Cidades para Propostas e experiências pelo direito à cidade

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3 Cidades para Propostas e experiências pelo direito à cidade

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5 Cidades para Propostas e experiências pelo direito à cidade Ana Sugranyes Charlotte Mathivet Editoras Habitat International Coalition

6 Habitat International Coalition agradece aos diferentes autores pela sua colaboração neste livro. Também agradecemos a tradução voluntária dos textos ao português, bem como a revisão. Esta publicação foi possível graças à colaboração de MISEREOR Cidades para todos: Propostas e experiências pelo direito à cidade. Editado por Ana Sugranyes e Charlotte Mathivet - Habitat International Coalition (HIC) Primeira edição - Santiago, Chile, 2010 ISBN: Edição dos textos: Charlotte Mathivet e Shelley Buckingham Tradução: Ediane Amorim Desenho: Andoni Martija Foto da capa: Charlotte Mathivet Fotos do interior: arquivo de Habitat Internacional Coalition Gestão editorial: Luis Solís Revisão: Nelson Saule Júnior Habitat International Coalition (HIC) gs@hic-net.org Secretariado Geral de HIC Coronel Santiago Bueras, 142, of Santiago, Chile A reprodução parcial ou total deste livro é permitida, desde que sejam citadas a fonte e os autores. Impresso no Chile

7 A Han van Putten, e a todas e todos que lutam pelo direito à cidade

8 Glossário Este livro reúne experiências e propostas que surgem de diferentes contextos. Os textos originais foram escritos em espanhol, português, inglês e francês. Nas traduções, alguns termos foram deixados em seu idioma original para respeitar a especificidade local ou regional. Para simplificar a leitura deste livro apresentamos a definição de quatro deles. Pavement dweller: Expressa uma realidade peculiar da Índia. Corresponde aos moradores em extrema pobreza e que vivem de forma permanente nas calçadas das ruas. Aí constroem suas moradias bastante precárias. Población: Usado no Chile para definir um assentamento já consolidado, produto das ocupações de terrenos dos anos 50 e 60, ou lugares precariamente urbanizados. O processo de urbanização das poblaciones aconteceu a partir da iniciativa de seus pobladores e através de várias intervenções de políticas públicas Pobladores: Nos países da América Latina onde se fala espanhol, acrescenta uma conotação social e às vezes política. Refere-se aos grupos de assentamentos populares que lutam por seu espaço, bairro, rua e direitos na cidade. Shack: Moradia sem segurança de posse, de construção precária e desprovida de serviços de urbanização. Villa: Na Argentina, são ocupações de solo urbano vazio que produzem traçados urbanos bastante irregulares, organizados a partir de corredores pelos quais geralmente os veículos não podem transitar. Ao longo dos anos, as villas passaram por melhorias de diferente envergadura e qualidade.

9 Índice Prólogo Davinder Lamba 11 Introdução: Cidades para todos: articulando capacidades sociais urbanas Ana Sugranyes e Charlotte Mathivet 13 O direito à cidade: chaves para entender a proposta de criar Outra cidade possível Charlotte Mathivet 21 Primeiro Capítulo Propostas para o direito à cidade 27 A democracia em busca da cidade futura Jordi Borja 29 Contra o direito à cidade acessível. Perversidade de uma reivindicação consensual Yves Jouffe 43 Análise do direito à cidade sob a perspectiva do gênero Shelley Buckingham 57 O direito à cidade e a vida cotidiana baseada no gênero Tovi Fenster 63 Um horizonte para as políticas públicas? Notas sobre a felicidade Patricia Ezquerra e Henry Renna 79 Os direitos nas cidades e o direito à cidade Peter Marcuse 89 Uma nova aliança para a cidade? Oportunidades e desafios da globalização do movimento pelo direito à cidade Giuseppe Caruso 103 O processo de construção pelo direito à cidade: avanços e desafios Enrique Ortiz 117 O conceito e a implementação do direito à cidade na África Anglófona Bola Fajemirokun 125

