Introdução à Economia da Gestão Florestal

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Introdução à Economia da Gestão Florestal"

Transcrição

1 ECONOMIA AMBIENTAL RECURSOS RENOVÁVEIS Introdução à Economia da Gestão Florestal PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE PESCAS E FLORESTAS As florestas são um recurso que se renova no recurso terra, enquanto que as pescas são um recurso que se renova no recurso mar. Ainda que isto pareça e seja profundamente óbvio, tem profundas implicações ao nível da gestão dos recursos. o Em geral, este aspecto torna as questões de propriedade muito mais fáceis de definir. Apesar de isto não ser universalmente verdade, em muitas partes do mundo os direitos de propriedade encontram-se perfeitamente definidos. Tal elimina muitos dos problemas associados com o livre acesso, tais como os problemas que tanto afectam as pescas. Por exemplo, e uma vez que os direitos de propriedade se encontram maioritariamente bem definidos na Europa, os proprietários podem tirar partido das regras de maximização do lucro privado para determinarem a melhor época de corte das árvores. Podem também beneficiar das recompensas que lhes advêm de maiores investimentos ao nível das suas capacidades de gestão. Regiões onde os direitos de propriedade não estão tão bem definidos como na Europa incluem por exemplo as florestas tropicais da América do Sul e da África. Tais regiões, enfrentam problemas muito semelhantes aos do livre acesso nas florestas. o É mais fácil distinguir a idade das árvores e proceder aos cortes de acordo com classes de idade previamente definidas. Podemos por exemplo decidir cortar apenas as árvores mais velhas numa determinada floresta. Nas pescas, não é nada fácil discriminar entre peixes mais novos e peixes mais velhos quando se deitam as redes ao mar. Este aspecto é bastante útil, uma vez que, como adiante veremos, as regras de optimização da época de corte das florestas se baseiam geralmente na variável idade. Existe muita competição ao nível dos recursos oriundos da terra e ao nível do próprio uso da terra. Por exemplo, a terra pode ser usada para produzir madeira, produtos agrícolas, casas, estradas, fábricas, etc. Esta competição entre os diferentes usos da terra afecta o momento de corte das árvores. Porque há competição nestes usos, a idade de corte óptima é definida como aquela em que a renda da terra (ou os lucros anuais) é maximizada. Compare-se isto com o que foi dito para as pescas, onde há poucos usos competitivos para os oceanos. As florestas são de longa duração. Há normalmente um grande período de tempo entre o corte (ou a plantação) e a regeneração. Enquanto que os peixes, podendo também viver por muitos anos, normalmente regeneram rapidamente, as florestas levam muito mais tempo a regenerar e a atingir a plena maturidade. 1

2 O CRESCIMENTO DAS FLORESTAS Interessa-nos neste momento apenas o que diz respeito aos produtos florestais. Contudo, as florestas são o lar para muitas espécies distintas e, além disso, a sociedade atribuilhes muitos outros valores, tais como os relacionados com aspectos paisagísticos, com a preservação da água, com a preservação da vida selvagem, etc. Ainda que todos eles sejam importantes na gestão dos recursos florestais, teremos de fazer por ignorá-los para que nos possamos focalizar na compreensão da economia do crescimento das árvores, vocacionada para a obtenção de produtos comercializáveis tradicionais. A questão económica básica com que nos deparamos é: qual a forma economicamente eficiente de utilização dos recursos florestais, se aquilo que nos interessa é apenas a produção de madeira? Antes de passarmos à procura de uma resposta, devemos compreender a biologia do crescimento e da produção das árvores. Começamos por uma função biológica de crescimento em tudo semelhante à utilizada para as pescas. Ao longo do tempo, a relação entre o volume das árvores num hectare de terra, e a idade das árvores (a), é a que se mostra na figura seguinte: V(a) Capacidade de Carga (isto é, Crescimento Líquido Anual = 0) Produção = V(a) Idade Figura 1 Função de Produção Biológica para um hectare de floresta A figura representa a produção de madeira para uma dada idade, num hectare de terra. À medida que as árvores envelhecem, elas ganham volume. O volume total de madeira na idade a é dado pela função de produção V(a). A partir de certa altura, contudo, o volume de madeira deixa de aumentar. Neste ponto, as árvores atingiram a sua Produção Máxima Potencial para a área que ocupam. Cada novo crescimento é negativamente compensado por perdas relacionadas com o envelhecimento das árvores, com infestações, fogos, ou outros acontecimentos. O ponto no qual o crescimento anual atinge o zero é frequentemente denominado de capacidade de carga. Quando as árvores atingem este ponto, é importante que se 2

3 reconheça que elas continuam a crescer e que podem mesmo continuar a existir crescimentos substanciais em cada ano. Contudo, este crescimento é balanceado pela decadência e/ou morte de árvores mais velhas e/ou menos saudáveis. A informação de uma função de produção como aquela a que nos vimos a referir pode ser mostrada através de uma tabela na forma de quantidade ou volume de madeira. A tabela seguinte apresenta dados sobre a idade, a produção total, o crescimento anual, e o crescimento médio anual, para um lote representativo de uma determinada espécie de pinheiros: Tabela 1 Dados representativos de uma função de produção biológica A primeira coluna mostra a idade do lote, a. A segunda coluna mostra o volume total (produção) em m 3 /ha, se as árvores tiverem a idade dada na coluna 1. Isto é a quantidade de madeira que pode ser cortada num lote de um hectare com a idade a. À medida que a idade aumenta, o volume das árvores também aumenta, como havíamos visto na figura anterior. O crescimento anual das árvores para cada idade é dado na coluna 3. O crescimento anual é o aumento anual em volume que ocorre com as árvores na idade a. Lotes de 10 anos, por exemplo, acrescentam 3,49 m 3 /ha entre as idades 10 e 11, enquanto que lotes com 30 anos acrescenta 10,56 m 3 /ha/ano. Como se pode ver, o crescimento anual começa por ser lento para lotes jovens, torna-se muito rápido para lotes de idade mediana, e volta a tornar-se lento para o caso dos lotes mais velhos. (consegue ver como é que isto se relaciona com o exemplo dado na figura 1?) 3

