Microfísica das Nuvens

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Microfísica das Nuvens"

Transcrição

1 Sensoriamento Remoto e Modelagem dos Processos de Formação da Precipitação Microfísica das Nuvens Rachel I. Albrecht DSA - CPTEC INPE (rachel.albrecht@cptec.inpe.br) Carlos A. Morales DCA - IAG USP (morales@model.iag.usp.br) Outubro 2011, Rio de Janeiro, RJ

2 O que podemos encontrar dentro de uma nuvem?

3 Como as nuvens se formam? Uma parcela de ar tem que atingir 100% de umidade relativa (UR). O vapor tem que condensar ou sublimar. E finalmente os hidrometeoros tem que crescer.

4 Como uma parcela ar é levantada?

5 Como descrever o levantamento de uma parcela ar? PARCELA AINDA NÃO ESTA SATURADA (UR < 100%) 1) Parcela de ar que não interage com o ambiente: não há troca de massa não há troca de calor 2) Durante o processo de levantamento: a parcela sofre expansão adiabática (seco): 1º lei da termodinâmica (conservação de energia) temos que du = dq dw porém como dq = 0 (adiabático = sem troca de calor) du = -dw

6 Expansão adiabática seca: du = -dw du = c p dt e dw = - αdp c p dt = αdp, onde α = RT/p (eq. dos gases ideais) dt = (RT/c p p) dp diferenciando em relação a altura (z), temos: dt/dz = (RT/c p p) dp/dz mas dp/dz = -ρg (eq. hidrostática) e assumindo que a densidade do ambiente e da parcela são aproximadamente iguais e pressão da parcela se ajusta ao do ambiente temos: dt/dz = (RT/c p p) (-ρg), onde ρ = p/rt dt/dz = -g/c p -g ou lapse-rate adiabático seco: Γ d = dt/dz = -g/c p = -9,8ºC/km

7 PARCELA ATINGE A SATURAÇÃO, OU SEJA, A UR = 100% Isto implica em dq 0 uma vez que ocorre liberação de calor latente devido a condensação (T 0 o C) ou sublimação (T 0 o C) do vapor d água. Portanto podemos re-escrever a 1º lei da Termodinâmica para um processo pseudo-adiabático: Neste caso, o calor pode ser definido como: dq = -Ldw s onde L é o calor latente liberado e dw s a conteúdo de vapor d água condensado e ou sublimado.

8 du = dq dw du = c p dt, dw = - α dp, dq = -L dws -L dws = c p dt - α dp, onde α = RT/p (eq. dos gases ideais) dt/t = k dp/p (L/Tc p ) dw s diferenciando em relação a altura (z), temos dt/dz = (kt/p) dp/dz (L/c p ) dw s /dz utilizando a equação hidrostática e a de Clausius Clapeyron, temos: Γ s = - dt/dz = Γ[ 1 + Lw s /R T]/[1 + L 2 εw s /R c p T 2 ] Γ s ~ 6 ºC portanto, em um processo pseudo-adiabático a variação da temperatura é menor que em um processo adiabático seco.

9

10 Estabilidade atmosférica

11 Estabilidade atmosférica

12 LCL = NCL = Nível de Condensação por Levantamento LFC = NCF = Nível de convecção livre CAPE = Energia Potencial Convectiva Disponível CINE= Energia Convectiva de Inibição

13 Movimentos verticais: Convecção Convecção está associada a movimentos verticais de elementos de ar. Esses movimentos podem ser provenientes das forças de empuxo e mecânica que são uma maneira eficiente de transportar calor, massa e momento verticalmente. Convecção através da força de empuxo está associada à formação de nuvens cumulus (convectivas) e representa a conversão de energia térmica em cinética.

14 Teoria de Parcela Para estimar a velocidade vertical utilizamos a teoria da parcela e a força de empuxo dz dt 2 2 = T g( T T ' ' ) onde T e T são as temperaturas da parcela e do ambiente, respectivamente. Adicionalmente, consideremos que a parcela não interage com o ambiente (as suas propriedades permanecem uniformes), e que a pressão se ajusta instantaneamente com a pressão do ambiente

15 = = = = = = = = = = = = = = = z z o z z o z z u u z z z z z z RT p z z z z z z u u u o o o o o o o o o o o p d T T R u u p d T T R u u p d T T R udu dp p T T R g dp R p T T g g dz dp mas dz R p T T g dz T T T g dz z B g dz z B g udu gbdz dt dt dz gb gbudt udu gbdt du vertical velocidade dt dz u T T T B ) ln( ) ' ( ' 2 ) ln( ) ' ( ' 2 ) ln( ) ' ( ' ' ' ' ' ' ' ' ', ' ' ' ' ' ' ) ( ) (, ' ' ρ ρ ρ ρ ρ T = parcela T = ambiente

16

17 Limitações da Teoria da Parcela A velocidade vertical estimada por esta teoria é muito mais alta que as velocidades observadas, pois alguns efeitos não são levados em consideração: Peso da água liquida condensada Compensação de movimentos descendentes do ar vizinho Mistura com o ar ambiente Fricção aerodinâmica

18 Como são formadas as gotas dentro dessas parcelas de ar? gás Mudança de Fase líquido As moléculas de água estão constantemente saindo e voltando à superfície de água líquida: Evaporação: mais moléculas deixa a superfície água do que aderem. Condensação: mais moléculas aderem a superfície água do que deixam. Pressão de vapor (e): pressão exercida pelo vapor d'água contra a superfície de água líquida.

19 Equação de Clausius-Clapeyron des Lv = dt T ( α 2 α1) de dt s de dt de si sf dt L = v T ( α 1) 2 α L = s T ( α 3 ) 2 α L f = T ( α 3 ) 1 α >0 >0 < 0 Integrando a equação temos vapor/liquido: e s = e s0 L exp R v v 1 T 0 1 T

20 gás A taxa em que as moléculas de água chegam à superfíce de água líquida depende de: líquido Pressão de vapor de saturação (e s ) É a pressão de vapor na qual o vapor d'água está em equilíbrio (condensação =evaporação) num interface plana de água pura, numa dada temperatura.

21 gás líquido Fase da água (temperatura) Mais quente: moléculas vibram mais e escapam da gotícula Mais fria: moléculas vibram mais lentamente, poucas escapam da gotícula Equação de Clausius-Clapeyron: e s-líquido > e s-sólido para T < 0 o C 3) Forma da interface (plano X curvo) Menor curvatura requer maior supersaturação para produzir condensação.

22 gás líquido Pureza da interface (quantidade de soluto) Partículas higroscópicas Sal atrae água com umidade ~ 75% Gotícula com sal: sal adiciona massa ocupa espaços de moléculas de água que estariam expostas promove condensação em baixas umidades

23 Mistura de Massas de Ar Pode ser Mistura Isobária ou Adiabática Parcelas de ar não saturadas podem atingir a saturação após a mistura. Para que isso ocorra, a pressão de vapor final da mistura tem que ser maior que a pressão de vapor de saturação.

24 Processo Isobário: Parcela 1 Parcela 2 T = m1 m1 + m2 T1+ m2 m1 + m2 T 2 m 1,T 1,q 1, p m 2,T 2,q 2, p q = m1 m1 + m2 q1 + m2 m1 + m2 q2 O mesmo procedimento vale para a pressão de vapor (e), ou seja, a média ponderada pelas massas. Eq. C.C Se e > e s (T) uma nuvem irá se formar

25 Formação das gotículas de água Durante a formação de gotículas pequenas temos que a barreira de energia livre é alta e a fase de transição não ocorre geralmente no equilibrio de saturação da água. Basicamente se uma amostra de ar úmido for resfriado adiabaticamente até o ponto de equilíbrio de saturação da água, não deve-se esperar a formação de gotas. Na verdade, o vapor de água puro começa a condensar somente quando a umidade relativa alcançar algumas centenas (>>100%)!!!!!

