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1 GUIA do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Prevedência Social Protegendo Hoje e Sempre Protegendo Hoje e Sempre

2 ficha técnica Propriedade: Produção: editora: Colaboração: Paginação e Impressão: tiragem: INPS - Instituto Nacional de Previdência Social Gabinete de Estudos Estratégia e Comunicação - Departamento de Comunicação e Imagem Dra. Nancy Cardoso Monteiro Directoras Maria José Vera Cruz e Armandina Soares, administrador Marcos Oliveira Tipografia Santos, Lda. - Praia exemplares GUIA do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 2 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 3

3 Índice Apresentação...14 I. Caracterização da Protecção Social Obrigatória OS Fundamentos e objectivos da Protecção Social Obrigatória Os Regimes que compõem a Protecção Social Obrigatória Regime do Trabalhador por Conta de Outrem TCO Especial - TCO Regime do Trabalhador por Conta Própria - TCP Os Abrangidos Os Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) Compreendem Os Trabalhadores por Conta Própria (TCP) Compreendem: A Protecção...17 II. Inscrição Quem deve Inscrever no INPS? Entidade Empregadora Trabalhador por Conta Própria Trabalhador por conta de Outrem A inscrição é obrigatória? O trabalhador por conta de outrem que também exerce actividade por conta própria, fica obrigado a inscrever-se como trabalhador por conta própria? A entidade empregadora pode inscrever-se através de outras instituições? Pode o INPS inscrever oficiosamente um trabalhador e ou entidade? Como Inscrever no INPS? Contribuinte Segurado Trabalhador por Conta de Outrem Segurado Trabalhador por Conta Própria Beneficiários De quem é a responsabilidade pela inscrição? Onde e como fazer a inscrição? Qual é o prazo para a inscrição? Pode o empregador fazer a inscrição selectiva dos trabalhadores no INPS? Quais as consequências da inscrição selectiva dos trabalhadores por parte da entidade empregador?...22 III. Contribuição O que é Contribuição? Qual é o valor da taxa de Contribuição? De quem é a responsabilidade pelo pagamento das Contribuições? Quando são pagas as Contribuições? Como e onde são pagas as Contribuições? Sobre que valor incide a Contribuição?...26 i) Base de Incidência Contributiva O que é Base de Incidência Contributiva? Como determinar a base de incidência quando a remuneração é fixada numa base diária? Qual é o limite mínimo de dias de trabalho a declarar para se determinar a base de incidência? Sobre que elementos integrantes das remunerações são incluídas na base de incidência contributiva? Quais remunerações excluídas da base de incidência contributiva?...27 ii) Folhas de Ordenados e Salários (FOS) Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 5

4 Índice 12. O que são Folhas de Ordenados e Salários? De quem é a responsabilidade pelo envio da a FOS juntamente com as Contribuições respectivas? Que informação deve constar na FOS? O que acontece se a Folha de Ordenados e Salários não estiver correctamente preenchida? Como deve ser enviada a FOS? Até quando pode ser entregue a FOS? Como é feita verificação e a certificação da data de entrega da FOS? O que acontece se a Folha de Ordenados e Salários não for entregue ou for entregue fora do prazo? Em que circunstância cessa a obrigação de enviar a FOS de um trabalhador?...29 iii) Trabalhador por Conta Própria Como é declarado o salário para efeitos de contribuição do Trabalhador por Conta Própria? Qual é o Salário mínimo a ser declarado? O Trabalhador pode alterar o salário declarado? Quando pode o Trabalhador por Conta Própria ser isento de pagar as contribuições?...32 iv) Profissionais do Serviço Doméstico Como é declarado o salário para efeitos de contribuição dos Profissionais do Serviço Doméstico? Qual é a base para o cálculo das prestações? Quando ocorre uma situação de grave incumprimento?...34 v) Reembolso das Contribuições Como e quando pode ser efectuado o pedido de reembolso das contribuições indevidas? Qual é o prazo para reclamar o reembolso das contribuições indevidas? Quem pode reclamar o reembolso das contribuições indevidas? Quando pode ser efectuado o pedido de reembolso das contribuições devidas? Qual é o prazo para reclamar o reembolso das contribuições devidas? Quem pode reclamar o reembolso das contribuições devidas? Quais as obrigações dos Contribuintes?...35 IV. Protecção Quais as prestações que o sistema atribui ao trabalhador? Trabalhador por Conta de Outrem: Trabalhador por conta própria Quem tem direito às prestações? Quais as condições de atribuição das Protecções do INPS? O que é prazo de garantia e índice de profissionalidade? O prazo de garantia é exigido e igual para qualquer prestação? Qual é prazo exigido para cada uma das seguintes prestações? Quais as regras de comparticipação?...39 i) Doença Subsídio de Doença Quem tem direito ao Subsídio de Doença? Quais as condições de atribuição do subsídio de doença? O índice de profissionalidade é o mesmo para todos os trabalhadores por conta de outrem? Que documentos são necessários para atribuição do subsídio de doença? Como é certificada a doença? Qual é o prazo máximo para a entrega do CIT? Qual é o prazo máximo de concessão do subsídio de doença? Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 7