4 O crescimento médio anual das árvores é mostrado na coluna 4. O crescimento médio anual está relacionado com o aumento médio do volume de madeira para cada ano de vida de um lote com determinada idade. Isto pode ser calculado dividindo a produção pela idade: V(a)/a. Por exemplo, para um lote de 30 anos teremos: 192,15/30 = 6,41 m 3 /ha/ano. Isto significa que, em média, o lote cresceu a um ritmo de 6,41 m 3 /ha/ano, ao longo dos últimos 30 anos. A figura seguinte mostra a relação entre o crescimento anual e o crescimento médio anual, para o mesmo lote de pinheiros: Cresc. Anual Cresc. Médio Anual Figura 2 O crescimento Anual e o Crescimento Médio Anual FÓRMULAS BIOLÓGICAS PARA O CORTE DAS ÁRVORES Se fossemos um produtor florestal, encarregados de determinar a idade a que deveríamos cortar as nossas árvores, que idade escolheríamos? Suponhamos que temos as seguintes três opções: Opção 1, cortar quando a produção é maximizada: na tabela anterior a produção máxima atinge-se quando o lote de árvores atinge os 80 anos. Nessa altura, o corte rende 537,21 m 3 /ha de madeira. Se procedêssemos a um corte em cada 80 anos, obteríamos 537,31 m 3 /ha de madeira, de cada vez que cortássemos. Opção 2, cortar quando o crescimento anual é maximizado: o crescimento anual é máximo quando o lote atinge os 30 anos de idade. Neste ponto, o crescimento anual é de 10,56 m 3 /ha/ano. Se procedêssemos a um corte em cada 30 anos, obteríamos 192,15 m 3 /ha de madeira, de cada vez que cortássemos. Opção 3, cortar quando o crescimento médio anual é máximo: o crescimento médio anual é máximo quando o lote atinge os 50 anos de idade. Com esta 4

5 idade, o lote contém 371,03 m 3 /ha de madeira, portanto podemos obter esta quantidade em cada período de 50 anos. A tabela seguinte mostra a idade de corte, a produção de madeira, o crescimento anual e o crescimento médio anual, para cada uma destas três regras de corte: Tabela 2 Qual destas regras parece ser a melhor? Como proprietários maximizadores do lucro, poderíamos pensar que a melhor alternativa era esperar até ao momento em que a produção é máxima 80 anos. Consideremos o lucro médio anual desta opção, se o preço da madeira for por exemplo de 40 por m 3. Aos 80 anos obteríamos 537,21 m 3 40 /m 3 = ,40 de rendimento bruto aquando do corte do lote. Isto corresponderia a ,40 80 anos = 268,61 /ano de rendimento bruto médio anual por ano de crescimento da madeira (valor também obtenível multiplicando o crescimento médio anual por 40 : 6,72 m 3 /ano 40 /m 3 = 268,80 /ano). Haverá alguma maneira de ultrapassar este rendimento médio anual? Olhando para a figura e tabela anteriores podemos ver que deve haver uma maneira de aumentar os rendimentos, cortando mais cedo que aos 80 anos. O crescimento médio anual é maximizado quando o lote atinge os 50 anos. Cortando a cada 50 anos, obtém-se um maior rendimento numa base anual. Ainda que só se obtenham 371,03 m 3 40 /m 3 = ,20 no momento do corte, obtém-se este valor a cada 50 anos, o que equivale a dizer que, em média, se obtêm ,20 50 = 296,82 /ano. Isto é sem dúvida melhor que os 268,80 /ano do corte aos 80 anos. Consegue perceber porque razão NÃO parece ser lógico cotar mais cedo que aos 50 anos? Se por exemplo cortássemos aos 30 anos, quando o crescimento anual (e não o crescimento médio anual) é máximo, o rendimento médio anual seria inferior porque também o crescimento médio anual é inferior. Cortar aos 30 anos implica obter um rendimento médio anual de 6,41 40 = 256,40, menor que em qualquer uma das opções anteriores. Supondo que pudéssemos praticar as três regras de corte em três lotes diferentes de terra, e calculássemos o rendimento total obtido em cada situação ao fim de 80 anos, chegaríamos exactamente à mesma conclusão. Na primeira opção faríamos apenas uma 5

6 rotação de 80 anos. Na segunda faríamos 2,7 rotações de 30 anos (80/30 = 2,7), e na terceira faríamos 1,6 rotações de 50 anos. Os rendimentos obtidos seriam de ,40 para a primeira opção (como já havíamos calculado), de ,00 para a segunda opção, e de ,00 para a última opção (os mais elevados, como se esperava). Em média, parece então claro que a nossa melhor opção seria a do corte aos 50 anos quando o crescimento médio anual é maximizado. A esta situação, dá-se normalmente o nome de Rendimento Máximo Sustentável. Cortando em cada período de 50 anos, obtemos a máxima quantidade de madeira possível de um determinado lote de terra. Cortando mais cedo ou mais tarde que isto obtemos menores produções de madeira ao longo do tempo, e consequentemente menores rendimentos. FÓRMULAS ECONÓMICAS PARA O CORTE DAS ÁRVORES NOTA: Nesta análise introdutória à economia das florestas, assumimos que os direitos de propriedade se encontram perfeitamente definidos, e que os proprietários têm por objectivo a maximização do lucro. A análise de rendimentos feita anteriormente ignora um dos principais conceitos de todas a análise económica o desconto (ou actualização) 1. Como acabámos de ver, se fossemos os proprietários daquele lote de terra de que vínhamos falando, muito provavelmente não esperávamos 80 anos até procedermos ao corte das árvores. Parte da razão para isso é que, se o fizéssemos, não maximizávamos os rendimentos anuais. A outra parte da razão é que, assim, não maximizávamos o Valor Líquido Actual decorrente da posse do lote de terra. Recordemos que os benefícios do corte das árvores ocorrem lá bem no futuro. Temos por isso de incluir técnicas de desconto ou actualização para podermos determinar a idade apropriada à qual devemos cortar as árvores. A nossa questão agora é: qual é a idade óptima de corte das árvores, se tivermos que actualizar custos e benefícios futuros? Dado que os custos de regeneração ocorrem no momento actual, e os rendimentos ocorrem num futuro longínquo, estes números não podem ser comparados, a menos que sejam actualizados (descontados). Assumamos o seguinte: 1. O preço da madeira mantém-se constante ao longo dos anos, a 40 /m A terra encontra-se nua no início (não há árvores no momento de idade zero). 3. Os custos de regeneração são assumidos quando o lote é plantado, e são de 570 /ha. 4. A Função de Produção é a que foi dada na Tabela Os cortes de madeira a realizar serão cortes rasos: toda a madeira será cortada. 6. Procede-se ao corte das árvores no momento em que se maximize o Valor Líquido Actualizado dos Lucros. 7. A Taxa de Desconto a utilizar é de 4% ao ano (ou 0,04). 1 Para saber mais sobre desconto ou actualização, conceitos relacionados, e sua importância no âmbito da Economia Ambiental, leia documento sobre o assunto que se encontra neste mesmo site. 6

