Avaliação Atuarial Município de Varre-Sai/RJ Brasília, junho de Data-base: 31/dezembro/2016 Avaliação Atuarial

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1 Avaliação Atuarial Município de Varre-Sai/RJ Brasília, junho de Data-base: 31/dezembro/2016 Avaliação Atuarial 1

2 ÍNDICE 1. Apresentação Bases Utilizadas na Elaboração da Avaliação Atuarial Bases Legais Bases Técnicas Base de Dados Depuração da Base de Dados Perfil da População Distribuição da População por Segmento Composição da Despesa com Pessoal por Segmento Estatísticas gerais dos servidores ativos, aposentados e pensionistas Benefícios do Plano Previdenciário Patrimônio do Plano Custo Previdenciário Benefícios em Capitalização Benefícios em Repartição de Capitais de Cobertura Custo Normal Total Plano de Custeio Custo Normal Custo Suplementar Financiamento com alíquota suplementar constante Financiamento com alíquota suplementar crescente Plano de Custeio Total Análises de Sensibilidade Impacto da Variação da Folha de Salários Impacto da Expectativa de Vida na RMBaC Impacto da Variação da Idade Média Atual Impacto da Variação da Idade Média de Aposentadoria Impacto da Variação da Taxa de Juros Real na RMBaC Impacto de Aportes Financeiros no Custo Suplementar Impacto do Crescimento Salarial na RMBaC Análises de Variações de Resultados Variação na base de dados cadastrais Variação no custo previdenciário Parecer Atuarial ANEXO 1 Relatório Estatístico ANEXO 2 Homologação dos Bancos de Dados ANEXO 3 Parâmetros e Base de Cálculo para os Fluxos de Caixa e Projeções ANEXO 4 Projeções ANEXO 5 Relatório Resumido da Execução Orçamentária ANEXO 7 Provisões Matemáticas Previdenciárias Registros Contábeis Avaliação Atuarial 2

3 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1: Premissas utilizadas no cálculo atuarial... 7 Quadro 2: Tábuas Biométricas utilizadas em função do evento gerador... 7 Quadro 3: Quantitativo da População Estudada por Segmento... 8 Quadro 4: Proporção entre Servidores Ativos / Aposentados e Pensionistas Quadro 5: Gasto com Pessoal por Segmento Quadro 6: Receita de Contribuição Quadro 7: Receitas e despesas Quadro 8: Ativos Quadro 9: Aposentados Quadro 10: Pensionistas Quadro 11: Total Quadro 12: Patrimônio constituído pelo RPPS Quadro 13: Tipo de Benefício e Regime Financeiro utilizado para o custeio Quadro 14: Custo Normal dos Benefícios em Capitalização Quadro 15: Custo Normal dos Benefícios em Repartição de Capitais de Cobertura Quadro 16: Custo Normal Quadro 17: Reservas Matemáticas Quadro 18: Situação das Reservas a Amortizar Quadro 19: Plano de Custeio do Custo Normal Quadro 20: Custo Total Quadro 21: Financiamento do Déficit Técnico Atuarial Vigente/Proposto Quadro 22: Plano de Custeio do Custo Total Quadro 23: Impacto da variação da folha salarial no CN e na RMBaC Quadro 24: Variação da RMBaC em Função da Expectativa de Vida Quadro 25: Variação de CN e Reservas em Função da Idade Média Atual Quadro 26: Variação da RMBaC em Função da Idade Média de Aposentadoria Quadro 27: Variações do Quantitativo de participantes Quadro 28: Variações das Folhas de Salários e Benefícios Quadro 29: Variações dos Salários e Benefícios Médios Quadro 30: Variações dos Custos Normais Quadro 31: Variações dos Valores de Reservas e Ativo do Plano Quadro 32: Variações dos Percentuais de Custo Previdenciário Quadro 33: Variáveis Estatísticas dos Servidores Ativos Não Professores Quadro 34: Variáveis Estatísticas dos Servidores Professores Quadro 35: Consolidação das Variáveis Estatísticas dos Servidores Ativos Quadro 36: Distribuição dos Servidores Ativos por Faixa Etária Quadro 37: Distribuição dos Servidores Ativos por Idade de Admissão Quadro 38: Distribuição dos Servidores Ativos por Faixa Salarial Quadro 39: Distribuição de Servidores Ativos por Tempo de Contribuição no Município Quadro 40: Distribuição dos Servidores Ativos por Idade Provável de Aposentadoria Quadro 41: Distribuição dos Servidores Ativos por Estado Civil Quadro 42: Variáveis Estatísticas dos Servidores Aposentados Quadro 43: Distribuição de Servidores Aposentados por Faixa Etária Quadro 44: Informações dos Aposentados por tipo de aposentadoria Quadro 45: Distribuição dos Servidores Aposentados por Faixa de Beneficio Quadro 46: Estatísticas dos Pensionistas Quadro 47: Distribuição dos Pensionistas por Faixa de Benefícios Avaliação Atuarial 3

4 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição da População Estudada por Segmento... 9 Gráfico 2: Projeção do Quantitativo de Servidores Aposentados e Pensionistas Gráfico 3: Composição da Despesa com Pessoal por Segmento Gráfico 4: Benefícios Previdenciários Gráfico 5: Segmentação Patrimonial Gráfico 6: RMBaC em função da Expectativa de Vida Gráfico 7: Reserva Matemática de Benefícios a Conceder Gráfico 8: Variação da RMBaC em Função da Taxa de Juros Real Gráfico 9: Variação do Custo Suplementar em Função de Aportes Financeiros Gráfico 10: RMBaC em função do crescimento real de salários Gráfico 11: Diferença entre a Professora e Servidor Civil do Sexo Masculino Gráfico 12: Distribuição dos Servidores Ativos por Faixa Etária Gráfico 13: Distribuição dos Servidores Ativos por Idade de Admissão Gráfico 14: Distribuição dos Servidores Ativos por Faixa Salarial Gráfico 15: Distribuição de Servidores Ativos por Tempo de Contribuição no Município Gráfico 16: Distribuição dos Servidores Ativos por Idade Provável de Aposentadoria Gráfico 17: Proporção de Servidores Ativos que deixam Dependentes em caso de Morte Gráfico 18: Distribuição de Servidores Aposentados por Faixa Etária Gráfico 19: Distribuição de Servidores Aposentados por Faixas de Valor de Benefício Gráfico 20: Distribuição de Pensionistas por Faixa de Benefícios Avaliação Atuarial 4

