EFEITO DE DUAS TÉCNICAS DE ALONGAMENTO MUSCULAR DOS ISQUIOTIBIAIS NA AMPLITUDE DE EXTENSÃO ATIVA DO JOELHO E NO PICO DE TORQUE

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1 ÍSSN Rev. bras. fisioter. Vol. 9, No. I (2005 ) Revista Brasileira de Fisioterapia EFEITO DE DUAS TÉCNICAS DE ALONGAMENTO MUSCULAR DOS ISQUIOTIBIAIS NA AMPLITUDE DE EXTENSÃO ATIVA DO JOELHO E NO PICO DE TORQUE Vieira, W. H. B., 1 Valente, R. Z., 1 Andrusaitis, F. R., 1 Greve, J. M. A. 1 e Brasileiro, J. S. 2 'Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, IOT, HC, FMUSP 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN Correspondência para: Wouber Hérickson de Brito Vieira, Laboratório de Eletrotermofototerapia, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos, Rod. Washington Luís, km 235, C.P. 676, CEP , São Carlos, SP, Brasil, hericksonfisio@yahoo.com.br Recebido: 5/5/2004- Aceito: 16/12/2004 RESUMO Contexto: Os exercícios de alongamento são amplamente utilizados na fisioterapia. No entanto, seus reais benefícios não estão completamente esclarecidos. Objetivo: O propósito deste estudo foi investigar o efeito do alongamento dos isquiotibiais na amplitude de movimento de extensão ativa do joelho e no pico de torque desse grupo muscular. Método: Participaram da pesquisa l 4 indivíduos de ambos os sexos, com idade média de 22,92 ± 0,9 anos, sedentários, os quais foram submetidos a 5 ciclos de alongamentos diários, com 30 segundos cada, por um período de três semanas. Foram utilizados dois protocolos de alongamento: o primeiro grupo (G 1 ), representado pelos membros inferiores direitos dos indivíduos, utilizou a técnica FNP sustentar-relaxar, enquanto o segundo (G2), constituído pelos membros inferiores esquerdos, realizou manobras passivas/estáticas. Para a avaliação da ADM utilizou-se um.goniômetro universal e para o pico de torque, um dinamômetro isocinético da marca Cybex A análise estatística foi realizada por meio dos testes ANO VA e post-hoc de Dunn's, considerando o nível de significância :s; 5%. Resultados: Observou-se aumento na ADM em ambos os grupos: de 149 ± 14 para 162 ± 11 (p < 0,01) para o Gl e de 148 ± 14 para 162 ± 11 (p < 0,01) para o G2. No entanto, não houve diferença entre os grupos. Ocorreu aumento significativo no torque dos membros do grupo G 1 após a aplicação da técnica de alongamento do tipo FNP a 60 /s (de 89 ± 36 Nm para 96 ± 40 Nm) e a 240 /s (de 59± 24 Nm para 68 ± 27 Nm)- p < 0,01. Por outro lado, não houve diferença estatisticamente significativa no torque dos membros do G2. Conclusões: Esses dados sugerem que o programa de alongamento muscular utilizando a técnica contrair-relaxar pode influenciar na ADM e no torque muscular. Entretanto, a técnica de alongamento estático/passivo produziu ganhos apenas na ADM. Palavras-chave: flexibilidade, isquiotibiais, pico de torque, amplitude de movimento (ADM). ABSTRACT Effect of two hamstring muscle stretching techniques on the range of motion of active knee extension and on peak torque Background: Stretching exercises are widely used in physiotherapy. However, their real benefits are not completely clear. Objective: To identify the effect of hamstring stretching on the range of motion (ROM) of active knee extension and on the maximum torque of this muscle group. Method: Fourteen subjects with sedentary lifestyle (5 men and 9 women), aged 20 to 24 years (mean: ± 0.9), participated in this study. They underwent 5 stretching cycles per day, lasting 30 seconds each, for 3 weeks. Two stretching protocols were used: FNP-sustain-relax technique in the right leg (group 1) and static/passive technique in the left leg (group 2). For ROM evaluation, the universal goniometer was used, and for maximum torque, the Cybex 6000 isokinetic dynamometer. The ROM and maximum torque results were analyzed using ANOVA with Dunn's post-hoc test, both with significance levei :s; 5%. Results: An increase in the ROM was observed in both legs: from 149 ± 14 to 162 ± 11 o (p < 0.01) for G 1 and from 148 ± 14 to 162 ± 11 o (p < 0.01) for G2. However there were no statistical differences between the protocols. A significant increase in maximum

