CHAMAMENTO PÚBLICO DE PROJETOS 2009 APOIO FINANCEIRO A PROJETOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (ATER) PARA MULHERES TRABALHADORAS RURAIS
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1 Ministério do Desenvolvimento Agrário Assessoria de Gênero, Raça e Etnia CHAMAMENTO PÚBLICO DE PROJETOS 2009 APOIO FINANCEIRO A PROJETOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (ATER) PARA MULHERES TRABALHADORAS RURAIS 1
2 Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva Vice-Presidente: José Alencar Gomes da Silva Ministério do Desenvolvimento Agrário MDA Ministro: Guilherme Cassel Secretaria Executiva Secretário: Daniel Maia Secretaria da Agricultura Familiar SAF Secretário: Adoniran Sanches Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural Dater Diretor: Argileu Martins da Silva Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia - AEGRE Coordenadora: Andrea Butto 2
3 CHAMAMENTO PÚBLICO DE PROJETOS 2009 APOIO FINANCEIRO A PROJETOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PARA MULHERES TRABALHADORAS RURAIS E AGENTES DE DESENVOLVIMENTO 1. INFORMAÇÕES GERAIS 1.1. Introdução Na estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Assessoria de Gênero, Raça e Etnia (AEGRE) é responsável por subsidiar as Secretarias do MDA e o Incra para a promoção de políticas transversais que promovam, entre outros, a autonomia social, econômica e política das mulheres trabalhadoras rurais. No âmbito da Assistência Técnica e Extensão Rural, o Decreto nº 5.033/2004 atribui ao MDA/SAF a responsabilidade de coordenar a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), ação fundamental para a garantia da produção agropecuária e da geração de trabalho e renda no campo, com melhoria da qualidade de vida das/os agricultoras/es familiares. A concepção desta Política está fundamentada na promoção do desenvolvimento rural sustentável, articulando recursos humanos e financeiros a partir de parcerias eficazes, solidárias e comprometidas com o desenvolvimento e fortalecimento da agricultura familiar em todo o território nacional. Nesse esforço de transversalizar as políticas públicas, um dos instrumentos utilizados para apoiar instituições que realizam serviços de assistência técnica e extensão rural é o Chamamento Público de Projetos de ATER para Mulheres Trabalhadoras Rurais que, através do PPA do Governo Federal, passou a prever ação orçamentária específica: Assistência Técnica Especializada para Mulheres Rurais, inserida no Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar. Essa dotação orçamentária própria sinaliza o fortalecimento e comprometimento do governo em adotar medidas para o desenvolvimento rural sustentável promotor da igualdade entre agricultoras e agricultores familiares. Assim, em cumprimento às diretrizes do Governo Federal, às atribuições estabelecidas por meio dos instrumentos jurídicos cabíveis, no orçamento final da União, em atendimento às aspirações da sociedade, no que diz respeito à implementação transparente das políticas públicas, a AEGRE, em consonância com a PNATER e o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres - PNPM, comunica às entidades interessadas a abertura do processo de seleção de projetos para prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural a Mulheres Trabalhadoras Rurais Objetivo 3
4 Este chamamento objetiva selecionar projetos de Assistência Técnica e Extensão Rural ATER para Trabalhadoras Rurais no contexto da implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural ATER e do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres - PNPM, de forma articulada entre organizações de Ater e destas com as organizações de representação das agricultoras familiares Prazos e Recursos Financeiros Os prazos para apresentação dos projetos ao MDA/AEGRE, análise, divulgação do resultado, prazo de execução do projeto e valores a serem apoiados, constam a seguir: Recebimento dos projetos 16 de abril a 22 de maio de 2009 Análise documental/técnica 1º a 5 de junho de 2009 Divulgação de resultado Etapa 8 de junho de 2009 Prazo de execução do projeto Valores para apoio do MDA 1 ano, a contar a partir da contratação Mínimo R$ ,00 Máximo R$ , Diretrizes Este Chamamento se constitui em um instrumento para implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural Pnater. As propostas