5 1. Apresentação A Avaliação Atuarial periódica de um Plano de benefícios de Regime Próprio de Previdência Social, além de ser uma exigência legal, prevista na Lei nº /98 e Portaria MPS nº. 204/08 é essencial para a organização e revisão dos planos de custeio e de benefícios, no sentido de manter ou atingir o equilíbrio financeiro e atuarial. Desta forma, a Caixa de Assistência, Previdência e Pensões dos Servidores Públicos do Município de Varre-Sai/RJ contratou a CAIXA para elaboração desta Avaliação Atuarial. Neste estudo o plano de custeio em vigor será analisado de forma a atestar a viabilidade de sua manutenção e, caso esteja em desequilíbrio, um ou mais planos de custeio serão discutidos e propostos, de forma a promover o equilíbrio de longo prazo do plano, sem desequilibrar as contas no curto e médio prazos. O trabalho foi desenvolvido em cinco etapas: Análise crítica da base de dados dos servidores ativos, aposentados e pensionistas; Análise dos Planos de custeio e de benefícios e dos demonstrativos previdenciários; Seleção das hipóteses financeiras e atuariais, regimes de financiamento e outros mecanismos de dimensionamento dos compromissos do plano e a realização do Cálculo Atuarial; Análise dos resultados e realização de estudos acerca da viabilização de Plano de Custeio; e Comparação dos resultados das três últimas Avaliações Atuariais realizadas para o grupo de servidores ativos, aposentados e pensionistas do Município de Varre-Sai. Avaliação Atuarial 5

6 2. Bases Utilizadas na Elaboração da Avaliação Atuarial 2.1. Bases Legais Constituição Federal (alterações introduzidas pelas Emendas Constitucionais n.os 20, 41, 47, 70 e 88, publicadas em 16 de dezembro de 1998, 31 de dezembro de 2003, 06 de julho de 2005, em 30 de março de 2012 e em 08 de maio de 2015, respectivamente); Lei nº , publicada em 28 de novembro de 1998; Lei nº , publicada em 21 de junho de 2004; Lei Complementar nº 152, de 03 de dezembro de 2015; Portaria MPS nº 204, publicada em 11 de julho de 2008, e alterações posteriores; Portaria MPS nº 402, publicada em 11 de dezembro de 2008, e alterações posteriores; Portaria MPS nº 403, publicada em 11 de dezembro de 2008,e alterações posteriores; Lei Municipal nº 563, de 03 de setembro de 2010; Lei Municipal nº 739, de 15 de outubro de 2014; e Lei Municipal nº 791, de 19 de novembro de Bases Técnicas A Base Técnica Atuarial é composta por todas as premissas, hipóteses e técnicas matemáticas, dentre outras, que norteiam o cálculo da Reserva Matemática de Benefícios Concedidos (RMBC), da Reserva Matemática de Benefícios a Conceder (RMBAC), do Custo Normal (CN) e do Custo Suplementar (CS) do Plano de Benefícios Previdenciário. Foram consideradas neste estudo as bases técnicas que entendemos serem aderentes às características da massa de participantes: Avaliação Atuarial 6

7 Quadro 1: Premissas utilizadas no cálculo atuarial Premissa Utilizado Taxa de Juros Real 1 6,00% a.a. Taxa de Inflação 0,00% a.a. Taxa de Crescimento Salarial Real 2 1,00% a.a. Taxa de Crescimento de Benefícios Real 0,00% a.a. Taxa de Rotatividade 3 0,00% a.a. Taxa de Despesas Administrativas 4 2,00% a.a. Novos Entrados Sim Compensação Previdenciária Sim Quadro 2: Tábuas Biométricas utilizadas em função do evento gerador Evento Gerador Tábua Mortalidade Geral 5 IBGE Ambos Sobrevivência IBGE Ambos Entrada em Invalidez ALVARO VINDAS Mortalidade de Inválidos IBGE Ambos 2.3. Base de Dados A base de dados utilizada nesta avaliação contém informações sobre os servidores ativos e aposentados do Município, bem como dos dependentes dos servidores e, ainda, as informações cadastrais dos pensionistas; Data-base dos dados: 30/12/2016; Data da avaliação: 31/12/2016; e Data da elaboração da avaliação: 22/06/2017. As características relativas à população, tempo de contribuição anterior à admissão na prefeitura, valor da remuneração, sexo, data de admissão, data de posse no cargo atual, função desempenhada, estado civil e as idades do servidor, do seu cônjuge e 1 De acordo com o Parágrafo Único do Artigo 9º da Portaria MPS nº. 403/08, a taxa de juros real do cálculo atuarial não poderá exceder a 6,00% ao ano. 2 De acordo com o Artigo 8º da Portaria MPS nº. 403/08, o crescimento salarial real apurado deverá apresentar uma elevação mínima de 1,00% ao ano. 3 Conforme o estabelecido no 1º do Artigo 7º da Portaria MPS nº. 403/08, a taxa de rotatividade máxima permitida é de 1,00% ao ano. 4 Apesar de o Artigo 15 da Portaria MPS nº. 402, de , constar que a taxa de administração não poderá exceder a dois pontos percentuais do valor total da remuneração, proventos e pensões dos segurados vinculados ao regime próprio de previdência social, relativamente ao exercício financeiro anterior, consideramos que a despesa administrativa será de 2,00% apenas sobre o total das remunerações. 5 Conforme caput do Artigo 6º e seu Inciso I, ambos, da Portaria MPS n.º 403/08, poderão ser utilizadas no cálculo atuarial quaisquer tábuas, desde que não indiquem obrigações inferiores às estabelecidas pela tábua atual de mortalidade gerada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Avaliação Atuarial 7

