Mapa das feições deposicionais do rio Paraguai entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal, do ano de Fonte: elaborado pela autora, a partir das imagens de satélite Landsat de Verificou-se que no período de estiagem alguns meandros perderam a conexão com o rio, e outros ficaram parcialmente conectados. Contudo, no período chuvoso todos os meandros conectam-se ao rio Paraguai. Os meandros apresentaram formas circulares, dendríticos ou irregulares devido à deposição descontínua dos sedimentos. A origem e a diferentes formas dos meandros estão associadas aos processos sedimentares e ao aporte de sedimentos fornecido pelo rio Paraguai. A deposição de sedimentos está associada à variação da energia cinética de fluxo, durante a cheia do rio Paraguai e a carga fluvial que possibilitam a acumulação ou remoção de materiais na margem dos meandros.

27 26 As feições localizadas na área de estudo estão sob a influência do rio Paraguai que, ao transbordar, provoca a remoção e sedimentação nas feições, o que causou modificações na sua morfologia. Antigo canal A mudança do canal e, conseqüentemente, o abandono do leito é atividade que ocorre naturalmente, pelo próprio trabalho hidrológico do rio. De acordo com Christofoletti (1981), o abandono de canal é comum em planícies aluviais em virtude dos processos migratórios das curvas meândricas que é determinado pela mudança de direção dos eixos dos meandros e das medidas dos raios de curvatura. A migração lateral (erosão fluvial) e o processo de sedimentação no canal principal contribuíram para que o setor (meandros) do rio fosse abandonado, dando origem aos antigos canais. Mesmo após a mudança de canal, o antigo leito continuou a receber sedimentos do canal ativo, o que possibilitou a redução da área (Quadro 02). Quadro 02 Área do antigo canal localizado na planície de inundação do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal em 1986 e Antigo canal Área em 1986 m² Área em 2008 m² Redução % ,35 Fonte: Dados obtidos a partir das imagens de satélite Landsat de 1986 e Vazantes As vazantes são depressões que durante as cheias tornam-se escoadouro natural da água entre baías e têm a características de um curso fluvial intermitente (Carvalho, 1986). As vazantes desempenham papel importante na conexão das águas, pois possibilita o transporte de nutrientes na época de cheia, além de serem utilizadas como corredores de migração para os peixes. No trecho do rio estudado, verificou a existências de duas vazantes (01 e 02). Em 2008 no período chuvoso a primeira vazante liga quatro meandros abandonados e a segunda vazante conecta o meandro ao rio Paraguai. Os dados mostraram que houve aumento da dimensão das duas vazantes em

28 em relação a 1986, sendo que o aumento está relacionado à erosão marginal das vazantes (Quadro 03). Quadro 03 Área das vazantes localizadas na planície de inundação do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal em 1986 a Vazante Área em 1986 m² Área em 2008 m² Aumento % , ,25 Fonte: Dados obtidos a partir das imagens de satélite Landsat de 1986 e Na vazante 02 a deposição de sedimentos formou banco central de sedimentos próximo à confluência com o rio Paraguai. Porém, mesmo com a presença de banco de sedimento, registrou-se o aumento da área da vazante (Quadro 03). Meandros As modificações na calha do rio ocorreram pelo processo de abandono do canal ao longo de sua evolução. Este processo de migração deu origem a vários meandros abandonados. Os meandros possuem ligação direta ao rio Paraguai no período de cheias, porém, em época da seca, perdem a conexão devido ao acúmulo de materiais transportados pelo rio e depositados no seu leito, além da diminuição do nível da água. Os processos erosivos e o acúmulo de sedimentos contribuíram para alterar os meandros, os quais foram divididos em cinco categorias: colmatados, divididos, que aumentaram a área, que diminuíram a área e os novos meandros (Quadro 04). Quadro 04 Categorias e áreas dos meandros localizados na planície de inundação do rio Paraguai, entre a foz dos rios Sepotuba e Cabaçal em 1986 a Categorias Meandros Colmatados Meandros divididos Meandros com área ampliada Meandros reduzidos de 2000 a (m 2 ) Meandros 02, 12, 16, 18, 19, 21, 33 e 35 01, 03, 06, 08, 10 e 11 Área em 1986 (metros) Área em 2008 (metros) a a a , 20, 22, 25 e a ,020 a ,07,13,14, 26, 27, 29, 30, 34 e a a 83000

