HIPER E SUPERMERCADOS NO BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "HIPER E SUPERMERCADOS NO BRASIL"

Transcrição

1 ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2 GERÊNCIA SETORIAL 2 HIPER E SUPERMERCADOS NO BRASIL Elaboração: GERÊNCIA SETORIAL DE COMÉRCIO E SERVIÇOS Angela Maria Medeiros Martins Santos Gerente Setorial Luiz Carlos Perez Gimenez - Engenheiro Carolina Barbosa Mattos - Estagiária

2 Dezembro de 1998

3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO CARACTERÍSTICAS DO SETOR Vendas Número de lojas e área de vendas Faturamento por loja, check-out, área de vendas e funcionário Emprego ESTRUTURA DO SETOR Principais empresas Concorrência REESTRUTURAÇÃO ESTRATÉGIAS Programas de expansão Logística Tecnologia, automação e ECR Relacionamento com fornecedores Gerenciamento de categorias Fidelização de consumidores CONCLUSÃO...36

4 1. INTRODUÇÃO O segmento de hiper e supermercados brasileiro atravessa uma fase de grandes mudanças provocada por diversos fatores como a globalização da economia e a estabilização econômica, no âmbito interno. Como resultado dessas mudanças, o segmento enfrenta uma competitividade cada vez maior que conjugada com margens operacionais menores levam a necessidade de se aumentar a produtividade. Algumas das transformações por que passa o segmento são, por exemplo, aumento da concentração, maior número de operadores internacionais, abastecimento local caminhando para abastecimento global e aumento da diversidade de comportamentos de consumidores. Este trabalho focaliza essas mudanças, apresentando, também, os indicadores setoriais e empresariais com base nos dados consolidados de. Cabe observar, no entanto, que diversas aquisições de empresas menores pelas principais empresas, em 1998, conforme abordado no trabalho, está alterando o faturamento e outros indicadores das empresas do segmento. 2 - CARACTERÍSTICAS DO SETOR O setor de comércio tem passado por grandes transformações. Os estabelecimentos de formato tradicional vêm diminuindo em função do crescimento dos shopping centers, supermercados, hipermercados, entre outros e da crescente segmentação dos formatos de varejo. No segmento de alimentos, por exemplo, o armazém tradicional oferecia muitos serviços. O funcionário apanhava, inclusive, a mercadoria para os consumidores. Com o surgimento do auto-serviço apenas poucos serviços são prestados como no açougue (que está diminuindo) e laticínios. No Brasil, o auto-serviço surgiu na década de 50, com o Peg & Pag, quando as compras eram realizadas perto de casa. Hoje, o setor de auto-serviço conta, no Brasil, com mais de 35 mil pontos de venda e responde por mais da metade do faturamento do comércio varejista. Além da classificação em tradicional e auto-serviço, o comércio também é segmentado entre lojas especializadas e lojas não especializadas (fortes principalmente nos alimentos). Os formatos de desconto, por sua vez, são modalidades de auto-serviço onde o preço desponta como foco principal e são muito importantes pois a maioria dos consumidores valoriza o preço, como por exemplo Lojas Americanas. Algumas redes se especializaram na oferta de preços baixos, trabalhando forte a segunda linha de produtos e oferecendo serviços ao mesmo tempo.

5 No mundo, encontram-se diversos formatos de lojas não especializadas, que vendem alimentos e não alimentos, focando ou não o desconto, como por exemplo os Supercenters, Clubes de Compras, Drugstores e Hardiscount (Alemanha). O clube de compras é um formato que visa um público alvo bem definido de grandes famílias, pequenos varejistas e empresas. Utilizam muita tecnologia e custo operacional baixo. Destacam-se o Sam s Club da Wal Mart e o Costco, ambos dos EUA. O Makro utiliza um conceito parecido com o Clube de Compras. A crescente fragmentação do mercado também contribui para a multiplicidade dos diferentes formatos de varejo. Assim, a segmentação torna-se um fator realmente importante hoje em dia. A segmentação é pensada de diversas formas: em relação a natureza dos bens de consumo duráveis, semi-duráveis e não duráveis; em termos de perfil econômico do consumidor; em termos de deslocações de compras, compras do mês, compras de conveniência, compras de rotina, compras de aventura (quando o consumidor deseja algo específico). Os critérios considerados em termos de preços, conveniência e sortimento diferem de uma deslocação para outra. Há diversos nichos de mercado a serem explorados e não há um formato de loja ideal. O importante é ser eficiente no negócio. Achar o segmento de mercado e satisfazer as necessidades daquele segmento. Há, por exemplo, formatos de lojas que exploram as pontas de estoque, produtos com pouca numeração, sem todas as cores ou que estejam saindo de linhas e que são vendidos com desconto. No Brasil, quanto ao varejo de alimentos, pode-se falar, principalmente dos seguintes formatos de lojas: as lojas de conveniência, as lojas de vizinhança também ligadas à conveniência os supermercados; as grandes lojas com elevados volumes de mercadoria e preços baixos os hipermercados e as lojas especializadas. O conceito de supermercado de vizinhança foi desenvolvido pelos americanos. Os supermercados visam os consumidores mais sensíveis a serviço e são os que mais se aproximam dos pequenos varejistas com conceito mais próximo das chamadas lojas de conveniência. O conceito de hipermercados foi desenvolvido pelos franceses. Os hipermercados visam os consumidores mais sensíveis a preço e funcionam como se fosse um supermercado com loja de departamento e com general merchandise. Tanto os supermercados quanto os hipermercados estão se segmentando. Hoje, por exemplo, já se fala dos Vipsmercados, referindo-se aos supermercados que visam um público de alto poder aquisitivo. As grandes redes internacionais procuram implantar os conceitos dominantes nos seus países de origem, embora seja preciso incorporar as características do comércio local. Essas empresas procuram fazer com que o consumidor valorize seu conceito. O conceito difundido pelo Carrefour, por exemplo, é de melhor preço. Já o conceito americano é o da loja da cidade onde se encontra tudo o que se precisa. No entanto, as grandes redes internacionais não conseguem implantar plenamente o seu conceito, pois a estrutura do varejo e dos formatos de lojas são diferentes de um país

6 para outro. No Brasil, por exemplo, não se encontra muitos dos formatos que existem em outros países Vendas Em 1998, o setor de hiper e supermercados vem sendo um dos poucos segmentos do comércio varejista que apresenta crescimento de faturamento. Até outubro, este aumento de vendas foi de 5,7% sobre igual período de, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A expectativa é que o setor feche o ano com um crescimento de 6% sobre. As vendas totais dos hiper e supermercados, em, foram de aproximadamente US$ 46,6 bilhões, o que representou um aumento de 0,26% em relação ao ano anterior. Entre 1991 e, as vendas anuais desse segmento cresceram aproximadamente 36,7%. Porém, este crescimento esteve mais concentrado após a implantação do Plano Real, entre 1994 e, quando verificou-se um aumento de 56,2% nas vendas totais, contra um decréscimo de 19,5% observado entre 1990 e Quadro 1 Vendas anuais Ano Vendas (US$ bilhões) , , , , , ,5 * 35,1 1996* 46,5 46,6 * dados estimados Fonte: Abras

7 Vendas 50 US$ bilhões Em, as 300 maiores empresas de hiper e supermercados classificadas pela Abras, que representam 74,5% das vendas totais do segmento, faturaram aproximadamente R$ 34,7 bilhões, apresentando uma redução de 2,4% em relação a. No entanto, ao observar o faturamento total das 20 maiores empresas segundo a mesma classificação, que representam 45% das vendas totais, verifica-se que houve um crescimento de 2,2% no mesmo período, passando de R$ 20,5 bilhões para R$ 21 bilhões. Esta diferença pode ser explicada pelo movimento expansionista das maiores empresas do setor durante esse período. Quadro 2 Vendas das 300 e das 20 maiores empresas (Em R$ milhões) Ano Vendas 300 maiores Vendas 20 maiores Fonte: SuperHiper/1998 Vendas 40 R$ bilhões maiores 20 maiores

8 2.2 - Número de lojas e área de vendas O número de lojas das 300 maiores empresas em aumentou 4,1% em relação a, chegando a um total de unidades que, em termos de espaço físico, eqüivale a aproximadamente 4,1 milhões de m². Paralelamente, houve um crescimento de 10% no número de lojas das 20 maiores empresas, totalizando 858 unidades e 2,2 milhões de m². Observa-se que as 20 maiores empresas são responsáveis por 54% da área total de vendas das 300 maiores empresas. Com relação a este índice, no mesmo período, verifica-se um crescimento de 5,5% e 22,2% no total das 300 e 20 maiores empresas, respectivamente. Vale destacar que, em, a área de vendas das 20 maiores lojas obteve um aumento significativo de 17,7% devido às aquisições realizadas pelas líderes do mercado nesse período. De modo geral, ocorreu uma redução do número de lojas durante a década de 90, o que não foi acompanhado pela área de vendas totais, que permaneceu praticamente constante durante o mesmo período. Isto significa que as lojas estão ficando cada vez mais amplas, acompanhando tendência mundial. Quadro 3 Número de lojas das maiores empresas Nº de lojas 300 maiores N.º de lojas 20 maiores Fonte: SuperHiper/1998

9 Número de lojas Unidades maiores 20 maiores Quadro 4 Área de vendas das maiores empresas Ano Área de vendas 300 maiores Área de vendas 20 maiores Fonte: SuperHiper/1998 (Em 1000 m²) Área de vendas milhões m² maiores 20 maiores Faturamento por loja, check-out, área de vendas e funcionário Como o faturamento desse setor cresceu a taxas menores entre 1996 e, a variação dos indicadores faturamento por loja, faturamento por check-out e faturamento por área de vendas foram negativos, tanto para as 300 quanto para as 20 maiores empresas.

