NOTAS SOBRE PARENTALIDADE SOCIOAFETIVA: Para além da dicotomia entre paternidade biológica ou socioafetiva II IBDCIVIL Simone Tassinari Cardoso
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1 NOTAS SOBRE PARENTALIDADE SOCIOAFETIVA: Para além da dicotomia entre paternidade biológica ou socioafetiva II IBDCIVIL Simone Tassinari Cardoso
2 Desafios ao Direito Civil (i) a apreensão da pluralidade de fontes (ii) questão jurídica como um problema social genuinamente constitucional (iii) Superação do paradigma burguês de Estado: doutrina e jurisprudência são fontes (iv) Código Civil necessita ser relido principiologicamente, reconstitucionalizando este corpo normativo (v) denúncia da manualística do pragmatismo rasteiro (vi) evitar o simplismo, para veicular as conquistas históricas numa hermenêutica emancipatória e numa principiologia axiológica de índole constitucional, sem reduzir o que é complexo nem identificar o direito à lei (vii) descobrir o Direito pela força criadora dos fatos (viii) emancipação do Brasil do legado codificador da Idade Moderna da Europa Continental. Voltar-se para nossa sociedade plural (ix) constitucionalização com visão prospectiva dos princípios constitucionais implícitos e explícitos, vinculados à realidade (x) negativa à tomada de desafios como propostas cegas a serem dogmaticamente seguidas e sim como problematização. (FACHIN, 008)
3 Metodologia: Paternidade Socioafetiva Eixos: Poder do fato x Lei em tese PODER DO FATO: amostras: TJRS e TJRS 10/01/003 a 31/1/006: /06/010 a 30/06/013: LEI EM TESE: STJ : 33 decisões Censo e pesquisa exploratória, com análise de discurso
4 Resultados significativos RS x RJ % 5% % 95%
5 Privilégio Socioafetividade RS x RJ 4% 44% 1 56% 1 96% 41,79% :DNA como técnica científica segura 5%: DNA fornece a verdade real
6 Resultados signifcativos % TJRJ comparativo 7 8% 8 8% 5 15% 1 13% 4 13% 13% 3 7% 1 3 Verdade real vinculada à investigação de post mortem Vínculo afetivo reconhecido como verdade real Verdade real: identidade genética 4 Concessão de negatória de paternidade porque privilegia o DNA e também não apresenta vínculo socioafetivo, fazendo referência àqueles que referem existir (sic) 5 Negatória de paternidade sem fazer referência à relação socioafetiva 6 Privilégio do DNA sobre a relação socioafetiva 7 Reconhecimento de paternidade socioafetiva 8 Reconhecimento de paternidade somente com vínculo biológico 14,% 15% 8,5% 14,% 17,1% 5,71 % 8,5% 8,5%
7 RS: 1% verdade real socioafetiva TJRS comparativo 1% 1 99%
8 STJ Análise de discurso Censo Investigação quanto à relação entre as variáveis Teste estatístico:spss (Statistical Package for the Social Science). Qui-quadrado de Pearson
9 Tipo ação Socioafe tiva Biológica pai Filho (a) Irmão(ã) 1. Resp Negatória de Paternidade Resp Investigação de Paternidade Resp Reconhecimento de Maternidade/Paternidade socioafetivos 1. Resp Declaração de Inexistência de Paternidade x
10 1. Resp Declaratória de Inexistência de Filiação 1. Resp Adoção póstuma 1. Resp Anulatória de Adoção (ajuizada pela União) 1. Resp Adoção pelo padrasto 1. Resp 946 Danos morais por omissão de verdade biológica 1. Resp Anulação de Registro Civil Resp Retificação de registro x 1. Resp Cancelamento do Reconhecimento de Paternidade
11 Estatisticamente significativo - p:0,05 Autor Decisão (p=0,004)* Biológica Ajuste Residual Socioafetiva Ajuste Residual Pai 0 (0%) -,1 9 (56,5%),1 Filho 5 (100%) 3,6 (1,50%) -3,6 Irmão 0 (0%) -1,4 4 (5,0%) 1,4 Outro 0 (0%) -0,57 1 (6,5%) 0,57
12 Ainda persistem: Desafios ao Direito Civil (i) a apreensão da pluralidade de fontes (ii) questão jurídica como um problema social genuinamente constitucional (iii) superação do paradigma burguês de Estado: doutrina e jurisprudência são fontes (iv) Código Civil necessita ser relido principiologicamente, reconstitucionalizando como corpo normativo (v) denúncia da manualística do pragmatismo rasteiro (vi) evitar o simplismo, para veicular as conquistas históricas numa hermenêutica emancipatória e numa principiologia axiológica de índole constitucional, sem reduzir o que é complexo nem identificar o direito à lei (vii) descobrir o Direito pela força criadora dos fatos (viii) emancipação do Brasil do legado codificador da Idade Moderna da Europa Continental. Voltar-se para nossa sociedade plural (ix) constitucionalização com visão prospectiva dos princípios constitucionais implícitos e explícitos, vinculados à realidade (x) negativa à tomada de desafios como propostas cegas a serem dogmaticamente seguidas e sim como problematização. (FACHIN, 008)
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