7 Com um hectare de terra nua, gastamos 570 hoje para regenerar o lote e as árvores começarem a crescer. À medida que vão crescendo, os nossos rendimentos futuros também vão crescendo. Mas como referimos, eles são rendimentos futuros, e não podem ser directamente comparados com os nossos custos de regeneração actuais. Os rendimentos têm por isso de ser descontados (actualizados) para a data actual, para que possam ser comparados com os custos de regeneração da floresta. A Tabela seguinte mostra os rendimentos futuros e os rendimentos actuais descontados para as hipóteses acima assumidas, e para o nosso lote de 1 hectare de pinheiros cortado a diferentes idades. Para o seu preenchimento utilizámos técnicas de desconto básicas, tal como explicado após a apresentação da tabela. Tabela 3 Coluna 1 idade a que as árvores são cortadas; Coluna 2 Rendimento Futuro = Preço Produção (P V(a)) Multiplicar o preço de 40 /m 3 pela produção em cada idade incluída na Tabela 1. Tal como essa Tabela, esta mostra que à medida que a idade avança as árvores ganham volume, e portanto o rendimento cresce. Coluna 3 Rendimento Descontado = P V(a) (1 + 0,04) -a (sendo a a idade) O nosso objectivo é determinar o Valor Actual do rendimento de um lote de árvores, cortadas com a idade a. Usamos a expressão normal do desconto ou actualização, multiplicando o Valor Futuro pelo Factor de Desconto (que é igual a 1 mais a taxa de desconto, elevado ao simétrico da idade). 7

8 Coluna 4 Custo Descontado = 570 (1 + 0,04) -0 Para atingirmos o nosso objectivo de cálculo de um Valor Líquido Actualizado, temos também de descontar os custos de replantação, uma vez que como assumimos, começamos por um lote de terra nua. Observamos contudo que, utilizando a mesma expressão para o desconto, estes custos acabam por não ser descontados ou actualizados. De facto, eles ocorrem no momento zero, por isso já são valores actuais, não requerendo qualquer desconto. Coluna 5 Coluna 3 Coluna 4 Esta coluna fornece o Valor Actual dos Rendimentos, subtraídos do Valor Actual dos Custos, ou seja, fornece o Valor Líquido Actualizado (VLA). Repare-se que o VLA é máximo no ano 40, em vez de aos 50 anos como sugeria a nossa análise anterior com base no Rendimento Máximo Sustentável. É mais provável que um produtor que vise a maximização do lucro tente maximizar o VLA que os lucros médios anuais, como anteriormente havíamos sugerido. De acordo com os dados da Tabela 3, isto quer dizer que deveríamos proceder ao corte das árvores antes de se atingir o Rendimento Máximo Sustentável, como tínhamos discutido antes. O VLA de uma rotação florestal que atinja o Rendimento Máximo Sustentável (50 anos) é de 1.518,34, enquanto que o VLA de um lote que seja cortado aos 40 anos é mais elevado 1.845,49. A figura seguinte mostra, graficamente, a evolução do VLA de acordo com a idade de corte. É nítido que ele se maximiza aos 40 anos. Figura 3 VLA para diferentes idades de corte O que é que está a acontecer na Figura 3? Note-se que à medida que as árvores crescem, os rendimentos futuros também crescem. Contudo, quando aplicamos o desconto, esses valores futuros são descontados (literalmente, reduzidos) pelo termo (1 + r) a. Isto faz com que os valores futuros valham menos hoje. Antes do ano 40, as árvores crescem mais rapidamente que os efeitos do desconto. Isto faz sentido, na medida em que a 8

9 nossa função de produção mostra que as árvores crescem mais rapidamente quando são jovens. Contudo, quando olhamos para além do ano 40, o crescimento das árvores já abrandou, e o desconto tem um efeito maior no seu valor actual. Depois do ano 40, as árvores já não crescem a um ritmo que contrarie os efeitos do desconto, e portanto as técnicas do Valor Actual indicam que as devemos cortar. Cortando-as, damos a nós próprios a possibilidade de utilizarmos mais cedo os rendimentos obtidos, e de replantarmos novas árvores que, de novo, crescerão rapidamente. O EFEITO DE CORTES FUTUROS Esta análise ainda continua incompleta. O problema anterior considera apenas uma rotação, ou ciclo de corte. Mas como as florestas são recursos renováveis, deveríamos ter um horizonte de análise mais prolongado do que uma só rotação. Se vamos manter a nossa terra florestada, então devemos maximizar os nossos lucros para todas as rotações futuras, e não apenas para a primeira. A figura seguinte mostra uma série de rotações para a nossa mesma espécie de pinheiros. Nela, os proprietários estão a cortar e a replantar árvores em cada 30 anos. Como se pode observar, os rendimentos ocorrem aos 30, 60, 90, 120, 150 e 180 anos, enquanto que os custos ocorrem aos 0, 30, 60, 90, 120 e 150 anos. V(a) Corte Anos: Rendimento: P V(30) P V(30) P V(30) P V(30) P V(30) P V(30) Custo: C C C C C C Figura 4 Uma série de rotações de 30 anos O problema que os produtores florestais enfrentam quando tentam determinar como gerir a terra, é o da maximização do VLA das suas terras florestais. Isto envolve a maximização do Valor Actualizado de todos os lucros futuros, incluindo os da próxima rotação e os daquelas que se lhe hão-de seguir. O nosso objectivo é o de descobrir a idade de corte que maximiza este valor. O problema pode pôr-se do seguinte modo: 9

