Des-territorialização e Festa: A mercantilização do espaço público na Micareta de Feira de Santana

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1 Des-territorialização e Festa: A mercantilização do espaço público na Micareta de Feira de Santana Eduardo Oliveira Miranda Universidade Estadual de Feira de Santana edu-olliver@hotmail.com Hellen Mabel S. Silva Universidade Estadual de Feira de Santana hellenmabelss@gmail.com As discussões sobre o conceito de Festa abordam a dissociação do homem com o seu cotidiano. Para Cox (1974), o período de festejar é tido como um momento de descontração e repulsa das tensões decorrentes das relações sociais. Já Lefebvre (1991) afirma que a vida moderna necessita de momentos de descontração, mas, em contraste com Cox, acredita que o lazer e as práticas habituais não se seccionam. As Festas têm atingido um destaque relevante, principalmente, nos grandes centros urbanos, onde ocorrem modificações na configuração espacial para atender à logística requisitada. Castro (2009) argumenta que as festas populares representam uma manifestação cultural que pode ter sua origem determinada por fatores distintos e que sempre se recriam e atualizam. Dessa forma, muitas festas se convertem em grandes espetáculos e redefinem a forma de celebrar. De acordo com essa explanação, surgiu o objetivo central deste artigo: analisar a mercantilização do Espaço Público na Micareta de Feira de Santana (BA). A festa era realizada tradicionalmente nos clubes e poucas pessoas tinham acesso. A sua primeira edição foi em 27 de março de 1937, como afirma Alencar (1968). Alguns anos depois, os clubes deixaram de suportar a ascensão da folia e os desfiles tomaram conta das ruas do centro comercial. Dessa forma, intensificou-se a (re)organização do espaço urbano, que, em décadas, foram estruturadas de acordo com as intencionalidades das esferas pública e privada. Haesbaert (2002) utilizou o conceito de Des-territorialização para estudar territorialidades que perdem o seu espaço e conseguinte são obrigadas a (re)produzir as relações sociais em novos territórios. O mesmo acontece na Micareta, visto que o folião pipoca teve o seu território usurpado pelos camarotes e blocos de trio, o que provocou a segregação sócio-espacial e a privatização do espaço público, legitimado pelo agente governamental. Serra (2009) constatou que os camarotes representam o retorno dos clubes. Ele também declara que a exposição proporcionada pela dimensão da festa permite ser visto brincando na avenida e ser visto vendo brincar na avenida. As relações de poder são percebidas na análise territorial da avenida, onde ocorre a manifestação, uma vez que o poder hegemônico utiliza da segurança pública e o discurso de festa democrática para atenuar as segregações impostas pela Des-territorialização. Palavras-chave: Desterritorialização; Festa; Espaço Público; Segregação.

2 1. A dinâmica da Micareta e as implicações sociais. O conceito de Espaço é o principal pilar de existência da ciência geográfica. O que não impossibilita que o seu estudo seja realizado por outros campos do conhecimento. No entanto, é na Geografia que as contribuições são mais relevantes. Isso, do ponto de vista teórico e conceitual, pois envolve as categorias, as quais são englobadas pelo espaço geográfico. O presente artigo aborda a Micareta de Feira de Santana e a sua dinâmica no centro urbano do município. Por isso, torna-se imprescindível a abordagem do conceito de espaço urbano, baseado, sobretudo, nos estudos de Roberto Lobato Corrêa. A festa tradicionalmente era realizada nos clubes fechados e poucas pessoas tinham acesso. A sua primeira edição foi em 27 de março de 1937, como afirma Alencar (1968). Alguns anos depois, os clubes deixaram de suportar a ascensão da folia e os desfiles, marchinhas, princesas, alegorias e toda a diversão tomaram conta das ruas do centro comercial. Dessa forma, intensificou-se a (re)organização do espaço urbano, que em muitas décadas foram estruturadas de acordo com as intencionalidades das esferas pública e particular. No início a manifestação tinha um caráter totalmente popular, pois não existiam cordas que separavam as pessoas de acordo com o seu poder aquisitivo e a participação do trio elétrico foi iniciada no ano de A folia cresceu e despertou interesse dos empresários da cidade, os quais criaram blocos de carnaval com grandes atrações da música baiana e a venda de mortalhas gerava lucros. Dessa forma, o espaço urbano, sendo ele público ou particular, despertou o interesse do capitalismo e não foi diferente com a Micareta, a qual teve a sua expansão fundamentada nos investimentos em equipamentos públicos e privados. O desenvolvimento deste trabalho contribuirá tanto para os órgãos responsáveis pela festa quanto para a sociedade em geral, já que será analisada a apropriação do espaço geográfico por dois agentes que contribuem para a realização: Estado e Poder Privado. O trabalho proposto trata-se de um estudo de caso que tem como unidade de análise a Micareta de Feira de Santana-Ba. O método a ser implantado nesta pesquisa será o de estudo de caso, a partir de fontes de evidência oriundas da observação direta dos acontecimentos que estão sendo estudados e pelas entrevistas das pessoas neles envolvidas. Ele proporciona expressiva veracidade dos fatos ou fenômenos sociais, assim como afirma Yin (2005) que este permite uma investigação na qual busca preservar as características holísticas e significativas dos acontecimentos da vida real. Quanto à sua forma de abordagem, ela é do tipo quanti-qualitativa, uma vez que quantitativa, por considerar que as informações e as opiniões podem ser traduzidas em