5 Índice 1.8. Qual é o período de espera para ter acesso ao subsídio de doença? Como é calculado o subsídio de doença? Se a doença ocorrer durante e quando o segurado estiver fora do país, o que deve fazer para ter direito ao subsidio de doença? Se o impedimento para o trabalho, por motivos doença, for superior a 30 dias, de quem é a competente para certificar a incapacidade para o trabalho? Se a incapacidade for resultante de acidente de trabalho, quem paga o salário dos dias de baixa ou incapacidade para o trabalho? Quem é responsável se a incapacidade for resultante de acto da responsabilidade de terceiro (ex.: acidente de viação, atropelamento, agressão, etc.)? Comissão de Verificação de Incapacidade (CVI) O que é a CVI? A CVI só intervém nas suas acções junto de beneficiários do sistema nacional de previdência social? O Instituto tem alguma influência nas decisões da CVI? De que forma e quem nomeia a Comissão de Verificação de Incapacidade? Quem integra a CVI? Qual o objectivo da CVI? O que fazer quando o beneficiário discorda da decisão da CVI? Como é composta a Comissão de Recurso? Existe algum prazo para apresentação de recurso e onde pode ser feita? O que acontece se o beneficiário reclamante não indicar um Médico? Há algum encargo para o beneficiário que decorre do funcionamento da Comissão de Recurso? Evacuação O que é uma Evacuação Interna Quem tem a competência de propor uma evacuação interna? Quem é o responsável para a marcação das consultas e exames no local de tratamento? Quais são as prestações asseguradas aos evacuados internos? Como é organizado o processo de evacuação interna? Quais os documentos necessários para efeitos de evacuação interna? Quais as obrigações dos beneficiários evacuados internos? Quais as responsabilidades da estrutura do INPS no local de residência? Quais as responsabilidades da estrutura do INPS no concelho/ilha de acolhimento? O que é uma Evacuação Externa? Quem tem a competência de propor uma evacuação externa? Quem é o responsável para a marcação das consultas e exames no local de tratamento? Quais as prestações asseguradas aos beneficiários evacuados externos? Quais os documentos necessários para efeitos de evacuação externa? Quais as obrigações dos beneficiários evacuados externos? Quais as responsabilidades da estrutura do INPS no local de residência? Assistência Médica e Hospitalar Quem tem direito Assistência Médica e Hospitalar? Quais os documentos necessários para o seu reconhecimento? Onde são prestados os cuidados de saúde? Os cuidados de saúde podem ser prestados noutros países e em que condições? Assistência Medicamentosa Quais os documentos necessários para o acesso à Assistência Medicamentosa? Como é garantida a comparticipação nos medicamentos? Se ao Beneficiário for prescrito medicamento que não consta da Lista Nacional de Medicamentos, não haverá comparticipação? Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 9

6 Índice 5.4. Quais são os procedimentos necessários para as Farmácias aviar os medicamentos com a comparticipação do INPS? Como proceder em caso de a Farmácia não encontrar o seu nome na base de dados para confirmar o direito? Quais os documentos necessários para o acesso a medicamentos importados? Cuidados de Estomatologia e Prótese Dentária Quais os documentos necessários? Quais os documentos necessários para o pedido de reembolso? Qual o prazo máximo para efeitos de pedido de reembolso? Tratamentos de Fisioterapia Quais os documentos necessários para o pedido de reembolso? Aparelhos de Prótese e Outros Dispositivos Quais os documentos necessários para o pedido de reembolsos? Qual o prazo máximo para efeito de pedido de reembolso?...56 ii) Maternidade, Paternidade e Adopção O que é Subsídio de Maternidade Quem tem direito ao subsídio de maternidade? Qual é o prazo de garantia exigido? Qual é o índice de profissionalidade exigido? O que é Subsídio de Paternidade O que é Subsídio de Adopção Quais as condições necessárias para se ter direito aos subsídios de maternidade, paternidade e adopção? Documentos necessários: Condições necessárias...58 iii) Protecção na Velhice O que é Pensão de Velhice Quais os requisitos e condições para atribuição da pensão de velhice? Quais os documentos necessários para efeitos de requisição da pensão de velhice? Quais são as obrigações dos pensionistas? Quais são os direitos dos pensionistas?...59 iv) Protecção na Invalidez O que é Pensão de Invalidez? Quais o requisitos e condições de atribuição da pensão de invalidez? Quais os documentos necessários para efeitos de requisição de Pensão de invalidez? Qual é a data a partir da qual o beneficiário recebe a pensão de invalidez? Como proceder se em qualquer das datas, o requerente tenha exercido actividade profissional? O que fazer se a decisão da Comissão de Verificação de Incapacidade não for favorável? Quem vai fazer a reapreciação do processo? Será a mesma Comissão anterior? Existe prazo para o recurso? O segurado que requerer a Comissão de Recurso terá algum encargo? Pode o trabalhador que for declarado apto para o trabalho voltar a requerer pensão de invalidez? Quando? A decisão que considera o segurado incapacitado para trabalho é definitiva ou pode haver outra avaliação? Quais são as obrigações dos pensionistas? Quais são os direitos dos pensionistas?...62 v) Protecção na morte O que é Pensão de Sobrevivência? Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 11

7 Índice 2. Quem tem direito e quais os requisitos para o acesso às pensões de sobrevivência? Qual o prazo de atribuição das pensões de sobrevivência? Quais as condições de atribuição? Qual é o montante da Pensão atribuída? Quais os documentos necessários para efeitos de requisição da Pensão de Sobrevivência? Quais são as obrigações dos beneficiários da Pensão de Sobrevivência? Quais são os Direitos dos Pensionistas de Sobrevivência?...65 vi) Compensação de Encargos Familiares Abono de Família O que é Abono de Família? Quem é o titular? Em caso de morte do titular, cessa o direito ao Abono de Família e Prestações complementares? Quem e como beneficiar do Abono de Família? Quais as condições de Atribuição do Abono de Família? E se tiver idade superior a 15 anos deixa de ter direito? O que acontece se a criança perder o ano escolar por motivo de saúde e ou for deficiente? Como requerer as prestações e onde? Como fazer para manter o direito às prestações quando o descendente tem idade superior a 15 anos e não for deficiente? O que acontece em caso de atraso na entrega do certidão de aproveitamento escolar? Quando e como é pago o abono de Família? Existe limite de descendentes ou equiparados com direito ao abono? Subsídio de Aleitação O que é Subsídio de Aleitação? Quem tem direito ao subsídio de aleitamento? Quais os documentos necessários para receber o subsídio de aleitamento? Subsídio de deficiência Quais as condições e o prazo de atribuição? O valor do subsídio é igual para todos? Qual é o valor do subsídio atribuído? Qual é a entidade competente para comprovar a deficiência? Existe mais que uma natureza de deficiência? Existe alguma diferença pelo facto de a deficiência ser temporária ou definitiva? Subsídio de Funeral O que é subsídio funeral? Quem beneficia? O valor do subsídio é igual para todos? Qual é o valor do subsídio atribuído? Qual o prazo para pedido do subsídio de funeral? Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 13

