MEIO AMBIENTE E SAÚDE: REFLEXÕES NA ZONA NORTE DA CIDADE DE MANAUS-AMAZONAS - ELEMENTOS PARA ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS.

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CENTRO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA AMAZÔNIA PPG-CASA MEIO AMBIENTE E SAÚDE: REFLEXÕES NA ZONA NORTE DA CIDADE DE MANAUS-AMAZONAS - ELEMENTOS PARA ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. CÁSSIA ROZÁRIA DA SILVA SOUZA Manaus 2009

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CENTRO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA AMAZÔNIA PPG-CASA MEIO AMBIENTE E SAÚDE: REFLEXÕES NA ZONA NORTE DA CIDADE DE MANAUS-AMAZONAS - ELEMENTOS PARA ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Cássia Rozária da Silva Souza Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências do Ambiente, área de concentração Política e Gestão Ambiental. Orientadora: Profa. Dra. Elizabeth da Conceição Santos Manaus 2009

3 Ficha Catalográfica (Catalogação realizada pela Biblioteca Central da UFAM) Souza, Cássia Rozária da Silva S729m Meio ambiente e saúde: reflexões na zona norte da cidade de Manaus-Amazonas - elementos para estabelecimento de políticas públicas / Cássia Rozária da Silva Souza. - Manaus: UFAM, f.; il. color. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente) Universidade Federal do Amazonas, Orientadora: Profª. Dra. Elizabeth da Conceição Santos 1. Expansão urbana 2. Notificação 3. Educação ambiental 4. Saúde pública I. Santos, Elizabeth da Conceição II. Universidade Federal do Amazonas III. Título CDU 614(811.3)(043.3)

4 CÁSSIA ROZÁRIA DA SILVA SOUZA MEIO AMBIENTE E SAÚDE: REFLEXÕES NA ZONA NORTE DA CIDADE DE MANAUS-AMAZONAS - ELEMENTOS PARA ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências do Ambiente, área de concentração Política e Gestão Ambiental. DISSERTAÇÃO APROVADA EM: / / BANCA EXAMINADORA ORIENTADOR MEMBRO MEMBRO

5 - A minha mãe, Ednelza da Silva Souza. - Ao amor de uma vida. Dedico.

6 AGRADECIMENTOS A construção deste trabalho, contou com a ajuda de pessoas que viveram comigo partes diferentes desta trajetória, gostaria de agradecer principalmente: A Deus Pai-Todo Poderoso e a Nossa Senhora. A minha orientadora, Profa. Dra. Elizabeth da Conceição Santos, pela dedicação e paciência durante o desenvolvimento do trabalho. Minha admiração por suas conquistas e meu respeito por seu conhecimento. Ao meu melhor exemplo de vida e que sempre me inspirou: Ednelza da Silva Souza, saudades mãe. A Enfa. Lêda Cristina R. França, por sua força, apoio, perseverança e por acreditar mais do que eu: obrigada. A Enfa. Socorro Gonçalves, responsável pela Central de Material Esterilizado da Fundação Hospital Adriano Jorge, que acompanhou e vibrou por cada passo para a construção deste trabalho. A Enfa. Socorro de Nazaré Andrade Maruoka, da Secretaria Estadual de Saúde, pelos seus ensinamentos e análise crítica. A Enfa. Marianina Cerbina Grisi Pessoa Costa, pela amizade, confiança e fé. Aos meus colegas de profissão, tanto enfermeiros como docentes, pelo incentivo demonstrado. Aos colegas do Curso de Mestrado, em especial Rildo Pinheiro, Itamar, Rita de Cássia e Verônica, pelo companheirismo e ajuda. Aos colegas do IPAAM pela partilha de suas experiências.

7 O homem nasce bom, a sociedade o corrompe Jean-Jacques Rousseau ( )

8 RESUMO A expansão urbana vem causando desequilíbrio econômico e social, considerando a vulnerabilidade ambiental como fator relevante na configuração da distribuição espacial das situações de pobreza, privação social e surgimento de doenças. Registros epidemiológicos apóiam a idéia que a identificação de determinadas doenças estão relacionadas à exposição a riscos ambientais, por exemplo, doenças de veiculação hídrica com a identificação de áreas com baixas condições de saneamento. Dados oficiais apontam que 40% das mortes que ocorrem no mundo são causadas por poluição e outros fatores ambientais. A falta de condições sanitárias contribui para a morte de 4 milhões de pessoas por ano, atingindo principalmente as crianças em países em desenvolvimento. Para enfrentar essa situação, a Política de Atenção Básica de Saúde trabalha com a promoção de estratégias e ações preventivas, envolvendo a comunidade, buscando melhorar a sua qualidade de vida. Nesta pesquisa foram levantados aspectos que relacionam infraestrutura de serviços básicos, condições de saúde e expansão urbana na Zona Norte de Manaus. Também foi realizada uma pesquisa documental através de registros de doenças nos órgãos e sites oficiais. A Zona Norte de Manaus cresceu sobremaneira nas últimas décadas possuindo índices de notificação de doenças, como a malária, decorrente da expansão e alterações do habitat do vetor da doença. São realizadas atividades educacionais para a promoção da saúde com ações inseridas dentro da comunidade, com envolvimento direto do Sistema de Saúde desenvolvido no Distrito Sanitário da Zona Norte. Como proposta, ações conjuntas das Políticas de Saúde, Meio Ambiente e Vigilância Sanitária devem trabalhar alternativas para minimizar os impactos sofridos no meio ambiente, sabendo que a expansão é contínua e histórica, mas que pode ser planejada a garantir menor risco de doenças para o ser humano. Palavras-chave: expansão urbana; notificação; educação ambiental; atenção básica à saúde.

9 ABSTRACT Urban expansion has been causing environmental vulnerability as a major factor in the poverty, social deprivation and diseases development spatial distribution design. Epidemiologic-based studies support the idea that the identification of specific diseases are related to the environmental risks exposure, for instance, water spread diseases are to do with low sanitation condition areas. Official data shows that 40% of the death rate in the world is caused by pollution and other environmental issues. The lack of basic sanitation condition contributes to the death of 4 million people a year, affecting mainly the children in the developing countries. To deal with this situation, the Basic Attention Health Policy works with preventive strategy and action promoting, involving the community, trying to improve quality of life. In this research, basic infrastructure services, health conditions and urban expansion-related aspects in the Northern area of Manaus were raised. In addition to that, documentary research was also carried out through diseases institutional registers and websites. Manaus Northern area has greatly grown over the last decades and it has high diseases notification rates, such as malaria, due to the alteration and expansion of the disease s vector habitat. Are realizes educations activities to promote health with actions under community, involvement direct in the Northern Area Sanitary District. To make an offer Health Policy, Environment and Sanitary Surveillance joint actions might work on alternatives to reduce the environmental impacts, bearing in mind that this expansion is continuous and historical, therefore, it can be planned to guarantee minor risks of diseases to the human beings. Key-Words: urban expansion; notification; environmental education; health basic attention.

10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Localização do município de Manaus Amazonas FIGURA 2 Divisão da cidade de Manaus por zonas e bairros FIGURA 3 Macroestruturação urbana de Manaus FIGURA 4 Palafitas sobre o igarapé do Quarenta - zona sul FIGURA 5 Conjunto habitacional nas proximidades de um igarapé na zona norte FIGURA 6 Área de lazer próximo a mata - zona norte FIGURA 7 Palafitas construídas em um bairro da zona sul de Manaus FIGURA 8 Ocupação em área sem infraestrutura FIGURA 9 Casas construídas a margem do hip-hap FIGURA 10 Divisão dos bairros da zona norte de Manaus FIGURA 11 Destino do esgoto doméstico FIGURA 12 Destino do lixo doméstico terreno da própria residência FIGURA 13 Unidades de saúde da zona norte de Manaus FIGURA 14 Bairro Cidade Nova zona norte de Manaus FIGURA 15 Monte das Oliveiras e limite com o Nova Cidade FIGURA 16 Distrito de Saúde Norte DISA NORTE FIGURA 17 - Localização da Base Operacional da malária no Nova Cidade FIGURA 18 Sistema de tubulação de drenagem a céu aberto FIGURA 19 Habitações construídas próximas a encostas FIGURA 20 Expansão urbana da zona norte de Manaus... 94

11 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Bairros da zona norte de Manaus TABELA 2 Distribuição da população de Manaus por distrito de saúde TABELA 3 Casos de malária no ano de 2006 na zona norte de Manaus TABELA 4 Casos de malária no ano de 2007 na zona norte de Manaus

12 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 Crescimento populacional de Manaus de 1970 a QUADRO 2 Instalação sanitária no município de Manaus em 1991 e QUADRO 3 Destino do lixo no município de Manaus em 1991 e

13 LISTA DE SIGLAS CIBS Comissões Intergestores Bipartites DISA NORTE Distrito de Saúde Norte DOU Diário Oficial da União EAS Estabelecimentos Assistenciais de Saúde FVS Fundação de Vigilância e Saúde do Estado do Amazonas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBS Indicadores Básicos para a Saúde ICV Índice de Condições de Vida IDH Índice de Desenvolvimento Humano IDH-M Indice de Desenvolvimento Humano Municipal IMPLURB Instituto Municipal de Planejamento Urbano IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada LACEN Laboratório Central OMS Organização Mundial de Saúde OPAS Organização Pan-Americana de Saúde ONU Organização das Nações Unidas PIB Produto Interno Bruto PIM Pólo Industrial de Manaus PGRSS Planos de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde PNAB Política Nacional de Atenção Básica PPI-VS Programação Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde RIPSA Rede Interagencial de Informações para a Saúde SAS Secretaria de Atenção à Saúde SEADE Sistemas de Análise de Dados do Estado de São Paulo SEMMA Secretaria Municipal do Meio Ambiente SEMSA Secretaria Municipal de Saúde SIAB Sistema de Informações da Atenção Básica