2 72 Vieira. W H. B. et a/. Rev. bras. fisioter. torque was found in G I, from 89 ± 36 Nm to 96 ± 40 Nm at 60 /s and from 59 ± 24 Nm to 68 ± 27 Nm at 240 /s (p < 0.01 ). Conclusions: These findings suggest that stretching protocols using the FNP-sustain-relax technique can increase both ROM and muscle torque. However, the static/passive technique only increases ROM. Key words: flexibility, hamstring, peak torque, range of motion (ROM). INTRODUÇÃO O alongamento muscular consiste em qualquer manobra com a finalidade de aumentar a flexibilidade ou a amplitude de movimento (ADM), 1 enquanto flexibilidade é a capacidade das estruturas que compõem os tecidos moles, como músculo, tendão e tecido conjuntivo, se alongarem por meio da ADM disponível, sendo o músculo o principal contribuinte Os exercícios voltados à ampliação da mobilidade articular já eram provavelmente realizados pelos antigos e recomendados por Hipócrates. No entanto, foi somente em 1969 que se identificou claramente a flexibilidade como específica para as articulações e para o movimento humano. 5 Atualmente, os exercícios de alongamento são cada vez mais utilizados em academias de ginástica e centros de reabilitação, sendo praticados antes e/ou após programas de atividades físicas e no próprio esporte, visando ao aumento da flexibilidade, à redução do risco de lesão e à melhora da performance no esporte Especificamente na fisioterapia, o exercício de alongamento é um recurso sempre presente, atuando como coadjuvante tanto no aspecto preventivo quanto no processo de reabilitação de indivíduos. Um estudo realizado com indivíduos idosos e saudáveis comparou dois programas de flexibilidade, sendo um associado a programa de fortalecimento muscular, e sugeriu que o programa utilizando somente o alongamento muscular seria mais efetivo no ganho de ADM quando comparado ao outro programa contra-resistência. 10 Sendo assim, o alongamento muscular mostra-se importante quando se deseja ganho de flexibilidade, sobretudo antes e/ou após exercícios contra-resistência. 11 Os benefícios do alongamento muscular não são todos conhecidos, sendo muitas vezes contraditórios na literatura especializada, de modo que é possível que diferentes estratégias de treinamento para distintos movimentos articulares produzam resultados diversos Alguns estudos anteriores, investigando alterações na força a partir de exercícios de alongamento, foram realizados em animais. Estudos mais recentes sobre a mesma temática foram realizados em seres humanos, no entanto, sem consenso entre eles Autores compararam o efeito do tempo e das diferentes técnicas de alongamento muscular no ganho de ADM dos isquiotibiais e sugeriram que 30 segundos de alongamento na freqüência de uma vez por dia, utilizando as técnicas de alongamento estático ou de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), promovem os melhores benefícios. 18.J 9 Esses tipos de alongamento promovem diminuição da resistência do tecido conectivo e conseqüente aumento na ADM. 8 Estudo verificando o efeito em longo prazo de técnicas de alongamento sobre a flexibilidade e o torque máximo dos isquiotibiais em humanos não mostrou aumento na flexibilidade desse grupo muscular. Apesar disso foi registrado aumento nos torques máximos concêntrico e excêntrico em diferentes velocidades quando utilizada a técnica FNP em comparação com o alongamento estático. 