8 apresentação apresentação O Guia do Segurado e do Contribuinte é um instrumento que oferece informação sistematizada sobre a forma de organização e o funcionamento da protecção social obrigatória, assim como os procedimentos, os direitos e obrigações dos contribuintes, segurados e os respectivos familiares a observar para o usufruto da Protecção Social. Destina-se a todos os cidadãos de um modo geral e, particularmente, aos sujeitos (empregadores, trabalhadores e respectivos familiares) que intervêm e beneficiam do Regime da Protecção Social Obrigatória no âmbito da aplicação da Lei de Bases da Protecção Social. Atendendo a esse abrangente universo de destinatários, o Guia segue uma metodologia de perguntas e respostas simples e de fácil compreensão, organizados em capítulos: 1. Caracterização da Protecção Social Obrigatória; 2. Inscrição; 3. Contribuição; 4. Protecção; Novos Desafios, Novas Atitudes, Novos Hábitos, Novas Formas de Relacionamento Espera-se que com este instrumento em mãos, muitas dúvidas e/ou interpretações que se circunscrevem no domínio da Protecção Social Obrigatória possam ser esclarecidas, proporcionando, deste modo, uma melhor compreensão do Regime da Previdência Social. 14 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 15

9 I Caracterização da Protecção Social Obrigatória I Caracterização da Protecção Social Obrigatória 1. OS Fundamentos e objectivos da Protecção Social Obrigatória A protecção Social Obrigatória se fundamenta nos princípios de Universalidade, Solidariedade, igualdade e Solidariedade. A Protecção Social Obrigatória objectiva a protecção dos trabalhadores por conta de outrem, por conta própria e respectivos familiares no momento de carências e nas eventualidades de doença, maternidade, paternidade, adopção, velhice, invalidez e morte, bem como a compensação dos encargos familiares, mediante atribuição de abono de família, subsídios por deficiência, de aleitamento e de funeral. Lei nº131/v/2001 Decreto-Lei nº 5/2004 de 16 de Fevereiro n.º 50/2009,de 30 de Novembro Decreto-Lei nº 21/2006 de 27 de Fevereiro nº 40/2006 de 17 de Julho; Decreto-Lei nº 45/2007 de 10 de Dezembro Decreto-Lei n.º48/2009,de 23 de Novembro Decreto-Lei n.º49/2009,de 23 de Novembro 2. Os Regimes que compõem a Protecção Social Obrigatória 2.1 Regime do Trabalhador por Conta de Outrem TCO 2.2 Especial - TCO - Agentes da Administração Pública, Agentes Municipais, Profissionais do Serviço Doméstico 2.3 Regime do Trabalhador por Conta Própria - TCP 3. Os Abrangidos 3.1 Os Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) Compreendem: Trabalhadores por Conta de Outrem cuja actividade é exercida no Comércio, Indústria, Serviços ou em qualquer outro sector de actividade e ao serviço duma entidade empregadora determinada; Aprendizes, tirocinantes, estagiários desde o início da sua actividade numa empresa ou outra entidade. Trabalhadores Estrangeiros que exerçam actividade profissional em Cabo Verde e não enquadrados em Convenções de Segurança Social estabelecidas entre Cabo Verde e o País de Origem. 3.2 Os Trabalhadores por Conta Própria (TCP) Compreendem: Todos os trabalhadores que exerçam qualquer actividade profissional por conta própria: Agricultor, Carpinteiro, Taxista, Hiacista, Rabidante, Vendedeira, Artista, Intelectual, Músico, Artesão, Médico, Arquitecto Engenheiro, Outros. 4. A Protecção O INPS garante a protecção nas eventualidades de doença, maternidade, paternidade, adopção, velhice, invalidez e morte. Compensação dos encargos familiares, mediante atribuição de abono de família, subsídios por deficiência, de aleitamento e de funeral. 16 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 17

10 ii. INSCRIÇÃO II. Inscrição 1. Quem deve Inscrever no INPS? 1.1. Entidade Empregadora Pessoa colectiva, pública ou privada, que por força do exercício de uma actividade, independentemente da sua natureza, tenha trabalhador com o qual estabeleça uma relação de trabalho dependente. Com a sua inscrição no INPS fica com o estatuto de contribuinte do sistema, a partir do qual lhe é atribuído um número que passará a ser o elemento importante nas relações com o INPS e na gestão da sua conta corrente. Na mumento ki bu mesti, nu sta li Trabalhador por Conta Própria Pessoa singular por conta própria, que exerce actividade profissional geradora de rendimento sem sujeição a um contrato de trabalho ou legalmente equiparado. Com a sua inscrição no INPS fica com o estatuto de Contribuinte e Segurado do sistema 1.3. Trabalhador por conta de Outrem Pessoa singular vinculada a uma entidade, pública ou privada, através de um contrato de trabalho, formal ou informal, e que esteja sujeito às regras pré-estabelecidas e ao horário de trabalho. Com a sua inscrição no INPS fica com o estatuto de Segurado, a partir do qual, é atribuído um número de inscrição que permite a gestão de informações sobre a sua carreira contributiva no INPS, que por sua vez determina o reconhecimento de direitos a prestações sociais. Um trabalhador é inscrito uma única vez e o número atribuído não altera com a mudança ou suspensão do emprego. 18 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 19