10 No entanto, verificou-se um pequeno crescimento no indicador faturamento por funcionário, comprovando o aumento de produtividade dos empregados no segmento de hiper e supermercados. Esses quatro indicadores apresentaram, em comum, um crescimento significativo em 1994 e em, ou seja, no período imediatamente posterior ao Plano Real. Isto porque, com a estabilização econômica, a renda disponível dos consumidores aumentou e eles puderam suprir suas demandas reprimidas. Em, as 20 maiores empresas do mercado brasileiro apresentaram o faturamento por área de vendas médio de R$ 9.500/m², apresentando queda em relação a A análise deste indicador deve ser realizada com cuidado pois, ao mesmo tempo em que pode representar problemas do setor, o faturamento por área de vendas pode ser visto também como inversamente proporcional ao grau de maturidade dos hiper e supermercados. A redução deste índice pode implicar em maior conforto para o consumidor, que terá uma maior área disponível de vendas. A média norte-americana, por exemplo, tem sido apontada como em torno de US$ 2.500/m². Quadro 5 Faturamento por loja das maiores empresas Ano Faturamento/loja 300 maiores (R$ milhões) Faturamento/loja 20 maiores ,0 12, ,2 13, ,8 14, ,1 16, ,9 21,9 11,6 26, ,1 26,4 10,9 24,4 Fonte: SuperHiper/1998 Quadro 6 Faturamento por check-out Ano Faturamento/check-out 300 maiores (Em R$ mil) Faturamento/check-out 20 maiores ,2 829, ,6 807, ,6 856, ,7 913, , ,1 904, ,8

11 , ,6 889, ,7 Fonte: SuperHiper/1998 Faturamento por check-out 1500 R$ mil maiores 20 maiores Quadro 7 Faturamento por área de vendas Ano Faturamento/área de vendas 300 maiores (Em R$ mil) Faturamento/área de vendas 20 maiores ,7 8, ,4 7, ,8 8, ,1 8, ,1 10,1 9,1 11, ,1 10,9 8,5 9,5 Fonte: SuperHiper/1998

12 Faturamento por área de vendas 15 R$ mil maiores 20 maiores Faturamento por funcionário R$ mil Quadro 8 Faturamento por funcionário 300 maiores 20 maiores (Em R$ mil) Ano Faturamento/funcionário 300 maiores Faturamento/funcionário 20 maiores ,3 110, ,9 114, ,7 118, ,8 121, ,1 140,3 129,9 163, ,8 160,1 133,4 164,8 Fonte: SuperHiper/1998

13 2.4 - Emprego A qualidade da mão-de-obra é um fator fundamental neste setor e vem se tornando cada vez mais importante para a diferenciação entre empresas, ganhos de eficiência e prestação de serviços. O varejo se caracteriza por ser um setor de trabalho intenso em horário amplo e que envolve muitos detalhes e no qual o contato com o consumidor é direto e constante. Em função desta importância e característica, o perfil dos trabalhadores vem mudando, exigindo-se maior qualificação. Assim, é um setor em que os recursos humanos são muito exigidos e em que o treinamento torna-se fundamental. Para exemplificar a importância de treinamento dos recursos humanos, pode-se mencionar o seu papel na prevenção de perdas ligadas a roubo, degustação, acomodação do produto na gôndola, refrigeração, data vencida, ou mesmo a capacidade de administrar estoques. No que se refere a gestão, o varejo vem passando por um processo de profissionalização e mudando a visão quanto à capacitação de recursos humanos. Os supermercados, por exemplo, estão contratando pessoas de universidades e as próprias universidades procuram formar esses profissionais. A USP, por exemplo, tem pósgraduação com disciplinas de varejo. Um novo relacionamento diz também respeito a busca de maior envolvimento dos funcionários com a operação eficiente e obtenção de resultados. Na Wal Mart, os funcionários são considerados associados e ficam envolvidos com a valorização e obtenção do resultado da empresa. Quanto aos empregos gerados no setor, destaca-se que o segmento é um empregador relevante, tendo sido registrados 260,3 mil empregos apenas nas 300 maiores, não se computando, por exemplo, aqueles postos relativos a atividades terceirizadas como transporte, limpeza, manutenção, ou mesmo dos demais supermercados não incluídos. A título de comparação com outro segmento, observa-se que o setor automobilístico e o de autopeças terminaram com 106,0 e 186,0 mil empregados, respectivamente. Analisando o período 1990-, observa-se que a redução do número de postos de trabalho nas 300 maiores empresas do setor, da ordem de 15%, foi acompanhada de um aumento no faturamento e nas vendas por funcionário de, respectivamente, 22% e 45%. Somente entre e, verificou-se uma queda de 4,8% no número total de funcionários empregados nessas 300 empresas. Nas 20 maiores, no entanto, houve um acréscimo de 1,3%. Quadro 9 Número de funcionários Ano N.º de funcionários 300 maiores N.º de funcionários 20 maiores

14 Fonte: SuperHiper/1998 Número de funcionários Mil unidades maiores 20 maiores A redução do nível de emprego no setor foi acompanhada pela queda no número de funcionários por check-out e de funcionários por área de vendas. Os dados agregados das 300 maiores empresas mostram que, entre e, esses indicadores caíram, respectivamente, 4,3% e 10,2%, indicando um aumento de produtividade dos empregados do setor. A necessidade de empregar uma menor quantidade de mão-de-obra no setor é conseqüência de uma reestruturação, iniciada nos anos 90, com a abertura da economia brasileira, cujas principais medidas foram o aumento dos investimentos em modernização e automação comercial. Quadro 10 Funcionário por check-out das 300 maiores empresas Ano Funcionário/check-out , , , , ,1 7, ,9

15 6,7 Fonte: SuperHiper/1998 Funcionário por check-out 7,4 7,2 7,0 6,8 300 maiores 6,6 6, Quadro 11 Funcionário por área de vendas Ano Funcionário/área de vendas 300 maiores Funcionário/área de vendas 20 maiores ,3 7, ,9 6, ,8 7, ,2 7, ,2 7,2 7,0 7, ,8 6,8 6,3 5,8 Fonte: SuperHiper/1998 Funcionário por área de vendas maiores 20 maiores ESTRUTURA DO SETOR

16 Verifica-se, no Brasil, uma tendência de concentração no setor de auto-serviços. Em, as 20 maiores empresas de hiper e supermercados foram responsáveis por 60% do faturamento das 300 maiores empresas, enquanto que, em 1994, esse índice era de apenas 57%. As duas maiores redes, Carrefour e Pão de Açúcar, responderam por 26% do faturamento das 300 maiores redes em, as 5 maiores, por 40% e as 10 maiores, por 49% desse faturamento. Quadro 12 Grau de concentração do setor no Brasil Faturamento das 2 maiores/faturamento das 300 maiores 26% Faturamento das 5 maiores/faturamento das 300 maiores 37% Faturamento das 10 maiores/faturamento das 300 maiores 47% Faturamento das 20 maiores/faturamento das 300 maiores 57% Fonte: SuperHiper/98 Quadro 13 Grau de concentração do setor no Brasil - Faturamento das 2 maiores/faturamento das 300 maiores 26% Faturamento das 5 maiores/faturamento das 300 maiores 40% Faturamento das 10 maiores/ faturamento das 300 maiores 49% Faturamento das 20 maiores/faturamento das 300 maiores 60% Fonte: SuperHiper/98 O mercado brasileiro no entanto, apresenta-se pouco concentrado comparativamente a outros países. Calcula-se que na França, as 5 maiores empresas detenham em torno de 70% do mercado, enquanto que na Inglaterra representam aproximadamente 60%. Nos EUA a concentração é menor pois como o país é muito grande existe espaço para empresas regionais importantes. Da mesma forma que nos EUA, pelo tamanho do Brasil, há espaço para empresas regionais que, atualmente, já são bastante representativas embora se observe o crescimento de grandes grupos em busca de maior participação em diversas regiões. Existe uma escala ótima para diminuição de custos e ganhos de produtividade, o que indica que deva continuar, no Brasil, o movimento de concentração, principalmente visando as redes médias com faturamento em torno de US$ 500 milhões. Assim, essas redes vão ter que executar movimentos estratégicos que visem seu posicionamento no mercado. As principais fusões e aquisições realizadas no último ano foram: Quadro 14

