letra ... Perfil dos alfabetizadores no Brasil Como interpretar a indisciplina em sala de aula Bartolomeu Queirós: aprendendo a imaginar

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1 ... o jornal do alfabetizador Belo Horizonte, ot./nov. de no 1 - nº 4 PÁGIN 6 Perfil dos alfabetizadores no Brasil PÁGIN 13 Como interpretar a indisciplina em sala de ala PÁGIN 10 Bartolome Qeirós: aprendendo a imaginar PÁGIN 16 PÁGIN 3 Perfil: ensino e afetividade Trmas homogêneas: necessidade o risco? PÁGIN 15 lfabetização e matemática: interligando lingagens PÁGIN 5 Dom Qixote para crianças

2 Editorial Eles, elas, nós, as alfabetizadoras Qem são os professores alfabetizadores? Qem são os docentes do ensino fndamental? troca de idéias Trmas de alfabetização devem ser homogêneas? NTÔNIO UGUSTO BSTIST - diretor do Ceale Expediente matéria principal deste número do Letra bsca responder a essas pergntas e traz algmas respostas: os professores são majoritariamente professoras; vêm amentando ses níveis de formação; pertencem a famílias de meios poplares qe, pela primeira vez, têm acesso a ma escolarização longa; exercem ma ocpação de poco prestígio. Esse retrato da alfabetizadora é, porém, como qalqer retrato, incompleto: é constrído a partir de m determinado ânglo, sob ma determinada lz, realça certos pontos, esconde otros. cho qe vale a pena lembrar algns desses pontos escondidos, esqecidos, poco destacados. matéria bsco descrever as alfabetizadoras com base em resltados de pesqisa. É ma escolha jstificada e necessária: as investigações do campo da pesqisa edcacional vêm se esforçando para compreender as características pessoais, sociais e profissionais dos docentes. Mas é estranho ennciar qem é o professor esse otro sem, ao mesmo tempo, fazer dois movimentos. O primeiro é pergntar às próprias professoras como vêem a si mesmas, se trabalho, sas dificldades e acertos, como lidam com a maneira pela qal são vistas na sociedade, como reagem à imagem qe a pesqisa acadêmica delas constrói. É certo qe, na matéria, são apresentados diferentes depoimentos de professoras, mas, em geral, eles a integram sem, de fato, serem articlados e contrapostos à voz dos pesqisadores. O segndo movimento necessário está relacionado ao fato de qe, qando bscamos dizer a "verdade" de m otro, analisar qem a enncia e por qe razão a enncia é também m imperativo ético. Fiz m peqeno levantamento a respeito de qem somos nós, os pesqisadores e professores niversitários qe estdamos as alfabetizadoras. qi no Ceale, somos majoritariamente mlheres; qanto mais recente é o nosso ingresso na car- Mensagens "Qe trabalho belíssimo vocês desenvolvem: estimlar, através de m jornal, o professor a aprender a aprender. Gostaria de informar qe aqi em Recife o Letra está sendo divlgado na Rádio Brasília FM, 93.5, no programa "Pais, grandes parceiros na Edcação". Por meio da rádio esto desenvolvendo ma campanha de estímlo a leitra." Reitora da UFMG Vice-reitor da UFMG Pró-reitor de extensão Pró-reitor adjnto de extensão Diretora da FaE Vice-diretora da FaE Socorro Damascena, alfabetizadora e radialista (Comnidade de Brasília Teimosa, Recife/PE) na Lúcia Gazzola Marcos Borato Edison Corrêa Maria das Dores Pimentel Nogeira Ângela Imaclada de Freitas Dalben ntônia Vitória Soares ranha "o ler o jornal Letra, edição de agosto/setembro de 2005, fiqei conhecendo a coleção lfabetização e mento, cja proposta é articlar formação teórica e prática de sala de ala. So professora alfabetizadora e tenho interesse em adqirir esse material." Denize, por RESPOST: PR CONSEGUIR UM EXEMPLR D COLEÇÃO, ENTRE EM CONTTO PELO E-MIL ceale@fae.fmg.br. Diretor do Ceale Vice-diretora Coord. de Relações Institcionais Editor Pedagógico Coord. do Jornal reira niversitária, mais somos provenientes de meios poco escolarizados; em relação às gerações anteriores de pesqisadores, temos níveis de formação mais altos e trabalhamos nma área de menor prestígio em relação às ciências mais fortemente consolidadas e valorizadas. ssim, não somos mito diferentes das alfabetizadoras e, em grande parte, dividimos com elas os mesmos problemas e compartilhamos com elas ma condição mito similar. ssim, na leitra da matéria, é necessário e jsto sbstitir os pronomes de terceira pessoa ("elas", as alfabetizadoras), por m de primeira pessoa "nós", as alfabetizadoras e as pesqisadoras sobre a alfabetização. O retrato constrído na matéria bsco, sobretdo, apreender qem, de fato, somos. Penso qe a entrevista do ator de Indez complementa nosso retrato. Sempre fico meio tenso qando o escto discorrer sobre edcação. É qe, de m lado, fico fascinado pelas possibilidades qe ele cria para nós e para nosso trabalho: Bartolome ao ver de ma otra margem constrída pelo desejo de inventar o mndo, ao falar de nós a partir de m difícil esforço de sbjetivação nos diz qe podemos ser mito mais, qe podemos bscar ma "poética" da alfabetização, marcada também por esse mesmo esforço de sbjetivação. Mas, de otro lado, fico pensando: a escola é ma realidade qe se estrtra em torno da norma e de limitações; se esforço se dirige para a introdção dos alnos nma ordem social, cltral e discrsiva qe professor constriria m mndo de rapadra para estdar sas transformações e dinâmicas? Bom qe o Bartô esteja nesse número: ele completa nosso retrato, por instarar a mesma tensão qe vivencio qando o leio. matéria principal bsca dizer qem somos; Bartolome diz qem podemos ser. Somos, talvez, as das coisas; somos, qem sabe, ma tensão. Entre m ideal qe nos move, entre o mndo de rapadra e a dra realidade da escola e sas normas. ntônio gsto Gomes Batista Ceris S. Ribas da Silva parecida Paiva ntônio gsto Gomes Batista Marildes Marinho " alfabetização sempre foi minha paixão; na medida do possível esto fazendo pesqisas e procrando me atalizar. Conheci o Letra no Congresso Brasileiro de Leitra (Cole, em Campinas)." Editora de Jornalismo Projeto Gráfico Diagramação Repórteres ssessoria Sílvia mélia de raújo (MG09785jp) Marco Severo Lívia Marotta, Marco Severo e Patrícia De Michelis Conrado Mendes, Daniela Mercier, Heloísa lvarenga, Lís Gonzaga, Naiara Magalhães e Teresa Rodriges Elton ntnes e Palo Bernardo Vaz Marcilene Moraes, por "Recebi o número 3 do Letra. É m jornal mito interessante, o professor encontra cabedal para renovar e enriqecer as alas. gradeço a generosidade de me reservar espaço no Perfil. Fiqei orglhosa e feliz." Professora Clotilde Iemini de Rezende Brasil (Três Corações/MG) ERRMOS: "Editora Carangejo" citada na editoria Perfil da segnda edição do Letra não existe. O livro prodzido pela professora Socorro Damascena foi pblicado pelo Centro de Cltra Lís Freire, criado pela professora e ses alnos. inda sim, existe a idéia de tilizar esse nome em pblicações dentro da escola. foto: Sílvia mélia SR MOURÃO MONTEIRO - professora da Rede Mnicipal de Belo Horizonte organização dos alnos em trmas de alfabetização é m dilema vivido no fim e no início de cada ano letivo nas escolas. Para discti-lo, partirei de dois pontos: os processos de aprendizagem e os processos de ensino da línga escrita, aqi tomados em separado para melhor refletirmos sobre o tema. Do lado da aprendizagem, discte-se mito, hoje, a natreza sócio-cltral de ses processos. aprendizagem resltaria de interações entre professores, alnos e a línga escrita. Propostas e práticas atais de alfabetização se apóiam no paradigma de qe a criança apreende a estrtra e fncionamento da línga escrita nm processo de constrção conceital. ssim, seria ingêno pensar em formar trmas homogêneas: grpos de alnos qe evoliriam de modo idêntico em estágios de compreensão da línga escrita, sempre no mesmo ritmo, pelos mesmos processos e estratégias. Do lado dos processos de ensino, o paradigma de aprendizagem acima implica alfabetizar levando os alnos à reflexão sobre as relações entre línga escrita e oralidade; promovendo interações entre os alnos em sala de ala; desenvolvendo práticas de leitra e escrita para inserir o alno no contexto do mento. Nesse sentido, formar trmas homogêneas pode ser m fator qe limitará as possibilidades do trabalho pedagógico. Os atais paradigmas de aprendizagem e as práticas de alfabetização consolidadas nas últimas décadas indicam a necessidade de ma revisão do perfil ideal de ma trma de alfabetização. No entanto, essa revisão, além de considerar as idéias expostas aqi com o devido estdo das teorias qe as fndamentam, deve levar em conta a experiência dos alfabetizadores e as reais possibilidades de organização do trabalho docente nas escolas. Dicionário da alfabetização Ensino de línga línga é m sistema discrsivo, isto é, m sistema qe tem origem na interlocção e se organiza para fncionar na interlocção (inter+locção = ação lingüística entre sjeitos). Esse sistema incli regras vincladas às relações das formas lingüísticas entre si, às relações entre as formas lingüísticas e nosso conhecimento da realidade, qe elas representam, e às relações dessas formas com o contexto em qe são sadas. Se centro é a interação verbal, qe se faz através de textos o discrsos, falados o escritos. Sob essa perspectiva, a línga é considerada como ma atividade social, como forma de ação e interação entre os sjeitos, em m determinado contexto social de comnicação. Partindo dessa concepção, ma proposta de ensino de línga deve valorizar o so da línga nas diferentes sitações sociais, com sa diversidade de fnções e sa variedade de estilos e modos de falar. Para estar de acordo com essa concepção, é importante qe o trabalho em sala de ala se organize em torno do so e qe privilegie a reflexão dos alnos sobre as diferentes possibilidades de emprego de línga. É importante qe o alno aprenda a fazer escolhas adeqadas, ao participar das práticas sociais de leitra e escrita e compreenda a tilidade e relevância daqilo qe se aprende. Há algns anos, lendo m artigo sobre História da Edcação, encontrei a seginte citação, extraída de m texto de 1934: "Classes heterogêneas atentam contra os princípios racionais da pedagogia". Posteriormente, deparei-me com ma frase escrita setenta anos mais tarde: " diversidade