Técnicas de Monitoramento e Controle de Processos Corrosivos
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- Lucinda Salvado Rios
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1 Técnicas de Monitoramento e Controle de Processos Corrosivos
2 ALVARO AUGUSTO MAGALHÃES Graduado em Eng. Química Mestrado e Doutorado em Eng. de Materiais e Corrosão Engenheiro de Petróleo da Gerência de Materiais, Equipamentos e Corrosão do Centro de Pesquisas (CENPES) da PETROBRAS
3 Conceito Principais Conseqüências Casos de Corrosão Pilhas de Corrosão Eletroquímica Meios Corrosivos NOÇÕES BÁSICAS DE CORROSÃO Reações no Processo Corrosivo - Produtos de Corrosão Polarização - Passivação - Velocidade de Corrosão Formas e Taxas de Corrosão Tipos Principais de Corrosão Técnicas de Ampliação da Resistência à Corrosão ou de Proteção Anticorrosiva Inibidores de Corrosão e Revestimentos Protetores
4 CORROSÃO Deterioração do material por ação química ou eletroquímica do meio em contato, aliado ou não a esforços mecânicos externos. É um processo espontâneo e ocorre nos mais diversos tipos de materiais, metálicos e não metálicos.
5 PRINCIPAIS CONSEQÜÊNCIAS Perda de material desgaste do equipamento, diminuição da vida útil e aumento do custo de manutenção; Contaminação do fluido de processo em contato com o metal; Contaminação do meio ambiente, poluição e mudanças das características das vidas circunvizinhas; Desastres catastróficos.
6 CASOS DE CORROSÃO Interrupção de Vias Urbanas Decorrente de Processo de Corrosão Data Veículo Fato Junho/1988 O GLOBO Corrosão estrutural com interrupção do tráfego no Elevado do Joá, e nos viadutos de Manguinhos, Oswaldo Cruz e Deodoro (Rio de Janeiro) Outubro/1992 O GLOBO Idem, em viadutos de Bonsucesso e Benfica (Rio de Janeiro) Novembro/1998 AN Capital (SC) Bloqueio do tráfego em ponte fabricada em estrutura metálica ligando dois municípios catarinenses. Novembro/1990 O GLOBO Interrupção do tráfego em estradas norte-americanas (Williamsburg, VA) por corrosão nas estruturas de pontes Outubro/1992 Jornal de Notícias (Portugal) Fendimento e esfoliação do concreto em viaduto (Lisboa, Portugal) 5COTEQ T-114
7 CASOS DE CORROSÃO Casos Envolvendo Concentrações de Público Data Veículo Fato Janeiro/1992 O GLOBO Acidente em parque de diversões no Rio de Janeiro com dois feridos graves. Evidências de corrosão como causa do acidente. Junho/1992 O DIA Desabamento da cobertura de quadra de Escola de Samba no Rio de Janeiro, com dezessete feridos. Suspeita de corrosão nas estruturas. Julho/1992 JB Desabamento de grade na arquibancada do Maracanã (Rio de Janeiro), com oitenta e sete feridos. Corrosão em parafusos de sustentação. Outubro/2000 O GLOBO Pânico no teleférico do Pão de Açúcar (Rio de Janeiro). Rompimento do cabo de tração com indícios de corrosão. Dezembro/2000 O DIA Corrosão em alambrado do estádio de São Januário (Rio de Janeiro). Diversos feridos devido ao pânico na arquibancada. 5COTEQ T-114
8 Serviços Públicos e Instalações de Terceiros Data Veículo Fato Maio/1990 JB Luminárias ameaçam desabar na Av. Sernambetiba (Rio de Janeiro) devido ao estado avançado do processo de corrosão Novembro/1991 O GLOBO Corrosão causada por poluição ambiental afeta sistema de transmissão/distribuição de energia elétrica em São Paulo, São Paulo Novembro/1991 JB Tragédia com diversas vítimas fatais na explosão em duto de transporte de combustível na Vila Socó, Cubatão, São Paulo. Corrosão do duto foi a causa provável. Março/1992 JB Marquise desaba por problemas de corrosão nas ferragens, causando uma vítima fatal e dois feridos graves, no Rio de Janeiro (Copacabana) Junho/1992 JB Desabamento de uma marquise por problemas de corrosão deixa estudante ferida no Rio de Janeiro (Tijuca). Julho/1993 O GLOBO Vazamento de gás em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Perigo potencial de explosão. Novembro/1993 O GLOBO Vazamento de combustível para rede de esgoto resulta em explosão com dezesseis feridos. Corrosão em tanques de combustível de posto de serviço em Petrópolis, Rio de Janeiro. Setembro/1994 JB Queda de reboco, por problemas de corrosão, mata costureira no Rio de Janeiro (Centro) 5COTEQ T-114