26 O problema clássico em física de nuvens consiste em explicar porque as gotas de nuvem se formam na atmosfera quando o ar ascendido atinge o equilíbrio de saturação (NCC e NCL). Basicamente a presença de partículas (aerossóis) de tamanho de mícron e sub-mícron, as quais tem afinidade com a água servem como centros de condensação. Estas partículas são chamadas de núcleos de condensação (CCN). O processo no qual as gotas de água se formam em núcleos a partir da fase vapor é conhecido como nucleação heterogênea. A formação de gotas a partir do vapor em um ambiente puro (sem aerossóis), o qual requer uma supersaturação e não é muito importante na atmosfera, é conhecido como nucleação homogênea.

27 Diferentes tipos de núcleos de condensação estão presentes na atmosfera. Alguns tornam-se molhados a umidade relativa inferior a 100% e são associados aos nevoeiros. A medida que o ar úmido é esfriado em um levantamento adiabático, a umidade relativa se aproxima dos 100% e os CCNs começam a ser ativados. Se o levantamento do ar úmido continuar, a supersaturação será produzida pelo esfriamento e será usada pela condensação no núcleo de condensação. Sendo que a super-saturação é quando a umidade relativa excede o valor de equilíbrio de 100%. Logo uma parcela de ar com uma umidade relativa de 101,5% terá uma super-saturação de 1,5.

28 Nas nuvens, existem núcleos suficientes que não deixam a super-saturação crescer a valores acima de 1%. Uma das características importantes da atmosfera, é que existem núcleos de condensação suficiente para produzir a formação de nuvens quando a umidade relativa exceder um mínimo de 100%. Se uma nuvem continuar a ascender, o seu topo pode ser esfriado a temperaturas inferiores a 0 o C. Sendo que quando isso ocorrer, as gotas de água nesta nuvem são chamadas de gotas super-resfriadas, e elas podem ou não se congelar, dependendo ou não da presença de núcleos de gelo (IC). Para gotas de água pura, o congelamento homogêneo ocorrerá somente quando a temperatura atingir 40 o C.

29 Entretanto, quando um número razoável de núcleos de gelo estiver presente na nuvem, o congelamento pode ocorrer a alguns graus abaixo de zero. Apesar de que estes aerossóis não sejam completamente conhecidos, eles são significativamente escassos na atmosfera, quando comparados com os CCN. Conseqüentemente a supersaturação de alguns décimos são extremamente incomuns na atmosfera, apesar das gotas de água na forma de superresfriadas são um estado regular de afinamento. O super-resfriamento abaixo de 15 o C não são tão comuns. Por esta razão um dos métodos mais comuns para a modificação artificial de nuvens é a da adição de núcleos de gelo (IC).

30 Uma nuvem tem uma concentração de várias centenas por centímetro cúbico de gotículas com raio de ~ 10 µm. A precipitação se desenvolve quando a população de gotículas de nuvens torna-se instável, onde algumas gotículas crescem partir do custo das outras. Existem dois mecanismos os quais a micro-estrutura da nuvem pode se tornar instável: 1) Colisão direta e ou seguida de coalescência (se juntam) de gotas de água e podem ser importantes em qualquer nuvem. 2) Interação entre gotas de água e cristais de gelo e está confinado à nuvens que tem topos que excedem temperaturas inferiores à 0 o C.

31 Quando cristais de gelo existem na presença de um grande número de gotas de água super-resfriadas a situação é imediatamente instável. A pressão de vapor de equilíbrio sobre o gelo é menor que sobre a água sob a mesma temperatura e conseqüentemente os cristais de gelo crescem por difusão do vapor e as gotas evaporam para compensar. A transferência de vapor depende da diferença entre a pressão de vapor de equilíbrio da água e do gelo e é mais eficiente a temperaturas de ~ -15 o C.

32 Uma vez que os cristais de gelo cresceram por difusão a tamanhos apreciáveis e maiores que as gotículas de água, eles começam a cair relativamente em relação a elas e colisões tornam-se possíveis. Se as colisões são basicamente entre cristais de gelo, flocos de neve se formam. Se gotas de água são coletadas, pedras de gelo pequeno ou granizo podem se formar. Uma vez que as partículas caem abaixo da isoterma de 0 o C, o derretimento pode ocorrer e as partículas que emergem a partir da base da nuvem como gotas de chuva são indistinguíveis das que foram formadas por colisão/coalescência.

33 Dimensão das Partículas

34 Nucleação de água líquida a partir de vapor d'água Qual é a chance real de colisões e agregações de moléculas de água levar a formação de gotas embriônicas que estejam estáveis e continuem a existir sob uma dada condição ambiente? 1) A gota embriônica estará estável se o tamanho exceder um valor crítico. 2) Na média, as gotas maiores que um tamanho crítico crescerão, enquanto que as menores irão diminuir. 3) O que determina o tamanho crítico é o balanço entre as taxas opostas de crescimento (condensação) e decaimento (evaporação). 4) Estas taxas, dependem se a gota se forma em um espaço livre (nucleação homogênea) ou em contato com outro corpo (nucleação heterogênea).

35 A pressão de vapor de equilíbrio sobre a superfície de uma gota depende da sua curvatura e é dada por: e s ( r) = e s 2σ ( )exp rrv ρlt - e s (r): pressão de vapor de saturação sobre a superfície de uma gota esférica de raio r - σ: tensão superficial - ρ L, T e R v : densidade água líquida, temperatura, e constante dos gases para o vapor d água - e s ( ) é a pressão de vapor de saturação sobre a água (esta é a variável mais facilmente medida). Eq. de Kelvin r e s (r)

36 e : pressão de vapor ambiente (Taxa de crescimento) α e e s (r) e < e s (r) e > e s (r) evaporação (gota diminue) condensação (gota cresce) Assim quando e = e s (r), a gota estará em equilíbrio e o raio crítico r c será: r c = - S = e/ e s ( ): razão de saturação 2σ R v ρ L T ln S r < r c r > r c evaporação (gota diminue) condensação (gota cresce)

37 Nucleação homogênea: Gotas de tamanho crítico são formadas por colisões aleatórias das moléculas de água. A partir da termodinâmica estatística a taxa de nucleação por unidade de volume pode ser expresso aproximadamente por: J 2 e 4πr = r Z c 4π c n exp 2πmkT 3kT 2 σ - m : massa da molécula de água - k : constante de Boltzmann - n : número de densidade de moléculas de vapor - Z : fator de Zeldovich ou de não equilíbrio, e é da ~ de 10-2 em unidade de CGS.

38 - Taxa significante de nucleação homogênea: 1 cm -3 s -1 - S correspondente a J = 1 cm -3 s -1 é a razão de saturação crítica S c. - Teoria e dados experimentais, S c : S c = 4.3% para T = 273 K S c = 6.3% para T = 250 K S c = 3.5% para T = 290 K - Porém, na atmosfera S raramente excede 1 ou 2%. Nucleação homogênea de água líquida a partir do vapor não é possível na atmosfera!!!

39 A tabela acima mostra que são necessárias altas super-saturações para que pequenas gotículas se tornem estáveis. Por exemplo, quando a supersaturação é de 1%, S = 1.01, as gotas com raio menor que µm são instáveis e tenderão a evaporar.

40 Logo, o que é necessário para diminuir a S c ( ou e s (r c ) ) e formar então uma gota???? Adição de soluto!!!!! - Nucleação heterogênea Partículas higroscópias: CCN Cloud Condensation Nuclei Como resultado, a gota da solução pode estar em equilíbrio com o ambiente a uma super-saturação bem menor que a da gota de água pura de um mesmo tamanho.

41 Aerossóis Definição: Sistema constituído por uma fase dispersora (gasosa) e uma fase dispersa (sólida ou líquida) I II III Aitken* (nucleação de partículas)** 0,001µm<R i < 0,1µm Grandes (acumulação de partículas) 0,1µm<R i < 1,0µm Gigantes (partículas grossas) 1,0µm<R i * Junge (1955) **Whitby (1978) Produtividade: 1 kg/km 2.h (Alguma estimativa melhor?)