17 Fusões e aquisições no Brasil Data Final/97 Final 97/98 Dezembro/97 Dezembro/97 Abril/98 Junho/98 Junho/98 Agosto/98 Setembro/98 Fusão/Aquisição Sonae adquire totalidade das ações da Companhia Real de Distribuição Pão de Açúcar adquire Freeway, Millo`s e pontos das redes Mambo, Ipcal e SAB Carrefour compra Eldorado Jerônimo Martins compra Sé do Garantia Garantia compra Abastecedora Brasileira de Cereais (ABC) Pão de Açúcar compra Barateiro ABC adquire 5 lojas Serra e Mar Sonae adquire 85% do Cândia Comptoirs Modernes anuncia negociação com Lojas Americanas Novembro/98 Sonae adquire o Mercadorama Fonte: Gazeta Mercantil Quanto à concentração por região, o Sudeste apresenta o maior número de hiper e supermercados e foi responsável por 56,3% do faturamento das 300 maiores empresas em, empregando 49,2% da mão-de-obra total. O Sul e o Norte-Nordeste participaram, respectivamente, com 17,9% e 16,4%, enquanto o Centro-Oeste ficou com 9,4% do faturamento. Quadro 15 Participação por região segundo localização das lojas - Faturamento Bruto (R$ milhões) % N.º de check-out % Área de vendas (m²) % N.º de lojas % N.º de funcionários % Sul 6,2 7, , , , ,8 Sudeste 19,5 6, , , , ,2 Centro- Oeste Norte- Nordeste 3,2 9, , , , ,8 5,7 16, , , , ,2 Total 34, Fonte: SuperHiper/Abr. 1998

18 O quadro a seguir apresenta as cinco maiores empresas sediadas em cada região em. Quadro 16 Maiores empresas por região Região Sul Região Sudeste Região Centro-Oeste Região Nordeste Região Norte 1ª Nacional CDA (RS) Carrefour (SP) Planaltão (DF) Bompreço (PE) Casas do Óleo (AM) 2ª Zaffari (RS) Pão de Açúcar Modelo (MT) Paes Mendonça Formosa (PA) (SP) (BA) 3ª Cia Real (RS) Casas Sendas (RJ) Santa Cruz (GO) G. Barbosa (SE) Gonçalves (RO) 4ª Demeterco (PR) Lojas Americanas (RJ) S. Goiano (GO) Ebal (BA) Irmãos Gonçalves (RO) 5ª A. Angeloni (SC) Fonte: Superhiper, abril Rede Barateiro (SP) 5ª Avenida (GO) Lusitana (MA) Lojas Populares (AM) 3.1 Principais empresas As empresas são, a exceção do Pão de Açúcar e do Bompreço, de capital fechado e, em sua maioria, possuem gestão familiar. A análise de alguns indicadores de eficiência das empresas é importante na avaliação de seus respectivos desempenhos operacionais ao longo do tempo. Os dados a seguir foram extraídos do ranking das 20 maiores empresas de hiper e supermercados por faturamento bruto divulgado pela Abras em 1998, e referem-se ao período de -. O líder do segmento de hiper e supermercados é o Carrefour, com um faturamento bruto de R$ 5,5 bilhões em, o que representou 15,9% do faturamento total das 300 maiores empresas do setor. Em seguida, aparece a Companhia Brasileira de Distribuição (Pão de Açúcar), com 10,5%, o Bompreço, com 5,8%, e as Casas Sendas, com 4,9% do faturamento bruto total. O faturamento bruto das 20 maiores empresas apresentou um crescimento de 2,2% no período estudado. É válido destacar o bom desempenho do Grupo Bompreço que, com a estratégia de concentração de suas operações na região Nordeste, obteve um crescimento de 71%. Comparando-se com 1996, o ranking das 20 maiores empresas por faturamento bruto de apresentou as seguintes modificações: a presença das Lojas Americanas (7ª posição), da Organização Nossa Senhora da Abadia (15ª posição) e da A. Angeloni (20ª posição), as quais substituíram empresas como o Supermar, o Sonda e o Continente, que constavam do ranking de Além disso, o Bompreço subiu uma posição no ranking das maiores empresas por faturamento, em, após a aquisição das 50 lojas da rede baiana

19 Supermar, passando a ocupar o terceiro lugar e deslocando as Casas Sendas para a quarta posição. Estas empresas têm uma atuação regional, com exceção do Carrefour e do Pão de Açúcar, o qual expandiu suas atividades para o Nordeste recentemente. Quanto ao padrão das lojas brasileiras, existe uma certa controvérsia quanto ao modelo adotado. Por um lado, como os hábitos, costumes e paladares dos brasileiros estão mais ligados aos padrões europeus, o modelo de lojas brasileiras seguiria o padrão europeu. Por outro lado afirma-se que o padrão brasileiro seria mais próximo do americano pela similaridade que existe entre o Brasil e os EUA quanto ao tamanho do país e a diferença de classes sociais. Quadro 17 Classificação das 20 maiores empresas - Empresa Vendas Vendas Carrefour Pão de Açúcar Bompreço Sendas Paes Mendonça Nacional Lojas Americanas Zaffari CRD Barateiro Sé Demeterco Rhodia Eldorado Abadia G. Barbosa Gentil Moreira Peralta Cândia Angeloni Fonte: SuperHiper/1998 (Em R$ milhões) Variação (%) Evolução das vendas

20 Carrefour Pão de Açúar Bompreço Sendas Paes Mendonça Nacional Lojas Americanas Zaffari CRD Barateiro Sé Demeterco Rhodia Eldorado Abadia G. Barbosa Gentil Moreira Peralta Cândia Angeloni As projeções para 1998, divulgadas pela Gazeta Mercantil, apresentam mudanças significativas no ranking das 10 maiores redes, provocadas pelo movimento de concentração do setor. Segundo essa fonte, o faturamento do Carrefour deve crescer 25% em relação a, e chegar a R$ 6,9 bilhões, devido à aquisição de 23 supermercados das Lojas Americanas. O Grupo Pão de Açúcar estima um faturamento de R$ 5,2 bilhões em 1998, 49% maior que o do ano passado, após a aquisição de algumas empresas, como a Rede Barateiro. A grande surpresa do ranking seria a aparição, na 5ª posição, do grupo português Sonae, que assumiu o controle da Companhia Real de Distribuição, de 85% da Cândia Mercantil e da Mercadorama (PR). Em seu primeiro ano de atuação no mercado brasileiro, o grupo espera faturar cerca de R$ 1,5 bilhão. Já o Paes Mendonça deve ter seu faturamento reduzido em 5% durante 1998 devido a venda de algumas lojas e provavelmente ocupará a sexta posição no ranking da Abras. Quadro 18 Previsão de faturamento das 10 maiores empresas Empresa Controle Faturamento Bruto (R$ milhão) Carrefour Francês Pão de Açúcar Brasileiro (SP) 5.200

21 Bompreço Holandês/Brasileiro (PE) Casas Sendas Brasileiro (RJ) Sonae Português Paes Mendonça Brasileiro (SP) 880 Nacional Brasileiro (RS) 737 Zaffari Brasileiro (RS) 655 Sé (Jerônimo Martins) Português 600 Fonte: Gazeta Mercantil Houve um crescimento do número total de lojas da ordem de 10%, confirmando a tendência de expansão das grandes empresas do setor, que têm o objetivo de manter suas parcelas de mercado. Destaca-se o Bompreço, o Sé e o Carrefour, cujas percentagens foram 58%, 35% e 29%, respectivamente. Nº de lojas das maiores empresas Pão de Açúcar Bompreço Nacional Sendas Carrefour Peralta Paes Mendonça CRD Abadia Barateiro G. Barbosa Gentil Moreira Lojas Americanas Sé Zaffari Angeloni Demeterco Rhodia Eldorado Cândia

22 Quadro 19 Classificação das 20 maiores empresas segundo número de Lojas Empresa N.º de lojas N.º de lojas Variação (%) Pão de Açúcar Bompreço Nacional Sendas Carrefour Peralta Paes Mendonça CRD Abadia Barateiro G. Barbosa Gentil Moreira Lojas Americanas Sé Zaffari Angeloni Demeterco Rhodia Eldorado Cândia Fonte: SuperHiper/1998 Houve um crescimento de 22,2% no total da área de vendas, reflexo do aumento do número de lojas e da preocupação das empresas em proporcionar ao consumidor um maior conforto nas compras. Destacam-se o A. Angeloni e o Grupo Bompreço, que apresentaram um crescimento de 395% e 108% respectivamente, este último passando da 4ª para a 3ª posição na classificação por área de vendas. Quadro 20 Classificação das 20 maiores empresas segundo área de vendas Empresa Área de vendas Área de vendas Em m² Variação (%) Carrefour Pão de Açúcar Bompreço Sendas Paes Mendonça

23 Nacional Lojas Americanas CRD Barateiro Eldorado Zaffari Sé Peralta G. Barbosa Gentil Moreira Abadia Angeloni Rhodia Demeterco Cândia Fonte: SuperHiper/1998 Área de vendas das 20 maiores empresas Carrefour Pão de Açúcar Bompreço Sendas Paes Mendonça Nacional Lojas Americanas CRD Barateiro Eldorado Zaffari Sé Peralta G. Barbosa Gentil Moreira Abadia Angeloni Rhodia Demeterco Cândia Houve um crescimento do número total de check-out de aproximadamente 11,6%, com destaque para o Bompreço, que cresceu 58% e pulou da 4ª para a 3ª posição na classificação por número de check-out.