13 Corroborando com esses achados, outros autores registraram aumento na força isotônica dos isquiotibiais após regime de 12 semanas em um programa de alongamento muscular do tipo FNP. 14 Durigon 20 sugere que o alongamento muscular atua como facilitador na produção de força muscular, tratando-se, portanto, de um mecanismo de vantagem mecânica, de modo que, quanto maior o comprimento do músculo, maior será a capacidade de produzir tensão até determinado limite. Por outro lado, à medida que o músculo se encurta ele deixa de ser capaz de produzir pico de força e desenvolve fraqueza com retração. 1 Durante o alongamento, os componentes elásticos do músculo absorvem trabalho mecânico e o armazenam como energia potencial, a qual é liberada durante a contração concêntrica, de maneira que, aumentando a extensão/comprimento do músculo, mais energia pode ser armazenada e subseqüentemente liberada durante a contração do músculo. m Sendo assim, o propósito deste estudo foi investigar o efeito de duas técnicas de alongamento dos isquiotibiais na amplitude de movimento de extensão ativa do joelho e no pico de torque desse grupo muscular. Sujeitos METODOLOGIA Fizeram parte do estudol4 indivíduos saudáveis de ambos os sexos, sendo 5 do sexo masculino e 9 do feminino, com média de idade de 22,9 ± 0,9 anos. Nenhum dos indivíduos tinha alterações de origem musculoesquelética ou neurológica no quadril, coxa ou joelho nem praticava atividades físicas de caráter regular, sendo considerados, portanto, sedentários, conforme os critérios adotados pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte. 21 Foram excluídos os sujeitos que não compareceram por dois ou mais dias aos procedimentos tanto avaliativos quanto de intervenção. Após a aprovação do projeto de pesquisa pela.comissão de Ética para Análise de Projeto de Pesquisa da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina

3 Vol. 9 No. I, 2005 Alongamento dos Isquiotibiais na ADM e Torque Isocinético 73 da USP, todos os indivíduos foram informados sobre os objetivos do estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, conforme resolução CSN 196/96. Instrumentação Para o registro do torque máximo utilizou-se um dinamômetro isocinético - Cybex Para o registro da ADM de extensão ativa dos joelhos foi utilizado um goniômetro universal. Utilizou-se ainda bicicleta estacionária, fichas de avaliação, macas e colchonetes. Procedimentos Os membros inferiores dos 14 indivíduos foram divididos em dois grupos: os membros direitos constituíram o grupo 1 (G 1 ), enquanto os esquerdos formaram o grupo 2 (G2). Todos os indivíduos foram submetidos a uma avaliação inicial para ambos os membros seguida de 3 semanas sem qualquer intervenção, de modo que esses dados representassem a linha de base dos sujeitos. Após esse período, os indivíduos foram submetidos a um programa de alongamento, utilizando duas técnicas distintas. O G 1 foi submetido à técnica de alongamento com Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) do tipo sustentarrelaxar, enquanto o G2 usou a técnica estática/passiva. Procedimentos de Avaliação Todos os indivíduos foram submetidos a três avaliações: inicial, intermediária e final, para registro da ADM e do torque máximo dos isquiotibiais a 60 /s e 240 /s. A avaliação da ADM foi realizada com o indivíduo deitado em decúbito dorsal sobre uma maca com o quadril posicionado a 90 de flexão e o membro contra-lateral estabilizado em completa extensão, conforme preconizado por Sullivan. 22 Essa avaliação foi realizada por dois examinadores, sendo um responsável pela medida goniométrica e o outro pela estabilização dos membros. Essa angulação da articulação do quadril tem se mostrado a mais fidedigna para avaliar a flexibilidade dos isquiotibiais. 