O MULTIPLICADOR DE EMPREGO E A LOCALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DAS REGIÕES DO BRASIL

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1 O MULTIPLICADOR DE EMPREGO E A LOCALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DAS REGIÕES DO BRASIL AUTORES: Cristiano Stamm Acadêmico do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) Bolsista do Programa PIBIC/CNPq. Pesquisador do Grupo de Estudos em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC). stamm@unioeste.br Lucir Reinaldo Alves Acadêmico do Curso de Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)/Campus de Toledo. Bolsista de Projetos de Pesquisas. Pesquisador do Grupo de Estudos em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC). projeto612@unioeste.br Jandir Ferrera de Lima Doutorando em Desenvolvimento Regional na Université du Québec à Chicoutimi (UQAC) Canadá Professor Assistente do curso de Economia, UNIOESTE Campus de Toledo. Bolsista do governo brasileiro (CAPES). Pesquisador do Grupo de Estudos em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC). jandibr@yahoo.ca Carlos Alberto Piacenti Doutorando em Ciências Empresariais na Universidad del Museo Social Argentino (UMSA) Argentina, Professor Assistente do Curso de Economia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)/Campus de Toledo e do Departamento de Ciencias Contábeis e Adminsitrativas da Universidade Paranaense (UNIPAR) Campus de Toledo. Pesquisador do Grupo de Estudos em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC). piacenti@unioeste.br Moacir Piffer Mestre em Desenvolvimento Econômico (UFPR), Professor Assistente do Curso de Economia da UNIOESTE - Campus de Toledo. Pesquisador do Grupo de Estudos em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC). piffer@unioeste.br

2 O MULTIPLICADOR DE EMPREGO E A LOCALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DAS REGIÕES DO BRASIL RESUMO: Esse artigo analisa o multiplicador de emprego, as medidas de localização e especialização das regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste), através de instrumentos de análise regional. A análise identifica o padrão de crescimento das regiões e sua integração com a economia nacional. O período de análise é de 1990 a Nesse sentido, o estudo foi direcionado para identificar a base de exportação e os ramos de atividades mais representativos em cada região. Os resultados apontaram que em todas as regiões as atividades locais (não básicas) foram induzidas pelas atividades de exportação, as quais possibilitaram uma maior difusão e diversificação do espaço regional, mais especificamente nas atividades urbanas. Com relação à estrutura setorial das regiões brasileiras, essa apresentou transformações consideráveis. Essas transformações não foram maiores dadas à fragilidade macroeconômica da economia brasileira, frente à estabilização dos preços e o movimento da economia internacional. Assim, observou-se o crescimento do número de empregos atrelados ao movimento da base de exportação. O movimento da base acarreta uma expansão na demanda de bens e serviços locais e um efeito multiplicador nas atividades produtivas das regiões. Palavras chave: Análise regional, Desenvolvimento Regional, Atividades Produtivas, Brasil.

3 1 O MULTIPLICADOR DE EMPREGO E A LOCALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DAS REGIÕES DO BRASIL 1 INTRODUÇÃO Esse artigo tem como principal objetivo analisar o multiplicador de emprego, a localização e a especialização das regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro- Oeste), através de instrumentos de análise regional. Essas análises identificaram o padrão de crescimento das regiões e sua integração com a economia nacional. Para analisar a dinâmica regional é preciso conhecer a estrutura de uma região, determinar os seus potenciais econômicos, a sustentabilidade ambiental da sua capacidade produtiva, as condições de infra-estrutura e os setores passíveis de receberem novos investimentos. Ou seja, verificar as condições da sua dinâmica de crescimento e de desenvolvimento econômico regional. Nessa análise de dinâmica regional, a região está relacionada à idéia de que áreas geográficas podem estar ligadas como um conjunto único em virtude de suas características. Essas características são as estruturas de produção, padrões de consumo, distribuição da força de trabalho, elementos culturais, sociais e políticos. Para PIFFER (1997), a articulação espacial da região se faz pelo processo social como determinante, a rede de comunicação e de lugares. Essas articulações deverão possibilitar que o espaço delimitado como região tenha uma identidade regional. Essa identidade é uma realidade constituída ao longo do tempo pela sociedade que aí se formou. Nesse sentido, CORAGGIO (1987) afirma de forma sucinta que uma região é um locus, ou seja, pode ter várias características territoriais, tanto físicas como sociais.

4 2 Essas dimensões impactam na organização do espaço e reflete-se na estrutura de produção agropecuária, na indústria, no extrativismo e na prestação de serviços. É nesse sentido que essa análise busca compreender, através dos métodos de análise regional, o comportamento dos setores produtivos e de como eles influenciam na dinâmica regional. De acordo com RIPPEL & LIMA (1999), os critérios considerados na análise da região tornamse mais amplos em virtude da inserção da estrutura produtiva na economia nacional, com todas as suas relações e impactos no crescimento econômico. Deve-se ressaltar que essa análise apresenta-se como uma interpretação alternativa da dinâmica econômica das regiões brasileiras, na última década do século XX, no que diz respeito à reorganização das suas atividades produtivas e sua influência na especialização das mesmas. Nesse sentido, as medidas de localização e especialização revelam um certo grau de importância de cada setor e a diversificação oferecida por cada região frente à economia brasileira. Portanto, essa análise servirá como um referencial para a implementação de políticas públicas de geração de emprego e renda no País, além de indicar as regiões e os melhores setores para a localização dos diversos segmentos industriais que tem possibilidades de alavancar as exportações brasileiras. 2 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS Ao estudar uma determinada região deve-se analisar os elementos propulsores de seu crescimento, a sua inserção à dinâmica e organização da economia nacional, examinando-a como parte de um todo. Para a compreensão e interpretação do crescimento regional, baseado na estrutura de exportações, utilizou-se à contribuição teórica de NORTH (1977), que analisa o crescimento das regiões que tiveram seu desenvolvimento a partir de uma base de