11 ii. INSCRIÇÃO 2. A inscrição é obrigatória? Sim. A Lei obriga a inscrição de todos os trabalhadores por conta de outrem, por conta própria, bem como a entidade empregadora no Sistema de Previdência Social. 3. O trabalhador por conta de outrem que também exerce actividade por conta própria, fica obrigado a inscrever-se como trabalhador por conta própria? Sim. Deve obrigatoriamente inscrever-se ficando isento de pagamento de contribuição para o regime de trabalhador por conta própria. 4. A entidade empregadora pode inscrever-se através de outras instituições? SIM - As empresas constituídas através da Casa do Cidadão no quadro do projecto Empresa no Dia ficam dispensadas de se inscrever ao balcão do INPS como contribuintes, pelo facto desta inscrição ser feita pelo INPS a partir do processo da Casa do Cidadão. 5. Pode o INPS inscrever oficiosamente um trabalhador e ou entidade? O INPS desde que disponha de elementos necessários de identificação, pode, por lei, inscrever oficiosamente o trabalhador como segurado e a entidade empregadora como contribuinte. 6. Como Inscrever no INPS? Para efeitos de inscrição no INPS são necessários os seguintes documentos: 6.1. Contribuinte Boletim de Inscrição do Contribuinte devidamente preenchido; Fotocópia do BI válido do representante da empresa/entidade; Fotocópia do Alvará de Licenciamento da Actividade; Declaração do NIF (Número de Identificação Fiscal); Fotocópia do documento comprovativo da constituição da empresa/entidade publicado no Boletim Oficial, se for caso disso; Declaração onde é identificado o representante da empresa/entidade. Declaração NIF da empresa/entidade e Registo comercial na conservatória; 6.2. Segurado Trabalhador por Conta de Outrem Boletim de Enquadramento onde constam os elementos de identificação do trabalhador e a sua relação profissional. Autenticado pela entidade empregadora; Fotocópia do Bilhete de Identidade válido; 6.3. Segurado Trabalhador por Conta Própria Boletim de Enquadramento devidamente preenchido; Fotocópia do Bilhete de Identidade válido; Fotocópia da Declaração do NIF (Número de Identificação Fiscal) Beneficiários Todos os Familiares: Fotocópia do Bilhete de Identidade, da Cédula Pessoal ou do Certidão de Nascimento. Cônjuges: Certidão de Casamento ou de Reconhecimento de União de Facto; Declaração comprovativa da não abrangência por outro regime de protecção social. Ascendentes: Declaração comprovativa da não abrangência por outro regime de protecção social; Declaração sobre rendimentos colectáveis emitida pela Câmara Municipal e confirmada pela Repartição de Finanças, do local de residência. Descendentes maiores de 15 anos: Declaração de Frequência Escolar 20 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 21

12 Cartão do Beneficiário ii. INSCRIÇÃO 7. De quem é a responsabilidade pela inscrição? A Entidade Empregadora e/ou o próprio Trabalhador por Conta Própria. Desde que a pessoa esteja vinculada a um contrato de trabalho, a lei obriga a entidade empregadora a proceder à inscrição do trabalhador como segurado e a própria entidade empregadora como contribuinte. Os trabalhadores por conta própria são responsáveis pela sua própria inscrição no INPS como Segurado. Os Segurados são responsáveis pela inscrição dos familiares no INPS como seus beneficiários. 8. Onde e como fazer a inscrição? A inscrição é feita nos Balcões de Atendimento do INPS, através do preenchimento de boletim de enquadramento, também disponível no site do INPS, onde devem constar os elementos essenciais de identificação pessoal e profissional do trabalhador. 9. Qual é o prazo para a inscrição? A inscrição deve ser efectuada até 15 dias após o início da actividade. 10. Pode o empregador fazer a inscrição selectiva dos trabalhadores no INPS? NÂO Todos os trabalhadores devem ser inscritos independentemente de existência ou não de contrato de trabalho. 11. Quais as consequências da inscrição selectiva dos trabalhadores por parte da entidade empregador? O empregador fica sujeito a um processo por omissão de trabalhadores com coima de 5 mil escudos por cada trabalhador, ficando ainda obrigado a proceder a inscrição com referência à data de admissão com o consequente pagamento das contribuições e cotizações atrasadas. A Modernização do Sistema de Previdência Social propõe um conjunto de produtos e serviços enquadrados no Sistema de Previdência Social (SIPS), através de um suporte tecnológico moderno e eficiente que vem alterar a forma de trabalhar e introduz um novo paradigma. O Cartão do Beneficiário é um dos produtos lançados nesse âmbito e vem melhorar o relacionamento do INPS com os seus benefici arios, com novas valências que lhes são inerentes como se indica. O Cartão do Beneficiário É um documento de identificação do trabalhador inscrito no Sistema de Previdência Social e confirma essa relação junto de outras entidades que se relacionam com o INPS. Funções do Cartão do Beneficiário 1. Função de Identificação Serve para a identificação do portador (beneficiário do INPS) junto do INPS e as Estruturas de Saúde (farmácias, hospitais, centros de saúde, clínicas, etc.). 2. Função de Recebimento das Prestações Serve para efeitos de recebimento das prestações pecuniárias a favor do segurado, quais sejam: - Pensões de velhice, invalidez e sobrevivência; - Subsídio de doença, maternidade, paternidade e adopção; - Abono de Família e Subsídios de aleitação, deficiência e de funeral; - Reembolso de despesas com medicamentos, óculos, próteses, consulta, etc, quando efectuadas pelo beneficiário. 3. Função de Cartão de Débito Bancário Permite ao portador (beneficiário do INPS) movimentar a sua conta associada nos ATM s, (caixa automática) POS (terminais de pagamento). Abertura de conta e emissão de Cartão Uma conta bancária para o pagamento de prestações será aberta, a pedido do INPS, na Caixa Económica de Cabo Verde e poderá ser movimentada pelos beneficiários, através dos ATM ou POS em qualquer ponto do país. Com esta medida, qualquer prestação passa a ser paga directamente ao beneficiário pondo termo aos pagamentos feitos através de entidade empregadora. A mesma conta, a pedido do beneficiário pode ser substituída por outra conta pessoal, bastando para tal comunicar o INPS o NIB (Número de Identificação Bancária). A entrega do Cartão será feita através das entidades empregadoras, directamente nos balcões de atendimento ou través de outroas instituições parceiras. O funcionamento do cartão exige um PIN que será entregue exclusivamente ao beneficiário. 22 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 23