22 Para o registro do torque máximo, os voluntários realizaram um breve aquecimento durante cinco minutos em uma bicicleta estacionária sem carga. Em seguida, os voluntários foram posicionados no dinamômetro isocinético, o qual se encontrava previamente calibrado. O quadril foi mantido em um ângulo de 90 e o tronco, a pelve e a coxa dos sujeitos foram estabilizados por meio de cintas para evitar possíveis movimentos compensatórios. O eixo de rotação do dinamômetro foi alinhado com o do joelho avaliado (aproximadamente na altura do epicôndilo lateral do fêmur), enquanto o apoio do braço do dinamômetro foi fixado na perna do sujeito, de forma a permitir um arco completo de dorsiflexão do tornozelo, como demonstrado na Figura I. Antes do início do registro dos dados realizou-se um préteste de adaptação no aparelho isocinético, que incluiu a realização de três contrações concêntricas voluntárias submáximas e em toda a amplitude de movimento pré-programada, nas velocidades de 60 /s e 240 /s. Decorrido um breve período de repouso, o sujeito realizou quatro contrações concêntricas máximas dos isquiotibiais, partindo de uma extensão completa do joelho até a amplitude de flexão pré-programada, a uma velocidade de 60 /s. Após intervalo de descanso de três minutos, o sujeito realizou seis contrações concêntricas máximas do mesmo grupo muscular com velocidade angular de 240 /s. O maior torque registrado no monitor foi considerado o pico de torque (PT). Uma vez concluída a avaliação de um membro, os mesmos procedimentos de teste foram realizados no membro contralateral. Todos os procedimentos de teste realizados na avaliação inicial foram repetidos após 3 semanas na avaliação intermediária e após mais 3 semanas na avaliação final, para subseqüente análise comparativa. Os procedimentos de avaliação e alongamento foram realizados no mesmo local (laboratório de estudos do movimento) e horário do dia (das 14 às 16 horas). Figura 1. Posicionamento do indivíduo no dinamômetro isocinético para a realização dos testes.

4 74 Vieira. W. H. B. et ai. Rev. bras..fisiota Protocolo de Alongamento Para ambas as técnicas, os indivíduos encontravamse deitados em decúbito dorsal sobre um colchão com o joelho estabilizado em extensão máxima. O quadril foi gradativamente fletido até que atingisse a flexão máxima, com o membro contralateral estabilizado em completa extensão, conforme Figura 2. A posição de alongamento máximo foi determinada pelo limiar de dor do indivíduo, o qual foi considerado como o momento inicial da sensação de dor referida pelos sujeitos. Esses protocolos de alongamento foram baseados nos estudos de Bandy & Irion 18 e Worrel et al. 13 Técnica FNP- sustentar-relaxar: cada voluntário realizou 5 ciclos de alongamento diários, de segunda a sextafeira, durante 3 semanas. Cada ciclo foi realizado durante 30 segundos, sendo 5 segundos de contração isométrica dos isquiotibiais e I O segundos de alongamento com os músculos relaxados, seguidos de nova contração de 5 segundos com mais I O segundos de alongamento. Foi respeitado um intervalo de 30 segundos de repouso entre cada ciclo. Técnica estático/passivo: realizaram-se 5 ciclos de alongamento diários, de segunda a sexta-feira, durante 3 semanas. Cada ciclo consistiu de 30 segundos com o membro relaxado na posição de máximo alongamento, respeitandose o intervalo de 30 segundos de repouso. Tratamento e Análise dos Dados Utilizou-se o teste ANOVA para analisar a variância entre as avaliações, tanto da ADM quanto do pico de torque, bem como o teste post-hoc de Dunn's, considerando 5% como nível de significâ~cia estatística (p ~ 0,05). RESULTADOS ADM: na Figura 3 verifica-se que não ocorreu nenhuma alteração estatisticamente significativa entre a 1" e a 2ª avaliação, período durante o qual não houve intervenção para ambas as técnicas. Por outro lado, houve aumento estatisticamente significativo na ADM após o programa de alongamento, ou seja, entre a 2ª e a 3ª avaliação, bem como entre a Iª e a 3ª avaliação, tanto no G I, o qual foi submetido à técnica de alongamento FNP do tipo sustentar-relaxar, quanto no G2, submetido à técnica de alongamento estático/passivo. Pico de torque a 60 /s: houve aumento no pico de torque após a aplicação do protocolo de alongamento no G 1 entre a 1 ª e a 3 avaliação. Quanto aos membros do G2, não se observou nenhum tipo de modificação