14 SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SIOPS Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde SISÁGUA - Sistema de Informação da Qualidade da Água para Consumo Humano SIS PPI Sistema de Programação Pactuada e Integrada SISSOLO - Sistema de Informação da Qualidade do Solo SUS Sistema Único de Saúde SVS Secretaria de Vigilância em Saúde UBS Unidade Básica de Saúde UDH Unidade de Desenvolvimento Humano UDH-M Unidade de Desenvolvimento Humano Manaus VAS Vigilância Ambiental em Saúde VIGIÁGUA Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano VIGISUS Vigilância em Saúde no SUS

15 SUMÁRIO INTRODUÇÃO URBANIZAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS SAÚDE E MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE VIGILÂNCIA EM SAÚDE VIGILÂNCIA AMBIENTAL E SAÚDE (VAS) SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE INDICADORES BÁSICOS PARA A SAÚDE (IBS) SAÚDE AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL O CONTEXTO DA PESQUISA: O MUNICÍPIO DE MANAUS PLANO DIRETOR URBANO E AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANAUS Prioridades, metas e estratégias do Plano Municipal de Saúde... 54

16 4. EXPANSÃO URBANA E IMPACTOS AMBIENTAIS EM MANAUS CARACTERIZAÇÃO SOCIOESPACIAL DE MANAUS PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS E IMPACTOS AMBIENTAIS ZONA NORTE DE MANAUS PANORAMA DA SAÚDE NA CIDADE DE MANAUS A PESQUISA: MEIO AMBIENTE E SAÚDE NA ZONA NORTE DE MANAUS CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ESTUDO RETROSPECTIVO TRATAMENTO ESTATÍSTICO A OCUPAÇÃO DA ZONA NORTE DE MANAUS Distribuição do sistema de esgoto sanitário Organização do sistema de saúde na zona norte de Manaus A questão ambiental e sua relação com a saúde na zona norte de Manaus Evolução dos problemas ambientais e os impactos na saúde Programas educacionais desenvolvidos pelas unidades de saúde da zona norte de Manaus Intervenção antrópica e sua relação com a ocorrência de doenças CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS OBRAS CONSULTADAS GLOSSÁRIO

17 APÊNDICE

18 17 INTRODUÇÃO O crescimento demográfico, sem o devido planejamento, acaba gerando práticas ambientais predatórias, como o desmatamento. Erostein (2000) afirma que não é o avanço da urbanização, sua escala e velocidade que constituem problemas em si, mas o modo como estes ocorrem, relacionados à forma de ocupar o solo, o grau de mobilidade da população, a qualidade dos espaços físicos, etc. Nos anos 90, alguns trabalhos sobre o impacto humano no ambiente e as conseqüências à saúde humana foram realizados por grupos de pesquisadores ingleses, norte-americanos e canadenses. Relações como crescimento populacional e perfil de mortalidade, desigualdade social e qualidade de vida, aumento do buraco de ozônio e crescimento da radiação ultravioleta, urbanização e poluição do ar, poluição da água e conseqüências à saúde, etc. (MEYER, 1996; MCMICHAEL, 1993; SOUTHWICH, 1996). Hogan (2000) relata que não se trata apenas de identificar os elementos ambientais na etiologia de determinada doença, mas colocar em questão todo o nosso modo de vida e questionar se o padrão de vida desenvolvido será somente atingido com o nosso auto-envenenamento. A Saúde Ambiental, moldada nos modelos epidemiológicos tradicionais, avança alinhando fatores de riscos ambientais a doenças e agravos da saúde de

19 18 populações expostas a determinados agentes físico-químicos e em situações definidas como não ocupacionais (TAMBELLINI & CÂMARA, 1998). Por meio de registros epidemiológicos, seria possível em tese, identificar a exposição a riscos ambientais específicos. Assim, por exemplo, registros de leptospirose poderiam servir para a identificação de grupos populacionais expostos a enchentes; a ocorrência diferencial de doenças respiratórias serviria para identificação de grupos expostos a poluição do ar; e outras doenças de veiculação hídrica permitiriam a identificação de áreas com baixas condições de saneamento, etc. Segundo Pimentel (1998), cerca de 40% das mortes que ocorrem no mundo são causadas por poluição e outros fatores ambientais; a poluição do ar afeta a saúde de 4 a 5 milhões de pessoas; a esquistossomose causa a morte estimada de 1 milhão de pessoas; e a falta de condições sanitárias contribui para a morte de 4 milhões de pessoas por ano, atingindo principalmente as crianças em países em desenvolvimento. Buscando a participação popular, a Carta de Ottawa define a promoção da saúde como o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo (BUSS, 2000; OMS, 1998). As modificações ambientais, tanto no nível macro, como no nível micro, afetam de forma geral a distribuição das doenças infecciosas. Os vínculos entre desenvolvimento econômico, condições ambientais e de saúde são muito estreitos, pois as condições para a transmissão de várias doenças são propiciadas pela forma com que são realizadas as intervenções humanas no ambiente. Assim, em intervenções mais bruscas, como a expansão da fronteira agrícola com o desmatamento rápido, pode ocorrer o deslocamento de vetores ou de agentes

20 19 etiológicos, atingindo, num primeiro momento, tanto as populações diretamente envolvidas com o empreendimento, como as comunidades localizadas próximas da área. Num segundo momento, estas doenças podem atingir as periferias das grandes cidades ou populações inteiras, como no caso da febre amarela urbana (PIGNATTI, 2003). A pesquisa procurou analisar as políticas de saúde voltadas as ações relacionadas aos agravos no meio ambiente, demonstrar a relação dos casos de doenças com áreas com freqüente e constante ocupação, os aspectos intra-urbanos e as relações com as condições de vida e de saúde de diversas áreas no contexto social relacionados com a expansão urbana da zona norte da cidade de Manaus, sendo a zona que mais se expandiu nos últimos anos. Esta pesquisa aborda a urbanização e os impactos ambientais, relacionando os dois aspectos e os problemas sociais envolvidos no processo da expansão urbana. Os dados para o desenho da organização do sistema de saúde da Zona Norte de Manaus foram levantados nas instituições pesquisadas e nos sites oficiais. Os registros de casos notificados foram coletados na Secretaria Municipal de Saúde, na sede do Distrito de Saúde Norte e na Fundação de Vigilância e Saúde do Estado do Amazonas. O Distrito de Saúde Norte (DISA NORTE) apresenta alguns Programas Educacionais que são desenvolvidos nas comunidades do próprio Distrito. Para registro fotográfico realizaram-se visitações em áreas da expansão urbana com conjuntos habitacionais já consolidados e em áreas onde o processo de construção estava em andamento, caracterizando a estrutura física do local no momento da pesquisa.

21 20 Essas informações podem servir para a elaboração e sugestão de alternativas de ações, não só políticas, como educacionais para ajudar a minimizar os impactos tanto à saúde como para o meio ambiente.

22 21 1. A URBANIZAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS A expansão urbana não tem sido homogênea como o que acontece principalmente nas regiões metropolitanas, acirrando os desequilíbrios econômicos e sociais, tanto entre cidades quanto dentro das cidades. Também não são homogêneas as taxas de crescimento das cidades, sendo detectadas maiores taxas naquelas de porte médio. Entre 1991 a 2006, cidades com 100 a 500 mil habitantes tiveram crescimento de 41%, comparado ao crescimento médio geral de 27% entre as cidades (IBGE, 2006). A vulnerabilidade ambiental é um fator relevante na configuração da distribuição espacial das situações de pobreza, privação social e surgimento de doenças. Havia previsões que a medicina erradicaria as doenças infecciosas, que com o passar do tempo, confirmaram que estavam erradas (EVANS, 1985). Doenças como a malária, a tuberculose e a hepatite ainda são as maiores causadoras de morte em muitas partes do mundo. Novas doenças continuam a surgir com taxas sem precedentes, enquanto outras reaparecem em regiões onde elas estavam em declínio ou não mais ocorriam. As mudanças recentes e distintas no ambiente, o crescimento econômico, a crise social e o advento da AIDS estão contribuindo para a emergência de novas doenças e o reaparecimento de outras antigas (EPSTEIN, 1995 apud PIGNATTI, 2003). A tecnologia e os avanços na área de saúde contribuíram para a contenção e redução das doenças infecciosas e imuno previníveis. Entretanto, a forma da organização socioambiental que as doenças encontraram como espaço para ora emergirem, ora ganharem novas faces. Entre as grandes endemias urbanas, estão a hanseníase, a leishmaniose e a dengue. Esta, embora os