8 dos seus dependentes legais, considerada em uma análise atuarial, são variáveis que influenciam diretamente os resultados apresentados no estudo. Dessa forma, a combinação entre as variáveis estatísticas da população estudada e as garantias constitucionais e legais deferidas aos servidores públicos impacta na apuração do custo previdenciário, sobretudo em virtude dos seguintes fatores: quanto menor o tempo de contribuição maior será o custo previdenciário, uma vez que a forma de cálculo do benefício já está determinada, independendo da reserva financeira acumulada; e quanto maior o número de vantagens pecuniárias incorporadas à remuneração do servidor em atividade, maior será o crescimento real dos salários e consequentemente mais elevado será o custo previdenciário. Ressaltamos, ainda, que quanto mais perto da aposentadoria forem concedidas estas incorporações, menor será o prazo para a formação de reservas que possam garanti-las, resultando em um agravamento do custo previdenciário. 3. Depuração da Base de Dados A base de dados enviada pelo Município possui qualidade satisfatória para a realização do cálculo atuarial, sendo que algumas informações foram estimadas dentro dos princípios atuariais mais conservadores. O banco de dados cadastral foi analisado e as inconsistências encontradas foram corrigidas. As inconsistências e as respectivas hipóteses adotadas estão descritas no Anexo 2 deste relatório. A seguir serão evidenciadas as principais características da população analisada, através de gráficos e quadros estatísticos, delineando o perfil dos servidores ativos e aposentados e dos pensionistas. 4. Perfil da População 4.1. Distribuição da População por Segmento forma: A população analisada, em termos quantitativos, está distribuída da seguinte Quadro 3: Quantitativo da População Estudada por Segmento Ativos Aposentados Pensionistas Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. Avaliação Atuarial 8

9 Atendendo ao que dispõe o artigo 40 da Constituição Federal, com a redação ajustada pela EC nº 41/03, transcrito a seguir, foram considerados nesta avaliação atuarial os servidores titulares de cargos efetivos. Dessa forma, quando, neste texto, mencionarmos o termo servidores ativos, estaremos na verdade nos referindo aos servidores titulares de cargo efetivo. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e aposentados e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. O contingente populacional para cada um dos segmentos analisados apresentou a seguinte distribuição: Gráfico 1: Distribuição da População Estudada por Segmento Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. Analisando a composição da população de servidores do Município de Varre-Sai, verifica-se que o total de aposentados e pensionistas representa uma parcela de 21,28%. Esta distribuição aponta para uma proporção de 3,70 servidores ativos para cada servidor inativo ou dependente em gozo de benefício, conforme demonstrado no quadro a seguir. Avaliação Atuarial 9

10 Quadro 4: Proporção entre Servidores Ativos / Aposentados e Pensionistas Discriminação Ativos Aposentados e Pensionistas Proporção Ativos / Aposentados e Pensionistas Quantitativo 78,72% 21,28% 3,70 Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. É importante considerar que à medida que o tempo passa, o número de participantes em gozo de benefício aumenta, alterando significativamente tal proporção, podendo chegar à equiparação. O gráfico seguinte demonstra a evolução da população de servidores aposentados e pensionistas do Município de Varre-Sai prevista para as próximas décadas. Esta previsão é realizada considerando as possibilidades de desligamento que o grupo está sujeito, quais sejam: falecimento, aposentadoria e invalidez. Gráfico 2: Projeção do Quantitativo de Servidores Aposentados e Pensionistas Obs.: Esta projeção considera a reposição do servidor por outro com as mesmas características daquele que se desligou quando de sua admissão no Governo Municipal. Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. Observa-se que o crescimento de indivíduos em gozo de benefício é suave, evoluindo até atingir um ponto máximo em 2047, sofrendo uma pequena redução até atingir a maturidade do grupo, quando o quantitativo de servidores aposentados e pensionistas tenderá a estabilidade Composição da Despesa com Pessoal por Segmento composição: Os gastos com pessoal por segmento estão representados conforme a seguinte Avaliação Atuarial 10

11 Gráfico 3: Composição da Despesa com Pessoal por Segmento Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. Quadro 5: Gasto com Pessoal por Segmento Discriminação Folha Mensal Quantidade Remuneração Média Servidores Ativos R$ , R$ 1.727,38 Servidores Aposentados R$ , R$ 1.426,86 Pensionistas R$ ,63 30 R$ 1.297,29 Total R$ , R$ 1.658,58 Obs.: A despesa apresentada representa apenas os gastos com remuneração e proventos de servidores. Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. Considerando as informações descritas no quadro anterior, verifica-se que a despesa atual com pagamento de benefícios previdenciários do Município de Varre-Sai representa 21,97% da folha de pagamento dos servidores ativos, conforme demonstrado nos quadros abaixo: Quadro 6: Receita de Contribuição Discriminação Base de Cálculo Valor da Base de Cálculo Percentual de Contribuição Receita Servidores Ativos Folha de salários R$ ,10 11,00% R$ ,54 Servidores Aposentados Valor que excede teto do RGPS ,00% --- Pensionistas Valor que excede teto do RGPS ,00% --- Município - Custo Normal Folha de salários R$ ,10 13,00% R$ ,00 Município - Custo Suplementar Folha de salários R$ ,10 8,99% R$ ,43 Total de Receita de Contribuição Líquida R$ ,97 Município - Taxa de Adm. Folha de salários R$ ,10 2,00% R$ ,46 Total de Receita R$ ,43 Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. Avaliação Atuarial 11

12 Discriminação Quadro 7: Receitas e despesas Total Total de Receita de Contribuição Líquida R$ ,97 Total de Despesa Previdenciária Aposentadorias e Pensões R$ ,61 Auxílios --- Resultado (receitas - despesas) R$ ,36 Resultado sobre folha salarial 11,02% Resultado sobre arrecadação 33,41% Fonte: Banco de dados disponibilizado pelo Município. Elaboração: CAIXA. R$ ,61 Ressalte-se que os servidores ativos e o Município contribuem para o custeio dos benefícios com uma alíquota de 11,00% e 23,99%, respectivamente, sendo a contribuição Municipal segmentada em 13,00% para o Custo Normal, 2,00% para a Taxa de Administração e 8,99% para o Custo Suplementar, no ano de Ainda, os servidores aposentados e pensionistas contribuem com uma alíquota de 11,00%, incidente apenas sobre a parcela dos proventos e pensões que excederem o teto do RGPS. Desse modo, considerando uma arrecadação total de contribuição líquida de R$ ,97, verifica-se a existência de um excedente financeiro mensal da ordem de 11,02% da folha de salários dos servidores ativos. Conforme disposto no art. 10 da Lei nº , de 18 de junho de 2004, que modifica o art. 2º da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, a contribuição do Governo Municipal não poderá ser, nem inferior ao valor da contribuição do segurado, nem superior ao dobro dessa contribuição. Dessa forma, a contribuição patronal está de acordo com o citado dispositivo legal da legislação previdenciária. As contribuições dos servidores ativos também estão de acordo com parágrafo 1º do art. 149 da Constituição Federal combinado com o artigo 5º da Lei nº , publicada em 21 de junho de Avaliação Atuarial 12

