A EXPANSAO DO PARQUE DE REFINO NACIONAL: MUDANÇAS E DESAFIOS PARA ATENDER A DEMANDA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A EXPANSAO DO PARQUE DE REFINO NACIONAL: MUDANÇAS E DESAFIOS PARA ATENDER A DEMANDA"

Transcrição

1 Resumo A EXPANSAO DO PARQUE DE REFINO NACIONAL: MUDANÇAS E DESAFIOS PARA ATENDER A DEMANDA MIRKO V. TURDERA 1 & CARLOS ALBERTO LUNA F. MATTOS 2 1GASLAB/UEMS 2BA&H CONSULTORIA O presente trabalho apresenta uma analise das alternativas de expansão do segmento de refino nacional. Inicialmente é mostrado qual é o perfil do parque de refino nacional, volume de processamento, quais os derivados produzidos, localização das refinarias, o mercado dos derivados de petróleo, as importações necessárias para a demanda domestica e as exportações do excedente. Analisam-se, ainda, pontos críticos que se detectam segundo a adoção de um modelo mais conservador ou um mais aberto para investimentos. Finalmente, algumas considerações são sugeridas na elaboração de uma política energética abrangente e para a definição do modelo que deve reger a indústria de refino no Brasil. Abstract The present paper presents an evaluation of the Brazilian refinery park expansion alternatives. Current refinery park profile is described including data about oil derivates process, type of oil products used, refinery facilities location, oil derivate market, importations to meet domestic demand and exporting of the surplus. We also analyze which are the bottlenecks of refinery sector to order attend market growth, according model adoption. Finally we suggested some considerations that should be done to fix as many a policy energy as well as the refinery expansion model. 1.- INTRODUÇÃO O Brasil ainda é considerada como uma das nações com maior espaço para o crescimento da demanda de energia. O interesse de diversas companhias do setor energético para investir aqui foi evidente na década de 90, sua presença na produção e exploração das bacias de petróleo e gás bem como na distribuição de energia elétrica e gás natural é uma prova disso. Setores como o residencial e comercial e a modernização do setor industrial, além de diversas áreas geográficas distantes são vistas como mercados que devem dar fôlego para que a demanda de energia cresça ainda a taxas atrativas para os investidores. Atualmente, em quase todos os segmentos da cadeia do petróleo e gás companhias de capital privado participam, seja como acionista, seja como operadora e única

2 proprietária. Com abertura do segmento de refino, em janeiro de 2002, o último resquício do monopólio foi quebrado, pelo menos de jure, mas essa abertura tem pouco se refletido em tornar atrativa a indústria de refino para o investidor. As estreitas margens de lucro nas refinarias junto a uma presença avassaladora da Petrobrás na produção de derivados de petróleo têm sido os mais sérios escolhos para estabelecer competição no setor, o que se observa é, que de facto o monopólio da Petrobrás continua. A demanda de derivados de petróleo em algumas regiões do país propicia para que se pense num novo arranjo na oferta dos combustíveis, hoje concentrado no Sul e Sudeste. O presente artigo analisa como poderia evoluir a indústria de refino de tal forma que a política energética especifica para o setor vise um arranjo logístico e de localização de novas refinarias acorde com as exigências do mercado, tanto no aspecto ambiental como econômico. 2.- O MERCADO DE REFINO A participação do petróleo na oferta interna de energia tem sido crescente na matriz energética brasileira, pois, em 2001 o petróleo e seus derivados representavam 45,5% do total de energia primária (186,96 milhões de tep, BEN 2003), aumentando significativamente essa participação, visto que, no ano de 1986 o petróleo e derivados detinham 39,6% da oferta. Paralelamente, a participação dos derivados de petróleo no consumo final por fonte também tem crescido, enquanto que em 1986 era de 42,5%, em 2001 já chegava a 49,5% do total do consumo de energia (167,53 milhões de m 3 ). Gráfico 1: Brasil: Evolução da Dependência Externa de Energia Fonte: BEN 2002

3 Para atender a crescente demanda, a produção do petróleo nacional também cresceu no período, conseqüentemente, a dependência externa em relação ao petróleo é muito menor da que existia 16 anos atrás. Percentualmente essa dependência passou de 45% em 1986 para 23,2% em 2001, isso ajudo de forma geral para que o Brasil diminuísse o déficit na balança comercial como decorrência da dependência energética, pois o petróleo era o item energético que mais pesava na importação. O quadro acima mostra essa situação junto com outros energéticos. Em maio de 2003, o país exportou 12,77 MM de barris de petróleo e importou 13,4 MM, dando um saldo negativo de 20 mil barris por dia, o que representa cerca de 1% do consumo diário que é de 1,8 MM de barris. As variações da demanda no mercado de derivados de petróleo no Brasil acompanhavam, em boa parte, o comportamento da economia. De fato, até 1999, com exceção do querosene, todos os derivados de petróleo mostravam uma correlação de 0,9 entre o aumento do consumo e o Produto Interno Bruto - PIB. Correlações com outras variáveis macroeconômicas têm sido pouco consistentes, salvo relações especificas de algum derivado com como PIBs setoriais ou PIB per capita. A outra variável que guarda uma correlação relevante com os derivados de petróleo, com exceção do óleo combustível e o querosene, é a população. Contudo, a correlação com esta última variável foi perturbada após o racionamento de eletricidade, uma vez que a população continuou crescendo, mas vem se registrando queda generalizada no consumo de todos os derivados desde Gráfico 2: Evolução do Suprimento de Derivados de Petróleo Fonte: ANP 2002, BEN 2002 O consumo de derivados de petróleo desde 1984 até 1999 (104,76 MM m 3 ) vinha crescendo a uma taxa média de 4,36% a.a., porém, nos dois anos posteriores houve

4 uma queda na demanda de 100,22 MM m 3 (2000) e 100,25 MM m 3 (2001), essa tendência vem se manifestando ainda, no primeiro semestre de 2003, onde já se verifica uma queda de 9,7% nos primeiros cinco meses. Geralmente, a oferta dos derivados tem sido coberta pela produção nas refinarias domésticas que em 2001 foi de 97,543 milhões de m 3 (taxa de crescimento anual TCMA 2,4% desde 1984) e pela importação que foi de 16, 23 MM m 3 no mesmo ano (gráfico 2). Em vista da contração do mercado domestico, as exportações estão subindo de forma vertiginosa, em 2001 elas foram de 12,9 MM m 3 /dia, quase 62% mais do que em Por outro lado, as importações têm se mantido praticamente estáveis desde 1996 com uma queda marcante em 2000, quando se registrou o menor volume de importação com 15,8 MM de m 3 /d. O óleo combustível continua com a tendência de queda verificada ao longo dos anos 90 e em 2001 detinha 8% na participação do mix da produção total de derivados. A gasolina e os outros produtos de petróleo ampliaram sua produção para 20% e 10%, respectivamente, o GLP, óleo diesel, nafta e querosene mantiveram sua participação na produção. A região sudeste concentra mais do 50% do consumo dos derivados de petróleo. Gráfico 3: Participação de cada produto no mix (2001) Fonte: BEN 2002 No mercado há carência principalmente de óleo diesel (consumo total 38,4 MM m 3 ), GLP (11,45 MM m 3 ), nafta (13,14 MM m 3 ), querosene (4,12 MM m 3 ) e outros secundários (11,45 MM m 3 ), que é complementado pelas importações e cujo peso desses produtos em ralação ao consumo final de cada um deles é respectivamente,