10 1) Consideremos primeiro cada rotação individualmente. Elas são todas iguais, por isso comecemos aí, antes de pensarmos no problema de desconto de longo prazo. Cada rotação vale: VLA (de uma só rotação em 1 ha) = P V(a) (1 + r) -a C. Começando no dia de plantação das árvores em terra nua, os custos iniciais são C. Não estão sujeitos a desconto, porque ocorrem hoje. Os rendimentos são iguais ao Preço (P) vezes o volume da produção (V(a)). Estes são descontados para o momento presente. Na figura acima, a = 30. 2) Incluir todas as rotações futuras envolve colocar uma série de rotações todas iguais, umas a seguir às outras. Cada uma destas rotações vale P V(a) (1 + r) -a C, e cada uma delas ocorre a intervalos de a anos. O VLA de todas estas rotações só pode então ser de: VLA (de todas as rotações futuras em 1 ha) = [P V(a) (1 + r) -a C] + [P V(a) (1 + r) -a C] (1 + r) -a + [P V(a) (1 + r) -a C] (1 + r) -2a + + [P V(a) (1 + r) -a C] (1 + r) - a. Podemos ver, a partir desta equação, que lhe estamos a aplicar desconto a cada termo duas vezes. Dentro dos parêntesis rectos, [], descontamos cada rendimento oriundo de cada corte até ao princípio da respectiva rotação (ou a anos). Fora desses parêntesis descontamos cada uma destas rotações até ao presente n a anos. Neste caso, n representa o número de rotações. Por exemplo: o Valor Actual da segunda rotação calcula-se: [P V(30) (1 + r) -30 C] (1 + r) -30 Os rendimentos desta rotação ocorrem aos 60 anos. Dentro do parêntesis descontamos estes rendimentos até ao ano 30 e subtraímos os custos de regeneração, que ocorrem no ano 30. Temos depois de descontar tudo até ao ano zero, o que conseguimos aplicando de novo a fórmula do desconto. Ainda que maximizar os lucros do futuro longínquo desta maneira possa parecer algo de muito abstracto, veremos adiante como isto pode ter um grande impacto na escolha da idade de corte que maximiza estes valores. 3) A equação do ponto 2) parece bastante complicada. Matematicamente, contudo, ela é equivalente a esta, bastante mais simples: VLA = [P V(a) (1 + r) -a C] / [1 (1 + r) -a ] Se todas as rotações futuras forem idênticas em duração e em volume de colheita, esta equação apura o VLA do conjunto de rotações. O problema é agora o de descobrir a duração de cada rotação, ou seja, o valor a que maximiza este valor. A tabela seguinte fornece uma comparação entre o modelo de uma única rotação como o anteriormente descrito, e o modelo de infinitas rotações que aqui descrevemos. Para se ver como o desconto deste conjunto infinito de rotações afecta o VLA do lote de terra, a Tabela 4 apresenta os mesmos valores da Tabela 3, mais o VLA do conjunto infinito de rotações. Para se calcular este último usou-se a fórmula anteriormente apresentada no ponto 3). 10

11 Tabela 4 Rendimentos, Custos e Rendimentos Actualizados para os problemas da rotação simples e do conjunto infinito de rotações A Tabela mostra que o VLA de um conjunto infinito de rotações é maior que o de uma rotação simples. Mas também mostra que ele é maximizado a uma idade menor que o VLA de uma rotação simples. A duração óptima da rotação é portanto de 30 anos, em vez dos 40 anos determinados para o modelo de rotação simples, e em vez dos 50 anos determinados com o modelo do Rendimento Máximo Sustentável. A figura seguinte mostra, separadamente e graficamente, as diferenças entre as três regras ou modelos. A curva vermelha (a inferior) mostra o VLA de uma rotação simples, de acordo com a idade do corte. A curva verde (a superior) mostra o VLA de um conjunto infinito de rotações, de acordo com a duração de cada período (ou a idade de corte em cada rotação). Como se pode observar, esta última é superior à primeira, uma vez que lhe estamos sempre a adicionar o valor de todas as rotações futuras. Pode igualmente observar-se com toda a facilidade que, no caso do modelo de rotações infinitas, o VLA se maximiza mais cedo que no caso do modelo de rotação simples. 11

12 Figura 5 Representação Gráfica dos modelos de VLA para um conjunto infinito de rotações (a verde) e para uma rotação simples (a vermelho). A ESCOLHA DA TAXA DE DESCONTO As técnicas de desconto colocam mais pressão sobre os proprietários florestais para cortarem as suas florestas mais cedo do que na idade do Rendimento Máximo Sustentável. Com o desconto, reconhecemos o valor atribuído ao dinheiro pelo factor tempo. Numa perspectiva financeira, e para este exemplo, é preferível fazer cortes aos 30 anos e substituir o povoamento com árvores novas e capazes de crescimentos mais rápidos, do que deixá-los continuar a crescer para além dos 30 anos de idade. Isto ocorre porque, como já foi dito, a partir de certa idade, a taxa de crescimento das árvores diminui bastante. Pelo facto de cortarem e replantarem sucessivamente na idade adequada, os proprietários florestais podem continuar sucessivamente a beneficiar dessa fase de crescimento mais rápido. Como parece óbvio, a escolha da taxa de desconto tem um grande efeito na escolha da idade óptima de corte. Quanto mais alta for a taxa de desconto, mais baixa se torna a idade de corte para cada rotação. Isto acontece porque taxas de desconto altas tornam os valores futuros muito pequenos em termos actuais, de tal forma que a decisão óptima só pode ser a de cortar os povoamentos rapidamente, removendo-se a madeira velha e reconduzindo a floresta a novos estágios de crescimentos rápidos. Taxas de desconto mais baixas aumentam a idade da rotação. A idade do Rendimento Máximo Sustentável (50 anos no nosso exemplo) é a idade de corte que os produtores escolheriam, se não usassem qualquer taxa de desconto (ou se descontarem a 0%). 12