13 4.3. Estatísticas gerais dos servidores ativos, aposentados e pensionistas Quadro 8: Ativos Discriminação Valores Quantitativo 629 Idade média atual 46 Idade média de admissão no serviço público 29 Idade média de aposentadoria projetada 59 Salário médio R$ 1.727,38 Total da folha de salários mensal R$ ,10 Quadro 9: Aposentados Discriminação Valores Quantitativo 140 Idade média atual 63 Benefício médio R$ 1.426,86 Total da folha de benefícios mensal R$ ,98 Quadro 10: Pensionistas Discriminação Valores Quantitativo 30 Idade média atual 62 Benefício médio R$ 1.297,29 Total da folha de benefícios mensal R$ ,63 Quadro 11: Total Discriminação Valores Quantitativo 799 Total da folha de salários e benefícios mensal R$ ,71 Avaliação Atuarial 13

14 5. Benefícios do Plano Previdenciário Para elaboração da avaliação atuarial, foram considerados todos os benefícios previdenciários descritos abaixo, inclusive o Abono Anual, previstos na legislação federal, para fins de apuração do custo: Pensão por Morte; Aposentadorias: compulsória e voluntária por tempo de contribuição e por idade; e Aposentadoria por Invalidez. Durante a extensão da fase laborativa do servidor desde a idade de entrada (y) no RPPS, há a possibilidade de ocorrência dos eventos principais: Gráfico 4: Benefícios Previdenciários Fonte: Adaptado de Fontoura, Elaboração: CAIXA. o d: a morte do servidor ativo; o i: entrada em invalidez do servidor ativo; o di: a morte do aposentado por invalidez; o a: idade de elegibilidade do servidor ativo ao benefício de Aposentadoria Voluntária e Compulsória; o da: morte do aposentado voluntário ou compulsório; o w: extinção do benefício. A morte do servidor ativo (d) gera ao Regime a obrigação de pagar o benefício de pensão vitalícia ou temporária aos dependentes, no caso do servidor ser casado e/ou Avaliação Atuarial 14

15 possuir dependentes. Já a entrada em estado de invalidez (i) ocasiona obrigatoriamente o pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez ao próprio servidor inválido durante a sua sobrevida. Caso o aposentado por invalidez venha a falecer (di), deixará aos seus dependentes (caso os tenha) o direito de receber da pensão dela correspondente, conforme as determinações legais do Plano. Estes benefícios são conhecidos como BENEFÍCIOS DE RISCO, uma vez que sua concessão é aleatória e involuntária. Caso o servidor percorra toda a extensão da fase laborativa, vivo e válido, incorrerá no terceiro evento (a), tornando-se elegível ao benefício de aposentadoria, seja ela por Tempo de Contribuição, por Idade ou Compulsória. Estes benefícios são conhecidos como BENEFÍCIOS PROGRAMADOS, uma vez que sua concessão é previsível e voluntária e seu pagamento é vitalício. O servidor receberá, a partir de então, sua renda de inatividade até o seu falecimento (da). Com esse evento, gera-se a obrigação de pagar o benefício de pensão aos respectivos dependentes, enquanto as exigências legais do status de dependência forem satisfeitas. 6. Patrimônio do Plano O Patrimônio efetivamente constituído pelo RPPS (Ativo do Plano) é o valor utilizado para fazer face às Reservas Matemáticas calculadas (Passivo do Plano) e determinará se o Plano de Benefícios Previdenciário está equilibrado, deficitário ou superavitário. Esse patrimônio pode ser composto por bens, direitos e ativos financeiros. Esses ativos financeiros, segundo o art.2º da Resolução CMN nº 3.922/2010, podem estar segmentados em Renda Fixa, Renda Variável e Imóveis (Fundos Imobiliários). O quadro a seguir apresenta o valor do patrimônio do RPPS e sua respectiva data de apuração. Quadro 12: Patrimônio constituído pelo RPPS Especificação Valor Data da Apuração Aplicações R$ ,33 31/12/2016 Acordos de Parcelamento R$ ,75 31/12/2016 Imobilizado R$ ,52 31/12/2016 Total R$ ,60 31/12/2016 Avaliação Atuarial 15

16 Gráfico 5: Segmentação Patrimonial 7. Custo Previdenciário A determinação do custo previdenciário foi realizada considerando o seguinte modelo de financiamento: Quadro 13: Tipo de Benefício e Regime Financeiro utilizado para o custeio Benefício Regime Financeiro Aposentadoria Voluntária e Compulsória CAP Reversão da Aposentadoria Voluntária e Compulsória em Pensão CAP Aposentadoria por Invalidez RCC Reversão da Aposentadoria por Invalidez em Pensão RCC Pensão por Morte do Servidor Ativo RCC Onde: CAP = Capitalização RCC = Repartição de Capitais de Cobertura 7.1. Benefícios em Capitalização O Regime Financeiro de Capitalização possui uma estrutura técnica de forma que as contribuições pagas por todos os servidores e pelo Município, juntamente com os rendimentos oriundos da aplicação dos ativos financeiros, são incorporados às Reservas Matemáticas, que deverão ser suficientes para manter o compromisso total do Regime Próprio de Previdência Social para com os participantes sem que seja necessária a utilização de outros recursos, considerando que as premissas estabelecidas para o Plano Previdenciário se verificarão. Avaliação Atuarial 16