9 CASOS DE CORROSÃO Serviços Públicos e Instalações de Terceiros Data Veículo Fato Novembro/1995 O GLOBO Trabalho apresentado no 18 Seminário Nacional de Corrosão denunciava a existência de cerca de 23 mil tanques de gasolina com problemas de corrosão. Riscos ambientais e de explosão. Maio/1998 O DIA Queda de poste de sinal de trânsito, com sinais evidentes de corrosão, fere dois pedestres no Rio de Janeiro (Vidigal) Julho/1999 O GLOBO Acidente fatal com visitante em apartamento (7 andar) no Rio de Janeiro (Barra da Tijuca). Suspeita de corrosão na grade de alumínio da varanda. Maio/2001 O GLOBO Acidente, sem vítimas, com vazamento em oleoduto causa danos materiais em condomínio de luxo em Baruerí, São Paulo. Corrosão do duto é a causa provável. Dezembro/???? O GLOBO Vazamento em botijão de gás, devido à corrosão, ameaça consumidores. 5COTEQ T-114
10 CORROSÃO EM MATERIAIS METÁLICOS Inverso do processo metalúrgico, onde o metal é extraído do minério através de uma fonte de calor externas (processo não espontâneo); Corrosão é uma oxidação do metal espontâneo, que poderá ser acelerada quando submetida a uma fonte externa; Nenhum material é imune a corrosão, sempre existirá um meio que possa atacá-lo; Como exemplo podemos citar: - aços inoxidáveis em presenças de cloreto; - cobre e suas ligas em presença de amônia; - ouro e platina em presença de mercúrio; - alumínio em presença de bases forte (hidróxido de sódio) e ácido clorídrico; - titânio em meio ácido fluorídrico.
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12 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA OCORRER A CORROSÃO Área Anódica reações de oxidação do metal (reações anódicas); Área Catódica Eletrólito reações de redução (reações catódicas); fluido condutor que transporta a corrente elétrica do anodo ao catodo; Circuito metálico ligação entre o anodo e o catodo
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15 Área anódica Área catódica
16 A corrente que circula entre a área anódica e catódica é função da diferença de potencial entre os dois elementos, e que será função dos metais em contato e do meio que circunvizinha: Taxa de Corrosão = função ( metal e meio) Eliminando um elemento da pilha galvânica automaticamente a corrosão cessará; A velocidade de desgaste do material é função de diversos parâmetros, entre os quais podem ser citados: - irregularidades micro estruturais; - estado de tensões; - metais diferentes em contato; - natureza e concentração dos contaminantes do fluido; - tipo de óxido formado.
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18 Principais Meios Corrosivos e Respectivos Eletrólitos -Atmosfera: -o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito constitui-se da água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes no ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo; -Solos: -os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam também, características ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos; -Águas naturais (rios, lagos e do subsolo): -estas águas podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo corrosivo;
19 Principais Meios Corrosivos e Respectivos Eletrólitos -Água do mar: -estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. A água do mar em virtude da presença acentuada de sais, é um eletrólito por excelência. Outros constituintes como gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos; -Produtos químicos: -os produtos químicos, desde que em contato com água ou com umidade e formem um eletrólito, podem provocar corrosão eletroquímica.