10 Segundo Capítulo: Experiências de direito à cidade 135 Lutas populares contra a marginalização e os despejos 137 Abahlali basemjondolo e a luta popular pelo direito à cidade em Durban, África do Sul Richard Pithouse 139 A luta de movimentos de pavement dwellers em Mumbai, Índia María Cristina Harris 149 Villa Los Cóndores, Temuco, Chile. Contra o despejo e para o direito à cidade Ana Sugranyes 153 Os sem-teto. Uma experiência de luta pela moradia em Mar del Plata Ana Núñez 157 A luta dos habitantes dos parques de Osaka, Japão Marie Bailloux 163 Reivindicando os direitos do cidadão em Accra, Gana Afia Afenah 167 Olimpíadas de Beijing 2008, China María Cristina Harris 177 Sobre derrotas e conquistas no exercício do direito à cidade: reflexões a partir de experiências recentes nas cidades da Argentina. María Carla Rodríguez, María Laura Canestrar e Marianne von Lücken 181 Habitantes da Ilha de Gazirat al-dhahab, Cairo, Egito enfrentam da expulsão María Cristina Harris 191 Do protesto à proposta e da proposta ao projeto, Villa Esfuerzo, Santo Domingo, República Dominicana Steffen Lajoie 195

11 Iniciativas populares de empoderamento 201 Construir a cidade para e pelos cidadãos: O direito à cidade na África. El derecho a la ciudad en África Joseph Fumtim 203 Movimiento de Pobladores en Lucha: Santiago, Chile Charlotte Mathivet e Claudio Pulgar 209 As crianças no planejamento do espaço urbano, Santiago, Chile Felipe Morales e Alejandra Elgueta 221 A Campanha OUR Orla: Defendendo o Direito à Cidade em Nova Iorque Shelley Buckingham 227 Os Comitês de Terra Urbana Héctor Madera 231 Organização, poder e apoio político em Caracas, Venezuela Steffen Lajoie 235 Estamos fazendo a cidade, Bolivia Rose Mary Irusta Pérez 243 Organizando a comunidade, construindo poder e ganhando o direito à cidade nos bairros pobres de Toronto Steffen Lajoie 249 Marco legal do direito à cidade 257 A trajetória da Reforma Urbana no Brasil Nelson Saule Júnior e Karina Uzzo 259 Carta da Cidade do México: o direito a construir a cidade que sonhamos Lorena Zárate 271 Políticas e perspectivas legais sobre a realização do direito à cidade na Nigéria Mobola Fajemirokun 279 O caminho do direito à cidade na Bolívia Uvaldo Mamani 283 O Contrato Social pela Moradia, Equador Silvana Ruiz Pozo e Vanessa Pinto 291

12 Planejamento e políticas públicas 299 O conceito de cidade global e suas repercussões no planejamento urbano para as cidades da Região da Ásia-Pacífico Arif Hasan 301 Considerações sobre a segurança urbana das mulheres através do direito à cidade, Polônia Shelley Buckingham 313 Graz, a Cidade dos Direitos Humanos na Europa ou Direito a uma Cidade Humana na Europa? Marie Bailloux 319 Elogio à lentidão: Desaceleremos a cidade! O movimento Cittaslow Charlotte Mathivet 325 Biografias 331