5 3 exportação, bem como os estudos de CORAGGIO (1987), ao afirmar que a divisão social do trabalho iria se apoiar nas determinações naturais do território e da população, sem ser, no entanto, produzidas por elas. CORAGGIO (1987), entende uma região como locus de um determinado fenômeno social. Ela é a resultante de um processo social-natural no qual não existem apenas elementos sociais, mas também naturais, cuja lógica é dada pelas leis que governam os processos sociais. Nesse sentido, o autor diz que, (...) todo processo social diferenciado tem uma espacialidade própria, construída sobre a base da espacialidade física dos suportes naturais de tal processo, a partir das leis sociais que lhe são inerentes (...). Já NORTH (1977), especifica que as exportações regionais são os principais fatores determinantes do crescimento de uma região, de sua interação com as demais regiões e com o resto do mundo. Sendo assim, para compreender uma região é preciso entender as suas relações com os demais espaços que compõem o território nacional e com outros países. Nesse sentido, o foco de interesse está voltado para os fluxos inter-regionais de produtos e serviços, capital, mão-de-obra e população. No entanto, o ponto de partida para a existência dos fluxos comerciais está na especialização regional. Assim, a teoria da base de exportação, parte do pressuposto de que é possível separar as atividades econômicas de uma região em básicas e não básicas. As básicas teriam como destino mercados externos à região e as não básicas destinar-se-iam aos mercados locais. Além disso, a expansão das atividades básicas induziria ao crescimento das não básicas. Segundo NORTH (1977), (...) o sucesso da base de exportação tem sido o fator determinante da taxa de crescimento das regiões. Portanto, a fim de compreendermos este crescimento, devemos examinar os fatores que propiciaram o desenvolvimento dos produtos básicos regionais (...). Pode-se afirmar que apenas o comércio de exportação agrícola, bem sucedido,

6 4 pode e realmente tem induzido à urbanização, aos aperfeiçoamentos do mercado de fatores, e a uma alocação mais eficiente dos recursos para investimento. Para a análise dos dados, utilizou-se vários instrumentais de análise regional. Considerou-se como variável o número de empregados, distribuídos por setores e por regiões e à mão-de-obra ocupada por ramos de atividade nas regiões brasileiras (Sul, Sudeste, Centro- Oeste, Norte e Nordeste). A distribuição desses ramos está assim classificada de acordo com IBGE (2000), para o número de empregados: agricultura/pecuária/silvicultura, indústria de transformação, construção civil, outras atividades industriais, comércio, transporte e comunicação, serviços auxiliares de atividades econômicas, prestação de serviços, atividades sociais, administração pública e outras atividades. Os dados relacionados à mão-de-obra ocupada foram extraídos da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílio), conforme dados de Já os dados sobre o número de empregados distribuídos por setores foram coletados no banco de dados da Relação Anual das Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho. Os setores foram agrupados da seguinte forma: indústria, construção civil, comércio, serviços e agropecuária. Deve-se ressaltar, que a construção civil e o comércio foram desmembrados do setor de serviços, em virtude da importância que os mesmos assumem em algumas economias, principalmente as periféricas. Esses setores são empregadores em potencial de mão-de-obra de baixa qualificação. Assim, seu dinamismo tem um impacto social maior nas regiões que possuem as mais baixas taxas de qualificação e escolarização da mão-de-obra, como a região Centro- Oeste, Norte e Nordeste. O período-base de análise é a última década do século XX, e para efeito de análise regional tomou-se como referência os anos de 1990, 1995 e Pode-se pressupor que os setores mais dinâmicos empregam mais mão-de-obra no decorrer do tempo. Por outro lado, a ocupação da mão-de-obra reflete-se na geração e

7 5 distribuição da renda regional, o que estimula o consumo e conseqüentemente a dinâmica da região. Utiliza-se como medidas para identificar os padrões de concentração ou dispersão: a base de exportação; o multiplicador de emprego; o quociente locacional; o coeficiente de localização; o coeficiente de especialização; o coeficiente de redistribuição e o coeficiente de reestruturação. Essas medidas proporcionaram um quadro de análise das regiões em relação ao Brasil. As medidas utilizadas são descritas a seguir: a) Base de exportação: é utilizada para identificar os elementos fundamentais que formam a base de exportação, a partir disso far-se-á o cálculo do multiplicador do emprego básico, seguindo a metodologia descrita em SCHICKLER (1972). Quando o emprego está ligado às atividades básicas de exportação, ou seja, pela relação: Si S Ni N o valor obtido será maior que um, supõe-se que a região exporta o excedente para o resto do Brasil ou do mundo. Nesse sentido, CRUZ (1997), apresenta a seguinte equação para calcular o emprego básico de um país, particularmente através dela é possível determinar as atividades e o emprego básico e não-básico das regiões brasileiras: Ni B i Si St (1) Nt Em que: B i = emprego básico da atividade na região; S i = emprego na atividade i na região; S t = emprego total na região; N i = total de emprego na atividade do País; N t = total de emprego no País; b) Multiplicador de emprego: Uma das grandes preocupações dos estudiosos em economia regional é medir a sensibilidade da demanda dos produtos locais, frente aos impactos que determinadas medidas exógenas provocam nessa economia. Dessa maneira recorre-se ao conceito de multiplicador e, em particular, ao de multiplicador de emprego. K = 1/(1-( ENB/ S t )) (2)

