agora, a orientação mudou totalmente, passando-se a admitir que o estudante de Direito faça o intercâmbio por um semestre sem atrasar o curso!

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1 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome: Diana Freitas de Andrade Telefone: Nome do programa: PIANI Curso: Direito UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Relatório do Intercâmbio I Informações pessoais e acadêmicas 2. NOME DO PAÍS E UNIVERSIDADE ANFITRIÃ País: Espanha Universidade anfitriã: Universitat de València 3. PONTOS POSITIVOS E PONTOS NEGATIVOS DO PIANI O PIANI é um excelente programa de intercâmbio para o estudante que deseja conhecer de perto a realidade de uma universidade estrangeira. Integrando-o, o aluno passa a estudar as disciplinas que desejar na universidade anfitriã. Não há limites quanto ao número de disciplinas a serem estudadas, assim que se pode dispor de uma vasta gama de alternativas na hora de elaborar o plano de estudos. O aluno que realmente pretende estudar poderá usufruir de uma biblioteca incrível, de professores altamente qualificados, de uma boa infra-estrutura (campus com vários ginásios de esportes, muitos computadores, restaurantes, cafeterias etc) e de um sistema de comunicação com o professor, com a administração da universidade e com os demais alunos totalmente informatizados (p.ex.: pelo , a biblioteca diz quando o livro deve ser entregue; através da aula virtual o professor dá as notas e envia os materiais de estudos etc.) Para quem deseja ingressar em alguma pós-graduação no exterior, o PIANI se mostra de uma importância fundamental. Mantendo contato com os professores estrangeiros desde a graduação, acredito que a possibilidade de conseguir um mestrado ou doutorado se torna bem mais concreta. Não me interessei em buscar estágios, já que passei apenas um semestre estudando na UV. Uma desvantagem do PIANI é a total falta de estrutura que a UFPB oferece ao intercambista. Não há bolsa nem para o primeiro colocado na seleção, o que não vi acontecer em nenhuma outra universidade (do México, da Argentina, do Brasil etc.). Além do mais, os primeiros dias na nova cidade são difíceis (procurar apartamento, gastos com albergue) e, com certeza, alguma ajuda financeira nesse momento faz uma falta enorme. Realmente, os vultosos gastos que se tem de levar a cabo são um desestímulo para o estudante. Um outro quesito a ser avaliado negativamente diz respeito ao despreparo dos servidores da UFPB (não os da AAI, mas os do Centro em que estudo) para lidar com os procedimentos da matrícula institucional. Foram-me fornecidas muitas informações desencontradas, o que me fez temer perder o curso por falta de efetivação de matrícula. Além do mais, como o curso de Direito da UFPB é anual e o meu intercâmbio durou somente um semestre, eu pretendia não atrasar meu curso na UFPB por causa da viagem, como outros alunos haviam feito em semestres anteriores. No entanto, todos os servidores (inclusive os da AAI) negaram essa possibilidade, e eu tive de atrasar a conclusão do meu curso por um ano. Estranhamente, conversando com colegas do curso que passaram no PIANI deste ano de 2007, soube que a orientação da Coordenação de Direito e da AAI para quem queria fazer intercâmbio por apenas um semestre, sem perder o ano como eu perdi era a de fazer a matrícula normal, e não a institucional! É dizer: quando eu tentei me informar sobre como fazer para não perder o ano do curso, obtive a resposta de que isso me seria impossível;