de projetos deverão apresentar consonância com as diretrizes definidas pela PNATER e com as demais estabelecidas abaixo: i) REDUÇÃO DA POBREZA RURAL: desenvolver e implementar ações articuladas com as políticas públicas voltadas para a construção da eqüidade social, econômica e valorização da cidadania, visando a redução da pobreza rural, da discriminação, da opressão e da exclusão de categorias sociais, com especial destaque aos Territórios da Cidadania. ii) SISTEMAS DE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEIS: atuar no processo produtivo e organizacional, com base nos princípios da Agroecologia, com o objetivo de orientar o desenho e manejo de agroecossistemas e ecossistemas aquáticos sustentáveis, baseados na abordagem sistêmica e em processos participativos, promovendo o protagonismo do público beneficiário. iii) GERAÇÃO DE RENDA E AGREGAÇÃO DE VALOR: implementar ações para a geração de renda e ocupação no meio rural, por meio de processos sustentáveis, tendo como referência o paradigma tecnológico estabelecido pela Pnater; compreendendo o apoio às cadeias produtivas, atividades não-agrícolas, agroindustrialização e comercialização da produção. iv) SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: gerar condições, a partir de acompanhamento técnico e capacitação do público beneficiário, para o incremento da diversificação da produção com base em alimentos tradicionais nas 4
5 propriedades, garantindo a Segurança Alimentar e Nutricional da família e grupos sociais envolvidos, com melhoria da qualidade de vida de seus membros. v) ARTICULAÇÃO ATER-PESQUISA-ENSINO: promover processos de geração e adaptação de tecnologias que permitam articular, especialmente em forma de redes, a extensão rural, a pesquisa agropecuária, as organizações formais e informais de ensino, as agricultoras e suas organizações, na geração de conhecimentos destinados ao uso sustentável dos agroecossistemas e dos ecossistemas aquáticos, com base em metodologias participativas de pesquisa e extensão e nos elementos presentes na realidade das agricultoras familiares. vi) GÊNERO, GERAÇÃO, RAÇA E ETNIA: assegurar que as ações de Ater, adaptadas aos diferentes territórios e realidades regionais, sejam construídas a partir do reconhecimento das diversidades e especificidades étnicas, de raça e geração, e das condições socioeconômicas e culturais nos agroecossistemas e ecossistemas aquáticos, considerando os princípios do etnodesenvolvimento. vii) REDES TERRITORIAIS DE ATER: possibilitar a construção de processos de assistência técnica e extensão rural integrados e organizados em redes de serviços nos territórios, de forma a potencializar as ações de desenvolvimento rural sustentável, com qualidade e em quantidade suficiente para as agricultoras familiares Ações Prioritárias Serão apoiadas propostas que incluam obrigatoriamente uma ou mais das seguintes ações prioritárias: i. Atividades não agrícolas - contribuir para a diversificação dos serviços e das atividades produtivas das organizações econômicas coletivas das mulheres trabalhadoras rurais e as de base familiar, através de ações e acompanhamentos dirigidos que incentivem e apóiem a renda não agrícola. Além de promover a capacitação das extensionistas e mulheres trabalhadoras rurais, através da agregação de valor e renda, implementação de projetos de Artesanato, Agroindústria e de Turismo Rural na Agricultura Familiar, entre outras; ii. iii. iv. Diversificação da Produção Agrícola - reconhecer as mulheres nas funções e ocupações das atividades agrícolas, desconstruindo a idéia do seu trabalho como ajuda, aprimorando conteúdos, promovendo inovações tecnológicas quando necessárias, para oferecer alternativas agroeconômicas aos produtos da região em que as trabalhadoras rurais estão inseridas a fim de identificar culturas nativas viáveis e introduzir outras adaptadas ao ecossistema regional. Essa ação deve enfatizar o desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos de trabalhos para atender às demandas dos sistemas produtivos locais, tornando-os eficientes, competitivos e rentáveis, considerando os princípios de sustentabilidade; Gestão da Produção - promover ações para a qualificação das mulheres trabalhadoras rurais sobre instrumentos administrativos e contábeis referentes ao gerenciamento da produção na família e em grupos produtivos específicos de mulheres; Etnodesenvolvimento - articular as ações em etnodesenvolvimento e gênero, visando reconhecer o protagonismo das mulheres quilombolas e indígenas, 5
