Prof. Marcelo Thimoti. Legislação Comercial
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- Ana Castanho Canto
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1 Prof. Marcelo Thimoti Legislação Comercial 1
2 DIREITO COMERCIAL Sociedades Anônimas. 2
3 Sociedade Anônima (S/A) Sociedade com capital dividido em ações, livremente negociáveis, que limitam a responsabilidade do sócio ao preço da sua emissão. 3
4 Diferenças com a Limitada Divisão do capital em partes com valor nominal Ações; Responsabilidade dos sócios limitada ao valor das ações; Livre cessão das ações por parte dos sócios; Possibilidade de aumento do capital mediante apelo público; Uso da denominação S/A no nome empresarial; Possibilidade das ações pertencerem a incapazes. Tipos: 1. Sociedade Anônima de Capital Aberto; 2.Sociedade Anônima de Capital Fechado. 4
5 Sociedade Anônima Espécies de Ações: 1. Ordinárias (ou comuns): obrigatórias em toda S/A. Conferem direito a voto. 2. Preferenciais: têm prioridade na distribuição de dividendos. Podem ou não conferir direito de voto aos seus titulares os acionistas preferenciais passam a ter direito a voto quando a companhia não pagar dividendos por 3 anos consecutivos. 5
6 Sociedade Anônima Constituição das S/A (algumas exigências): 1. Subscrição de todo capital social por, pelo menos, duas pessoas; 2. Depósito de parte do capital social no Banco do Brasil. 3. Pelo menos 10% do capital social deve ser integralizado em dinheiro; 4. Autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a emissão das ações. 6
7 Algumas exigências da CVM para emissão de ações: Estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento; Projeto do estatuto social; Planejamento (prospecto) da companhia, justificando as expectativas do seu êxito, etc. Visitar site: e 7
8 Órgão sociais da S/A Assembléia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal Diretoria 8
9 Órgãos sociais da S/A Assembleia Geral. Reunião de acionistas com poderes para deliberar sobre a sociedade. Deve ser realizada pelo menos uma vez por ano e quando se fizer necessário. Deve ser convocada por anúncio público. As deliberações são decididas pela maioria do capital. Conselho de Administração. Órgão de deliberação colegiada, que fixa a orientação geral dos negócios da sociedade. Os conselheiros devem ser acionistas. Diretoria. Órgão que executa as deliberações do Conselho. Os diretores não precisam ser sócios e são escolhidos pelo Conselho. Conselho Fiscal. Fiscaliza os negócios da S/A e o estatuto da sociedade dispõe sobre seu funcionamento. 9
10 Demonstrações financeiras: A S/A deve, ao término do exercício social, prestar um conjunto de demonstrações contábeis: 1. Balanço patrimonial; 2. Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados; 3. Demonstração do resultado financeiro do exercício; 4. Demonstração das origens e aplicações de recursos. 10
11 DIREITO EMPRESARIAL Término, Dissolução e Liquidação das Sociedades Comercias. 11
12 Término das Sociedades Comerciais Fases: 1. Dissolução; 2. Liquidação; 3. Extinção. 12
13 Dissolução Dissolução consensual ou voluntária: - Distrato. Dissolução de Pleno Direito: - Encerramento do prazo de duração; - Falecimento de um dos dois sócios. Dissolução Judicial: Desarmonia societária; e Ruína financeira (falência). 13
14 Dissolução O sócio poderá ser excluído quando não cumprir com sua obrigação de contribuição, mediante deliberação dos demais. Poderá, ainda, ser excluído judicialmente, mediante iniciativa dos demais. 14
15 Liquidação. Metas: 1. Inventariar os bens da sociedade e fazer um balanço; 2. Promover a cobrança de dívidas e pagar o passivo; Caso a liquidação seja judicial, o liquidante deverá: - Apresentar balancete mensal ao Juízo e prestar contas; - representar a empresa; - propor forma de pagamento ou partilha dos bens. 15
16 Extinção Algumas exigências da Junta Comercial: - Prova do pagamento das contribuições sindicais; - Certidão negativa do INSS, IR e outros tributos; e - Certidão negativa de débito salarial. 16