42

43 Distribuição de tamanho marítimo continental rural urbano local complemento dn/dlogd (cm -3 ) ,1 0,01 0,001 0,01 0, D (µ m)

44 Equação de Köhler: (efeito da curvatura e soluto na S) Termo de curvatura (a/r): a Termo do soluto (b/r 3 ): b S e r críticos: T 4.3iM m s S 5 = e e s s ( r) ( ) a = 1+ r S c S c S c b r 3 Curvas de Köhler 3b r c = a 3 4a S c = 1+ 27b r c r c r c

45 Raio e Saturação Crítica 3b r c = a 3 4a S c = 1+ 27b

46 Núcleos de condensação de nuvem (cloud condensation nuclei - CCN):

47 CRESCIMENTO DE GOTÍCULAS POR DIFUSÃO DE VAPOR: r dr dt = ( S a 1) + b F k + F d b r 3 F k = termo termodinâmico, e F d = termo de difusão: F k L = 1 RvT Lρ l KT ρ R T Quando a gotíula é suficientemente grande, desconsidere a/r e b/r 3 : F d = l De s v (T ) dr ( S 1) ( S 1) r = rdr = dt dt Fk + F r d Fk + Fd 2 r( t) = r 2ξt 0 + t

48 Agora podemos avaliar a Saturação quando uma população de gotículas esta crescendo? ds dt = P C onde P é a produção por levantamento e C a redução por condensação. Abrindo os termos temos: ds dt = Q dz 1 dt Q 2 dχ dt 1º termo é o aumento da saturação devido ao esfriamento adiabático e o segundo termo é a diminuição da saturação devido à condensação d água. χ é o conteúdo de água líquida total.

49 r dr dt = ( S a 1) + r F k + F d Então, utilizando a equação de crescimento da gotícula com o efeito da saturação, curvatura e soluto, e a equação da variação da saturação, podemos avaliar a evolução do espectro de gotículas, a partir da definição de uma distribuição de CCN e uma velocidade vertical. b r 3

50 Então, utilizando a equação de crescimento da gotícula com o efeito da saturação, curvatura e soluto, e a equação da variação da saturação, podemos avaliar a evolução do espectro de gotículas, a partir da definição de uma distribuição de CCN e uma velocidade vertical. Por exemplo, temos uma simulação com 2 velocidades verticais, 0,5 e 2 m/s. Sendo que a população de NCN de cloreto de sódio é representado pela equação abaixo: NCN = onde S é a saturação. 3 0,7 [ cm ] 650S

51 Mas o crescimento por difusão de vapor é ineficiente quando as gotículas são grandes: r( t) = r ξt t

52 Como as gotas crescem dentro dessas parcelas de ar? Deve haver colisão + coalescência!!! CRESCIMENTO POR COLISÃO-COALESCÊNCIA: Colisões podem ocorrer a partir de diferentes respostas das gotículas com as forças: gravitacional, elétrica e aerodinâmica. O efeito gravitacional predomina nas nuvens: gotas grandes caem mais rápido que as pequenas, logo passando e capturando uma fração das gotículas que ficam ao longo do seu caminho. O efeito elétrico e turbulento necessário para produzir um número comparável de colisões, é muito maior que usualmente existe na natureza, apesar de que campos elétricos intensos em tempestades possam criar efeitos locais significativos

53 A colisão não garante coalescência, pois quando um par de gotas colide várias interações são possíveis: 1 Elas podem se rebater a parte; 2 Elas podem coalescer e permanecer unidas; 3 Elas podem coalescer temporariamente e se separar, aparentemente retendo suas identidades inicias; 4 Elas podem coalescer temporariamente e se quebrar em várias gotículas menores. Para tamanhos menores que 100 µm em raio as interações (1) e (2) são as mais importantes

54 Velocidade terminal das gotículas: equilíbrio entre as forças de fricção (F D ) e gravitacional (F G ) F F D G = 6πηrV, r < 50µ m = 4πr 3 3 ( ρ ρ ) g 4πr ρ g l ar l η é a viscosidade ρ l e ρ ar são as densidades do líquido e do ar r é o raio da gota V é a velocidade. Quando F D =F G temos que V V T (velocidade terminal da gota) Logo temos que V T pode ser expresso como: V T 2 = 9 r 2 ρl g η r (µm) V T (cm/s) 1 0, , , ,2

55 Definindo: Eficiência de colisão: número colisões E colisão = número gotículas no volume de varredura Eficiência de coalescência: E coalescência = Eficiência de coleta: número gotículas coalescidas número colisões E coleta = E coleta = E colisão E colescencia número gotículas coalescidas número gotículas no volume de varredura

56 X 2 0 R r X o é a distância mínima para colisão: 2 2 E πx = π ( R + ( ) 0 0 R, r = 2 2 r) ( R Portanto a eficiência de colisão é igual a fração das gotículas com raio r que são engolidas pela gota coletora de raio R que atualmente colide. Por outro lado, E(R,r) pode ser interpretado como sendo a probabilidade de colisão de uma gotícula se ela estivesse em um volume cheio de gotículas aglutinadas. X + r)

57

58 Equação de crescimento por coalescência: Suponha uma gota coletora de raio R e velocidade terminal V 2, caindo em uma população uniforme de gotículas menores com raio r e velocidade terminal V 1. Durante uma unidade de tempo, a gota coletora irá coletar gotículas de raio r em um volume descrito por: ( ) 2 R + r ( V V )dt dv = π 2 1

59 Assumindo um crescimento contínuo, a massa da gota coletora crescerá: dm = dvw l onde W l é o conteúdo de água líquida (massa de água líquida por unidade de volume) dm 2 = dvwl = π ( R + r) ( V2 V1 ) Wl dt como a gota coletora somente coleta uma fração das gotículas, temos que: 2 dm = π R + r) ( V V ) Wl E( R, r) dt ( 2 1 onde E(R,r) é a eficiência de coleta, que é o produto da eficiência de colisão e coalescência, assumido E(R,r) =1 [E coleta = E colisão ].

60 Dessa maneira temos: mas a massa da gota coletora pode ser expressa por: logo temos: ), ( ) ( ) ( r R W E V V r R dt dm l + = π dr R dm d R R d dm R M l l l l πρ ρ π ρ π ρ π = = = = ), ( ) ( ) ( r R W E V V r R dt dr R dt dm l l + = = π πρ l l W r R E R V V r R dt dr ), ( 4 ) ( ) ( ρ + =

61 Assumindo que E(R,r) e W l são constantes e que V 2 >>V 1 : ( R + r) 2 R 1 temos que a equação do crescimento da gotícula por colisão coalescência pode ser descrita por: 2 dr dt E( R, r) V2 W = l Modelo de Bowen 4ρ l Crescimento por colisão-coalescência r Crescimento por difusão de vapor t

62

63 Distribuição de Gotículas S 1 = 10 µm S 2 = 20 µm (a) Todas as colisões possíveis (b) Somente colisões entre a S1

64 Distribuição de Gotículas S 1 = 10 µm S 2 = 20 µm (c) Somente colisões entre as goticulas S1 e S2 (d) Somente colisões entre as goticulas S2

65 CRESCIMENTO DE CRISTAIS DE GELO: Quando a parcela de ar atinge T < 0 o C: Gotículas superesfriadas até T ~ -40 o C Congelamento de gotículas Sublimação Se vapor na nuvem esta saturado em relação à água líquida, estará supersaturado em relação ao gelo: e s-líq (r) > e s-sól (r) Crescimento ~ dezenas microns em alguns minutos

66 Nucleação homogênea: Ocorre quando moléculas de vapor formam embriões de gelo estáveis a partir de colisões. Cálculos teóricos prevêem que a deposição por nucleação homogênea deve ocorrer em condições extremas de super-saturação [~ 20 X maior que a super-saturação com respeito ao gelo para temperaturas ~ 0 o C, e valores mais alto ainda para temperaturas mais baixas]. Portanto podemos eliminar a idéia de deposição homogênea e afirmar que as gotículas de água se congelarão primeiro, e infelizmente não teríamos condição de identificar qual a formação original do cristal de gelo. Usualmente, um número apreciável de cristais de gelo aparece em nuvens quando estas atingem T < 15 o C, significando assim a presença de nucleação heterogênea.