6 potencializando suas capacidades de autonomia, com valorização e respeito às suas experiências históricas, recursos ambientais, valores e aspirações; v. Agroecologia e a transição para agriculturas de base ecológica - orientar e acompanhar a implementação de processos produtivos de base ecológica para as mulheres. Capacitar extensionistas e mulheres trabalhadoras rurais, valorizando o papel que estas já desempenham na produção de base agroecológica, priorizando a diversificação da produção com base em alimentos tradicionais e utilização de tecnologias limpas que preservem a saúde humana e primem pela sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social; vi. vii. viii. ix. Sustentabilidade e biodiversidade - reforçar a presença das mulheres e ampliar o papel que já desenvolvem na preservação da biodiversidade através da orientação e acompanhamento de projetos com foco na preservação da biodiversidade dos Biomas Brasileiros e seus respectivos agroecossistemas; capacitar extensionistas e mulheres trabalhadoras rurais como agentes de desenvolvimento, através da integração de atividades agrícolas, florestais, pesca artesanal, aqüicultura; apoiar projetos locais de uso sustentável e conservação dos recursos naturais por comunidades de agricultores/as familiares; Redes de Serviços e Atividades Inovadores de Ater - atuar na formação e consolidação de redes de ações e parcerias entre entidades de Ater e profissionais de diferentes instituições, a fim de aplicar metodologias e técnicas inovadoras de Ater, compatíveis com a promoção da igualdade entre homens e mulheres, o protagonismo das trabalhadoras, potencializando a articulação de organizações, agentes de desenvolvimento e agricultoras familiares na construção dos conhecimentos produtivos; Ater em Arranjos Produtivos Locais/Cadeias Produtivas locais e regionais - incentivar, apoiar e fortalecer ações de Ater em atendimento às demandas e estudos dos arranjos produtivos locais/cadeias produtivas em que as mulheres estejam inseridas. Articular, promover e potencializar a participação das mulheres na organização das principais cadeias produtivas locais/regionais/territoriais, promovendo o seu protagonismo em todas as etapas do processo e uma maior apropriação de renda; Qualificação do uso do Crédito Rural Pronaf através da Ater- ampliar e otimizar a utilização de todas as linhas crédito Pronaf e do Pronaf Mulher, especialmente através de orientação técnica qualificada às mulheres trabalhadoras rurais. Capacitar extensionistas e mulheres trabalhadoras rurais em suas fases de planejamento, elaboração e desenvolvimento das atividades financiadas, com a realização de monitorias e visitas técnicas às propriedades; x. Comercialização - apoiar a elaboração de estratégias de negócios e promoção comercial de produtos dos grupos produtivos de mulheres em mercados nacionais (local e regional) e internacionais. Orientar para as atividades de comercialização junto aos mercados institucionais, assim como feiras locais e outras formas de venda aos consumidores e consumidoras; xi. Convivência com o Semi-Árido - implementar ações de convivência com o semi-árido nos territórios/regiões, de forma a criar condições de produção e vida sustentáveis às trabalhadoras rurais; 6
7 xii. xiii. Agroindustrialização da Agricultura Familiar - apoiar a inclusão das agricultoras familiares no processo de agroindustrialização, de modo a agregar valor, gerar renda e oportunidades de trabalho no meio rural;.apoiar a implantação, recuperação, ampliação e qualificação de agroindústrias familiares e/ou cooperativas protagonizadas por mulheres rurais; desenvolver e apoiar ações de qualificação do sistema produtivo e adequação à legislação sanitária, para obtenção de registros de produtos; Certificação Sócio-participativa - apoiar a construção de processos de certificação sócio-participativa de atividades desenvolvidas por mulheres Metas Obrigatórias Todas as propostas a serem apoiadas deverão incluir obrigatoriamente metas com os seguintes focos: (A) Gênero e o desenvolvimento rural: realizar atividades voltadas para as beneficiárias e/ou entidades de apoio