8 6 Sendo que: K = multiplicador de emprego da região; S t = Variação do Emprego Total; ENB = Variação do Emprego Não Básico. O valor mínimo do multiplicador de emprego é um, o que ocorre quando ENB/ S t = 0, ou seja, quando a variação do emprego não básico por uma variação de emprego total for nula. Nesse caso, o acréscimo da procura local associado à expansão das exportações é integralmente satisfeito pelas importações. Conseqüentemente, quanto maior o acréscimo do emprego local gerado por uma unidade adicional do emprego total, induzida pelo crescimento do emprego básico, menor será o nível total de fugas para o exterior da região e logo maior será o valor do multiplicador. Ou seja, quanto maior a capacidade de criação do setor básico sobre o setor não Básico, isto é, quanto maior a propensão marginal à criação de empregos endógenos ( ENB/ S t ), maiores serão os efeitos multiplicadores. Para o cálculo das demais medidas de especialização e localização foram organizadas as informações em uma matriz, que relaciona a distribuição setorial-espacial do número de empregados por setor. As colunas mostram a distribuição do número de empregados entre as regiões, e as linhas mostram o número de empregados por setor de cada um das regiões, conforme Figura 1. Definiram-se as seguintes variáveis: E = Número de empregados no setor i da região j; j i E = Número de empregados no setor i de todas as regiões; E = Número de empregados em todos os setores da região j; i j E = Número de empregados em todos os setores e todas as regiões.

9 7 FIGURA 1 Matriz de informações Setores i Regiões j E i E Fonte: HADDAD, 1989 j E i j E A partir da matriz de informações descreve-se as medidas de localização e de especialização que serão utilizadas no presente artigo: c) Quociente Locacional QL: É utilizado para comparar a participação percentual do número de empregados de uma região com a participação percentual do Brasil. O quociente locacional pode ser analisado a partir de setores específicos ou no seu conjunto. É expresso pela equação (1). E E j QL E E (3) i i j A importância da região no contexto regional, em relação ao setor estudado, é demonstrada quando QL assume valores acima de 1. Como o quociente é medido a partir de informações do número de empregados (E), pode-se verificar os setores que possuem possibilidades para atividades de exportação. d) Coeficiente de Localização CL: O objetivo do coeficiente de localização é relacionar a distribuição percentual do número de empregados num dado setor entre as regiões com a distribuição percentual do número de empregados do Brasil. O coeficiente de localização (CL) é medido pela equação (2). E E E E j j i i j CL i (4) 2

10 8 Se o coeficiente de localização for igual a zero (0), significa que o setor i estará distribuído regionalmente da mesma forma que o conjunto de todos os setores. Se o valor for igual a um (1), demonstrará que o setor i apresenta um padrão de concentração regional mais intenso do que o conjunto de todos os setores. e) Coeficiente de Especialização Cesp: O coeficiente de especialização é uma medida regional. As medidas regionais concentram-se na estrutura produtiva de cada região, fornecendo informações sobre o nível de especialização da economia num período. CEsp j E E E E i i j i j (5) 2 Através do coeficiente de especialização, compara-se a economia de uma região com a economia do Brasil. Para resultados iguais a 0 (zero), a região tem composição idêntica à do Brasil. Em contrapartida, coeficientes iguais ou próximos a 1 demonstram um elevado grau de especialização ligados a um determinado setor, ou está com uma estrutura de empregados totalmente diversa da estrutura de consumo de energia elétrica nacional. f) Coeficiente de Redistribuição CR: Esse coeficiente relaciona a distribuição percentual do número de empregados de um mesmo setor em dois períodos de tempo objetivando examinar se está prevalecendo para o setor algum padrão de concentração ou dispersão espacial ao longo do tempo. t1 t0 E E E E j j j CR 2 (6) Seu valor varia de 0 a 1, sendo que quando o coeficiente se aproximar de zero (0) significa que não terão ocorrido mudanças significativas no padrão espacial de localização do setor, o contrário ocorrerá quando o coeficiente se aproximar de um (1).

11 9 g) Coeficiente de Reestruturação Cr: O coeficiente de reestruturação relaciona a estrutura do número de empregados por região entre dois períodos, ano base 0 e ano 1, objetivando verificar o grau de mudanças na especialização de cada região. t1 t0 E E E E i i i Cr 2 (7) Coeficientes iguais a zero (0) indicam que não ocorreram modificações na estrutura setorial da região, e iguais a um (1) demonstra uma reestruturação bem substancial. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 O MULTIPLICADOR DE EMPREGOS DAS REGIÕES BRASILEIRAS No ano de 1999, ao analisar a base econômica da região Norte do Brasil, utilizando a variável mão-de-obra ocupada por ramos de atividade, observou-se alguma atividade básica ou de exportação, na qual pode ser destacado o comércio. Na região amazônica está localizada a Zona Franca de Manaus (ZFM), um dos maiores centros industriais e comerciais nacionais. Praticamente, em torno de 50% da produção brasileira de eletroeletrônicos está concentrada na ZFM, estimulada por subsídios governamentais, como a isenção total de impostos federais. Esta região representou 4,38% do total da população economicamente ativa (PEA) do Brasil. Com relação aos ramos de atividades (agricultura/pecuária/silvicultura e indústria da transformação), que apresentaram índices menores que um, no cálculo do quociente locacional, observa-se que esses ramos também são tidos como empregos básicos, segundo a metodologia descrita por SCHICKLER (1972), sendo uma exceção no caso (Tabela 1). As atividades de silvicultura e extração de madeira são um elemento de grande destaque na