5 17%, 30%, 29%, 30% e 25%. Por outro lado, o parque de refino tem capacidade excedente na produção de gasolina (20,0 MM m 3 ) e óleo combustível (18,14 MM m 3 ) as exportações tornam-se necessárias para poder escoar o combustível, cujo consumo domestico esta abaixo da produção. Essas exportações de gasolina (consumo final 17,16 MM m 3 ) e óleo combustível (11,1 MM m 3 ) representam 15% e 40% da produção total. A produção excedente de óleo combustível e o declínio do seu consumo no mercado brasileiro vem se observando desde Todavia, se observa que as importações são de preferência de produtos mais nobres como os gases ou de derivados conhecidos como claros e que exigem processos mais sofisticados nas unidades das refinarias. Gráfico 4: Oferta de derivados de petróleo no ano 2001 Fonte: BEN 2002 Estimativas sobre a demanda de derivados de petróleo para 2005, feitas por consultorias especializadas e pela Petrobrás apontam que o mercado no Brasil estaria consumindo acima de 122 MM m 3, com um notável aumento da participação da gasolina no consumo total de derivados e a região sudeste ainda concentrando quase 50% do volume comercializado. Atualmente a participação do Nordeste no mercado é de 17% e o Sul concentra 20%, as regiões do Norte e Centro-Oeste complementam o 13% restante. 3.- O PARQUE DE REFINO A evolução do parque de refino nacional vem como decorrência da transformação de uma sociedade, predominantemente rural nos anos 40, onde a lenha e o carvão vegetal eram responsáveis por 85% da oferta de energia primária, para uma outra

6 onde os hidrocarbonetos fornecem mais da metade dos requerimentos energéticos. Paralelamente, a população está concentrada cada vez mais em áreas de grandes aglomerações urbanas e é altamente dependente do transporte rodoviário, exigindo desta forma um elevado consumo de energéticos derivados do petróleo. A instalação do parque de refino nacional começa em 1936 com a implantação da primeira refinaria, Ipiranga, de capital privado. Porém, a industria de refino decolou de fato nos trinta anos que vão de 1950 a 1980, onde o investimento na expansão foi feito quase que exclusivamente pelo Estado, quem construiu treze refinarias nesse período. Isso significa que foi instalada em média uma refinaria a cada dois anos e meio e houve também ampliação. Entre 1980 e 2000 nenhuma outra refinaria foi instalada, apenas registrou-se expansão das já existentes. A tabela 1 mostra a capacidade em metros cúbicos e barril de petróleo de todas as refinarias em operação no território nacional e o ano que foram implantadas. Tabela 1: Participação das Refinarias na Capacidade de Refino Nacional Refinarias Capacidades M³/dia Bpd Instalação REPLAN (SP) RLAM (BA) REDUC (RJ) REVAP (SP) REPAR (PR) REFAP (RS) RPBC (SP) REGAP (MG) REMAN (AM) RECAP (SP) Manguinhos (RJ) Ipiranga (RS) LUBNOR (CE) TOTAL PETROBRAS Particulares Fonte: Luna Freire Mattos, 2001 O Estado de São Paulo abriga quatro refinarias que somadas detêm 40% do total da capacidade instalada, na Bahia esta instalada uma única refinaria que representa 15,9% da capacidade instalada. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná participam com 12,5%, 10,5 % e 9,8%. Minas Gerais, Amazonas e Ceara completam o restante da capacidade instalada do parque de refino. (tabela 1) Pode afirmar-se que a evolução do parque de refino nacional é dividida em quatro fases. A primeira que vai entre 1950 e 1966, onde são instaladas seis refinarias e se considera como o período de aprendizado na construção de refinarias, nesta fase se constata que o refino é um bom negócio e propicia economia de divisas, embora

7 a produção de petróleo seja ainda discreta. A segunda fase entre 1966 e 1980 onde também são construídas seis refinarias e há expansão e, adicionalmente é o período que concentra os maiores investimentos, principalmente, de 1970 a 1980, esta fase denomina-se de auto-suficiência. Também nesse período o Brasil avalia que é mais conveniente importar petróleo do que produzi-lo, é a fase dos grandes mega-projetos no setor de energia, embalados pelo auge do crescimento econômico do país. A terceira, de 1980 a 1990 é onde houve a automação industrial no parque de refino, pois se enfatiza a otimização dos processos. Registra-se, nesta fase, o segundo choque do petróleo e a capacidade de refino é maior às necessidades da demanda domestica, além do mais, o álcool aparece no mercado para competir com a gasolina. Ainda na terceira fase há indícios de importantes descobertas de petróleo na Bacia de Campos, e a preocupação com o meio ambiente começa a surgir. Finalmente, a quarta fase que vem de 1990 até 2001, onde se registra a expansão que visa ampliar a capacidade de conversão das maiores refinarias do país. Estima-se que uma nova fase deve começar com a construção ou expansão das refinarias, a Petrobrás não deve estar sozinha neste empreendimento e a abertura para participarem capitais privados nacionais ou estrangeiros em parceria ou outro tipo de arranjos já marca per si esta nova fase. Desde o ponto de vista da valorização do petróleo, o extraído nas bacias da costa brasileira possui um grau de API baixo, ou seja, é muito mais denso que os petróleos de referencia internacional como o Brent ( API 37), WTI ( API 40) ou Arabian Light ( API 34). Quanto mais leve o petróleo, ou seja mais alto o API, mais valorizado será no mercado. Adicionalmente, o teor de enxofre também é um parâmetro importante na qualidade do petróleo, crus com alto teor de enxofre exigem mais tratamento e conseqüentemente, custos mais elevados nas refinarias. Outros parâmetros importantes que determinam a qualidade do petróleo são; a destilação e o ponto de fluidez. (Luna Mattos, 2001). Uma refinaria recebe petróleo cru e dentro de suas instalações armazena, extrai, trata e transforma o mesmo. Todavia, especifica os derivados que produz, há controle de qualidade e expede os produtos seja direito para um terminal ou uma base distribuidora. O gás natural com etano ou eteno é aproveitado para fazer pirolização e produzir poliésteres. No petróleo natural não se encontra quase nada de metano, etano e muito menos eteno e existe muito pouco GLP (propano e butano) Os derivados são classificados de diversas formas: i) pelo número de átomos de carbono, ii) pela densidade, iii) pela cor e iv) pela finalidade. Os principais derivados de petróleo produzidos na refinaria e que tem maior mercado são; gás combustível; GLP (gás de cozinha); naftas; gasolinas (comum, aditivada, Premium, reformulada, unleaded, etc); querosene de iluminação; querosene de aviação (de jato, de jetfuel, etc); óleo combustível; óleos diesel (BTE ou ATE) e os especiais que são produtos de consumo especifico e na grande maioria das vezes possuem maior valor comercial que os seus correspondentes nas suas faixas de destilação.