envolvidas, sobre a importância do trabalho remunerado e não remunerado das agricultoras no contexto da agricultura familiar, reconhecendo as desigualdades entre homens e mulheres, identificando formas de incidência para a transformação dessa realidade com interface ao desenvolvimento rural, a partir de uma metodologia inovadora de ATER; (B) Políticas Públicas do MDA de apoio à produção e comercialização - orientar e acompanhar as mulheres trabalhadoras rurais interessadas a acessarem o Crédito do Pronaf, Assistência Técnica e Extensão Rural, Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais, Programa de Aquisição de Alimentos PAA, Seguro da Agricultura Familiar SEAF, Biodiesel, entre outros Público Beneficiário O público atendido pela proposta deve ser constituído por trabalhadoras rurais (agricultoras familiares, extrativistas, ribeirinhas, aqüicultura e pescadoras artesanais, indígenas, quilombolas e jovens rurais); Os projetos não deverão contemplar agricultoras assentadas da reforma agrária, tendo em vista que esse público específico é atendido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA; Devem ser especificadas e quantificadas claramente as beneficiárias do projeto Instituições Elegíveis Somente poderão participar deste Chamamento órgãos ou entidades de direito público e entidades de direito privado, estas legalmente estabelecidas no país, com no mínimo 3 (três) anos de funcionamento regular, e que satisfaçam às condições expressas neste documento, bem como os estabelecidos no inciso VII, art. 36, da Lei de Diretrizes Orçamentárias nº , de 14 de agosto de 2008 (LDO/2008) É imprescindível que a ações descritas no ato constitutivo da entidade proponente sejam compatíveis com o objeto desse Chamamento Público. 7
8 1.8.3 As entidades interessadas e seus representantes legais devem estar credenciadas e cadastradas no Portal de Convenio SICONV; As entidades interessadas após a fase de credenciamento e cadastramento devem inserir a proposta para esse Chamamento Público no Portal de Convênios ( Os dados inseridos devem observar as seguintes exigências do sistema: (i) inclusão da proposta (informações da proposta, justificativa, dados bancários, informações financeiras); (ii) o cronograma físico (que compreende o preenchimento por meta e respectivas etapas); (iii) cronograma de desembolso (por meta); (iv) relação de bens e serviços; (v) anexos como anexos devem ser portados os formulários I, II, III, IV, V, VI e VII No caso de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, não devem participar deste Chamamento aquelas que tenham como dirigente agente político de Poder ou do Ministério Público, dirigente de orgão ou entidade da administração pública de qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau Área de Abrangência Os projetos devem ter abrangência, no mínimo, territorial/regional, apresentando áreas bem delimitadas, com definição dos municípios, explicitando as ações de Ater; Serão priorizados os projetos com atuação nos Territórios da Cidadania (anexo XII), no entanto, sem ultrapassar os valores contidos nos Cadernos Territoriais. Caso tenha excedente do recurso disponibilizado para estes casos, haverá a possibilidade de apoio a projetos que não se inserem nos Territórios da Cidadania; A proposta deverá conter a relação nominal dos municípios contemplados por Ação Prioritária (a lista também deve ser apresentada no Formulário Resumo Anexo II) Recursos Financeiros Os recursos financeiros deverão ser aplicados em todo o território nacional, observando os seguintes critérios: O MDA apoiará propostas com valores a partir de R$ ,00 até R$ ,00; O Custo-benefício (relação valor/beneficiária) é de até R$ 400,00 para a região Norte e até R$ 250,00 para as demais regiões; 8