13 Prólogo Habitat International Coalition (HIC) é uma rede global de movimentos sociais, organizações e pessoas que, em mais de cem países, de norte a sul, lutam pela aplicação do direito a um lugar onde se possa viver em paz e com dignidade. Por mais de trinta anos o enfoque de Habitat International Coalition prioriza o enlace entre o habitat humano, os direitos humanos e a dignidade, junto ao reconhecimento das reivindicações dos povos e de suas capacidades, bem como suas aspirações de liberdade e solidariedade. As perspectivas de HIC vão mais além dos direitos individuais e afirmam que o compromisso da sociedade civil e do estado 1 com os direitos e as responsabilidades coletivas é fundamental para desenvolver um mundo justo e habitável para todas e todos e não apenas para alguns. As reivindicações populares, como nos mostra a história, transformamse em direitos através de lutas prolongadas. O pensamento e as ações de HIC apoiam as lutas pela implementação de vários direitos emergentes, como dos povos indígenas, dos emigrantes, a soberania alimentar e o direito à cidade. HIC assume-os como desafios da sociedade civil, do local e do global; confronta-os e promove avanços em função das visões populares de que outro mundo é possível. O compromisso de HIC, nas duas últimas décadas, foi avançando no entendimento e na determinação do direito à cidade em sua complexidade. Entre outras tarefas, HIC envolveu-se na criação de seu marco teórico e prático. A primeira edição do livro em três idiomas é um esforço muito importante nesse sentido. Esperamos que este livro seja uma fonte de inspiração para avançar na 1 Neste livro, sociedade civil e estado estão escritos com letras minúsculas, para assim respeitar a ligação entre esses dois atores de igual importância.

14 luta pelo direito emergente de todas e todos a um lugar onde se possa viver em paz e com dignidade, em todas as cidades do mundo. Em nome de HIC, agradeço enormemente todas as contribuições que tornaram possível esse livro. Davinder Lamba, Presidente de HIC

15 Introdução Cidades para todos: articulando capacidades sociais urbanas 1 Ana Sugranyes e Charlotte Mathivet Durante o Fórum Social Mundial de Belém, em janeiro de 2009, o geógrafo norteamericano David Harvey declarou na tenda de Reforma Urbana: Estou muito agradecido por este convite porque sempre aprendo muito com os movimentos sociais 2. Terminou sua conferência afirmando que chegamos a um ponto em que já não podemos aceitar o que disse Margaret Thatcher não existe alternativa ; temos que dizer que deve haver uma alternativa para o capitalismo em geral. E podemos nos aproximar desta alternativa concebendo o direito à cidade como uma demanda popular e internacional. E espero que todos nos unamos nessa missão. 3 Este livro responde a esta esperança e chamado para a união sob a bandeira do direito à cidade, concedendo a palavra a diversos atores que lutam por ele. Esta diversidade de pontos de vista, discursos, culturas, experiências é o fio condutor desta publicação. Propomos articular as diferentes ideias e fazê-las convergir para um mesmo objetivo: o direito à cidade como bandeira de luta contra o neoliberalismo. Não estamos falando de uma abstração ideológica, mas sim referindo-nos aos efeitos sofridos pelos habitantes no seu cotidiano, considerando, entre outros fatores, o acesso à terra e aos serviços, a segurança da posse, os despejos; todos gerados por causas múltiplas, tais como privatizações, especulação imobiliária, mega-projetos e mega-eventos; abusos e tráfico de poder, desregulamentação do espaço público, planejamento urbano para os interesses de poucos 1 O Fórum Urbano Mundial, na sua quinta sessão, em 2010, tem como lema em inglês The Right to the City Bridging the Urban Divide. Em português o lema foi traduzido como: O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido. Mais que enfatizar a divisão, HIC trabalha na articulação das forças positivas para o direito à cidade. 2 David Harvey no Fórum Social Mundial 2009: odireito à Cidade como alternativa ao neoliberalismo, Harvey, David, Loc.cit