20 Reações no Processo Corrosivo - Produtos de Corrosão A reação mais importante e responsável pelo desgaste do material é a de passagem do metal da forma reduzida para a iônica (responsável pelo desgaste do metal). M M n+ + ne -
21 Reações no Processo Corrosivo - Produtos de Corrosão As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são reações de redução. São realizadas com íons do meio corrosivo ou, eventualmente, com íons metálicos da solução. As principais reações na área catódica são: a) 2H + + 2e - H 2 meios neutros ou ácidos desaerados; b) 4H + + O 2 + 4e - 2H 2 O meios ácidos aerados; c) 2H 2 O + O 2 + 4e - 4OH - meios neutros ou básicos aerados; d) 2H 2 O + 2e - H 2 + 2OH - meios neutros ou básicos desaerados; e) M 3+ + e - M 2+ presença em solução de íons em estado mais oxidado; f) M n+ + ne - M redução de íons de metal mais nobre.
22 Diagrama de Pourbaix para água
23 O Diagrama de Pourbaix (E-pH) Potencial H 2 O = O 2 + 4H + + 4e 4e -- Equilíbrio do do potential cai O com o 2H aumento + + 2e 2e - do - = Hdo ph 2 é estavel 2 Equilíbrio do do potential cai H 2 O é estavel com o aumento do do ph H 2 é estavel ph = --log [H [H + ]] 7 14
24 Diagrama de Pourbaix para o Potencial ZincCorrosão é Corrosão é possível com possível, a mas é redução do interrompida do pelos oxigênio produtos Corrosão é de de corrosão possível com a Zn(OH) Corrosion formação 2 de stable de ZnO 2- A hdrogênio 2 Zn 2+ solid stable corrosão requer stable in um forte agente solution in solutionoxidante Passivity Corrosion Zn metal Imunidade stable Corrosão é 0 7 termodinâmicamete 14 impossível
25 Diagrama de Pourbaix para o Ouro Potencial C Passividade C O ouro é O um ouro metal não estável se se corroi com Imunidade o oxigênio ou ou hidrogênio
26 Limitações do Diagrama de Pourbaix O diagrama nos diz que o que pode acontecer, não o que irá acontecer Não dá informações sobre a taxa da reação Só pode ser usado para metais puros em soluções simples, não para ligas
27 POLARIZAÇÃO Polarização é a modificação do potencial de um eletrodo devido a variações de concentração, sobrevoltagem de um gás ou variação de resistência ôhmica. Caso não houvesse o efeito do fenômeno da polarização a corrente entre anodos e catodos seria muito mais elevada, à semelhança de um quase curto circuito. Isto se daria porque as resistências elétricas do metal e do eletrólito são muito baixas. Graças a existência destes fenômenos as taxas de corrosão observadas na prática são substancialmente inferiores àquelas que ocorreriam caso as pilha de corrosão funcionassem ativamente em todas as condições dos processos corrosivos.
28 São basicamente três as causas de polarização: A - POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO Ocorre freqüentemente em eletrólitos parados ou com pouco movimento. A polarização resulta do aumento de concentração de íons do metal em torno da área anódica (baixando o seu potencial na tabela de potenciais) e a rarefação de íons H+ em torno da área catódica. Caso o eletrólito possua movimento, não devem acontecer. B - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO Ocorre devido a sobrevoltagem de gases em torno dos eletrodos. Os casos mais importantes no estudo da corrosão, são aqueles em que há liberação de H2 em torno do catodo ou do O2 em torno do anodo. A liberação de H2 em torno do catodo é denominada polarização catódica. Em eletrólitos pouco aerados o H2 liberado e absorvido na área catódica provoca uma sobretensão ou sobrevoltagem do hidrogênio capaz de reduzir sensivelmente a agressividade do meio. Podendo-se considerar por este fato a corrosão do aço desprezível na presença de água doce ou salgada desaerada. C - POLARIZAÇÃO ÔHMICA A polarização ôhmica ocorre devido a precipitação de compostos que se tornam insolúveis com a elevação do ph em torno da áreas catódicas. Estes compostos são principalmente carbonatos e hidróxidos que formam um revestimento natural sobre as áreas catódicas, principalmente carbonato de cálcio e hidróxido de magnésio.