2 agora, a orientação mudou totalmente, passando-se a admitir que o estudante de Direito faça o intercâmbio por um semestre sem atrasar o curso! 4. MAIORES DIFICULDADES Assistência da UV Impecável! A Assessoria Internacional da UV e o Decanato da Facultat de Dret dão total assistência aos intercambistas. Santiago (servidor da AI/UV que me parece ser o responsável direto pelo PIANI naquela instituição) é incrivelmente solícito e ajuda com prontidão na prestação de informações e na solução de problemas. Laura (servidora do Decanato da Facultat de Dret), igualmente, é bastante prestativa e assiste bastante os alunos estrangeiros. Língua Não tive tantas dificuldades com a língua. Na verdade, todos sabem que o espanhol se parece ao português e, também, eu já havia estudado a língua por mais de dois anos e sempre escutava músicas e via filmes latinos ou espanhóis. Na faculdade, não há maiores problemas para entender o que os professores dizem, pois a linguagem jurídica não muda quase nada do português para o espanhol. Além disso, os professores são bem condescendentes quanto aos erros de grafia e de pronúncia cometidos pelos alunos estrangeiros! Uma dificuldade mínima que existe é quanto ao valenciano (valencià), língua oficial da UV. Na universidade, há muitos cartazes e placas escritos em valenciano, o que às vezes complica um pouco a nossa vida. O que eu não recomendo é escolher disciplinas que só sejam ministradas em valenciano (a Facultat dá um caderninho em que você escolhe os horários e o idioma - castellano ou valencià - das disciplinas). Um dado interessante é que os alunos mais esquerdistas envolvidos/interessados em atividades políticas, assim como algumas pessoas já idosas, comunicam-se sempre em valenciano, já que o castellano foi uma língua imposta a todas as comunidades autônomas espanholas pela ditadura franquista. Custos Como se sabe, viver em algum país da Europa não é muito barato. No entanto, pelo que soube através de outros amigos que fizeram intercâmbio, morar em Valencia é até barato (bem mais do que em várias cidades da Inglaterra, da França...). [ * falarei mais sobre esse tópico em parágrafo posterior ] Moradia Achar apartamento é uma atividade muito desgastante, mas não é tão difícil não. Eu morei com as outras duas meninas da UFPB que fizeram PIANI, Flávia e Sílvia, e, assim, buscamos por um ap. que acomodasse somente nós três, pois preferimos não dividir a moradia com pessoas desconhecidas. O aluguel do ap. em que escolhemos morar era de 550 euros, divididos entre nós três (mais ou menos 183 euros para cada uma). Vivíamos em Benimaclet, um excelente lugar para se morar. O ap. era perto da Universidade (tanto do Campus de Tarongers, onde eu estudava, como da Facultad de Filologia, onde minhas amigas estudavam), perto de estação de metrô, de tranvía (trem de superfície), de parada de ônibus. Além do mais, no bairro havia muitos supermercados, farmácias, bares (!!!), correios, bancos, lojas do tipo atacadão (chinos), locutorios (espécie de lan house) etc. Enfim, Benimaclet é um excelente bairro para se morar! Para achar apartamento, a melhor dica que eu posso dar é essa: procure nos postes e nos murais da universidade! Garanto que esse não é um conselho leviano. Aliás, Everton, o menino que tinha ido a Valencia (pelo PIANI) antes de nós, também nos havia dado essa informação. O ideal é passar uns dois dias buscando anúncios nos postes da av. Blasco Ibañez e da av. dels Tarongers e ligar para os locadores. Buscar em jornal ou em imobiliárias é