16 14 Cidades para Assim, aborda-se a ideia de apropriar-se do direito à cidade como proposta política de mudança e alternativa às condições de vida urbana criadas pelas políticas capitalistas, hoje neoliberais. Segundo Purcell, O direito à cidade de Lefebvre implica reinventar radicalmente as relações sociais do capitalismo e a estrutura espacial da cidade 4. É assim como Lefebvre afirmava que o direito à cidade não pode ser concebido como o simples direito de visita ou de regresso às cidades tradicionais. Pode somente ser formulado como direito à vida urbana, transformada e renovada. 5 Esta reformulação da vida urbana propõe maior igualdade, onde a maioria dos habitantes possa ser feliz e solidário, gerando e redistribuindo os benefícios da cidade para todas e todos. Somos conscientes dos desafios desta aspiração de justiça social; alguns chamam quimera ou ilusão. Nós chamamos de utopia indispensável para outro mundo possível. Nesta grande tarefa de (re)inventar condições de bem viver 6 como reivindicam os indígenas andinos quéchuas e aymaras é imprescindível construir estratégias globais para criar outra cidade e outras relações humanas. Os movimentos sociais, como afirma Harvey, possuem um papel importante nesse contexto através de suas lutas cotidianas por uma sociedade mais igualitária e especificamente por uma cidade mais justa Recordemos o contexto histórico do surgimento do direito à cidade, conceito, ideia, programa (e não somente slogan) definido no livro Le droit à la ville 7 do filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre em Efetivamente, nessa época Lefebvre era professor de sociologia urbana na Faculdade de sociologia de Nanterre, de onde partiu o movimento de maio de 68. Para muitos, as ideias de Lefebvre sobre o direito à cidade influenciaram os acontecimentos de daquele mês de 68. É verdade que no imaginário coletivo não se vincula automaticamente este movimento social francês com Lefebvre, mas sim com sobrenome mais famosos, como Lévi-Strauss, Debord e Lacan; estes intelectuais (e outros) se apropriaram do movimento de maio de 68, apesar de o movimento haver sido impulsionado pelas ideias de Lefebvre e seus assistentes. É assim que Maio de 1968 não é a obra dos acadêmicos das grandes escolas, mas sim do povo. Lefebvre não foi à 4 Purcell, Mark, Le Droit à la ville et les mouvements urbains contemporains, 2009, Droit de Cité, Rue Descartes, N.63, p42. Citação original em francês: «Le droit à la ville de Lefebvre implique de réinventer radicalement les relations sociales du capitalisme et la structure spatiale de la ville 5 Lefebvre, Henri, 1968, Le droit à la ville, Ed. Economica, 3ième édition, 2009, p108. Citação original em francês : le droit à la ville ne peut se concevoir comme un simple droit de visite ou de retour vers les villes traditionnelles. Il ne peut se formuler que comme droit à la vie urbaine, transformée, renouvelée 6 Sumak kawsay é quichua equatoriano e expressa a ideia de uma vida não melhor, nem melhor que a de outros e tampouco um contínuo desvelar por melhorá-la, mas sim uma vida simplesmente boa Sumak Kawsay, Suma Qamaña, Buen Vivir, Tortosa, José María, Ibid. Préface, Hess, R, Deulceux S Weigand, G.