29 28 Meandros reduzidos de a (m 2 ) 04, 09, 17, 23, 24, 31 e a a Novos Meandros 01 e e Fonte: Dados obtidos a partir das imagens de satélite Landsat de 1986 e Meandros Colmatados O rio Paraguai transporta sedimentos de fundo e suspensão. No período da cheia o nível do rio aumenta, transbordando água e sedimentos para a planície. Partes desses sedimentos não retornam ao canal principal e são depositados na planície e nos meandros abandonados, causando a colmatação. Segundo França et al. (2005), nos lagos circulares a redução da área é maior devido ao seu padrão espacial, em geral são menores e mais dispersos que os outros tipos de lagos. Tal fato justifica a colmatação dos meandros abandonados 02, 12, 16, 18, 19, 21, 33, e 35 (Quadro 04), que em 1986 possuíam a forma circular. Nos locais dos meandros colmatados surgiram os primeiros estágios de vegetação conhecidas como gramíneas. Esse tipo de vegetação é comum em ambientes instáveis que sofrem constantes deposições sedimentares. As formações pioneiras com influência flúvio-lacustre têm o desenvolvimento limitado pelo regime hídrico (cheia/seca), ou então, em depressões alagáveis durante o período de cheia, o que propicia o aparecimento de espécie adaptadas, sem formação de estratos (Roderjan & Kuniyoshi, 1988; Ibge, 1992; Jaster, 1995; Sema & Iap, 1996). Meandros divididos Quando os meandros sofrem a ação de acumulação de sedimentos, esta ação pode estrangular o meandro com a formação de bancos de sedimentos, dividindo-o e dando origem a novos meandros. Os meandros abandonados sofreram acumulação de sedimentos ocasionando o estrangulamento dos meandros 01, 03, 06, 08, 10 e 11 que se dividiram, originando novos meandros (Quadro 04).

30 29 O meandro 01 teve a largura diminuída e o seu comprimento aumentado, este apresentou forma geométrica alongada. A carga de sedimento proporcionou o estrangulamento do meandro 01 ocasionando sua divisão, surgindo do meandro 01 A. A cobertura vegetal próxima ao meandro é constituída predominantemente por gramíneas, vegetação que crescem em campos inundáveis no período da seca. O meandro 03 possuía forma circular em Em 2008, verificou-se a redução da área, porém continuou com a mesma forma. A redução da área é decorrente da deposição de sedimentos que ocasionou a divisão do meandro 03 e fez surgir o meandro 03A. A espécie de vegetação encontrada no entorno dos meandros corresponde a tipo de gramíneas. A acumulação de sedimentos no meandro 06 mudou a sua forma de dentrítica para alongada. O material depositado contribuiu para o desenvolvimento de bancos de sedimentos, auxiliando na divisão do meandro, resultando no surgimento de dois novos meandro 6A e 6B. Nos bancos de sedimentos, verificou-se a ocorrência de gramíneas e no entorno dos meandros observa-se a presença de matas ciliar e de gramíneas. O meandro 8 apresentava forma composta em 1986 e passou para circular em A sedimentação contribuiu para dividir o meandro, dando origem aos meandros 8A e 8B que apresentam forma circular e vegetação de entorno do tipo gramínea. O processo de acumulação de sedimentos ocasionou também a redução do meandro 10 devido ao aparecimento da barra central de sedimento, dividindo o meandro. A forma atual dos meandros (10 e 10A) é circular e a cobertura vegetal do seu entorno corresponde à mata ciliar e nos locais onde os sedimentos foram depositados surgiram as gramíneas. O meandro 11 passou da forma composta para circular. Esse fato ocorreu devido aos depósitos de sedimentos. A carga depositada ocasionou o aparecimento de barras de sedimento em três locais, resultando na divisão do meandro em três, ou seja, 11A, 11B e 11C. Nos locais onde a carga sedimentar foi depositada desenvolveu a cobertura vegetal de gramíneas e no seu entorno encontram-se algumas espécies arbustivas.