8 Os processos de refino numa refinaria são: i) primário, o passo inicial existente em todas as refinarias, ii) físico, onde ocorrem a extração das frações existentes no petróleo e podem ser simples ou complexos, este processos não são utilizados para petróleo cru e sim para produtos intermediários, iii) químico, este processo modifica a estrutura molecular e se subdivide em tratamentos e transformações. São processos nos quais se extrai do petróleo o que não tem, isto porque há transformação de produtos em outros. Os processos de transformação mais aplicados são as varias formas de craqueamento, hidrocraqueamento e reforma catalítica e os principais processos de tratamento químicos são o hidrotratamento e a hidrodessulfurisazao. Um conjunto de unidades de processos que, em função de uma determinada categoria (grupos semelhantes) de petróleo, tem como objetivo o seu processamento para produção de um determinado derivado, ou um conjunto. Conseqüentemente, a estrutura de refino é direcionada para obter alguns derivados mais do que outros, por tanto, conhecem-se estruturas que podem ser direcionadas para; a) gasolinas e GLP, b) diesel, c) petroquímicos, d) lubrificantes e/ou parafinas e) asfaltos. O Brasil conta com 54 terminais espalhados ao longo na costa e dutos interligando refinarias e terminais, principalmente no Sul e Sudeste. A Transpetro possui km de malha dutoviaria com capacidade operacional de 8,5 MM m 3 transportando os derivados de petróleo. A capacidade de tancagem nas refinarias e terminais é de 10,5 MM m 3, dos quais, 3,5 MM são exclusivos para derivados claros (combustíveis que têm número de carbonos entre 5 e vinte na sua composição química), geralmente, constituídos pelas gasolinas, naftas, querosenes, solventes e diesel). No que diz respeito à margem bruta de refino, no Brasil, varia muito segundo a refinaria sob analise, assim na RBPC a margem bruta é de US$ 7,8 por barril, similar à media dos Estados Unidos, no outro extremo, a REFAP e a LUBNOR têm margens brutas de refino de US$ 3,5 e US$ 3,2 por barril, respectivamente. A margem bruta esta intimamente ligada ao potencial de conversão das refinarias, de novo, a RBPC tem grau de conversão equivalente ao do parque de refino norte-americano (60%), e a REMAN e a REFAP estão com potencial de conversão inferior a 20%. A margem liquida do refino que é a diferença entre margem bruta menos os custos de refino é o lucro do proprietário da refinaria. Os custos de refino incorporam os custos operacionais, fixos e variáveis numa refinaria estão diretamente relacionados com a qualidade e tipo de petróleo. Quanto mais leve, mais parafinico e menos contaminantes (impurezas) contenha um petróleo mais alto seu valor no mercado, porém, é menor o valor dos investimentos em estruturas de refino e custos operacionais. Em contrapartida, quanto mais pesado, menos parifinico e mais impurezas tiver um cru, este é mais barato no mercado, no entanto, os custos em investimento e operacionais são muito mais altos (Luna Freire, 2001).

9 4.- PERSPECTIVAS DO PARQUE DE REFINO Como conseqüência de uma ação convergente entre políticas energéticas, políticas fiscais e políticas ambientais, na cadeia de valor do petróleo tem aparecido, nos mercados mais desenvolvidos, diversos agentes econômicos, os tradicionais e os alternativos. Dentre os primeiros temos as grandes empresas transnacionais de petróleo que estão presentes, na exploração/produção, transporte, comercialização do petróleo, refino, comercialização de derivados, operando terminais, e na distribuição e venda no varejo dos derivados de petróleo. É comum as companhias estatais operarem desde a produção até a comercialização dos derivados, ainda, há as estatais que atuam somente downstream, isto é, desde o refino até a venda dos derivados no varejo. Também existem companhias que operam somente, desde o refino até a distribuição dos derivados. Entre os agentes alternativos que surgiram como conseqüência do open acces e outros mecanismos de concorrência citamos os traders de petróleo e derivados, as petroquímicas, os importadores e blenders de derivados, operadores logísticos, e os comercializadores dos combustíveis no varejo e no atacado. Para atender a demanda futura de derivados de petróleo, acima de 120 MM m 3 em 2005, e acima de 140 MM m 3 em 2010, o parque de refino precisa evoluir. Esta evolução pode ser estrategicamente definida de diversas formas. As estratégias para ampliar o parque de refino são diversas e vão desde dar continuidade com o modelo onde a Petrobrás traça suas metas de investimento na expansão e complementa as necessidades do mercado com a importação ou, no outro extremo, adotar uma estratégia ousada. Neste último, a Petrobrás cobriria a demanda com a expansão e instalação de novas refinarias mediante joint-ventures com companhias e, onde seria permitido que agentes de capital privado interessados em investir tenham liberdade de fazê-lo tanto em regiões greenfields quanto em outras economicamente viáveis. Se a escolha for por pequenas ampliações e investimentos apenas necessários para atender o mercado então, considera-se a execução do Plano da Petrobrás centrado, sobretudo, por investimentos visando qualidade, segurança e meio ambiente complementando com importações, o seguinte quadro aconteceria: O aumento da capacidade do parque de refino não seria significante, limitando-se a alguns ajustes de capacidade em refinarias existentes e melhoria de taxa de utilização do parque; As importações de derivados atingiriam um elevado valor, quase 10% do total que hoje é transacionado no mundo, colocando o país vulnerável quanto à segurança de seu abastecimento e à volatilidade dos preços; A Petrobras continuaria a ser o único agente relevante no setor de refino;