17 Introdução 15 l École Normale Supérieure [ ]. Aprendeu sociologia dirigindo um táxi em Paris nos anos Além disso, recordemos que a universidade de Nanterre era uma faculdade construída perto de casebres 9. É a relação entre a pobreza urbana, a formulação intelectual crítica contra o sistema e o movimento social de 1968, que retroalimentam o direito à cidade formulado por Lefebvre. Então é assim que se afirma que Lefebvre teve muita influência na formação dos militantes 10. Observando os diversos atores e a partir deles os movimentos sociais que reivindicam o direito à cidade em suas lutas, acreditamos que este direito continua tendo importância na vigência do pensamento de Lefebvre e os que continuaram com a questão depois dele. Esta vigência e persistência no tempo aparecem como sua grande força. Embora tenha sido Lefebvre 11, com seus escritos e debates nas aulas sobre direito à cidade, quem alimentou o movimento estudantil para a subversão e a rebeldia contra a ordem estabelecida em 1968; hoje são os movimentos sociais com a bandeira do direito à cidade que fortalecem suas lutas contra os efeitos nefastos já mencionados do sistema neoliberal. Quarenta e dois anos depois da primeira formulação do direito à cidade é surpreendente que esta ideia continue em pé e convoque os movimentos sociais, acadêmicos, organizações da sociedade civil, tão heterogêneos e em diferentes partes do mundo. Nem tão surpreendente, já que as estratégias populares para lutar contra a lógica da globalização mercantil atuam a partir do local com a perspectiva do global do direito à cidade. Habitat International Coalition (HIC) é parte desta história e desta proposta. Por isso decidiu publicar uma compilação de textos relatando experiências e análises que consideram o direito à cidade como uma bandeira de luta e proposta política de mudança. Este propósito vislumbra de maneira mais ou menos clara até chegar, em alguns casos, a não mencionar diretamente o direito à cidade. Os diferentes textos também o consideram de formas bastante diferentes: como uma ferramenta política, jurídica e cultural. Este livro busca articular as lutas, descobrindo-as em função de cada contexto local, com um olhar global para gerar nexos, criar redes e definir alianças. Não é um estudo teórico desconectado da realidade, mas sim parte de um processo de ação e reflexão no qual os movimentos comprometem-se em suas lutas diárias. 8 Ibid. p VI Citação original em francês «Mai 1968 n est pas le fait des gens d école mais des gens du tas. Lefebvre n est ni normalien ni agrégé. Il a fait ses classes de sociologie en conduisant un taxi dans les années 20 à Paris» 9 Loc.cit, Citação original em francês: «Nanterre était une faculté construite autour des bidonvilles» 10 Loc.cit, Citação original em francês «C est du côté des apprentissages militants que Lefebvre a eu une importance» 11 E os situacionistas, entre outros. Sobre este debate entre situacionista e Lefebvre, ver Simay, Philippe, 2009, Une autre ville pour une autre vie. Henri Lefebvre et les situationnistes, Droit de Cité, Rue Descartes, N.63.

18 16 Cidades para Segundo Jordi Borja, o desenvolvimento e legitimação dos direitos civis dependerão de um processo triplo: i)cultural, de hegemonia dos valores que estão na base destes direitos e explicitação dos mesmos; ii)social, de mobilização dos cidadãos para conseguir sua legalização e a criação de mecanismos e procedimentos que os façam efetivos; iii) político-institucional para formalizálos, consolidá-los e desenvolver as políticas para efetivá-los 12. O mesmo autor afirma que os atores principais e emergentes desse processo não são as estruturas políticas tradicionais de poder (estado e partidos políticos), mas sim grupos sociais, por vezes bastante heterogêneos. Há vinte anos HIC está envolvida neste processo triplo, acompanhando movimentos e grupos sociais de diferente índole. Esta publicação propõe ilustrar a diversidade destes atores na construção do direito à cidade, através de conquistas, derrotas e rearticulações (em outras palavras: acertos, erros e recomposição de forças). Assim, documenta estratégias políticas que emanam desta diversidade de atores que buscam incluir este enfoque de direito coletivo nas instâncias de tomada de decisão. É difícil observar e entender as mudanças, as rebeliões e as propostas que surgem dos bairros e territórios. Cada uma dessas expressões corresponde a problemas diferentes de marginalidade, de delinquência, de segregação, de autoconstrução mal-assistida, estigmatização da pobreza. Frente a estas realidades, temos que difundir novos olhares, que entendam as singularidades locais, respeitem a diversidade e rejeitem os efeitos perversos que implicam as imagens negativas criadas pelo assistencialismo e discurso mediático. Como afirma o autor uruguaio Raul Zibechi nós que estamos comprometidos com a causa da emancipação e dos movimentos sociais necessitamos promover reflexões, análises e formulações teóricas que reconheçam e abordem estas sociedades outras, que as ciências sociais do sistema têm dificuldade em visualizar. 13 E agrega que é por isso que estamos necessitados de pensamento e ideias engajados nessas sociedades diferentes, não somente comprometidos com elas, mas sim fazendo parte delas. 14 Este livro não é um estudo científico sobre o direito à cidade como fizeram Lefebvre e vários outros autores entre os quais se destaca Harvey. Este livro se estende como um espaço de debate, confrontação de ideias, ilustração de experiências, formulação de dúvidas, mas, sobretudo, de certezas sobre a força do direito à cidade como ferramenta para uma cidade e, portanto, um mundo melhor Borja, Jordi, Los desafíos del territorio y los derechos de la ciudadanía, Zibechi Raúl, 2007, Dispersar el poder, Los movimientos como poderes antiestatales, Editorial Quimantú, Santiago de Chile, p Loc.cit.