24 Número de check-out Carrefour Pão de Açúcar Bompreço Sendas Nacional Paes Mendonça Lojas Americanas CRD Barateiro Zaffari G. Barbosa Sé Gentil Moreira Demeterco Peralta Abadia Eldorado Angeloni Rhodia Cândia Quadro 21 Classificação das 20 maiores empresas segundo número de check-out Empresa N.º de check-out N.º de check-out Variação (%) Carrefour Pão de Açúcar Bompreço Sendas Nacional Paes Mendonça Lojas Americanas CRD Barateiro Zaffari G. Barbosa Sé Gentil Moreira Demeterco ,2 Peralta Abadia Eldorado Angeloni

25 Rhodia Cândia Fonte: SuperHiper/1998 O faturamento por loja das 20 maiores empresas caiu 7,3%, já que o aumento do número de lojas foi proporcionalmente maior do que o aumento do faturamento bruto. O Cândia Mercantil, normalmente líder neste indicador, perdeu a liderança do ranking das 20 maiores empresas para o Carrefour no ano passado. Quadro 22 Classificação das 20 maiores empresas segundo faturamento por loja Empresa Faturamento/loja Faturamento/loja (Em R$ milhões) Variação (%) Carrefour 123,2 112,9-8 Cândia 143,5 103,5-28 Eldorado 64,5 56,8-12 Rhodia 35,1 42,5 21 Demeterco 28,5 38,5 35 Zaffari 27,4 35,3 29 Sendas 24,1 29,4 22 Lojas Americanas - 28,9 - Paes Mendonça 25,0 26,5 6 Sé 23,7 22,9-3 Bompreço 19,9 21,6 9 Angeloni 15,6 18,9 21 CRD 14,1 18,6 32 Barateiro 14,3 17,9 25 Pão de Açúcar 14,5 15,3 5 Gentil Moreira 12,1 12,1 0 Abadia - 11,4 - G. Barbosa 7,6 10,8 42 Nacional 8,2 9,7 18 Peralta 6,6 8,5 29 Fonte: SuperHiper/1998

26 Classificação das 20 maiores empresas segundo faturamento por loja Carrefour Cândia Eldorado Rhodia Demeterco Zaffari Sendas Lojas Americanas Paes Mendonça Sé Bompreço Angeloni CRD Barateiro Põ de Açúcar Gentil Moreira Abadia G. Barbosa Nacional Peralta Quadro 23 Classificação das 20 maiores empresas segundo faturamento por área de vendas Empresa Faturamento/área de vendas Faturamento/área de vendas (Em R$ mil) Variação (%) Cândia 38,516 24, Demeterco 12,550 16, Rhodia 11,990 14, Zaffari 9,622 11, Carrefour 12,285 10, Sendas 9,584 10, Sé 10,500 10,959 4 Abadia - 10,463 - Pão de Açúcar 11,684 10, G. Barbosa 7,272 8, Gentil Moreira 6,738 8, Nacional 6,175 8, Eldorado 9,308 7, Angeloni 7,532 7,691 2 CRD 8,263 7,531-9 Barateiro 6,317 7, Lojas Americanas - 7,414 -

27 Peralta 4,865 7, Paes Mendonça 6,243 7, Bompreço 8,818 6, Fonte: SuperHiper/199 Classificação das 20 maiores empresas segundo faturamento por área de vendas Cândia Demeterco Rhodia Zaffari Carrefour Sendas Sé Abadia Pão de Açúcar G. Barbosa Gentil Moreira Nacional Eldorado Angeloni CRD Barateiro Lojas Americanas Peralta Paes Mendonça Bompreço O número de funcionários por área de vendas sofreu uma queda de 17,6% entre e. Uma das principais causas dessa redução foi a informatização das empresas e a racionalização das atividades. Quadro 24 Funcionário por área de vendas - Empresa Funcionário/100m² Funcionário/100m² Variação (%) Demeterco 13,1 13,3 2 Cândia 14,3 12,6-12 Zaffari 11,2 10,1-10 Abadia - 9,3 - G. Barbosa 8,9 9,3 4 Peralta 5,9 8,8 49 Rhodia 9,2 8,6-7 Sé 10,3 8,2-20 Sendas 8,3 7,4-11 Angeloni 7,9 7,0-11 Nacional 7,9 6,6-16 Barateiro 6,8 6,6-3

28 Pão de Açúcar 7,5 5,6-25 Gentil Moreira 6,1 5,4-11 Bompreço 6,6 5,2-21 CRD 7,3 5,0-32 Lojas Americanas - 4,7 - Paes Mendonça 4,3 4,5 5 Carrefour 5,7 4,0-30 Eldorado 6,6 3,4-48 Fonte: SuperHiper/1998 Funcionário por área de vendas Demeterco Cândia Zaffari Abadia G. Barbosa Peralta Rhodia Sé Sendas Angeloni Nacional Barateiro Pão de Açúcar Gentil Moreira Bompreço CRD Lojas Americanas Paes Mendonça Carrefour Eldorado Concorrência O comércio sempre apresentou poucas barreiras à entrada, que caracterizam muitas indústrias. No varejo de alimentos, particularmente, a entrada de novos competidores sempre foi fácil. Porém, com a globalização da economia, as mudanças do varejo chegando mais rápido, a introdução de novas tecnologias e a necessidade de escala, isso está mudando. No Brasil, a entrada de grandes redes varejistas internacionais vem aumentando a concorrência do setor. Além disso, com o processo de estabilidade econômica, passou-se a se verificar menos disparidades entre os preços praticados reforçando a necessidade de diferenciação. Com isso, o segmento de hiper e supermercados já apresenta uma forte concorrência no país.

29 Os principais fatores de concorrência são preço, crédito ao consumidor e qualidade dos serviços prestados, o que implica investimentos em expansão e busca constante de maior eficiência. Além da concorrência entre as lojas com mesmo formato, existe concorrência com os outros formatos de varejo. Os hiper e supermercados estão procurando cada vez mais atender consumidores de outras lojas e ganhar vendas de outros setores e produtos como padarias e bicicletas. Os hipermercados, particularmente, estão aumentando sua linha de atuação, criando departamentos que procuram funcionar como lojas especializadas, oferecendo assessoria, grande mix de produtos, etc. Os category killers são um dos grandes concorrentes dos hiper e supermercados. Por serem muitos especializados, oferecem mais variedade, às vezes menor preço e serviços. Os pet shops são exemplos de category killers. Outros grandes concorrentes dos hiper e supermercados são as lojas de fast food já que muitos consumidores não voltam para casa para o almoço. Em alguns países, como França e Inglaterra, foram criadas leis que objetivam regulamentar a expansão dos grandes varejistas como as redes de hiper e supermercados e os shopping centers visando proteger os pequenos e médios varejistas. São chamadas "leis de justa concorrência" e costumam estar vinculadas à revitalização de centros de cidades. Entidades associativas dos pequenos varejistas, inclusive no Brasil, estão se mobilizando para a criação dessas leis. Na realidade é o consumidor que decide em que tipo de loja efetua suas compras. Na Itália, por exemplo, há problemas de aceitação de grandes varejistas, prevalecendo pequenas e médias empresas. O que as empresas pequenas, médias ou grandes precisam é ser eficientes do ponto de vista do consumidor. A abertura de grandes lojas gera muitos empregos diretos e indiretos, propicia melhor controle fiscal e preços menores para o consumidor. As grandes empresas buscam vencer as barreiras para construção de novas lojas através de fusões e aquisições de empresas menores. Quanto a possibilidade de formação de cartéis que prejudiquem o consumidor, o Brasil já dispõe de órgão moderno exercendo esse controle. Os pequenos e médios varejistas devem buscar soluções que os ajudem a manterem-se competitivos como a atuação em conjunto através de associações e cooperativas para realização de compras e distribuição. Um dos maiores varejistas da França, por exemplo, é uma cooperativa para compras, mídia e automação com lojas de diversos tamanhos. As lojas pequenas têm custo competitivo e os seus proprietários encontram-se a frente dos negócios. No Brasil as farmácias foram os primeiros varejistas a atuarem de forma associada. Uma outra alternativa para os pequenos varejistas brasileiros seria, ainda, a associação com os grandes atacadistas. 4. REESTRUTURAÇÃO O segmento de hiper e supermercados se caracteriza pela necessidade de acompanhar não apenas as mudanças econômicas conjunturais e estruturais como também as mudanças tecnológicas, de gosto do consumidor, etc. Nesse sentido é um segmento que está sempre se transformando. A abertura da economia brasileira, a recente