10 Agentes regionais atuando como importadores dos países vizinhos poderiam ter um papel relativamente importante em algumas regiões (ex. PDVSA no Nordeste ou Repsol/YPF no Sul); A Petrobras poderia formar parcerias por conta própria, como já faz atualmente com a Repsol na REFAP, existiria o risco de perder a propriedade as facilidades logísticas, mas não afetaria o modelo operacional centralizado existente no refino ; A competição existiria apenas de forma periférica, oriunda de agentes alternativos como: petroquímicas, blenders e importadores Os consumidores não sentiriam o impacto desta alternativa, pois os preços de alguns derivados já estão flutuando de acordo com o mercado externo. Seria uma alternativa para atrair apenas agentes econômicos não relevantes, pois poderiam utilizar o compartilhamento de infra-estrutura como forma de alcançar alguns mercados, mas não atrairia agentes relevantes com interesse em investir no refino; As obrigações dos agentes econômicos envolvidos estariam ligadas principalmente ao compartilhamento de infra-estrutura logística de abastecimento e distribuição, para permitir que haja no mínimo uma competição periférica; Haveria mudanças na regulação de livre-acesso (open access) e alterações na lei de 1997 que trata sobre a propriedade dos dutos e demais facilidades logísticas. Alternativa que contempla a chegada de novos agentes sem restrições de entrada no mercado; Os potenciais interessados em investir em projetos greenfield (preferencialmente o Nordeste) seriam agentes estruturados e experientes no setor com interesses no mercado brasileiro, entrando sozinhos ou consorciados; As Majors buscando uma integração vertical com os setores de distribuição e varejo no Brasil (ex. Shell, Exxon e Texaco), ou com o setor de Exploração e Produção, no caso de descobertas de reservas de Petróleo nas áreas de concessão; Companhias Regionais entrando no mercado de refino no Brasil e provavelmente investindo também em distribuição e varejo (ex: PDVSA e Repsol); Companhias locais: participando de parcerias em determinadas regiões devido a terem interesses relacionados com a produção de refinados (ex.: Ipiranga e Odebrecht); A infra-estrutura do parque de refino passaria a ser compartilhada ou terceirizada, ficando o controle e propriedade dos dutos, bases, terminais e demais facilidades logísticas antes pertencentes à Petrobras com um consórcio de empresas refinadoras ou com um agente independente;

11 O Governo atrairia novos investidores e conseqüentemente introduziria competição no mercado, além de minimizar o déficit da balança comercial, no que diz respeito a conta de derivados de petróleo; Seria uma boa alternativa para atrair novos agentes econômicos interessados em aproveitar o crescimento elevado da demanda, visto que desde 1997 foi aberta a possibilidade de construção de novas refinarias porém, nenhum novo projeto foi realizado; A Petrobras realizaria joint-ventures nos projetos de novas refinarias ou expansões ou até mesmo em refinarias existentes que não forem expandidas; A Petrobras e suas parceiras permaneceriam com a propriedade sobre as facilidades logísticas, mantendo o modelo atual de livre acesso (open acess) à infra-estrutura logística; Alternativa atrativa para diferentes agentes econômicos, que estivessem interessados no mercado brasileiro, especialmente para estratégias de verticalização com as áreas de distribuição e varejo. As considerações acima elencadas enfatizam a óptica da economia de mercado, porém a escolha de uma alternativa para atender a demanda de derivados de petróleo tem que levar em conta outras considerações além das supracitadas. Na tomada de decisão sobre os rumos da indústria de refino devem considerar-se outros aspectos como a preocupação com a preservação do meio ambiente e do habitat de todos os seres humanos está obrigando a adotar posturas revolucionarias em termos econômicos, energéticos e industriais (Brown, 2003). A aplicação de uma política energética de maneira geral e da adoção de um modelo para a indústria de refino, de forma particular, tem vários desafios pela frente, os de curto prazo envolvem: o atendimento à demanda do mercado; otimização da rede e das refinarias para privilegiar os combustíveis de maior consumo. No médio e longo prazo os desafios seriam inserir combustíveis de origem limpa (biodiesel), ou baseados na implantação de tecnologias como o GTL (gás-to-liquid). De fato, esta nova tecnologia esta se disseminando, embora o conceito e principio de funcionamento date de 1920, o GTL é um processo (Fischer-Tropsh) que converte gás natural em óleos sintéticos que podem posteriormente ser processados junto com combustíveis e outros produtos baseados em hidrocarbonetos. O GTL, com a conversão o gás natural óleos propicia que tenha maior valor econômico, mais ainda quando se considera que nas bacias offshore de Campos entorno de 20,0 MM de m 3 /dia são queimados, reinjetados ou perdidos, acrescentando agora, as novas reservas de gás natural descobertas na Bacia de Santos (400 bilhões de m 3 ). Podemos, a priori, afirmar que as vantagens na adoção da tecnologia GTL traria benefícios ambientais, econômicos, tecnológicos. Esse tipo de visão é preciso que esteja presente na elaboração do novo modelo para a indústria de refino.

12 De forma geral, novas políticas energéticas deveriam contemplar na sua concepção e estruturação estratégias de comum acordo com políticas ambientais, políticas fiscais e políticas industriais, levando em conta pontos como: A substituição de combustíveis fósseis altamente poluentes por outros de combustão mais eficiente como o gás natural e seus subprodutos, mas também por energias alternativas limpas e renováveis; Adoção de tecnologias ambientalmente mais amigáveis e abandono daquelas obsoletas e extremamente poluidoras nos processos; O replanejamento de processos industriais visa a instalação de unidades e plantas com tecnologia capaz de reutilizar material descartado; O aproveitamento de materiais que eram considerados como sucata traria uma significativa economia de materiais; O sistema de transporte, fortemente concentrado no uso de gasolina e óleo combustível, deve ser reavaliado, pois, a combustão de combustíveis na frota veicular é a principal fonte de emissão de gases tóxicos hoje no Brasil; O fim de subsídios a materiais e tarifas de alguns energéticos para a produção industrial, cuja manutenção incentiva a fabricação de bens e produtos energo-intensivos. Incorporar no preço dos derivados de petróleo o custo ambiental, não somente ao longo da cadeia como também os efeitos após seu uso, refletiria de forma mais real sue preço desse combustível no mercado; Na área fiscal, uma verdadeira reforma deveria incorporar a cobrança de impostos ambientais, isso propiciaria rever as necessidades de consumo da sociedade, direcionando-a vagarosamente para uma conscientização em relação à valorização das fontes de suprimento naturais; A reciclagem, o replanejamento de processos industriais, novas formas de uso e aproveitamento das energias limpas permitirão a geração de novos empregos, se é que esta é a preocupação do Governo, quando adotar uma política energética revolucionaria, aliviando a perda de outros ofícios anacrônicos; Incentivos oferecidos pelos governos, mascarados de competitividade, devem ser cortados ou no mínimo redimensionados, principalmente quando estão destinados à produção de bens de consumo energo-intensivos ou de forte impacto ambiental na sua produção ou utilização; Definir a construção de uma refinaria se for necessário, em mercados pouco atendidos mais de grande potencial como o do Nordeste, refinaria que deve incorporar tecnologias econômica e ambientalmente mais eficientes. 5.- CONCLUSAO Ousadia na definição de política governamental capaz de criar instrumentos que integrem políticas energéticas, políticas ambientais, políticas industriais e políticas fiscais, deveria ser a proposta de um governo comprometido tanto com as questões sociais como ambientais. No caso especifico da indústria de refino e do consumo de