19 Introdução 17 A estrutura do livro demonstra esta mesma vontade: está composto de duas grandes partes. A primeira inclui artigos a partir de uma reflexão teórica de autores destacados. Jordi Borja 15 introduz os problemas da cidade da perspectiva da democracia. Yves Jouffe 16 faz uma análise crítica do direito à cidade centrada no acesso ao espaço urbano. Esta crítica pode ser vislumbrada através da análise de Tovi Fenster 17 baseada no gênero, com o apoio do enfoque destas definições que Shelley Buckingham 18 introduz. De uma perspectiva diferente, Patricia Ezquerra e Henry Renna 19 propõem outra dimensão desta utopia indispensável: o direito à felicidade. Peter Marcuse 20 nos leva a uma reflexão sobre a dualidade entre o enfoque da individualidade dos direitos humanos e do enfoque coletivo do direito à cidade. Giuseppe Caruso 21 questiona até onde o direito à cidade pode mobilizar um movimento global sob esta bandeira. Esta primeira parte termina com as contribuições de Enrique Ortiz 22 e de Bola Fajemirokun 23, que explicam como este direito está sendo espacializado em suas respectivas regiões: América Latina e África. A partir destas introduções teóricas, a segunda parte é uma compilação de experiências sobre a aplicação do direito à cidade ao redor do mundo. Estas se desenvolvem em contextos geográficos, culturais, políticos, econômicos muito diferentes. Correspondem também a uma grande diversidade de estratégias adotadas pelos atores envolvidos. Para entender as diferentes facetas destas experiências, esta segunda seção do livro é construída em torno de quatro enfoques, correspondendo a estas diferentes estratégias: as lutas populares contra a marginalização e os despejos, as iniciativas populares de fortalecimento político; a implementação do direito a cidade através do marco legal; o planejamento e políticas públicas. Estas estratégias estão estreitamente articuladas entre elas e possuem uma lógica de continuidade no tempo a partir da resistência contra as violações do direito à cidade até sua implementação. Desta maneira, graças a estas iniciativas populares de lutas sociais, sustentadas durante décadas, alcançou-se em vários países a incorporação do direito à cidade nos marcos constitucionais e 15 Borja, Jordi, A democracia em busca da cidade futura, p Jouffe, Yves, Contra o direito à cidade acessível. Perversidade de uma reivindicação consensual, p Fenster, Tovi, O Direito à Cidade e a Vida Cotidiana Baseada no Gênero, p Buckingham, Shelley, O direito à cidade sob a perspectiva do gênero, p Ezquerra, Patricia, Renna, Henry, en este libro, Um horizonte para as políticas públicas? Notas sobre a felicidade., p Marcuse, Peter, Os direitos nas cidades e o direito à cidade?, p Caruso, Giuseppe, Una nova aliança para a cidade? Oportunidades e desafios da globalização do movimento pelo direito à cidade p Ortiz, Enrique, O processo de construção pelo direito à cidade: avanços e desafios, p Fajemirokun, Bola, O conceito e a implantação do direito à cidade na África Anglófona, p 125.