31 30 Meandros com área ampliada O aumento nas áreas dos meandros 15, 20, 22, 25 e 28 está associada à erosão marginal (Quadro 04). Esta provoca o alargamento do seu leito devido ao desgaste da margem provocado principalmente pela força exercida da água no período de cheia. Apesar de terem aumentados, as suas áreas, todos os meandros mantiveram suas formas circulares originais. Os sedimentos provenientes das margens dos meandros, em época da seca, são depositados na sua calha, podendo, no período da cheia, ser transportados pelo o rio Paraguai. Outro fator que contribui para o alargamento dos meandros são os transportes e depósitos de sedimentos trazidos pelos pulsos de inundações que, em alguns casos, são depositados na calha dos meandros, promovendo o alargamento do mesmo em função da elevação do fundo e da diminuição da lâmina d água. A vegetação no entorno dos meandros corresponde as gramínea, exceto nos 20, 22 e 28 que, além das gramíneas, ocorre a presença de algumas espécies arbustivas devido a própria distancia em relação as áreas alagadas. Meandros reduzidos de 2000 à m 2 O transbordamento do rio Paraguai contribui para a deposição de materiais na planície de inundação e nas áreas deprimidas (meandros). À medida que a água perde energia, os materiais acumulam-se na planície, causando a redução das áreas dos meandros. Registrou-se a redução dos seguintes meandros 05, 07, 13, 14, 26, 27, 29, 30, 34 e 36 (Quadro 04). Os meandros reduzidos possuem formas circulares. A vegetação encontrada próxima aos meandros 05, 13, 14, 27 e 30 é constituída de gramíneas e arbustivas e nos meandros 07, 26, 29, 34 e 36 a vegetação do entorno é o conjunto florístico da mata ciliar. Meandros reduzidos de a m 2 A diminuição da área está relacionada à sedimentação por acreção vertical e principalmente, por acreção lateral, causando redução dos meandros 04, 09, 17, 23, 24, 31 e 32 devido aos depósitos de sedimentos acumulados em suas margens (Quadro 03).

32 31 O meandro 04 apresenta forma circular com banco de sedimento central. O aparecimento do banco de sedimento foi decorrente da deposição de material transportado pelo rio Paraguai e o mesmo encontra-se em processo de estabilização devido ao desenvolvimento de gramíneas. As barras de sedimentos se desenvolvem tanto nas margens, formando barras laterais, como também podem ser depositados no eixo do canal principal, gerando importantes acumulações, denominados bancos centrais (mid channel bar) (Miall, 1985; Kellerhald et al. 1976). Os meandros 09, 17, 23, 24, 31 e 32 possuem forma circular, com vegetação de gramíneas predominante em seu entorno e com a presença de arbusto. Novos Meandros O aparecimento de novos meandros está relacionado a retomada erosiva na planície de inundação durante a cheia do rio Paraguai, quando o nível de água aumenta e transborda formando pequenos canais. Esses canais podem evoluir para um novo meandro. Outra possibilidade está relacionada com a dinâmica do fluxo do rio Paraguai que, ao alcançar área deprimida, a água acumula e da origem aos novos meandros. Para Drago (1976), esses novos meandros, também conhecidos como lagos de inundação - que são parte da água de inundação que fica retida nas zonas baixas limitadas pelos sedimentos trazidos e depositados pelo transbordamento do rio - dão origem aos lagos de inundação. Registrou-se o surgimento de 2 novos meandros em Eles possuem conexão com a vazante 01 durante o período da cheia, apresentam formas circulares e a vegetação de seu entorno é caracterizada por gramíneas. CONSIDERAÇÕES FINAIS As mudanças morfológicas no canal do rio Paraguai são decorrentes dos processos naturais de erosão e sedimentação. Embora o efeito antrópico no uso e manejo da terra na área da bacia contribui para intensificar a ação da erosão fluvial e o aumento da carga de sedimentos. O uso do SIG (Sistema de Informação Geográfica) mostrou-se eficiente para descrever e analisar as mudanças ocorridas no rio Paraguai, setor entre a