17 Conforme o 1º do artigo 4º da Portaria MPS nº 403/2008, alterado pela Portaria MPS nº 21/2013, o Regime Financeiro de Capitalização será utilizado como mínimo aplicável para o financiamento das aposentadorias programadas e pensão por morte destes aposentados. Desta forma, para o cálculo dos benefícios de Aposentadoria Voluntária e Compulsória (reversível aos dependentes) utilizou-se o Regime Financeiro de Capitalização, tendo como método de acumulação de reservas o Agregado. Como o próprio nome já diz, o cálculo do custo é realizado de forma agregada. Conforme estabelecido na Nota Técnica Atuarial do RPPS, o Custo Normal dos benefícios em Capitalização é equivalente à contribuição normal estabelecida na legislação do Município, líquido do Custo Normal dos Benefícios em Repartição de Capitais de Cobertura e Taxa de Administração. Quadro 14: Custo Normal dos Benefícios em Capitalização CUSTO NORMAL Custo Anual Taxa sobre a folha de ativos Aposentadoria Voluntária e Compulsória R$ ,61 16,22% Reversão da Aposentadoria Voluntária e Compulsória em Pensão R$ ,52 1,49% 7.2. Benefícios em Repartição de Capitais de Cobertura O Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura possui uma estrutura técnica de forma que as contribuições pagas por todos os servidores e pelo Município, em um determinado período, deverão ser suficientes para constituir integralmente as Reservas Matemáticas de Benefícios Concedidos decorrentes dos benefícios gerados nesse mesmo período. Conforme o 2º do artigo 4º da Portaria MPS nº 403/2008, alterado pela Portaria MPS nº 21/2013, o Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura será utilizado como mínimo aplicável para o financiamento dos benefícios de risco de aposentadoria por invalidez e pensão por morte de segurados em atividade. Quadro 15: Custo Normal dos Benefícios em Repartição de Capitais de Cobertura CUSTO NORMAL Custo Anual Taxa sobre a folha de ativos Aposentadoria por Invalidez R$ ,65 2,68% Reversão da Aposentadoria por Invalidez em Pensão R$ ,08 0,21% Pensão por Morte do Servidor Ativo R$ ,21 3,40% À medida que esses eventos ocorrerem ao longo do ano, as reservas técnicas correspondentes integrarão a Reserva Matemática de Benefícios Concedidos, observados o plano de contas do RPPS. Avaliação Atuarial 17

18 7.3. Custo Normal Total Quadro 16: Custo Normal CUSTO NORMAL Custo Anual Taxa sobre a folha de ativos Aposentadorias com reversão ao dependente R$ ,14 17,71% Invalidez com reversão ao dependente R$ ,73 2,89% Pensão de ativos R$ ,21 3,40% Auxílios CUSTO NORMAL ANUAL LÍQUIDO R$ ,08 24,00% Administração do Plano R$ ,01 2,00% CUSTO NORMAL ANUAL TOTAL R$ ,09 26,00% O Custo Normal Anual Total do Plano corresponde ao somatório dos valores necessários para a formação das reservas para o pagamento de aposentadorias programadas, dos de benefícios de risco (pensão por morte de servidores ativos e aposentadoria por invalidez) adicionado à Taxa de Administração. Como o próprio nome diz, os valores do Custo Normal Anual correspondem ao valor que manterá o Plano equilibrado durante um ano, a partir da data da avaliação atuarial. Na reavaliação atuarial anual obrigatória, as reservas deverão ser recalculadas e será verificada a necessidade ou não de alteração na alíquota de contribuição. Apesar do Artigo 15 da Portaria MPS nº 402, de 11 de dezembro de 2008, dispor que a taxa de administração não poderá exceder a dois pontos percentuais incidentes sobre o valor total da remuneração, proventos e pensões dos segurados vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social, relativamente ao exercício financeiro anterior, informamos que, para resguardar os recursos previdenciários, optamos pela adoção de uma postura mais conservadora e consideramos como base para o cálculo da despesa administrativa, o total das remunerações de contribuição dos servidores ativos, relativamente ao exercício financeiro anterior. Avaliação Atuarial 18

19 Quadro 17: Reservas Matemáticas Discriminação Valores (-) Valor Presente dos Benefícios Futuros (aposentados) R$ ( ,99) (+) Valor Presente das Contribuições Futuras (aposentados) --- (-) Valor Presente dos Benefícios Futuros (pensionistas) R$ ( ,91) (+) Valor Presente das Contribuições Futuras (pensionistas) --- (+) Valor Presente da Compensação Previdenciária a receber --- Reserva Matemática de Benefícios Concedidos (RMB Concedido) R$ ( ,90) (-) Valor Presente dos Benefícios Futuros R$ ( ,22) (+) Valor Presente das Contribuições Futuras R$ ,83 (+) Valor Presente da Compensação Previdenciária a receber* R$ ,32 Reserva Matemática de Benefícios a Conceder (RMB a Conceder) R$ ( ,07) (-) Reserva Matemática de Benefícios Concedidos (RMBC) R$ ( ,90) (-) Reserva Matemática de Benefícios a Conceder (RMBaC) R$ ( ,07) Reservas Matemáticas (RMBaC + RMBC) R$ ( ,97) (+) Ativo Financeiro do Plano** R$ ,85 (+) Valor do Saldo Devedor dos Parcelamentos*** R$ ,75 Déficit Técnico Atuarial R$ ( ,37) Reservas a Amortizar R$ ( ,37) * Para efeito de estimativa da Compensação Previdenciária referente aos Benefícios a Conceder, estimou-se utilizando como base o tempo de serviço anterior dos servidores anteriormente à admissão no Município, sendo esta estimativa limitada em 10,00% sobre o Valor Presente dos Benefícios Futuros dos servidores Ativos. ** O ativo financeiro do Plano foi informado referente a 31/12/2016. *** Valor do Saldo Devedor dos Créditos, que o RPPS tem para com a Prefeitura. O Município de Varre-Sai através da Lei nº 791, de 19 de novembro de 2015, instituiu um Plano de Amortização para o equacionamento do Déficit Técnico do Plano. O montante correspondente ao Valor Presente da Contribuição Suplementar Futura deste Plano de Amortização é de R$ ,56 6, entretanto, como tal valor é superior ao valor das reservas a amortizar, foi alocado na conta Outros Créditos o valor limitado ao Déficit apurado, R$ ,37. Trata-se de uma conta redutora de passivo. Desta forma o plano encontra-se em Equilibrio Técnico Atuarial. Quadro 18: Situação das Reservas a Amortizar Discriminação Valores (-) Reservas a Amortizar R$ ( ,37) (+) Outros Créditos * R$ ,37 Equilíbrio Técnico Atuarial R$ 0,00 * Correspondente ao Valor Presente da Contribuição Suplementar futura instituído pela Lei Municipal nº 791, de 19/11/2015. definições: Para entendimento do quadro Reservas Matemáticas apresentamos as seguintes 6 Considerando a aplicação das alíquotas suplementares previstas na Lei Municipal nº 791/2015, sobre a folha de salários atual crescendo 1,00% ao ano. Avaliação Atuarial 19

