VII Reunión. Fondo Regional de la Sociedad Civil para la Educación (FRESCE) La Paz, Bolivia 12 y 14 de noviembre del 2013

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1 VII Reunión Fondo Regional de la Sociedad Civil para la Educación (FRESCE) La Paz, Bolivia 12 y 14 de noviembre del 2013

2 Campanha Nacional pelo Direito à Educação Brasil (Campanha Brasileira) Nascida em 1999, no processo preparatório para a Cúpula Mundial de Educação (Dakar/2000), é lançada em outubro de 1999, no Rio de Janeiro, e em fevereiro de 2000, no Recife. É uma rede que articula cerca de 200 organizações, movimentos, sindicatos, outras redes, cidadãs e cidadãos. É a articulação mais plural e ampla no campo da Educação Básica no Brasil. Fundou e integra a CLADE e a Campanha Global pela Educação.

3 Campanha Nacional pelo Direito à Educação Brasil (Campanha Brasileira) Comitê Diretivo Nacional Composto por 10 entidades, em um arranjo institucional amplo, com ONGs, movimentos sociais, sindicatos, conselheiros e gestores municipais de educação: Ação Educativa ActionAid Brasil CEDECA-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará) Centro de Cultura Luiz Freire/PE CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação Fundação Abrinq-Save the Children Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil) MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação)

4 Campanha Nacional pelo Direito à Educação Brasil (Campanha Brasileira) Comitês Regionais A Campanha Nacional tem 25 Comitês Regionais espalhados pelo Brasil.

5 FASE I a 2003 A Campanha foi lançada em Nesta primeira fase, de criação e lançamento, a captação de recursos foi marcada pelo apoio de grandes organizações internacionais como Oxfam, Novib e ActionAid. Até 2003, os investimentos feitos, na Campanha, por essas organizações, foi centrado no apoio e fortalecimento institucional.

6 FASE II a 2006 Este foi um período marcado pelo início da retração de investimentos das grandes organizações internacionais no Brasil. Não só a Campanha, mas várias organizações dos movimentos sociais no Brasil sofreram com este refluxo de doadores, muitos dos quais migraram seus aportes para Ásia e África.

7 FASE II a 2006 Na Campanha, ocorreu uma mudança significativa nas estratégias de captação de recursos: a Ação Educativa, entidade do Diretivo que até 2011 servia de sede para a Coordenação Geral da Campanha e que também fazia sua representação de personalidade jurídica, deixou de ser a única captadora de recursos para a Campanha. Na própria Ação Educativa o processo de captação de recursos também deixou de ser centralizado/personalizado: todos os coordenadores de projetos passaram a buscar alternativas de apoios financeiros, como também a gerir mais diretamente os orçamentos de seus projetos.

8 FASE II a 2006 A Campanha passa a buscar novos apoiadores, tentando articulações com potenciais parceiros e apresentando projetos para editais diversos. Vem dessa época a primeira aproximação com o Instituto C&A, por exemplo. Na Campanha, houve uma redução de equipe, ao mesmo tempo em que se intensificou um modelo de apoio/financiamento que exigia produtos explícitos para os específicos projetos, complicadores operacionais, para instituições que atuam na fiscalização e no monitoramento das políticas públicas.

9 FASE II a 2006 Em 2004, antes mesmo da proposta do Governo Federal para a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) ser encaminhada ao Congresso Nacional, a Campanha já dialogava com o Ministério da Educação sobre esse tema. A tramitação na Câmara Federal e no Senado demorou quase dois anos.

10 FASE II a 2006 Em plena tramitação do FUNDEB, e tendo a Campanha já se consolidado como um ator político de referência na incidência política da sociedade civil no tema, o Diretivo chegou a discutir a alternativa da Campanha se manter minimamente, apenas finalizando ações de projetos, relatórios, o que significaria sair da cena política e sua morte institucional!!!

11 FASE II a 2006 Durante as discussões, concluiu-se que essa alternativa teria um impacto muito negativo na incidência política da sociedade civil no FUNDEB; em função disso, algumas instituições do Diretivo se cotizaram, como forma de cobrir algumas despesas da Campanha, o que possibilitou a manutenção de uma equipe mínima e a continuidade da sua ação política.

12 FASE II a 2006 Importante lição apreendida com aquela crise foi a relevância de se atraírem investimentos não restritos a produtos específicos, mas voltados ao fortalecimento institucional, o que inclui custos fixos, como recursos humanos, por exemplo; esse é o caso do financiamento da Campanha Brasileira proveniente do FRESCE. Neste período a Campanha também saiu em busca de novos apoiadores financeiros nacionais.