23 22 conhecimentos sobre os vírus, os vetores e as manifestações clínicas sejam conhecidos e haja todo um Programa Nacional de Controle da Dengue, as condições de produção e reprodução da doença estão vinculadas à circulação do vírus em humanos e nos vetores que encontraram no ambiente urbano as condições ideais para desencadear surtos da doença. A produção de materiais descartáveis, a negligência com o lixo e o aumento de recipientes que acumulam água nos domicílios humanos, além da densidade populacional, não estão sendo encarados como fatores de enfrentamento da questão (PIGNATTI, 2003). Segundo recente consenso da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), foi em 1968, o primeiro registro correlacionando a mortalidade urbana e condições de saúde. Somente em 1993, a Organização Mundial de Saúde (OMS) despertou para a crise na saúde urbana, compreendendo essa crise como um desafio, resultando em um encontro de pesquisadores da área em Kobe, Japão, em Ainda nesta década iniciaram-se os movimentos das cidades saudáveis que configuraram uma rede entre 2000 e Neste mesmo período, foi fundada a Sociedade Internacional de Saúde Urbana, que muito tem contribuído para o dinamismo da área, inclusive com a publicação periódica do Journal of Urban Health da Academia de Medicina de Nova Iorque. No Brasil, ambos os processos (crescimento populacional e urbanização desigual) ocorreram principalmente devido à periferização, após a década de 1970, com impacto direto e indireto nas condições de moradia e saúde da população (BRITO, 2005 apud CAIAFFA, 2008). Para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado, a proteção do ambiente tem de ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento, e não pode ser considerada isoladamente. É a diferença entre

24 23 crescimento e desenvolvimento, ou seja, enquanto crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça social, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população, o desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas, mas tem o objetivo de distribuílas, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta (AMBIENTE BRASIL, 2008). Para Faria (1992), os serviços públicos em áreas tais como as de educação, saúde, saneamento, etc. parecem terem sido capazes de proporcionar, mesmo durante um período de profunda crise financeira do setor público, uma espécie de rede de proteção aos grupos de renda mais baixa, atenuando os efeitos da grave crise econômica que se verificava a nível nacional. Aparentemente, o processo de democratização estaria entre os principais fatores explicativos para essa dinâmica inesperada, ao lado dos chamados efeitos de longo prazo e da redução da pressão demográfica. Em 1998, a Organização Mundial de Saúde propõe um modelo de Vigilância Ambiental onde o desenho analítico é uma matriz de causa-efeito, sendo os fatores hierarquizados em força motriz, pressões, situação, exposição e efeito e propostas de ações para a minimização do impacto na saúde humana estabelecidas. A força motriz considera os fatores que influenciam os vários processos que podem afetar a saúde humana, como por exemplo, o crescimento da população, o desenvolvimento econômico e tecnológico, a pobreza, a industrialização e a urbanização em escala ampla e macro; as pressões seriam aquelas geradas pelas diferentes atividades econômicas, como a indústria, a agricultura, o transporte e a energia; a situação refere-se ao aumento na freqüência

25 24 e magnitude do risco natural gerado pelos processos anteriores, como a qualidade da água, do ar e do solo por causa da poluição; a exposição estabelece um vínculo direto entre os riscos ambientais e os efeitos reais de novos riscos para a saúde; e os efeitos são medidos quando alguém se submete a uma exposição como intoxicação, envenenamento, morbidade e mortalidade. Em 2000, o Ministério da Saúde incorpora os determinantes ambientais e cria o Sistema de Vigilância Ambiental em Saúde como um conjunto de ações que proporcionam conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana. A finalidade deste Sistema seria de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos e das doenças ou agravos relacionados à variável ambiental (BRASIL, 2002). Diversos estudos evidenciam que crescer em bairros com alta concentração de pobreza tem efeitos negativos relevantes em termos de avanço educacional, emprego, gravidez na adolescência e atividade criminal (DURLAUF, 2001; BRIGGS, 2001; CARDIA 2000). Embora os mecanismos que explicam a relação entre pior desempenho educacional e residência em locais de elevada concentração de pobres, por exemplo, não sejam bem conhecidos, é evidente que o pior desempenho educacional nessas áreas contribui para perpetuar e reproduzir a pobreza a longo prazo. Por outro lado, na medida em que a rede de relações sociais de um indivíduo ou família contribui para seu acesso a empregos e a serviços públicos, o isolamento social presente nas áreas segregadas tende a contribuir significativamente para a redução das oportunidades das famílias residentes nesses locais.

26 SAÚDE E MEIO AMBIENTE As questões ambientais devem ser relacionadas com a área de saúde coletiva e compor o eixo da reforma sanitária, observando os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença. A saúde deve estar inserida no processo de tomada de decisões de outras políticas, como a de trabalho, emprego, transporte, educação, economia, desenvolvimento, saneamento, abastecimento de água, etc., corroborando para a proteção do meio ambiente (COHEN, 2004). A relação saúde e ambiente, considerando a sustentabilidade, compreendem a implantação de uma política que se estenda a segmentos diversos interessados na promoção da saúde humana e na preservação do planeta. Como política pública não há como não integrar o meio ambiente, trabalho e emprego, cidades e educação, entre outras áreas. Essas articulações devem construir agendas comuns buscando qualidade ambiental e de vida, com tecnologia e ciência. Compreender a qualidade de um espaço, construído sob a influência da saúde, possibilitando torná-lo saudável, envolvendo o elemento físico, seu entorno e suas inter-relações, compõem, a habitação, espaço este construído de diferentes formas dependendo de outros fatores, principalmente o econômico. A habitação é formada por diferentes dimensões: cultural, econômica, ecológica, sociológica e de saúde. A dimensão cultural envolve hábitos de usos de seus moradores e suas funções, ideologias, implementos e ações. A dimensão econômica é caracterizada pela qualidade de sua estrutura, sua microlocalização e a disponibilidade e acesso a equipamentos básicos urbanos. A dimensão ecológica compõe um sistema aberto que interage com o meio ambiente onde está localizada. A dimensão sociológica inclui o uso que os seus habitantes fazem de habitação,

27 26 incluindo os estilos de vida e as condutas de risco. A dimensão da saúde destaca o enfoque sociológico como fator determinante da saúde de seus moradores e do meio. Essas múltiplas visões de habitação devem trabalhar uniformes para a construção de uma agenda de saúde (OMS, 1998). A habitação está relacionada com o território geográfico e social do local; com os materiais usados para sua construção; a segurança e a qualidade dos elementos combinados; o processo construtivo; a composição espacial; a qualidade dos acabamentos; o contexto do entorno e a educação em saúde ambiental. Ainda envolvendo a necessidade de ter equipamentos urbanos básicos como saneamento, espaços físicos limpos, com estrutura e redes de apoio possibilitando hábitos psicossociais seguros (isentos de violência física, verbal e emocional) e saudáveis (COHEN, 1993). Sob o ponto de vista da saúde, a construção de um novo espaço de práticas voltadas à promoção da saúde e a defesa do meio ambiente deve ser construído com base: nas referências teórico-conceituais da saúde coletiva; na reforma sanitária brasileira e nas diretrizes centrais do SUS. Não se pode deixar de criar vínculo com grupos acadêmicos, de pesquisa, de profissionais de saúde e do ambiente para reconstruir e problematizar a união entre saúde e ambiente. Iniciativas e articulações da sociedade têm buscado aproximar as preocupações da questão ambiental com a questão da saúde, como é o caso de mobilizações da sociedade ante a poluição das águas e a exposição humana decorrente da contaminação química ambiental e pelo surgimento de um novo conceito de justiça ambiental. Como nova concepção de desenvolvimento, a incorporação de temas como degradação ambiental, poluição das águas, ar, solo, radiações ionizantes e não ionizantes, desastres naturais, acidentes com produtos

28 27 perigosos, substâncias químicas e seus efeitos à saúde da população pode ativar e acelerar mudanças no modo de vida e no convívio das pessoas (NETTO, DRUMOND & VASCONCELOS, 2007). A implementação de políticas públicas, como as ações para o saneamento básico, o uso adequado do solo, a preservação das nascentes e de áreas de preservação ambiental, visam assegurar os direitos fundamentais de acesso a esses serviços. Dados oficiais da Política Nacional de Saneamento Básico (2000) apontam que 45 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de água e 82 milhões de brasileiros não são atendidos por redes coletoras de esgoto. A média de perdas nos serviços de abastecimento de água é de 42% quanto aos resíduos sólidos, 64% dos municípios dispõem seus resíduos sólidos em lixões; há carência de política e de programas para o manejo de águas pluviais (GONÇALVES, 2007). Para a prestação adequada dos serviços, devem ser considerados alguns aspectos como princípios gerais da Política Nacional de Saneamento Básico: sustentabilidade, intersetorialidade; cooperação interinstitucional; gestão pública dos serviços; participação e controle social; direito à informação; direito à educação sanitária e ambiental e respeito às diversidades locais e regionais. A promoção da salubridade ambiental deve ser buscada por políticas integradas, visando também a potencializar os investimentos realizados. As ações de saneamento ambiental, ou seja, de gestão de resíduos sólidos, de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem e controle de enchentes, de controle de vetores de doenças transmissíveis e de educação sanitária e ambiental, devem ser integradas e interligadas entre si e com as demais políticas públicas, em especial com as de saúde, meio ambiente, recursos hídricos, desenvolvimento urbano e rural, habitação e desenvolvimento regional (GONÇALVES, 2007).