3 roubada! As agências cobram para dar uma lista de apartamentos e você é quem tem de ligar para todos os números e descobrir que uns 90% dos imóveis já estão alugados. Alimentação Acho que a alimentação em Valencia não é problema. Nos supermercados há de tudo e os preços são bons. O melhor supermercado (leia-se: o mais barato) é o Mercadona. Ali fazíamos nossas compras e, além do mais, sempre procurávamos produtos da marca HACENDADO (comida), DELIPLUS (higiene pessoal) e BOSQUE VERDE (limpeza). Essas três marcas são boas e baratas e pertencem ao grupo Mercadona. Nos restaurantes Chinos, come-se muito e com pouco dinheiro. Com 5 euros, dá pra comer uma entrada, um prato principal com acompanhamento, uma sobremesa e uma bebida. Outra coisa gostosa e barata é o Kebab (sanduíche árabe), que custa uns 3,5 euros e servem como uma refeição. Tanto os Chinos quanto os Kebabs estão em todos os lugares da cidade, não há dificuldades para encontrá-los. Uma outra boa opção para comer são os Pollo Criollo, onde se pede comida para viagem (comida para llevar). Ali se pode encontrar o bom e velho galeto, o conhecido espetinho (pinchos), as patatas bravas (batatas cozidas ao molho), saladas e vários outros pratos. A gente comprava a comida no Pollo Criollo quando estava com preguiça de cozinhar: era só fazer arroz, comprar galeto e ser feliz! Cultura A diferença cultural entre alguém da classe média brasileira e um espanhol é mínima. Em tempos de globalização, as referências culturais (principalmente as do Ocidente) vão ficando homogêneas e, assim, não sofri nenhum choque cultural quando cheguei à Valencia. Os espanhóis são gentis e sempre prestam informações. Eu perguntava sempre, sempre, sempre. Mesmo quando eu estava, p.ex., embaixo da placa em que estava escrito Calle Rector Zaragoza e perguntava a alguém Por favor,?es ésa la Calle Rector Zaragoza?, me respondiam sem me dar um fora. Guardo uma boa imagem dos espanhóis, embora saiba que as meninas que foram comigo, Flávia e Sílvia, talvez tenham opinião divergente! Uma boa dica é perguntar aos idosos, já que muitos deles vivem solitários e não perdem a oportunidade de manter um diálogo, mínimo que seja, com um desconhecido (bem, eu gostava de conversar com eles!). Na universidade, é difícil fazer amizades com os espanhóis. É o tipo da coisa: eles são acostumados com intercambistas que entram e saem da Universidade todo semestre e, assim, acho que devem achar chato fazer amizade com gente que sempre vai-se embora logo. Os estrangeiros sempre ficam amigos entre si o que não é ruim, pois há muitos Erasmus em todos os cursos. Uma coisa que me chamou a atenção foi o nível acadêmico dos colegas de curso. É impressionante como eles não estudam nada! Os professores passavam a leitura de um livro e ninguém lia, ninguém estudava para as provas, ninguém participava dos debates. Um professor (Prof. Talavera) me falou que os melhores alunos da universidade são sempre estrangeiros, porque os alunos de lá não se dedicam minimamente aos estudos. Não sei se isso acontece somente no curso de Direito, mas, realmente, essa realidade me decepcionou um bocado. 6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As disciplinas que eu estudei foram: Derecho Administrativo Económico (Profa. Catalina Escuin), Ideas y formas políticas contemporáneas (Prof. Benito Sanz), Derechos Humanos (Prof. Pedro Talavera) e Economía de los países en desarrollo (Prof. March Poquet). Como ouvinte, assisti às aulas de Teoría del Derecho (Prof. Ernesto Vidal). Derecho Administrativo Económico (Profa. Catalina Escuin) Não gostei da matéria. As aulas eram muito monótonas (ditado) e, além disso, a única avaliação foi um trabalho cuja

4 apresentação consistia em ler o texto na íntegra durante a aula. Ou seja: várias e várias aulas ouvindo os colegas lerem seus trabalhos. Não recomendo. Ideas y formas políticas contemporáneas (Prof. Benito Sanz) Ótimo! Uma aula muito boa, dinâmica e com utilização de vários recursos multimídia. O professor Benito domina bem a matéria e é uma ótima pessoa sabe o nome e a nacionalidade de todos os alunos! Antes das aulas, o professor sempre mandava (tudo pela aula virtual ) um material para que lêssemos com antecedência. Assim, no final da disciplina, fiquei com excelentes textos sobre a matéria. Derechos Humanos (Prof. Pedro