30 estabilização econômica e a globalização da economia, no entanto, têm incorporado ainda muitas outras variáveis a atuação das empresas neste segmento. A necessidade de focar o ganho operacional ao invés do financeiro e de competir com as empresas estrangeiras que estão chegando ao país, está levando as empresas a se profissionalizar e ganhar competitividade através do aumento dos investimentos em automação comercial e em tecnologia de informação, mudança nos modelos de gestão, otimização da logística e da área de vendas, ampliação das formas de crédito ao consumidor, melhorias na qualidade do atendimento, etc. Visando estarem preparadas para atuação neste novo cenário, percebe-se aumento da concentração no setor com compra pelas grandes empresas de empresas menores e mesmo associação de empresas brasileiras com empresas estrangeiras. Como afirmado acima uma das causas da reestruturação é a globalização da economia e diversas razões têm levado a aceleração da internacionalização das empresas de varejo, dentre as quais até o desejo de as empresas fazerem contratos com fornecedores para atender o mundo todo, trabalhando com preços globais. Nesse contexto, destacam-se principalmente os hiper e supermercados que são empreendimentos em que a expansão é o motor, sendo necessária escala global, conjugada com a saturação dos mercados de origem das grandes redes internacionais que apresentam crescimento apenas vegetativo e não há, nesses mercados, grandes expectativas de aumento de renda da população. Os países em desenvolvimento, apesar de implicarem em um risco maior para os investimentos em relação aos apresentados pelos países desenvolvidos, apresentam menor competitividade e em suas estratégias as empresas buscam diminuir sua exposição a políticas de um país em particular. O Brasil apresenta uma grande atração para instalação dessas novas redes pois apresenta grande mercado, possibilidade de incorporação de novos consumidores, sucesso na atuação de redes internacionais já presentes no país, baixo poder de competitividade do setor instalado e legislação sem restrição à entrada de grandes varejistas. A participação do capital estrangeiro, principalmente europeu, tem aumentado no país. As redes internacionais presentes no Brasil são as seguintes. Quadro 25 Redes internacionais presentes no Brasil Rede País de origem Ano de entrada Carrefour França 1974 Jerônimo Martins Portugal Royal Ahold Holanda 1996 Sonae Portugal 1989 Wal Mart EUA

31 O Carrefour que se instalou no país em 1974 continua o seu processo de expansão com a abertura de novas lojas. Em dezembro de adquiriu os Supermercados Eldorado de São Paulo. Adquiriu, na França, parte da também francesa Comptoir Moderns em agosto de 1998, empresa que já estava negociando, na época, a compra das Lojas Americanas no Brasil. O grupo português Jerônimo Martins adquiriu os Supermercados Sé de São Paulo em dezembro de, quando se instalou no país. O grupo holandês Royal Ahold expandiu para 50% sua participação no capital do grupo Bompreço. O grupo português Sonae comprou 26% da Companhia Real de Distribuição CRD, do Rio Grande do Sul em Em 1998 comprou 85% da Cândia Mercantil de São Paulo, 100% da rede paranaense Mercadorama, assumindo, ainda, o controle da CRD. A Wal Mart que veio para o Brasil em, possuía 8 lojas em e continua investindo na abertura de novas lojas. Os grupos europeus continuam sendo os mais propensos a investirem no Brasil no curto prazo. Como o mercado interno dos EUA é muito grande e vem se apresentando aquecido há alguns anos, novas empresas americanas só devem se interessar pelo mercado brasileiro num horizonte maior. Dentre as redes européias que poderão vir para o Brasil encontram-se: Quadro 26 Redes com potencial presença no Brasil Rede Auchan Casino Metro Pinault-Printemps-Redout Promodés Fonte: SuperHiper País de origem França França Alemanha França França 5. ESTRATÉGIAS As estratégias das empresas de hiper e supermercados variam sobre diferentes aspectos embora tenham em comum o objetivo de pelo menos manter sua posição no mercado. Enquanto os pequenos varejistas preocupam-se mais, em geral, com a manutenção da renda familiar, e portanto, apenas em manter sua posição, as grandes empresas profissionalizadas visam a remuneração do acionista e a maximização da rentabilidade sobre o capital, o que irá implicar na busca da expansão e do aumento permanente da produtividade. A estratégia das empresas internacionais em particular, são dependentes também da cultura que a empresa desenvolveu no seu país de origem. O Carrefour baseia sua estratégia na comercialização. A Wal Mart, na logística e na tecnologia da informação. Já os grandes varejistas ingleses baseiam-se no marketing de relacionamento e nas marcas próprias. As empresas brasileiras adotam um pouco de cada um desses modelos.

32 Frente aos novos desafios a que estão sendo expostas e visando pelo menos a manutenção do market share, os hiper e supermercados brasileiros estão investindo para aumentar seu poder competitivo. Pesquisa realizada pela Abras, em 1998, mostra que grande parte das empresas brasileiras pretende crescer investindo nas próprias lojas. Quadro 27 Estratégias de crescimento Estratégias % Investimento nas próprias lojas 57 Abertura de lojas com novo formato 17 Fusão e Aquisição 15 Fonte: Abras Como os investimentos em modernização e expansão demandam muitos recursos, a abertura de capital e a associação com empresas estrangeiras já começam a ser vistas como estratégias a ser adotadas. Como a gestão do negócio de hiper e supermercados está cada vez mais complexa, as empresas brasileiras, cada vez mais, focam seu negócio principal e utilizam consultorias especializadas em logística, em gerenciamento de categoria, em fidelização, em pesquisa mercadológica, etc. e outras assessorias que possam ajudar a criar cultura empresarial e ganhar competitividade. As empresas procuram, também, tirar proveito da visitação mais intensa, ou seja, da sua maior capacidade de penetração que aquela do varejo especializado. Assim, os hipermercados criaram novos departamentos para venda de vestuário, eletrodomésticos, computadores pessoais, periféricos e suprimentos, entre outros, começando, por exemplo, a utilizar vendedores especializados, financiamento das vendas, palestras periódicas. Os supermercados, por sua vez, buscam dar maior ênfase em sua especialidade que são os perecíveis. Ambos os formatos procurando se tornar category killers em alguns produtos. Quanto aos formatos das lojas, atualmente existem empresas que adotam estratégia monoformato e empresas com estratégia multiformatos buscando atingir todo o mercado com conceitos diferentes. No entanto, percebe-se um movimento das empresas quanto à diversificação por formatos, como a Wal Mart americana, por exemplo, que já começa a construir supermercados com m² de área. A busca de maior eficiência pelas empresas envolve recursos humanos, logística, fidelização, marketing de relacionamento, gerenciamento de categoria, qualidade, facilidade nos meios de pagamento, parceria com fornecedores, marca própria, serviços, variedade e rotação de produtos, implantação de lojas 24 horas, que são alguns dos itens abordados a seguir Programas de expansão

33 A expansão é um dos movimentos que vem sendo observado nos grandes grupos, buscando a ocupação de espaços regionais, a consolidação de sua posição nos mercados, além de melhor negociação com os fornecedores. Para negociar com os grandes fornecedores em boas condições, as redes de hiper e supermercados precisam de escala. A escala é importante também para diluir custos como o de propaganda e de tecnologia da informação pois esses são custos que diminuem proporcionalmente ao aumento do faturamento. Essa necessidade de escala exige abertura de lojas e recursos para financiar esses planos de investimento, o que torna a abertura de capital um caminho importante. Atualmente, as empresas estrangeiras e mesmo as grandes empresas brasileiras estão se expandindo através da construção de novas unidades e da aquisição de pequenas e médias redes. Neste último caso, a combinação dos estágios das tecnologias de gestão e da informação com os atrasos na profissionalização e na capitalização torna atrativo o valor dos ativos dessas redes para aquisição ou fusão. Para as empresas estrangeiras, comparada à expansão própria, a penetração em mercados internacionais via aquisição ou fusão é mais vantajoso pois acelera o domínio do conhecimento do mercado e dos hábitos dos consumidores. Entre as empresas que estão realizando expansão, destacam-se o Carrefour, Pão de Açúcar, Sonae, Wal Mart e Jerônimo Martins Logística Com o crescimento das empresas e da concorrência, a logística para os hiper e supermercados torna-se fundamental. A logística está ligada, principalmente, à centralização ou não das operações e a tecnologia da informação. Quanto à centralização ou não das operações, destaca-se que esta implica na construção de grandes centrais de distribuição, que muitos dos grandes varejistas possuem. Nos anos 70, o modelo adotado se caracterizou pela descentralização do abastecimento das lojas. Hoje, percebe-se uma tendência a centralização da distribuição e uma das questões que se coloca é saber exatamente até que ponto deve haver centralização. Na verdade, não existe ainda um modelo vencedor. Na Wal Mart a distribuição é 100% centralizada e nenhuma loja interage com o fornecedor. Essa rede usa um centro de distribuição para atender uma circunferência com raio de 300 km e a construção de uma nova loja a 301 Km, por exemplo, dependeria de outro centro de distribuição. Dessa forma, para atuar em outra região precisa-se de um novo centro de distribuição. O Carrefour adotava o modelo descentralizado e cada loja era considerada uma unidade estratégica de negócios. Atualmente, no entanto, vem mudando de estratégia, centralizando as compras e construindo centros de distribuição. Algumas empresas trabalham ainda com um modelo misto em que as lojas são abastecidas pelo depósito central para algumas mercadorias ou diretamente pelos fornecedores para outras. Os fornecedores, com logística mais eficiente que a empresa varejista, de modo geral, entregam nas lojas. Alguns fornecedores, inclusive, possuem centrais de distribuição, principalmente no Nordeste.