13 A FÓRMULA FAUSTMANN A equação que anteriormente se apresentou no ponto 3) é conhecida pelo nome de Fórmula Faustmann VLA = [P V(a) (1 + r) -a C] / [1 (1 + r) -a ]. Atribui-se a Martin Faustmann, um proprietário florestal alemão, o mérito de ter desenvolvido esta noção de idade óptima para o corte das árvores. O que é mais fascinante nesta descoberta de Faustmann é que ele a fez em Ainda que desde então ela tenha sido sobejamente debatida por economistas, a maioria continua a aceitá-la como a medida válida da gestão economicamente eficiente da produção de madeira. Obviamente que tudo isto só é assim se não considerarmos as externalidades e os demais benefícios obteníveis a partir dos ecossistemas florestais. 13

Algumas Noções sobre Desconto e Capitalização

Algumas Noções sobre Desconto e Capitalização Algumas Noções sobre Desconto e Capitalização Introdução O desconto é um dos mais importantes, e também dos mais difíceis, conceitos em economia. Através das taxas de juro, as questões do desconto atravessam

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Utilização do SOLVER do EXCEL

Utilização do SOLVER do EXCEL Utilização do SOLVER do EXCEL 1 Utilização do SOLVER do EXCEL José Fernando Oliveira DEEC FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO MAIO 1998 Para ilustrar a utilização do Solver na resolução de

Leia mais

ESAPL IPVC. Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais. Economia Ambiental

ESAPL IPVC. Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais. Economia Ambiental ESAPL IPVC Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais Economia Ambiental Tema 9 O Valor Económico do Meio Ambiente O porquê da Valorização Ambiental Como vimos em tudo o que para trás

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 Introdução SABE COM EXATIDÃO QUAL A MARGEM DE LUCRO DO SEU NEGÓCIO? Seja na fase de lançamento de um novo negócio, seja numa empresa já em

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 CRESCE O DESEMPREGO E O NUMERO DE DESEMPREGADOS SEM DIREITO A SUBSIDIO DE DESEMPREGO, E CONTINUAM A SER ELIMINADOS DOS FICHEIROS

Leia mais

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 3.2 O Espaço Nulo de A: Resolvendo Ax = 0 11 O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 Esta seção trata do espaço de soluções para Ax = 0. A matriz A pode ser quadrada ou retangular. Uma solução imediata

Leia mais

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II O seguinte exercício contempla um processo com três estágios. Baseia-se no Inquérito de Satisfação Fase II, sendo, por isso, essencial compreender primeiro o problema antes de começar o tutorial. 1 1.

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

PORTUCEL SOPORCEL. INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA

PORTUCEL SOPORCEL. INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA PORTUCEL SOPORCEL INVESTIGAÇÃO NAS ÁREAS DA FLORESTA E DO PAPEL Uma renovação de raiz EMPRESA Com uma posição de grande relevo no mercado internacional de pasta e papel, o Grupo Portucel Soporcel é uma

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer multiplicar parcerias internacionais entrevista novo mba do norte [ JORGE FARINHA COORDENADOR DO MAGELLAN MBA] "É provinciano pensar que temos que estar na sombra

Leia mais

SEQÜÊNCIA DE DEPÓSITOS

SEQÜÊNCIA DE DEPÓSITOS TÓPICOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA O ENSINO MÉDIO - PROF. MARCELO CÓSER 1 SEQÜÊNCIA DE DEPÓSITOS Vimos que a variação de um capital ao longo do tempo pode ser ilustrada em uma planilha eletrônica. No

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE COOPERATIVAS ESAPL / IPVC

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE COOPERATIVAS ESAPL / IPVC ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE COOPERATIVAS ESAPL / IPVC Objectivos de Constituição de uma Cooperativa: normalmente OBJECTIVOS DE CARÁCTER ECONÓMICO. por exemplo, MELHORAR O RENDIMENTO DOS ASSOCIADOS. são objectivos

Leia mais

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education Olivier Blanchard Pearson Education Poupança, acumulação de capital e CAPÍTULO 11 2006 Pearson Education Macroeconomics, 4/e Olivier Blanchard Poupança, Os efeitos da taxa de poupança a razão entre a poupança

Leia mais

REC 3600 Finanças 1 primeira prova

REC 3600 Finanças 1 primeira prova REC 3600 Finanças primeira prova Roberto Guena de Oliveira Setembro de 204 Nome Gaba² to nº usp:. Em um mundo com apenas duas datas, uma investidora dispõe de R$60 no ano corrente e pode fazer o li investimento

Leia mais

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados Norma contabilística e de relato financeiro 14 Concentrações de actividades empresariais Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 3

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

Capítulo 15: Investimento, Tempo e Mercado de Capitais

Capítulo 15: Investimento, Tempo e Mercado de Capitais Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais :: EXERCÍCIOS 1. Suponha que a taxa de juro seja de 10%. Qual é o valor de um título com cupom que paga $80 por ano, durante cada um dos próximos 5

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS. Objectivo ( 1) 1 Âmbito ( 2 a 8) 2

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS. Objectivo ( 1) 1 Âmbito ( 2 a 8) 2 NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IFRS 3 Concentrações

Leia mais

TER RAZÃO OU SER FELIZ... COMO SOBREVIVER NUM MUNDO COMPETITIVO COM IMPOSTOS ELEVADOS

TER RAZÃO OU SER FELIZ... COMO SOBREVIVER NUM MUNDO COMPETITIVO COM IMPOSTOS ELEVADOS BOLETIM TÉCNICO JULHO/2012 TER RAZÃO OU SER FELIZ... COMO SOBREVIVER NUM MUNDO COMPETITIVO COM IMPOSTOS ELEVADOS "Um grande marco no desenvolvimento de um homem é quando ele compreende que outros homens

Leia mais

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto.