estatisticamente significativa, conforme ilustrado na Figura 4a. Pico de torque a 240 /s: da mesma forma que a 60 /s, observa-se na Figura 4b aumento no torque no G I após aplicação do programa de alongamento com FNP entre a Iª e a 3ª avaliação. Por outro lado, não se observam modificações estatisticamente significativas nos dados do G2. DISCUSSÃO Como se pode observar nos resultados referentes à ADM, houve ganho estatisticamente significativo na ADM de extensão ativa do joelho utilizando as técnicas de alongamento do tipo FNP- sustentar-relaxar e estático/passivo. Os protocolos de alongamento mostraram-se eficazes para o ganho de ADM. Esse fato concorda com outros estudos Tal achado pode ser atribuído à diminuição na resistência passiva do tecido conectivo (unidade músculotendínea), como referido por outros autores Outro fato observado foi que não houve diferença estatisticamente significativa entre as técnicas utilizadas, conforme observado também em outros estudos Nesse sentido, a utilização de qualquer uma dessas técnicas mostra-se eficaz para o ganho de ADM de extensão ativa do joelho. A técnica FNP foi referida pelos sujeitos como a mais confortável. Esse fato pode ter alguma relação com a inibição autogênica proporcionada pelo órgão tendinoso de Golgi a partir de uma contração máxima, conforme sugerem Andrews 2 e Alter. 4 Dessa forma, o alongamento com a técnica FNP pode ser uma alternativa para aqueles sujeitos que relatarem excessivo desconforto quando submetidos a manobras de alongamento passivo. Após o programa de alongamento pôde-se observar aumento estatisticamente significativo no torque máximo a 60 /s somente no G 1, o qual foi submetido à técnica de alongamento FNP. Provavelmente, esse aumento pode ter alguma relação com o tipo de técnica empregada, haja visto que ela apresentava curtos períodos de contrações isométricas máximas em cada ciclo sobre a musculatura investigada. O aumento na força isotônica após um programa de alongamento tipo FNP também foi evidenciado no estudo de Kokkonen & Lauritzen. 14 Um mecanismo menos provável para tal achado deve-se ao aumento na relação comprimento-tensão do músculo (mecanismo de vantagem mecânica), o qual proporcionaria maior acúmulo de energia potencial e, conseqüentemente, geraria maior torque, como sugerem Durigon, 20 Worrell, 13 Krivickas 3 e Smith. 7 No entanto, como não foi registrada diferença entre as técnicas no que se refere ao ganho de ADM, tal relação se torna questionável. Os resultados referentes ao torque máximo a 240 /s se comportaram da mesma forma que os obtidos a 60 /s, de modo que as discussões anteriores também se adequam a esse tópico. Esse fato vem reforçar a uniformidade dos procedimentos realizados. Outro aspecto a ser considerado consiste no possível efeito somatório das técnicas, tendo em vista que ambos os protocolos de alongamento foram aplicados nos mesmos indivíduos. Há a possibilidade de que a técnica aplicada em um membro tenha afetado a performance do outro. Embora esses efeitos não tenham sido avaliados, sua possível influência não pode ser descartada.

5 Vol. 9 No. I Alongamento dos Isquiotibiais na ADM e Torque lsocinético 75 Figura 2. Posicionamento durante as manobras de alongamento para ambas as técnicas avaliadas. 200 Amplitude de movimento (em graus) 180 ** ** ' aval ' aval o FNP Estático passivo 3ª aval. Figura 3. Médias e desvios-padrão dos valores da ADM de extensão ativa dos joelhos obtidos durante a I, 2 e 3" avaliações para as técnicas de alongamento FNP e estático passivo. (** Significância estatística p < 0,0 I.) 140 ** 140 B E 80 z D 1' aval. D2' aval. E z 60 3' aval o o 100 ** FNP Estático passivo FNP Estático passivo Figura 4. Médias e desvios-padrão dos valores do Pico de Torque a 60 /s (A) e a 240 /s (B) obtidos durante a P, 2 e 3 avaliações para as técnicas de alongamento FNP e estático passivo. (** Significância estatística p < 0,01.)