12 10 economia dessa região. A exploração da Floresta Amazônica e de sua biodiversidade é elementos dinamizadores da economia dos estados que compõem a região Norte. TABELA 1 BASE ECONÔMICA DO NORTE DO BRASIL 1999 Ramos de Atividades (PEA) Norte (PEA) Brasil Q. Locacional Base do Multiplicador de Emprego Agric./Pec./Silv , , ,00 Ind. Transf , , ,00 Ind. Constr. Civil , ,22 Outras Ativ. Ind , , ,17 Comércio , , ,30 Prestação de Serv , , ,36 Ser. Aux. Ativ. Ec , ,59 Trans./Comum , , ,46 Atividade Social , , ,41 Adm. Pública , , ,40 Outras Atividades , ,29 TOTAL , Emp. Básico Emp. Não Básico Alfa 0, Alfa 0, Multiplicador de Emprego 2, Fonte: Resultado da Pesquisa e IBGE, 2001 A região Norte e o Brasil obtiveram, em 1999, respectivamente, uma População Economicamente Ativa (PEA) de e Nesta região foi verificada uma situação de ocupação de pessoas (emprego básico) de , e de emprego não básico de , no qual foi obtido um multiplicador de emprego de 2,85; esse multiplicador indica que para cada um emprego básico gerado na região, há uma indução de 2,85 empregos não básicos. Já a região Nordeste (Tabela 2), representa 28,63% do total da PEA no Brasil. Deste total 23,48% é representado por empregos básicos e 76,52% de empregos não básicos. A região Nordeste e a região Norte são as mais pobres do Brasil. A região Nordeste, assolada por sucessivas estiagens e secas nos últimos anos, vem aumentando sua participação industrial no País. No entanto, seus péssimos indicadores sociais ainda são um entrave no desenvolvimento dessa região. Destacou-se na região Nordeste, como atividades de exportação, os setores da agricultura/pecuária/silvicultura com um total de de empregos básicos, e a indústria

13 11 da transformação com um total de de empregos básicos. A indústria de transformação está assentada principalmente na produção de calçados, têxteis, petroquímica e, atualmente na produção de veículos. Os outros ramos de atividades apresentaram seus quocientes locacionais como sendo menores que um, porém, pode-se dizer que a indústria da construção civil, comércio, atividades sociais e administração pública estão se direcionando as atividades exportadoras, na qual todas estas atividades mostraram valores próximos a um. TABELA 2 BASE ECONÔMICA DO NORDESTE DO BRASIL 1999 Ramos de Atividades (PEA) Nordeste (PEA) Brasil Q. Locacional Base do Multiplicador de Emprego Agric./Pec./Silv , , ,26 Ind. Transf , , ,00 Ind. Constr. Civil , ,47 Outras Ativ. Ind , ,23 Comércio , ,47 Prestação de Serv , ,24 Ser. Aux. Ativ. Ec , ,53 Trans./Comum , ,92 Atividade Social , ,86 Adm. Pública , ,71 Outras Atividades , ,40 TOTAL , Emp. Básico Emp. Não Básico Alfa 0, Alfa 0, Multiplicador de Emprego 4, Fonte: Resultado da Pesquisa e IBGE, 2001 O multiplicador de emprego da região Nordeste teve um índice de 4,25, ou seja, conforme já explicado anteriormente, a cada um emprego básico gerado pela região, a mesma induz a criação de 4,25 empregos não básicos. Já a região Sudeste, que é a mais industrializada do Brasil, apresenta suas atividades básicas muito mais diversificadas e a administração pública não apresentou atividades de exportação (Tabela 3).

14 12 TABELA 3 BASE ECONÔMICA DO SUDESTE DO BRASIL 1999 Ramos de Atividades (PEA) Sudeste (PEA) Brasil Q. Locacional Base do Multiplicador de Emprego Agric./Pec./Silv , , ,00 Ind. Transf , , ,18 Ind. Constr. Civil , , ,85 Outras Ativ. Ind , , ,21 Comércio , , ,46 Prestação de Serv , , ,62 Ser. Aux. Ativ. Ec , , ,43 Trans./Comum , , ,60 Atividade Social , , ,90 Adm. Pública , ,66 Outras Atividades , , ,98 TOTAL , Emp. Básico Emp. Não Básico Alfa 0, Alfa 0, Multiplicador de Emprego 4, Fonte: Resultado da Pesquisa e IBGE, 2001 Em ternos de valores, os ramos de atividades básicas estão assim classificados: agricultura/pecuária/silvicultura, num total de de emprego básico, indústria de transformação com , indústria da construção civil com , outras atividades industriais com , comércio com , prestação de serviços com , serviços auxiliares das ativi. econ. com , transporte e comunicação com , atividades sociais com e outras atividades com Assim, do total da População Economicamente Ativa na região Sudeste que é representada por 42,78% da população total do Brasil, sendo calculado empregos básicos e empregos não básicos, gerando um índice de multiplicador de emprego de 4,10. Nota-se que o multiplicador de emprego da região Sudeste é quase o dobro da região Norte, mas equipara-se ao da região Nordeste (4,25). Isso pode ser explicado por dois fatores: o primeiro seria o perfil da produção industrial da região Sudeste, onde as industrias são em grande parte de alta tecnologia, gerando assim menos empregos; o segundo seria sua densidade populacional. Somente na região metropolitana de São Paulo, há uma concentração de 20 milhões de habitantes. As indústrias localizadas no Nordeste nos últimos anos foram