3 números, e que a partir desta quantificação podem ser classificados e analisados. Qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o sujeito e o mundo real, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito (GIL, 1991). O trabalho será estruturado em quatro processos interdependentes. No primeiro momento, será realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema com o intuito de identificar o maior número possível de autores que discutem esta temática, e os conceitos fundamentais para fundamentar as discussões: Desterritorialização, Festa, Espaço Urbano. No trabalho teórico, será solicitado aos órgãos públicos (Prefeitura, Secretaria de Cultura e Lazer) material referente à elaboração do festejo. Assim, como aos agentes privados, todo o material que contem as informações sobre as estratégias de organização da festa. Na segunda etapa, será analisado o espaço geográfico antes da apropriação da Micareta e suas características fundamentais. Dessa forma, utilizaremos a fotografia como ferramenta indispensável para a representação do espaço urbano de Feira de Santana, mas com o foco nas ruas e avenidas onde ocorre o festejo. O terceiro e último processo consiste na análise dos dados obtidos durante a pesquisa, os quais possibilitarão um maior aprofundamento nas discussões sobre a (re)organização do espaço urbano de Feira de Santana durante a Micareta. 2. A relevância do estudo da Micareta. O ato de festejar expõe representações sociais que são transmitidas ao longo de gerações e repercutem na (re)produção do espaço urbano. Muitos são os legados instaurados na estrutura urbana dos municípios que encontram nas manifestações populares um produto cultural com alto valor comercial e atrativo de investimentos. O objeto analisado possui pouco material acadêmico produzido acerca da sua relevância sócio-ecnômico-cultural para a população feirense. A única universidade estadual presente no município não tem interesse em desenvolver projetos os quais problematize as distintas dinâmicas presentes nessa manifestação. No caso analisado a Micareta de Feira de Santana percebemos, de forma momentânea, a materialização da cultura no espaço, já que as estruturas físicas montadas no período da festa são removidas ao findar os quatro dias do festejo. Mas o foco do presente estudo encontra-se na compreensão das ações políticas, nas estratégias dos empresários e no processo de Des-territorialização dos foliões pipoca e a ascensão dos camarotes. O presente artigo faz parte de um trabalho mais complexo desenvolvido na Especialização em Dinâmica Territorial e Socioambiental da Universidade Estadual de Feira

4 de Santana. Vários motivos impulsionaram a desenvolver esta temática, dentre eles, o descaso do meio acadêmico em relação a maior manifestação cultural do município e o entendimento do presente pesquisador na observação das implicações sociais desencadeadas nos quatro dias do festejo. Atualmente, a Micareta é a segunda maior festa da Bahia e o governo municipal se aproveita dessa proporção para gerar riquezas, principalmente com o turismo e os investimentos dos empresários. Neste sentido, a pesquisa em questão pretende responder a seguinte pergunta: De qual forma os agentes públicos e privados Mercantilizam o Espaço Público na Micareta de Feira de Santana 2.1 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Analisar o processo de Mercantilização do Espaço Público na Micareta de Feira de Santana (BA) OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Entender como os órgãos públicos atuam no planejamento da Micareta. - Investigar como a iniciativa privada organiza a festa e se apropria do Espaço Público. - Mapear as áreas que são apropriadas pela estrutura da Micareta. 3. Desterritorialização: Uma análise conceitual e mercadológica As discussões sobre o conceito de Festa envolvem debates acerca da dissociação do homem com o seu cotidiano. Para Cox (1974), o período de festejar é tido como um momento de descontração e repulsa das tensões decorrentes das relações sociais. Já Lefebvre (1991), afirma que a vida moderna necessita de momentos de descontração, mas é contrário a seccionar o lazer das práticas habituais. A Festa tem ocupado um lugar relevante, principalmente, nos grandes centros urbanos, onde ocorrem modificações na configuração espacial para atender a logística requisitada. Castro (2009) argumenta que as festas populares representam uma manifestação cultural que