29 Curvas de Polarização θ η a Inclinações de Tafel b a = tgθ b c = tgα α η c Cte de Stearn-Geary B = b a 2,303 (b b a c + b c ) Log i corr
30 Curvas de Polarização Potenciostáticas Anódicas
31 PASSIVAÇÃO Passivação é a modificação do potencial de um eletrodo no sentido de menor atividade (mais catódico ou mais nobre) devido a formação de uma película de produto de corrosão. Esta película é denominada película passivante. Os metais e ligas metálicas que se passivam são os formadores de películas protetoras: cromo, níquel, titânio, aço inoxidável, monel que se passivam na grande maioria dos meios corrosivos, especialmente na atmosfera; chumbo que se passiva na presença de ácido sulfúrico; o ferro que se passiva na presença de ácido nítrico concentrado e não se passiva na presença de ácido nítrico diluído; a maioria dos metais e ligas passivam-se na presença de meios básicos, com exceção dos metais anfóteros (Al, Zn, Pb, Sn e Sb).
32 PASSIVAÇÃO Taxas de Corrosão de um Metal Passivável Taxas de Corrosão de um Metal Não Passivável
33 PASSIVAÇÃO Influência do teor de cromo em ligas Fe-Cr. Polarização anódica em ácido sulfúrico a 10% e 21 C.
34 Curvas de Polarização
35 FORMAS DE CORROSÃO
36 CORROSÃO UNIFORME Ocorre ao longo de toda a extensão do metal exposto ao meio corrosivo. A perda de espessura é constante, podendo variar de acordo com as características do meio: Projeto de Engenharia Corrosão Uniforme Espessura de Projeto = Espessura Projeto Mecânico + Sobre-espessura de corrosão Facilmente detectada pelos métodos de inspeção externa ao equipamento e pelos métodos convencionais de monitoração da corrosão.
37 corrosão uniforme em componentes de uma torre de destilação atmosférica de uma refinaria de petróleo
38 Corrosão uniforme
39 CORROSÃO LOCALIZADA Ocorre em regiões localizadas do metal exposto ao meio corrosivo; Difícil de detecção pelos métodos convencionais de inspeção e monitoramento da corrosão; Principais agentes: acúmulo de água, dureza elevadas, segregações metalúrgicas, natureza e resistência do óxido formado e composição do meio.
40 Corrosão Alveolar Característica: corrosão com a forma de alvéolos. Desgaste localizado com diâmetro maior que a profundidade.
41 Corrosão Alveolar
42 Corrosão Puntiforme ou por Pite Característica: corrosão com a forma de protuberância, pite. Desgaste localizado com profundidade maior que o diâmetro.
43 Corrosão Corrosão por por Pite Pite
44 Corrosão Corrosão Localizada Localizada Generalizada Generalizada
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46 Corrosão Galvânica Característica: corrosão que ocorre quando dois materiais, com potenciais diferentes, estão em contato. A velocidade de corrosão será tanto maior quanto maior for a diferença de potencial eletroquímico entre os materiais em contato.
47 Corrosão Corrosão Galvânica Galvânica
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50 Corrosão Intergranular Característica: trincamento associado a corrosão que ocorre nas adjacências do contorno de grão da rede cristalina. Pode ocorrer fratura sem nenhuma perda de espessura aparente. (b)
51 Corrosão Corrosão Intergranular Intergranular
52 Corrosão Corrosão Intergranular Intergranular
53 Corrosão Transgranular Característica: trincamento associado a corrosão que ocorre no interior do grão da rede cristalina. Pode ocorrer fratura sem nenhuma perda de espessura aparente.