67 Nucleação heterogênea: Ocorre sobre núcleos de condensação de gelo: IN Ice Nuclei Deposição heterogênea: sublimação (deposição vapor) condensação congelamento contato congelamento

68 Núcleos de Gelo

69

70

71 Habitat dos Cristais de Gelo

72 Prismas simples Pratos estelares

73 Pratos setorias Dendrites estelares Dendrites estelares tipo samambaia

74 Colunas ocas agulhas

75 Coluna com chapeu ou limitada Pratos duplos

76 Pratos separados ou estrelas Cristal triangular Floco de neve com 12 lados

77 Balas de roseta Dendrites espalhadores Cristal que se congela rime/graupel

78 Cristal irregular Neve artificial

79

80

81 Crescimento por difusão de vapor de cristais de gelo e gotículas de nuvem: Gotícula Cristal de gelo

82

83

84

85 APLICANDO OS CONCEITOS DE CRESCIMENTO DE GOTÍCULAS E CRISTAIS DE GELO

86 DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DE GOTÍCULAS DE CHUVA Rain drop size distribution (DSD) : Medido através de disdrômetros: Medem número de gotículas em vários intervalos de diâmetros Disdrômetro de impacto Joss-Waldvogel RD-69 Disdrômetro óptico de solo (2D) Disdrômetro óptico de avião (2D)

87 Exemplo de imagens de gotículas de chuva coletatas por um espectômetro óptico em nuvens do Havaí, com as maiores gotas já registradas na natureza (Ken Beard)

88 Típicas medidas de distribuições de gotas de chuva

89 A DISTRIBUIÇÃO DE MARSHAL-PALMER (DISTRUIÇÃO EXPONENCIAL) Derivada de amostras de gotas de chuva coletadas no em Washington D.C. por filtros de papel manteiga em 1948 pelos pioneiros em radar Marshall e Palmer. N ( D) = N ( ΛD) 0 exp 4 N 0 = 0.08 cm = 8 10 Λ = Λ R R R 0 R 1mm / hr c 6 4 m = 0 1 R = 41cm Λ 3.67 D 0= Λ

90 A distribuição exponencial tem propriedades úteis, facilitando a relação entre a distribuição de gotas e a taxa de precipitação, contéudo de água líquida e refletividade do radar. Propriedades gerais de uma distribuição de tamanho exponencial: Concentração total de gotas N T, = 0 N(D)dD = N 0 Λ Taxa de precipitação π 6 πan ( +b) R = wt D N(D)dD = 4+b 6 0 Λ Γ Conteúdo de água líquida W = w 0 πρ πn ρ D 6 6 Λ ( ) 3 0 w Γ 4 N(D)dD = 4 Refletividade do radar Z = 0 D ( ) 6 Γ 7 N(D)dD = N 0 7 Λ

91 DISTRIBUIÇÃO GAMMA Distribuição gamma: N(D) = N 0 D µ exp(-λd) µ : fator de forma (permite arrendontamento da distribuição) λ : termo de inclinação Ajusta melhor à distribuições convectivas e mistas Quando µ = 0, se reduz à distribuição exponencial distribuição gamma N 0 distribuição exponencial D

92 PRECIPITAÇÃO EM UM SISTEMA CONVECTIVO: N 0 D Convectiva Mista N 0 D Estratiforme N 0 D

93

94 TRMM-LBA 1999 Regime de Oeste (+convectivo) Regime de Leste (+estratiforme)

95 DSDs medidas por disdrômetros em precipitações continentais e marítimas. Os disdrômetros são da Florida (Teflun B), Amazônia (LBA), Índia (Madras) e arquipélago de Kwajalein. N [mm m -3 \ mm hr -1 ] Florida Cont Florida Mar LBA Cont LBA Mar India Cont India Mar Kwaj Mar D [mm] Rosenfeld and Tokay, 2002

96 PROCESSOS QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DE GOTAS (ROSENFELD E ULBRICH, 2002) Coalescência A modificação da DSD apenas por coalescência diminui o número de gotas de diâmetro pequeno e aumenta aquelas de diâmetro maior. Conseqüentemente, D 0 deve aumentar e a concentração total de gotas N T deve diminuir. Z

97 Quebra Modificação da DSD apenas por quebra das gotas aumenta o número de gotas de diâmetro pequenos e diminui o número de gotas de diâmetros grande. Deve have então uma diminuição de D 0 e um aumento de N T. De acordo com isto, N 0 deve aumentar. ~Z

98 Coalescência e Quebra combinadas Quebra é mais importante para tamanhos mariores, e coalescência par tamanho menores. Ambos os processos agindo juntos diminui o número de gotículas bem pequenas e bem grandes, aumentando o número de gotículas médias. D 0 e N T (ou N 0 ) podem ficar inalterados.

99 Evaporação A evaporação resultará em uma perda muito maior de gotículas pequenas do que de gotículas grandes. Consequentemente, N T (N 0 ) não é constante e deve diminuir. Também haverá uma mudança substancial na DSD, de forma que µ aumenta. Além disso, D 0 também aumentará. Z

100 Correntes ascendentes A presença de correntes ascendentes elimina as gotas menores da DSD em nívens baixos da nuvem. O efeito, então é o mesmo da evaporação. Z

101 Correntes descendentes Neste caso assumimos que a corrente descendente está acelarando para baixo. Então haverá um fluxo maior de gotículas pequenas para baixo, aumentando N T (N 0 ), diminuindo D 0, e µ aumenta um pouco. Z

102 FIM DÚVIDAS? PERGUNTAS?

103 REFERÊNCIAS Rogers, R. R., e M. K. Yay (1989): A short course in cloud physics. International series in natural philosophy, v. 113, 290 p. Pruppacher, H. R., e J. D. Klett (1997): Microphysics of Clouds and Precipitation. D. Reidel, Dordrecht Holland, 714 p. Rosenfeld, D., e C. W. Ulbrich (2003): Cloud Microphysical Properties, Processes, and Rainfall Estimation Opportunities. Meteorological Monographs, 30,

b)condução.- O vapor d água e os aerossóis aquecidos, aquecerão por contato ou condução o restante da mistura do ar atmosférico, ou seja, o ar seco.

b)condução.- O vapor d água e os aerossóis aquecidos, aquecerão por contato ou condução o restante da mistura do ar atmosférico, ou seja, o ar seco. 4.3. Temperatura e transporte de Energia na Atmosfera ( Troposfera ).- A distribuição da energia solar na troposfera é feita através dos seguintes processos: a)radiação.- A radiação solar aquece por reflexão

Leia mais

O que podemos encontrar dentro de uma nuvem?

O que podemos encontrar dentro de uma nuvem? Microfísica das Nuvens O que podemos encontrar dentro de uma nuvem? Como as nuvens se formam? Uma parcela de ar tem que atingir 100% de UR. O Vapor tem que condensar ou sublimar. E finalmente os hidrometeoros

Leia mais

TEMA 4 VAPOR DE ÁGUA, NÚVENS, PRECIPITAÇÃO E O CICLO HIDROLÓGICO

TEMA 4 VAPOR DE ÁGUA, NÚVENS, PRECIPITAÇÃO E O CICLO HIDROLÓGICO TEMA 4 VAPOR DE ÁGUA, NÚVENS, PRECIPITAÇÃO E O CICLO HIDROLÓGICO 4.1 O Processo da Evaporação Para se entender como se processa a evaporação é interessante fazer um exercício mental, imaginando o processo

Leia mais

Como é formada uma nuvem?

Como é formada uma nuvem? Como é formada uma nuvem? - Imaginem uma parcela de ar na atmosfera - Como fazer ela subir? i) força mecânica: montanhas, frentes frias ou ii) convecção: aquecimento da superfície Como descrever uma parcela?

Leia mais

Balanço de Massa e Energia Aula 4

Balanço de Massa e Energia Aula 4 Gases e Vapores Na maioria das pressões e temperaturas, uma substância pura no equilíbrio existe inteiramente como um sólido, um líquido ou um gás. Contudo, em certas temperaturas e pressões, duas ou mesmo

Leia mais

EQUILÍBRIO DA ATMOSFERA

EQUILÍBRIO DA ATMOSFERA EQUILÍBRIO DA ATMOSFERA AS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO DO AR ATMOSFÉRICO. ESTÃO SEMPRE RELACIONADAS COM AS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA DO AR AMBIENTE EM CONFRONTO COM A TEMPERATURA DE UMA PARCELA DE AR. VARIAÇÃO

Leia mais

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA.