5 pode ter sua origem determinada por fatores distintos e que sempre se recriam e atualizam. Dessa forma, muitas manifestações se convertem em grandes espetáculos e redefinem a forma de celebrar. A Micareta teve a sua origem marcada por questões sociais e eventos sagrados e deriva de uma festa francesa chamada mi-carême,a qual chegou ao Brasil no início século XX, precisamente no ano de 1914, período marcado pela decadência do carnaval soteropolitano. O ato de festejar na capital baiana passava por uma estagnação, provocado pela elitização da celebração e a decisão do poder público em proibir que os negros e os pobres expressassem a sua cultura nas ruas da capital. (Gaudin, 2000). Na década de 1930 o carnaval de Salvador retoma o fôlego e a mi-carêmeperde espaço no calendário festivo o que impulsionou a sua expansão para o interior baiano. Muitos municípios, incluindo Feira de Santana, não obtinham sucesso na realização das festas carnavalescas, principalmente após a construção da BR 324, o que facilitou a movimentação de pessoas em direção a capital. No ano de 1937 o município feirense ficou impossibilitado de realizar o carnaval, devido a intensas chuvas na cidade. A população ficou inconformada e acertou que a festa teria uma edição fora da época tradicional. O sucesso foi maior do que o esperado e os responsáveis pela organização dos bailes decidiram em manter a nova data, surgiu, então, a primeira Micareta do Brasil.(Gaudin, 2000). Após muitas edições realizadas em clubes, a Micareta ganhou as ruas do centro comercial e modificou totalmente a sua dinâmica e o público participante. A população teve acesso ao que antes era exclusivo da classe dominante, propiciando a democratização do festejo. Com a ampliação do território, o espaço geográfico foi (re)produzido e ao mesmo tempo (re)organizado, visto que o poder público teve que assumir o planejamento do evento com a modificação das funções de diversos objetos, o que ratifica o conceito elaborado por Santos (1988, p. 71): O espaço seria um conjunto de objetos e de relações que se realizam sobre estes objetos; não entre estes especificamente, as para as quais eles servem de intermediários. Os objetos ajudam a concretizar uma série de relações. O espaço é o resultado da ação dos homens sobre o próprio espaço, intermediados pelos objetos, naturais e artificiais. Atualmente,o município possui duas secretariais responsáveis pela gestão da festa: Secretaria de Esporte, Lazer e Cultura e a Secretaria de Turismo e DesenvolvimentoEconômico. Esses dois setores implementam a política que condiz com a

6 gestão partidária atual, a qual investe um capital, ainda não divulgado, com o discurso de valorizar a cultura local e atrair turistas para o município. No entanto, a política pública que diz unir todos em uma festa, também é a responsável por segregar e viabilizar a exclusão. Por exemplo, a área externaao corredor principal, que é destinada pelo governo municipal para as entidades carnavalescas de origem afro-descendente, inviabiliza que a maior parte dos foliões prestigie o trabalho de valorização da negritude produzida nessa cidade. Outro fator excludente é perceptível com a implantação dos camarotes, os quais se apropriam do espaço público e formam um longo corredor, privando o acesso dos foliões pipocas. A partir disso, nos questionamos: como um gestor municipal permite que parte da rua pública seja privatizada em beneficio dos grandes empresários? Isso representa a mercantilização do espaço público e a espetacularização da manifestação cultural. As relações de poder são percebidas na análise territorial da avenida onde ocorre a manifestação, visto que o poder hegemônico utiliza da segurança pública e o discurso de festa democrática para atenuar as segregações impostas pela Des-territorialização. Para Corrêa (1994), a desterritorialização, é entendida como perda do território apropriado e vivido em razão de diferentes processos derivados de contradições capazes de desfazerem o território. Ele acredita que a desterritorialização significa a perda do território por um determinado grupo social, a qual pode ser desencadeada por fatores distintos. Por sua vez, Haesbaert (1995) afirma que a desterritorialização pode ser tanto simbólica, com a destruição de símbolos, marcos históricos, identidades, quanto concreto, material político e /ou econômico, pela destruição de antigos laços/fronteiras econômicopolíticas de integração. Nessa perspectiva, o conceito definido por Haesbaert pode ser utilizado para compreender a produção de espaço de segregação na Micareta, pois os foliões tiveram a sua territorialidade simbólica usurpada pelo poder privado. Durante muitas décadas, a Micareta tinha um caráter de festa democrática e com total investimento municipal. Dessa forma, as pessoas participavam da comemoração sem precisar desembolsar uma determinada quantia para ter direito a um espaço privilegiado. No entanto, com a expansão da indústria carnavalesca, ocorreu uma reconfiguração no ato de festejar, já que os blocos de trio (blocos representados por grandes empresários) tiveram o aval do poder público para se apropriar das ruas e provocar a segregação, do maior símbolo da festa de rua: o folião pipoca. A dinâmica presente na Micareta tem como motriz central o espaço urbano, visto que ele é constituído de uma série de fatores que envolvem desde as representações sociais de variados grupos, como articula e materializa as ações políticas do poder hegemônico. O