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto. Discussão sobre Nivelamento Baseado em Fluxo de Caixa. Item aberto na lista E-Plan Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

ESAPL IPVC. Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais. Economia Ambiental

ESAPL IPVC. Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais. Economia Ambiental ESAPL IPVC Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais Economia Ambiental Tema 2 O MERCADO O Mercado Os Economistas estudam e analisam o funcionamento de uma série de instituições, no

Leia mais

ASTRONOMIA. A coisa mais incompreensível a respeito do Universo é que ele é compreensível Albert Einstein

ASTRONOMIA. A coisa mais incompreensível a respeito do Universo é que ele é compreensível Albert Einstein ASTRONOMIA A coisa mais incompreensível a respeito do Universo é que ele é compreensível Albert Einstein ASTRONOMIA A LUZ PROVENIENTE DE ESTRELAS DISTANTES PROVA QUE O UNIVERSO É ANTIGO? Vivemos num universo

Leia mais

APLICAÇÕES DA DERIVADA

APLICAÇÕES DA DERIVADA Notas de Aula: Aplicações das Derivadas APLICAÇÕES DA DERIVADA Vimos, na seção anterior, que a derivada de uma função pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente ao seu gráfico. Nesta,

Leia mais

Simulado OBM Nível 2

Simulado OBM Nível 2 Simulado OBM Nível 2 Gabarito Comentado Questão 1. Quantos são os números inteiros x que satisfazem à inequação? a) 13 b) 26 c) 38 d) 39 e) 40 Entre 9 e 49 temos 39 números inteiros. Questão 2. Hoje é

Leia mais

Resumo Aula-tema 03: O valor do dinheiro no tempo

Resumo Aula-tema 03: O valor do dinheiro no tempo Resumo Aula-tema 03: O valor do dinheiro no tempo Por que o valor do dinheiro muda com o passar do tempo? Toda análise financeira leva em consideração um de seus principais paradigmas: o dinheiro perde

Leia mais

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO 1. Uma empresa utiliza tecidos e mão-de-obra na produção de camisas em uma fábrica que foi adquirida por $10 milhões. Quais de seus insumos

Leia mais

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira Juros e Taxas de Juros Tipos de Empréstimos Valor Atual Líquido Taxa Interna de Retorno Cobertura de Manutenção de Dívidas Juros e Taxa de Juros Juro é

Leia mais

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo.

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo. Informação ao participante e consentimento informado para o parceiro VIH positivo Estudo PARTNER O estudo PARTNER é um estudo levado a cabo com casais em que: (i) um parceiro é VIH positivo e o outro é

Leia mais

O conceito de probabilidade

O conceito de probabilidade A UA UL LA O conceito de probabilidade Introdução Nesta aula daremos início ao estudo da probabilidades. Quando usamos probabilidades? Ouvimos falar desse assunto em situações como: a probabilidade de

Leia mais

Revisão de combinatória

Revisão de combinatória A UA UL LA Revisão de combinatória Introdução Nesta aula, vamos misturar os vários conceitos aprendidos em análise combinatória. Desde o princípio multiplicativo até os vários tipos de permutações e combinações.

Leia mais

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café ED 2180/14 15 maio 2014 Original: espanhol P Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café 1. O Diretor Executivo apresenta seus cumprimentos e, em nome da Colômbia, encaminha aos Membros

Leia mais

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO! O que é diferimento?! Casos que permitem a postergação do imposto.! Diferimento da despesa do I.R.! Mudança da Alíquota ou da Legislação. Autores: Francisco

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

5 Alimentos que Queimam Gordura www.mmn-global.com/aumenteseumetabolismo IMPRIMIR PARA UMA MAIS FÁCIL CONSULTA

5 Alimentos que Queimam Gordura www.mmn-global.com/aumenteseumetabolismo IMPRIMIR PARA UMA MAIS FÁCIL CONSULTA IMPRIMIR PARA UMA MAIS FÁCIL CONSULTA ÍNDICE Alimentos que Queimam Gordura TORANJA CHA VERDE E CHA VERMELHO AVEIA BROCOLOS SALMÃO TORANJA A dieta da Toranja já vem sendo discutida por algum tempo, mas

Leia mais

O jogo da Árvore. A forma de mudança. O texto da Lição 6: O jogo da Árvore do livro. A Forma de Mudança

O jogo da Árvore. A forma de mudança. O texto da Lição 6: O jogo da Árvore do livro. A Forma de Mudança O jogo da Árvore A forma de mudança O texto da Lição 6: O jogo da Árvore do livro A Forma de Mudança De Rob Quaden e Alan Ticotsky Com Debra Lyneis Ilustrado por Nathan Walker Publicado pelo Creative Learning

Leia mais

DOCUMENTOS DE GESTÃO FINANCEIRA Realizado por GESTLUZ - Consultores de Gestão

DOCUMENTOS DE GESTÃO FINANCEIRA Realizado por GESTLUZ - Consultores de Gestão DOCUMENTOS DE GESTÃO FINANCEIRA Realizado por GESTLUZ - Consultores de Gestão A Análise das Demonstrações Financeiras Este artigo pretende apoiar o jovem empreendedor, informando-o de como utilizar os

Leia mais

Coach Marcelo Ruas Relatório Grátis do Programa 10 Semanas para Barriga Tanquinho

Coach Marcelo Ruas Relatório Grátis do Programa 10 Semanas para Barriga Tanquinho Coach Marcelo Ruas Relatório Grátis do Programa 10 Semanas para Barriga Tanquinho Alimento I Toranja A dieta da Toranja já vem sendo discutida por algum tempo, mas não se sabia ao certo porque a Toranja

Leia mais

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Módulo 4. Construindo uma solução OLAP Objetivos Diferenciar as diversas formas de armazenamento Compreender o que é e como definir a porcentagem de agregação Conhecer a possibilidade da utilização de

Leia mais

SISTEMA CLÁSSICO DE REDUÇÃO

SISTEMA CLÁSSICO DE REDUÇÃO Page 1 of 6 SISTEMA CLÁSSICO DE REDUÇÃO Este documento irá ensinar-lhe como pode fazer um desdobramento reduzido, segundo o processo clássico (italiano) para qualquer sistema 5/50, em particular para o