em (sala de ala) é oportnidade para ma edcação mais abrangente". Desenvolvo com colegas de diversas niversidades ma pesqisa qe abrange amostra de alnos de 1ª série do Ensino Fndamental (o se eqivalente no sistema de ciclos). Nesse estdo, observamos qe a variação das médias entre as diferentes trmas de cada escola da rede pública é maior qe a variação da média entre essas escolas. Isso indica qe, em mitas escolas, o processo de formação de trmas vem se baseando mais freqüentemente na citação de 1934 do qe na afirmação de 2004, sgerindo qe é preciso valorizar a diversidade e a heterogeneidade das trmas. Por certo, as propostas das escolas para a formação de trmas são formladas com a melhor das intenções. No entanto, desconfio qe, na maior parte dos casos, trmas homogêneas contribem para amentar as desigaldades. Esse é m problema bastante grave nm país qe já convive com tanta desigaldade. Mas considero também qe o tema da formação de trmas é ma qestão ainda em aberto, e qe não há ma resposta única, correta para todas as circnstâncias. É provável qe a melhor forma de organizar as trmas de alfabetização garde relação direta com as características da proposta pedagógica qe se pretende desenvolver. De nossa parte, estaremos investigando esse aspecto mais a fndo drante o ano de Isso implica, certamente, a rejeição de ma tradição de ensino apenas transmissiva, isto é, preocpada em oferecer ao alno conceitos e regras prontos, qe ele só tem qe memorizar, e de ma perspectiva de aprendizagem centrada em atomatismos e reprodções mecânicas. Por isso é qe ma adeqada proposta para o ensino da línga deve prever não só o desenvolvimento de capacidades necessárias às práticas de leitra e escrita, mas também de fala e de escta compreensiva em sitações públicas (a própria ala é ma sitação de so público da línga). rqivo particlar CRESO FRNCO - professor do Departamento de Edcação da PUC-Rio MRI D GRÇ COST VL - pesqisadora do Ceale Revisão Heliana Maria Brina Brandão O Centro de lfabetização, Leitra e Escrita (Ceale) é m órgão complementar da Facldade de Edcação (FaE) da Universidade Federal de Minas Gerais. v. ntônio Carlos, Camps Pamplha - CEP Belo Horizonte - MG - Telefones (31) / , Fax: (31) Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

3 saiba mais Livro na Roda DOM QUIXOTE DE L MNCH, Migel de Cervantes Tradção: Viscodes de Castilho e zevedo (Szano, 2003). Mitas editoras pblicam a obra. lgmas dividem sas partes em dois volmes diferentes. Os nomes variam entre "O engenhoso fidalgo Dom Qixote de La Mancha", "Dom Qixote de La Mancha" o simplesmente "Dom Qixote". POR QUE LER OS CLÁSSICOS? Ítalo Calvino (Cia das Letras, 1993). Comenta e apresenta, nma lingagem bastante atraente, várias definições de m clássico. DOM QUIXOTE DS CRINÇS Monteiro Lobato (Brasiliense, 1978). O livro é editado ainda hoje. s obras da coleção podem ser encontradas facilmente em qalqer livraria, sebo o biblioteca pública. OUTRS DPTÇÕES: DOM QUIXOTE adaptação de Migel Harrison, Coleção Tesoro dos Clássicos Jvenil (Ática, 2003) DOM QUIXOTE - adaptação de José ngeli, Coleção Reencontro Infantil (Editora Scipinone) O CVLEIRO DO SONHO adaptação de na Maria Machado (Editora Mercry Jovem) DOM QUIXOTE adaptação para qadrinhos de Márcia Williams (Editora Ática) O ÚLTIMO CVLEIRO NDNTE adaptação para qadrinhos de Will Eisner; tradção de Carlos Sssekind (Cia. das Letras) DOM QUIXOTE NO BRSIl adaptação de Teresa Noronha (Editora Loyola) Esse endereço traz a crônica "Qando Emília le Qixote", de Socorro cioli. O pé de página contém ma lista de links para otros textos sobre a obra de Cervantes. rte na Edcação INQUIETÇÕES E MUDNÇS NO ENSINO D RTE de na Mae Barbosa (Ed. Cortez, 2002). Obra composta por textos de profissionais atantes em arte-edcação no Brasil. O livro aborda temas como: as transformações no ensino da rte, mlticltralidade e interdisciplinaridade, a arte e se ensino, atitdes e valores no ensino da rte. O site do Institto rte na Escola traz dicas para qe os professores de rte elaborem sa ala, apresenta relatos de experiências e crsos para professores da área. Há, ainda, m espaço para exposição dos trabalhos realizados pelos alnos. O PERFIL DOS PROFESSORES BRSILEIROS: O QUE FZEM, O QUE PENSM, O QUE LMEJM... (Ed. Moderna, 2004). Pesqisa Nacional realizada pela Unesco entre os meses de abril e maio de O estdo apresenta m perfil dos professores brasileiros do ensino fndamental e médio, das redes pública e particlar de ensino. Desenvolvida a partir de qestionários atoaplicáveis, a pesqisa contempla características sociais, econômicas e profissionais dos edcadores. PERFIL DS PROFESSORS DS SÉRIES INICIIS DO ENSINO FUNDMENTL DS ESCOLS ESTDUIS DE MINS GERIS Grpo de valiação e Medidas Edcacionais/Universidade Federal de Minas Gerais (1998). pblicação apresenta os objetivos, o processo e os resltados da aplicação de qestionários a professoras das séries iniciais do sistema estadal de ensino de Minas Gerais. LFBETIZÇÃO MTEMÁTIC: S PRIMEIRS MNIFESTÇÕES D ESCRIT INFNTIL de Ocsana Danylk. (Ed. Slina, 1998). Livro qe traz a tese de dotorado de Ocsana Danylk. pesqisadora investiga como a criança entra no mndo da lingagem matemática. EXCLUSÃO E RESISTÊNCI: EDUCÇÃO MTEMÁTIC E LEGITIMIDDE CULTURL de Gelsa Knijnik (Ed. rtes Médicas, 1996). Para saber mais sobre a perspectiva da etnomatemática. TEMPOS E ESPÇOS CULTURIS: DIFERENÇS N PRODUÇÃO E EFEITOS SOBRE RECEPÇÃO (ESTUDOS SOBRE INDEZ E GUERR DOS BOTÕES) de Hércles Toledo Correa. Tese de dotorado aprovada na FaE/UFMG, em O objetivo da pesqisa foi verificar de qe modo os efeitos prodzidos pela leitra do livro Indez, de Bartolome Campos de Qeirós, e de gerra dos botões, de Lois Pergad, estão relacionados a condições sociais de formação de leitores, a condições de prodção, a propostas interloccionais e aos modos de circlação social dos textos. O MOVIMENTO DE SENTIDO D LUSÃO: UM ESTRTÉGI TEXTUL D LEITUR DE LER, ESCREVER E FZER CONT DE CBEÇ, DE BRTOLOMEU CMPOS DE QUEIROS de Vânia Lcia Menezes Torga. Dissertação de mestrado aprovada na Fale/UFMG, em pesqisa investiga a alsão estratégia textal qe exige do leitor cooperação para constrção da Perfil dos alfabetizadores lfabetização e Matemática Bartolome Campos de Qeirós IDENTIDDE EXPROPRID: RETRTO DO EDUCDOR BRSILEIRO de Jçara Dtra Vieira (CNTE, 2003). O livro analisa dados de ma pesqisa realizada, em 2002, com professores de dez estados brasileiros. Em bsca da compreensão da identidade do profissional, foram entrevistados edcadores de todos os níveis e redes de ensino a respeito de sas condições de trabalho e informações pessoais. RETRTO D ESCOL NO BRSIL org. por ída Maria Monteiro Silva e Márcia Ângela da Silva giar (CNTE, 2004). obra faz ma análise das condições pedagógicas e administrativas da escola pública, abordando temáticas como infraestrtra das escolas, gestão democrática, trabalhadores em edcação, drogas e violência e qalidade da edcação. LETRMENTO NO BRSIL: HBILIDDES MTEMÁTICS org. por Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca (Ed. Global, 2003). O livro reúne artigos de vários atores, qe trazem reflexões a partir dos dados do Indicador Nacional de lfabetismo Fncional (Inaf) de 2002, qe medi os níveis de habilidades matemáticas da poplação brasileira adlta e o so dessas habilidades na vida cotidiana. narrativa no livro Ler, escrever e fazer conta de cabeça, de Bartolome Campos Qeirós. - No site do ator, você encontra toda sa bibliografia, sinopses de ses livros e de teses sobre sa obra, além de relatos de admiradores. SUGESTÕES: Livros "de memória" como Indez; Ler, escrever e fazer conta de cabeça; Por parte de pai e O olho de vidro do me avô são boas indicações de leitra para iniciantes da obra de Bartolome Qeirós. Otros títlos sgerem trabalhos alternativos em sala de ala, como Correspondência, qe estimla a escrita de cartas o Onde tem brxa tem fada..., qe pode ser trabalhado em atividades de contação de histórias. Mas, sem dúvida, vale a pena conferir integralmente a obra do ator. Livro na roda daptações e mediações na leitra do clássico Dias e noites passava na biblioteca. Se gênero preferido: a cavalaria - livros qe falavam de princesas raptadas e de otras injstiças combatidas por cavaleiros destemidos qe andavam pelo mndo ltando contra o mal. Tanto amava as histórias, qe decidi ser também m cavaleiro andante. Com ma velha armadra, retirada do porão, e m cavalo fraco, mas com pomposo nome de Rocinante, foi viver aventras. Tomo o nome de Dom Qixote de La Mancha. Elege ma amada para dedicar sas glórias Dlcinéia Del Tobosco. Fez do vizinho, Sancho Pança, se fiel escdeiro. Tiro dos livros até m jeito próprio de falar. realidade é qe não se parecia nada com o qe vi nas obras. Mas sa imaginação era capaz até de transformar em gigantes ferozes simples moinhos de vento. primeira parte dessa história foi pblicada em 1605, há 400 anos. "O engenhoso fidalgo Dom Qixote de La Mancha", escrito pelo espanhol Migel de Cervantes, foi eleito, em 2005, o melhor livro de todos os tempos, por m conselho de escritores de vários países. Tido como o primeiro romance moderno, a segnda parte da obra foi pblicada 15 anos depois da primeira. Dom Qixote é m clássico qe todos devem conhecer. s dúvidas se referem a qando e de qe forma a obra deve ser apresentada aos leitores. lgns defendem qe o melhor é esperar a "hora certa" para ler o original, já qe m livro de mais de 400 páginas não pode ser lido na íntegra e de maneira atônoma por crianças recém-alfabetizadas. Otros acreditam qe a história e a estética dos clássicos podem ser conhecidas por meio de adaptações para o público infantil, leitras mediadas por professores e otras propostas pedagógicas. daptações X Original - Existem mitos livros infantis baseados na história de Qixote e de otros clássicos (veja a seção Saiba Mais). s opiniões sobre sa tilidade se dividem. s adaptações incentivam a bsca do original o casam ma falsa sensação de já se conhecer a obra, desestimlando sa posterior leitra? Mesmo pesqisadores qe defendem o so de textos adaptados fazem ressalvas. Maria Teresa Gonçalves