13 FASE III a 2009 Em junho de 2007, o texto do FUNDEB, aprovado e regulamentado, trazia quase todos os pontos importantes reivindicados pela Campanha, tais como a inclusão das matrículas em creches e o aumento da contrapartida de investimentos da União, fato inédito na história das políticas educacionais no Brasil. Essa importante atuação política rendeu-nos o Prêmio Darcy Ribeiro 2007, criado pela Câmara dos Deputados no ano de 2000, com o objetivo de colaborar para a divulgação de iniciativas bem sucedidas na área da educação.

14 FASE III a 2009 Com a visibilidade e o reconhecimento adquiridos durante a tramitação da lei do FUNDEB e, por consequência, a outorga do prêmio Darcy Ribeiro, a Campanha ganhou grande visibilidade nacional e internacional, o que foi importante para o sucesso das estratégias de captação de novos recursos. Também contribuiu para essa visibilidade a divulgação do CAQi (Custo Aluno-Qualidade inicial), cuja proposta começou a ser divulgada em 2006, nas audiências públicas e reuniões técnicas do FUNDEB. A publicação da sua primeira edição ocorreu em 2007.

15 FASE III a 2009 Como opção estratégica, a coordenação da Campanha concentrou esforços na prospecção de novos parceiros, incluindo instituições do setor privado que atuam na área da educação no Brasil, como o Instituto C&A, e também na África Lusófona, como a Open Society Foundations. Estes contatos, que se iniciaram em 2006 e 2007, renderam frutos em 2009 e 2010 com a consolidação de parcerias. É importante destacar que a estratégia de captação de recursos da Campanha tem se caracterizado por processos de aproximações e diálogos com os possíveis financiadores, de médio e longo prazos, com decorrentes incertezas.

16 FASE III a 2009 De junho de 2006 a março de 2007 a equipe de coordenação da Campanha foi composta por apenas por três pessoas (um quarto funcionário, que exercia um posto administrativo-financeiro, tinha seus custos compartilhados com a Ação Educativa). Hoje são dez profissionais que se dedicam à coordenação; esse crescimento foi se dando de maneira sustentável e com moderação, à medida que o estabelecimento de novas parcerias permitia a contratação de mais profissionais.

17 FASE III a 2009 Além da mencionada participação do Comitê Diretivo na cotização de despesas, cabe destacar seu papel na manutenção da coesão política da Campanha, fundamental nas articulações das suas atividades de incidência. O Comitê Diretivo é peça-chave para garantir a densidade político-institucional que fundamenta a sustentabilidade política da Campanha. Importa salientar que um projeto político claro e consistente por si só não garante a sustentabilidade da instituição, mas sem um projeto dessa natureza é mais difícil atrair recursos.

18 FASE IV a 2011 A partir de 2009 a Campanha iniciou uma fase com novos apoiadores, além dos organismos internacionais. A parceria firmada com o Instituto C&A representa um marco para a área da captação de recursos da Campanha, uma vez que, pela primeira vez, se passa a receber apoio de grande porte do setor privado nacional.

19 FASE IV a 2011 É importante destacar que esse apoio é voltado diretamente ao fortalecimento institucional da Campanha e atividades de incidência política que, muitas vezes, representam pontos sensíveis na captação de recursos, por não se tratarem de produtos visivelmente materializados, mas de processos com (possíveis) conquistas de médio e longo prazos.

20 FASE IV a 2011 Outro novo apoiador é a Open Society Foundations, instituição com a qual a Campanha iniciou o diálogo de captação de recursos em 2007 e só em 2010 teve a parceria concretizada. Esse projeto, atualmente em curso, permitiu à Campanha ampliar sua atuação para os países da África Lusófona por meio do Programa de Cooperação Sul-Sul com Países Lusófonos.

21 FASE IV a 2011 Em 2011, foi formalizado o processo de constituição legal da personalidade jurídica da Campanha, o Instituto Campanha Nacional pelo Direito à Educação, organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que apóia legal e administrativamente a gestão dos processos e recursos financeiros, um importante passo na ampliação da sua autonomia, tanto em termos de sua sustentabilidade, como em relação à independência administrativa e operacional. Também em 2011, por falta de espaço no prédio da Ação Educativa, tivemos que alugar um imóvel, partilhando essas novas instalações com outra organização, a Aliança pela Infância.