7 presente trabalho tem o objetivo de discutir as estratégias adotadas pelo agente público municipal, o qual encontra no capitalismo a base para (re)produzir o espaço urbano. Segundo Corrêa (2000, p. 15): O espaço urbano capitalista Fragmentado, articulado, reflexo, condicionante social, cheio de símbolos e campo de lutas é um produto social, resultado de ações acumuladas através do tempo, e engendradas por agentes que produzem e consomem espaço. São agentes sociais concretos, e não um mercado invisível ou processos aleatórios atuando sobre um espaço abstrato. A ação destes agentes é complexa, derivando da dinâmica de acumulação de capital, das necessidades mutáveis de reprodução das relações de produção, e dos conflitos de classe que dela emergem. A complexidade da ação dos agentes sociais inclui práticas que levam a um constante processo de reorganização espacial que se faz via incorporação de novas áreas ao espaço urbano, densificação do uso do solo, deterioração de certas áreas, renovação urbana, relocação diferenciada da infra-estrutura e mudança, coercitiva ou não, do conteúdo social e econômico de determinadas áreas da cidade. Dessa forma, a festa realizada no espaço urbano de Feira de Santana pode ser entendida como um produto social, que tem a sua produção articulada a partir das determinações do poder público municipal, que define quais espaços devem ser apropriados e por quem. Com isso, o Estado legitima as ações dos agentes envolvidos na reprodução do espaço. Para Corrêa (2000), a cidade possui dois grandes elementos que a constitui. Em um primeiro momento o espaço é apreendido no uso do solo, assim como a espacialização das atividades humanas no centro urbano. No segundo momento, ocorre a simultaneidade na relação fragmentação e articulação do espaço. Além, dessas abordagens, Corrêa, também compreende o espaço urbano como o lugar onde vivem vários grupos sociais das mais variadas classes sociais: Isto envolve o quotidiano e o futuro próximo, bem como as crenças, valores e mitos criados no bojo da sociedade de classes e, em parte, projetados nas formas espaciais: monumentos, lugares sagrados, uma rua especial etc. O espaço urbano assume assim uma dimensão simbólica que, entretanto, é variável segundo os diferentes grupos sociais, etários, etc. Mas o quotidiano futuro próximo acha-se enquadrados num contexto de fragmentação desigual do espaço, levando aos conflitos sociais, como as greves operárias, as barricadas e os movimentos sociais urbanos. O espaço da cidade é assim, e também, o cenário e o objeto das lutas sociais, pois estas visam, afinal de contas, o direito à cidade, à cidadania plena e igual para todos. (CORREA, p.9, 2003)

8 De acordo com as análises de Corrêa, podemos concluir que o espaço urbano é um conglomerado de diversidades, fragmentos, articulação, lutas de classes e que tem todas as dimensões, mesmo que de forma efêmera, materializadas no espaço. Referências ALENCAR, Helder. 31 anos de Micareta. [Feira de Santana]: [s.n.], p CARLOS, Ana Fani A. A cidade. Ed. Contexto, 4. Ed.São Paulo, A (re) produção do espaço urbano. EDUSP, São Paulo, CASTRO, J. R. B. de. Dinâmica territorial das festas juninas na área urbana de Amargosa, Cachoeira e Cruz das Almas BA: espetacularização, especificidades e reinvenções Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Federal da Bahia - UFBA. CORRÊA, R. L., O Espaço Urbano. Ed. Ática, São Paulo, SP, Região e organização espacial. Ed. Ática, 4 ed. São Paulo, SP, GAUDIN, Benoit. Da mi-carême ao carnabeach histórias da(s) micareta(s). Tempo Social; Rev. Sociol. USP, São Paulo, 12 (1): 47-68, maio de GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3º ed. São Paulo: Atlas, p. KNOFOU, R. Turismo e território: por uma abordagem científica do turismo. In: RODRIGUES, A. A. B. (org). Turismo e Geografia: reflexões teóricas e enfoques regionais. São Paulo: Hucitec, Roberto Lobato. Manifestações da cultura no espaço. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, p RODRIGUES, A. A. B. (org). Turismo e Geografia: reflexões teóricas e enfoques regionais. São Paulo: Hucitec, ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 1ª Ed. São Paulo, EDUSP, Espaço e método. São Paulo: Nobel, Por uma geografia nova: da critica da geografia a uma geografia critica. 1. Ed. São Paulo: HUCITEC, Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. Ed Porto Alegre, RS: Bookman, 2005.

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