Pereira, professora da Universidade Estadal do Rio de Janeiro (UERJ), acredita qe apenas bons escritores, consagrados o não, devem reescrever clássicos para crianças. " pessoa deve dominar a palavra literária para qe a nova lingagem não perca a essência da obra", diz. Conteúdo e forma - Um clássico da literatra não é qalificado como tal apenas pela história qe conta, mas por como essa história é contada. " arte é conteúdo e forma. lingagem é qe dá vida à história", comenta Maria Tereza. professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ndréa Grijó, destaca qe o problema é qe "os adaptadores, mitas vezes, preocpam-se em selecionar os episódios mais pitorescos das aventras de Qixote, tornando o personagem m bobo". Liz Percival de Britto, presidente da ssociação de Leitra do Brasil (LB), não acredita qe as adaptações aproximem as crianças dos clássicos. Ele defende a elaboração de projetos pedagógicos em torno das obras originais. " introdção às obras, como Qixote o Lsíadas, deveria conjgar a narração dos fatos com a experiência da leitra de trechos dos livros. Uma antologia do original e não ma adaptação", sgere. Percival Britto diz qe, a princípio, essa experiência não seria possível em trmas de alfabetização. Mas, ele mesmo qestiona: "Qem disse qe a criança não pode ler, com os ses olhos, m soneto de Camões?". Dom Qixote para crianças À moda de Dona Benta - Maria Teresa conta qe chego ao original depois de ma adaptação. " primeira vez qe li Dom Qixote foi via Monteiro Lobato. Fiqei tão encantada qe tive motivação para ler a obra", lembra. "Dom Qixote das Crianças" (veja a seção Saiba Mais), escrita em 1936, é a mais conhecida adaptação brasileira da obra de Cervantes. Monteiro Lobato vive o modernismo, momento de reorganização dos conceitos estéticos e cltrais no país. Nesse período, segndo Percival Britto, qestionava-se bastante o so de clássicos na sala de ala. "Era como se aqela lingagem bolorenta não prestasse mais". Monteiro Lobato, no entanto, considerava importante aprender ma cltra niversal, por isso crio m jogo para manter diálogo com o antigo. Socorro cioli escreve sa dissertação em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC) sobre o "Dom Qixote das crianças". O estdo analisa a forma como a personagem Emília se modifica ao conhecer o clássico, pela leitra comentada de Dona Benta. "Lobato aproveita o mote de ler o Qixote para levantar desde as relações materiais capa, títlo, a raridade da edição, nome do ator, tradtores até a relação da Emília como leitora", diz. Dona Benta faz o tempo todo ma ponte entre o texto literário e o cotidiano da criança. "Ela diz, por exemplo: Tinha m menino mais o menos da idade de Pedrinho...", explica Socorro cioli. Em ma palestra para bibliotecários, no Recife, ela sgeri qe, qando tivessem dúvidas na forma de mediar a leitra, "bscassem m exemplo em Dona Benta". (SÍLVI MÉLI DE RÚJO) O QUE É UM CLÁSSICO? Um clássico é m livro qe nnca termino de dizer o qe tinha para dizer. Essa é ma das definições do escritor Ítalo Calvino, presente em se livro Porqe ler os clássicos (Cia das Letras). O ator explica qe o clássico não necessariamente ensina ma novidade. Às vezes descobrimos nele algo qe sempre sobéramos, mas desconhecíamos qe ele o dissera primeiro. E mesmo esta é ma srpresa qe dá mita satisfação, como sempre dá a descoberta de ma origem, de ma relação, de ma pertinência. Otra definição de Calvino: os clássicos são livros qe, qanto mais pensamos conhecer por ovir dizer, qando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos. 4 5

4 Em destaqe Perfil dos alfabetizadores no Brasil Qem ensina as crianças brasileiras a ler e a escrever? Como o professor alfabetizador é visto socialmente? "tia" boazinha, o o profissional cansado e confso em relação aos métodos qe tiliza? Por qe essa é ma profissão de maioria feminina? Por qe amentam a procra e a oferta de crsos de formação inicial e continada? Qal o motivo do pavor qe algns sentem da primeira série? Por qe otros professores amam alfabetizar? Nos acompanhe na bsca por algmas dessas respostas. Zilma lves Pires, 37 anos, vive em Taiobeiras, no Vale do Jeqitinhonha, MG. É professora alfabetizadora desde os 19 anos. Por qe escolhe a profissão? "Porqe era me sonho. Desde qando e estava na primeira série, já tinha essa perspectiva de vida. E gosto mito, faço com mito carinho, amor e dedicação", diz, emocionada. Zilma lves é exemplo de m dos lados da realidade do alfabetizador: o professor vocacionado, qe encontra grande satisfação no trabalho em sala de ala. O otro lado da moeda revela m profissional mal remnerado nma profissão poco prestigiada. Para Gladys Rocha, professora da Facldade de Edcação da UFMG e pesqisadora do Ceale, o professor alfabetizador é poco valorizado por nossa sociedade entender qe realiza ma fnção qe não exige ma formação específica e, por isso, é mal remnerada e majoritariamente relegada às mlheres. "Existe ma idéia do senso comm de qe para ensinar a ler e escrever basta saber ler e escrever com certa competência. É mito recente no Brasil o reconhecimento de qe o ensino da leitra e da escrita reqer ma formação especifica", afirma. No entanto, essa visão desprestigiada qe se tem dos professores não é comm em cidades menores do interior do país. Nelas, a profissão de lecionar possi stats, pois é ma das únicas qe reqer formação escolar o acadêmica, convivendo com atividades como as de artesão, trabalhador rral e pescador. Formação CONRDO MENDES E HELOÍS LVRENG (PRTIPRM LUÍS GONZG E DNIEL MERCIER) formação do professor, inicial e continada, vem ganhando cada vez mais importância. Segndo o coordenador de sistematização das informações edcacionais do Institto Nacional de Estdos e Pesqisas Edcacionais nísio Teixeira (Inep/MEC), Jorge Rondelli, isso se deve, em parte, à pblicação da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, qe estabelece, em se artigo 62, qe "a formação de docentes para atar na edcação básica far-se-á em nível sperior". De acordo com dados do Inep, dobro o número de professores de 1ª a 4ª série do ensino fndamental qe possi o ensino sperior completo: de (20%), em 1996, para (41%), em "Esse número vem crescendo a cada ano, embora a maioria desses edcadores ainda tenha formação no ensino médio", afirma Jorge Rondelli. O número de professores de 1ª a 4ª série qe possi apenas o ensino fndamental teve grande redção: de 15%, em 1996, para apenas 1%, em Otro motivo para se investir na formação são os altos índices de fracasso escolar. Segndo dados do Inep, mais da metade dos alnos (58,97%) qe chegam à 4ª série possem m nível de habilidade de leitra e escrita considerado crítico o mito critico. Tendo em conta qe esse último estágio compõe m qadro de analfabetismo escolar, isso qer dizer qe 22,21% do total de alnos freqüentam a escola por vários anos e não aprendem a ler e a escrever. Para a professora Elta Brandão, 26 anos, qe mora em Ninheira, no Norte de Minas Gerais, a formação é "imprescindível para qe algém se torne m alfabetizador". O Governo Federal, os estados e os mnicípios vêm investindo cada vez mais em programas de formação do professor. Francisca Edna de Oliveira, professora alfabetizadora da rede pública de Maracanaú, CE, participa do "Pró-mento", programa de formação continada da Secretaria de Edcação Básica do Ministério da Edcação e acredita qe as discssões sobre as práticas e as sitações didáticas "são de grande valia para o professor qe, mitas vezes, não consege se orientar, perdido pela avalanche de atividades do dia cheio de trabalho". Para ela, o diálogo com os colegas também é fndamental, sendo m importante meio de troca de experiências. Os professores também bscam, por conta própria, melhorar sa formação. De acordo com o Perfil dos professores brasileiros, pblicado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Edcação, a Ciência e a Cltra), em 2004, "dentre os gêneros literários considerados mais interessantes pelos docentes, pedagogia/edcação foi o qe obteve maior nmero, 49,5% das respostas, sgerindo qe eles ocpam parte do tempo livre com leitras relacionadas ao trabalho". Segndo dados da Coordenação de perfeiçoamento de Pessoal de Nível Sperior do Governo Federal (Capes), há, hoje, no Brasil, 111 crsos de pós-gradação em edcação reconhecidos, inclindo mestrado acadêmico, mestrado profissional e dotorado. Paperização do professorado democratização do acesso ao ensino fndamental na década de 1990 gero a necessidade de ampliar o número de docentes. Essas vagas foram preenchidas em grande parte por professores com poca formação, provenientes de meios poco escolarizados. De acordo com a pblicação da Unesco, o professor vem se confndindo com PRIMEIR SÉRIE: PREFERID E MIS TEMID Segndo pesqisa realizada pelo Grpo de valiação e Medidas Edcacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (Game/UFMG), em 1997, Perfil das professoras das séries iniciais do Ensino Fndamental das escolas estadais de Minas Gerais, 43,3% das edcadoras entrevistadas gostam de trabalhar com a primeira série. principal jstificativa para essa escolha é o prazer de ver as crianças aprendendo, a possibilidade de ter m retorno mais rápido do trabalho desenvolvido. s complicações e a grande responsabilidade, já qe essa é ma das séries mais testadas, são algmas das jstificativas para qe, contraditoriamente, os edcadores também evitem trabalhar com a primeira série. José Francisco Soares, coordenador do Game, aponta qe há ma percepção maior qanto à dificldade de ensinar para a primeira série, do qe desejo de fazê-lo. na Lúcia Cezar Simões, professora da primeira série da Escola Estadal Dqe de Caxias, de Porto legre (RS), acredita qe a alfabetização exige maior dedicação do edcador, o qe pode ser visto como m dificltador do trabalho. Porém, segndo a professora, na alfabetização, a visibilidade do desenvolvimento dos alnos, de sas descobertas é compensadora. Em destaqe bbb Uma profissão tipicamente feminina "Lidar com a criança na alfabetização é, ao mesmo tempo, gratificante e angstiante. É mito legal acompanhá-la na descoberta desse mndo novo, mas ao mesmo tempo é angstiante porqe a gente, como ser hmano, qer qe tdo aconteça rápido. Só qe esse aprendizado da leitra e da escrita é m processo mito vagaroso e delicado." ROSINEIDE ONOFRE D SILV MRTINS, Ielmo Marinho, Rio Grande do Norte. Trabalha há seis anos com trmas de alfabetização e crsa Letras na UFRN. Segndo o estdo O perfil dos professores brasileiros, da Unesco, as mlheres são mais de 85% na edcação básica. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, cresce o número de profissionais homens em relação as com menor poplação. Heleno raújo, secretário de assntos edcacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Edcação (CNTE), afirma qe m dos fatores qe determinam esse número são os condicionantes históricos qe demarcam a responsabilidade da mlher nos campos da edcação e da família. No qe se refere especificamente à alfabetização, segndo a professora da UFPE, Telma Ferraz, sempre se acredito qe a mlher não teria capacidade de lidar com números, considerados ma ciência mais complexa. Por isso, as trmas de alfabetização, como as crianças sabiam menos, não demandariam profissionais qe sobessem mito. ssim, o ensino na fase inicial garantiria à mlher o acesso a m primeiro campo de trabalho, porém limitado. "Hoje se sabe qe os conhecimentos dos processos de ensino da línga são tão complexos qanto os das ciências exatas", afirma a professora. Para ela, a mlher não deve ser vista como m ser maternal, mas como profissional. Porém, o limite entre o ensinar e o cidar às vezes fica mito têne e a professora assme o lgar social de "tia", sendo destitída do profissionalismo. Para Gladys Rocha, chamar o não a professora de tia "é ma compreensão e ma crítica qe se devem fazer com m certo cidado porqe há alfabetizadoras qe assmem o lgar da tia nma otra dimensão gostam de ser chamadas assim e ensinam os alnos a chamá-las dessa forma não implicando necessariamente em ma despolitização. Uma alfabetização sólida exige o domínio dos processos de aprendizagem de leitra e escrita, e isso não está determinado pelo sexo do professor. Otro elemento desse cenário de separação entre os sexos foi abordado na pblicação Identidade Expropriada Retrato do Edcador Brasileiro, de Jçara Vieira, presidente da CNTE, qe reúne as informações apradas nma pesqisa desenvolvida pela Confederação e contextaliza os dados. O livro indica qe a baixa remneração das professoras dos níveis elementares redz o interesse por esse campo, ao passo qe torna mais atrativo lecionar no ensino médio o sperior, o qe transforma esses níveis de ensino mais competitivos e visados pelos homens. 6 7 Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

5 Em destaqe Em destaqe o alno, compartilhando com ele as mesmas características cltrais, econômicas e sociais. s pessoas de meios poplares estão se tornando professoras e a profissão tem interessado menos às classes médias e aos níveis socioeconômicos mais altos. proximadamente m terço dos professores se atoclassifica pobre e a maioria se considera pertencente à classe média baixa. Para a pesqisadora do CEEL (Centro de Estdos em Edcação e Lingagem) e professora da Universidade Federal de Pernambco (UFPE), Telma Ferraz Leal, a paperização do professorado evidencia as más condições de trabalho da profissão e fortalece a falsa idéia de qe "para alfabetizar não são necessários conhecimentos prévios". De acordo com Telma Ferraz, os baixos salários estão em parte relacionados com o baixo capital cltral dos professores alfabetizadores e o poco contato com livros, jornais e revistas, por exemplo. Pesqisas sobre caracterização do professor O Ceale, desde meados da década de 1980, realiza a pesqisa lfabetização no Brasil o estado do conhecimento. Coordenada nos ses primeiros dez anos pela professora Magda Soares, essa pesqisa faz o levantamento de todas as teses e dissertações prodzidas no país sobre alfabetização, leitra e escrita. De acordo com a atal coordenadora da pesqisa, Francisca Maciel, pesqisadora do Ceale e professora da Facldade de Edcação da UFMG, existe m número significativo de pesqisas qe tomam como tema central a formação e a caracterização do professor alfabetizador, desde meados da década de 1970 até hoje. Nos anos 1970, nota-se ma preocpação mito grande em caracterizar o professor alfabetizador identificando as lacnas na sa formação, ao mesmo tempo em qe se bscava evidenciar o perfil deste professor. E m dos instrmentos metodológicos mais tilizados pelo pesqisador era a aplicação de m longo qestionário, com pergntas sobre o tempo de serviço, formação, características físicas, pessoais, etc. análise segia na tablação e freqüência dos dados na tentativa de identificar as características mais recorrentes. Nesse caso, o pesqisador mantinha-se mais distante de ses sjeitos pesqisados, acreditando qe a proximidade poderia comprometer a veracidade dos dados. Para Francisca Maciel, "os anos 1970 e meados de 1980 foram caracterizados por essas pesqisas qe ficavam mito mais na denúncia, procravam apontar qe determinado professor não se enqadrava nas características consideradas ideais ao alfabetizador". Depois desse momento, as pesqisas passaram a bscar otros tipos de características, além das aferidas pelo qestionário. Procro-se ver esse professor no se cotidiano, na sala de ala. ssim, essas novas pesqisas se pataram pela preocpação com a formação do professor e com sa interação com os alnos. No final da década de 1980 e nos anos 1990, a bsca volto-se para a identificação do professor bem scedido. "pesar de haver fracasso na alfabetização, com elevado índice de alnos qe não aprendem a ler e escrever, temos experiências de professores qe são bons profissionais, bons alfabetizadores e as pesqisas têm dado esse enfoqe", afirma a coordenadora. Otro tipo de pesqisa qe vem ganhando importância nos últimos tempos é a de relato de experiência o atobiografia. Esse tipo de pesqisa se caracteriza por m professor qe procro a academia para fazer m mestrado com base em sa própria experiência. Inicialmente considerada ma pesqisa menor, esse tipo de estdo tem trazido importantes reflexões sobre a atação do professor. Uma nova identidade Segndo ma das responsáveis pela elaboração da pblicação Perfil dos professores do Brasil, Maria Fernanda Resende Nnes, o avanço consegido por esse docmento é o de caracterizar qem é esse profissional. "O qe se vê na análise da história de vida desses professores é qe os pais de grande parte deles não tiveram acesso a ma edcação básica adeqada", afirma. Esses "novos" alfabetizadores, provenientes das classes poplares, estão em fase de configração de sa imagem como profissionais. Para Gladys Rocha, "hove m avanço até em relação à terminologia professor alfabetizador. O alfabetizador está em processo de constitição da sa identidade. Isso é m ganho, porqe ele está constitindo se lgar e porqe traz também preocpações do ponto de vista da formação", afirma. Para Francisca Maciel, sob o ponto de vista das pesqisas realizadas sobre caracterização e formação do professor, não existe m perfil ideal do professor alfabetizador. "É preciso levar em conta qe existem várias histórias, várias formas de interação entre professor-alno, metodologias variadas e qe os professores também vão se transformando; portanto é impossível tentar enqadrar m perfil de professor alfabetizador tal como se tentava fazer na década de 1970". s metodologias também passaram por várias modificações. Em m tempo se alfabetizava partindo das s para as sílabas e palavras, em otro momento volto-se para a leitra de textos no início do processo. Hoje em dia, os alfabetizadores já perderam em parte a ilsão de encontrar m "método perfeito", qe dê conta de ensinar a todas as crianças a ler e a escrever. "É preciso ter ma boa formação para saber o qe tilizar em cada momento", explica a pesqisadora do Ceale e professora da Facldade de Edcação, Isabel Frade. Ela diz qe o professor precisa se sentir segro, independente da metodologia qe tiliza. "O qe importa é o resltado, se o professor consege alfabetizar toda a trma o qe ele faz é bom, aqele método é adeqado naqela sitação". Mas ela ressalta qe é fndamental também permanecer atento às inovações da área. "Todo profissional deve viver com m ponto de interrogação, ter dúvidas sobre o se trabalho, se qestionar e se colocar novas exigências, bscando melhorar sempre". "Não tenho mito tempo para o lazer, para ver m filme, assistir televisão o ler m livro. Isso é rim porqe a gente perde m poco do contato com o mndo, atrapalha o diálogo com o alno. Tem vez até qe algém pergnta se e vi tal reportagem e e fico sem ter o qe falar" TÃNI MRI DE SOUZ FIÚZ, Fortaleza, Ceará. Trabalha com trmas de alfabetização em dois trnos na rede mnicipal. "Um bom alfabetizador tem qe gostar de criança, ser sensível, ter competência técnica, ler e saber bscar. Precisa ter compromisso, como qalqer profissional, mas é fndamental ter empatia com o alno, estar disposto a conhecê-lo. Não adianta só competência técnica, se não tiver sensibilidade para lidar com criança". ELIN SORES MRTUCHELI, Berilo, Minas Gerais. Foi alfabetizadora por mitos anos. Ocpo o cargo de vice-diretora e hoje está na spervisão. bbb O grande desafio do alfabetizador Formar m alno capaz de tilizar a leitra e a escrita, tornando-o m leitor e prodtor de textos em práticas sociais é a marca do scesso da alfabetização. Portanto, ensinar todas as crianças de ma trma a ler e a escrever e ainda consegir prodzir em sala de ala sitações em qe os alnos concedam à escrita m significado real é o grande desafio para o alfabetizador. No entanto, o fracasso escolar ainda é ma realidade para a maioria dos alnos em trmas de alfabetização. pesar disso, "deve-se evitar o sadosismo de pensar qe antigamente as crianças aprendiam mais do qe agora", afirma ntônio gsto Gomes Batista, diretor do Ceale e professor da Facldade de Edcação da UFMG. Segndo ele, é preciso considerar qe há 30, 40 anos, a poplação escolar era otra. "s crianças das classes mais pobres consegiram ter acesso à escola pública mito recentemente. Essa