13 derivados de petróleo pensar em uma reestruturação de sua produção implica não só em planejar ao atendimento da demanda no curto ou médio prazo como também elaborar um plano de substituição de alguns deles por combustíveis de origem menos agressivos ambientalmente. O gás natural pode ser o energético da transição para uma economia mais comprometida com as seqüelas da poluição. Crescimento da economia baseado em um consumismo desenfreado de bens e produtos está colocando em xeque a sustentabilidade do planeta, insistir na continuação deste tipo de crescimento é no mínimo uma demonstração de falta de compromisso com as gerações futuras, pois, constantes alertas vêm dando a natureza sobre o desequilíbrio ecológico e o abuso na utilização dos seus recursos. 6.- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Balanço Energético Nacional BEN, Ministério de Minas e Energia, Brown, Lester Eco-Economia World Watch Institute, Luna Mattos, C. A. A Indústria de Refino Nacional: Histórico e Tendências, Palestra apresentada no Rio de Janeiro, na Booz, Allen & Hamilton, 2001

Introdução da fase P7 para veículos pesados no Brasil. - Desafios do mercado de diesel -

Introdução da fase P7 para veículos pesados no Brasil. - Desafios do mercado de diesel - Introdução da fase P7 para veículos pesados no Brasil - Desafios do mercado de diesel - Nos últimos anos, os limites de poluentes tem sofrido redução através da legislação de emissões Evolução dos padrões

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

Perspectivas para o Setor de petróleo e gás natural no Brasil

Perspectivas para o Setor de petróleo e gás natural no Brasil Perspectivas para o Setor de petróleo e gás natural no Brasil Comissão de Minas e Energia Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Câmara dos Deputados João Carlos de Luca Presidente

Leia mais

INFRAESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTOS INOVADORAS. Março 2015

INFRAESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTOS INOVADORAS. Março 2015 Março 2015 INFRAESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTOS INOVADORAS Março 2015 Você pode nao COMPRAR combustível, mas com certeza PAGA por ele... Agenda Quem somos Infra-estrutura

Leia mais

nome de Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três categorias:

nome de Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três categorias: ,1752'8d 2 O gás natural é composto, principalmente, de metano (até 98%) e por alguns hidrocarbonetos de maior peso molecular (de C 2 a C 6 ) além dos diluentes N 2 e CO 2. Com o uso crescente de petróleo

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário - 2012

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário - 2012 Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário - 2012 Apresentação A sondagem Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário 2012 Fase 2 apresenta a visão do empresário do transporte

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Estrutura de Refino: até quando o Brasil importará derivados de petróleo?

Estrutura de Refino: até quando o Brasil importará derivados de petróleo? Estrutura de Refino: até quando o Brasil importará derivados de petróleo? 14º Encontro Internacional de Energia Carlos Alberto Lopes 06/08/2013 Gas Energy Quem Somos A GAS ENERGY S.A. é uma empresa brasileira

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão

Leia mais

Repensando a matriz brasileira de combustíveis

Repensando a matriz brasileira de combustíveis 1 Repensando a matriz brasileira de combustíveis Marcos Sawaya Jank Conselheiro do CDES A matriz energética brasileira se destaca pela grande incidência de fontes renováveis... Ao longo desta década, a

Leia mais

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO Ricardo de Gusmão Dornelles Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis Jun/2009 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL E NACIONAL - 2008 54,9 45,1 Brasil (2008)

Leia mais

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Nivalde J. de Castro 1 Guilherme de A. Dantas 2 A indústria sucroalcooleira brasileira passa por um intenso processo de fusões

Leia mais

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca. Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca. Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade Etanol A produção de álcool combustível como fonte de energia deve-se

Leia mais

PETRÓLEO E GÁS NATURAL

PETRÓLEO E GÁS NATURAL PANORAMA DOS MERCADOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL E NO MUNDO* Ivan Magalhães Júnior** * Novembro de 2004. ** Engenheiro da Área de Planejamento do BNDES. PETRÓLEO E GÁS NATURAL Resumo O objetivo

Leia mais

Plano de Negócios 2011-2015

Plano de Negócios 2011-2015 PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS Companhia Aberta FATO RELEVANTE Plano de Negócios 2011-2015 Rio de Janeiro, 22 de julho de 2011 Petróleo Brasileiro S.A. Petrobras comunica que seu Conselho de Administração

Leia mais

ÍNDICE HISTÓRICO BAHIA EM NÚMEROS INCENTIVOS MERCADO INFRA-ESTRUTURA NOVOS PROJETOS. Seminário Jurídico-Fiscal Brasil Round 6

ÍNDICE HISTÓRICO BAHIA EM NÚMEROS INCENTIVOS MERCADO INFRA-ESTRUTURA NOVOS PROJETOS. Seminário Jurídico-Fiscal Brasil Round 6 Seminário Jurídico-Fiscal Brasil Round 6 INFRA- ESTRUTURA PARA E&P NO ESTADO DA BAHIA Rio de Janeiro, 18 de março de 2004 ÍNDICE 1 HISTÓRICO 2 BAHIA EM NÚMEROS 3 INCENTIVOS 4 MERCADO 5 INFRA-ESTRUTURA

Leia mais

Fortaleza, junho de 2015

Fortaleza, junho de 2015 Fortaleza, junho de 2015 All About Energy 2015 Política de Energia e Mudança Climática Luiz Pinguelli Rosa Diretor da COPPE UFRJ * Secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas Membro da Academia

Leia mais

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica Apresentação CEI Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica A CEI é produtora independente de energia em MG, com 9 usinas em operação, 15 empreendimentos hidrelétricos em desenvolvimento (130MW) e

Leia mais

*O segmento é constituído de cerca de 138 mil lojas em todo o Brasil, dos quais 77% são pequenos e médios estabelecimentos.