15 13 altamente empregadoras de mão-de-obra, em oposição a indústria do Sudeste que é altamente capitalizada. Já a região Centro-Oeste destaca-se por ser a região que menos expressou o índice do multiplicador de emprego, mas ainda, observa-se a grande diversificação dos seus ramos de atividades (Tabela 4). TABELA 4 BASE ECONÔMICA DO CENTRO-OESTE DO BRASIL 1999 (PEA) Centro- Ramos de Atividades Oeste (PEA) Brasil Q. Locacional Base do Multiplicador de Emprego Agric./Pec./Silv , , ,00 Ind. Transf , , ,00 Ind. Constr. Civil , , ,77 Outras Ativ. Ind , , ,73 Comércio , , ,88 Prestação de Serv , , ,69 Ser. Aux. Ativ. Ec , ,81 Trans./Comum , ,42 67,42 Atividade Social , ,70 Adm. Pública , , ,34 Outras Atividades , ,30 TOTAL , Emp. Básico Emp. Não Básico Alfa 0, Alfa 0, Multiplicador de Emprego 2, Fonte: Resultado da Pesquisa e IBGE, 2001 Do total da população economicamente ativa da região, que foi de , ou seja, 7,28% da PEA do Brasil ( ), constatou-se empregos básicos e empregos não básicos, os quais corresponderam a um multiplicador de emprego de 2,73. Quando se analisa a base econômica desta região verifica-se, assim como na base econômica da região Sudeste, uma grande diversificação dos ramos de atividades. Apenas três setores não apresentaram atividades de exportação, sendo eles: serviços auxiliares das atividades econômicas, atividades sociais e outras atividades.

16 14 Já a região Sul, destaca-se pela sua baixa diversidade entre seus ramos de atividades, a qual também se destaca pelo alto índice de seu multiplicador de emprego (Tabela 5). TABELA 5 BASE ECONÔMICA DO SUL DO BRASIL 1999 Ramos de Atividades (PEA) Sul (PEA) Brasil Q. Locacional Base do Multiplicador de Emprego Agric./Pec./Silv , , ,24 Ind. Transf , , ,32 Ind. Constr. Civil , ,92 Outras Ativ. Ind , ,89 Comércio , ,17 Prestação de Serv , ,43 Ser. Aux. Ativ. Ec , , ,50 Trans./Comum , ,55 Atividade Social , ,76 Adm. Pública , ,36 Outras Atividades , , ,01 TOTAL , Emp. Básico Emp. Não Básico Alfa 0, Alfa 0, Multiplicador de Emprego 16, Fonte: Resultado da Pesquisa e IBGE, 2001 A região Sul representa 16,93% da PEA do país, com um total de pessoas. Observa-se no cálculo do coeficiente locacional que a região está se diversificando e se difundindo para outros ramos de atividades. Os números apresentados na tabela mostram também que a região Sul possui o maior índice de multiplicador de emprego (16,68), ou seja, significando que a região teve um efeito multiplicador de crescimento de 16,68. Isso pode ser explicado pelas políticas arrojadas de atrações de novos investimentos industriais feito pelos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). A partir de 1994, instalaram-se seis montadoras de automóveis nesta região e os investimentos agroindustriais praticamente triplicaram. A instalação das indústrias automotivas foi estimulada por uma gama bem ampla de subsídios fiscais. Já a agroindústria foi estimulada pela flexibilidade da taxa de câmbio e a abertura de novos mercados na Ásia e no Oriente Médio.

17 15 Ressalte-se ainda que a região Sul apresenta os melhores indicadores sociais brasileiros, o que estimula novos investimentos atraídos pela qualificação da mão-de-obra e qualidade de vida. 3.2 A DINÂMICA LOCACIONAL DAS REGIÕES BRASILEIRAS A seguir, são apresentados os resultados obtidos com a aplicação da metodologia de análise regional, através das medidas de especialização e localização. Na Tabela 6, observa-se a distribuição percentual do número de empregados entre as regiões brasileiras. TABELA 6 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE EMPREGADOS ENTRE AS REGIÕES DO BRASIL 1990/1995/2000 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Setores Indústria 2,79 2,84 3,24 11,59 11,60 12,56 63,70 60,46 55,38 19,66 21,99 24,60 2,27 3,12 4,21 Construção Civil 3,34 3,13 4,63 18,95 15,08 19,06 57,28 59,55 53,15 13,62 14,98 15,59 6,80 7,27 7,57 Comércio 3,16 3,11 3,92 13,93 13,91 14,79 57,62 57,83 55,46 19,43 18,94 18,45 5,86 6,20 7,40 Serviços 4,25 4,60 4,70 19,18 18,64 18,61 52,95 53,20 52,39 15,69 15,09 15,04 7,92 8,47 9,26 Agropecuária 2,87 1,90 2,20 14,86 16,78 15,85 55,74 55,00 52,89 18,83 18,03 17,29 7,70 8,30 11,76 Total das Atividades 3,63 3,80 4,17 16,27 16,11 16,68 56,81 55,89 53,54 17,27 17,34 17,63 6,02 6,86 7,97 Fonte: Resultado da Pesquisa Observa-se pela Tabela 6 que o maior percentual de empregados está concentrado na região Sudeste. Isso pode ser explicado pela alta densidade demográfica e o nível de industrialização dessa região. Nota-se, no entanto, que o percentual de empregados desta região apresentou decréscimos em todas as atividades, principalmente nos setores industrial e agropecuário. Já a região Centro-Oeste apresentou aumento em todos os setores, com destaque para a agropecuária e indústria. O contrário nota-se na região Sul, que apresentou aumentos nos setores da indústria e construção civil e decréscimos nos demais. As regiões Norte e Nordeste não apresentaram mudanças muito significativas. Deve-se salientar que as