9 As ações Assistência Técnica e Extensão Rural devem corresponder a pelo menos 60% do valor total do projeto. Ou seja, as capacitações/formações previstas não devem ultrapassam 40% do valor total do projeto Itens Não Financiáveis Somente poderão ser apoiados projetos cujos recursos financeiros sejam exclusivamente para despesas de custeio. Não poderão ser apoiadas com recursos do MDA: Despesas de Capital, ou seja, aquelas relativas à aquisição de bens patrimoniais, tais como: veículos, máquinas e equipamentos; obras e instalações; aquisição de bens imóveis; taxa de administração ou similar; elaboração da proposta apresentada; gratificação, consultoria ou qualquer espécie de remuneração ao pessoal com vínculo empregatício com instituições da administração pública federal, estadual ou municipal, direta ou indireta; pagamentos de taxas, impostos, multas, juros ou correção monetária, inclusive, decorrentes de pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos; pagamento de dividendos ou recuperação de capital investido; compra de ações, debêntures ou outros valores mobiliários; despesas gerais de manutenção das instituições proponentes ou executoras do projeto como: telefone, luz, água, aluguel de escritório, internet, despesas com contador); salários da equipe técnica; despesas de coordenação e administração do projeto. Em nenhuma hipótese será permitida a terceirização dos serviços contratados Contrapartida O aporte de contrapartida é uma forma de evidenciar o interesse mútuo entre União e proponente na execução do objeto pactuado Tipos de contrapartida A contrapartida poderá ser atendida de duas maneiras: 9
10 (1) Por meio de recursos financeiros: a ser depositada na conta bancária específica do convênio, em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso; e/ou (2) Por meio de bens e serviços economicamente mensuráveis: em se tratando a proponente de entidade privada sem fins lucrativos, os bens oferecidos como contra partida deverão ter sua posse comprovada, bem como estarem de acordo com preços praticados no mercado. Em se tratando de entidade governamental, deverá haver comprovação de que os mesmos integram o patrimônio da proponente, devendo, ainda, ser computados com base nos valores das despesas orçamentárias utilizadas na sua aquisição, produção ou manutenção Percentuais A Lei de Diretrizes Orçamentárias nº , de 14 de agosto de 2008, na Seção IV, estabelece os limites percentuais mínimos e máximos que deverão ser obrigatoriamente seguidos pelas entidades proponentes (governamentais ou privadas sem fins lucrativos): No caso projetos de âmbito Municipais: a) 2% (dois por cento) e 4% (quatro por cento), para Municípios com até (cinqüenta mil) habitantes; b) 4% (quatro por cento) e 8% (oito por cento), para Municípios acima de (cinqüenta mil) habitantes localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR, nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM e na Região Centro-Oeste; e c) 8% (oito por cento) e 40% (quarenta por cento), para os demais; e No caso de projetos de âmbito Estadual: a) 10% (dez por cento) e 20% (vinte por cento), se localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR, nas áreas da SUDENE e da SUDAM e na Região Centro-Oeste; e b) 20% (vinte por cento) e 40% (quarenta por cento), para os demais. IMPORTANTE: As entidades deverão justificar a contrapartida adotada, com base na área de abrangência do projeto (municipal/territorial/estadual); 2. CARACTERÍSTICAS OBRIGATÓRIAS As características obrigatórias indicadas a seguir são válidas para o presente chamamento público. A ausência ou insuficiência de informações sobre quaisquer delas resultará em não enquadramento de proposta Quanto à Entidade Proponente 10
11 É de responsabilidade exclusiva da entidade proponente apresentar documentação atualizada da entidade e de seus representantes legais; Para a celebração de convênios, as entidades proponentes e seus representantes legais não poderão estar em situação de mora ou de inadimplência junto a qualquer órgão ou entidade da Administração Publica direta e indireta conforme legislação vigente; Para a celebração de Convenio, as entidades proponentes não podem estar executando mais do que 03 projetos no âmbito do MDA. A entidade que estiver nessas condições terá sua proposta cancelada para este Chamamento Público; É vedado às instituições a apresentação de mais de uma proposta no Chamamento Público para Projetos como proponente/titular, bem como a mesma proposta ser apresentada por mais de uma instituição. Para a contratação dos projetos, as entidades proponentes não poderão estar em situação de mora ou de inadimplência junto a qualquer órgão ou entidade da Administração Pública direta e indireta, conforme legislação vigente. A entidade deverá apresentar todas as certidões e documentos exigidos para formalização do convênio, e a sua celebração. A entidade devera estar cadastrada e credenciada