*O segmento é constituído de cerca de 138 mil lojas em todo o Brasil, dos quais 77% são pequenos e médios estabelecimentos. Fonte: A Construção do Desenvolvimento Sustentado, UNC, 2006 *O segmento é constituído de cerca de 138 mil lojas em todo o Brasil, dos quais 77% são pequenos e médios estabelecimentos. *A cadeia da Construção

Leia mais

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos,

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Economia Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Comércio Internacional Objetivos Apresentar o papel da taxa de câmbio na alteração da economia. Iniciar nas noções

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da

Leia mais

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO As condições para o financiamento do desenvolvimento urbano estão diretamente ligadas às questões do federalismo brasileiro e ao desenvolvimento econômico. No atual

Leia mais

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? 1. Introdução Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? Simone Maciel Cuiabano 1 Ao final de janeiro, o blog Beyond Brics, ligado ao jornal Financial Times, ventilou uma notícia sobre a perda de

Leia mais

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE LEI N o 1.013, DE 2011 Dispõe sobre a fabricação e venda, em território nacional, de veículos utilitários movidos a óleo diesel, e dá

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

Ciências Econômicas. O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos:

Ciências Econômicas. O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: Ciências Econômicas Padrão de Resposta O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: A A ideia de que desenvolvimento sustentável pode ser entendido como proposta ou processo

Leia mais

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL GESEL / SINERGIA / EDF A OPÇÃO NUCLEAR PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Altino Ventura Filho Secretário de Planejamento

Leia mais

MERCADO BRASILEIRO DE ÓLEO LUBRIFICANTE POLÍTICA PÚBLICA APLICADA AO SETOR PRODUÇÃO - DISTRIBUIÇÃO & DESTINAÇÃO DO LUBRIFICANTE USADO OU CONTAMINADO

MERCADO BRASILEIRO DE ÓLEO LUBRIFICANTE POLÍTICA PÚBLICA APLICADA AO SETOR PRODUÇÃO - DISTRIBUIÇÃO & DESTINAÇÃO DO LUBRIFICANTE USADO OU CONTAMINADO MERCADO BRASILEIRO DE ÓLEO LUBRIFICANTE POLÍTICA PÚBLICA APLICADA AO SETOR PRODUÇÃO - DISTRIBUIÇÃO & DESTINAÇÃO DO LUBRIFICANTE USADO OU CONTAMINADO FORTALEZA 01-08-2013 1 LEI DO PETRÓLEO LEI Nº 9.478

Leia mais

com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. China Sendo que, esse percentual é de 47% para o total das indústrias brasileiras.

com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. China Sendo que, esse percentual é de 47% para o total das indústrias brasileiras. 73% das indústrias gaúchas exportadoras que concorrem com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. 53% das indústrias gaúchas de grande porte importam da China Sendo que, esse percentual

Leia mais

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação O processo de desindustrialização pelo qual passa o país deve-se a inúmeros motivos, desde os mais comentados, como a sobrevalorização

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E DE AUTOPEÇAS

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E DE AUTOPEÇAS ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2 - AO2 GERÊNCIA SETORIAL DO COMPLEXO AUTOMOTIVO Data: Setembro/99 N o 26 DISTRIBUIÇÃO REGIONAL INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E DE AUTOPEÇAS Com o recente ciclo de investimentos

Leia mais

Biocombustíveis da Amazônia. Primeira Iniciativa Comercial na Produção de Biodiesel no Estado do Amazonas

Biocombustíveis da Amazônia. Primeira Iniciativa Comercial na Produção de Biodiesel no Estado do Amazonas Biocombustíveis da Amazônia Primeira Iniciativa Comercial na Produção de Biodiesel no Estado do Amazonas Biocombustíveis da Amazônia Ltda Capacidade inicial de 15 milhões de litros/ano Expansão em 2011

Leia mais

Fração. Página 2 de 6

Fração. Página 2 de 6 1. (Fgv 2014) De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo são de origem fóssil. Essas substâncias são encontradas em diversas

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO!

GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO! GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO! 14º Encontro de Energia FIESP Matriz Segura e Competitiva Luis Henrique Guimarães São Paulo, 5 de agosto de 2013 1 AGENDA Princípios que norteiam a apresentação O que é Preço

Leia mais

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares Ciências Militares no Século XXI Situação Atual e Desafios Futuros Geopolítica dos Recursos Naturais Fontes Alternativas

Leia mais

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso 7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa

Leia mais

Células de combustível

Células de combustível Células de combustível A procura de energia no Mundo está a aumentar a um ritmo alarmante. A organização WETO (World Energy Technology and Climate Policy Outlook) prevê um crescimento anual de 1,8 % do

Leia mais

Administração. O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos:

Administração. O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: Administração Padrão de Resposta O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: A A ideia de que desenvolvimento sustentável pode ser entendido como proposta ou processo que

Leia mais

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo.

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo. Entraves à consolidação do Brasil na produção de energias limpas e renováveis Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo

Leia mais

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2.1. Breve Histórico da Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro No início da década de 90, o setor elétrico brasileiro apresentava uma estrutura predominantemente

Leia mais

Os sistemas de despoeiramento, presentes em todas as usinas do Grupo Gerdau, captam e filtram gases e partículas sólidas gerados na produção

Os sistemas de despoeiramento, presentes em todas as usinas do Grupo Gerdau, captam e filtram gases e partículas sólidas gerados na produção Os sistemas de despoeiramento, presentes em todas as usinas do Grupo Gerdau, captam e filtram gases e partículas sólidas gerados na produção siderúrgica. Ontário Canadá GESTÃO AMBIENTAL Sistema de gestão

Leia mais

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 Altera dispositivos da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, para promover a geração e o consumo

Leia mais

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros Categoria Setor de Mercado Seguros 1 Apresentação da empresa e sua contextualização no cenário competitivo A Icatu Seguros é líder entre as seguradoras independentes (não ligadas a bancos de varejo) no

Leia mais

Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho

Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho CAPACIDADE DOS PORTOS BRASILEIROS Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho 1 Novembro 2012 Esse estudo pretende chegar a um volume máximo de soja, milho e derivados, que pode ser exportado, por meio

Leia mais

+Gás Brasil. A energia que pode revolucionar a economia brasileira. São Paulo, 17 de Outubro de 2012

+Gás Brasil. A energia que pode revolucionar a economia brasileira. São Paulo, 17 de Outubro de 2012 +Gás Brasil A energia que pode revolucionar a economia brasileira São Paulo, 17 de Outubro de 2012 A hora do gás na agenda nacional Mudanças tecnológicas, econômicas e políticas globais e locais impõem

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS ASPECTOS 11 SOCIOECONÔMICOS 11.1. INFORMAÇÕES GERAIS O suprimento de energia elétrica tem-se tornado fator indispensável ao bem-estar social e ao crescimento econômico do Brasil. Contudo, é ainda muito

Leia mais

Incentivar o Etanol e o Biodiesel. (Promessa 13 da planilha 1) Entendimento:

Incentivar o Etanol e o Biodiesel. (Promessa 13 da planilha 1) Entendimento: Incentivar o Etanol e o Biodiesel (Promessa 13 da planilha 1) Entendimento: O governo adota medidas econômicas de forma a ampliar relativamente o emprego dos dois combustíveis. O termo ampliar relativamente

Leia mais

Novos Negócios Farma

Novos Negócios Farma Novos Negócios Farma *Estudos Pré-Clínicos no Brasil: atual cenário e oportunidades *P&D de Novas Moléculas no Brasil *Parcerias ICTs & Empresas: barreiras e oportunidades *Oportunidades e desafios do

Leia mais

Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil. Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP

Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil. Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP Novembro de 2011 Evolução dos Biocombustíveis no Brasil 1973 Primeira

Leia mais

Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil. Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha

Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil. Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha Agosto - 2013 2011 Biodiesel INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 2011 Biodiesel ODM-Importado 2011 ODM-Nacional Biodiesel

Leia mais

CC76F66102 COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 2.318, DE 2007 I - RELATÓRIO

CC76F66102 COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 2.318, DE 2007 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA PROJETO DE LEI N o 2.318, DE 2007 Altera o art. 11 da Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, estabelecendo nova hipótese para sub-rogação de recursos da sistemática de rateio

Leia mais

As pressões da produção do pré-sal. brasileiro sobre o setor de refino nacional

As pressões da produção do pré-sal. brasileiro sobre o setor de refino nacional As pressões da produção do pré-sal brasileiro sobre o setor de refino nacional Yabiko R¹ Chicata F² Bone R³ Resumo: O artigo tem como objetivo analisar a capacidade produtiva atual do parque de refino

Leia mais

A Expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural da Comgas

A Expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural da Comgas A Expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural da Comgas Marcelo Menicucci Esteves Diretor de Suprimentos e Projetos de Energia São Paulo - 11/11/2004 Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e

Leia mais

CST Processos Gerenciais

CST Processos Gerenciais CST Processos Gerenciais Padrão de Resposta O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: A A ideia de que desenvolvimento sustentável pode ser entendido como proposta ou

Leia mais

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais.

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Robson

Leia mais

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados)

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados) Anexo 4: Demanda de Eletricidade 1 Anexo 4 - de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados) O Conceito de Energia Equivalente As fontes energéticas classificadas

Leia mais

ENERGIA RENOVÁVEIS & EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

ENERGIA RENOVÁVEIS & EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ENERGIA RENOVÁVEIS & EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SUPERINTENDÊNCIA DE PROJETOS DE GERAÇÃO (SPG) CHESF 1 TEMAS ABORDADOS PERFIL DA CHESF MATRIZ ENERGÉTICA FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS & NUCLEAR ASPECTOS ECONÔMICOS

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL - VIII Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical - Marcus Vinicius da Silva Alves, Ph.D. Chefe do Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal

Leia mais

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

Leia mais

ENERGIAS ALTERNATIVAS E TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO LIMPAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES

ENERGIAS ALTERNATIVAS E TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO LIMPAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES ENERGIAS ALTERNATIVAS E TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO LIMPAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES FONTES DE ENERGIA Hídrica Eólica Biomassa Solar POTENCIAL HÍDRICO Fonte: Eletrobras, 2011. APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO

Leia mais

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS ESTATAIS - 2006. Principais Grupos

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS ESTATAIS - 2006. Principais Grupos Principais Grupos Empresas correntes 2003 2004 2005 2006 Realizado Realizado Realizado LOA Setor Produtivo Estatal 17.301 18.285 20.554 31.404 - Grupo PETROBRAS (No País) 13.839 14.960 16571 24.095 - Grupo

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

BNDES Financiamento à Indústria de Base Florestal Plantada. Outubro de 2014

BNDES Financiamento à Indústria de Base Florestal Plantada. Outubro de 2014 BNDES Financiamento à Indústria de Base Florestal Plantada Outubro de 2014 Agenda 1. Aspectos Institucionais 2. Formas de Atuação 3. Indústria de Base Florestal Plantada 1. Aspectos Institucionais Linha

Leia mais

Falta de mão-de-obra qualificada dificulta aumento da competitividade da indústria

Falta de mão-de-obra qualificada dificulta aumento da competitividade da indústria Sondagem Especial da Confederação Nacional da Indústria CNI O N D A G E M Especial Ano 5, Nº.3 - setembro de 2007 Falta de mão-de-obra qualificada dificulta aumento da competitividade da indústria Mais

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

)('(5$d 2 Ô1,&$ '26 3(752/(,526. )LOLDGD j. 3RVLFLRQDPHQWR GD )HGHUDomR ÔQLFD GRV 3HWUROHLURV )83 )UHQWH j 6H[WD 5RGDGD GH /LFLWDomR GD $13

)('(5$d 2 Ô1,&$ '26 3(752/(,526. )LOLDGD j. 3RVLFLRQDPHQWR GD )HGHUDomR ÔQLFD GRV 3HWUROHLURV )83 )UHQWH j 6H[WD 5RGDGD GH /LFLWDomR GD $13 3RVLFLRQDPHQWR GD )HGHUDomR ÔQLFD GRV 3HWUROHLURV )83 )UHQWH j 6H[WD 5RGDGD GH /LFLWDomR GD $13 O comportamento dos preços do petróleo no mercado externo nos últimos meses, quando o barril atingiu seu

Leia mais

Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional

Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional Perguntas e Respostas Perguntas mais frequentes sobre as medidas divulgadas pelo Governo Federal Março 2014 Apresentação

Leia mais

Plano Estratégico Petrobras 2030 e Plano de Negócios e Gestão 2014 2018

Plano Estratégico Petrobras 2030 e Plano de Negócios e Gestão 2014 2018 Plano Estratégico Petrobras 2030 e Plano de Negócios e Gestão 2014 2018 A Petrobras comunica que seu Conselho de Administração aprovou o Plano Estratégico Petrobras 2030 (PE 2030) e o Plano de Negócios

Leia mais

Objetivo. Introdução COMO O BRASIL PODE SE TORNAR INDEPENDENTE DO GÁS BOLIVIANO

Objetivo. Introdução COMO O BRASIL PODE SE TORNAR INDEPENDENTE DO GÁS BOLIVIANO Objetivo COMO O BRASIL PODE SE TORNAR INDEPENDENTE DO GÁS BOLIVIANO O objetivo do trabalho é o de propor soluções técnicas e de logística, viáveis para a continuidade do fornecimento de gás natural à população,

Leia mais

Produção e consumo sustentáveis

Produção e consumo sustentáveis Produção e consumo sustentáveis Fernanda Capdeville Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis DPCS Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC 14 Plenária do Fórum Governamental

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL. Abril 2015

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL. Abril 2015 RELATÓRIO TRIMESTRAL DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL Abril 2015 Equipe Técnica: Diretor: Carlos Antônio Rocca Superintendente: Lauro Modesto Santos Jr. Analistas: Elaine Alves Pinheiro e Fernando

Leia mais

Desafios para o planejamento e a regulação do mercado de biocombustíveis

Desafios para o planejamento e a regulação do mercado de biocombustíveis VIII CBPE Congresso Brasileiro de Planejamento Energético Curitiba, agosto de 2012 Mesa Redonda: Fronteiras agro-energéticas Desafios para o planejamento e a regulação do mercado de biocombustíveis L.