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55 Corrosão sob Tensão Característica: trincamento associado a corrosão, podendo as trincas ocorrer de forma ramificada ou não, inter ou transgranular nos grãos da rede cristalina, com o atenuante de ter uma maior taxa de propagação da trinca em função do nível de tensão imposto ao metal e a resistência mecânica do mesmo. É um fenômeno que ocorre entre um determinado par metal x meio.
56 Trincas de natureza transgranular e ramificadas, típicas de corrosão-sob-tensão Aço Inoxidável x Cloreto x Temperatura 68 C
57 Corrosão Corrosão sob sob Tensão Tensão
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61 Corrosão sob Tensão Exemplos: a - Aços Inoxidáveis - Soda cáustica temperatura maior que 120 C - Cloretos temperatura maior que 50 C - Acido clorídrico temperatura maior que 50 C b Aço carbono - Presença de H2S alta dureza - Soda caustica função da concentração e temperatura - Amônia tensões elevadas e temperatura maior que 5 C c Alumínio - Acido clorídrico - Mercúrio e sais
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68 Corrosão Seletiva Característica: corrosão de uma determinada fase da liga, onde uma fase apresenta um comportamento anódico em relação a outra fase presente. Exemplos: - dezincificação: liga latão com mais de 20% zinco em contato com água do mar e ácidos; - grafítica: corrosão em ferro fundido, ferro é atacado deixando o carbono e carbonetos livres na estrutura cristalina.
69 Corrosão Grafítica
70 Corrosão sob Frestas Característica: corrosão que ocorre em locais com depressões e cavidades com fluido estagnado, onde o suprimento de oxigênio fica de difícil acesso. No interior das fretas o meio pode atingir ph bastante baixos, acelerando a corrosão.
71 C1 baixa concentração C2 alta concentração
72 Água do Mar
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75 Corrosão Corrosão Sob Sob Frestas Frestas
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78 Parafuso e Porca água do mar
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80 Mangueira Hidráulica aço inoxidável
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83 Empolamento pelo Hidrogênio Característica: acúmulo de hidrogênio atômico nas regiões de segregação ou vazios formando o hidrogênio molecular. Com o resfriamento aumenta a pressão interna e formando cavidades (bolhas), associado ou não a tricamento entre as cavidades.
84 Empolamento Empolamento pelo pelo Hidrogênio Hidrogênio
85 Fissuramento pelo Hidrogênio Característica: hidrogênio liberado na reação catódica ou do processo penetra dentro do material alojando nas pontas das inclusões. Estes locais funcionam como concentradores de tensões e assim pode nuclear trincas que se propaga na direção paralela a superfície. O trincamento poderá unir as inclusões quando estão na forma alongada.
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90 Corrosão Erosão Característica: corrosão que quando associada a velocidade de fluxo aumenta o desgaste da superfície metálica. Cada material possui uma velocidade máxima de fluxo.
91 Corrosão Corrosão x Erosão Erosão
92 CORROSÃO-EROSÃO Corrosão-erosão por cavitação. 1- Adsorção da bolha; 2- implosão da bolha e remoção do produto de corrosão (filme); 3- formação de novo filme e adsorção de nova bolha; 4,5 e 6- prosseguimento do processo
93 Corrosão Sensitização Característica: corrosão que ocorre próximo aos contornos dos grãos de aços inoxidáveis. Formação de uma pilha com alta e baixa concentração de cromo. Carbonetos são formados quando o aço fica submetido a temperatura na faixa de 450 a 850 C.
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96 Corrosão Corrosão -- Sensitização Sensitização
97 Corrosão Esfoliação Característica: corrosão se processa na forma paralela a superfície metálica. Ocorre em materiais que foram deformados ou extrudados. Nestes casos os grãos, segregações e inclusões ficam deformados. A corrosão se apresenta na forma de placas.