17 Transformação Incorporação ato pelo qual uma sociedade é absorvida por outra, que lhe sucede em todos os direitos e obrigações; Fusão duas ou mais empresas unem-se para criar uma nova; Cisão operação pela qual a empresa transfere total ou parcialmente o seu patrimônio para uma ou mais sociedades. 17
18 Recuperação (judicial e extrajudicial) Recuperação extrajudicial: o devedor poderá optar pela Recuperação Extrajudicial, negociando com os seus credores o plano de recuperação. 18
19 Recuperação Judicial (I). Tem por propósito viabilizar a superação da situação econômica crítica, a fim de permitir a manutenção da produção, preservando a empresa. O devedor poderá requerê-la desde que: - já esteja exercendo atividade econômica há mais de 2 anos; - não seja falido. - não tenha obtido a recuperação judicial nos últimos 5 anos. -não ter sido condenado por crimes de fraude. 19
20 Recuperação Judicial (II). No processo de recuperação, será nomeado um administrador judicial e serão suspensas todas as cobranças contra o devedor. Dentro de 60 dias o devedor deverá apresentar um plano de recuperação, que irá estipular um plano de pagamento aos credores, observando-se que os créditos trabalhistas deverão ser honrados em, no máximo, 1 ano, e os demais em, no máximo, 2 anos. O desrespeito às regras da Recuperação Judicial autoriza o juiz decreta a falência da empresa. 20
21 Falência - Lei , de Estado de desequilíbrio econômico, em que o passivo da empresa é maior que o ativo. - Empresário insolvente (sem condições de pagar os credores). - Promove o afastamento do devedor de suas atividades, com a nomeação de um administrador (liquidante). - Faz com que todas as cobranças tramitem perante o mesmo juízo. 21
22 Falência. Ordem de pagamento dos créditos: 1º Trabalhistas, até 150 salários mínimos por credor; 2º Créditos com garantia real, limitado ao valor do bem dado em garantia - na sua maioria instituições bancária; e 3ª Créditos tributários. 22
23 DIREITO EMPRESARIAL Propriedade Industrial e Intelectual. 23
24 Propriedade Intelectual. Propriedade Intelectual Propriedade Industrial Direitos Autorais Marcas Patentes Desenhos Industriais Escritos Fotografias Pinturas Músicas Software 24
25 MARCAS Conceito: Sinal visualmente perceptível; Com caráter distintivo; e Aposto em produtos e serviços para diferenciá-los. 25
26 Espécies MARCAS Marca registrada; Marca de alto renome; Marca de certificação; e Marca coletiva. 26
27 MARCA MARCA DE ALTO RENOME A Marca tem como pressuposto o relevante conhecimento da marca pelo público consumidor. Na Marca de Alto Renome o conhecimento deve extrapolar o segmento de mercado em que a marca está inserida e deve estar diretamente relacionado à boa reputação da marca. A conquista do alto renome de uma marca demonstra que esta oferece ao público em geral satisfação e confiança na qualidade dos produtos por ela apresentados. 27
28 MARCAS Direitos decorrentes do registro: 1. Zelar por sua integridade; 2. Licenciar o seu uso; 3. Cessão de sua titularidade. 28
29 PATENTES Patente é uma propriedade temporária, legalmente concedida pelo Estado, sobre uma invenção ou modelo de utilidade. É uma forma de reconhecimento do esforço inventivo e, por isso, garante ao seu proprietário direitos exclusivos sobre sua invenção. 29
30 PATENTES Requisitos para a proteção patentária: - Novidade; - Atividade inventiva; - Aplicação industrial. Espécies: - Patente de Invenção; - Patente de Modelo de Utilidade; e - Desenho Industrial 30
31 PATENTES Direitos do inventor titular: 1. Monopólio provisório de exploração; 2. Impedir o uso desautorizado; 3. Obter indenização pelo uso desautorizado. 31
32 PATENTES Relação Empregador Empregado Inventor: 1. Empregado contratado por força contratual, os direitos patrimoniais pertencem ao Empregador; 2. Empregado comum, sem previsão contratual, os direitos patrimoniais são partilhados em partes iguais entre Empregado e Empregador. Visite o site 32