no SICONV, informações no sistema de Portal de Convênios ( Quanto à Proposta A proposta deverá encaminhada deve conter os seguintes itens: Carta endereçada à Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia encaminhando o projeto, solicitando o apoio, assinada pelo/a responsável legal da entidade proponente (Anexo I); Formulário Resumo contendo dados para a identificação da entidade proponente e suas parceiras, quando for o caso, além de dados resumidos do projeto (Anexo II); Projeto Técnico contendo informações que caracterizam o projeto, de acordo com o Roteiro de Elaboração apresentado neste documento (Anexo II); Currículo da entidade proponente englobando a descrição sobre seus bens e sua infraestrutura instalada (Anexo III); Relação da equipe técnica (Anexo IV); Currículos simplificados da equipe técnica (Anexo V); Plano de Trabalho conforme formulário padronizado pela Secretaria do Tesouro Nacional STN ( Anexo VI); Memória de cálculo (Anexo V); Carta de Anuência (quando a proposta for direcionada para mulheres quilombolas e/ou indígenas) Quanto à Equipe Técnica 11
12 A coordenadora do projeto deve ter experiência na coordenação de projetos de Ater e/ou Capacitação, nas ações prioritárias e obrigatórias definidas nesta Chamada ou de natureza semelhante; Os/as técnicos/as envolvidos/as na execução do Projeto devem ter formação e experiência comprovada em áreas vinculadas e ações prioritárias definidas nesta Chamada; A equipe técnica deve ter participado de programas e/ou ações de assistência técnica e extensão rural e Capacitação para trabalhadoras rurais e/ou técnicos, nas ações prioritárias definidas nesta Chamada ou de natureza semelhante Quanto aos Fundamentos Metodológicos A metodologia de trabalho para a execução do projeto deve ser desenvolvida de forma participativa, buscando: Assegurar que as beneficiárias se manifestem em relação aos objetivos da ação, aos conteúdos (técnicos, culturais, organizativos, dentre outros), a estratégia metodológica e ao processo de avaliação das ações e dos resultados alcançados; Promover uma relação de participação e gestão coletiva, pautada na coresponsabilidade entre todas as agentes envolvidas, visando o acesso aos serviços de ATER e o controle social na definição dos processos organizativos e tecnológicos, assim como a utilização dos recursos financeiros; Desenvolver as habilidades e capacidades das beneficiárias para atuarem com autonomia no processo produtivo, de beneficiamento e de comercialização, nas diversas formas de organização social e política, e tratarem seus interesses nos diversos níveis institucionais, de acordo com suas necessidades e especificidades; Desenvolver uma ATER inovadora, baseada em uma pedagogia sustentada na promoção da igualdade entre homens e mulheres, rompendo com a divisão sexual do trabalho que gera segmentações, hierarquias e reforça, portanto, relações desiguais de poder, de modo a fortalecer as mulheres agricultoras para que possam exercer seus direitos na sociedade e na agricultura familiar. 3. ENVIO DE PROPOSTA Os projetos desse Chamamento deverão ser encaminhados: 3.1 Protocolados ou encaminhado via postal, para o endereço: MDA/AEGRE Setor Bancário Norte SBN, Quadra 1 Edifício Palácio do Desenvolvimento, 21º Andar sala 2104 CEP Brasília/DF CHAMAMENTO PÚBLICO DE PROJETOS/ ATER MULHERES
13 A entidade deve protocolar sua proposta até a data limite estabelecida para recebimento no endereço citado. No caso de projetos enviados pelo correio, será considerada, para efeito do atendimento do prazo, a data de postagem da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; O MDA não se responsabiliza por proposta não recebida em decorrência de eventuais problemas técnicos; 4. ADMISSÃO E ANÁLISE Encerrado o prazo estabelecido para recebimento dos projetos, a Equipe Técnica da AEGRE fará a análise inicial quanto à habilitação das entidades proponentes e enquadramento das propostas nos termos desta Chamada. A avaliação das propostas utilizará critérios definidos como eliminatórios e classificatórios Etapa I: Análise Documental A etapa eliminatória 1, realizada pela equipe técnica interna da AEGRE, utilizará como critérios os itens a seguir discriminados. Independente da forma de envio, o não atendimento a qualquer um deles acarretará na eliminação da proposta: a) Encaminhamento da