29 28 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças que ocorrem nos países em desenvolvimento são ocasionadas pela contaminação da água. A cada ano 15 milhões de crianças entre 0 a 5 anos morrem direta ou indiretamente pela falta ou pela deficiência dos sistemas públicos de abastecimento de água e esgotos. Somente 30% da população mundial tem garantia de água tratada, sendo os 70% restantes dependentes de poços e de outras fontes de abastecimento passíveis de contaminação. O processo de expansão urbana, nas últimas décadas, aliou a especulação de venda de terras, o esvaziamento das áreas centrais e a precariedade nos novos loteamentos. Desta forma, devido a dificuldade de acesso a terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viramse obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as margens de rios, vales e colinas (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2000).

30 29 2. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE O direito à saúde está previsto na Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1999) nos artigos 196, 197, 198, 199 e 200, regulamentado pela Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, e também pela Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de De acordo com estes instrumentos normativos, a saúde é um direito fundamental, cabendo ao Estado a responsabilidade de prover as condições materiais [D o in c d d fo c necessárias ao seu exercício, através da formulação de políticas públicas de dimensão individual e coletiva, com intervenção direta nos fatores determinantes e condicionantes da saúde que inclui alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais, reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde O Sistema Único de Saúde por meio da lei de 1990 (Brasil, 1990) dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, que constitui o SUS, por meio de ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada tendo as seguintes diretrizes: I descentralização; II atendimento integral e III participação da comunidade. Os objetivos do SUS devem assegurar uma assistência de qualidade e resolutividade na execução das ações de vigilância a saúde, vigilância ambiental entre outros.

31 Vigilância em Saúde A Vigilância em Saúde abrange as seguintes atividades: a vigilância das doenças transmissíveis, a vigilância das doenças e agravos não-transmissíveis e dos seus fatores de risco, a vigilância ambiental em saúde e a vigilância da situação de saúde. A adoção do conceito de vigilância em saúde procura simbolizar uma abordagem nova, mais ampla do que a tradicional prática de vigilância epidemiológica (BRASIL, 2009). Essa nova concepção vem procurando envolver os diferentes campos da atenção a saúde e destaca a educação em temas ambientais como um forte alicerce para aplicação das mais diversas ações e estratégias de mobilização. A notificação de doenças não representa em si uma maneira eficiente de combater as doenças e reduzir os fatores que as causam, necessitando de intervenções não apenas no tratamento, mais principalmente na prevenção de fatores causais e promoção de ações educativas no combate a redução dos casos, a minimizar os impactos no meio ambiente e na participação ativa da comunidade. 2.2 Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) Conjunto de ações e serviços que objetiva o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança em fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente, que possam interferir na saúde humana, no sentido de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e aos outros agravos à saúde. As prioridades que estão sendo pactuadas com as secretarias de saúde dos estados e secretarias municipais de saúde das capitais, por meio da Programação Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde

32 31 (PPI-VS) e pelo VigiSUS, são a vigilância em saúde relacionada à qualidade da água para consumo humano, a vigilância em saúde relacionada à qualidade do ar e a vigilância em saúde relacionada a áreas de solos contaminados. Outras áreas compreendem a vigilância em saúde relacionada a substâncias químicas, desastres e radiações não ionizantes. Os aspectos que envolvem a expansão urbana, acompanhada dos avanços da modernidade, trazem uma carga de poluição e degradação em igual velocidade. Pelo aumento do consumo exagerado, e pelo desperdício de materiais e de alimentos, assim como do igual desperdício de água, matéria prima e emissão de poluentes com impactos sem precedentes e de difícil reparo a natureza. O monitoramento dos níveis de contaminação nas diversas áreas servem para mensurar e controlar os agentes agressores do ambiente, e, a rever o papel de cada segmento na participação nesse problema, tanto como gerador como reparador dos danos ambientais, com propostas para minimizar ou cessar tais danos mensuráveis. 2.3 Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) O sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) tem por objetivo o registro e o processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo território nacional, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e contribuindo, dessa forma, para a tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal. Esse sistema possibilita uma análise global e integrada de todos os agravos definidos para desencadear as medidas de controle. O SINAN é o principal instrumento de coleta de dados das doenças de notificação compulsória e outros agravos. Instituído em 1996, tem por objetivo dotar municípios e estados de

33 32 uma infra-estrutura tecnológica básica para a transferência de dados dentro de sistema de informação em saúde. A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) trabalha para a promoção e a disseminação do uso da metodologia epidemiológica em todos os níveis do SUS. Objetiva o estabelecimento de sistemas de informação e análises que permitam o monitoramento do quadro sanitário do país, subsidiando a formulação, implementação e avaliação das ações de prevenção e de controle de doenças e agravos, bem como a definição de prioridades e a organização dos serviços e ações de saúde. 2.4 Política Nacional de Atenção Básica de Saúde A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orientase pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (BRASIL, 2002 a ).

34 33 A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Visando a operacionalização da Atenção Básica, definem-se como áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eliminação da hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde (BRASIL, 2006). 2.5 Indicadores Básicos para a Saúde (IBS) O IBS é um produto final do trabalho de diversos órgãos especializados do Ministério da Saúde, em conjunto com a Fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Coordenação-Geral de Estatística e Atuária do Ministério da Previdência e Assistência Social e a Fundação Sistemas de Análise de Dados do Estado de São Paulo (SEADE), integrantes da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Essa rede é responsável pela atualização anual dos dados, que estão disponíveis na página do DATASUS. Os indicadores estão agrupados em seis categorias: demográficos, socioeconômicos, mortalidade, morbidade e fatores de

35 34 risco, recursos e cobertura e são apresentados por estado, capital e região metropolitana. 2.6 Saúde Ambiental O campo da saúde ambiental compreende a área da Saúde Pública e afeta o conhecimento científico, à formulação de políticas públicas e às correspondentes intervenções (ações) relacionadas à interação entre a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural e antrópico que a determinam, condicionam e influenciam, com vistas a melhorar a qualidade de vida do ser humano, sob o ponto de vista da sustentabilidade (BUSS, 2000). A humanidade está num estágio onde a urbanização passa a se expressar mais firmemente nas necessidades humanas, por não poderem se desprender dos recursos científicos e tecnológicos, tornando-se um consumidor nato de bens e serviços (DANSERAU apud GERHARD, 1975). Campo de práticas intersetoriais e transdisciplinares voltadas aos reflexos na saúde humana das relações eco-geo-sociais do homem com o ambiente, com vistas ao bem-estar, à qualidade de vida e à sustentabilidade, que orienta políticas públicas formuladas utilizando o conhecimento disponível e com participação e controle social, conceito este construído coletivamente no I Seminário da Política Nacional de Saúde Ambiental realizado em Brasília em Para tornar viáveis os objetivos e as ações da Saúde Ambiental, são lançadas políticas que permitem direcionar metas e estratégias para a área. A Política Municipal de Meio Ambiente do Código Ambiental do Município de Manaus

36 35 (Lei n.º 605, de 24 de julho de 2001), possui entre seus objetivos que alicerçam a saúde ambiental: - compatibilizar o desenvolvimento econômico-social com a proteção da qualidade do meio ambiente e o equilíbrio ecológico; - articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas pelos diferentes órgãos e entidades do município, com aquelas dos órgãos federais e estaduais, quando necessário; - adotar todas as medidas necessárias no sentido de garantir o cumprimento das diretrizes ambientais estabelecidas no Plano Diretor da Cidade, instrumento básico da política de pleno desenvolvimento das funções sociais, de expansão urbana e de garantia do bem-estar dos habitantes; - garantir a participação popular, a prestação de informações relativas ao meio ambiente e o envolvimento da comunidade; - melhorar continuamente a qualidade do meio ambiente e prevenir a poluição em todas as suas formas; - estabelecer normas que visam coibir a ocupação humana de áreas verdes ou de proteção ambiental, exceto quando sustentado por plano de manejo. A saúde ambiental envolve atividades educacionais constantes, voltadas a Educação Ambiental, por possuírem traços comuns e necessitam que a participação da sociedade seja atuante, nada mais óbvio do que entrelaçar esses segmentos. Os gestores de educação e de saúde possuem papel relevante para mudanças em alguns cenários de degradação, pois alcançam diferentes segmentos

37 36 sociais e econômicos, podendo ajudar na mudança de comportamento dos envolvidos nas ações educacionais. A aplicação das ações da saúde ambiental na educação tende a envolver a participação tanto dos alunos, dos docentes, técnicos administrativos e da comunidade, em atividades que reforcem a prevenção de danos e agravos ao meio ambiente, promoção da saúde do ser humano, conservação das fontes naturais de energia, preservação dos diferentes habitats, produção sustentável e iniciativas de convivência, devendo ser destacadas nos meios escolares e na comunidade. 2.7 Educação Ambiental Sua origem vem do ambientalismo, tendo nascido na II Grande Guerra Mundial, vindo a se fortalecer na década de 60, aliando-se a movimentos sociais: advindos do descontentamento estudantil, principalmente na França, Espanha e Alemanha; movimentos contra a guerra do Vietnã; grupos pacifistas contra as armas nucleares; o movimento feminista na reivindicação de seus direitos e o movimento hippie. Em 1966, Aldous Huxley em seu livro Admirável Mundo Novo faz uma advertência sobre os riscos de uma sociedade longe dos processos sociais e alienada pelo cientificismo clássico. Em 1968, outro livro, de autoria de Rachel Carson A Primavera Silenciosa, denuncia uma série de desequilíbrios provocados pelo homem ao interferir na natureza. Havendo ainda o alerta de Ehrlich quanto o crescimento exponencial da população mundial, levando a uma inviabilidade da vida no planeta em um curto período de tempo (GUEVARA, 1994; SAITO, 2002; VICTOR, 1996).