mdança no perfil dos alnos exige ma mdança na escola, qe ainda está em processo", explica. s dificldades de aprendizagem freqüentemente são atribídas ao so o não de determinado método de ensino. Hoje, a resposta de mitos professores é fazer "ma mistra" dos vários métodos existentes o não tilizar método algm. Maria Lúcia Castanheira, pesqisadora do Ceale e professora da Facldade de Edcação da UFMG, explica qe é necessário o alfabetizador tilizar ma metodologia, independente de qal seja. " metodologia orienta o trabalho qe o edcador desenvolve com ses alnos e, qando necessário, possibilita qe sejam feitas adeqações no processo de ensino, ma vez qe existe m planejamento das ações tendo em vista m objetivo pré-definido", explica. Otros elementos qe interferem no aprendizado da criança foram abordados na reportagem "Todo professor pode ensinar, toda criança pode aprender a línga escrita" (Letra nº 2). s dificldades de aprendizagem podem estar relacionadas a diversos aspectos metodológicos e sócio-econômicos. Mitas crianças têm dificldade em se alfabetizar porqe sam ma lingagem diferente da tilizada pela professora, por exemplo. Não existe ma fórmla para qe todo alno aprenda. Segndo Mônica Dayrell, professora da Escola Fndamental do Centro Pedagógico da UFMG, o alfabetizador deve estar aberto para conhecer a criança, a sa história e as origens das sas dificldades. bbb escolha do magistério e as diferentes trajetórias Edilene Dias Rocha é alfabetizadora em Ninheira, Minas Gerais, na divisa com a Bahia. Decidi ser professora porqe, segndo ela, essa era a melhor profissão qe existia em se mnicípio. "E realmente escolhi fazer magistério. Cresci vendo minha mãe dar ala e fi qerendo copiar. Mas depois qe e comecei a trabalhar, vi qe, no fndo, era aqilo mesmo de qe e gostava, senão e teria desistido. Hoje já existem otros empregos onde e moro. So professora é porqe e gosto". Também de Ninheira, Elta Naile Castro Brandão crso o ensino médio em São João do Paraíso, a 30 km de distância, onde teve qe escolher entre contabilidade e magistério. " gente cai nm caminho talvez sem qerer." Foi no crso qe descobri sa aptidão para o qe, segndo ela, é ma carreira qe "trabalha as relações hmanas". Dois anos depois de formada, qando foi fazer facldade, Elta Naile já tinha certeza de qe qeria estdar Pedagogia. "Hoje so ma pessoa consciente do me trabalho. E tenho medo de, m dia, por algm motivo qe ainda não conheci, me sentir desestimlada, como algns professores qe e vejo trabalhando." Elta Naile está no início da carreira. No ano passado, trabalho com sa primeira trma de alfabetização e, atalmente, está na spervisão, embora deseje ter mais experiências em sala de ala. Cecília Medeiros, de Caicó, RN, trabalho em sala de ala por 22 anos e hoje é spervisora na zona rral de se mnicípio. Se contato inicial com a escola foi tramático. "Me avô coloco ma professora para ensinar os netos e algmas pessoas da vizinhança. primeira atividade qe ela levo foi de cobrir as s. E fiqei tão apavorada, porqe não sabia como começar, qe voltei chorando pra casa. í minha mãe resolve me alfabetizar sozinha, com os pocos recrsos qe tinha. Voltei para a escola, em três meses, já lendo e nnca mais tive dificldades", lembra. Mas na niversidade ela enfrento m obstáclo diferente. "Qando passei no vestiblar, fi discriminada por ser ma professora da zona rral. E e acho qe a criança também sente essas coisas. Por isso, sempre trabalhei pra valer na zona rral, para qe não exista nenhma discriminação com o alno qe sai e vai para área rbana". Cecília Medeiros participa, sempre qe pode, de crsos de formação continada e compra livros e revistas sobre edcação. pesar da sadade da sala de ala, como spervisora, gosta de compartilhar sa experiência com otras professoras, pois assim contribi para melhorar o trabalho qe elas realizam. Conte sa história: o Ceale está realizando m levantamento de histórias de vida, pessoal e profissional, de professoras das redes públicas de ensino do país. Escreva contando: por qe escolhe ser professora? Qem mais incentivo na carreira? Gosta de trabalhar com trmas de alfabetização? Como você investe em sa formação? Conte também sas reflexões sobre as dificldades vividas em sala de ala e as solções já encontradas. Mande se texto por o carta (contatos na pág. 16). 8 9 Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

6 Entrevista / Bartolome Qeirós lfabetizar é fazer a criança ficar encantada com a palavra Bartolome Qeirós não pára. Qando não está viajando, está trabalhando, escrevendo com o estímlo da solidão e do silêncio, como ele mesmo diz. Vencedor de prêmios como o Jabti, Selo de Oro, Melhor Para a Criança da Fndação Nacional do Livro Infantil e Jvenil e Prêmio Nestlé de Literatra, o ator tem participado de mitos congressos e seminários. Com dois lançamentos para março de 2006 (Doce de rroz Doce, pela Editora Manati, e Sem Palmeira e Fale m poco de sa infância, dos primeiros anos na escola: se processo de alfabetização, sas professoras... Qando entrei na escola, já sabia ler. D. Maria Campos, minha primeira professora, era ma mlher tão simpática qe e fazia de conta qe não sabia e aprendia tdo de novo. Com isso, fiqei mito com a idéia de qe criança, qando vai para a escola, aprende a ler só pra ser amada pelo professor. Porqe, socialmente, professor é aqele qe sabe, e a gente qer sempre ser amado por qem sabe. D. Maria Campos era mito ligada ao alno e à família dele. Sempre pedia notícias lá de casa, e, naqele tempo, tinha ns qarenta alnos na sala dela. Hoje, não sei se o professor é mais objeto de desejo como era pra mim. É ma pergnta qe me faço mito, porqe, nessa sociedade de consmo, o qe o professor sabe interessa mito poco às crianças. Elas não qerem ser professor... Você qeria ser professor? Todo mndo naqele tempo qeria ser professor. gente brincava disso em casa, escrevia no mro com carvão. professora ficava ao lado do prefeito, do vigário da cidade, era ma atoridade. gente desejava ter bonita como a da professora, o caderno de plano de ala qe ela fazia... Hoje as crianças qerem ser banqeiro, jogador de ftebol o artista de televisão. Naqele tempo, a gente qeria e achava importante aprender a ler. O pai botava na escola pra "ler, escrever e fazer conta de cabeça". Não tinha biblioteca na escola: m armário era o "clbe de leitra". Pocos livros, mais de vida de santo... Santa Terezinha, São Tarcísio... D. Maria Campos sempre lia pra gente. Faltando ns 15 mintos pra acabar a ala, ela mandava gardar os objetos e lia mais m poco até o sinal bater. gente esperava o otro dia pra continar. Todo mndo ficava doido pra ela terminar o livro e saber pra qal de nós ia emprestar. E ela sempre emprestava pra mim. E relia em casa, lembrava até o tom da voz dela em algmas partes do livro. D. Maria Campos tinha m lado mito afetivo. E acho qe afeto nnca é demais em momento algm da vida de ningém. Como se avô contribi para sa alfabetização? "cho qe livro pra criança é o qe o professor gosto tanto qe penso: mas não era só e qe tinha qe ler isso, era me alno." Me avô escrevia nas paredes da casa. Tinha ma casa colonial, grande, e escrevia tdo qe acontecia na cidade. O diário da cidade 10 Sabiá, qe sairá pela Editora Peirópolis), ele já conta mais de 40 livros pblicados. Entre m compromisso e otro, ele nos recebe em sa casa para falar sobre se processo de alfabetização, sas experiências profissionais dentro e fora da sala de ala e sobre sa relação com a literatra. Participaram da entrevista o professor e pesqisador Hércles Corrêa, estdioso da obra de Bartolome, e Tereza Rodriges, da eqipe de comnicação do Ceale. estava nas paredes da casa dele: qem viajo, qem mato, qem morre, qem caso, qem o visito, as conversas qe teve com a visita. Foi normal e aprender. Lembro de me pai pegar m jornal e me dizer: "lê esta palavra". E lia, ele dizia "não, essa você já decoro. Então lê aqi". E lia e ele não acreditava qe, com cinco anos, e estava lendo. Então a aprendizagem da leitra foi basicamente com as palavras da parede? É, mas não havia interesse da família em qe a gente aprendesse a ler antes de sete anos. gente lia qando entrava pra escola. Ia pra escola jstamente pra aprender a ler e escrever. Mas antes fi alfabetizado na escala msical, e tocava violino. Minha mãe me matriclo nma escola e e aprendi a ler partitra msical antes de me alfabetizar. Já estava mais o menos acostmado com o significante das coisas, pois já decifrava otras coisas, tinha otras leitras. Você acha importante ter atividades paralelas na escola, como música, por exemplo? cho qe a escola deveria oferecer ma gama de atividades para as crianças: música, teatro, canto, desenho, pintra, etc. Porqe, às vezes, a criança tem m potencial e não tem como desenvolvê-lo. Uma coisa interessante é qe as lingagens da arte - pintra, desenho, escltra, cinema e teatro - não têm pré-reqisito. Qalqer pessoa pode aprender arte sem saber ler e escrever. gora, a literatra tem pré-reqisito. Pra entrar no campo literário, tem qe estar alfabetizado, não é? Existe o dom para escrever? O há como desenvolver essa habilidade? Não é preciso dom para escrever. Mas a formação de ma sensibilidade pode ser trabalhada. Trabalhar a sensibilidade é fndamental na escola. E sempre brinco: "existe mesmo m objeto estético, capaz de promover o olhar estético? O será qe existe o olhar tão sensível qe é capaz de tomar as coisas por estéticas?" pessoa sensível é capaz de ver "atrás" das coisas. escola hoje se preocpa poco com a fantasia. O olhar da gente é ma coisa mito rasa, só vê a casca. O "dentro" das coisas, só a imaginação vê, só a fantasia chega. Olho ma pessoa e vejo a casca, só vejo dentro dela qando fantasio. Então, se a escola qer acrescentar novas coisas no mndo, ela tem qe ser espaço para a fantasia. Caso contrário, se torna apenas ma repetidora. í, nesse campo, é qe a literatra aparece encorajando o alno a não se assstar com a fantasia dele. Fantasiar é experimentar liberdade. Nesse ponto, a escola dificlta m poco. Então a fnção da escola vai além de ensinar a ler, escrever, e fazer