N o v o R u m o N o v a O r d e m T R I É N I O
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- Fernando Vilaverde Clementino
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1 PROGRAMA DE CANDIDATURA AOS ÓRGÃOS REGIONAIS NORTE DA ORDEM DOS ARQUITECTOS Nós, Arquitetos, estamos preocupados com o futuro da profissão no nosso país! É imenso o sentimento de frustração e desânimo que se instalou entre todos nós, Arquitectos. A frustração de quem presta os seus serviços e não recebe os honorários devidos. A frustração de quem tem, tantas vezes, de pagar para trabalhar, fazendo face às despesas inerentes a um projecto. O desânimo perante as campanhas publicitárias encetadas pela actual direcção, que falam apenas para os Arquitectos e muito pouco, ou nada, para o público em geral. Chegou a hora de NÓS, ARQUITECTOS, tomarmos uma posição: ou nos unimos e agimos já, ou estaremos - definitivamente - condenados a ter uma profissão progressivamente desprestigiada e sem viabilidade económica. Com a força das nossas convicções e acções, conseguiremos mais para TODOS OS ARQUITECTOS. Todos temos de contribuir para uma Ordem ao serviço dos ARQUITECTOS e da Sociedade. NÓS, ARQUITECTOS, somos o foco da existência da Ordem! A) Os ARQUITECTOS e a Ordem Pretendemos (re)centrar a Ordem, o foco da sua acção e os seus recursos financeiros no apoio aos seus membros, aos ARQUITECTOS. No presente contexto de instabilidade laboral e quebra de rendimentos, a Ordem dos Arquitectos tem de corporizar mais do que um mero papel entregue semestralmente. Pretendemos uma entidade que apoie, de forma efectiva, a classe profissional dos Arquitectos e que use os recursos financeiros que advêm das quotas dos seus membros, em serviços que tenham impacto no seu quotidiano profissional e pessoal. A.1. Criação de Serviço de Assistência Médico-Social dos Arquitectos Todos os membros serão beneficiários (sem acréscimo de quotas) de um Plano de Saúde Base. Com o objectivo de potenciar uma Ordem que assegure as crescentes necessidades dos seus membros através da prestação de cuidados de saúde. O plano base de cada membro possibilitará também o aumento de coberturas, assim como a inclusão do agregado familiar.
2 A.2. Criação de um Fundo de Pensões Arquitecto Sempre Todos os membros serão beneficiários (sem acréscimo de quotas) de um Fundo de Pensões em regime aberto. Uma iniciativa com vista a procurar encontrar complementos à reforma pública, propiciando aos Arquitectos um futuro digno. O financiamento do Fundo compreende dois planos: o geral, constituído pelas contribuições das quotas à Ordem dos Arquitectos, e o plano individual, opcional, em que cada membro, de sua própria iniciativa, poderá contribuir adicionalmente, aumentando o seu benefício futuro. A.3. Protocolos com reais vantagens para todos os membros: Propomos fomentar e executar benefícios protocolares com empresas prestadoras de bens e serviços em áreas prioritárias, com reais vantagens económicas para todos os membros e extensíveis aos agregados familiares, e colaboradores. A.4. Transformação do cartão de membro, com introdução de novas valências (opcionais) As novas valências, de carácter opcional, serão: Multibanco, Visa, cartão de descontos, assinatura digital (substituindo as declarações). A.5. As Novas instalações da OASRN No cerne da nossa proposta, estão os edifícios adquiridos, em 2002, na Rua Álvares Cabral, que actualmente se encontram de forma lamentável - em ruína. Sem desprezar o que já foi feito, temos de optimizar o elevado investimento sem retorno feito até ao momento. Propomos a sua reconstrução a baixo custo com recurso a materiais e mão-de-obra protocolados com empresas e associações do sector. Durante o processo de reconstrução este será o local de formação dos futuros Arquitectos em contexto de obra, da realização de workshops e do fomento à participação activa. A.6. Novas formas de financiamento da OASRN Nas Novas instalações da OASRN propomos introduzir funcionalidades inovadoras que permitam reduzir despesas, aumentar receitas e suprimir necessidades dos membros. Para além das funções de exposição, biblioteca, reunião e formação serão previstos espaços de coworking e salas de reunião acessíveis a todos. As instalações serão também abertas a iniciativas dos membros e da Sociedade. Acrescendo a estas novas funções, propomos a instalação da Loja da Arquitectura.