22 FASE V aos dias atuais O Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF tem estado presente nas atividades desenvolvidas pela Campanha há muitos anos, com apoio a ações mais pontuais, como Encontros Nacional, a Semana de Ação Mundial e algumas publicações. Desde 2008, a Campanha vinha dialogando com o UNICEF sobre a possibilidade de apoio institucional e contínuo; em 2010 foi firmado um primeiro termo de cooperação para o desenvolvimento de um projeto mais orgânico, ainda tendo Ação Educativa como representante jurídica.

23 FASE V aos dias atuais Em agosto de 2012, o Instituto Campanha foi considerado apto a receber apoio financeiro das agências do Sistema das Nações Unidas; em função disso, formalizou o seu segundo Termo de Cooperação com o UNICEF, nesse caso, para iniciativas de enfrentamento da exclusão escolar ( Fora da Escola não Pode ); esse projeto realiza, nacionalmente, atividades regulares de incidência e já publicou dois estudos desenvolvidos pela Campanha, em parceria com o Unicef.

24 Algumas lições aprendidas COMUNICAÇÃO - 1 Um dos lemas da Campanha Brasileira é: para cada ação, uma comunicação ; ou seja, tentamos comunicar tudo o que fazemos. Para quem? I - Para nossa rede, via grupo de s (googlegroup), via site, via redes sociais.

25 Algumas lições aprendidas COMUNICAÇÃO - 2 II - Para a opinião pública, através da divulgação de notícias e posicionamentos públicos para uma lista de cerca de 10 mil s, que inclui parlamentares, jornalistas, pesquisadores, instituições acadêmicas, organizações etc. e através do site e das redes sociais, que também atingem setores da opinião pública. Ao longo de sua trajetória a Campanha se tornou fonte de referência em Educação para os jornalistas dos grandes meios de comunicação; mesmo quando o assunto não é diretamente pautado pela Campanha, somos procurados para manifestar a nossa opinião sobre determinados assuntos dessa área.

26 Algumas lições aprendidas DENSIDADE DAS ARGUMENTAÇÕES É muito importante mostrar ao apoiador/financiador as análises de conjuntura e de contextos políticos que levam a rede a solicitar aquele apoio, pois representam fatores importantes que ajudam a justificar os objetivos, as metas e as formas de atuar em cada atividade proposta.

27 Algumas lições aprendidas RELATÓRIOS Nos relatórios narrativos é preciso apontar avanços e retrocessos, os erros e acertos na condução do projeto, indicando os caminhos e ações se pretende/pode tomar para corrigir rumos. Não se deve tratar o relatório como uma propaganda para o apoiador, mas como um documento de reflexão sobre a execução do projeto. Os relatórios financeiros devem de ser impecáveis, comprovando que as despesa foram executada conforme o que havia sido proposto ou, no caso de mudanças, que houve autorização do apoiador. Não pode conter elementos-surpresa, dados que só aparecem para o financiador no momento da apresentação do relatório.

28 Desafios É necessário diversificar as fontes apoiadoras, ampliando a captação junto a investidores nacionais. Isso requer a disputa de sentido na agenda política de instituições empresarias privadas. O trabalho de captação de recursos continua árduo, pois o momento atual é aprofundamento de declínio da cooperação internacional no Brasil. Agências de cooperações europeias e agências das Nações Unidas tem retirado parte de ajuda internacional do Brasil para apoiar África e Ásia. Este processo tem se dado pela evolução do Brasil nos indicadores econômicos globais e tudo indica que 2014 será um ano ainda mais difícil.

29 Desafios Garantir a sustentabilidade institucional, o que inclui a garantia de financiamentos contínuos para o custos fixos de recursos humanos e de estruturas, como aluguel, apoio logístico e custos contábeis. Participar das discussões e da luta pela implementação de um novo marco regulatório das ONGs no Brasil. Há uma proposta de projeto de lei, cujo objetivo é aumentar a transparência e facilitar o controle sobre as ONGs, principalmente nas questões dos repasses de verbas governamentais, nas certificação de entidades e nos prazos e formas das aprovações das prestações de contas.

30 Parceiros apoiadores (atuais) Action Aid Fresce Fundação Abrinq Instituto C&A Open Society Foundations Unicef Instituto Natura* Também já foram apoiadores da Campanha a Unesco, a Plan Brasil e a Cese (Coordenadoria Ecumênica de Serviço).

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