20 Valor Presente corresponde ao somatório de pagamentos futuros que serão efetuados pelo Regime Próprio de Previdência Social, trazidos à data atual, descontados os juros acumulados em cada período e as probabilidades de decremento do grupo de servidores ativos, seja por morte, aposentadoria, invalidez, exoneração ou demissão; RMB Concedido corresponde ao somatório das reservas necessárias ao pagamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas atuais descontadas as contribuições futuras que serão vertidas ao plano de previdência, tanto da parte patronal como da parte dos servidores; RMB a Conceder corresponde ao somatório das reservas necessárias ao pagamento dos benefícios de aposentadoria e pensão para os atuais ativos descontadas as contribuições futuras que serão vertidas ao plano de previdência, tanto da parte patronal como da parte dos servidores; Reserva a Amortizar corresponde ao valor necessário para a amortização do déficit técnico atuarial. 8. Plano de Custeio 8.1. Custo Normal As contribuições atualmente vertidas à Caixa de Assistência, Previdência e Pensões dos Servidores Públicos do Município de Varre-Sai/RJ somam 26,00% (11,00% para o servidor e 15,00% para o Município). Como o Custo Normal apurado nesta avaliação é de 26,00%, deverá ser mantido o patamar contributivo atual, conforme: Quadro 19: Plano de Custeio do Custo Normal Discriminação Alíquota Sobre a Folha Mensal dos Ativos 15,00% Contribuição do Município Sobre a Folha Mensal dos Aposentados 0,00% Sobre a Folha Mensal dos Pensionistas 0,00% Servidor Ativo 11,00% Contribuição do Segurado Aposentado* 11,00% Pensionista* 11,00% * A contribuição dos aposentados e pensionistas incide sobre a parcela do benefício excedente ao teto dos benefícios pagos pelo RGPS Custo Suplementar É a contribuição destinada, entre outras finalidades, a custear o tempo de serviço passado e/ou para o equacionamento de déficits atuariais. Avaliação Atuarial 20

21 Para que o Plano esteja em equilíbrio financeiro e atuarial, o patrimônio constituído pelo RPPS deverá fazer frente às Reservas Matemáticas. Entretanto, se o valor do patrimônio total for inferior ao valor das Reservas Matemáticas, gerando assim as Reservas a Amortizar, o Plano estará deficitário. Deve-se entender que se o Custo Normal tivesse sido praticado desde a contratação do primeiro servidor no Município, formando-se reserva, mesmo que em algum momento a folha de benefícios fosse maior ou igual à de salários, a arrecadação resultante da aplicação desta alíquota somada à receita de ganho financeiro seria suficiente para cobrir as despesas. Uma vez havendo este entendimento, há que se vencer o maior obstáculo: o financiamento das Reservas a Amortizar Financiamento com alíquota suplementar constante Considerando o prazo restante de 32 anos para a integralização das Reservas a Amortizar e respeitando o prazo máximo de 35 anos, estabelecido pelo 1º do Artigo 18 da Portaria MPS nº 403, de 11 de dezembro de 2008, o valor de R$ ,37 corresponde a um Custo Suplementar de 29,07% sobre a folha de ativos, de responsabilidade do Tesouro Municipal. O quadro seguinte demonstra o Custo Total para o Município de Varre-Sai, considerando o Custo Normal e o Custo Suplementar com alíquota constante. Quadro 20: Custo Total CUSTO NORMAL Custo Anual Taxa sobre a folha de ativos CUSTO NORMAL R$ ,09 26,00% CUSTO SUPLEMENTAR (Em 32 anos) R$ ,91 29,07% CUSTO TOTAL R$ ,00 55,07% Onde: Custo Normal corresponde ao custo normal anual líquido normal acrescido do custo administrativo do plano previdenciário; Custo Suplementar corresponde ao financiamento, em um prazo determinado, da diferença entre a reserva existente no plano previdenciário e o somatório das reservas necessárias para arcar com o pagamento dos benefícios de aposentadoria e pensão de cada servidor e/ou dependente; Custo Total corresponde à soma do Custo Normal e Suplementar. Avaliação Atuarial 21

22 O plano de financiamento deverá ser revisto nas reavaliações atuariais anuais, sempre respeitando o prazo remanescente para o equacionamento, ou seja, contado a partir da implementação do prazo de amortização inicial (32 anos) Financiamento com alíquota suplementar crescente Conforme informado pelos gestores, o Município de Varre-Sai através da Lei nº 791, de 19 de novembro de 2015, instituiu um Plano de Amortização para o equacionamento do Déficit Técnico do Plano. Como tal Plano de Amortização será suficiente para integralizar as Reservas a Amortizar apuradas nesta Avaliação Atuarial, recomenda-se a manutenção das alíquotas praticadas atualmente, conforme o quadro abaixo: Quadro 21: Financiamento do Déficit Técnico Atuarial Vigente/Proposto Ano Saldo inicial (R$) Pagamento (R$)* Saldo Final (R$) % da folha de salários , , ,71 11,76% , , ,68 14,54% , , ,50 17,32% , , ,90 20,10% , , ,13 22,88% , , ,30 25,66% , , ,69 28,44% , , ,67 31,22% , , ,70 31,22% , , ,31 31,22% , , ,12 31,22% , , ,05 31,22% , , ,74 31,22% , , ,54 31,22% , , ,63 31,22% , , ,30 31,22% , , ,29 31,22% , , ,06 31,22% , , ,85 31,22% , , ,35 31,22% , , ,95 31,22% , , ,38 31,22% , , ,48 31,22% , , ,11 31,22% , , ,88 31,22% , , ,57 31,22% , , ,06 31,22% , , ,51 31,22% , , ,59 31,22% , ,36 0,00 31,22% , ,81 0,00 31,22% Avaliação Atuarial 22