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. 1)Considere os seguintes dados obtidos sobre propriedades de amostras de alguns materiais. Com respeito a estes materiais,

Leia mais

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica 1. De acordo com as condições atmosféricas, a precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem

Leia mais

FUNDAMENTOS DE ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS METEOROLOGIA

FUNDAMENTOS DE ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS METEOROLOGIA FUNDAMENTOS DE ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS METEOROLOGIA Prof. Fabio Reis 2004 FUNDAMENTOS BÁSICOS DA METEOROLOGIA ATMOSFERA E AQUECIMENTO DA TERRA pg.- 02 VAPOR DE ÁGUA - NUVENS pg.- 20 PRESSÃO CARTA SINÓTICA

Leia mais

3.2 Equilíbrio de Fases Vapor - Líquida - Sólida numa Substância Pura Consideremos como sistema a água contida no conjunto êmbolo - cilindro abaixo:

3.2 Equilíbrio de Fases Vapor - Líquida - Sólida numa Substância Pura Consideremos como sistema a água contida no conjunto êmbolo - cilindro abaixo: - Resumo do Capítulo 0 de Termodinâmica: Capítulo - PROPRIEDADES DE UMA SUBSTÂNCIA PURA Nós consideramos, no capítulo anterior, três propriedades familiares de uma substância: volume específico, pressão

Leia mais

Massas de Ar e Frentes

Massas de Ar e Frentes Massas de Ar e Frentes Propriedades das Massas de Ar Massas de Ar adquirem as propriedades da superfície subjacente As massas de ar são classificadas de acordo com seu local de origem Características

Leia mais

Mudanças de Fase. Estado de agregação da matéria

Mudanças de Fase. Estado de agregação da matéria Mudanças de Fase Estado de agregação da matéria Investigando melhor... Para produzirmos gelo é preciso levar água até o congelador. Para produzirmos vapor é preciso levar água à chama de um fogão. Por

Leia mais

TERMODINÂMICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS. Sistema termodinâmico: Demarcamos um sistema termodinâmico em. Universidade Santa Cecília Santos / SP

TERMODINÂMICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS. Sistema termodinâmico: Demarcamos um sistema termodinâmico em. Universidade Santa Cecília Santos / SP CONCEITOS FUNDAMENTAIS Sistema termodinâmico: Demarcamos um sistema termodinâmico em Universidade função do que Santa desejamos Cecília Santos estudar / SP termodinamicamente. Tudo que se situa fora do

Leia mais

Capítulo 4 Umidade atmosférica e precipitação. Introdução a Hidrologia de Florestas

Capítulo 4 Umidade atmosférica e precipitação. Introdução a Hidrologia de Florestas Introdução a Hidrologia de Florestas Setembro 2004 João Vianei Soares 1 Capítulo 4 Umidade atmosférica e precipitação Introdução a Hidrologia de Florestas A. Umidade atmosférica A soma de todo o vapor

Leia mais

Aluno (a): Professor:

Aluno (a): Professor: 3º BIM P1 LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS 6º ANO Aluno (a): Professor: Turma: Turno: Data: / / Unidade: ( ) Asa Norte ( ) Águas Lindas ( )Ceilândia ( ) Gama ( )Guará ( ) Pistão Norte ( ) Recanto das Emas

Leia mais

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Diversidade global de climas Motivação! O Clima Fenômeno da atmosfera em si: chuvas, descargas elétricas,

Leia mais

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II Módulo IV Aula 01 1. Introdução Vamos estudar as torres de refrigeração que são muito utilizadas nas instalações de ar condicionado nos edifícios, na

Leia mais

Elementos e fatores climáticos

Elementos e fatores climáticos Elementos e fatores climáticos O entendimento e a caracterização do clima de um lugar dependem do estudo do comportamento do tempo durante pelo menos 30 anos: das variações da temperatura e da umidade,

Leia mais

ESTUDO DO CRESCIMENTO DE GOTÍCULAS E GOTAS NO CCNC-DSCC. PARTE ΙI: TEMPO DE CRESCIMENTO

ESTUDO DO CRESCIMENTO DE GOTÍCULAS E GOTAS NO CCNC-DSCC. PARTE ΙI: TEMPO DE CRESCIMENTO ESTUDO DO CRESCIMENTO DE GOTÍCULAS E GOTAS NO CCNC-DSCC. PARTE ΙI: TEMPO DE CRESCIMENTO Ednardo Moreira Rodrigues 1, Carlos Jacinto de Oliveira 2, Francisco Geraldo de Melo Pinheiro 2, Jonathan Alencar

Leia mais

p A = p B = = ρgh = h = Por outro lado, dado que a massa total de fluido despejada foi m, temos M 1 m = ρ(v 1 + V 2 ) = ρ 4 H + πd2 4 h = H = 4

p A = p B = = ρgh = h = Por outro lado, dado que a massa total de fluido despejada foi m, temos M 1 m = ρ(v 1 + V 2 ) = ρ 4 H + πd2 4 h = H = 4 Q1 (,5) Um pistão é constituído por um disco ao qual se ajusta um tubo oco cilíndrico de diâmetro d. O pistão está adaptado a um recipiente cilíndrico de diâmetro D. massa do pistão com o tubo é M e ele

Leia mais

Transições de Fase de Substâncias Simples

Transições de Fase de Substâncias Simples Transições de Fase de Substâncias Simples Como exemplo de transição de fase, vamos discutir a liquefação de uma amostra de gás por um processo de redução de volume a temperatura constante. Consideremos,

Leia mais

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento Rávila Marques de Souza Mestranda em Engenharia do Meio Ambiente Setembro 2012 Bacia Hidrográfica

Leia mais

DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA

DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA Nuvens 2008 Índice Processo Adiabático 3 Calculo de Base de Nuvens 3 Nuvens Cumuliformes 3 Equilíbrio atmosférico 3 Características da instabilidade 4 Características

Leia mais

ESTADOS DA MATÉRIA. O átomo é composto por outras partículas ainda menores.

ESTADOS DA MATÉRIA. O átomo é composto por outras partículas ainda menores. ESTADOS DA MATÉRIA A matéria que temos a nossa volta é formada de moléculas que são constituídas por átomos. Uma combinação destes átomos forma as substâncias que conhecemos, porém, devemos salientar que

Leia mais

Formação estelar e Estágios finais da evolução estelar

Formação estelar e Estágios finais da evolução estelar Elementos de Astronomia Formação estelar e Estágios finais da evolução estelar Rogemar A. Riffel Formação estelar - Estrelas se formam dentro de concentrações relativamente densas de gás e poeira interestelar

Leia mais

Sólidos, líquidos e gases

Sólidos, líquidos e gases Mudanças de fase Sólidos, líquidos e gases Estado sólido Neste estado, os átomos da substâncias se encontram muito próximos uns dos outros e ligados por forças eletromagnéticas relativamente grandes. Eles

Leia mais

Lingotes. Estrutura de solidificação dos lingotes

Lingotes. Estrutura de solidificação dos lingotes Lingotes Estrutura de solidificação dos lingotes Genericamente é possível identificar três regiões diferentes em um lingote após solidificação de uma liga metálica: - a região mais externa denominada zona

Leia mais

Como os seres vivos modificam o ambiente?

Como os seres vivos modificam o ambiente? Como os seres vivos modificam o ambiente? O ar e a água possibilitam a integração dos seres vivos na dinâmica planetária. Por que a parede do copo com água fria fica molhada? Será? Toda matéria é constituída

Leia mais

Se um sistema troca energia com a vizinhança por trabalho e por calor, então a variação da sua energia interna é dada por:

Se um sistema troca energia com a vizinhança por trabalho e por calor, então a variação da sua energia interna é dada por: Primeira Lei da Termodinâmica A energia interna U de um sistema é a soma das energias cinéticas e das energias potenciais de todas as partículas que formam esse sistema e, como tal, é uma propriedade do

Leia mais

As forças atrativas entre duas moléculas são significativas até uma distância de separação d, que chamamos de alcance molecular.