34 Quanto à tecnologia de informação, as empresas líderes do segmento lidam, em geral, com modernas tecnologias. Algumas redes possuem lojas interligadas por satélite e mesmo depósitos com utilização de rádio frequência, o que possibilita gerenciamento adequado de estoques. A tecnologia da informação permite a implantação do EDI comercial e do EDI financeiro. Algumas empresas de varejo já possuem muitos fornecedores interligados através de EDI comercial. A quantidade de informações a serem trabalhadas exige grandes sistemas de informática. É em relação à logística que o Brasil apresenta as maiores dificuldades, que se referem principalmente a: precária infra-estrutura portuária e de transportes; concentração regional dos fornecedores; problemas técnicos na cadeia de frios, incluindo frigoríficos, armazenagem, transporte, etc.; problemas nos entrepostos agrícolas (CEASA), principalmente quanto à organização; falta de padronização das embalagens e utilização de embalagens inadequadas. Através da solução desses problemas o Brasil pode apresentar significativos ganhos de produtividade na cadeia de distribuição Tecnologia, automação e ECR Com o novo cenário de competição instalado no segmento a partir da estabilização, as principais empresas brasileiras começaram a investir de forma mais intensa em novas tecnologias. Os grandes varejistas, principalmente, iniciaram os processos de automação e a introdução de novos instrumentos como EDI e gerenciamento de categorias, por exemplo. As novas tecnologias empregadas pelo varejo brasileiro já vêm alterando diversos indicadores do setor como a venda por funcionário. Em relação aos equipamentos, a tecnologia empregada pelas empresas líderes atualmente é sofisticada e pode envolver, por exemplo, satélites próprios e grande velocidade de informação. Em geral, diz-se que uma loja é automatizada quando tem check-out informatizado, mas além do check-out, a informatização deve envolver também a recepção, o departamento financeiro (tesouraria, contabilidade, pedidos), o estoque e o recebimento de mercadorias, entre outros. No entanto, a informatização do check-out já contribui para filas menores, além de evitar erros de preços e custos com licenças médicas (LER). Segundo a Abras, cerca de 60% das vendas já são realizadas através de check-out automatizado. Atualmente, alguns dos grandes varejistas estão exigindo, inclusive, que os seus fornecedores sejam informatizados, mas, em geral, os principais fornecedores do varejo no Brasil já apresentam processos de informatização e automação. Pesquisa realizada pela Abras em 1998 em um conjunto de 650 empresas indica o seguinte estágio quanto à utilização de tecnologia:

35 a automação de processos, que abrange leitura ótica nos check-out, pagamentos e recebimentos automatizados, recebimento de mercadorias e pedidos de compra automatizados está, em média, em fase de implementação; a automação de processos está ocorrendo de fora para dentro, ou seja, iniciouse pelos check-out; os processos de leitura ótica nos check-out e pagamentos e recebimentos automatizados são os de estágio mais avançado; a utilização de ferramentas tecnológicas é ainda inicipiente e a maioria das empresas encontra-se no estágio de a ser implementado ; as ferramentas tecnológicas em processo de implementação são: softwares de gerenciamento de depósitos, gerenciamento de categorias, gerenciamento de espaço, EDI, sistema de informação; software de gerenciamento de categorias é o mais avançado. Por ser um processo novo, as empresas que possuem informações disponibilizadas pela tecnologia da informação, em grande parte, estão aprendendo, ainda, a analisar os dados disponíveis. Além da automação, um outro processo que vem sendo implantado no Brasil é o Efficient Consumer Response (ECR). O ECR é na sua essência a busca constante de maior eficiência em todas as etapas da cadeia de produção e distribuição, envolvendo o fabricante, o varejista e o consumidor. O ECR abrange a EDI, transferência eletrônica de fundos, gerenciamento de categoria, logística e apresenta os seguintes benefícios: aumento de lucratividade. Mesmo processos gerenciados por concorrentes, apresentam ganhos para todos os fornecedores da categoria; melhoria do relacionamento entre o supermercado e o fornecedor; trabalho com estoques pequenos; diminuição do custo de logística. A implantação do ECR exige alto grau de parceria entre fornecedores e varejistas o que de modo geral ainda não se verifica no país. Envolve tecnologia, mas, principalmente, uma mudança de comportamento e como é uma busca permanente de eficiência, não se pode dizer que o ECR tenha uma etapa final. Várias empresas brasileiras, atualmente, estão trabalhando unidas no Movimento ECR Brasil, uma associação apoiada por diversas entidades visando colocar em prática os conceitos e técnicas ligadas ao ECR. 5.4 Relacionamento com fornecedores Atualmente, as relações dos varejistas com os fornecedores têm passado por muitas mudanças pois o poder da cadeia que está caminhando para o consumidor final, já passou pela indústria e agora encontra-se no varejo. O varejo por estar mais próximo do consumidor e ser detentor de informações sobre tendências e hábitos de consumo é um elemento chave para a indústria fornecedora. As políticas de compras, as novas formas de trabalho e de organização e a informatização dos supermercados e hipermercados estão levando a um novo comportamento frente aos fornecedores. Os grandes varejistas já possuem importância fundamental para as indústrias e distribuir produtos por esses varejistas garante market share. Alguns possuem, inclusive,

SHOPPING CENTERS Evolução Recente

SHOPPING CENTERS Evolução Recente ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2 - AO2 GERÊNCIA SETORIAL DE COMÉRCIO E SERVIÇOS Data: Maio/98 N o 16 SHOPPING CENTERS Evolução Recente Este informe apresenta a evolução recente da indústria de shopping

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade IV DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade IV DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade IV DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Trade Marketing é confundido por algumas empresas como um conjunto de ferramentas voltadas para a promoção e a comunicação dos produtos. O

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse Supply chain- cadeia de suprimentos ou de abastecimentos Professor: Nei Muchuelo Objetivo Utilidade Lugar Utilidade Momento Satisfação do Cliente Utilidade Posse Satisfação do Cliente Satisfação do Cliente

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

20 de dezembro de 2010. Perguntas e Respostas

20 de dezembro de 2010. Perguntas e Respostas Perguntas e Respostas Índice 1. Qual é a participação de mercado da ALL no mercado de contêineres? Quantos contêineres ela transporta por ano?... 4 2. Transportar por ferrovia não é mais barato do que

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Suprimentos na Gastronomia COMPREENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS 1- DEFINIÇÃO Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de

Leia mais

REESTRUTURAÇÃO DO COMÉRCIO VAREJISTA E DE SUPERMERCADOS

REESTRUTURAÇÃO DO COMÉRCIO VAREJISTA E DE SUPERMERCADOS REESTRUTURAÇÃO DO COMÉRCIO VAREJISTA E DE SUPERMERCADOS Angela Maria Medeiros M. Santos Luiz Carlos Perez Gimenez* *Respectivamente, gerente e engenheiro da Gerência Setorial de Indústria Automobilística

Leia mais

Estratégia Internacional

Estratégia Internacional Estratégia Internacional Professor: Claudemir Vasconcelos Aluno: Sergio Abreu Estratégia Internacional A internacionalização não se limita somente ao Comércio exterior (importação & exportação); é operar

Leia mais

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Empresários de pequeno, médio e grande

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E DE AUTOPEÇAS

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E DE AUTOPEÇAS ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2 - AO2 GERÊNCIA SETORIAL DO COMPLEXO AUTOMOTIVO Data: Setembro/99 N o 26 DISTRIBUIÇÃO REGIONAL INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E DE AUTOPEÇAS Com o recente ciclo de investimentos

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade III DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Canais de distribuição Canal vertical: Antigamente, os canais de distribuição eram estruturas mercadológicas verticais, em que a responsabilidade

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

1 Problema de Pesquisa

1 Problema de Pesquisa 1 Problema de Pesquisa 1.1. Introdução Muitas pessoas já indicaram que a revolução do computador é maior do que a da roda em seu poder de remodelar a visão humana e sua organização. Enquanto a roda é uma

Leia mais

Canais de marketing. Trade Marketing. Trade Marketing. Trade marketing é uma ferramenta que atua diretamente em três níveis:

Canais de marketing. Trade Marketing. Trade Marketing. Trade marketing é uma ferramenta que atua diretamente em três níveis: Canais de marketing Prof. Ricardo Basílio ricardobmv@gmail.com Trade Marketing Trade Marketing Trade marketing é uma ferramenta que atua diretamente em três níveis: Distribuidores; Clientes; Ponto de venda.