33 DIREITO COMERCIAL Títulos de Crédito. 33
34 Títulos de Crédito Documento que representa obrigações monetárias. Princípios: - Literalidade o dir conferido ao portador é aquele escrito no título; - Cartularidade o dir recebimento em dinheiro é incorporado ao documento (cártula), sem o qual não pode ser exercido; - Autonomia as obrigações constantes do título são independeres uma da outras. 34
35 Títulos de Crédito Letra de Câmbio; Nota Promissória; Cheque; Duplicata Comercial, etc. 35
36 Prescrição: Notas promissórias, letra de câmbio e duplicatas: três anos, contados do vencimento. Cheque: execução prescreve em 6 meses, contados da expiração do prazo de apresentação; cobrança prescreve em 2 anos, contados da data em que ocorreu o término do prazo para a execução. 36
37 Letra de Câmbio Ordem de pagamento a vista ou a prazo, que alguém dirige a outra pessoa para pagar terceiro. Figuras: 1. Sacador ou Emitente: emite a ordem para benefício de terceiro; 2. Sacado: devedor; e 3. Beneficiário ou Tomador: recebe o pagamento. 37
38 Letra de Câmbio Exemplo: 1. ANTÔNIO deve R$ 100 para JOÃO; 2. JOÃO, por sua vez, deve R$ 100 para PEDRO. 3. JOÃO emite uma LETRA DE CÂMBIO contra ANTÔNIO, para que pague diretamente à PEDRO. JOÃO (sacador) ANTONIO (sacado) PEDRO (beneficiário). 38
39 Letra de Câmbio Outras figuras: 1. Aceite; 2. Aval; 3. Endosso; 4. Protesto. 39
40 Nota Promissória Promessa direta de pagamento do devedor ao credor. 1. Sacador ou Emitente (devedor); 2. Beneficiário ou Tomador (credor). 40
41 Cheque Ordem de pagamento, a vista. 1. Sacador ou Emitente (titular da conta devedor); 2. Sacado banco; 3. Beneficário ou Tomador credor. 41
42 Duplicata Comercial Título de Crédito formal constituindo um saque fundado sobre crédito proveniente de contrato de compra e venda. 1. Sacador ou Emitente Comerciante vendedor; 2. Sacado Cliente consumidor. 42
43 DIREITO COMERCIAL Contratos Comerciais. 43
44 Contratos Comerciais. Alguns exemplos: Factoring; Franquia; Representação Comercial; Leasing; Seguro; Transferência de tecnologia (know how); Contratos Bancários, etc. 44
45 Factoring Emitida a duplicata a prazo, é lícito ao credor transferir seu crédito a terceiro (o factor), que normalmente assume os riscos de recebê-la no futuro, pagando-a, no entanto, a vista ao cedente, mediante desconto de taxas diversas, em especial de administração e juros. 45
46 Franquia Contrato misto, envolvendo a licença de marca e a prestação de assistência técnica (know how). Contrato pelo qual é licenciado o uso de uma determinada marca, condicionado a uma permanente assessoria do licenciante, no que diz respeito especialmente à qualidade do produto que será identificado com a marca licenciada. Proporciona segurança comercial. 46
47 Representação Comercial. Contrato de colaboração que se caracteriza pela figura do representante comercial autônomo, que se obriga a intermediar a compra e a venda de produtos fabricados pelo representado, recebendo, para tanto, uma comissão em dinheiro, proporcional ao valor do negócio intermediado. Características principais: 1. Ausência de vínculo empregatício 2. Direção do negócio pelo próprio representante. 3. A intermediação pode ser exclusiva ou não. 4. Obrigatória a definição da área de atuação. 47
48 Leasing Uma espécie de locação de coisa que, ao término do prazo estipulado, dá opção ao locatário de adquirir a propriedade desse bem. Ocorre o arrendamento do bem por tempo determinado, sendo que este é comprado pelo arrendador, de acordo com as indicações do arrendatário, que poderá, findo o contrato, adquirir o bem mediante um preço residual previamente fixado. 48
Nota do autor, xix. 5 Dissolução e liquidação, 77 1 Resolução da sociedade em relação a um sócio, 77
Nota do autor, xix 1 Empresa, 1 1 Empreender, 1 2 Noções históricas, 2 3 Teoria da empresa, 3 4 Registro, 8 4.1 Redesim, 10 4.2 Usos e práticas mercantis, 14 4.3 Empresário rural, 15 5 Firma individual,
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