OS SERVIÇOS DE INTERESSE GERAL A CRISE E SEUS DESAFIOS A Perspectiva do Consumidor. 28 de Novembro de 2012, Porto
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1 OS SERVIÇOS DE INTERESSE GERAL A CRISE E SEUS DESAFIOS A Perspectiva do Consumidor 28 de Novembro de 2012, Porto
2 Definições e Princípios
3 O problema da definição dos Serviços de Interesse Geral...abrange serviços mercantis e não mercantis, considerados de interesse geral pelas autoridades públicas e, por esse motivo, sujeitos a obrigações específicas de sector público. Livro Verde da Comissão Europeia 2001 Serviços de Interesse Económico Geral Serviços de natureza económica aos quais os Estados-Membros ou a Comunidade impõem obrigações de serviço público, por força de um critério de interesse geral. Abrangem, sobretudo, certos serviços prestados pelas grandes indústrias de redes, como os transportes, os serviços postais, a energia e as comunicações.
4 Serviços Públicos Essenciais Lei nº 23/96 de 26 de Julho Serviço de fornecimento de Água; Serviço de fornecimento de Energia Eléctrica; Serviço de fornecimento de Gás; Serviço de Comunicações Electrónicas; Serviços Postais; Serviço de Recolha e Tratamento de Águas Residuais; Serviço de Gestão de Resíduos.
5 Princípios Universalidade Continuidade Qualidade Segurança Igualdade de Tratamento Eficiência Acessibilidade Económica
6 Os Problemas e Desafios dos Serviços de Interesse Geral
7 Metas da Europa 2020 Aumentar a clareza e a segurança jurídica; Rever as regras em matéria de auxílios estatais; Reformar as normas em matéria de contratos públicos e concessões; Garantir o acesso aos serviços essenciais; Promover a qualidade dos serviços prestados;
8 Processo de Liberalização de alguns Sectores Consequências para os consumidores: Processos iniciados tardiamente; Pressão sobre os consumidores tendo em vista a adesão ao mercado liberalizado; Ausência de informação sobre os processos de liberalização; Mercado pouco competitivo, ainda sem preços adequados e sem que se demonstre uma melhor qualidade do serviço prestado;
9 Processo de Liberalização de alguns Sectores Consequências para os consumidores: Incremento tarifários incomportáveis e insustentáveis para as famílias portuguesas; Inexistência de serviços adequados aos perfis individuais dos consumidores; Serviços pouco inovadores em face das novas exigências de consumo. Inexistência de uma adequada política de regulação em muitos sectores.
10 Os Problemas e Desafios da Água e Saneamento em Portugal
11 Existência de um elevado número de entidades gestoras, o que dificulta a definição e aplicação de um modelo de gestão eficaz; Existência de uma grande diversidade de realidades, no que diz respeito aos modelos de gestão adoptados, nem sempre configurando os modelos mais adequados relativamente à população, aos volumes de atividade, aos planos de investimento e às evoluções tarifárias previsíveis; Ausência de uma uniformização relativamente à terminologia tarifária;
12 Ausência de Informação, não só a nível da justificação económicofinanceira das tarifas aplicadas, mas também sobre a prestação do serviço, em locais de fácil acesso aos consumidores; Ausência de harmonização sobre os critérios, a determinação, a estrutura e os custos inerentes às tarifas praticadas; Disparidade nos valores e tarifas aplicadas relativamente ao mesmo serviço; Ausência de uma regulação económica eficaz que permita incentivos de desempenho e garanta a equidade e acessibilidade nas políticas tarifárias das entidades gestoras.
13 Promoção de uma reorganização das entidades gestoras, procurando-se modelos que permitam uma maior separação entre o Estado e os Municípios na atividade, e que garantam a proteção dos interesses dos consumidores das regiões do interior e de baixa densidade populacional, com rendimentos menos elevados, evitando que o custo do serviço seja obrigatoriamente superior ao prestado no litoral; Revisão e alteração dos contratos de concessão dos sistemas multimunicipais, bem como dos contratos de fornecimento aos municípios, nomeadamente, no que diz respeito à consonância destes com o quadro legal, ao cálculo da Tarifa Média Anual de Referência, à previsão trajetória tarifária durante o período da concessão e às relações com os utilizadores.
14 Promover uma maior agregação das entidades gestoras, nomeadamente, em termos intermunicipais de modo a optimizar o seu desempenho, a qualidade do serviço prestado, custos vertidos, políticas tarifárias inteligentes, assegurando elevados graus de eficiência na utilização de todas as infraestruturas; Garantir que o modelo de concessão seja o mais adequado relativamente à densidade populacional, volumes de atividade e planos de investimento exigíveis e que a política tarifária tenha na mais alta conta o interesse dos consumidores; Garantir uma política tarifária harmonizada, através da implementação de um diploma legal que deverá definir os princípios e as regras a seguir na formação dos preços, favorecendo o maior grau possível de preços tendencialmente correspondentes aos custos reais do serviço e à proteção dos consumidores de menores recursos.
15 Criação de melhores condições para que a Entidade Reguladora possa desempenhar o seu papel, garantindo-se uma regulação assente na eliminação de assimetrias, numa política tarifária eficaz, adequada aos interesses dos consumidores; Criação de um Regulamento de Relações Comerciais a nível do acesso e utilização genérica das redes de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais; Criação de um Regulamento da Qualidade do Serviço prestado ao consumidor, com um regime compensatório automático na óptica dos guaranteed standard schemes ingleses.
16 Consumidores Economicamente Vulneráveis
17 O Estado deve zelar por um elevado nível de proteção de todos os consumidores, dando especial atenção aos consumidores vulneráveis a fim de ter em conta as suas necessidades específicas e reforçar as suas capacidades.
18 Garantir que os direitos destes consumidores são efetivamente salvaguardados e reforçados; Dotar estes consumidores de todos os meios necessários para assegurar que estão em condições de tomar as decisões certas e ser assertivos; Promover uma análise atenta e em permanência dos comportamentos e as circunstâncias sociais e de consumo susceptíveis de conduzirem certos consumidores a situações de vulnerabilidade através de medidas específicas; As entidades deverão promover e desenvolver iniciativas autorreguladoras para reforçar a proteção dos direitos dos consumidores vulneráveis, assegurar o acesso a uma informação melhor e mais transparente e desenvolver práticas adequadas aos perfis individuais dos consumidores vulneráveis.
19 FIM / CONTRA CAPA
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