33 32 foz do rio Sepotuba a foz do rio Cabaçal. Pelos resultados da análise espaçotemporal das imagens de satélites dos anos de 1986 e 2008 do rio Paraguai, verificou-se que as alterações na morfologia relacionam-se à erosão fluvial e à deposição de sedimentos. Em 1986 havia 36 meandros, estes foram reduzidos para 28 em A acumulação de sedimentos na planície causou a colmatação de 8 meandros, redução da área de 17 meandros, a divisão de 6 meandros devido à formação de bancos de sedimentos, o que fez surgir novos meandros e também causou a redução da área do antigo canal. A erosão provocou o alargamento de 5 meandros e das duas vazantes. Considerando que a escala espaço-temporal é pequena (22 anos), o acúmulo de sedimentos nos meandros passa a ser significante, visto que, a morfologia está mudando rapidamente em curto espaço de tempo. A rápida alteração na dinâmica fluvial pode ser evitada, desde que seja diminuída a carga de sedimentos transportada pelo o rio Paraguai. A realização de diagnóstico em escala temporal nas feições morfológicas é importante para propor algumas medidas de gestão. Portanto, recomenda-se o monitoramento das sucessivas mudanças no ambiente fluvial - leito, margem e planície de inundação - e a implementação de medidas de recuperação das matas ciliares, a fim de se formarem obstáculos para o transporte de detritos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLEN, J. R. L Physical processes of sedimentation. George Allen & Unwin Ltd., Londres. 248pp. BAYER, M. & CARVALHO, T. M Processos morfológicos e sedimentos no canal do Rio Araguaia. Revista de estudos ambientais, v.10, n. 2. p BIGARELLA, J. J Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. vol. 3. Contribuição de Everton Passos... [et al.]. Florianópolis: Ed. da UFSC pp. BROOKES, A River channel change. IN: PETTS, G; CALOW, P. (Editors). River flows and channel forms. Blackwell Science. p CARVALHO, N.O Hidrologia do Alto Paraguai. In: Simp. Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal, 1, Corumbá, Anais. p

34 33 CASARIN, R Caracterização dos principais vetores de degradação ambiental da bacia hidrográfica Paraguai/Diamantino. Tese (Doutorado em Geografia) Universidade Federal do Rio de Janeiro/Rio de Janeiro. 169 pp. CHRISTOFOLETTI, A Geomorfologia. 2. ed. São Paulo: Edgar Blüchler. 188 pp Geomorfologia fluvial. São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda, 1. ed. 313 pp. DRAGO, E. C Origen y classificacion de ambientes leníticos en lanuras aluviales. Revista Associacion Ciencia Natural, n. 7, p FERNANDEZ, O. V. Q Mudanças no canal fluvial do Rio Paraná e processos de erosão nas margens: Região de Porto Rico, PR. Dissertação de Mestrado, UNESP, Instituto de Geociências e Ciências Naturais. Rio Claro. 85 pp. FRANÇA, A. M. S.; FLORENZANO, T. G.; MORAES NOVO, E. M. L. de.; Avaliação do efeito da degradação da resolução espacial de imagens RADARSAT no mapeamento de formas fluviais da Planície Amazônica. Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, INPE, p FRANÇA, A. M. S. Aplicação de sensoriamento remoto no estudo da influência da dinâmica sazonal do Rio Amazonas sobre a morfologia dos sistemas lacustres. Dissertação (Pós-Graduação em sensoriamento remoto) - São José dos Campos: INPE, pp. IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira Rio de Janeiro. n.1. 91pp. (Série Manuais Técnicos em Geociências). JASTER, B. C Análise Estrutural de Algumas Comunidades Florestais no Litoral do Estado do Paraná, na Área de Domínio da Floresta Ombrófila Densa Floresta Atlântica. Götingen. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Setor de Ciências Florestais, Universidade Geor-August de Göttingen/Alemanha. 116pp. JUNK, W. J The Central Amazon Floodplain - Ecology of a Pulsing System. Verlag Berlin Heidelberg New York: Springer. 525 pp. KELLERHALD, R.; CHURCH, M.; BRAY, D Classification and analysis of river processes. American society of civil Engineers Proceeding. Journal of the Hidraulics Divison. p LEOPOLD, L. B.; WOLMAN, M.G.; MILLER, J.P Fluvial process in geomorphology. San Francisco: W. H. Freeman and Company. 201 pp.

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