38 37 Em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, a questão ambiental apresentou grande repercussão. A partir de 1977, o meio ambiente na Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental da Organização das Nações Unidas (Tbilisi) foi conceituada com um perfil nitidamente socioambiental ao abarcar, além dos elementos naturais, os que são criados pelo homem e os sociais constituídos por um conjunto de valores culturais, morais e individuais sem deixar de lado as relações interpessoais na esfera do trabalho e das atividades de lazer. Este enfoque é visto pela lei n o de 27 de abril de 1999, que estabelece, a Política Nacional de Educação Ambiental no seu art. 4º, inciso II quando acrescenta a sustentabilidade. Durante a Jornada Internacional de Educação Ambiental realizada no Fórum Global na Rio92, foi elaborado o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (CASCINO, 2003; GUIMARÃES, 2003; VELASCO, 2002). O Seminário de Educação Ambiental para a América Latina que ocorreu em 1979 no Peru destacou que é preciso desenvolver para preservar e chama a atenção para a interdisciplinaridade. Na década de 1980 institui-se a Política Nacional do Meio Ambiente e o Sistema Nacional do Meio Ambiente, com a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1988). No Brasil em 1987, teve como destaque na imprensa internacional, as queimadas e devastações da floresta amazônica, obrigando o governo a tomar medidas rigorosas contra a destruição das matas. A Educação Ambiental tem entre seus desafios: sociais; - buscar por uma sociedade democrática e justa a todas as classes

39 38 educacionais; - diminuir ou eliminar qualquer tipo de intimidação das ações e práticas ação; - promover a participação espontânea e modificadora como constante - incentivar o aprendizado e conhecimento contínuo e permanente. A Educação Ambiental (CARVALHO, 2006; CASCINO, 2003) possui como característica favorável trabalhar com interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, podendo envolver os diferentes segmentos curriculares para ações de educação ambiental, formal e informalmente. A formação de agentes com formação educacional com visão ambiental propicia um leque de oportunidades na discussão de fatores sociais, econômicos, promoção de saúde, prevenção de doenças, entre outros, com fortalecimento na conservação e preservação do meio ambiente. Entre os princípios básicos da Educação Ambiental no art. 79 do Código Ambiental do Município (Manaus, 2001), destacam-se: - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

40 39 nacionais e globais; - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, cultural, entre outros. - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e Como objetivos fundamentais da Educação Ambiental no art. 80 do mesmo Código Ambiental, temos: - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade; - o melhoramento contínuo no tangente à limpeza pública e privada e conservação do município; - a conscientização individual e coletiva para prevenção da poluição em todos os aspectos sociais, morais e físicos. A Educação Ambiental oportuniza uma mobilização social em diversas áreas e permite que agendas de estratégias de programas educacionais possam ser desenvolvidas conjuntamente onde o exercício da cidadania possa ser praticado para o benefício de todos.

41 40 Os setores da indústria, empresa, agropecuária e agricultura podem receber programas com focos específicos, o que possibilitaria minimizar os danos ao ambiente, utilizando-se de tecnologia, principalmente para a informação e para o uso de estratégias multisetoriais e transdisciplinares. O fortalecimento da comunidade para executar ações educativas, permite que estes sejam contínuos e permanentes, favorecendo o desenvolvimento integrado de Programas de Educação.

42 41 3. O CONTEXTO DA PESQUISA: O MUNICÍPIO DE MANAUS 18 Manaus está localizada em um ponto estratégico entre a confluência de dois grandes rios navegáveis, utilizados como barreira contra possíveis invasões espanholas ou holandesas (CARNEIRO FILHO, 1997). Por necessitar de força militar, foi criada em 1669, a Fortaleza de São José do Rio Negro, servindo também para abordar tribos indígenas para conseguir mão-de-obra escrava (BATES, 1979), culminando com o surgimento de um povoado denominado Lugar da Barra, vindo a ser chamado de São José da Barra do Rio Negro e, posteriormente, em homenagem à maior tribo indígena da região, de Manaus (Figura 1). Figura 1: Localização do município de Manaus-Amazonas. Fonte: SUSAM, Em 1786 contava-se 300 habitantes, com boa parte das casas em péssimas condições. Bates (1979, p. 49) descreve: Construíram-se casas confortáveis, e a cidade cresceu, no decurso de trinta ou quarenta anos, até se tornar, depois de Santarém, a principal povoação das margens do Amazonas. À época de minha visita ela estava em decadência, devido à crescente desconfiança, ou esperteza, dos indígenas, que em outros tempos tinham constituído a única e numerosa

43 42 classe trabalhadora, mas que, ao tomarem conhecimento de que a lei os protegia no que dizia respeito à servidão forçada, começaram a se retirar da cidade rapidamente. Quando foi criada a nova Província do Amazonas, em 1852, Barra foi escolhida para sua capital, recebendo então o apropriado nome de Manaus. Com a esperança de melhoria de vida, muitos nordestinos que fugiam da seca, foram para os seringais ou foram trabalhar na construção da estrada Madeira- Mamoré (1877). O Amazonas possuía em 1872 cerca de habitantes, concentrando mais de 51% em Manaus. Já se notava uma disparidade em relação à população da província que neste período apresentou um índice de 360% ao ir de em 1856 para em 1890 (CARNEIRO FILHO, 1997). Tal fato pode ser explicado pelo grande fluxo populacional registrado em 1889, quando foram criadas as colônias de João Alfredo e Oliveira Machado para absorver uma parte dos imigrantes nordestinos. Estima-se que até a virada do século XX, atingiu o montante de a imigrantes na região. O governo municipal de Manaus apresentou, em 1872, um Código de Posturas voltado para a saúde e o meio ambiente, proibindo escavações nos leitos e margens dos igarapés e o lançamento de lixo, restos de materiais de construção, materiais que viessem a apodrecer, e o lançamento de dejetos humanos somente após às 21 horas no Rio Negro. Era obrigado a se manter limpas as vasilhas de transporte e venda de água, vacinação antivariólica para os maiores de três anos. Era ainda limitada a circulação de carroças e animais de tração no sentido de organizar o uso dos espaços públicos e proibia o porte de armas, não era liberada a embriaguez pública ou a circulação de pessoas seminuas ou a tomarem banho sem roupa (VELLOSO et al., 2002).

44 43 Em 1889, com a Proclamação da República, a Província passou a Estado do Amazonas e na última década do século XIX, o aquecimento da economia levou a grandes transformações urbanas e incrementou a vinda de imigrantes, incluindo europeus. O aumento populacional da cidade entre 1960 e 1970 foi de 45% enquanto que de 1970 a 1980 foi de 94%. Em 2006 a população de Manaus era de com previsão para abril de 2009 para habitantes (87% urbana; 13% rural; 52,07% mulheres e 47,93% homens). A densidade demográfica é 149,9 habitantes por km², com perspectiva de vida na cidade superior a 73 anos (Manaus, 2006). O Índice de Desenvolvimento Humano de Manaus (IDH-M) é de 0,774, o IDH-M Renda de 0,702 e o IDH-M Educação 0,909 (IBGE, 2006). A renda per capita é de R$ ,82 (dados de 2000 expressos em R$ de 1 de agosto de 2000). O centro de Manaus é uma cidade contemporânea, cosmopolita, dotada com infraestrutura urbana: largas avenidas, viadutos e passagens de nível; aeroporto e porto internacionais; e eficientes serviços públicos (energia elétrica, saneamento básico, segurança, etc.) planejados para atender uma cidade com proporções menores, situada inicialmente na zona sul e zona oeste, e, com a expansão da mesma, principalmente das zonas leste e norte, está longe de suprir as necessidades da população. O relevo é caracterizado por planícies 1, baixos planaltos 2 e terras firmes 3, 1 Superfície extensa, plana ou pouco acidentada, apresentando fraco declive. Nas planícies os processos de acumulação ou deposição de materiais superam o de desgaste ou de erosão. 2 É a classificação dada a uma forma de relevo constituída por uma superfície elevada, com cume mais ou menos nivelado, geralmente devido à erosão eólica ou pelas águas. São como topos retos, superfícies topográficas, que podem ser regulares ou não. 3 É a região de interior da floresta amazônica, longe de rio caudalosos, de solo mais pobre.