3 A.7. Criação da Loja da Arquitectura Serviço de aproximação aos Arquitectos e à Sociedade Civil. Serviço de atendimento presencial, telefónico e por internet, onde qualquer pessoa possa ter acesso a esclarecimentos e informações relacionados com a função do Arquitecto, bem como questões de âmbito processual. Este serviço contemplará ainda a possibilidade de registo dos direitos autorais para os membros. A.8. Maiores competências para os núcleos Delegação de competências aos núcleos, de forma a fornecer uma resposta mais abrangente. Propomos a adopção, nos núcleos, da medida anterior ( Loja da Arquitectura ), assim como da medida A.6. no sentido de, também os núcleos, obterem novas formas de financiamento. B) O Futuro da Arquitectura como actividade económica e a Ordem Pretendemos uma Ordem que encare a Arquitectura como uma actividade económica. Que tenha uma atitude pró-activa, dinâmica e criteriosa na alocação dos seus recursos e na criação de condições para os seus membros. Pretendemos um futuro com maiores e melhores possibilidades no desenvolvimento da nossa actividade. O que definitivamente não queremos é a presente situação: uma Ordem alheada da realidade, fechada numa redoma de auto-celebração e de eventos pueris, sem impacto na vida Profissional de milhares de Arquitectos. B.1. Emprego, Formação e Desenvolvimento da Actividade Criação de protocolos de cooperação para inserção profissional com o IEFP, com a ACT, disponibilizando os meios e recursos necessários à formação orientada e adequada aos Arquitectos. Criação de programas de apoio ao empreendorismo, promovendo parcerias com associações profissionais congéneres de outros países, visando a criação e desenvolvimento de programas de assistência técnica. A partir de um quadro de oferta profissional de técnicos nacionais em cooperação bilateral com países deficitários de quadros especializados. Proposta ao CDN de criação de uma estrutura de representação dos arquitectos portugueses, uma plataforma de networking, para colaboração e promoção da arquitectura nacional. Criação de um órgão de contratação pública para a reabilitação
4 urbana, envolvendo os municípios e empresas municipais, através da celebração de protocolos de cooperação. B.3. Proposta ao CDN para revisão criação de documento regulador de honorários Propomos a instituição de um modelo de cálculo de honorários, consultivo, que possa reflectir, pormenorizadamente, as várias fases do projecto e os custos reais associados ao desenvolvimento do mesmo, de maneira a informar sobre o real impacto económico do trabalho, tanto a clientes como projectistas. B.4. A legitimidade da profissão de Arquitecto Depois de uma luta incansável pela restituição do nosso direito à profissão, eis que a mesma é posta em causa, com a proposta 413/2013 e o projecto de alteração da lei dos solos. Tais situações, se não forem energicamente corrigidas, acarretarão danos irreparáveis à Profissão. Iremos propor ao CDN o estabelecimento de um plano de acção que proteja e faça prevalecer os nossos direitos enquanto Arquitectos. C) A Sociedade e a Ordem Pretendemos uma Ordem dos Arquitectos que tenha uma intervenção no espaço público mais impositiva e representativa dos milhares de arquitectos portugueses, à imagem das outras Ordens profissionais. Pretendemos uma Ordem que dirija os seus recursos e empenho numa política de comunicação coordenada e não casuística, que valorize o papel da Arquitectura na Sociedade e que não se limite a iniciativas de audiência limitada. Pretendemos dignificar a nossa profissão, dar-lhe prestígio e credibilização, a par de uma visibilidade pública responsável. C.1. Maior Acção política junto dos vários poderes públicos e defesa intransigente dos interesses dos Arquitectos A nível regional e a nível nacional, em colaboração com o CDN, desenvolveremos uma acção política e mediática de maior visibilidade e intensidade junto dos diferentes órgãos de decisão. Pretendemos recuperar o nosso lugar e a nossa voz na Sociedade enquanto instituição representativa de uma classe profissional, à semelhança de outras profissões que usufruem, pelo seu empenho, de maior estatuto e influência nos processos decisórios.
5 C.2. Maior visibilidade na Sociedade Propõe-se uma maior interacção na utilização dos media para divulgação da imprescindibilidade dos Arquitectos como agentes fundamentais no desenvolvimento económico, cultural e ambiental nas sociedades contêmporaneas. Criação de um programa de rádio informativo, para um público-alvo da sociedade civil, onde se possam esclarecer diversas questões colocadas pelos mesmos, sensibilizando para o papel e mais-valia do Arquitecto. Acções de aproximação e sensibilização junto dos vários níveis de ensino com o intuito de divulgar e semear a mensagem sobre a importância do Arquitecto e da Ordem na sociedade. C.3. Valorização Profissional pelo direito dos cidadãos ao espaço público qualificado Promover e sensibilizar (para a tomada de decisão), juntos dos organismos locais e regionais, o papel do Arquitecto e da O.A. como organismo credível e válido. Valorizar a O.A. - enquanto entidade constituinte dos processos de desenvolvimento das estruturas competentes em termos de decisões administrativas, seja nas várias instâncias de poder local, regional e central, seja ao nível da efectivação de concursos públicos. Queremos que esta Candidatura se identifique com todos os ARQUITECTOS. Os ARQUITECTOS desempregados, os ARQUITECTOS empresários, os ARQUITECTOS da função pública, os ARQUITECTOS por conta de outrem, os ARQUITECTOS profissionais liberais, os ARQUITECTOS que emigraram, os que erguem a sua voz em defesa dos seus direitos, da sua classe e querem um NOVO RUMO, em suma uma NOVA ORDEM DOS ARQUITECTOS.
Apesar de se tratar de uma modalidade amadora, entendemos que a gestão federativa deve pautar-se por elevados padrões de rigor e profissionalismo.
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