18 16 regiões Sul e Centro-Oeste, na década de 1990, aceleraram o processo de agroindustrialização dos seus insumos agropecuários. O setor de carnes e embutidos, dessas regiões, aumentou sua capacidade instalada e ampliou o seu potencial de exportações com a conquista de mercados na Ásia e Oriente Médio. Na Tabela 7, verificam-se os setores que apresentaram maiores possibilidades para atividades de exportação, através dos indicadores do quociente locacional. TABELA 7 QUOCIENTE LOCACIONAL NO PERÍODO DE 1990/1995/2000 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Atividade Indústria 0,77 0,75 0,78 0,71 0,72 0,75 1,12 1,08 1,03 1,14 1,27 1,40 0,38 0,45 0,53 Const. Civil 0,92 0,82 1,11 1,16 0,94 1,14 1,01 1,07 0,99 0,79 0,86 0,88 1,13 1,06 0,95 Comércio 0,87 0,82 0,94 0,86 0,86 0,89 1,01 1,03 1,04 1,13 1,09 1,05 0,97 0,90 0,93 Serviços 1,17 1,21 1,13 1,18 1,16 1,12 0,93 0,95 0,98 0,91 0,87 0,85 1,32 1,24 1,16 Agropecuária 0,79 0,50 0,53 0,91 1,04 0,95 0,98 0,98 0,99 1,09 1,04 0,98 1,28 1,21 1,48 Fonte: Resultado da Pesquisa Pela Tabela 7, pode-se observar que nas regiões Norte e Nordeste foram os setores de construção civil e de serviços que ganharam destaque. Na região Sudeste e Sul os setores mais relevantes foram os da indústria e comércio que apresentaram valores maiores que 1. É interessante destacar que o setor industrial do Sul, no ano de 2000, apresentou o maior valor do setor se comparado com as demais regiões. Uma das explicações para o destaque do setor industrial da região Sul, além da expansão agroindustrial, a partir da década de 90, foi à expansão da indústria automobilística. Somente o Estado do Paraná acolheu, entre 1994 e 1999, seis montadoras de automóveis e atraiu com elas uma gama de empresas do setor de auto peças e serviços. Deve-se salientar que a região também conta com um parque industrial diversificado, onde alguns dos setores são: petroquímico, frigorificação, abatedouros, construção, alimentos, metalurgia, dentre outros (INFRA-ESTRUTURA BRASIL, 2002).

19 17 O setor agropecuário se destacou principalmente na região Centro-Oeste apresentando valores bem representativos. Mas, nesta região (Centro-Oeste), o setor de serviços também ganhou destaque. É importante lembrar que a região Centro-Oeste tem uma fronteira agrícola móvel. Além disso, a integração rodo-ferroviária com a região Norte melhorou a rentabilidade da sua produção de grãos. Como a região sul, principalmente o Paraná, vem apresentando uma demanda crescente na cultura de milho, a região Centro-Oeste tornou-se, ao longo dos anos 1990, um fornecedor-exportador intra-regional de grãos e insumos para a estrutura de produção de carnes do Oeste paranaense. A Tabela 8 nos mostra os coeficientes de redistribuição dos setores em análise. TABELA 8 COEFICIENTE DE REDISTRIBUIÇÃO NO PERÍODO DE 1990/1995/2000 Anos Região 1990/ /2000 Indústria 0,3630 0,2953 Construção Civil 0,3978 0,3911 Comércio 0,3268 0,2967 Serviços 0,9846 0,9744 Agropecuária 0,4561 0,3978 Fonte: Resultado da Pesquisa Notou-se pela Tabela 8 que os coeficientes de todos os setores apresentaram decréscimos no período analisado. Apesar destes decréscimos os setores que mais se destacaram foram o de serviços e agropecuário em todos os anos analisados. Isso mostra que esses setores, principalmente o de serviços, apresentaram mudanças significativas em seu padrão espacial. Assim, nota-se que a economia brasileira vem passando por uma nova reespecialização do setor de serviços. Em suma, esse setor vem ganhando destaque nas diferentes regiões, o que reflete uma tendência do crescimento econômico nacional. Ao longo do tempo, a dinâmica econômica faz com que a agricultura e a indústria percam sua posição em relação ao setor de serviços.