conta de cabeça? Mito além. escola hoje tenta formalizar o cientificizar o qe acontece só no campo do afeto. Um adlto vai para a escola ser alfabetizado já por necessidade, por sentir na pele a falta qe faz o direito de entrar no mndo do. criança vai pela afetividade, pela relação hmana qe a escola tem. gente tá perdendo isso, há ma preocpação mito grande em comprovar métodos cientificamente. O homem não se comprova pela ciência, de jeito nenhm. Foto: Marco Severo Você falo qe a escola empobrece a literatra qando interrompe o vôo qe ela permite. Isso poderia ser diferente? E acho qe seria diferente se a escola permitisse esses vôos sem cobrança. escola não oferece nada de graça. Tdo o qe oferece, oferece para cobrar. Ela dá m livro de literatra para o alno, mas qer ma resposta. Se ele disser apenas qe gosto, não satisfaz. O menino precisa de implso pra ir adiante. nne-marie Chartier fala qe existe ma leitra extensiva e ma leitra intensiva. leitra extensiva é qando você pega ma revista, por exemplo, e na primeira página tá vendendo m carro, na segnda tem algém morrendo, na terceira tem otro assnto... Qer dizer, você faz ma coisa extensa. escola faz isso. Hoje se lê na Maria Machado, amanhã a Rth Rocha, depois de amanhã lê o Ziraldo, depois o Bartolome e vai por aí. Mas, para formar o leitor, é preciso qe o professor pege m livro e vá profndamente com o alno na discssão do qe está sbmerso naqele texto, na fantasia qe aqele Com mais de 40 títlos pblicados e diversas participações em coletâneas, Bartolome já tem dois livros prontos para serem lançados em texto sstenta. ssim, qando ele pegar ma otra obra, vai saber essas "maldades" da leitra, descobrir o qe está sbmerso, o qe tá oclto no texto. Essa é a leitra intensiva: o professor saber encantar o alno com o qe está escondido na metáfora literária. Você considera qe algns clássicos devem ser lidos? O clássico é importante de m ponto de vista mito mais psicológico. Qando a criança lê m conto de fadas, convive com a dor, a perda, a morte, a felicidade, tdo nm texto só. s coisas são feitas de pedaços pedaços de alegria, de tristeza, de amor, de ódio. Os clássicos da literatra infantil, Grimm e ndersen, por exemplo, trabalham mito essa gama de emoção. literatra atal é mito pobre nisso. Somos escritores mito pobres nesse sentido. Não trabalhamos mito a emoção. literatra ajda na alfabetização? lgmas professoras trabalham com livros ses, como Papo de pato, s patas de vaca e O pato pacato, qe trazem trocadilhos e jogos de lingagem. Você pensa no so das palavras ao escrever ses livros? Escrever é m encantamento qe se deve ter com a palavra. E considero qe alfabetizar é fazer a criança se encantar com a palavra. Mas a palavra não é só escrita, é sonora também. criança se prende mito na sonoridade, nas rimas e nas brincadeiras. Então, qando escrevo, qero sempre mostrar para a criança qe a palavra é m jogo, é lúdica. O Olho de vidro do me avô remete à Filosofia, bem mais qe os ses livros anteriores, de memória. Sa gradação em Filosofia inflencio? Não falo qe so filósofo. Gosto de falar qe so escritor. Pra mim, o trabalho da literatra é intitivo, não deve estar amparado em nada. Trabalho com a intição, ganho dinheiro com a fantasia. Qanto mais romper com o cotidiano, melhor. Então, é ma profissão, ma opção qe 11 Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

7 Entrevista / Bartolome Qeirós se faz de ser escritor. lfabetizar ma criança é difícil nma escola qe, mitas vezes, qer qe ela aprenda a escrever sem primeiro dizer qe ela tem o qe contar. Porqe e só escrevo qando tenho o qe dizer. escola deveria ter mais tempo para levantar a história pessoal da criança, o qe ela já vive, o se sonho. "Então vamos aprender a escrever pra gente docmentar isso?" É mito difícil ensinar a criança a escrever pra ela dizer "o vovô vi a va". gente só escreve qando tem o qe dizer. Como foi a sa experiência como professor? Dei ala na DP (Divisão de perfeiçoamento de Professores) por mito tempo. Ensinava nma escola experimental, o Institto de Edcação, qe era m laboratório de crríclo. Éramos professores do MEC pagos para experimentar novas metodologias. Não tinha programa de ensino, a gente inventava. E qais foram os resltados? gente experimentava métodos diferentes. Uma vez, resolvi alfabetizar as crianças com rapadra. Comprei mil rapadras no mercado pra montar ma escltra no pátio da escola com os alnos. O nosso exercício era ir lá todo dia, ver a rapadra dissolvendo, os bichos qe iam visitar, como a chva interferia. Mas essa experiência não podia ser incorporada, o MEC não aceitava. Também, como aceitar (risos) qe cada professor compre mil rapadras? Depois, tive otra experiência lá, com crianças qe repetiam, pela qarta vez, o primeiro ano. inda eram analfabetas e já estava "determinado" qe elas tomariam bomba novamente. Então, descobri ma professora chamada lmerinda, com ma identidade mito grande com as crianças. Era filha de criação, negra, conhecia a pobreza e tinha se tornado professora. Ela foi trabalhar com esses meninos sob minha orientação. Foi ma experiência magnífica. Só ma alna não passo de ano. Uma vez mandei carta aos pais pedindo pra vir conversar comigo e só ma mãe aparece, ningém mais. Levei m ssto. í mandei cartas com minha, pra cada m, falando: "trabalho com se filho na escola e qeria qe você viesse aqi em tal dia". Enderecei envelopes com minha e mandei pelo correio. No dia, qase todos estavam lá, com a cartinha. Nisso a escola não ando mito, ela massifico tdo. Voltando aos ses livros, fale da criação de personagens. Há ma inter-relação mito grande entre os livros. O qe há de real neles? O pessoal fala qe Indez, Ler, escrever e fazer conta de cabeça, Por parte de pai e Olho de vidro do me avô são livros de memória. Mas toda memória é ficcional, não é? Qando conto ma coisa lá da minha infância, entre o hoje e o lá, existe ma distância tão grande qe, às vezes, o qe me fez chorar lá, me faz rir hoje. Não tem memória pra, a fantasia mistra. Bsco na infância os elementos, mas sei qe é ficcional, porqe posso inteirar com otras coisas e fazer o qe qiser. Mas o qe está nos livros extrapola demais sa memória? Você crio personagens? Às vezes voltam coisas novas, mas não crio nada. s personagens do Olho de vidro do me avô, por exemplo, todas existem, mas estão com nomes mdados. Tinha feito tdo com o nome real, dos sete irmãos. Mas minha irmã acho por bem não pôr nome não, poderia contrariar algém por contar algo. No Por parte de pai tem três irmãs: Fé, Esperança e Caridade. Elas existiram mesmo? Existiram, é verdade. Moravam em frente à casa do me avô. Tinha também a Clara, a Gema... no passado, ma professora de Pitangi resolve ler com ses alnos o Por parte de pai. Ela fez ma leitra fantástica. Foi aos lgares de qe falo no livro, procro tdo, fez levantamento das pessoas qe viveram na época do me avô. Ela me mando m material maravilhoso, fotografias qe e nem conhecia. Tinha foto da casa do me avô qe foi demolida e a gente não tinha retrato. Ela levanto m material imenso de fotografia de gente da cidade, de coisas da cidade qe cito nos livros. Foi captando com os alnos e me mando ma pasta bonita, com tdo lá dentro. Os professores e os leitores entram mito em contato com você depois das leitras? Entram. Tenho mito material qe me mandam. E vo às escolas qando me convidam. Se esto por aqi, vo nma boa. Gosto de conversar com mes leitores. E sobre o estímlo qe você teve? Qem ajdo a formar o escritor Bartolome Qeirós? Foi a solidão, sem dúvida. O silêncio também foi fndamental. Qando fi para Paris, em 1967, não pensava em ser escritor. Fiqei no Institto Pedagógico Nacional para estdar arte-edcação. E era do grpo de trabalho do Ministério da Edcação e a ONU me de bolsa de estdos. Paris ainda não era globalizada, então era tdo mito longe. Paris era ma terra estranha. Depois de m certo tempo comecei a ter mita sadade do Brasil, vontade de voltar e rever mes amigos, comer coisas daqi qe lá não existia. Morava perto de m jardim, m parqe, qe tinha m lago. Sentava lá, no fim de semana, sozinho e sentia mita sadade. Um dia comecei a refletir, por qe todo fim de semana era assim? E pensei: "por qe não faço ma coisa diferente?" Foi aí qe escrevi O peixe e o pássaro. Mas escrevi sem pretender ser escritor. Não tinha nenhma vocação. Como você lida com os prêmios qe ganha? São estímlos? Um prêmio é sempre ma faca de dois gmes. Você fica mais responsável pelo qe vai fazer daí pra frente, fica mais exigente consigo mesmo, começa a não aceitar qalqer coisa. o mesmo tempo, é o reconhecimento da qalidade de se trabalho. Porqe a gente escreve m texto e qem fala qe é literário é o público. cho bom ganhar prêmio. O qe você falaria para os alfabetizadores de hoje? Tenho mito carinho por eles, sei qe fazem m esforço mito grande. Mas ma coisa qe diria é: "não acredite em literatra infantil, não acredite em literatra com destinatário". cho qe livro pra criança é aqele livro qe o professor le e gosto tanto qe o fecho e penso: "mas não era só e qe tinha qe ler isso, era me alno". Isso e acho interessante. Daí a necessidade de o professor ser leitor. Como você vai ensinar a escrever se não gostar de ler? o tema é Indisciplina na sala de ala Relacionada a ma crise da atoridade na sociedade contemporânea, ela pode - e deve - ser enfrentada Se você procrar o verbete "indisciplina" nos dicionários de Pedagogia, dificilmente irá encontrar. Mas a forma como essa palavra se tradz em sala de ala incomoda mitos professores. Segndo a psicanalista, professora e pesqisadora da Facldade de Edcação da UFMG, na Lydia Santiago, pode-se chegar ao conceito de indisciplina por oposição ao qe se entende por disciplina: m conjnto de regras de condta, com medidas preventivas e repressivas, impostas aos membros de ma coletividade. "São considerados indisciplinados, então, os alnos qe fogem às regras de ma determinada institição de ensino", explica. Por isso, segndo a psicanalista, algns alnos são considerados indisciplinados nma escola e não em otra, já qe o conjnto de normas estabelecido é