Leia mais

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis Biocombustíveis Também chamados de agrocombustíveis Biomassa É o combustível obtido a partir da biomassa: material orgânico vegetal ou animal Uso tradicional: lenha, excrementos Etanol: álcool combustível.

Leia mais

Estudos sobre a Taxa de Câmbio no Brasil

Estudos sobre a Taxa de Câmbio no Brasil Estudos sobre a Taxa de Câmbio no Brasil Fevereiro/2014 A taxa de câmbio é um dos principais preços relativos da economia, com influência direta no desempenho macroeconômico do país e na composição de

Leia mais

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo O Mercado de Energia Eólica E no Brasil e no Mundo Audiência Pública P - Senado Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle Brasília/DF 19 de junho de 2008 Energia: importância

Leia mais

Saiba o que vai mudar no seu bolso com as novas medidas econômicas do governo

Saiba o que vai mudar no seu bolso com as novas medidas econômicas do governo Cliente: Trade Energy Veículo: Portal R7 Assunto: Saiba o que vai mudar no seu bolso com as novas medidas Data: 21/01/2015 http://noticias.r7.com/economia/saiba-o-que-vai-mudar-no-seu-bolso-com-as-novas-medidaseconomicas-do-governo-21012015

Leia mais

10º FÓRUM DE ECONOMIA. Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil

10º FÓRUM DE ECONOMIA. Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil 10º FÓRUM DE ECONOMIA Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil Eliane Araújo São Paulo, 01 de outubro de2013 Objetivos Geral:

Leia mais

Perspectivas & Oportunidades do Mercado Segurador frente aos Novos Consumidores. Marco Antonio Rossi Presidente

Perspectivas & Oportunidades do Mercado Segurador frente aos Novos Consumidores. Marco Antonio Rossi Presidente Perspectivas & Oportunidades do Mercado Segurador frente aos Novos Consumidores Marco Antonio Rossi Presidente AGENDA I O Universo dos Novos Consumidores 2 O Mundo do Seguros 3- Perspectivas e Oportunidades

Leia mais

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Cenário de referência O estudo WETO apresenta um cenário de referência que descreve a futura situação energética

Leia mais

SETOR de shopping center no Brasil: UMA VISÃO DO MERCADO

SETOR de shopping center no Brasil: UMA VISÃO DO MERCADO Informativo setorial de shopping centers Nº01 maio 2011 NÚMERO DE SHOPPINGS, 2 Descubra a distribuição dos shoppings por área bruta comercial. FLUXO DE CLIENTES, 6 Entenda o fluxo médio diário e a densidade

Leia mais

SETOR de shopping center no Brasil:

SETOR de shopping center no Brasil: Informativo setorial de shopping centers Nº01 maio 2011 número de Shoppings, 2 Descubra a distribuição dos shoppings por área bruta comercial. Fluxo de Clientes, 6 Entenda o fluxo médio diário e a densidade

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo. Brasil: vento, energia e investimento. São Paulo/SP 23 de novembro de 2007

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo. Brasil: vento, energia e investimento. São Paulo/SP 23 de novembro de 2007 O Mercado de Energia Eólica E no Brasil e no Mundo Brasil: vento, energia e investimento São Paulo/SP 23 de novembro de 2007 Energia: importância e impactos A energia é um dos principais insumos da indústria

Leia mais

Novas Tecnologias para Ônibus 12/12/2012

Novas Tecnologias para Ônibus 12/12/2012 Novas Tecnologias para Ônibus 12/12/2012 FETRANSPOR Sindicatos filiados: 10 Empresas de ônibus: 208 Frota: 20.300 Passageiros/mês: 240 milhões Viagens/mês: 4,5 milhões Empregos diretos: 100.000 Idade média:

Leia mais

5. ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

5. ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS 45 5. ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS 5.1 COTAÇÕES Para análise das cotações foram monitoradas as seguintes cotações: petróleo (Brent e WTI), QAV (Jet/Kerosene Grade 54 USG Waterborne 0,3%S), diesel (No.2

Leia mais

ESPELHO DE EMENDA DE APROPRIAÇÃO DE DESPESA

ESPELHO DE EMENDA DE APROPRIAÇÃO DE DESPESA PLN 6 / 9 - LOA Apoio a estudos de viabilidade e projetos de pesquisas em energia hidrelétrica e outras energias renováveis Aprop.- Inclusão Data: 18/11/9 Página: 1 de 6 ÁREA DE GOVERNO Minas e Energia

Leia mais

RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Junho de 2012

RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Junho de 2012 RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO Junho de 2012 Riscos e oportunidades para a indústria de bens de consumo A evolução dos últimos anos, do: Saldo da balança comercial da indústria

Leia mais

REGULAMENTAÇÃO Importação, Exportação e Transporte de Petróleo e seus Derivados

REGULAMENTAÇÃO Importação, Exportação e Transporte de Petróleo e seus Derivados REGULAMENTAÇÃO Importação, Exportação e Transporte de Petróleo e seus Derivados Carlos Valois Maciel Braga Superintendência de Comercialização e Movimentação de Petróleo e seus Derivados Agência Nacional

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2020 PLANO DE NEGÓCIOS 2009-13

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2020 PLANO DE NEGÓCIOS 2009-13 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2020 PLANO DE NEGÓCIOS 2009-13 PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL S/A COMISSÃO ESPECIAL DE ENERGIAS RENOVÁVEIS ABRIL DE 2009 1 Agenda Planejamento Estratégico da Petrobras Biocombustível

Leia mais

Workshop sobre Marco Regulatório do Pré-Sal. A Cadeia Produtiva da Indústria Desafios e Oportunidades

Workshop sobre Marco Regulatório do Pré-Sal. A Cadeia Produtiva da Indústria Desafios e Oportunidades Workshop sobre Marco Regulatório do Pré-Sal A Cadeia Produtiva da Indústria Desafios e Oportunidades CNI Brasília, 01/10/2009 Marco Regulatório do Pré-Sal A Cadeia Produtiva da Indústria A Visão da Indústria

Leia mais

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007) Geração Elétrica Total Cenário de Referência (2007) Greenpeace Brasil Somos uma organização global e independente que atua para defender o meio ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem

Leia mais