13 III. CONTRIBUIÇÃO III. Contribuição 1. O que é Contribuição? É o valor obrigatório pago mensalmente por todos os trabalhadores e entidade empregadora, com a finalidade de constituir um fundo para a concessão de benefícios previdenciários aos cabo-verdianos, em caso de doença, maternidade, paternidade, adopção, invalidez, velhice e morte, bem como a compensação dos encargos familiares. 2. Qual é o valor da taxa de Contribuição? 23% para o Regime dos Trabalhadores por Conta de Outrem Inclui os Profissionais do Serviço Doméstico, assim distribuído: o 8% Para o Trabalhador o 15% Para a Entidade Empregadora 19,5% para o Regime dos Trabalhadores por Conta de Própria 3. De quem é a responsabilidade pelo pagamento das Contribuições? A responsabilidade é da Entidade Empregadora e do Trabalhador por Conta Própria. A Entidade Empregadora tem a obrigação de arrecadar e remeter ao INPS a contribuição a cargo dos seus empregados, mediante desconto nas remunerações que lhes são pagas. 4. Quando são pagas as Contribuições? O pagamento das contribuições deve ter lugar até o dia 15 do mês imediato àquele que se reportam. Se coincidir com um sábado, domingo, ou feriado, o pagamento deverá ser efectuado no primeiro dia útil seguinte. 24 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 25

14 III. CONTRIBUIÇÃO 5. Como e onde são pagas as Contribuições? As contribuições deverão ser pagas nas Unidades de Previdência Social Balcão de Atendimento do INPS; nas ATM ou através do depósito ou transferência bancária a favor do INPS. 6. Sobre que valor incide a Contribuição? Sobre remunerações declaradas onde incidem percentagens fixadas na Lei (apresentadas na pergunta anterior), para apuramento do montante das contribuições Base de Incidência Contributiva. i) Base de Incidência Contributiva 7. O que é Base de Incidência Contributiva? É a remuneração declarada onde incidem percentagens fixadas na Lei (apresentadas na pergunta anterior), para apuramento do montante das contribuições A Base de Incidência Contributiva não pode ser nunca inferior a 80% da remuneração mínima aplicada aos agentes da administração pública, que corresponde à referência 1, do Escalão A do Plano de Cargos Carreiras e Salários da Administração Pública. 8. Como determinar a base de incidência quando a remuneração é fixada numa base diária? Se a remuneração for calculada numa base diária, o limite mínimo corresponde a trigésima parte da remuneração acima referida. 9. Qual é o limite mínimo de dias de trabalho a declarar para se determinar a base de incidência? Sempre que os dias de trabalho efectivo no mês for inferior aos trinta dias, o número mínimo de dias a declarar ao INPS não pode ser inferior a Sobre que elementos integrantes das remunerações são incluídas na base de incidência contributiva? A remuneração paga e recebida; As diuturnidades e outros valores estabelecidos em função da antiguidade dos trabalhadores; As comissões, o bónus e outras prestações de natureza análoga; Os prémios, de produtividade, de assiduidade, de cobrança, e outros de natureza análoga que tenham carácter de regularidade; A remuneração pela prestação de trabalho suplementar; A remuneração por trabalho nocturno; A remuneração correspondente ao período de férias a que o trabalhador tenha direito Os subsídios de Natal, de férias, e outros de natureza análoga; Os subsídios por penosidade, perigo ou outras condições especiais de prestação de trabalho; Os subsídios de compensação por isenção de horário de trabalho ou situações equiparadas; Os valores dos subsídios de refeição, quer sejam atribuídos em dinheiro, quer em títulos de refeição Os subsídios de residência, de renda de casa e outros de natureza análoga, que tenham carácter de regularidade; As gratificações, pelo valor total atribuído, devidas por força do contrato ou das normas que o regem, ainda que a sua atribuição estejam condicionadas aos bons serviços dos trabalhadores, bem como as que revistam carácter de regularidade; Todas as prestações que sejam atribuídas ao trabalhador, com carácter de regularidade, em dinheiro e em espécie, directa ou indirectamente como contrapartida da prestação do trabalho. 11. Quais remunerações excluídas da base de incidência contributiva? As ajudas de custo O subsídio de transporte Os abonos para falhas A indemnização por cessação do contrato de trabalho 26 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 27

15 III. CONTRIBUIÇÃO (Nota: O trabalhador indemnizado pode, se quiser, efectuar os descontos sobre a indemnização, permitindolhe manter o direito às seguintes prestações assistência médica e medicamentosa, prestações na maternidade, e o abono de família e prestações complementares). ii) Folhas de Ordenados e Salários (FOS) 15. O que acontece se a Folha de Ordenados e Salários não estiver correctamente preenchida? Se a Folha de ordenados e Salários não estiver correctamente preenchida poderá ser rejeitada, designadamente nas situações em que não indique o número de identificação do contribuinte/segurados e a declaração dos salários não esteja em conformidade com a Lei (base incidência contributiva). 16. Como deve ser enviada a FOS? O envio ou a entrega da FOS é deve ser, em suporte informático suporte papel conforme for o caso. O formulário FOS adquirido no INPS. 12. O que são Folhas de Ordenados e Salários? É um documento ou ficheiro electrónico, onde o Contribuinte é obrigado a prestar informações dos seus trabalhadores, e enviar mensalmente ao INPS. 13. De quem é a responsabilidade pelo envio da a FOS juntamente com as Contribuições respectivas? A pessoa colectiva e singular inscrita no sistema de previdência social como contribuinte. 14. Que informação deve constar na FOS? Nome e Número de Identificação do Contribuinte; Mês e Ano de referência; Nome completo e Número de Identificação dos Segurados, respectivo cargo, função ou serviço prestado; Dias efectivos de trabalho do segurado no mês em referência; Valores das Remunerações auferidas pelos segurados (tipo de remuneração: base incidência contributiva); Declaração do Valor das Contribuições a pagar. Identificação, no espaço das observações da folha, dos segurados em situação de baixa médica/maternidade. 17. Até quando pode ser entregue a FOS? Até ao dia 15 do mês seguinte àquele a que diz respeito, juntamente com as contribuições Caso o prazo (dia 15 do mês seguinte àquele a que a Declaração de Remunerações se refere) termine num sábado, domingo ou dia feriado, a entrega poderá ser feita no primeiro dia útil seguinte, sem encargos adicionais. 18. Como é feita verificação e a certificação da data de entrega da FOS? Quando a entrega seja em suporte papel, considera-se a data em que é apresentada no INPS ou, se enviada pelo correio, a do carimbo dos correios. 19. O que acontece se a Folha de Ordenados e Salários não for entregue ou for entregue fora do prazo? A não entrega da Folha de ordenados e salários ou a sua entrega fora do prazo, bem como a não inclusão de trabalhadores na mesma, constitui contra-ordenação, podendo levar ao pagamento de coimas (multas) e pode também ter como consequência a suspensão dos direitos dos segurados. 20. Em que circunstância cessa a obrigação de enviar a FOS de um trabalhador? A entidade empregadora deixa de estar obrigada a entregar as Declaração de Remunerações a partir do momento em que: 28 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 29