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101 Corrosão Microbiológica A corrosão microbiológica ou corrosão induzida por microorganismos é aquela onde o material metálico sofre corrosão sob a influência de atividades de microrganismos e de seus produtos metabólicos que transformam um meio originalmente inerte em agressivo. As bactérias são mais freqüentemente encontradas nesses processos corrosivos, embora existam exemplos de corrosão atribuídos a algas e fungos.
102 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos As bactérias podem ser classificados em: Aeróbicas utilizam oxigênio no seu metabolismo Anaeróbicas metabolismo não utilizam oxigênio no seu Anaeróbicas facultativas atuam tanto na presença quanto na ausência de oxigênio Microaerófilas baixos teores utilizam oxigênio, porém em
103 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos BACTÉRIAS OXIDANTES DE HIDROGÊNIO (BOH) Em meio aeróbio consomem oxigênio, tornando o meio anaeróbio H 2 + O 2 + CO 2 (CH 2 O) Biomassa + 5 H 2 O Em meio anaeróbio consomem H 2 provocando despolarização da zonas catódicas 4H 2 + CO 2 CH H 2 O (Bactérias Metanogênicas) 4H 2 + SO 2-4 H 2 S + 2 H 2 O + 2OH - (Bactérias Redut. Sulfato)
104 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos BACTÉRIAS REDUTORAS DE O 2 DISSOLVIDO Todas as bactérias que reduzem o O 2 são facultativas e/ou a aeróbias. Consomem o O 2 tornando o meio anaeróbio, com produção de CO 2 depósitos (biomassa). e BACTÉRIAS DE NITROGÊNIO Consomem O 2, oxidando compostos de nitrogênio, com acidificação. 2NH O 2 NO H 2 O 2NO O 2 2 NO 3
105 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos BACTÉRIAS DE ENXOFRE OXIDANTES Oxidam H 2 S, enxofre elementar e S 2 O 3 2-, formando SO 4 2- presença de O 2 (via aeróbia), formando células de aeração diferencial e acidificação do meio. Podem viver em meios com ph muito baixo e atuam em solos contendo enxofre (campos petrolíferos, efluentes orgânicos ricos em enxofre) Oxidam o enxofre ou compostos de enxofre a ácido sulfúrico: O ácido formado leva à criação de condições muito corrosivas. Em ausência de oxigênio (via anaeróbia) e em presença de NO 3 -, removem do meio compostos reduzidos de enxofre com acidificação do meio. em
106 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos BACTÉRIAS DE ENXOFRE - BACTÉRIAS REDUTORAS DE SULFATOS (BRS) Forma H 2 S a partir de sulfato: SO H 2 H 2 S + H2O O hidrogênio usado na reação pode resultar da reação catódica do processo de corrosão ou pode provir da celulose, dos açucares ou de outros produtos orgânicos. O sulfeto formado acelera a reação anódica, aumentando a velocidade de corrosão. O produto resultante da corrosão é o sulfeto de ferro FeS que se forma com os íons ferrosos resultantes do processo de corrosão
107 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos BACTÉRIAS DE FERRO OXIDANTES DE FERRO Oxidam ferro e compostos reduzidos de enxofre, crescendo em meio ácido ou oxidam Fe2+ a Fe3+, crescendo em ph neutro. Ao retirar sua de transformação dos sais ferrosos em férricos, produz uma formação acelerada de depósitos e rompe o equilíbrio por despolarização anódica e catódica. PRECIPITANTES DE FERRO Bactérias que metabolizam os compostos orgânicos que mantém ferro sob a forma quelada, precipitando-o, formando células de concentração que levam à corrosão por aeração diferencial.