45 44 com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica 4, tornam-se bastante visíveis nas proximidades dos rios. Alguns desses sedimentos continuam a ser trazidos pelas correntezas, o que significa que a Planície Amazônica ainda está em formação. Manaus possui uma área territorial de ,5 km², tendo 377 km² como área urbana, 100 km² de área de expansão urbana, e situa-se entre as coordenadas 2 57' e 3 10' latitude Sul e 59 53' e 60 07' longitude Oeste. Tem como limites: ao norte o município de Presidente Figueiredo; ao sul os municípios do Careiro e Iranduba; ao leste os municípios de Rio Preto da Eva e Amatari e a oeste o município de Novo Ayrão. O clima é equatorial úmido, com temperatura média anual de 26,7ºC, variando entre 23,3ºC e 31,4ºC. A umidade relativa do ar oscila na casa de 80% e a média de precipitação anual é de mm. A região possui duas estações distintas: a Chuvosa (inverno), de dezembro a maio, período em que a temperatura mostra-se mais amena, com chuvas freqüentes; e a Seca (verão ou menos chuvosa), de junho a novembro, época de sol intenso e temperatura elevada, em torno de 38ºC, chegando a atingir quase 40ºC no mês de setembro. Costumam ocorrer, durante todo o ano, fortes pancadas de chuva de pouca duração. Com uma flora diversificada, abriga vários tipos de plantas, além da vitória-régia, uma espécie aquática ornamental. Existem plantas bem próximas umas das outras, o que torna a vegetação úmida e impenetrável. Há espécies com folhas permanentes, encarregadas de deixar a floresta com um verde intenso o ano todo. 4 Refere-se aos terrenos de aluvião que se sobrepuseram às formações geológicas anteriores. Foi nesta Era que apareceram as faunas que precederam as atuais, e que na sua maioria ainda existem. Tem especial interesse os mamíferos e os moluscos. O nome de Antropozóica deve-se ao aparecimento do Homem nesta Era.

46 45 Quanto à hidrografia, os rios que passam por Manaus são o Negro e o Solimões, e, ao se encontrarem, formam o grande Rio Amazonas: - O Rio Negro nasce no leste da Colômbia, e é o maior afluente do Amazonas e o maior rio de água negra do mundo. - O Rio Solimões nasce no Peru e entra no Brasil pelo município de Tabatinga. - O Rio Amazonas é o maior rio da Terra, tanto em volume d'água quanto em comprimento (6.992,06 km de extensão). Tem sua origem na nascente do Rio Apurímac (alto da parte ocidental da Cordilheira dos Andes) no sul do Peru. Apesar de estar situada na Amazônia Legal, Manaus possui poucas áreas verdes. A arborização da cidade vem sendo construída nos últimos anos, existindo hoje na cidade: - Parque do Mindú: localizado na Zona Centro-Sul de Manaus, no bairro Parque 10. O Parque do Mindú é hoje um dos maiores e mais visitados parques municipais do Amazonas. Foi criado em 1989, através de um manifesto popular iniciado pelos moradores do bairro Parque 10 de Novembro. - Área verde da Colina do Aleixo: criado na década de A área verde do Colina do Aleixo localiza-se na Zona Leste da cidade e é uma das maiores áreas verde urbana. Não é aberta à visitas devido invasões constantes de sem-terra. - Parque Sumaúma: é um Parque Estadual localizado na Zona Norte de Manaus, no bairro Cidade Nova, é o menor Parque Estadual do Amazonas e aberto a visitações todos os dias, exceto aos domingos.

47 46 A re-divisão geográfica do Município de Manaus foi instituída no Decreto n. 2924, de 07 de agosto de 1995 e redimensionada pela Lei 283, de 12 de abril de Teve como base os estudos técnicos realizados pelo Instituto Municipal de Planejamento e Informática (IMPLAN), tendo Manaus sido dividida em 6 Zonas Administrativas com 56 Bairros (Figura 2). A cidade possui hoje em torno de 420 áreas residenciais, entre conjuntos, condomínios, ocupações ilegais e loteamentos. Figura 2: Divisão da cidade de Manaus por zonas e bairros. Fonte: Prefeitura Municipal de Manaus-Am, Enfatizando e trabalhando para o crescimento ordenado da cidade, foi aprovada a revisão do Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus (Manaus, 2002), tratando de diferentes aspectos, necessários para o planejamento e gestão de uma cidade, com aplicação de diretrizes legais a serem seguidas. A descrição de alguns pontos estará sendo abordada para melhor entendimento de sua evolução e utilização para o benefício da cidade.

48 Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus. O primeiro Plano Diretor de Manaus foi aprovado em 1968, através da Lei nº 1.033, estabelecendo o zoneamento, a infra-estrutura viária, o loteamento e a regulamentação das edificações. Para regulamentar o uso do solo urbano, somente sete anos depois foi publicado o Plano de Desenvolvimento Integrado da Cidade de Manaus (PDI), que passou a definir as políticas de desenvolvimento urbano no município de Manaus através de lei complementar de loteamento e zoneamento que dividiu a cidade em áreas urbanas e de expansão urbana, em zonas segundo as funções nelas predominantes. O Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus (Lei n 671, D.O.M. de 05 de nov. de 2002) em seu título I, tem a descrição dos princípios que devem reger o desenvolvimento do município, em seu art. 1 aborda que o desenvolvimento urbano e ambiental de Manaus tem como premissa o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, nos termos da Lei Orgânica do Município, de forma a garantir em três de seus incisos: a promoção da qualidade de vida e do ambiente; o aprimoramento da atuação do Poder Executivo sobre os espaços da cidade, mediante a utilização de instrumentos de controle do uso e ocupação do solo e a inclusão social através da ampliação do acesso a terra e da utilização de mecanismos de redistribuição da renda urbana. No art. 2º estão propostas sete estratégias para o desenvolvimento do município, complementando-se com as demais diretrizes do Plano, propondo: I Valorização de Manaus como metrópole regional; II Qualificação ambiental do território; III Promoção da economia; IV Mobilidade em Manaus; V Uso e ocupação do solo urbano; VI Construção da cidade e VII - Gestão democrática.

49 48 Fazendo referência à ocupação da terra, em seu capítulo V, trata do uso e ocupação do solo urbano, especificando no art. 24 a Estratégia de Uso e Ocupação do Solo Urbano, que tem como objetivo geral ordenar e regulamentar o uso e a ocupação do solo para garantir a qualidade de vida da população, incluindo a reconfiguração da paisagem urbana e a valorização das paisagens não urbanas. Devendo ser empregado a todas as áreas do município, proporcionando uma ocupação igualitária, com benefícios para todos os segmentos sociais. Ainda no cap. V o parágrafo único apresenta como objetivos específicos da Estratégia de Uso e Ocupação do Solo Urbano: I - Controlar a expansão urbana horizontal da cidade, visando à preservação dos ambientes naturais do Município e à otimização dos serviços e equipamentos urbanos de Manaus; II - Instituir, consolidar e revitalizar centros urbanos dinâmicos; III - Ordenar a localização de usos e atividades na cidade; IV - Incentivar a adoção de padrões urbanísticos e arquitetônicos condizentes com as características climáticas e culturais de Manaus, visando à melhoria das condições ambientais das edificações e à criação de uma nova identidade urbanística para a cidade. Esses objetivos reforçam a atenção em tentar manter o crescimento da cidade, historicamente natural para qualquer grande metrópole, ordenado e sem maiores prejuízos ou danos ao meio ambiente. O art. 26 trata da Estratégia de Construção da Cidade, tem como objetivo geral compartilhar os benefícios sociais gerados na cidade e potencializar atividades econômicas urbanas para a implementação de uma política habitacional que

50 49 democratize o acesso a terra e à moradia. Em seu parágrafo único, são objetivos específicos da Estratégia de Construção da Cidade: Promover intervenções estruturadoras no espaço da cidade que crie novas oportunidades empresariais e permita ao Poder Executivo recuperar e redistribuir a renda urbana decorrente da valorização do solo; ampliar a oferta de habitação social e o acesso à terra urbana, fomentando a produção de novas moradias para as populações de média e baixa renda adequadas à qualificação ambiental da cidade; prevenir e/ou corrigir os efeitos gerados por situações e práticas que degradam o ambiente urbano e comprometem a qualidade de vida da população, principalmente invasões e ocupações nas margens dos cursos d água. Imagina-se então que amparado por tantas diretrizes, seria o suficiente para se construir um espaço urbano adequado para diferentes tipos de ocupação, habitacionais ou não, onde o meio ambiente não sofreria com intervenções antrópicas negativas. Ainda nesse campo, a competência no município em fiscalizar e acompanhar essas estratégias devem ser atuantes e contínuas. Considerando a desigualdade social e os interesses econômicos, essa observância não pode ser tendenciosa ou omissa, procurando alcançar a todos os interessados em prol de um resultado positivo para a cidade. O Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus de 2002 ainda reforça no art. 28 que a implantação de infraestrutura urbana e social deverá ser priorizada em áreas e núcleos urbanos mais carentes para garantir melhores condições de vida à população, com ênfase no aperfeiçoamento do sistema de atendimento à saúde e na ampliação da rede municipal de ensino público. Isso reforça indiretamente as ações políticas, tanto da saúde, como da educação. Historicamente, uma população carente, torna-se carente também nos mais diversos serviços: transporte coletivo, fornecimento de água, iluminação pública e acesso à saúde. Este último, em especial, acaba por agravar essa