Talavera) Excelente! O professor sabe muito da matéria e é bastante didático na exposição dos temas. No entanto, diferentemente do prof. Benito e do prof. March, as aulas são bem tradicionais, sem uso de power point ou qualquer recurso do gênero. Os alunos ficam numa correria danada para copiar tudo o que ele diz, o que torna a aula um tanto cansativa. O melhor que eu achei nas aulas de DH foram as prácticas, que eram os debates sobre determinados temas polêmicos, como a eutanásia, os direitos dos animais, as pesquisas com células-tronco e a Lei do Véu francesa. Para mim, esses debates foram o melhor da universidade. O professor passava uns cinco textos e umas cinco perguntas sobre o tema e, no dia do debate, todos (pelo menos aqueles que faziam os exercícios) estávamos com alguma idéia para aportar à discussão. Como falei anteriormente, causou-me estranheza o fato de só os estrangeiros participarem das discussões. (obs.: o prof. Talavera faz parte do doutorado em DH da UV) Economía de los países en desarrollo (Prof. March Poquet) Muito boa a aula! O professor sabe muito! Tive alguma dificuldade para estudar a matéria, já que se trata de uma cadeira do curso de Economia, mas, mesmo assim, gostei bastante. As aulas são muito dinâmicas, com utilização de vários recursos multimídia. Foi a matéria mais difícil e a que mais estudei, mas, mesmo assim, não me arrependo! O professor sabia muito de Fernando Henrique, Lula, Celso Furtado, MST... Vale a pena! Teoria del Derecho (Prof. Ernesto Vidal) Boa aula. Assim como o prof. Talavera, o prof. Vidal é daqueles tradicionais, que dominam a matéria, mas que não usam muito o computador nas aulas. Uma coisa que me chamou a atenção foi a intolerância do professor quanto aos atrasos. A aula começava às 8h00 da manhã e os alunos chegavam, na cara-de-pau, às 8h20, 8h30, daí o prof. Vidal os mandava voltar na hora! Ficava vermelho de raiva! Assim, recomendo essa disciplina somente àqueles que conseguem acordar cedo e chegar pontualmente à universidade. (obs.: o prof. Vidal faz parte do doutorado em DH da UV) Além de estudar, eu também procurei treinar vôlei na UV. Contactei o técnico (ele não é bem o técnico, é mais um diretor de esportes ) do time feminino da universidade, Miguel, e me informei sobre os horários do treino. Fui treinar no Pabellón Universitário em uma terça-feira à noite e gostei bastante da equipe. As meninas jogam bem (eu jogo no time de vôlei daqui da UFPB) e os treinos são muito bons. O problema é que a equipe treinava para competir e eu realmente não queria deixar de pagar algumas das cadeiras que mais me interessavam para jogar vôlei. Parti para outro esporte. No frio, eu não me imaginava jogando tênis ou vôlei de praia, e o jeito foi entrar na academia da UV. Paguei 25 euros pelo semestre. A academia (gimnasio) tinha uma boa infra-estutura, era aquecida (muito importante) e os instrutores eram legais. Enfim, é uma boa alternativa para quem gosta de praticar atividades físicas e não suporta o frio! 7. ASSISTÊNCIA FORNECIDA PELA UFPB Na verdade, depois que eu cheguei a Valencia, não mais tive contato com a UFPB, assim não posso valorar como eficiente ou deficiente algo de que não lancei mão. No entanto, depois de voltar a João Pessoa, procurei saber como elaborar o relatório do PIANI e fui prontamente atendida! [ * tratei da assistência da UFPB no tópico 3 deste relatório ] 1. ESPANHA E VALENCIA II Informações turísticas