16 III. CONTRIBUIÇÃO Deixa de ter trabalhadores a cargo Tenha cessado ou suspenso a actividade, devendo do facto comunicar ao INPS; NOTA: A falta de comunicação obriga a entidade empregadora de pagar as contribuições do trabalhador, até à data em que faça a comunicação, ainda que o trabalhador já não se encontre ao seu serviço iii) Trabalhador por Conta Própria 21. Como é declarado o salário para efeitos de contribuição do Trabalhador por Conta Própria? O Trabalhador por Conta Própria pode escolher e declarar para efeitos de contribuição no INPS um dos salários que resulta do quadro abaixo indicado. O Escalão A corresponde sempre ao salário mínimo (referência 1, Escalão A) aplicado na Administração Pública. Escalões Remunerações convencionais Base (Remuneração correspondente à Referência 1, Escalão A do PCCS) 1º Ref 1 / Escalão A 2º 2 x Ref 1 /Escalão A 3º 3 x Ref 1 /Escalão A 4º 4 x Ref 1 /Escalão A 5º 5 x Ref 1 /Escalão A Outros Escalões Nº x Ref 1 /Escalão A 30 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 31

17 III. CONTRIBUIÇÃO 22. Qual é o Salário mínimo a ser declarado? O salário mínimo a ser declara corresponde a remuneração de referência 1, Escalão A, do PCCS da Administração Pública, que é actualmente de $ O Trabalhador pode alterar o salário declarado? Sim. Sempre que o trabalhador deseja alterar o escalão da remuneração convencional escolhida deve declará-lo, com a devida fundamentação, entre os meses de Setembro e Outubro de cada ano. A decisão compete ao INPS e o novo valor produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte. 24. Quando pode o Trabalhador por Conta Própria ser isento de pagar as contribuições? Entre outras situações previstas na Lei, quando acumula actividade por conta própria com exercício de actividade por conta de outrem. Profissionais do Serviço Doméstico na Previdência Social iv) Profissionais do Serviço Doméstico 25. Como é declarado o salário para efeitos de contribuição dos Profissionais do Serviço Doméstico? O Profissional do Serviço Doméstico deve declarar o salário efectivamente pago e recebido. Quando o valor recebido foi inferior ao mínimo estabelecido como base de incidência contributiva, 80% da Remuneração mínima aplicado aos Agentes da Administração Pública, o salário é ajustado ao montante mínimo estabelecido para efeitos do pagamento das contribuições. 26. Qual é a base para o cálculo das prestações? As prestações (doença, maternidade, paternidade, adopção e pensões) são sempre calculadas com base no salário declarado ao INPS. República de Cabo Verde, Praia (Sede) Avenida Amílcar Cabral n.º 65, C.P 372 Tel / Fax S. Vicente C.P 393 Tel / Fax: Sal C.P 101 Tel / Fax: Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 33

18 III. CONTRIBUIÇÃO Para isso, e no caso de haver pagamento de contribuições com base no salário mínimo para efeitos de contribuições, é este que se utiliza também para o cálculo das prestações acima referidas. 27. Quando ocorre uma situação de grave incumprimento? A entidade empregadora e o trabalhador por Conta Própria que passar 4 (quatro) meses consecutivos a enviar Folhas de Ordenados e Salários (FOS) sem as correspondentes contribuições incorre em situação de grave incumprimento. O atraso acarreta aumento de encargos para a empresa devido os juros de mora, e coimas previstas. Uma outra consequência importante é o efeito na gestão do direito às prestações com impacto negativo para o trabalhador e seu familiar. v) Reembolso das Contribuições 28. Como e quando pode ser efectuado o pedido de reembolso das contribuições indevidas? Mediante o pedido do interessado e respeitante às contribuições que não tenham resultado da aplicação directa da lei ou que tenham resultado dum despacho anulado judicialmente. 29. Qual é o prazo para reclamar o reembolso das contribuições indevidas? Até 12 meses a contar da data do pagamento indevido ou da notificação do despacho judicial. para abertura do direito à pensão de velhice. Em caso de morte do segurado antes de ter preenchido o prazo de garantia para o reconhecimento da pensão de sobrevivência. 32. Qual é o prazo para reclamar o reembolso das contribuições devidas? Até 12 meses a contar da data da cessação da actividade profissional do segurado ou da sua morte 33. Quem pode reclamar o reembolso das contribuições devidas? Segurado (em caso de cessação da actividade profissional); Familiares com Direito à Pensão de Sobrevivência (em caso de morte do segurado). 34. Quais as obrigações dos Contribuintes? a) Assegurar a Inscrição dos trabalhadores. b) Remeter mensalmente ao INPS as contribuições e as Folhas de Ordenados de Salários (FOS). c) Zelar pelo correcto preenchimento das FOS 30. Quem pode reclamar o reembolso das contribuições indevidas? O Contribuinte/Entidade Empregadora e/ou o Segurado. 31. Quando pode ser efectuado o pedido de reembolso das contribuições devidas? Em caso da cessação da actividade profissional e quando o segurado não preencha o prazo de garantia 34 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 35