20 18 Na Tabela 9, observa-se o coeficiente de localização dos setores em destaque. TABELA 9 - COEFICIENTE DE LOCALIZAÇÃO NO PERÍODO DE 1990/1995/2000 Anos Atividade Indústria 0,0928 0,0921 0,0881 Construção Civil 0,0394 0,0406 0,0284 Comércio 0,0298 0,0354 0,0272 Serviços 0,0543 0,0494 0,0375 Agropecuária 0,0324 0,0280 0,0379 Fonte: Resultado da Pesquisa Pela Tabela 9 nota-se que o setor comercial foi o que mais teve distribuição dos empregados nas regiões. No ano de 1995, o setor comercial ficou em segundo lugar, nos demais anos analisados ficou em primeiro lugar. Em 2000 também foi representativo o setor da construção civil, que ficou com um coeficiente bem próximo ao do comercial. Ao contrário, o setor industrial foi o que mais se diferenciou nas regiões quanto à distribuição percentual de empregados, apresentando os valores mais altos em todos os anos. Já na Tabela 10, é apresentado o coeficiente de especialização, ou seja, o comportamento da especialização das atividades produtivas das regiões em relação ao país. TABELA 10 COEFICIENTE DE ESPECIALIZAÇÃO NO PERÍODO DE 1990/1995/2000 Ano Região Norte 0,0893 0,1134 0,0742 Nordeste 0,1009 0,0865 0,0702 Sudeste 0,0358 0,0267 0,0127 Sul 0,0571 0,0762 0,0871 Centro-Oeste 0,1759 0,1386 0,1088 Brasil 0,4591 0,5491 0,3530 Fonte: Resultado da Pesquisa Pela Tabela 10, pode-se notar o nível de especialização das regiões em análise. Observa-se que a região Sul veio evoluindo o seu coeficiente através dos anos para ficar em 2000 como uma das regiões com maior nível de especialização. O contrário pode se notar nas

21 19 regiões Norte e Sudeste que apresentaram decréscimos em seus respectivos coeficientes. A região Nordeste apresentou uma evolução significativa nos anos analisados sendo uma das regiões mais especializadas no período estudado. A região Centro-Oeste apresentou uma leve queda no período, mas foi à região com maior nível de especialização das regiões em relação ao País. Na Tabela 11 nota-se que apesar da região Sul ter apresentado um nível de especialização bem significativo em 2000 (Tabela 10), não apresentaram mudanças muito representativas na sua especialização. TABELA 11 QUOCIENTE DE REESTRUTURAÇÃO NO PERÍODO DE 1990/1995/2000 Anos Região 1990/ /2000 Norte 0,0486 0,0445 Nordeste 0,0406 0,0257 Sudeste 0,0615 0,0486 Sul 0,0299 0,0165 Centro-Oeste 0,0299 0,0327 Brasil 0,0467 0,0337 Fonte: Resultado da Pesquisa Nota-se através da Tabela 11 que foram as regiões Sudeste e Norte que apresentaram um grau de mudanças consideráveis na especialização da região. As regiões Nordeste e Sul apresentaram valores em decréscimo no período analisado e a região Centro-Oeste vem melhorando seu quociente a cada ano, sendo a região que ficou em terceiro lugar no período de 1995 a Em todo caso, a economia brasileira reestruturou-se de um modo geral, no período analisado. Entre 1995 e 1995, sua reestruturação foi considerável, o que reflete os impactos da abertura econômica, a partir de 1990, a estabilidade macroeconômica dos preços, conseguida com o plano real (1994), a entrada de investimentos externos diretos e a atração de novos investimentos industriais de grande porte por algumas regiões, dentre elas a região Sul e Nordeste.

22 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste trabalho foi analisar o multiplicador de emprego e o coeficiente de localização e especialização das regiões brasileiras, através de instrumentos de análise regional, identificando quais os mecanismos para o seu crescimento e integração à economia nacional. Neste sentido o estudo foi direcionado para identificar a base de exportação e os ramos de atividades mais dinâmicos das regiões do Brasil, bem como a análise do desempenho das regiões no que tange aos ramos de atividade. Devido às condições de rendas diferenciadas entre as regiões, observou-se que os padrões de consumo de famílias com características semelhantes, podem diferenciar entre as regiões; as técnicas de produção (inclusive a produtividade de mão-de-obra) também são um fator que atinge as regiões pouco desenvolvidas e as composições das atividades também variam consideravelmente. Neste contexto, é possível a ocorrência de várias situações: uma região desenvolvida ter um quociente locacional superior a 1 para um determinado bem supérfluo e ainda assim importar parcela considerável deste bem para complementar o seu abastecimento local; uma região menos desenvolvida pode ter um quociente locacional inferior a 1 para determinado produto e ainda assim, ser exportadora dos produtos, uma vez que não são adquiridos pela população local por problemas de preferência, de poder aquisitivo, etc. Com relação ao multiplicador de emprego, observou-se que a maior representatividade consta na região Sul com um índice de 16,68, ou seja, a cada um emprego básico gerado na região, a mesma induz à criação de 16,68 empregos não básicos. Isto quer dizer que o crescimento da região está assentado sobre a base de exportação e que a mesma está se diversificando e se difundindo para outros setores, atividades básicas ou de exportação na região.