23 Ano Saldo inicial (R$) Pagamento (R$)* Saldo Final (R$) % da folha de salários , ,75 0,00 31,22% Definições: Nº de Meses no Cálculo do 1º Ano: Proporcional (13). Saldo Inicial: Valor do Déficit Técnico Atuarial. Pagamento: Valor Amortizado. Considerando a aplicação das alíquotas suplementares previstas na Lei nº 791/2015 sobre a folha de salários atual crescendo 1,00% ao ano Saldo Final: Valor do Déficit (-) Pagamento. % da Folha de Salários: Alíquota do Custo Suplementar incidente sobre a remuneração dos servidores ativos Este financiamento deverá ser adotado em conjunto com medidas que venham a reduzir o Déficit Técnico, tais como o levantamento da informação referente ao Tempo de Contribuição a outros regimes previdenciários anteriormente à admissão dos servidores, bem como a viabilização de aporte de recursos ao fundo, para que o Custo Suplementar não atinja o patamar final de 31,22%. Anualmente a taxa de crescimento das alíquotas deverá ser revista Plano de Custeio Total Considerando o Custo Normal apurado nesta avaliação e os planos de financiamento do déficit apresentados anteriormente, o Plano de Custeio Total poderá as seguintes características: Quadro 22: Plano de Custeio do Custo Total Discriminação Alíquotas de Contribuição Custo Normal CS constante CS escalonado* Sobre a Folha Mensal dos Ativos 15,00% 29,07% 11,76% Contribuição do Município Sobre a Folha Mensal dos Aposentados 0,00% Sobre a Folha Mensal dos Pensionistas 0,00% Ativo 11,00% Contribuição do Segurado Aposentado** 11,00% Pensionista** 11,00% * Conforme o quadro 21. ** A contribuição dos aposentados e pensionistas incide sobre a parcela do benefício que excede o teto dos benefícios pagos pelo RGPS. Avaliação Atuarial 23

24 9. Análises de Sensibilidade Para uma melhor percepção da influência que algumas variáveis têm na apuração do Custo Previdenciário, serão realizadas a seguir algumas simulações, com base nos resultados apresentados: quanto à variação da folha de salários; quanto à variação da expectativa de vida; quanto à variação na idade média atual; quanto à variação na idade média de aposentadoria; quanto à variação da taxa de juros real considerada no cálculo; quanto ao impacto de aportes financeiros; e quanto ao crescimento salarial Impacto da Variação da Folha de Salários Considerando as variações da folha de salários dos servidores em atividade, a Reserva Matemática de Benefícios a Conceder sofre os seguintes impactos: Quadro 23: Impacto da variação da folha salarial no CN e na RMBaC Variação da Folha de Salários Folha Salarial CN RMBaC Variação RMBaC -15% R$ ,64 26,00% R$ ,04-13,36% -10% R$ ,79 26,00% R$ ,78-8,91% -5% R$ ,95 26,00% R$ ,50-4,45% 0% R$ ,10 26,00% R$ ,07 0,00% 5% R$ ,26 26,00% R$ ,96 4,42% 10% R$ ,41 26,00% R$ ,99 8,86% 15% R$ ,57 26,00% R$ ,86 13,29% Conforme observado no quadro anterior, as variações na folha salarial, devido o método definido na Nota Técnica Atuarial, não impactam no Custo Normal Total, porém ao variarmos a folha salarial dos servidores ativos, observa-se um impacto na Reserva Matemática de Benefícios a Conceder (RMBaC). Aumentando-se a Folha Salarial em 5,00%, por exemplo, a RMBaC sofrerá um aumento de 4,42%, enquanto o Custo Normal permanecerá constante. Avaliação Atuarial 24

25 9.2. Impacto da Expectativa de Vida na RMBaC A expectativa de vida influencia no Custo Previdenciário, pois este parâmetro serve para medir quanto tempo o Plano pagará benefícios previdenciários a um participante aposentado. Por exemplo, considerando-se a idade média de aposentadoria projetada para o grupo de servidores ativos, 59 anos, espera-se pagar o benefício de aposentadoria por mais 22,72 anos. Para efeito de simulação, consideramos as principais tábuas de mortalidade utilizadas em Planos Previdenciários, sendo avaliadas as expectativas de vida resultante e os efeitos na Reserva Matemática de Benefícios a Conceder, conforme quadro e gráfico seguintes. Quadro 24: Variação da RMBaC em Função da Expectativa de Vida Fator X Tábua Mort Expectativa de Vida aos 59 anos RMBaC AT ,20 R$ ,16 AT ,44 R$ ,66 AT ,44 R$ ,17 IBGE Ambos 21,99 R$ ,82 IBGE Ambos 22,39 R$ ,21 IBGE Ambos 22,56 R$ ,02 IBGE Ambos 22,72 R$ ,07 Avaliação Atuarial 25

26 Gráfico 6: RMBaC em função da Expectativa de Vida 9.3. Impacto da Variação da Idade Média Atual Variações na idade média atual, devido o método definido na Nota Técnica Atuarial, não impactam no Custo Normal Total, porém o envelhecimento do grupo de servidores ativos implica em aumento nos valores de Reservas de Benefícios a Conceder. O gráfico seguinte ilustra a evolução da RMBaC. Avaliação Atuarial 26

27 Gráfico 7: Reserva Matemática de Benefícios a Conceder O quadro abaixo demonstra como o Custo Normal e a RMBaC variam em função da idade média atual dos servidores ativos. Variação da Idade Média Atual Quadro 25: Variação de CN e Reservas em Função da Idade Média Atual Custo Normal Aposentadoria Invalidez Pensão Total RMBaC 43 18,98% 2,25% 2,77% 26,00% R$ , ,59% 2,44% 2,97% 26,00% R$ , ,17% 2,65% 3,18% 26,00% R$ , ,71% 2,89% 3,40% 26,00% R$ , ,22% 3,15% 3,63% 26,00% R$ , ,67% 3,45% 3,88% 26,00% R$ , ,08% 3,79% 4,13% 26,00% R$ , Impacto da Variação da Idade Média de Aposentadoria O quadro abaixo revela que variações na idade média de aposentadoria têm forte impacto na RMBaC. Desta forma, é de grande importância que o cálculo desta estatística seja consistente, caso contrário, corre-se o risco de se incorrer em significativo erro destas contas. Avaliação Atuarial 27

28 Quadro 26: Variação da RMBaC em Função da Idade Média de Aposentadoria Varia Id Apos. RMBaC 56 R$ ,91 57 R$ ,27 58 R$ ,36 59 R$ ,07 60 R$ ,73 61 R$ ,17 62 R$ , Impacto da Variação da Taxa de Juros Real na RMBaC Oscilações positivas e negativas em torno desta da taxa de retorno financeiro de 6,00% ao ano (taxa de juros real), como pode ser observado no gráfico seguinte, provocam variações na RMBaC apurada, elevando-a ou reduzindo-a. Fica evidente, a importância de se buscar uma boa rentabilidade para os ativos financeiros do Regime Próprio seguindo, entretanto, os parâmetros definidos na Resolução CMN nº /2010. Gráfico 8: Variação da RMBaC em Função da Taxa de Juros Real Elaboração: CAIXA. Avaliação Atuarial 28