19 IV. PROTECÇÃO IV. Protecção Proteger os trabalhadores e seus familiares nas situações de perda ou redução de capacidade para o trabalho, em caso de doença, maternidade, paternidade, adopção, invalidez, velhice e morte, bem como a compensação dos encargos familiares. 1. Quais as prestações que o sistema atribui ao trabalhador? 1.1. Trabalhador por Conta de Outrem: Abono de Família Subsídio de aleitação Subsídio de deficiência Subsídio de funeral Subsídio de maternidade Subsídio de Doença Subsídio de paternidade Cuidados de saúde Subsídio diário único em caso de evacuação Pagamento despesa de transporte (evacuação) Comparticipação nos medicamentos Pensão de velhice Pensão de invalidez Pensão de sobrevivência 36 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 37

20 IV. PROTECÇÃO 1.2. Trabalhador por conta própria Subsídio de doença Subsídio de maternidade Subsídio de paternidade Cuidados de saúde Subsídio de estadia em caso de evacuação Pagamento despesa de transporte (evacuação) Comparticipação custos medicamentos Pensão de velhice Pensão de invalidez Pensão de sobrevivência 2. Quem tem direito às prestações? Trabalhador por Conta de Outrem e seus respectivos familiares; Trabalhador por Conta Própria e seus respectivos familiares; Pensionistas e seus respectivos familiares. 3. Quais as condições de atribuição das Protecções do INPS? 1º Estar Inscrito no INPS; 2º Cumprir o Prazo de Garantia 3º Cumprir o Índice de Profissionalidade Os dois últimos quando a lei assim o exigir 4. O que é prazo de garantia e índice de profissionalidade? Prazo de garantia: é um período de tempo mínimo de trabalho com registo de remuneração na carreira contributiva, que é de 4 meses, seguidos ou interpolados com registo de remunerações; Índice de profissionalidade: é uma combinação do registo de remunerações decorrente do exercício de actividade profissional com o número de dias efectivo de trabalho durante um certo período de tempo definido, que é a soma de 30 dias efectivos de trabalho nos últimos 3 meses. 5. O prazo de garantia é exigido e igual para qualquer prestação? NÃO varia conforme a natureza da prestação sendo exigido um período menor para nas prestações imediatas (doença, maternidade, etc.) e por um período maior nas prestações deferidas (pensões). 6. Qual é prazo exigido para cada uma das seguintes prestações? Protecção na doença maternidade e adopção: 4 meses seguidos ou interpolados, com registo de remunerações ou rendimentos e o mínimo de 30 dias de trabalho efectivo nos últimos três meses; Pensão de velhice 15 anos seguidos ou interpolados com registo de remunerações Pensão de invalidez 5 anos seguidos ou interpolados com registo de remunerações Pensão de sobrevivência Mínimo de 36 meses seguidos ou interpolados com registo de remunerações. 7. Quais as regras de comparticipação? Quando um titular duma prestação acumular o estatuto de segurado activo com o pensionista nacional ou estrangeiro, o regime de comparticipação a ser-lhe aplicado é o de segurado activo. A comparticipação a aplicar aos pensionistas de regimes diferentes, nacionais ou estrangeiros é efectuada tendo em conta o valor acumulado das Pensões que aufere nos diferentes regimes 38 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 39

21 IV. PROTECÇÃO i) Doença 1. Subsídio de Doença É um montante, substituto de salário, atribuído aos segurados e pensionistas que exercem actividade profissional remunerada, pago por cada dia de incapacidade do trabalho destinado a compensar a perda de rendimentos pelo facto do trabalhador estar doente. Considera-se Doença a situação mórbida e evolutiva que resulte incapacidade temporária para o trabalho, não decorrente de causa profissional, acidente de viação e de actos de terceiros Quem tem direito ao Subsídio de Doença? Segurados dos Regimes de Trabalhador por Conta de Outrem e do Trabalhador por Conta Própria temporariamente incapazes, inscritos no INPS e que preencham os requisitos na Lei; Pensionistas que exercem actividade profissional remunerada; Segurados que acompanham o filho, com idade até 6 meses doentes em regime de internamento; Segurados autorizados a acompanhar familiares doentes evacuados Quais as condições de atribuição do subsídio de doença? Estar Inscrito no INPS; Situação de incapacidade temporária para o trabalho certificada pelos serviços públicos de saúde ou convencionados pelo INPS; Preencher o Prazo de Garantia, que é de 4 meses seguidos ou interpolados com registo de remunerações, à data do início da incapacidade para o trabalho Preencher o Índice de Profissionalidade, que é de 30 dias de trabalhos efectivos nos últimos 3 meses antes do início da incapacidade. Para actividades descontínuas, sazonais e irregulares 15 dias de trabalho efectivo. 40 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 41