Leia mais

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Pessoa física que deseja constituir um negócio

Leia mais

6 Quarta parte logística - Quarterização

6 Quarta parte logística - Quarterização 87 6 Conclusão A concorrência aumentou muito nos últimos anos e com isso os clientes estão recebendo produtos com melhor qualidade e um nível de serviço melhor. As empresas precisam, cada vez mais, melhorar

Leia mais

Gestão Estratégica do Suprimento e o Impacto no Desempenho das Empresas Brasileiras

Gestão Estratégica do Suprimento e o Impacto no Desempenho das Empresas Brasileiras RP1102 Gestão Estratégica do Suprimento e o Impacto no Desempenho das Empresas Brasileiras MAPEAMENTO E ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE COMPRAS EM MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS NO BRASIL Coordenadores Paulo Tarso

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Artigo publicado. na edição 17. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. julho e agosto de 2010

Artigo publicado. na edição 17. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. julho e agosto de 2010 Artigo publicado na edição 17 Assine a revista através do nosso site julho e agosto de 2010 www.revistamundologistica.com.br :: artigo 2010 Práticas Logísticas Um olhar sobre as principais práticas logísticas

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Valor das marcas dos 17 clubes mais valiosos do Brasil

Valor das marcas dos 17 clubes mais valiosos do Brasil Valor das marcas dos 17 clubes mais valiosos do Brasil Edição de 2012 Valor das marcas dos 12 clubes mais valiosos do Brasil Pelo quarto ano consecutivo a BDO publica seu estudo avaliando as marcas dos

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

OPERADORES LOGÍSTICOS. Realidade, Perspectivas e Expectativas no Brasil!

OPERADORES LOGÍSTICOS. Realidade, Perspectivas e Expectativas no Brasil! OPERADORES LOGÍSTICOS Realidade, Perspectivas e Expectativas no Brasil! OPERADOR LOGÍSTICO PROVEDOR DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS TERCEIRIZADOS QUE, COM BASE EM CONTRATO, ATENDE A VÁRIAS OU TODAS AS NECESSIDADES

Leia mais

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Estas alterações são conseqüências de: a) aumento, bastante rápido,

Leia mais

Tabela 32 Empresas de Serviços que Utilizaram Instrumentos Gerenciais, segundo Tipos de Instrumentos Estado de São Paulo 2001

Tabela 32 Empresas de Serviços que Utilizaram Instrumentos Gerenciais, segundo Tipos de Instrumentos Estado de São Paulo 2001 Estratégias de Gestão Os resultados da Paer mostram que a maioria das empresas pesquisadas preocupava-se com a informatização, sobretudo das atividades administrativas (72,93%), mas também das atividades

Leia mais

Seminário GVcev Varejo e Tecnologia: Presente e Perspectivas. Panorama de Utilização da Tecnologia da Informação Érico Veras Marques FGV/CIA/UFC

Seminário GVcev Varejo e Tecnologia: Presente e Perspectivas. Panorama de Utilização da Tecnologia da Informação Érico Veras Marques FGV/CIA/UFC Seminário GVcev Varejo e Tecnologia: Presente e Perspectivas Panorama de Utilização da Tecnologia da Informação FGV/CIA/UFC Gastos e Investimentos % do Faturamento Média Grandes Empresas: 5,3% Média Indústria:

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS! Quando usá-lo e quando não usá-lo! Por que o custo de reposição é um problema financeiro e não econômico Autores: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador

Leia mais

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e Comentários gerais Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação - PSTI A investigou, em 2009, 1 799 empresas de TI com 20 ou mais Pessoas Ocupadas constantes do cadastro de empresas do IBGE e os produtos

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

LOGÍSTICA MADE DIFFERENT LOGÍSTICA

LOGÍSTICA MADE DIFFERENT LOGÍSTICA LOGÍSTICA MADE DIFFERENT LOGÍSTICA ENTREGA ESPECIAL Na economia globalizada 24/7 de hoje, a logística e a gestão de armazéns eficientes são essenciais para o sucesso operacional. O BEUMER Group possui

Leia mais

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros Categoria Setor de Mercado Seguros 1 Apresentação da empresa e sua contextualização no cenário competitivo A Icatu Seguros é líder entre as seguradoras independentes (não ligadas a bancos de varejo) no

Leia mais

com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. China Sendo que, esse percentual é de 47% para o total das indústrias brasileiras.

com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. China Sendo que, esse percentual é de 47% para o total das indústrias brasileiras. 73% das indústrias gaúchas exportadoras que concorrem com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. 53% das indústrias gaúchas de grande porte importam da China Sendo que, esse percentual

Leia mais

Supply Chain Management Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Prof. Paulo Medeiros

Supply Chain Management Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Prof. Paulo Medeiros Supply Chain Management Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Prof. Paulo Medeiros Supply Chain Management O período entre 1980 e 2000 foi marcado por grandes transformações nos conceitos gerenciais,

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 1. O Papel dos Sistemas Logísticos. Contextualização. O Mundo Atual

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 1. O Papel dos Sistemas Logísticos. Contextualização. O Mundo Atual Logística Empresarial Evolução da Disciplina Aula 1 Aula 1 O papel da Logística empresarial Aula 2 A flexibilidade e a Resposta Rápida (RR) Operadores logísticos: conceitos e funções Aula 3 Prof. Me. John

Leia mais

R$ 281 milhões de ebitda 52

R$ 281 milhões de ebitda 52 R$ 281 milhões de ebitda 52 Líder e pioneira em seu mercado, a Ultragaz evoluiu em 2009 na implementação de programas de eficiência operacional destinados ao mercado domiciliar, o UltraLevel, e ao mercado

Leia mais

LMA, Solução em Sistemas

LMA, Solução em Sistemas LMA, Solução em Sistemas Ao longo dos anos os sistemas para gestão empresarial se tornaram fundamentais, e por meio dessa ferramenta as empresas aperfeiçoam os processos e os integram para uma gestão mais

Leia mais

SETOR de shopping center no Brasil: UMA VISÃO DO MERCADO

SETOR de shopping center no Brasil: UMA VISÃO DO MERCADO Informativo setorial de shopping centers Nº01 maio 2011 NÚMERO DE SHOPPINGS, 2 Descubra a distribuição dos shoppings por área bruta comercial. FLUXO DE CLIENTES, 6 Entenda o fluxo médio diário e a densidade

Leia mais

SETOR de shopping center no Brasil:

SETOR de shopping center no Brasil: Informativo setorial de shopping centers Nº01 maio 2011 número de Shoppings, 2 Descubra a distribuição dos shoppings por área bruta comercial. Fluxo de Clientes, 6 Entenda o fluxo médio diário e a densidade

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

Descrição do Sistema de Franquia. Histórico do Setor. O Fórum Setorial de Franquia

Descrição do Sistema de Franquia. Histórico do Setor. O Fórum Setorial de Franquia Descrição do Sistema de Franquia Franquia é um sistema de distribuição de produtos, tecnologia e/ou serviços. Neste sistema uma empresa detentora de know-how de produção e/ou distribuição de certo produto

Leia mais

Projeto Setorial de Exportação. ABF Associação Brasileira de Franchising

Projeto Setorial de Exportação. ABF Associação Brasileira de Franchising Projeto Setorial de Exportação ABF Associação Brasileira de Franchising Abril / 2013 INTRODUÇAO A ABF A Associação Brasileira de Franchising é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1987. Hoje a ABF

Leia mais

CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT

CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT O resultado prático para as empresas que adotam esse conceito de software, baseado no uso da tecnologia é conseguir tirar proveito dos dados de que dispõem para conquistar

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

Módulo I - Aula 3 Tipos de Sistemas

Módulo I - Aula 3 Tipos de Sistemas Módulo I - Aula 3 Tipos de Sistemas Agora que você já conheceu algumas características dos Sistemas de Informação, nesta aula você vai aprender um pouco sobre tipos de sistemas. Você conhecerá a integração

Leia mais

Exportação de Serviços

Exportação de Serviços Exportação de Serviços 1. Ementa O objetivo deste trabalho é dar uma maior visibilidade do setor a partir da apresentação de algumas informações sobre o comércio exterior de serviços brasileiro. 2. Introdução

Leia mais

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL I INTRODUÇÃO O JOGO DE GESTÃO EMPRESARIAL é uma competição que simula a concorrência entre empresas dentro de um mercado. O jogo se baseia num modelo que abrange ao mesmo

Leia mais

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas 1) Resumo Executivo Descrição dos negócios e da empresa Qual é a ideia de negócio e como a empresa se chamará? Segmento

Leia mais

AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Estratégica e Qualidade DISCIPLINA: Estratégia Empresarial

AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Estratégica e Qualidade DISCIPLINA: Estratégia Empresarial AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Estratégica e Qualidade DISCIPLINA: Estratégia Empresarial ALUNO(A): MATRÍCULA: NÚCLEO REGIONAL: DATA: / / QUESTÃO 1: Que escola de pensamento reúne aspectos

Leia mais

Setor de Panificação e Confeitaria

Setor de Panificação e Confeitaria Setor de Panificação e Confeitaria Em 2014 o setor de Panificação e Confeitaria brasileiro cresceu 8,02%e faturou R$ 82,5 bilhões. Desde 2010, o mercado vem registrando uma desaceleração. Setor de Panificação

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart Organização e a Terceirização da área de TI Profa. Reane Franco Goulart Como surgiu? A terceirização é uma ideia consolidada logo após a Segunda Guerra Mundial, com as indústrias bélicas americanas, as

Leia mais

GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO APRESENTAÇÃO E GRADE CURRICULAR DOS CURSOS

GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO APRESENTAÇÃO E GRADE CURRICULAR DOS CURSOS GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO APRESENTAÇÃO E GRADE CURRICULAR DOS CURSOS Graduação PROCESSOS GERENCIAIS 1.675 HORAS Prepara os estudantes para o empreendedorismo e para a gestão empresarial. Com foco nas tendências

Leia mais

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM) CRM Definição De um modo muito resumido, pode definir-se CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer, e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes.