5 Valencia é uma cidade litorânea, um tanto grande para os parâmetros europeus: cerca de 700 mil habitantes. Está a meio caminho entre Barcelona (4h de ônibus) e Madrid (4h30 de ônibus). Linda! As praias não impressionam muito alguém que vive em João Pessoa (as nossas dão de 10 x 0), mas tudo o mais é muito bonito. A Ciudad de Las Ciencias y de las Artes é um complexo de museus, locais para exposições, feiras de ciências... É um monumento moderno, grandioso, de uma arquitetura impressionante! Também fazem parte do complexo o Hemisferic (um cinema em 3D com uma tela gigante, no formato côncavo) e o Oceanográfico (aquário gigante, shows de golfinhos). A Ciudad de las Ciencias y de las Artes fica no parque do Turia. O parque do Turia foi construído por cima do Rio Turia que, no passado, havia inundado a cidade. É imenso e muito bonito. Ótimo lugar pra pic-nic, para fazer corridas e o que eu mais gostava para andar de bicicleta (ali se podem alugar bicicletas), ou, simplesmente, para conversar, relaxar. As tardes de domingo no Turia são maravilhosas. Ali também há o Palau de la Musica. Acho que o Turia e a CCA são os principais pontos turísticos de Valencia. Há muitas praças lindas, há a Estación del Norte, o Barrio del Carmo... Enfim: uma ótima cidade para se morar. A festa mais famosa da cidade são as Fallas. É a festa do fogo, muito tradicional. Acontece no mês de março e, ao que parece, é algo tão grandioso que toda a cidade pára por uma semana. Por questões pessoais, não fiquei para conferir a festa, mas, mesmo assim, pelo que ouvi falar, é inacreditável! Clima Em Valencia, no mês de setembro e até meados outubro, dava para sair na rua de mini-saia, blusa de alcinha, sandália havaiana... Fazia calor. Acho que uns 30 C ou mais. Muita gente nas praias e tudo o mais. Em novembro a temperatura vai baixando... Recomendo a quem vai passar um semestre levar shorts, sandálias, camisetas (roupas que usamos aqui em João Pessoa) etc., porque tem gente que acha que vai chegar lá no maior frio e passa um aperto nos primeiros meses sem ter roupas de calor! No inverno, a temperatura não fica aquém dos 5 C. Ou seja: é um frio suportável! Não precisa sair de luvas e gorros bastam duas blusas de lã, um casaco, meias (meia-calça) grossas, calça jeans e tênis. Também não neva no inverno. Realmente, é muito bom esse aspecto da cidade o frio moderado! Quando fui à Alemanha e à França, quase morri com o frio de -3 C, -4 C (para mim, era um frio que não passava de jeito nenhum, mesmo com luvas grossas, gorros, milhares de blusas e meias...)! Outra coisa muito importante: NÃO COMPRAR ROUPAS DE FRIO NO BRASIL. Nada! Nenhuma meia, nenhuma bota, nenhum casaco. Tudo lá é muito mais barato do que aqui, mesmo convertendo para reais! P. ex.: um casaco bom de 20 a 30 euros, meias de lã (meiacalça) por uns 5 euros, blusas de lã por 10 euros, botas de 25 euros. Tem muitas lojas e, além do mais, existe o Mercadillo, que é uma feira rotativa, que a cada dia está em um bairro diferente (sei que na terça-feira, estava perto da Estación del Norte, na sexta-feira estava em Benimaclet, na Calle Emilio Baró e que, no sábado, estava em Benimamet). Lá, há roupas usadas e roupas novas. Com paciência, dá pra achar casacos ótimos por uns 5, 10 euros! Para quem quiser umas roupas mais style, fashion e tal, recomendo a loja Bershka, na Calle Colón (tem umas 3 lojas da Bershka por ali). São roupas com um bom preço e muito bonitas. 2. OUTROS LUGARES VISITADOS Minha estada na Europa durou somente 5 meses e, por isso, não viajei muito. Além do mais, fiquei estudando em casa durante muitos feriados... Bom, na Espanha, visitei Madrid, Barcelona e Toledo. É óbvio que Barcelona e Madrid são viagens imprescindíveis e que valem muito a pena. Se alguém, no entanto, tiver de escolher entre uma das duas, eu recomendaria Barcelona, pois a cidade me pareceu encantadora, muito moderna, diferente, repleta das fantásticas obras de Gaudí! Fui a Barcelona em outubro, porque é nessa época em que ainda se pode ir a grandes shows (fui a um show da banda Muse) e ainda ver um jogo do Barça! Deixar para ver os grandes times espanhóis (Real Madrid e Barcelona) quando eles forem jogar em Valencia não é