proposta no prazo estabelecido b) Envio do Projeto Técnico c) Envio do Plano de Trabalho d) Envio da Memória de Cálculo e) Envio do currículo da entidade proponente f) Envio dos currículos da equipe técnica do projeto 4.2. Etapa II: Análise Técnica Essa etapa tem caráter eliminatório e classificatório. As propostas selecionadas na Etapa I serão avaliadas por uma Câmara Técnica, que considerará os seguintes critérios classificatórios: A) Articulação e consistência da propositura do Projeto: Diretrizes da Chamada; Ações prioritárias e Metas obrigatórias; Fundamentos metodológicos; Atividades ATER/carga horária; Monitoria e avaliação; Proposta de continuidade. B) Orçamento: Consistência e adequação; Custo benefício; 13
14 Porcentagem mínima de 60% para atividades de ATER. C) Atendimento aos princípios da ATER: Controle social; Aspecto Ambiental; Abrangência em Territórios da Cidadania. D) Capacidade de execução e experiência institucional: Capacidade instalada de execução; Experiência em ações prioritárias e obrigatórias; Conhecimento da realidade local; Conhecimento de instrumento de política pública. E) Qualificação da Equipe Técnica: Experiência da coordenação; Formação equipe técnica; Experiência profissional de campo; Experiência em ATER. Na avaliação dos fatores técnicos qualitativos, serão consideradas, exclusivamente, as informações claramente identificadas no projeto apresentado pela entidade proponente. O projeto será avaliado e classificado, atribuindo-se notas em valor absoluto e pesos relativos, de acordo com a planilha abaixo. As propostas que obtiverem nota inferior a 50 serão eliminadas. I- ADEQUAÇÃO DO PROJETO A) Articulação e consistência da propositura do Projeto: diretrizes, parâmetros, fundamento metodológico, continuidade e replicação, monitoramento e avaliação. Peso Nota (0 a 5) Pontos Diretrizes da Chamada: O projeto contempla as diretrizes da Pnater e estabelecidas nesta Chamada Ações prioritárias e obrigatórias: o projeto contempla uma ou mais ações prioritárias e obrigatórias definidas. Fundamento metodológico: baseia-se em metodologia participativa, com conteúdos formativos e ações pedagógicas que reconhecem as mulheres nas funções e ocupações nas atividades agrícolas e não agrícolas, reconhecendo nas as mulheres os processos produtivos de base ecológica, formas de trabalho da assistência e extensão rural que contribuam para a diversificação dos serviços e das atividades produtivas, considerando o desejo de realização de atividades por parte das mulheres. Atividades de ATER/carga horária: incorpora de maneira integrada as diversas técnicas de ATER (ex: atendimentos, visitas técnicas, cursos, seminários, encontros, intercâmbios etc) Monitoria e Avaliação: contempla estratégias/instrumentos de monitoramento e avaliação a serem realizadas em conjunto com as beneficiárias Proposta de continuidade: O projeto apresenta potencialidade para desenvolver ações contínuas e permanentes na área de abrangência. Indica possibilidades de que a experiência venha a ser replicada na comunidade envolvida ou por outras. 1,5 5 7,5 1,5 5 7,5 B) Orçamento Consistência e adequação do orçamento em relação às atividades a serem desenvolvidas. Custo-benefício (relação valor/beneficiário): até R$ 400,00 para a região Norte e até R$ 250,00 para as demais regiões. As ações de capacitação previstas no Projeto atendem a porcentagem limite estabelecido para essa Chamada, de até 40% (estando fora do estabelecido não receberá nenhuma pontuação estará sujeito a ajustes de valores) 0,5 5 2,5 0,5 5 2,5 C) Atendimento aos princípios da Pnater Controle social: explicita a gestão compartilhada com organizações, grupos ou cooperativas de mulheres trabalhadoras rurais, (na fase de planejamento, execução e avaliação). Aspecto Ambiental: O projeto explicita preocupação com a questão ambiental e ênfase na 0,5 5 2,5 14