29 9.6. Impacto de Aportes Financeiros no Custo Suplementar A análise de sensibilidade sobre o impacto provocado pelo aporte de recursos financeiros ao regime previdenciário é de fundamental importância para a tomada de decisão dos administradores do Plano. Os aportes poderão ser integralizados por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, desde que avaliado em conformidade com Lei n 4.320/64. Gráfico 9: Variação do Custo Suplementar em Função de Aportes Financeiros Elaboração: CAIXA. Na análise realizada verificou-se que a cada R$ 2,4 milhões aportados ao Fundo, o Custo Suplementar é reduzido em 1,14 pontos percentuais. Note-se que se for aportado o equivalente ao total das reservas necessárias, R$ ,37, este Custo Suplementar deixará de existir, estando as reservas totalmente integralizadas. Avaliação Atuarial 29

30 9.7. Impacto do Crescimento Salarial na RMBaC Analisando-se uma possível variação no crescimento real médio dos salários dos servidores ativos de todas as carreiras consideradas nesta avaliação, verificou-se o seguinte resultado: Gráfico 10: RMBaC em função do crescimento real de salários Elaboração: CAIXA. Oscilações positivas em relação ao crescimento real médio dos salários dos servidores públicos fazem com que o valor da RMBaC se eleve, ao passo que oscilações negativas provocarão uma redução da RMBaC. Vale lembrar que o crescimento salarial é fortemente influenciado pelas incorporações (anuênios, triênios, quinquênios, funções, etc.), pelas progressões no quadro funcional e pelos reajustes salariais concedido s aos servidores ativos pela política de recursos humanos peculiar a cada Município da Federação. Observa-se que a taxa de crescimento salarial atua de forma inversa à taxa de juros, pois enquanto um crescimento salarial mais elevado tem como consequência um maior custo para o plano, taxa de juros mais elevadas originam custos mais baixos. Avaliação Atuarial 30

31 10. Análises de Variações de Resultados Passamos a descrever agora, as principais variações entre os resultados apurados neste estudo e os das três últimas avaliações atuariais. Foi utilizada para esta análise a base de dados cadastral que contempla toda a massa de participantes e os dados referentes às avaliações anteriores, colhidos dos Demonstrativos de Resultados das Avaliações Atuariais DRAAs Variação na base de dados cadastrais Quadro 27: Variações do Quantitativo de participantes Discriminação Quantitativo de Participantes Ativos Aposentados Pensionistas Quadro 28: Variações das Folhas de Salários e Benefícios Discriminação Folha de Salários e benefícios Ativos Aposentados Pensionistas 2015 R$ ,03 R$ ,48 R$ , R$ ,52 R$ ,15 R$ , R$ ,10 R$ ,98 R$ ,63 Quadro 29: Variações dos Salários e Benefícios Médios Discriminação Salários e Benefícios Médios Ativos Aposentados Pensionistas 2015 R$ 1.332,57 R$ 1.065,55 R$ 1.028, R$ 1.515,10 R$ 1.249,20 R$ 1.192, R$ 1.727,38 R$ 1.426,86 R$ 1.297,29 Dos dados dispostos nos quadros acima podem ser feitas as seguintes análises: Houve aumento de 46 servidores ativos, 16 aposentados e 2 pensões, de Dez/2015 a Dez/2016; o crescimento nominal e real do salário médio no período de Dez/2015 a Dez/2016 foi de 14,01% e 6,97%, respectivamente. Para tal comparação, utilizou-se a variação do INPC no período, equivalente a 6,58%. Avaliação Atuarial 31

32 10.2. Variação no custo previdenciário Quadro 30: Variações dos Custos Normais CUSTO NORMAL Aposentadorias com reversão ao dependente 14,69% 17,48% 17,71% Invalidez com reversão ao dependente 2,27% 2,93% 2,89% Pensão de ativos 4,85% 3,59% 3,40% Auxílios 0,00% 0,00% 0,00% CUSTO ANUAL LÍQUIDO NORMAL 21,81% 24,00% 24,00% Administração do Plano 4,19% (*) 2,00% 2,00% CUSTO ANUAL NORMAL TOTAL 26,00% 26,00% 26,00% (*) Percentual aplicado sobre a folha salarial e equivalente a 2,00% da folha salarial e de benefícios. Quadro 31: Variações dos Valores de Reservas e Ativo do Plano Reservas Matemáticas (RMBaC + RMBC) (-) Reserva Matemática de Benefícios Concedidos (RMBC) (-) Reserva Matemática de Benefícios a Conceder (RMBaC) R$ ,31 R$ ,96 R$ ,90 R$ ,50 R$ ,05 R$ ,39 Reservas Matemáticas (RMBaC + RMBC) R$ ,81 R$ ,01 R$ ,29 (+) Ativo Líquido do Plano R$ ,88 R$ ,44 R$ ,85 (+) Acordos de Parcelamento R$ ,31 R$ ,55 R$ ,75 (+) Compensação Financeira a Receber R$ ,74 R$ ,18 R$ ,32 Resultado Técnico Atuarial R$ ( ,88) R$ ( ,84) R$ ( ,37) Quadro 32: Variações dos Percentuais de Custo Previdenciário CUSTO Custo Normal 26,00% 26,00% 26,00% Custo Suplementar (*) 6,21% 8,99% 11,76% Custo Total 32,21% 34,99% 37,76% (*) Corresponde ao percentual previsto ao exercício correspondente. Dos dados dispostos nos quadros acima, podem ser feitas as seguintes análises: A constância observada nas alíquotas do Custo Normal, apesar da variação no benefício de Aposentadoria Voluntária, decorre da característica do Método de Financiamento utilizado (método Agregado), que é calculado para que o resultado total do Custo Normal seja equivalente à soma das alíquotas estabelecidas em Lei; O Custo de Aposentadoria por Invalidez com reversão e o Custo de Pensão por Morte de Ativos reduziram em, respectivamente, 0,04% e 0,19%, devido à Avaliação Atuarial 32