51 50 situação. As pessoas doentes que continuam com a exposição a riscos, tendem sempre a permanecer doentes, o que aumenta a possibilidade dessas pessoas de apresentarem complicações crônicas, passando da necessidade de atendimento primário a atendimento terciário, onerando os custos com a saúde. Dentre as diretrizes propostas no art. 30, está a que deve ampliar a oferta de habitação social e o acesso à terra urbana, assim como as diretrizes para prevenir e corrigir os efeitos gerados por situações e práticas que degradam o ambiente urbano e comprometem a qualidade de vida da população, o Poder Executivo deverá implementar uma política habitacional de interesse social. É preciso promover a melhoria das condições de habitabilidade nas áreas consolidadas por moradias populares, na perspectiva de garantir novas oportunidades para a população de baixa renda e promover o reassentamento dessa população, sujeita a situações de risco, mantendo as populações reassentadas, preferencialmente, no mesmo local ou nas proximidades, garantindo maior segurança e melhor condição de acesso ao trabalho, ao lazer, à saúde e à educação. Este último nem sempre é possível, e até inviável se analisado o local de origem, porém uma infraestrutura deve ser criada e colocada ao acesso dessas pessoas, garantindo melhores condições de vida e oportunidade para a progressão econômica e social. Como programa da política habitacional de interesse social, o art. 31 destaca para melhoria das condições de habitação em áreas consolidadas, a implantação de programa de Educação Ambiental junto às comunidades, articulando os diversos agentes representativos da sociedade; promoção de ações articuladas com órgãos e entidades governamentais e nãogovernamentais voltados à construção de moradias populares e, que possa

52 51 atender às demandas das populações de média e baixa renda, preferencialmente àquelas que ocupam áreas de invasões e igarapés. O que diminuiria sensivelmente o quadro atual e a exposição a agravos a saúde, pois são as mais expostas e que menos possuem condições para tratamento e orientação quanto à prevenção. Destaca-se que no art. 38 constituem-se pressupostos para a Macroestruturação do Município (Figura 3), a inibição da expansão da malha urbana nas direções norte e leste, mediante a indução do adensamento na área urbana consolidada, visando melhor aproveitamento da infra-estrutura instalada. Porém os altos custos de aquisição da casa própria ou terreno na área urbana inibem qualquer assalariado a pensar ou sonhar em adquirir uma moradia, dificultando a condução e concretude para a ocupação em uma área urbana. Área Urbana Área de Transição Figura 3: Macroestruturação Urbana de Manaus. Fonte: Prefeitura de Manaus, Observando os instrumentos de regulação, em especial das normas de uso e ocupação do solo no art. 63, este, será regulamentado por lei municipal

53 52 específica que definirá as normas relativas ao uso e atividades e a intensidade de ocupação, que visam a qualidade de vida da população; o controle da densificação e a minimização dos impactos ambientais. Essa regulamentação oportuniza ao governo municipal, juntamente com outros órgãos, atuar efetiva e objetivamente em estudos e ações que viabilizem a prática correta da ocupação do solo urbano. O município também é responsável pelo gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos pela cidade, na seção IV em seu art. 117, tem como estratégia intervir para a proteção à saúde humana e do meio ambiente, especificando medidas que incentivem a conservação e recuperação de recursos naturais e oferecer condições para a destinação final adequada dos resíduos sólidos. O aterro sanitário do município deve estar dentro de normas sanitárias e ambientais para atender as prerrogativas dos ministérios da saúde e meio ambiente e órgãos afins. Na seção VIII que trata dos instrumentos complementares referente ao Plano de Saneamento e Drenagem, o art. 126, tem como objetivos: Controlar, proteger e direcionar a presença e o uso da água em todas as suas formas - rios, igarapés, lagos, lençóis superficiais e profundos; e disciplinar, definir técnicas e competências para o lançamento e destino final dos efluentes domésticos, não domésticos e industriais. O tratamento dos resíduos nas estações de esgoto contribuiria não só para diminuir a poluição das águas, mais também no reaproveitamento de água, gerando economia e redução no consumo natural. Os impactos ambientais produzidos pelo desmatamento da floresta, queimadas, poluição dos leitos de igarapés, destino de resíduos tóxicos ou de esgotos para as margens dos rios ou em terrenos baldios 6, chegam a causar danos 6 Terreno inútil; estéril; inculto.

54 53 tão sérios que dificilmente serão revertidos ao longo de muitos anos, isso se vier a ser implantado um programa de recuperação dessas áreas e igarapés. A contribuição do setor público, por ação direta, e setor privado, por ações indiretas como incentivo a educação, cultura e preservação do meio ambiente e promoção da saúde, podem ser desenvolvidos com igual importância para minimizar e reverter danos ambientais. O Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus possui uma abrangência extensiva ao meio ambiente, sem causar danos ou prejudicar na qualidade de vida com a ocupação do solo. O planejamento e ações voltadas à saúde foi aprovado na 12ª Assembléia Geral Ordinária (Resolução nº 55 de 21 de dez. de 2006) o Plano Municipal de Saúde de Manaus com propostas do Plano Plurianual (FERREIRA, 2006) trabalhando as prioridades, metas e estratégias para a saúde, fazendo essa relação junto aos gestores, prestadores de serviços (públicos ou privados), população e meio ambiente, culminando em ações distintas, porém com o mesmo foco. 3.2 Plano Municipal de Saúde de Manaus. Plano Municipal de Saúde de Manaus de 2006, configura-se como um instrumento de auxílio ao gestor no processo de tomada de decisão, tendo suas prioridades, metas e estratégias sido estabelecidas em consonância com as propostas do Plano Plurianual (PPA) , e de acordo com o Plano Nacional de Saúde Pacto pela Saúde no Brasil e Regulamentação dos Pactos pela Saúde. O Plano foi elaborado, participativamente, por profissionais da saúde e por representação do Conselho Municipal de Saúde. O PPA foi divididos em três partes:

55 54 1ª Parte: Características demográficas e sociais, a análise situacional da saúde no município de Manaus e a produção de serviços de saúde; 2ª Parte: Apresenta as prioridades, metas e estratégias estabelecidas pela Gestão; 3ª Parte: Composta pelo demonstrativo do Plano Plurianual PPA onde são apresentados os recursos orçamentários, com as metas físicas e financeiras. Para entendimento do que se baseia a 2ª parte do Plano Municipal de Saúde, destacou-se as prioridades, metas, e estratégias que mais estão correlacionadas ao interesse da pesquisa, abrangendo diversos objetivos em prol da saúde Prioridades, Metas e Estratégias do Plano Municipal de Saúde. Como resultado do PPA estão apresentadas algumas prioridades com suas respectivas metas e estratégias, relacionadas com área de expansão urbana e seu envolvimento com a saúde, trabalhando em conjunto focos distintos e que contribuem para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Gestão em Saúde - Parcerias interinstitucionais para a promoção da saúde da população. Meta 1 Estabelecer com outras instituições, parcerias para a promoção à saúde, visando fortalecer a intersetorialidade das ações (educação, saneamento básico, meio ambiente e outras áreas afins) para a melhoria das condições de vida da população. Estratégia 1: Divulgação das ações e serviços junto a instituições parceiras. Estratégia 2:Participação em eventos para a troca de conhecimentos e experiências.

56 55 Estratégia 3: Estabelecimento de pacto de ações intersetoriais entre os níveis governamentais, não-governamentais e filantrópicos. O envolvimento de órgãos, instituições e setores que podem contribuir para o fortalecimento dos cuidados e proteção à saúde, destacando a promoção da atenção básica, possibilita a participação direta e efetiva dos administradores para que realizem atividades em cooperação mútua para colocar em prática ações que envolvam tanto os parceiros como a comunidade para a prevenção de doenças através da mudança de comportamento e de convivência. As experiências em programas aplicados em outros campos podem servir de base para gestão em saúde e direcionar tentativas para unir as metas e planos das diferentes instituições, propiciando maior participação dos parceiros e melhor distribuição de tarefas a serem aplicadas pelos mesmos. Vigilância em Saúde A vigilância em saúde na busca de uma nova concepção com abrangência de diferentes campos procurou alcançar metas que propiciassem envolver outros parceiros e atores do processo, principalmente da comunidade, através da educação continuada, monitoramento de ações, com cobrança de todos quanto ao cumprimento de suas obrigações e metas. - Implementar as ações de vigilância em saúde. Meta 1 Descentralizar em 80% as ações de vigilância em saúde para os distritos de saúde. Estratégia 1: Pactuação junto aos distritos para definição das ações que serão descentralizadas.

57 56 Estratégia 2: Reestruturação das ações de vigilância para descentralização. Estratégia 3: Promoção da educação permanente aos profissionais na área de vigilância em saúde. Estratégia 4: Revisão do código sanitário de Manaus. Estratégia 5: Realização do cadastro sanitário da cidade de Manaus. A Secretaria de Saúde junto com as coordenações dos distritos sanitários elaboram a cada ano, um calendário de capacitação para os profissionais, e, com apoio da outras instituições, como a Fundação de Vigilância e Saúde do Estado, realizam cursos através de palestras e treinamentos. Cabe aos gestores de saúde manter um cadastro das famílias e das unidades de saúde de cada distrito, com uma política de acompanhamento e monitoramento das notificações das doenças. A Vigilância em Saúde contribui para o crescimento das ações e troca de informações entre todos os níveis de assistência com envolvimento dos profissionais e ajudando no planejamento das metas e resoluções. As campanhas em conjunto realizadas pelos distritos devem ter uma regularidade, mantendo os dados atualizados e permitindo aos profissionais ter acesso as informações necessárias para elaboração de atividades. Ainda compete aos distritos sanitários envolver as comunidades visando mantê-las participativas e sabedoras que são parte atuante no processo de saúde-doença. Meta 2 Implantar as ações de controle vetorial e manejo ambiental nos Distritos de Saúde. Estratégia 1: Execução das ações de controle vetorial e manejo ambiental nas áreas prioritárias.