As forças atrativas entre duas moléculas são significativas até uma distância de separação d, que chamamos de alcance molecular. Tensão Superficial Nos líquidos, as forças intermoleculares atrativas são responsáveis pelos fenômenos de capilaridade. Por exemplo, a subida de água em tubos capilares e a completa umidificação de uma

Leia mais

Leis de Conservação. Exemplo: Cubo de gelo de lado 2cm, volume V g. =8cm3, densidade ρ g. = 0,917 g/cm3. Massa do. ρ g = m g. m=ρ.

Leis de Conservação. Exemplo: Cubo de gelo de lado 2cm, volume V g. =8cm3, densidade ρ g. = 0,917 g/cm3. Massa do. ρ g = m g. m=ρ. Leis de Conservação Em um sistema isolado, se uma grandeza ou propriedade se mantém constante em um intervalo de tempo no qual ocorre um dado processo físico, diz-se que há conservação d a propriedade

Leia mais

Composição da atmosfera; Nitrogênio (78%); Oxigênio (21%); Outros Gases (1%)

Composição da atmosfera; Nitrogênio (78%); Oxigênio (21%); Outros Gases (1%) O CLIMA MUNDIAL E BRASILEIRO A Atmosfera Composição da atmosfera; Nitrogênio (78%); Oxigênio (21%); Outros Gases (1%) As camadas da atmosfera: Troposfera; Estratosfera; Mesosfera; Ionosfera; Exosfera.

Leia mais

CONHECENDO AS NUVENS

CONHECENDO AS NUVENS N U V E N S CONHECENDO AS NUVENS As nuvens são a umidade do ar condensada. São constituídas por gotículas d'água e/ou cristais de gelo. Quanto ao seu aspecto podem ser: Estratiformes - desenvolvimento

Leia mais

NUVENS/PRECIPITAÇÃO/BALANÇO HÍDRICO

NUVENS/PRECIPITAÇÃO/BALANÇO HÍDRICO NUVENS/PRECIPITAÇÃO/BALANÇO HÍDRICO NUVEM É um conjunto de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera. Atlas Internacional de Nuvens, (OMM)

Leia mais

METEOROLOGIA OBSERVACIONAL I UMIDADE DO AR. Ar úmido CONCEITO DE AR SECO, AR ÚMIDO E AR SATURADO

METEOROLOGIA OBSERVACIONAL I UMIDADE DO AR. Ar úmido CONCEITO DE AR SECO, AR ÚMIDO E AR SATURADO METEOROLOGIA OBSERVACIONAL I UMIDADE DO AR COMET Professor: Ar úmido A água está presente em certo grau em toda atmosfera em três estados: sólido, líquido e gasoso. O estado gasoso, ou vapor de água atmosférico

Leia mais

ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 8º ANO DISCIPLINA: FÍSICA

ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 8º ANO DISCIPLINA: FÍSICA ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 8º ANO DISCIPLINA: FÍSICA Observações: 1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar. 2 - Os exercícios

Leia mais

Módulo VIII Princípios da Psicrometria. Bulbo Seco e Úmido. Cartas Psicrométricas.

Módulo VIII Princípios da Psicrometria. Bulbo Seco e Úmido. Cartas Psicrométricas. Módulo VIII Princípios da Psicrometria. Bulbo Seco e Úmido. Cartas Psicrométricas. Ar Úmido Ar úmido significa uma mistura de ar seco (substância pura) mais vapor d água. É assumida que essa mistura comporta-se

Leia mais

2 Comportamento Termodinâmico de Fluidos no Reservatório

2 Comportamento Termodinâmico de Fluidos no Reservatório Comportamento Termodinâmico de Fluidos no Reservatório 39 2 Comportamento Termodinâmico de Fluidos no Reservatório 2.1 Introdução Apresenta-se neste capítulo uma breve análise dos princípios básicos do

Leia mais

Janine Coutinho Canuto

Janine Coutinho Canuto Janine Coutinho Canuto Termologia é a parte da física que estuda o calor. Muitas vezes o calor é confundido com a temperatura, vamos ver alguns conceitos que irão facilitar o entendimento do calor. É a

Leia mais

Mudanças de estado da água: fusão, solidificação, evaporação, ebulição, condensação...

Mudanças de estado da água: fusão, solidificação, evaporação, ebulição, condensação... PROFESSOR: EQUIPE DE CIÊNCIAS BANCO DE QUESTÕES - CIÊNCIAS - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================= Mudanças de estado

Leia mais

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

PROPRIEDADES DA MATÉRIA Profª Msc.Anna Carolina A. Ribeiro PROPRIEDADES DA MATÉRIA RELEMBRANDO Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Não existe vida nem manutenção da vida sem matéria. Corpo- Trata-se de uma porção

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = = Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo

Leia mais

4.1. DEPENDÊNCIA DO VOLUME NA ESTABILIDADE MAGNÉTICA. Ea = V Ku, (4.1)

4.1. DEPENDÊNCIA DO VOLUME NA ESTABILIDADE MAGNÉTICA. Ea = V Ku, (4.1) 4. DOMÍNIOS MAGNÉTICOS 4.1. DEPENDÊNCIA DO VOLUME NA ESTABILIDADE MAGNÉTICA As propriedades magnéticas dos minerais magnéticos são sensíveis ao tamanho dos grãos. Considere um conjunto de grãos magnéticos

Leia mais

SISTEMA GÁLATAS EDUCACIONAL DISCIPLINA: CIÊNCIAS - 5ºANO DATA: / /2014 AV2-1ºBIMESTRE. NOME: Vale 10,0

SISTEMA GÁLATAS EDUCACIONAL DISCIPLINA: CIÊNCIAS - 5ºANO DATA: / /2014 AV2-1ºBIMESTRE. NOME: Vale 10,0 SISTEMA GÁLATAS EDUCACIONAL DISCIPLINA: CIÊNCIAS - 5ºANO DATA: / /2014 AV2-1ºBIMESTRE NOME: Vale 10,0 1ª QUESTÃO VALE 0,2 Leia a charge de Maurício de Souza abaixo com atenção: Marque com um x a resposta

Leia mais

Prof. Eduardo Loureiro, DSc.

Prof. Eduardo Loureiro, DSc. Prof. Eduardo Loureiro, DSc. Transmissão de Calor é a disciplina que estuda a transferência de energia entre dois corpos materiais que ocorre devido a uma diferença de temperatura. Quanta energia é transferida

Leia mais

Reações a altas temperaturas. Diagrama de Equilíbrio

Reações a altas temperaturas. Diagrama de Equilíbrio Reações a altas temperaturas Diagrama de Equilíbrio Propriedades de um corpo cerâmico Determinadas pelas propriedades de cada fase presente e pelo modo com que essas fases (incluindo a porosidade) estão

Leia mais

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL CROMATOGRAFIA 2 1 6 Ed. Cap. 10 268-294 6 Ed. Cap. 6 Pg.209-219 6 Ed. Cap. 28 Pg.756-829 6 Ed. Cap. 21 Pg.483-501 3 Separação Química Princípios de uma separação. Uma mistura

Leia mais

CLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013

CLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA Profª Margarida Barros Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA RAMO DA GEOGRAFIA QUE ESTUDA O CLIMA Sucessão habitual de TEMPOS Ação momentânea da troposfera em um determinado lugar e período. ELEMENTOS

Leia mais

COMENTÁRIOS DA PROVA DE FÍSICA DO SSA-UPE 2 ANO

COMENTÁRIOS DA PROVA DE FÍSICA DO SSA-UPE 2 ANO COMENTÁRIOS DA PROVA DE FÍSICA DO SSA-UPE 2 ANO 23. Leia o seguinte texto: Considere que esse grande espelho, acima da camada da atmosfera, estará em órbita geoestacionária. Com base nessas informações,

Leia mais

Modelo de Nuvens: Modelo de Parcela e unidimensional de tempestades

Modelo de Nuvens: Modelo de Parcela e unidimensional de tempestades Modelo de Nuves: Modelo de Parcela e uidimesioal de tempestades Descrição geral da modelagem umérica Equações básicas que descrevem a parcela de ar: equação movimeto primeira lei termodiâmica equação da

Leia mais

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar 3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar Vimos que as previsões sobre as capacidades caloríficas molares baseadas na teoria cinética estão de acordo com o comportamento