Leia mais

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA Ano 3 Número 1 ISSN 2317-7330 outubro de www.cni.org.br FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Sistema Gestão Comercial 2012

Sistema Gestão Comercial 2012 Sistema Gestão Comercial 2012 Charles Mendonça Analista de Sistemas Charles Informática Tecnologia & Sistemas Charles System Gestão Empresarial O Charles System é um software para empresas ou profissionais

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO Pesquisa realizada com os participantes do de APRESENTAÇÃO O perfil do profissional de projetos Pesquisa realizada durante o 16 Seminário Nacional de, ocorrido em Belo Horizonte em Junho de, apresenta

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE CHÃO DE FÁBRICA A PRODUÇÃO COMPETITIVA CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE Foco principal das empresas que competem com

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

PESQUISA CENÁRIO 2010-2015: DESAFIOS ESTRATÉGICOS E PRIORIDADES DE GESTÃO

PESQUISA CENÁRIO 2010-2015: DESAFIOS ESTRATÉGICOS E PRIORIDADES DE GESTÃO PESQUISA CENÁRIO 2010-2015: DESAFIOS ESTRATÉGICOS E PRIORIDADES DE GESTÃO PESQUISA RESPONDENTES 1065 executivos (as) PERÍODO De 02 a 17 (Novembro de 2009) CEOs Diretores UNs Diretores Funcionais QUESTIONÁRIO

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

Novos Negócios Farma

Novos Negócios Farma Novos Negócios Farma *Estudos Pré-Clínicos no Brasil: atual cenário e oportunidades *P&D de Novas Moléculas no Brasil *Parcerias ICTs & Empresas: barreiras e oportunidades *Oportunidades e desafios do

Leia mais

Após a década de 1990, várias pessoas em todo o mundo mantêm hábito de consumo semelhantes.

Após a década de 1990, várias pessoas em todo o mundo mantêm hábito de consumo semelhantes. A ECONOMIA GLOBAL Após a década de 1990, várias pessoas em todo o mundo mantêm hábito de consumo semelhantes. O século XX marcou o momento em que hábitos culturais, passaram a ser ditados pelas grandes

Leia mais

A escolha é sempre sua. O conhecimento é a nossa contribuição.

A escolha é sempre sua. O conhecimento é a nossa contribuição. A escolha é sempre sua. O conhecimento é a nossa contribuição. TURMA 3 Master in Business Administration Especialização Lato-Sensu GESTÃO ESTRATÉGICA DA PRODUÇÃO E QUALIDADE GESTÃO FARMACEUTICA EMPRESARIAL

Leia mais

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial FATERN Faculdade de Excelência Educacional do RN Coordenação Tecnológica de Redes e Sistemas Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores Técnicas de Consultoria Prof. Fabio Costa Ferrer, M.Sc.

Leia mais

PHARMACEUTICAL BENEFIT MANAGEMENT PBM

PHARMACEUTICAL BENEFIT MANAGEMENT PBM PHARMACEUTICAL BENEFIT MANAGEMENT PBM CONCEITO, DESCRIÇÃO E ASPECTOS CONTRATUAIS CASTRO PEIXOTO ADVOCACIA PBM - Pharmaceutical Benefit Management Conceito, descrição e aspectos contratuais 1. PBM Conceito

Leia mais

Administrando os canais de distribuição (aula 2)

Administrando os canais de distribuição (aula 2) 13 Aula 2/5/2008 Administrando os canais de distribuição (aula 2) 1 Objetivos da aula Explicar como os profissionais de marketing usam canais tradicionais e alternativos. Discutir princípios para selecionar

Leia mais

Movimento Humano Treinamento & Desenvolvimento Elaboração de Projetos em T&D

Movimento Humano Treinamento & Desenvolvimento Elaboração de Projetos em T&D CASO 01 CLEANING FOREVER LTDA. Empresa prestadora de serviços, no segmento de limpezas especializadas, monopolista em seu estado mas que, diante do processo de abertura do mercado viu-se repentinamente,

Leia mais

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais ERP Enterprise Resource Planning Planejamento de recursos empresariais O que é ERP Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa,

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Introdução A A logística sempre existiu e está presente no dia a dia de todos nós, nas mais diversas

Leia mais

Comentários gerais. desta publicação. 5 O âmbito de atividades da pesquisa está descrito com maior detalhamento nas Notas técnicas

Comentários gerais. desta publicação. 5 O âmbito de atividades da pesquisa está descrito com maior detalhamento nas Notas técnicas Comentários gerais Pesquisa Anual de Comércio - PAC investiga a estrutura produtiva do A segmento empresarial do comércio brasileiro, sendo os resultados referentes a 2012 divulgados neste volume. A pesquisa

Leia mais

RELATÓRIO DA GERÊNCIA DE MONITORAMENTO PANORAMA DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO - ANO 2011

RELATÓRIO DA GERÊNCIA DE MONITORAMENTO PANORAMA DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO - ANO 2011 RELATÓRIO DA GERÊNCIA DE MONITORAMENTO PANORAMA DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO - ANO 2011 Março 2012 SUMÁRIO I - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COOPERATIVAS, COOPERADOS E EMPREGADOS, 3 II - ANÁLISE POR RAMO, 8 2.1

Leia mais

Pesquisa Logística no E-commerce Brasileiro 2015 Mauricio Salvador Presidente

Pesquisa Logística no E-commerce Brasileiro 2015 Mauricio Salvador Presidente Pesquisa Logística no E-commerce Brasileiro 2015 Mauricio Salvador Presidente AGRADECIMENTOS! A ABComm agradece o apoio dos mantenedores 2015 METODOLOGIA Foram coletados 451 questionários válidos no campo

Leia mais

A importância das exportações de serviços e da internacionalização das empresas brasileiras

A importância das exportações de serviços e da internacionalização das empresas brasileiras A importância das exportações de serviços e da internacionalização das empresas brasileiras Guido Mantega Presidente - BNDES 25 o ENAEX- Novembro/2005 www.bndes.gov.br 1 Inserção do Brasil na Globalização

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini agosto 2015

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini agosto 2015 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini agosto 2015 GESTÃO DO ESTOQUE DE UNIDADES PRONTAS Eco, MBA R.E., Mestre em Eng. Civil, Alfredo Eduardo Abibi Filho Dir. Inc. Jal Empreendimentos

Leia mais

Os benefícios da ce ISO 14001

Os benefícios da ce ISO 14001 Pesquisa Os benefícios da ce ISO 14001 A Revista BANAS QUALIDADE e a Destaque Pesquisa e Marketing realizaram um estudo para medir o grau de satisfação da implementação da certificação ISO 14001. Confira

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2B

Mídias sociais como apoio aos negócios B2B Mídias sociais como apoio aos negócios B2B A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Apresentação ao Shopping

Apresentação ao Shopping Apresentação ao Shopping O GrupoM8 utiliza o formato Norte-americano na administração e comercialização de sua rede de franquias Você Sabia? Há trinta anos os Estados Unidos adotaram um modelo inovador

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

Módulo 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Módulo 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Módulo 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EVOLUÇÃO DA COMPETIÇÃO NOS NEGÓCIOS 1. Revolução industrial: Surgimento das primeiras organizações e como consequência, a competição pelo mercado de commodities. 2.

Leia mais

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Uma boa gestão de estoques comprova sua importância independente do segmento em questão. Seja ele comércio, indústria ou serviços, o profissional que gerencia

Leia mais

Apresentação Institucional

Apresentação Institucional Apresentação Institucional Março de 205 Sumário A VIA VAREJO EM RESUMO B POSICIONAMENTO DA VIA VAREJO C DESTAQUES DO 4T4 2 Sumário A VIA VAREJO EM RESUMO B POSICIONAMENTO DA VIA VAREJO C DESTAQUES DO 4T4

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

Unidade III MARKETING DE VAREJO E. Profa. Cláudia Palladino

Unidade III MARKETING DE VAREJO E. Profa. Cláudia Palladino Unidade III MARKETING DE VAREJO E NEGOCIAÇÃO Profa. Cláudia Palladino Compras, abastecimento e distribuição de mercadorias Os varejistas: Precisam garantir o abastecimento de acordo com as decisões relacionadas

Leia mais

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral

Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, segmentação e posicionamento Prof. Dr. Raul Amaral Estratégia de negócio, estratégias de segmentação e posicionamento. Análise do potencial de demanda. Definição da missão. liderança.

Leia mais

Gestão Estratégica de Compras para um Mercado em crescimento

Gestão Estratégica de Compras para um Mercado em crescimento Gestão Estratégica de Compras para um Mercado em crescimento Dra. Renata C. Nieto RecNieto Serviços Administrativos e Treinamento Ltda. (FAAP/FIA/ Faculdades Oswaldo Cruz) O varejo está passando por uma

Leia mais

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO COMO AS MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES ESTÃO IMPACTANDO A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Paola Moreno Giglioti Administração

Leia mais