20 18 Cidades para normativos. O fato é ilustrado a partir dos relatos e análises de Brasil, Equador, Bolívia, México, países latino-americanos pioneiros neste grande desafio. A seção sobre políticas públicas e planejamento demonstra como estas ferramentas podem ser contrárias ao direito à cidade e ao bem-viver, acelerando e aprofundando os efeitos negativos da globalização mercantil. Por sua vez, podem ser instrumentos que geram processos de mudanças, revertendo situações de desigualdade e injustiça. Estes artigos são o fruto do trabalho de vários autores, acadêmicos, porém, sobretudo, militantes ou ativistas do direito à cidade, sendo que muitos deles pertencem a movimentos sociais de base. Esta diversidade de atores e, portanto, de tipo de artigos é o reflexo dessa mesma vontade, que expressava Zibechi, de divulgar as ideias e as práticas dos movimentos sociais, desde que mantenhamos o respeito a esses movimentos sem cair no erro de falar em nome deles. O outro desafio é o de acompanhá-los aportando capacidades e conhecimentos respectivos. Conscientes destes desafios, expressa-se a diversidade de caminhos emancipatórios para a efetivação do direito à cidade a construção de outra cidade. É fundamental reconhecer e tirar partido desta diversidade de pensar o direito à cidade e de como atuar para implementá-lo. Isso passa pela articulação e retroalimentação entre os autores assim como entre a teoria e a ação. O respeito dos processos sociais através de uma autocrítica permanente e uma vigilância de possíveis usurpações do propósito inicial do direito à cidade pode evitar a deturpação do discurso sobre este direito. Autores como Yves Jouffe e Tovi Fenster expressam de diferentes formas suas preocupações sobre este direito que, sendo instrumentalizado e não melhorado, pode ter efeitos negativos. Muitas mudanças se deram no mundo entre o surgimento do direito à cidade nas aulas do professor Lefebvre e as formas atuais de reivindicações dos movimentos sociais urbanos. O sociólogo estava convencido que o agente de mudança, a única classe social que podia atingir efetivamente uma transformação da sociedade e então da cidade, de implementar o direito à cidade, seria o proletariado encabeçado pela classe operária. Assim afirmava que somente a classe trabalhadora pode ser agente, portadora ou suporte social desta realização 24. Em 2010, o cenário apresenta-se diferente, pois a classe operária, num mundo globalizado neoliberal terceirizado, achou-se relegada a um segundo plano, sem o papel político que teve antes. Por isso, movimentos sociais, organizações, intelectuais, militantes e ativistas bastante diversos, porém todos em busca da mudança social, reivindicam como grupo mobilizado do movimento pelo direito à cidade e já não como parte da classe operária. Uma das mudanças 24 Lefebvre, H.Op.Cit. p108. Citação em francês «seule la clase ouvrière peut devenir l agent, porteur, ou support social de cette réalisation»