22 IV. PROTECÇÃO Ter as contribuições pagas até o 2º mês imediatamente anterior ao início da incapacidade Trabalhadores por Conta Própria 1.3. O índice de profissionalidade é o mesmo para todos os trabalhadores por conta de outrem? NÃO Quando a actividade é exercida de forma descontínua ou sazonal, o índice de profissionalidade é de 15 dias de trabalho efectivo nos últimos três meses que antecedem o mês em que ocorra a doença com a certificação de incapacidade para o trabalho Que documentos são necessários para atribuição do subsídio de doença? O trabalhador deve apresentar no INPS, o Certificado de Incapacidade Temporária - CIT, no qual o médico confirma a incapacidade para o trabalho Como é certificada a doença? A doença é certificada em modelo próprio, através do formulário CIT, emitido pelos serviços públicos de saúde ou convencionados pelo INPS. O CIT é preenchido em triplicado: 1. O original, depois de autenticado pelos serviços de saúde, é enviado, pelo beneficiário, aos Balcões de Atendimento do INPS; 2. O duplicado fica na posse do beneficiário, como prova da situação de incapacidade e para ser apresentado nos serviços de saúde, nos casos de prorrogação de baixa; 3. O triplicado é entregue, pelo beneficiário, à entidade patronal, para justificação de baixa Qual é o prazo máximo para a entrega do CIT? Entregar o CIT aos serviços do INPS, no prazo de 10 dias corridos, a contar da data do início do período da incapacidade para o trabalho; Nos casos de internamento o prazo para enviar o CIT é de 10 dias corridos, a contar da data da alta; O prazo para entrega da CIT do segurado no exterior é de 10 dias corridos, a contar do seu regresso ao País. Ter as condições de atribuição exigida Qual é o prazo máximo de concessão do subsídio de doença? Para os Segurado activos 1095 dias Para os Pensionistas que exercem actividade profissional remuneradas - 90 dias Para os Segurados autorizados a acompanhar beneficiários evacuados 90 dias 1.8. Qual é o período de espera para ter acesso ao subsídio de doença? Para os segurados do Regime de TCO, o Subsidio de Doença é pago depois do 3º dia de cada impedimento para o trabalho; Para os segurados do Regime de TCP, o pagamento do Subsidio de Doença começa a contar a partir do 30º dia Como é calculado o subsídio de doença? 70% da remuneração de referência do trabalhador (R) Remuneração de referência (R): valor que se obtém através da soma das remunerações declaradas do trabalhador nos quatro meses que antecedem ao mês em que ocorra o evento, (doença ) a dividir por 120 dias. A fórmula é R/ Se a doença ocorrer durante e quando o segurado estiver fora do país, o que deve fazer para ter direito ao subsidio de doença? Ao regressar ao país, o trabalhador que tenha declarado doente no estrangeiro, apresenta no INPS no prazo de 10 dias após o regresso, o relatório médico acompanhado dos exames de diagnóstico, para efeitos de certificação pela Comissão de Verificação de Incapacidades (CVI). 42 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 43

23 IV. PROTECÇÃO Se o impedimento para o trabalho, por motivos doença, for superior a 30 dias, de quem é a competência para certificar a incapacidade para o trabalho? É da Comissão de Verificação de Incapacidade por proposta do médico assistente Se a incapacidade for resultante de acidente de trabalho, quem paga o salário dos dias de baixa ou incapacidade para o trabalho? Não sendo a baixa motivada por uma doença natural, o INPS não é a entidade responsável mesmo que o trabalhador seja um segurado. No caso, uma das Seguradoras, com a qual a empregadora tenha contrato de apólice de seguro é que deve responsabilizar-se perante o trabalhador vítima de acidente de trabalho Quem é responsável se a incapacidade for resultante de acto da responsabilidade de terceiro (ex.: acidente de viação, atropelamento, agressão, etc.)? A responsabilidade pelo pagamento da indemnização ao beneficiário é da pessoa causadora do acidente ou da companhia de seguros para a qual tenha havido transferência de responsabilidade. O INPS tem o direito de ser reembolsado pelo terceiro responsável, até o limite do que tenha eventualmente pago. 2. Comissão de Verificação de Incapacidade (CVI) 2.1. O que é a CVI? É um órgão técnico em matéria de saúde que fiscaliza e decide sobre as situações de doença que dão lugar a incapacidade temporária e definitiva para o trabalho. Tem ainda a competência de verificar as situações de deficiências declaradas para efeitos de reconhecimento e manutenção do direito às prestações na doença A CVI só intervém nas suas acções junto de beneficiários do sistema nacional de previdência social? NÂO Verifica e avalia as situações de incapacidade ou deficiência que ocorrem com pessoas que beneficiam da protecção social em Cabo Verde ao abrigo de Convenções de segurança social estabelecidos com outros países 2.3. O Instituto tem alguma influência nas decisões da CVI? Não Trata-se de um órgão independente cujas decisões são tomadas de acordo com as suas funções técnicas e com a legislação De que forma e quem nomeia a Comissão de Verificação de Incapacidade? Por despacho conjunto dos Ministros da Tutela do INPS e da Saúde Quem integra a CVI? A Comissão de Verificação de Incapacidades é composta por três médicos titulares e dois suplentes, com um mandato de 2 anos, renováveis Qual o objectivo da CVI? A verificação de incapacidade terá como objectivo fundamental uma maior clareza na avaliação das incapacidades temporárias ou permanentes, além de outras situações que exigem a verificação do direito às prestações O que fazer quando o beneficiário discorda da decisão da CVI? Existe um outro órgão de recurso, denominado Comissão de Recurso, para apreciar e decidir sobre as reclamações apresentadas. 44 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 45

24 IV. PROTECÇÃO 2.8. Como é composta a Comissão de Recurso? A Comissão é composta por três médicos, sendo um pertencente a Comissão de Verificação de Incapacidade que terá emitido o parecer, outro indicado pelos serviços de saúde e o terceiro pode ser indicado pelo beneficiário reclamante Existe algum prazo para apresentação de recurso e onde pode ser feita? O prazo de 15 dias a contar da data em que o beneficiário tenha conhecimento do parecer da CVI e o pedido é apresentado no INPS, podendo ser indicado o nome do Médico para fazer parte da Comissão de Recurso O que acontece se o beneficiário reclamante não indicar um Médico? Para se garantir o funcionamento da Comissão de Recurso correctamente, um segundo Médico é indicado pelos serviços de saúde Há algum encargo para o beneficiário que decorre do funcionamento da Comissão de Recurso? Pode haver sim, mas só se o requerente faltar a comparência na Comissão de Recurso sem justificação ou se a decisão lhe for desfavorável. 3. Evacuação Deslocação do beneficiário do seu local de residência habitual para outro, a fim de beneficiar dos cuidados de saúde ou realizar exames de diagnóstico de que necessita. A Evacuação pode ser: Interna e Externa 3.1. O que é uma Evacuação Interna É a deslocação dos segurados, pensionistas e familiares com direito activo, de um concelho e/ou ilha para 46 Guia do Segurado e do Contribuinte Instituto Nacional de Previdência Social 47