6 76 Vieira, W. H. B. et ai. Rev. bras. fisioter. Uma consideração referente a futuros estudos seria a alocação aleatória dos membros incluídos em determinado grupo, como forma de atenuar possíveis influências do fator dominância. CONCLUSÕES Houve aumento estatisticamente significativo na ADM extensora do joelho utilizando qualquer uma das duas técnicas propostas, porém não se observou diferença estatisticamente significativa entre as técnicas de alongamento FNP do tipo sustentar-relaxar e estático/passivo no que se refere ao ganho de extensão ativa. Houve aumento significativo no torque máximo dos isquiotibiais somente no grupo submetido à técnica FNP, tanto a 60 /S como a 240 /s. Futuros estudos utilizando diferentes protocolos de alongamento muscular, indivíduos com níveis diferenciados de condicionamento físico e a análise de sua interferência na performance muscular deveriam ser realizados, tendo em vista a grande utilização desse recurso terapêutico na prática do fisioterapeuta. Sugerimos ainda que os futuros estudos incluam métodos de "cegamento" nos procedimentos de medida e análise como forma de minimizar possíveis influências por parte dos pesquisadores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS I. Kisner C, Colby LA. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Manole; Andrews JR, Harrelson LG, Wilk KE. Reabilitação física das lesões esportivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Krivickas LS. Treinamento de flexibilidade. In: Frontera WR, Dawson DM, Slovik DM. Exercício físico e reabilitação. São Paulo: Artmed; P Alter MJ. Ciência da t1exibilidade. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; Araújo CGS. Avaliação e lreinamento da t1exibilidade. In: Ghopayeb N, Barros T. O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu; P Taylor DC, Dalton JD Jr, Seaber AV. Experimental muscle strain injury: early functional and strutctural deficits and the increased risk for reinjury. Am J Sports Med 1993; 21: Smith CA. The warm-up procedure: to stretch or not to stretch. A brief review. J Orthop Sports Phys Ther 1994; 19: Muir LW, Chesworth BM, Vandervoort AA. Effect of a static calf-stretching exercise on the resistive torque during passive ankle dorsit1exion in healthy subjects. J Orthop Sports Pbys Ther 1999; 29(2): Kroll PG, Goodwin ME, Nelson TL, Ranelli DM, Roos K. The effect of increased hamstring t1exibility on peak torque, work, and power production in subjects with seventy degrees or greater of straight leg raise (SLR) [abstract]. Phys Ther 2001; 81 (suppl 5). I O. Girouard CK, Hurley BF. Does strenght training inhibits gains in range of motion from t1exibility training in older adults. Med Sei Sports Exerc 1995; 27: Dantas EHM. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 3ª ed. Rio de Janeiro: Shape; Fowles JR, Sale DG, Macdougall JD. Reduced strength after passive stretch of the human plantar t1exors. 1 Appl Physiol 2000; 89: Worrell TW, Smith TL, Winegardner J. Effect o f hamstring strething on hamstring muscle performance. J Orthop Sports Phys Ther 1994; 20: Kokkonen J, Lauritzen S. Isotonic strength and endurance gains throhgh PNF stretching. Med Sei Sports Exerc 1995; 27(suppl 22). 15. Rosenbaum D, Hennig EM. The int1uence of stretching and warm-up exercises on Achilles tendon ret1ex activity. J Sports Sei 1995; 13: Magnusson SP, Simonsen EB, Aagaard P, Kjaer M. Biomechanical responses to repeated stretches in human hamstring muscle in vivo. Am J Sports Med 1996; 24: Kokkonen J, Nelson AG, Cornwell A. Acute muscle stretching inhibits maximal strength performance. Res Quart Exerc Sport 1998; 69: I 8. Bandy WD, Irion JM. The effect of time on static stretch on the t1exibility of the hamstring muscle. Phys Ther 1994; 74: Bandy WD, Irion JM, Briggler M. The effect of time and frequency of static. Phys Ther 1997; 77(10): Durigon OFS. Alongamento muscular: PT. II - a interação mecânica. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo 1995; 2(2): Am College Sport Med. Guidelines for exercise, testing and prescription. 4ª ed. Philadelphia: Lea & Febiger; Sullivan MK, Dejulia JJ, Worrel TW. Effect of pelvic position and stretching method on hamstring muscle flexibility. Med Sei Sports exerc 1992; 24(12):

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