15 transição para agricultura de base ecológica. Abrangência: O projeto está inserido em Territórios da Cidadania. 1,5 5 7,5 Pontuação Obtida subtotal 1 60,0 II- CAPACIDADE DE EXECUÇÃO E EXPERIÊNCIA DA ENTIDADE/ QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA Peso Nota Pontos D) Capacidade de execução e experiência institucional Capacidade de execução: a entidade possui capacidade instalada para execução (infraestrutura operacional e de pessoal) Experiência em ações prioritárias e obrigatórias: apresenta comprovada experiência na realização de atividades contemplando ATER, desenvolvimento rural, mulheres rurais e afins. 1,5 5 7,5 Conhecimento da realidade local: tem conhecimento sobre a realidade local da área de abrangência do projeto, por meio da execução de serviços, trabalhos de pesquisa, levantamentos e/ou assessorias. Conhecimento de instrumento de política pública: desejável que a entidade tenha participado da elaboração de trabalho de assessoria e/ou análise técnica que tenha culminado na formulação de planos plurianuais, orçamentos públicos, programas, projetos ou outros instrumentos de políticas públicas para as mulheres. 0,5 5 2,5 E) Qualificação Técnica da Equipe Coordenação: A coordenadora do projeto tem experiência na coordenação de projetos de Ater e/ou Capacitação para mulheres rurais, nas ações prioritárias definidas nesta Chamada ou de natureza semelhante. Formação da equipe técnica: Formação acadêmica da equipe técnica é desejável que os/as técnicos/as envolvidos/as na execução do Projeto tenham formação em áreas vinculadas aos temas que compõem o conteúdo básico das ações prioritárias definidas nesta Chamada. Experiência profissional de campo : a equipe técnica do projeto tem vivência nas ações prioritárias definidas nesta Chamada. 1,5 5 7,5 Experiência em Ater: a equipe técnica tem participado de programas e/ou ações de ATER e Capacitação para trabalhadoras rurais e/ou técnicos. 0,5 5 2,5 Pontuação Obtida subtotal 2 40,0 Pontuação Total 100,00 5. RESULTADO E JULGAMENTO A relação das propostas aprovadas do presente Chamamento será divulgada pelo MDA, disponível na Internet no endereço Caso o proponente queira tomar conhecimento do parecer sobre sua proposta, deverá solicitar por escrito no prazo de 30 dias após a divulgação, e o MDA expedirá uma correspondência específica, preservada a identificação dos/as pareceristas. 6. RECURSOS ADMINISTRATIVOS Caso o proponente tenha justificativa para contestar o resultado, o MDA aceitará recurso no prazo de 05 (cinco) dias úteis, a contar da publicação do resultado. O recurso deverá ser dirigido a AEGRE, a qual proferirá sua decisão no prazo de 10 (dez) dias úteis. Os pedidos deverão ser encaminhados ao endereço citado no item CONTRATAÇÃO DAS PROPOSTAS APROVADAS 15
16 As propostas aprovadas poderão ser contratadas pelo MDA/AEGRE, desde que apresentado toda a documentação exigida para a celebração do convênio. (Anexo XI incluindo cotações de preços) IMPORTANTE: Conforme legislação em vigor, é vedado o início das atividades antes da efetivação do repasse dos recursos financeiros. 8. DO MONITORAMENTO O processo de monitoramento e avaliação será realizado com base nos seguintes procedimentos. Visitas técnicas para o monitoramento dos diversos projetos apoiados; Análise qualitativa direta da opinião do público sujeito da Pnater, que deverá ser realizada por intermédio de contatos específicos em campo e/ou nos próprios fóruns de controle social mencionados no Pronater; Estabelecimento de parcerias com os atores e atrizes locais, entre os quais os representantes das beneficiárias, para o monitoramento das atividades; A avaliação técnica dos projetos seguirá também o que foi relacionado no projeto técnico no item avaliação. 9. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Algumas informações serão consideradas durante todo o processo de análise e contratação dos projetos: Havendo sobreposição entre áreas de abrangência de dois ou mais projetos, cujas ações prioritárias sejam as mesmas, caracterizando duplicidade de ações, somente a proposta mais bem classificada, poderá ser apoiada; É obrigatório o uso da assinatura do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Assessoria de Gênero, Raça e Etnia acompanhada da marca do Governo Federal (disponível no site nos materiais de divulgação, de mobilização e nas publicações decorrentes da execução dos convênios ou dos contratos de repasse; As ações publicitárias atinentes a projetos apoiados com recursos da União, deverão observar rigorosamente as disposições contidas no 1º do art. 37 da Constituição Federal, bem assim, aquelas consignadas nas Instruções da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República atualmente a IN/SECOM-PR nº 31, de 10 de setembro de
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