23 21 Pode-se afirmar ainda, que em todas as regiões as atividades não básicas foram induzidas pelas atividades básicas, as quais possibilitaram uma maior difusão e diversificação do espaço regional, mais especificamente nas atividades urbanas. Com isso, ao longo deste trabalho, observou-se que as regiões do Brasil conseguiram estimular seus ramos de atividades através de suas bases de exportação, as quais foram ampliando e diversificando no decorrer dos anos, proporcionando a sua inserção na economia nacional. Contudo, pode-se afirmar que quando a base de exportação cresce, inserindo cada vez mais a região na economia nacional, os setores básicos oferecem maior número de empregos, o que acarreta uma expansão da demanda de bens e serviços locais e, conseqüentemente, o aumento do emprego não básico na região. As demais medidas de localização e especialização apresentados neste trabalho mostraram que a economia brasileira vem se reestruturando ao longo dos anos. Essa reestruturação foi mais significativa entre 1995 e Nesse período, a economia nacional passou por profundas transformações, dentre as quais pode-se citar a estabilização dos preços, a abertura comercial, as mudanças na política cambial e a entrada de investimentos externos diretos. Além disso, o setor agroindustrial teve um grande impulso, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. As marca desse impulso foi a expansão da produção agropecuária no Cerrado, o aumento da capacidade instalada das indústrias de carnes e embutidos no Paraná e Rio Grande do Sul e o aumento do consumo de insumos na cadeia produtiva da carne. Além disso, o aumento das exportações para o Oriente Médio e a Ásia contribuíram para o aumento na produção e ocupação de mão-de-obra nessas regiões.

24 22 Deve-se salientar, que a região Sul expandiu consideravelmente seu potencial metalmecânico com a criação do complexo automobilístico em São José dos Pinhais e Campo Largo (PR) e em Gravataí (RS). No entanto, a região Sul não foi à única beneficiada com a reestruturação espacial da economia brasileira. As outras regiões também alteraram seu perfil locacional. A região Sudeste teve um avanço considerável na produção de tecnologia de ponta, principalmente aeroespacial, além de continuar extremamente dinâmica em relação às outras regiões. Assim, a desconcentração da região metropolitana de São Paulo não significou uma deslocalização da indústria paulista, mas a transferência das atividades de transformação em sub-regiões localizadas no próprio Estado ou na sua periferia. De certa forma os novos investimentos no Paraná, principalmente no norte do Estado, no sudeste de Minas Gerais e no litoral fluminense refletem essa tendência. Já as regiões Norte e Nordeste ampliaram a produção de bens manufaturados que utilizam mão-de-obra de baixa qualificação, dentre elas a produção têxtil, de calçados, a extração de minerais e a expansão das atividades turísticas. Saliente-se os investimentos no complexo automobilístico e petroquímico na Bahia. No entanto, essas regiões ainda têm muitos desafios pela frente, dentre eles, a recuperação e ampliação da infra-estrutura disponível, a ampliação da qualificação da mão-de-obra, melhorias mais profundas nos indicadores sociais, ampliação da área cultivável, etc. Em todo caso, dada às informações apresentadas na análise diferencial-estrutural, essas regiões vem demonstrando uma tendência ao crescimento econômico nos últimos anos, apesar das dificuldades que vem enfrentando em termos de investimentos e de melhoria na qualidade de vida. Portanto, nota-se que houve transformações consideráveis na estrutura setorial da economia brasileira no final do século XX. Essas transformações não foram maiores dadas à fragilidade macroeconômica da estabilização e o movimento da economia internacional. Sem

25 23 contar os problemas energéticos que afetaram diretamente o Nordeste e o Sudeste. Assim, quando resolvidos os problemas macroeconômicos brasileiros de aguda dependência externa e os gastos em infra-estrutura e educação avançarem, a dinâmica setorial das regiões brasileiras demonstrará que uma nova espacialização da economia está em curso no Brasil. Nessa espacialização, as regiões periféricas serão responsáveis por uma dinâmica particular centrada nas vocações regionais e em novos investimentos de grupos locais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORAGGIO, J. L. Territórios en transición: Crítica de la planificação regional em América Latina. Quito, Ciudad, HADDAD, P. R. (Org.) Economia regional : teorias e métodos de análise. Fortaleza. BNB. ETENE, (Estudos Econômicos e Sociais, 36). INFRA-ESTRUTURA BRASIL. Projetos e oportunidades. Disponível em: < Acesso em: 27 ago INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE) < 4_4_a_1999.shtm.> Acesso em 31 Jun NORTH, D. C. A Agricultura no Crescimento Econômico Regional. In.: SCHWARTZMAN (Org.). Economia Regional: textos escolhidos, CEDEPLAR, Belo Horizonte, 1977.

26 24 PIFFER, M. A Dinâmica do Oeste Paranaense: sua inserção na economia nacional. Curitiba, f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Econômico) - Universidade Federal do Paraná. RIPPEL, R. ; LIMA, J. F. Encadeamentos produtivos e desenvolvimento regional no município de Toledo (PR): o caso da Sadia-Frigobrás e das indústrias comunitárias. In: CASIMIRO FILHO, F. ; SHIKIDA, P. F. A. (Org.). Agronegócio e Desenvolvimento Regional. Cascavel: EDUNIOESTE, 1999, p SCHICKLER, S. A Teoria da Base Econômica Regional: aspectos conceituais e testes empíricos. In.: HADDAD, Paulo R. Planejamento Regional: Métodos e Aplicações ao Caso Brasileiro. Rio de Janeiro, IPE/INPE, 1972.

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