6 recomendável, pois os ingressos são muito caros (pelo que lembro, era uns 100 euros). Assim, é melhor planejar direitinho a ida à Madrid e a Barcelona, para pegar jogos, shows etc (ou antes de novembro ou só depois do inverno). No recesso de Natal e Ano-novo, fui à Alemanha (Stuttgart e Berlin) e a Paris. São cidades incríveis: Berlin pela história recente e Paris porque é Paris! No entanto, eu recomendo a ida a Paris em outro período que não o inverno, porque é uma cidade com jardins imensos e que, no inverno, não têm uma florzinha sequer! Passar o ano-novo em Paris também é uma lenda que eu não sei quem inventou! Não tem nada lá! Não tem fogos, bandas, shows, nada! Só um monte de gente na rua! Para quem não tem dinheiro para ficar naqueles restaurantes chiques o que era o meu caso -, é um saco. Tanto que nenhum europeu acreditava quando nós latinos dizíamos que o ano-novo em Paris é um sonho, porque eles sabiam que lá não tinha nada! Em Berlin (ia ter show de Robin Willians na rua), em Glasgow, em Roma, em Barcelona dizem que o ano-novo é bem mais legal. Antes de voltar pro Brasil, passei uns 3 dias em Roma. Lindíssima a cidade. O mais legal dessa viagem é que eu estava sozinha (minhas amigas não podiam viajar). Achei incrível viajar sozinha, porque assim pude conhecer um monte de gente que também estava só. É uma sensação de independência muito boa, vale a pena! III Custo de vida 1. VIAGEM E HOSPEDAGEM: Antes de irmos, reservamos um albergue com a ajuda de um amigo de Sílvia (uma das meninas que fez PIANI também) que morava em Valencia. Ficamos no albergue La Paz, na Av. del Puerto. Era um albergue fraquinho, mas barato (acho que não passava dos 15 euros a diária para quem tem menos de 26 anos). A passagem (ida e volta) custou 900,00 dólares. O trajeto era REC-Madrid/ Madrid- REC. Em Madrid, pegamos um táxi até a rodoviária (uns 20 euros, não lembro exatamente. A passagem de Madrid a Valencia custava entre 23 e 26 euros. Além de tudo, é preciso lembrar que é exigido um seguro-viagem de mais ou menos 850 reais para consegui o visto espanhol por 180 dias (meu caso). No caso de visto anual, o valor dobra. 2. TRANSPORTE: Uma vez em Valencia, passei a comprar, mensalmente, o BONO BUS. Custa uns 25 euros ao mês e, com ele, pode-se usar de qualquer meio de transporte (ônibus, metrô ou tranvía) ilimitadamente. Adotar a bicicleta como meio de transporte é uma boa. Não o fiz porque sofri uma queda na primeira vez em que tentei ir de bicicleta à faculdade. 3. ALIMENTAÇÃO E MORADIA: Já abordei esses tópicos em itens anteriores. 4. INTERNET: Nos primeiros dias, quando eu ainda não tinha um computador, usava a internet dos locutorios. Era 1 euro por hora. No entanto, depois, eu e as meninas contratamos a internet da ONO, que, pelo que lembro, saía a uns 15 euros para cada uma. Na universidade há uma série de computadores disponíveis, sendo necessário somente fazer a reserva pela internet. 5. LAZER: Um excelente lugar para ver filmes é o IVAC, na Plaza del Ayuntamiento. Ali, há uma série de mostras temáticas de cinema clássico ou contemporâneo. O melhor é o preço: 1 euro! Outro lugar imperdível é o Bar de los Cien Montaditos, onde se come sanduichinhos (montaditos) maravilhosos, muito gostosos e baratos (cada um custa 1 euro), num lugar muito agradável. Fica na Plaza de la Reina. Para quem gosta de boates, Valencia é uma ótima cidade. Há uma boate gigante que fica meio afastada da cidade a Bananas. Não gosto desse tipo de festa, mas na cidade há festas em boates quase todos os dias. Um lugar que eu gostava era o Barrio del Carmo. É o Centro Histórico da cidade, repleto de pubs. Um pub que eu gostava era o RADIO CITY, que, às vezes, tinha uma música mais alternativa, mais rock.