Leia mais

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo www.montillo.com.br

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo www.montillo.com.br A Matéria e Diagrama de Fases Profº André Montillo www.montillo.com.br Substância: É a combinação de átomos de elementos diferentes em uma proporção de um número inteiro. O átomo não é criado e não é destruído,

Leia mais

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA A matéria pode se apresentar em diferentes estados físicos, como sólido, líquido e gasoso. Algumas propriedades da matéria dependem de seu estado físico. O estado sólido Em determinada

Leia mais

CAPÍTULO 2 A ATMOSFERA TERRESTRE

CAPÍTULO 2 A ATMOSFERA TERRESTRE CAPÍTULO 2 A ATMOSFERA TERRESTRE 1.0. O Universo O Universo que pode ser observado pelo homem abrange milhões e milhões de quilômetros. Dentro desse Universo existem incontáveis galáxias, destacando-se

Leia mais

4.2 Modelação da estrutura interna

4.2 Modelação da estrutura interna 4.2 Modelação da estrutura interna AST434: C4-25/83 Para calcular a estrutura interna de uma estrela como o Sol é necessário descrever como o gás que o compõe se comporta. Assim, determinar a estrutura

Leia mais

Métodos de determinação da Massa Molecular

Métodos de determinação da Massa Molecular Métodos de determinação da Massa Molecular Métodos absolutos a) Massa molecular média em número - Análise de grupos terminais - Elevação ebulioscópica - Depressão crioscópica - Abaixamento da pressão de

Leia mais

Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO

Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO Curso de Farmácia Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO 1 Introdução A destilação como opção de um processo unitário de separação, vem sendo utilizado pela humanidade

Leia mais

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA: ESTUDO DIRIGIDO COMPONENTE CURRICULAR: Controle de Processos e Instrumentação PROFESSOR: Dorival Rosa Brito ESTUDO DIRIGIDO: Métodos de Determinação de Parâmetros de Processos APRESENTAÇÃO: O rápido desenvolvimento

Leia mais

10. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA

10. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA 57 10. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA Ocorre quando há ausência de movimentos convectivos ascendentes. Pode produzir nuvens do tipo estratiformes e também gerar névoas

Leia mais

Provas Comentadas OBF/2011

Provas Comentadas OBF/2011 PROFESSORES: Daniel Paixão, Deric Simão, Edney Melo, Ivan Peixoto, Leonardo Bruno, Rodrigo Lins e Rômulo Mendes COORDENADOR DE ÁREA: Prof. Edney Melo 1. Um foguete de 1000 kg é lançado da superfície da

Leia mais

Fenômenos de Transporte

Fenômenos de Transporte Fenômenos de Transporte Prof. Leandro Alexandre da Silva Processos metalúrgicos 2012/2 Fenômenos de Transporte Prof. Leandro Alexandre da Silva Motivação O que é transporte? De maneira geral, transporte

Leia mais

Fase Identifica um estado uniforme de

Fase Identifica um estado uniforme de DIAGRAMAS DE FASES Definições Fase Identifica um estado uniforme de matéria, não só no que se refere à composição química, mas também no que se refere ao estado físico. Número de fases numa mistura P 1

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 7: Tratamentos em Metais Térmicos Termoquímicos CEPEP - Escola Técnica Prof.: Transformações - Curva C Curva TTT Tempo Temperatura Transformação Bainita Quando um aço carbono

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O estabelecimento do fenômeno El Niño - Oscilação Sul (ENOS) e os poucos

Leia mais

Manejo de irrigação Parâmetros solo-planta-clima. FEAGRI/UNICAMP - Prof. Roberto Testezlaf

Manejo de irrigação Parâmetros solo-planta-clima. FEAGRI/UNICAMP - Prof. Roberto Testezlaf Manejo de irrigação Parâmetros solo-planta-clima Relações água e solo Fases do solo Sólida Líquida (Água/Solução) Ar Fase sólida Densidades do solo e de partícula Densidade de partícula (real) Relação

Leia mais

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo.

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo. Ciclo hidrológico Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície

Leia mais

A atmosfera e sua dinâmica: o tempo e o clima

A atmosfera e sua dinâmica: o tempo e o clima A atmosfera e sua dinâmica: o tempo e o clima - Conceitos e definições (iniciais) importantes: - Atmosfera: camada gasosa que envolve a Terra (78% Nitrogênio, 21% Oxigênio e 1% outros). A camada gasosa

Leia mais

Química Geral PROF. LARISSA ROCHA ALMEIDA - CURSINHO VITORIANO 1

Química Geral PROF. LARISSA ROCHA ALMEIDA - CURSINHO VITORIANO 1 Química Geral AULA 1 PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA E CONCEITOS INICIAIS PROF. LARISSA ROCHA ALMEIDA - CURSINHO VITORIANO 1 Tópicos Matéria Energia Diagrama de Mudança de Fases Ciclo da Água Universo e

Leia mais

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 2 Áreas de oportunidade para melhorar a eficiência na distribuição de frio Isolamento das tubulações

Leia mais

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia Disciplina: Climatologia I. Radiação Solar

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia Disciplina: Climatologia I. Radiação Solar Universidade de São Paulo Departamento de Geografia Disciplina: Climatologia I Radiação Solar Prof. Dr. Emerson Galvani Laboratório de Climatologia e Biogeografia LCB Na aula anterior verificamos que é

Leia mais

Do ponto de vista da Termodinâmica, gás ideal é aquele para o qual vale, para quaisquer valores de P e T, a equação de estado de Clapeyron:

Do ponto de vista da Termodinâmica, gás ideal é aquele para o qual vale, para quaisquer valores de P e T, a equação de estado de Clapeyron: Equação de Estado de Van der Waals Do ponto de vista da Termodinâmica, gás ideal é aquele para o qual vale, para quaisquer valores de P e T, a equação de estado de Clapeyron: P i V i = nrt em que colocamos

Leia mais

FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFMG DEPARTAMENTO DE ALIMENTOS

FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFMG DEPARTAMENTO DE ALIMENTOS FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFMG DEPARTAMENTO DE ALIMENTOS ALM 60- Operações Unitárias da Indústria Farmacêutica MISTURA DE SÓLIDOS Accácia Júlia Guimarães Pereira Messano 010 Introdução Mistura de sólidos

Leia mais

FCM 208 Física (Arquitetura)

FCM 208 Física (Arquitetura) Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FCM 208 Física (Arquitetura) Umidade e Conforto Prof. Dr. José Pedro Donoso O ar atmosférico contém sempre uma certa quantidade de vapor

Leia mais

POROSIMETRIA AO MERCÚRIO

POROSIMETRIA AO MERCÚRIO 1 POROSIMETRIA AO MERCÚRIO 1 - INTRODUÇÃO A característica que determina a utilização em engenharia de muitos materiais é a sua porosidade. A forma, o tamanho e o volume de poros que um material apresenta

Leia mais

Água como solvente. Objectivos de Aprendizagem. No final desta lição, você será capaz de:

Água como solvente. Objectivos de Aprendizagem. No final desta lição, você será capaz de: Lição N o 3 Água como solvente Objectivos de Aprendizagem No final desta lição, você será capaz de: Mencionar as propriedades físicas da água. Descrever a composição química da água. Material de apoio

Leia mais

Organizada por: Pedro Alves. A tabela a seguir contém algumas integrais que podem ser úteis durante a prova.

Organizada por: Pedro Alves. A tabela a seguir contém algumas integrais que podem ser úteis durante a prova. SIMULADO 01-1ª Prova de Seleção para as OIF s 2016 1. A prova é composta por CINCO questões. Cada questão tem o valor indicado nos eu início. A prova tem valor total de 100 pontos. 2. Não é permitido o

Leia mais

As estações do ano acontecem por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol. O movimento do nosso planeta em torno do Sol, dura um ano.