Leia mais

Testes de Diagnóstico

Testes de Diagnóstico INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO AGRÍCOLA agrinov.ajap.pt Coordenação Técnica: Associação dos Jovens Agricultores de Portugal Coordenação Científica: Miguel de Castro Neto Instituto Superior de Estatística

Leia mais

Soluções Nível 1 5 a e 6 a séries (6º e 7º anos) do Ensino Fundamental

Soluções Nível 1 5 a e 6 a séries (6º e 7º anos) do Ensino Fundamental a e 6 a séries (6º e 7º anos) do Ensino Fundamental 1. (alternativa C) Os números 0,01 e 0,119 são menores que 0,12. Por outro lado, 0,1 e 0,7 são maiores que 0,. Finalmente, 0,29 é maior que 0,12 e menor

Leia mais

NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO

NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 27 Demonstrações

Leia mais

GERIR ENERGIA: A VERDADE SOBRE A GESTÃO DO TEMPO

GERIR ENERGIA: A VERDADE SOBRE A GESTÃO DO TEMPO GERIR ENERGIA: A VERDADE SOBRE A GESTÃO DO TEMPO Gestão do tempo como gestão das energias Ninguém gere o tempo. Não conseguimos colocar as 17 horas antes das 15. 2004 só chega depois de 2003. Gerimos energias,

Leia mais

10 perguntas sobre aplicações financeiras e a Declaração do Imposto de Renda.

10 perguntas sobre aplicações financeiras e a Declaração do Imposto de Renda. 10. Como devo declarar minhas aplicações em Fundos de Investimentos em ações? A tributação é do tipo exclusiva de fonte e, por isso, os rendimentos devem ser informados na ficha Rendimentos Sujeitos à

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL DOS AÇORES SESSÃO PLENÁRIA DE 11 a 13 NOVEMBRO DE 2002 Intervenção do Deputado Cabral Vieira

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL DOS AÇORES SESSÃO PLENÁRIA DE 11 a 13 NOVEMBRO DE 2002 Intervenção do Deputado Cabral Vieira ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL DOS AÇORES SESSÃO PLENÁRIA DE 11 a 13 NOVEMBRO DE 2002 Intervenção do Deputado Cabral Vieira O Plano e o Orçamento constituem documentos de grande importância para a economia

Leia mais

Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento

Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento Prof. William Eid Junior Professor Titular Coordenador do GV CEF Centro de Estudos em Finanças Escola

Leia mais

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Professor: Custódio Nascimento 1- Análise da prova Neste artigo, faremos a análise das questões de cobradas na prova

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Caríssimos amigos concurseiros. Seguem breves comentários à prova de RLQ do ATA- MF. Não encontramos nenhuma questão passível de recurso. Mas, se vocês tiverem visualizado alguma coisa e quiserem debater

Leia mais

INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA

INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA SISTEMA MONETÁRIO É o conjunto de moedas que circulam num país e cuja aceitação no pagamento de mercadorias, débitos ou serviços é obrigatória por lei. Ele é constituído

Leia mais

Resolvendo problemas com logaritmos

Resolvendo problemas com logaritmos A UA UL LA Resolvendo problemas com logaritmos Introdução Na aula anterior descobrimos as propriedades dos logaritmos e tivemos um primeiro contato com a tábua de logarítmos. Agora você deverá aplicar

Leia mais

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhoras e Senhores Membros do Governo O actual momento de crise internacional que o mundo atravessa e que, obviamente, afecta a nossa Região, coloca às

Leia mais

Cálculo de Juros Simples e Composto no Excel - Parte 1

Cálculo de Juros Simples e Composto no Excel - Parte 1 Cálculo de Juros Simples e Composto no Excel - Parte 1 Grau de Dificuldade: 5 Olá turma... Nos próximos artigos, estarei exemplificando diversas maneiras para trabalhar com Juros Simples e Composto no

Leia mais

Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES

Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES Em notícias divulgadas nos meios de comunicação o Ministério da Educação informou as mudanças constantes relacionadas ao FIES. Segue abaixo

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE MATEMÁTICA

RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE MATEMÁTICA RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE MATEMÁTICA Caro aluno, Disponibilizo abaixo a resolução das questões de MATEMÁTICA da prova para o cargo de Técnico Bancário do Banco da Amazônia (BASA) 2015. Caso você entenda

Leia mais

CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA

CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA A Matemática Financeira se preocupa com o valor do dinheiro no tempo. E pode-se iniciar o estudo sobre o tema com a seguinte frase: NÃO SE SOMA OU SUBTRAI QUANTIAS EM DINHEIRO

Leia mais

MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA: 033337

MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA: 033337 1 Análise de Investimentos MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA: 033337 2 Sumário 1- Juros------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

PAYBACK - CALCULANDO O TEMPO NECESSÁRIO PARA RECUPERAR O INVESTIMENTO

PAYBACK - CALCULANDO O TEMPO NECESSÁRIO PARA RECUPERAR O INVESTIMENTO PAYBACK - CALCULANDO O TEMPO NECESSÁRIO PARA RECUPERAR O INVESTIMENTO Cálculo e interpretação do Payback Desvantagens do Payback Vantagens do Payback Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Equações do segundo grau

Equações do segundo grau Módulo 1 Unidade 4 Equações do segundo grau Para início de conversa... Nesta unidade, vamos avançar um pouco mais nas resoluções de equações. Na unidade anterior, você estudou sobre as equações de primeiro

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 5 INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 1.1 Processo de decisão de orçamento de capital A decisão de investimento de longo prazo é a decisão financeira mais

Leia mais

Matemática Financeira Módulo 2

Matemática Financeira Módulo 2 Fundamentos da Matemática O objetivo deste módulo consiste em apresentar breve revisão das regras e conceitos principais de matemática. Embora planilhas e calculadoras financeiras tenham facilitado grandemente

Leia mais

Correlação e Regressão Linear

Correlação e Regressão Linear Correlação e Regressão Linear A medida de correlação é o tipo de medida que se usa quando se quer saber se duas variáveis possuem algum tipo de relação, de maneira que quando uma varia a outra varia também.