58 57 Estratégia 2: Articulação intersetorial visando a colaboração nas ações de controle de endemias. Estratégia 3: Promoção da educação permanente aos profissionais para controle vetorial e manejo ambiental. Estratégia 4: Aplicação da legislação pertinente para o efetivo controle de endemias. Estratégia 5: Realização de atividades para divulgação e informação, junto à comunidade e organizações da sociedade civil. Estratégia 6: Monitoramento e avaliação das ações de controle vetorial e manejo ambiental. Esse controle se dá através do planejamento e execução de atividades que envolvam a vigilância em saúde; a revisão da legislação específica; a capacitação de profissionais; a mobilização da comunidade e ações para redução dos casos de doenças e danos ao meio ambiente. A consolidação das atividades dos Distritos Sanitários em cada área e com ações comuns é uma das estratégias que mais podem incentivar e contar com a participação da comunidade, principalmente por possuírem as unidades básicas de saúde da Estratégia Saúde da Família implantadas dentro das comunidades, permitindo maior contato e identificando as características e necessidades de cada área, traçando assim, estratégias direcionadas a grupos mais específicos e com maior contato, podendo trabalhar com outros profissionais, trazendo-os para dentro da realidade da comunidade e permitindo o contato com os serviços dos demais níveis de assistência. Tanto a troca de experiências como as contribuições em cada área favorecem o alcance de metas extensivas a diversos segmentos e áreas.

59 58 - Fortalecimento das ações de vigilância ambiental. Meta 1 Garantir a melhoria da qualidade da água para o consumo humano nos 04 distritos de saúde de Manaus, através do VIGIÁGUA. Estratégia 1: Reestruturação física (espaço e equipamentos) e de recursos humanos do setor e do laboratório municipal. Estratégia 2: Cadastramento dos sistemas de abastecimento de água (rede pública e soluções alternativas). Estratégia 3: Elaboração do plano de amostragem para vigilância da qualidade da água para consumo humano. Estratégia 4: Implantação do sistema de informação da qualidade da água para consumo humano - SISÁGUA. Meta 2 Implantar em parceria com 100% dos EAS o gerenciamento dos resíduos sólidos no município de Manaus. Estratégia 1: Elaboração de modelo de Plano de Gerenciamento dos resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS para os EAS. Estratégia 2: Acompanhamento da implantação dos Planos de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS nos EAS. Estratégia 3: Promoção da educação permanente aos profissionais na área de vigilância em saúde para execução das atividades dos VIGIS - água, solo, ar, PGRSS. Meta 4* Garantir a melhoria da qualidade do solo. Estratégia 1: Reestruturação física (espaço e equipamentos) e de recursos humanos do setor e do laboratório municipal. Estratégia 2: Cadastramento das fontes geradoras de resíduos sólidos e líquidos (indústria e serviços)

60 59 Estratégia 3: Elaboração do plano de amostragem para vigilância da qualidade do solo. Estratégia 4: Implantação do sistema de informação da qualidade do solo-sissolo. Estratégia 5: Realização de atividades informativas e educativas para público diferenciado. Meta 5* Atender 100% da demanda espontânea das ações de vigilância ambiental em estabelecimentos domiciliares. Estratégia 1: Inspeção, orientação e atendimento às demandas espontâneas referentes aos sistemas independentes de saneamento básico. A construção dessas metas para vigilância e controle da qualidade da água, do solo, dos resíduos sólidos e das residências permiti a aplicação de tarefas e ações, servindo de subsídio para programas eficientes e constantes de prevenção e conservação do meio ambiente, cuidados com a saúde e nos mais diferentes aspectos, podendo ser desenvolvidos programas específicos para o alcance das metas. A grande maioria dos problemas de saúde que surgem em áreas sem estruturação sanitária vem da contaminação da água, do solo e resíduos jogados ao ar livre, a vigilância ambiental minimiza os agravos oriundos dessa natureza. - Manter a qualidade da água e dos alimentos para consumo humano no município de Manaus. Meta 1 Implementar em 20% as coletas/ano de água e alimentos, para atender a demanda dos serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental e demandas provenientes dos distritos. Estratégia 1: Estruturação do espaço físico do laboratório da vigilância sanitária. * A numeração segue a ordem numérica original do Plano Municipal de Saúde de Manaus

61 60 Estratégia 2: Aquisição de material de consumo e permanente para o laboratório. Estratégia 3: Manutenção das coletas e análises microbiológicas e físico-químicas de água em escolas, comunidades, residências, unidades de saúde e estabelecimentos comerciais. Meta 2 Implantar em 100% as coletas de água na rede pública de abastecimento. Estratégia 1: Realização de coletas para análises da colimetria e dos indicadores de sentinela (cloro residual livre e turbidez). Estratégia 2: Manutenção das coletas de água do abastecimento público. As análises laboratoriais ajudam a certificar o controle da qualidade dos produtos examinados, como a água e alimentos. O monitoramento e o controle dessas amostras e análises permitem maior vigilância e, em contrapartida, obrigam aos fornecedores e prestadores de serviços a manterem os devidos cuidados e qualidade com os produtos consumidos ou utilizados pela população. A Vigilância em Saúde na produção de alimentos e o fornecimento e consumo de água pela população deve ter um plano de acompanhamento e verificação da qualidade dos mesmos, contribuindo para manter a saúde da população, evitando assim, o surgimento de doenças em boa parte evitáveis e de fácil controle.

62 61 4. EXPANSÃO URBANA E IMPACTOS AMBIENTAIS EM MANAUS. O desmatamento das últimas décadas na cidade de Manaus é, em parte, devido ao aumento populacional, estendendo-se principalmente nas zonas leste e norte, a falta de planejamento para corredores florestais intra-urbanos levam a áreas sem ou pouca cobertura verde. Não deixando de mencionar que as indústrias do Pólo Industrial de Manaus (PIM) também contribuem com a poluição na cidade. Nas últimas décadas a capital cresceu vertiginosamente com loteamentos populacionais distantes do centro histórico e com ocupações desordenadas na periferia de Manaus. Desta forma as classes mais pobres procuraram se estabilizar em habitações que seriam de sua propriedade, sem altos custos e sem pagamento de taxas e impostos. Contudo tais ações geraram conflitos e desequilíbrios urbanos e ambientais. O pouco foco dado a essas ocupações, decorrentes da carência econômica, têm como característica comum, condições mínimas de qualidade. O crescimento desordenado desses espaços urbanos, sem segurança, higiene, rede elétrica, escolas, enfim, infraestrutura, é compatível com a situação sócio-econômica desses ocupantes. A baixa renda ou quase nenhuma, favorece a degradação dos espaços ocupados (Figura 4).

63 62 Figura 4: Palafitas sobre o igarapé do Quarenta (Zona Sul). Foto: Souza, As margens dos igarapés não foram poupadas, até pelo fato da cidade ser entrecortada por eles, a população menos desprovida de renda e condições sociais, acabou se instalando nesses locais expondo-se a problemas de saúde, como a doenças de pele, gastrointestinais e doenças respiratórias. A ocupação de extensas áreas com pouca ou nenhuma margem de distanciamento da mata e sem correto planejamento, podem gerar problemas ambientais, causando degradação e favorecendo o acesso a margens de igarapés (Figura 5).

64 63 Figura 5: Conjunto habitacional nas proximidades de um igarapé na Zona Norte. Foto: Souza, Quanto à baixa ou nenhuma oferta de áreas de lazer, a própria população acaba fabricando espaços de recreação (Figura 6), para ser utilizado tanto pelos adultos como pelas crianças. Criam-se aí condições favoráveis ao aparecimento de vetores e agentes causadores de doenças, como ratos, baratas, moscas, etc., além de poder ocasionar acidentes, como lesões na pele e perfurações profundas, gerando doenças, como o tétano.

65 64 Figura 6: Área de lazer próxima a mata (Zona Norte). Foto: Souza, Caracterização socioespacial de Manaus Dados do Censo (IBGE, 2000) e de pesquisas realizadas pela Prefeitura Municipal de Manaus no período , o município apresentava até aquele momento um déficit de aproximadamente 42 mil unidades habitacionais. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente 300 mil cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações precárias (Figura 7).

66 65 Figura 7: Palafitas construídas em um bairro da zona sul de Manaus. Foto: Souza, Urbanistas e estudiosos sobre a questão urbana em Manaus apontam a região entre os rios Solimões e Negro, além do igarapé do Mindú, como a área urbana na qual historicamente a Prefeitura atuou com maior rigor e com maior planejamento de investimento por parte do poder público sendo também esta a região onde se encontra a maioria dos bairros com melhores indicadores sociais da cidade. Esta região tem perdido população e apresentado uma densidade demográfica cada vez menor, apesar de ser a região da cidade com maior índice de infraestrutura e equipamentos sociais. Exceção feita às regiões de Adrianópolis, Cidade Nova, Vila Mariana e Flores que sofreram um impressionante acréscimo de população. As populações de baixa renda, por não terem como arcar com o custo de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as regiões nas bordas do município. É válido mencionar, entretanto, que mesmo dentro das margens delimitadas por esses rios, há algumas regiões de exclusão social, como a favela da CEASA no bairro Mauazinho. Por outro lado, há também alguns núcleos de alta renda

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