108 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos REDUTORAS DE FERRO Destroem as películas passivantes formadas por óxidos de ferro sobre a superfície metálica, quando protegidas por inibidores anódicos como o íon nitrito, provocando despolarização anódica. Em processo sinérgico com a BRS incemtiva a reprecipitação de sulfetos e a despolarização catódica. BACTÉRIAS DE FERRO
109 Bactérias relacionadas aos processos corrosivos BACTÉRIAS PRODUTORAS DE ÁCIDOS Através da metabolização de cadeias orgânicas mais complexas, essas bactérias, por via fermentativa ou oxidativa, produzem ácidos orgânicos de cadeia curta. Esses substratos ácidos tem ação corrosiva estimuladora anódica, provocando a queda do ph e, ao serem consumidos permitem a entrada de anions agressivos como sulfatos e cloretos.
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111 Corrosão Corrosão sob sob Tubérculos Tubérculos
112 Na industria Química e Petroquímica 60 % das falhas de equipamentos estão ligados direta ou indiretamente a falhas por corrosão com a predominância da corrosão localizada. A Corrosão Localizada é função: - metal -meio - condições operacionais Melhor forma de prevenção: atuar diretamente no projeto do equipamento
113 FATORES QUE PROPICIAM A CORROSÃO LOCALIZADA a - regiões de acúmulo de água (regiões estagnação ou Preferencial); b - aeração diferencial; c - relação área anódica/catódica (menor); d - acúmulo de produtos de corrosão (corrosão sob depósito); e - material metálico: - composição química - materiais diferentes em contato - impurezas - tratamento térmico ou mecânico - filme formado na superfície - frestas
114 FATORES QUE PROPICIAM A CORROSÃO LOCALIZADA f - característica do meio - composição química - velocidade, temperatura e pressão - aeração -ph - sólido suspensos - condição de imersão (total ou parcial)
115 acido neutro base
116 Curva = f (metal/meio)
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126 1,40 45,6 1,20 RUC 19,2 Taxa de corrosão (mm/a) 1,00 0,80 0,60 0,40 MRL NE 22,2 29,5 0,20 RGN 0,00 0% 20% 40% 60% 80% 100% TEOR DE H 2 O Taxas de corrosão do API 5L Gr B em misturas crescentes de salmoura/óleo, para diferentes petróleos nacionais Temperatura de 30 o C, 1000 rpm e na presença de CO 2 (saturação) para bdiferentes Petróleos
127 Taxas de Corrosão da Água do Mar sob Diversas Condições CONDIÇÕES DE TESTE TAXAS DE CORROSÃO, mm/ano (mpy) OXIGÊNIO: < 0,5 ppb; CLORO: 0,0; V=1,4 m/s; T=30 0 C 0,06 (2,4) OXIGÊNIO: 30 ppb; CLORO: 0,0; V=1,4 m/s; T=30 0 C 0,10 (3,9) OXIGÊNIO: 10 ppb; CLORO: 100 ppb; V=1,5 m/s; T=27 0 C 0,11 (4,3) OXIGÊNIO: 300 ppb; CLORO: 500 ppb; V=1,5 m/s; T=27 0 C 0,65 (25,6) OXIGÊNIO: 8000 ppb; CLORO: 1000 ppb; V=1,5 m/s; T=27 0 C 1,12 (44,1) OXIGÊNIO: 30 ppb; CLORO: 100 ppb; V=1,4 m/s; T=30 0 C 0,08-0,10 (3,2-3,9)
128 Efeito do Oxigênio e do Cloro nas Taxas de Corrosão CONDIÇÕES DE TESTE TAXAS DE CORROSÃO (mpy) OXIGÊNIO: 20 ppb; CLORO: 0,0; V=2 m/s 1,1 OXIGÊNIO: 20 ppb; CLORO: 0,0; V=8m/s 1,6 OXIGÊNIO: 20 ppb; CLORO: 0,5 Pm; V=2 m/s 3,0 OXIGÊNIO: 20 ppb; CLORO: 0,5 ppm; V=8 m/s 7,2
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