Leia mais

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Metodologia da Investigaça

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

Prof. Flávio Henrique de Lima Araújo 19

Prof. Flávio Henrique de Lima Araújo 19 Um pouco mais sobre as funções matemáticas Em primeiro lugar precisamos ter em mente que o EXCEL é uma ferramenta poderosa que nos dá condição de trabalhar com planilhas eletrônicas, ou seja, com funções,

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

Tema 2: Mercado. Assunto 5: Dimensionando o mercado. Unidade 1: Qual o tamanho do meu mercado

Tema 2: Mercado. Assunto 5: Dimensionando o mercado. Unidade 1: Qual o tamanho do meu mercado Tema 2: Mercado Assunto 5: Dimensionando o mercado Unidade 1: Qual o tamanho do meu mercado Olá, caro(a) aluno(a). Este material destina-se ao seu uso como aluno(a) inscrito(a) no Curso Aprender a Empreender

Leia mais

Aspectos Sócio-Profissionais da Informática

Aspectos Sócio-Profissionais da Informática ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA I N S T I T U T O P O L I T É C N I C O D E C A S T E L O B R A N C O ENGENHARIA INFORMÁTICA Aspectos Sócio-Profissionais da Informática Jovens Empresários de Sucesso e Tendências

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel. Matemática Essencial Equações do Segundo grau Conteúdo Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.br/matessencial/ 1 Introdução

Leia mais

Matemática III. IFRS Campus Rio Grande

Matemática III. IFRS Campus Rio Grande 1.31. Introdução à Matemática Financeira Uma das aplicações das sequências é a Matemática Financeira. odemos associar os dois sistemas monetários com nossas As e Gs! O sistema de juros simples é associado

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

Módulo Gestão Financeira e Controladoria 6 e 20 de Fevereiro de 2010 Jonas Lucio Maia

Módulo Gestão Financeira e Controladoria 6 e 20 de Fevereiro de 2010 Jonas Lucio Maia MBA em Gestão Empresarial Módulo Gestão Financeira e Controladoria 6 e 20 de Fevereiro de 2010 Jonas Lucio Maia Slides Teóricos Aula 2 20/fev/10 CLIQUE GESTÃO PARA FINANCEIRA EDITAR O ESTILO E CONTROLADORIA

Leia mais

Preciso anunciar mais...

Preciso anunciar mais... Na maioria dos projetos que participamos, temos certeza de que quando o empreendedor inicia um trabalho de CRM, ele busca sempre é por uma vantagem competitiva: uma equipe de vendas mais eficiente, processos

Leia mais

CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO

CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A árvore de decisão é uma maneira gráfica de visualizar as consequências de decisões atuais e futuras bem como os eventos aleatórios relacionados.

Leia mais

Hoje estou elétrico!

Hoje estou elétrico! A U A UL LA Hoje estou elétrico! Ernesto, observado por Roberto, tinha acabado de construir um vetor com um pedaço de papel, um fio de meia, um canudo e um pedacinho de folha de alumínio. Enquanto testava

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Tendo isso em conta, o Bruno nunca esqueceu que essa era a vontade do meu pai e por isso também queria a nossa participação neste projecto.

Tendo isso em conta, o Bruno nunca esqueceu que essa era a vontade do meu pai e por isso também queria a nossa participação neste projecto. Boa tarde a todos, para quem não me conhece sou o Ricardo Aragão Pinto, e serei o Presidente do Concelho Fiscal desta nobre Fundação. Antes de mais, queria agradecer a todos por terem vindo. É uma honra

Leia mais

Artigo Opinião AEP /Novembro 2010 Por: Agostinho Costa

Artigo Opinião AEP /Novembro 2010 Por: Agostinho Costa Artigo Opinião AEP /Novembro 2010 Por: Agostinho Costa COMO ESTIMULAR A MUDANÇA NA SUA EMPRESA Parte II «O novo líder é aquele que envolve as pessoas na acção, que transforma seguidores em líderes, e que

Leia mais

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV Simulado 02 de Matemática Financeira Questões FGV 01. Determine o valor atual de um título descontado (desconto simples por fora) dois meses

Leia mais

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591 Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição

Leia mais

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA 3 OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA O Sr. Silva é proprietário de uma pequena indústria que atua no setor de confecções de roupas femininas. Já há algum tempo, o Sr. Silva vem observando a tendência de

Leia mais

Numa turma de 26 alunos, o número de raparigas excede em 4 o número de rapazes. Quantos rapazes há nesta turma?

Numa turma de 26 alunos, o número de raparigas excede em 4 o número de rapazes. Quantos rapazes há nesta turma? GUIÃO REVISÕES Equações e Inequações Equações Numa turma de 6 alunos, o número de raparigas ecede em 4 o número de rapazes. Quantos rapazes há nesta turma? O objectivo do problema é determinar o número

Leia mais

Primeiro, vamos explicar o fundo teórico do assunto, depois praticamos nossos conhecimentos seguindo as instruções dum pequeno tutorial.

Primeiro, vamos explicar o fundo teórico do assunto, depois praticamos nossos conhecimentos seguindo as instruções dum pequeno tutorial. 45 Capítulo 4 Juros, Taxas e tudo isso Neste livro não quero enfatizar as aplicações do Excel aos negócios, mas uma breve introdução ao uso das funções financeiras é indispensável, assim como, num capítulo

Leia mais

A máscara de sub-rede pode ser usada para dividir uma rede existente em "sub-redes". Isso pode ser feito para:

A máscara de sub-rede pode ser usada para dividir uma rede existente em sub-redes. Isso pode ser feito para: Fundamentos: A máscara de pode ser usada para dividir uma rede existente em "s". Isso pode ser feito para: 1) reduzir o tamanho dos domínios de broadcast (criar redes menores com menos tráfego); 2) para

Leia mais

Alternativas falhadas ao CED

Alternativas falhadas ao CED Alternativas falhadas ao CED Uma das principais razões para se advogar a prática do Capturar-Esterilizar-Devolver é que nada mais resulta! Quer pretendamos uma redução na população felina ou a diminuição

Leia mais