21 Introdução 19 mais relevantes que aconteceram nas últimas décadas é o reconhecimento do papel da mulher dentro destes processos. Desse modo, é de suma importância reconhecer a discriminação socialmente construída no espaço público contra a mulher, no momento de construir cidades mais igualitárias. Também é importante destacar o papel que o espaço do Fórum Social Mundial (FSM) facilitou para os movimentos sociais e para sua articulação numa expressão global do direito à cidade no mundo, conforme analisa Giuseppe Caruso. Efetivamente, o FSM há dez anos vem facilitando estratégias globais para que diferentes movimentos se conheçam, compartilhem, aprendam e reanalisem sua própria experiência à luz do discernido em outros movimentos. O fato tem levado movimentos e redes a formular Cartas, Declarações e Agendas para continuar com a luta pelo direito à cidade. Em outras publicações 25, HIC tem analisado os processos das diferentes cartas pelo direito à cidade e, particularmente, da Carta Mundial, como aqui explica Enrique Ortiz. Cidades para tod@s relata experiências desenvolvidas por muitos atores em várias regiões do mundo. Contamos com a participação de autores bastante diversos, de horizontes diferentes: mulheres e homens profissionais, acadêmicos, urbanistas, arquitetos, advogados, sociólogos, cientistas políticos, militantes de base; todos animados por uma força de resistência e por uma vontade proposta em direção ao direito à cidade. Por isso nos interessa mostrar que esta diversidade é a essência do direito à cidade e de uma possível aliança global, embora também dê conta de sua fragilidade e de possíveis efeitos perversos. Este livro traz olhares críticos ao direito à cidade, críticas construtivas para continuar levantando práticas e políticas alternativas à hegemonia do neoliberalismo, em todo o mundo. Necessitamos continuar construindo o direito à cidade, tanto nos debates como nas ações, objetivando um processo emancipatório. Os avanços até o direito à cidade enfrentam agora um momento decisivo. A ONU, que não se caracteriza particularmente por seu apoio às lutas sociais, internaliza o direito à cidade na convocatória do Fórum Urbano Mundial 5 (FUM), no Rio 26. Diante deste grande desafio, HIC, com este livro, coloca nesta feira urbana institucional e empresarial, o papel da sociedade civil que vem surgindo há décadas. Se a ONU incorpora o direito à cidade no FUM 5, é porque o Brasil é o país onde os movimentos e organizações sociais vem construindo este direito há mais de vinte anos, conforme explicam Nelson Saule e Karina 25 Nehls Martínez, N, Ortiz, E, Zárate, L (comp.), 2008, El derecho a la ciudad en el mundo. Compilación de documentos relevantes para el debate HIC-AL, Ciudad de México. 26 Fórum Urbano Mundial 5 The Right to the City-Bridging the Urban Divide, Rio de Janeiro, Brasil, 22 a 26 de março 2010.

22 20 Cidades para Uzzo 27. Contudo, isso também representa o perigo de instrumentalização destas lutas e da questão do direito à cidade, que por ter como característica a diversidade de opinião, estratégia também de atores, pode resultar fácil o esvaziamento do seu conteúdo de transformação da cidade e do sistema que a rege. Nesta perspectiva, a preparação de um Fórum Social Urbano, pode ser uma ferramenta poderosa nos esforços de construir um movimento global pelo direito à cidade a partir dos movimentos sociais. Dedicamos este livro às organizações e aos atores sociais, profissionais e acadêmicos da sociedade civil, que trabalham e lutam pelo direito à cidade no mundo, mas também aqueles interessados nestas questões, que sem saber que existe o direito à cidade, sem ter consciência das crescentes experiências, mobilizações, reflexões sobre este direito, percebem o poder deste tipo de ideias e a necessidade entrelaçar as lutas. É uma ferramenta para reconhecer o amplo espectro das lutas possíveis pelo direito a vivermos bem na cidade, a sermos dono de nosso próprio destino, mostrando as ações desenvolvidas no assunto e deixando pistas para articular as diferentes formas de lutar para outra cidade possível. Para facilitar a leitura das propostas e experiências apresentadas nesta publicação, apresentamos em seguida uma definição e uma explicação do direito à cidade para que todos os leitores possam contar com as ferramentas básicas para entender e apoderar-se desta proposta, caminho e projeto de direito à cidade. Referências Borja, Jordi. Los desafíos del territorio y los derechos de la ciudadanía Harvey, David. David Harvey at the World Social Forum, Belem org/articles.php?pid=3107. Lefebvre, Henri Le droit à la ville. Ed. Economica, Third Edition. Paris, Nehls Martínez, N., Ortiz, E., Zárate, L. (comp.) El derecho a la ciudad en el mundo. Compilación de documentos relevantes para el debate HIC-AL, Mexico City, Purcell, Mark. Le Droit à la ville et les mouvements urbains contemporains. Droit de Cité, Rue Descartes, No Tortosa, José María. Sumak Kawsay, Suma Qamaña, Buen Vivir net/noticia/sumak-kawsay-suma-qamana-buen-vivir. Zibechi, Raúl. Dispersar el poder, Los movimientos como poderes antiestatales. Editorial Quimantú. Santiago de Chile, Saule, Nelson, Uzzo Karina: A trajetória da reforma urbana no Brasil, p 259

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