As estações do ano acontecem por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol. O movimento do nosso planeta em torno do Sol, dura um ano. PROFESSORA NAIANE As estações do ano acontecem por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol. O movimento do nosso planeta em torno do Sol, dura um ano. A este movimento dá-se o nome de movimento

Leia mais

Desenvolvimento de um modelo de nuvem com microfísica de fase mista explícita

Desenvolvimento de um modelo de nuvem com microfísica de fase mista explícita Desenvolvimento de um modelo de nuvem com microfísica de fase mista explícita Gerson Paiva Almeida Universidade Estadual do Ceará erson@uece.br Palavras chaves: Modelo de nuvem, microfísica de nuvem, modelaem

Leia mais

Instituto de Educação Infantil e Juvenil Verão, 2015. Londrina, Nome: Ano: Tempo Início: Término: Total: Edição 2 MMXV Fase 3 Grupo E RAIOS!

Instituto de Educação Infantil e Juvenil Verão, 2015. Londrina, Nome: Ano: Tempo Início: Término: Total: Edição 2 MMXV Fase 3 Grupo E RAIOS! Instituto de Educação Infantil e Juvenil Verão, 2015. Londrina, Nome: de Ano: Tempo Início: Término: Total: Edição 2 MMXV Fase 3 Grupo E RAIOS! Americanos flagram "buracos" em nuvens; fenômeno tem explicação

Leia mais

2 Caracterização climática da região Amazônica 2.1. Caracterização da chuva em climas tropicais e equatoriais

2 Caracterização climática da região Amazônica 2.1. Caracterização da chuva em climas tropicais e equatoriais 2 Caracterização climática da região Amazônica 2.1. Caracterização da chuva em climas tropicais e equatoriais Para uma maior precisão na modelagem da atenuação provocada pela precipitação no sinal radioelétrico,

Leia mais

8 PRESSÃO DE VAPOR, SATURAÇÃO, CONDENSAÇÃO E VÁCUO

8 PRESSÃO DE VAPOR, SATURAÇÃO, CONDENSAÇÃO E VÁCUO 8 PRESSÃO DE VAPOR, SATURAÇÃO, CONDENSAÇÃO E VÁCUO Um gás que existe abaixo de sua temperatura crítica é normalmente chamado de VAPOR, porque pode condensar. SE O VAPOR E O LÍQUIDO DE UM COMPONENTE PURO

Leia mais

Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico.

Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico. Introdução Nosso objetivo será mostrar como obter informações qualitativas sobre a refração da luz em um sistema óptico cilíndrico. A confecção do experimento permitirá também a observação da dispersão

Leia mais

Capítulo 6 Precipitação

Capítulo 6 Precipitação Capítulo 6 Precipitação 1. Distribuição de tamanho de gotas - DSD A precipitação poder ter sido iniciada através do processo de coleta seguida de coalescência & acreção & agregação ou pela simples formação

Leia mais

VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO EM PORTUGAL

VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO EM PORTUGAL VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO EM PORTUGAL O regime térmico de Portugal acompanha a variação da radiação solar global ao longo do ano. Ao longo do ano, os valores da temperatura média mensal

Leia mais

Interacção Oceano-Atmosfera. O transporte de calor pelos oceanos. Os oceanos como reguladores do clima.

Interacção Oceano-Atmosfera. O transporte de calor pelos oceanos. Os oceanos como reguladores do clima. Interacção Oceano-Atmosfera. O transporte de calor pelos oceanos. Os oceanos como reguladores do clima. Vimos como o oceano, através da influência que exerce no conteúdo de humidade da atmosfera afecta

Leia mais

Solidificação: é o processo em que uma substância passa do estado líquido para o estado sólido.

Solidificação: é o processo em que uma substância passa do estado líquido para o estado sólido. EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS 1. (G1) Explique o significado das palavras a seguir. Observe o modelo. Solidificação: é o processo em que uma substância passa do estado líquido para o estado sólido. Vaporização:

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I. Pressão Atmosférica

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I. Pressão Atmosférica Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I Pressão Atmosférica Prof. Dr. Emerson Galvani Laboratório de Climatologia e Biogeografia LCB Questão motivadora: Observamos

Leia mais

; Densidade da água ρ

; Densidade da água ρ Na solução da prova, use quando necessário: COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE VESTIULAR Aceleração da gravidade g = m / s ; Densidade da água ρ a =, g / cm = kg/m 8 5 Velocidade da luz no vácuo c =,

Leia mais

Taxas Relacionadas. Começaremos nossa discussão com um exemplo que descreve uma situação real.

Taxas Relacionadas. Começaremos nossa discussão com um exemplo que descreve uma situação real. 6/0/008 Fatec/Tatuí Calculo II - Taxas Relacionadas 1 Taxas Relacionadas Um problema envolvendo taxas de variação de variáveis relacionadas é chamado de problema de taxas relacionadas. Os passos a seguir

Leia mais

Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1:

Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1: IPH 111 Hidráulica e Hidrologia Aplicadas Exercícios de Hidrologia Exercício 1: Calcular a declividade média do curso d água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos os dados da tabela 1: Tabela 1 Características

Leia mais

Mecânica 2007/2008. 6ª Série

Mecânica 2007/2008. 6ª Série Mecânica 2007/2008 6ª Série Questões: 1. Suponha a=b e M>m no sistema de partículas representado na figura 6.1. Em torno de que eixo (x, y ou z) é que o momento de inércia tem o menor valor? e o maior

Leia mais

Física 2ª série Ensino Médio v. 2

Física 2ª série Ensino Médio v. 2 ísica 2ª série Ensino Médio v. 2 Exercícios 01) Caloria é a quantidade de calor necessária para que um grama de água possa aumentar sua temperatura de 1,5 o C para 15,5 o C. 02) É o calor necessário para

Leia mais

Introdução à Tensão Superficial Leandro Martínez Instituto de Química UNICAMP 1 de Agosto de 2012

Introdução à Tensão Superficial Leandro Martínez Instituto de Química UNICAMP 1 de Agosto de 2012 Introdução à Tensão Superficial Leandro Martínez Instituto de Química UNICAMP 1 de Agosto de 2012 A tensão superficial, γ, é o trabalho necessário para aumentar a área de umuperfície, por unidade de área.

Leia mais

CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA?

CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? 1 T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? A temperatura é a grandeza física que mede o estado de agitação das partículas de um corpo. Ela caracteriza, portanto, o estado térmico de um corpo.. Podemos medi la

Leia mais

ASTRONOMIA. A coisa mais incompreensível a respeito do Universo é que ele é compreensível Albert Einstein

ASTRONOMIA. A coisa mais incompreensível a respeito do Universo é que ele é compreensível Albert Einstein ASTRONOMIA A coisa mais incompreensível a respeito do Universo é que ele é compreensível Albert Einstein ASTRONOMIA A LUZ PROVENIENTE DE ESTRELAS DISTANTES PROVA QUE O UNIVERSO É ANTIGO? Vivemos num universo

Leia mais

Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA

Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA Termoquímica Energia e Trabalho Energia é a habilidade ou capacidade de produzir trabalho. Mecânica; Elétrica; Calor; Nuclear; Química. Trabalho Trabalho mecânico

Leia mais

As nuvens são das principais responsáveis pela. existência da Meteorologia. Sem elas, não existiriam

As nuvens são das principais responsáveis pela. existência da Meteorologia. Sem elas, não existiriam As nuvens são das principais responsáveis pela existência da Meteorologia. Sem elas, não existiriam fenómenos como a neve, trovões e relâmpagos, arco-íris ou halos. Seria imensamente monótono olhar para

Leia mais

23-05-2012. Sumário. Materiais. Algumas propriedades físicas e químicas dos materiais

23-05-2012. Sumário. Materiais. Algumas propriedades físicas e químicas dos materiais Sumário Correção do TPC. Algumas propriedades físicas características de substâncias. Os estados físicos da matéria e as mudanças de estado; Temperatura de fusão e temperatura de ebulição; Densidade. Estados

Leia mais

MASSAS DE AR E FRENTES

MASSAS DE AR E FRENTES MASSAS DE AR E FRENTES MASSA DE AR MAIS OU MENOS 5 KM DE ALTURA MAIS OU MENOS 2000 KM DE DIÂMETRO MASSA DE AR UM VASTO VOLUME DE AR, COM CARACTERÍSTICAS DE PRESSÃO, TEMPERATURA E UMIDADE APROXIMADAMENTE

Leia mais