diferente. na Lydia Santiago afirma qe as origens do qe é considerado m ato indisciplinado estão relacionadas à decadência da atoridade na sociedade contemporânea, em todas as idades e lgares sociais, inclsive no caso das crianças, nas escolas. "ssim como os adltos qestionam mais as figras de atoridade, como os médicos, por exemplo, as crianças se endereçam aos professores de ma maneira qe não faziam antes", diz. Ela considera qe há ainda ma qeda de ideais na sociedade atal, marcada pelo consmismo, pelo prazer imediato, o qe também desloca o lgar da atoridade da escola, qe sempre sinalizo o qe é importante para os qe fazem parte dela. O professor da Facldade de Edcação da Universidade de São Palo (USP), Jlio qino, ator de vários livros sobre o tema, afirma: "a indisciplina é m sintoma da indefinição do papel da escola na contemporaneidade". Ele explica qe a escola tem das faces: ma pedagógica, em sentido restrito, qe incli regras operacionais, como não atrapalhar o colega a ovir o professor, e otra de disciplinamento moral, qe incli regras normativas, qe não interferem no plano pedagógico, como não sar boné, por exemplo. Para ele, a escola deve se ater ao âmbito pedagógico. moralização não deve ser a prioridade das institições de ensino. "O próprio convívio escolar moraliza. O papel da escola é levar o alno a desenvolver destrezas intelectais", defende. Jlio qino considera qe a escola de hoje está desincmbindo-se da sa fnção principal e tornando-se moralizadora. "O qe era pra ser fndo a moralização passa a ser figra. Como conseqüência, a escola não consege nem moralizar, nem edcar", afirma. Segndo Jlio qino, o ato indisciplinado pode ser legítimo, porqe coloca em xeqe regras acordadas tacitamente, às vezes de forma atoritária. "s crianças estão todo o tempo experimentando as regras para ver se elas são legítimas o não. Mas, da mesma forma qe é legítimo os alnos transgredirem as normas, é dever dos professores colocá-las e dar sentido a elas, tentando se concentrar no âmbito do conhecimento e não no do comportamento moral". professora da Universidade de Uberaba, ndréa Matrano Longarezi, considera qe "se a relação pedagógica estiver mais preocpada com o conhecimento, o próprio trabalho, qe presspõe o convívio com regras, pode ser o promotor da ordem na sala de ala". O qe fazer? Para lidar com a indisciplina, na Lydia Santiago diz qe a invenção é ma saída mito importante. "Não significa qe o professor tem qe se desdobrar e criar ma nova proposta a cada cinco mintos para chamar a atenção. Mas qe é preciso sar os interesses dos alnos para se consegir transmitir o qe se deseja", explica. Segndo a professora, é necessário inventar de acordo com cada alno e cada circnstância. "Se o professor faz valer só a norma, sem atentar para a particlaridade da sitação de cada alno, pode perder a chance de resolver ma sitação de indisciplina e de resgatar os referenciais simbólicos qe definem as formas de convivência na escola". ndréa Longarezi destaca qe o professor não deve abrir mão da atoridade como meta edcacional. Jlio qino afirma qe a sitação de indisciplina deve ser resolvida no âmbito da relação professor-alno. Ele critica as atitdes de mandar o alno para a diretoria e de solicitar a intervenção dos pais. Para o trabalho em sala de ala, sgere qe o professor constra ma relação de negociação constante: qe invista nos vínclos concretos, sem modelos idealizados de alnos, do próprio professor e da relação entre eles; qe deixe claro o contrato pedagógico qe deve se ater ao campo do conhecimento para qe ele seja cmprido por ambas as partes; e qe seja permeável às mdanças, de acordo com os alnos qe estiver edcando. (NIR MGLHÃES) DICS DE UM PROFESSOR CONVERSDEIR professora Magda Meirelles, qe atalmente trabalha na Escola Estadal Helena Pena, em Belo Horizonte, não consege definir o qe seja indisciplina. Há 23 anos dando alas em séries iniciais, pré-escolas e trmas de alnos com dificldades de aprendizagem, Magda Meirelles afirma: E nnca tive problema de indisciplina com nenhm alno. Se essa afirmação gera espanto, a professora explica: Se for considerar indisciplina o comportamento qe e tinha qando criança falar demais, ser agitado tem ma porção de alno indisciplinado. Mas e não considero qe isso seja indisciplina. Cabe ao professor orientar esse tipo de criança: colocá-la para dar m recado, ajdar os colegas. pesar de saber lidar bem com as bagnças organizadas dos alnos, a professora percebe ma mdança na atitde deles. Hoje as crianças chegam a destrir porta de banheiro. Isso não acontecia mito antigamente. Mas e considero qe isso é falta de edcação, nem é indisciplina. Magda Meirelles acredita qe o principal, na relação com os alnos, é conversar. s crianças precisam entender o qe o professor está falando. Regra por regra, sem dizer o porqê, não fnciona. Elas são mito qestionadoras, graças a Des. Mas, qando o professor chega a elas com respeito, elas respeitam o professor Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

8 la extra rte além do entretenimento Projetos de arte em sala de ala resgatam a importância da disciplina para a formação dos alnos la extra lfabetização e Matemática Letras e números devem ser ensinados ao mesmo tempo para formar crianças das rte, como otras disciplinas, contribi para a formação integral do alno. Porém, segndo Lúcia Pimentel, dotora em rte-edcação e coordenadora do crso de Belas rtes da Universidade Federal de Minas Gerais, as alas de rte ainda são vistas como hora de relaxamento dos alnos e a exploração efetiva das manisfestações artísticas não faz parte das metas da maioria das escolas. Chico Barbosa, professor da Escola Mnicipal Benedicto Weschenfelder, de Osasco (SP), lta pelo reconhecimento profissional. "Professor de arte não é decorador de festas, é edcador, e isso não é poco", afirma convicto. Chico Barbosa acredita na visibilidade dos trabalhos para convencer os colegas e a direção da escola. "Viver com arte", projeto desenvolvido com ses alnos, abrange atividades realizadas com cada trma. O professor afirma qe sempre qis trabalhar conteúdos de forma agradável para o alno compreender melhor. Sa metodologia sege a proposta da dotora em rte-edcação na Mae Barbosa: fazer, frir e contextalizar a arte. Trabalhar, aplicando a teoria, leva a criança a desenvolver o gosto pelas diferentes expressões artítiscas. Chico Barbosa analisa qe Indicadores de Qalidade na Edcação Prodto da parceria entre várias organizações bsca elevar a qalidade do ensino no país No processo pedagógico, a avaliação é fndamental. Só é possível elevar a qalidade de ma escola conhecendo ses pontos fortes e fracos. Sob essa perspectiva, foram desenvolvidos os Indicadores de Qalidade na Edcação, qe visam mobilizar a comnidade escolar para refletir, disctir e agir pela melhoria na qalidade da escola. Os indicadores são resltado da parceria entre várias organizações governamentais e não-governamentais (ção Edcativa, Unicef, ONU e Inep), qe consideram a qalidade escolar m conceito dinâmico, constantemente reconstrído. Não existe receita única para ma escola de qalidade. Cada escola tem atonomia para refletir, propor e agir na bsca da qalidade. O material enmera sete dimensões o componentes da vida escolar: ambiente edcativo, prática pedagógica, "esse processo é perceptível nos alnos de 1ª a 4ª série. Eles se apropriam desses saberes, às vezes, bem mais facilmente qe m adlto". Em 2005, a Secretaria de Edcação de São Palo determino qe os arte-edcadores da rede deveriam trabalhar o Bmba-Me-Boi a partir da reprodção de tela do pintor ldemir Martins. lém de releitras a lápis de cor, Chico Barbosa crio, com ses alnos, m boi de material reciclado para "vestir" e dançar. Maria Rita Lorêdo, da Escola Mnicipal Santa Maria, na zona rral de Mriaé (MG), desenvolve com ses 19 alnos, do 2º, 3º e 4º anos, o projeto "Das formas às fórmlas: arte e geometria nm contexto interdisciplinar". iniciativa promove o contato dos estdantes com obras de Pablo Picasso, Tarsila do maral, Piet Mondrian e lexandre Calder, além de estdar as biografias. Drante o crso, os alnos reniram nm portfólio textos sobre arte e reprodções de pintras famosas. De março a agosto, em das horas semanais, a professora trabalho o conteúdo, interagindo com a realidade das crianças para desenvolver nelas a capacidade crítica. "Tive o cidado de primeiro levar mes alnos avaliação, gestão escolar democrática, formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, espaço físico escolar e, por fim, acesso, permanência e scesso na escola. Cada ma dessas dimensões é avaliada por m conjnto de indicadores, tradzidos em pergntas a serem respondidas coletivamente. s respostas permitem qe a comnidade escolar considere a qalidade da escola em relação a cada dimensão: se a sitação é boa, média o rim. coordenadora do projeto, Vera Masagão, da ONG ção Edcativa, ressalta qe essa tarefa de avaliação e de bsca de qalidade na escola não deve ser atribída apenas aos professores, mas a toda a comnidade: pais, mães, fncionários, diretores, conselheiros ttelares de edcação, dos direitos da criança, ONGs, órgãos públicos, niversidades, enfim, toda pessoa o a descobrir a obra de arte e interpretá-la, não qeria qe o olhar matemático retirasse essa apreciação", ressalta Maria Rita. escassez material não foi a única dificldade para o trabalho da professora: os pais não entenderam, de início, a importância do ensino de artes. edcadora crê qe o poco contato dos pais com a arte limito a aceitação. Essa barreira foi vencida com reniões, paralelas ao projeto. o final, eles tiveram grande envolvimento. "Mas o maior reconhecimento veio com a premiação", avalia Maria Rita, terceira colocada no Prêmio Lúcia Casasanta de Criado pela Secretaria de Edcação de Minas Gerais em 1994, o prêmio contempla, todos os anos, três alfabetizadores e sas escolas com m bôns em dinheiro como reconhecimento e estímlo. O projeto recebe, ainda, o Prêmio Professores do Brasil, destinado a valorizar práticas pedagógicas de profissionais da edcação infantil e do ensino fndamental das redes públicas. "E tenho qe dar o melhor de mim e ter a consciência de dar oportnidade ao me alno", acrescenta Maria Rita. (HELOÍS LVRENG) institição qe se relaciona com a escola e se mobiliza por sa qalidade. Os Indicadores de Qalidade na Edcação estão sendo tilizados no Programa Nacional Escola de Gestores da Edcação Básica, desenvolvido pelo Ministério da Edcação (MEC). fase piloto do programa já está em execção, envolvendo, em m crso, 400 gestores de dez estados sob a coordenação do Institto Nacional de Estdos e Pesqisas Edcacionais (Inep). O crso terminará em dezembro e sa expansão em 2006 deverá ficar a cargo da Secretaria de Edcação Básica do MEC. Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte e São Palo são algns estados em qe os Indicadoresjá foram o estão sendo implantados em projetos edcacionais. O material completo pode ser encontrado no site da ção Edcativa: (CONRDO MENDES) Qando se fala em mento, é comm se pensar em s e textos escritos. No entanto, os conhecimentos matemáticos também são fndamentais para tornar ma pessoa da. professora da Facldade de Edcação da UFMG, Maria da Conceição Fonseca, assme, com otros atores, a perspectiva de qe o mento é m fenômeno amplo qe mobiliza vários tipos de conhecimentos para se ter acesso aos diversos textos à disposição na sociedade. s aprendizagens da línga escrita e da Matemática devem acontecer jntas na escola, inclsive nas séries iniciais. Segndo a professora da Universidade de Passo Fndo, Ocsana Sônia Danylk, criadora do termo alfabetização matemática, "línga materna e Matemática se complementam em qalqer gra de ensino". Para Maria da Conceição Fonseca, é comm as crianças das séries iniciais terem mais facilidade em lidar com a Matemática do qe com a leitra e a escrita em Portgês. "Isso é razoável, já qe o código nmérico é mais fácil, porqe possi apenas dez personagens e tem m comportamento mito mais certinho". No início, a dificldade com a leitra e a escrita de textos não bloqeia o aprendizado da Matemática. Mas, à medida qe o conhecimento matemático vai incorporando textos para propor problemas, explicar definições o jstificar procedimentos, o fato de a criança não saber ler irá prejdicá-la. "Não porqe o raciocínio matemático demande saber ler e escrever em Portgês, mas porqe o nosso modo de organizar o conhecimento matemático é m modo escrito", jstifica a professora da UFMG. De forma semelhante ao qe acontece com as palavras, mitas vezes a criança aprende o desenho dos números antes de saber lê-los e de compreender o qe significam. "Um menino qe mora no 12º andar, por exemplo, ainda qe não conheça o sistema de nmeração, reconhece o número doze", explica Maria da Conceição Fonseca. Por isso, Ocsana bbb Diferentes matemáticas para diferentes cltras O qe se costma chamar "a Matemática" é a Matemática acadêmica, recontextalizada na escola e marcada pelo formalismo e pela abstração. Essa é somente ma das formas de lidar matematicamente com o mndo. professora do Programa de Pós-Gradação em Edcação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Gelsa Knijnik, explica qe, na perspectiva da etnomatemática, há mitas otras matemáticas prodzidas por diferentes grpos cltrais. Há, por exemplo, a matemática do povo indígena Kaiowá, a matemática camponesa dos integrantes do MST e as matemáticas de diferentes categorias profissionais, como das costreiras, dos ferreiros, dos marceneiros. Segndo Gelsa Knijnik, "a etnomatemática é ma área da Edcação Matemática qe dá centralidade às qestões cltrais e, conseqüentemente, às qestões Danylk afirma qe "o trabalho com as crianças deve partir do conhecimento prévio qe elas possem para condzi-las ao conhecimento formal". Para Maria da Conceição Fonseca, é fndamental criar sitações de prodção de registros qe façam sentido. "O principal não é a professora mandar os alnos copiar os números não sei qantas vezes. É importante, por exemplo, pedir qe eles escrevam qantas calcladoras há nma caixa, porqe a professora irá distribí-las e depois precisa conferir se foram todas devolvidas", diz. (NIR MGLHÃES) políticas e sociais relacionadas aos conhecimentos matemáticos". No ambiente escolar, segndo a professora da Facldade de Edcação da UFMG, Maria da Conceição Fonseca, há crianças qe preferem m raciocínio aritmético a m raciocínio algébrico, o viveversa, o qe revela diferentes modos cltrais de encarar problemas. Enqanto o raciocínio aritmético privilegia a experiência, o algébrico privilegia a generalização. importância de ma edcação matemática na perspectiva da etnomatemática, para Gelsa Knijnik, é o qestionamento qe se faz da política do conhecimento dominante. "Qando se considera como conhecimento somente os saberes dos grpos hegemônicos, está-se dizendo qe os saberes dos otros grpos não são conhecimento. Essa política do conhecimento dominante LFBETIZÇÃO MTEMÁTIC Em 1988, Ocsana Danylk defini a alfabetização matemática como entender o qe se lê e escrever o qe se entende a respeito das primeiras noções de aritmética, de geometria e de lógica. se liga com a política da identidade porqe inflencia como as pessoas se vêem no mndo e se posicionam socialmente", afirma. No entanto, a professora destaca qe é imprescindível garantir o acesso à matemática acadêmica e escolar, porqe ela é prestigiada na sociedade. professora Maria da Conceição Fonseca também considera qe é preciso mostrar aos alnos qe há sitações em qe certos tipos de raciocínio são valorizados. "De maneira semelhante ao qe se diz em relação às variedades lingüísticas qe não há ma lingagem certa o errada, mas variações adeqadas a determinados sos sociais, é preciso qe o alno entenda qe ele vive em ma sociedade qe valoriza determinado tipo de coisa. Ele pode acatar o resistir, mas precisa saber qe a opção dele tem conseqüências" Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

9 Perfil Minha ftra professora Incentivada pelos pais, ela conhece a leitra por meio de cordéis, decidi ser alfabetizadora e agora qer compartilhar o qe sabe JON D RC - alfabetizadora de crianças, jovens e adltos. credita qe o alno com dificldade é m porto de conhecimento para o professor. Filha número sete de ma família de dez irmãos, Joana D rc Trajano de Medeiros, 31 anos, mora e trabalha no mesmo local em qe nasce: Crrais Novos, cidade de 41 mil habitantes, a 180 qilômetros de Natal, Rio Grande do Norte. lfabetizadora de crianças há seis anos, há três também ensina adltos a ler e escrever. Percebe grandes diferenças no trabalho com os dois públicos. " gente consege alfabetizar a criança mais rápido. Ela se abre, confia mais em si mesma. O adlto tem mais medo de errar, até porqe mitos já foram vítimas de m fracasso grande o nnca tiveram oportnidades", comenta. Logo qe concli o Magistério, Joana D rc reingresso no ensino médio, em crso de axiliar de escritório. Drante dois anos trabalho em m banco. "E gostava, procrava me doar ao máximo. Mas o desejo pela edcação não cessava", comenta. Tanto qe ela não qis ser contratada. inda estagiária do banco, fez concrso e começo a trabalhar como professora no se mnicípio. Na véspera de se formar em axiliar de escritório, largo a escola após ser aprovada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no crso de Pedagogia. Termino a facldade e fez especialização em Psicopedagogia. "Pretendo continar estdando com certeza, é bom demais. Minha ansiedade agora é fazer m mestrado na área edcacional". Joana D rc foi alfabetizada em casa, pela mãe, e só entro para a primeira série aos nove anos. "Minha mãe tinha otra cltra, ela achava qe era mito cedo e ir para a escola antes disso", explica. Mas Dona Qinqinha, sa mãe, incentivo bastante ses estdos e ensino a gostar de histórias. "Ela lia literatra de cordel para os filhos à noite. Os versos rimavam e ela lia cantando. Por isso desde cedo e já sentia o desejo pela leitra". vontade de dar alas também veio desde a infância, com o estímlo dos pais, qe a chamavam de "minha ftra professora". " gente sabe qe edcação não traz mito retorno financeiro, mas traz grandes alegrias, qando a gente vê o nosso alno progredindo." Ela lamenta qe hoje mitos pais qeiram qe os filhos façam ma gradação para ganhar dinheiro e não para se dedicar ao qe gostam. Na escola, Joana D rc diz qe não teve dificldades já entro alfabetizada, mas também não foi mito estimlada pois, onde estdo não existia mito espaço para leitra. "Era aqela coisa tradicional, de escrever e tirar do qadro. Primeiro o alfabeto até aprender todas as s. Depois partia para as sílabas, em segida palavras e depois as frases. E a gente só ia trabalhar os textos qando já era alfabetizada, no 2 o ano." Casada e mãe de Lara Beatriz, ma menina de 4 anos, Joana D rc diz qe hoje já se sabe qe o texto pode ser introdzido antes de tdo, antes da escola e defende ela antes mesmo do nascimento da criança. "E lia histórias para minha filha qando ela ainda estava na minha barriga. Hoje e vejo os frtos, ela conhece todas as s e adora livros", comemora. Joana D rc participa do Pró-mento, programa de formação de professores do Ministério da Edcação. Conta qe fico mito feliz ao ser convida- da para participar do crso para ttores, qe começo em dezembro de 2005 e vai até agosto de 2006, em Natal. gora ela será responsável por acompanhar as professoras do se mnicípio. Joana D rc disse qe após a primeira semana de crso já percebia ma mdança nos colegas. " gente vê crescimento, já vê m olhar diferente a respeito da alfabetização e do mento. cho qe vo consegir fazer essa mdança também com os professores. É m dos grandes desafios na minha vida". Como mitas alfabetizadoras do Brasil, otro grande desafio qe Joana D rc enfrenta é o trabalho com as crianças qe possem mais dificldades para aprender. " gente sabe qe para ma criança se alfabetizar, ela precisa estar bem, emocionalmente e fisicamente. Ser ma criança qe tem estímlo, tanto ambiental qanto material. Tem ainda qe se sentir amada", avalia. professora diz qe sempre existem dois o três alnos nma trma qe apresentam grande dificldade de aprendizagem. "Essas crianças devem ser vistas com mais sensibilidade. gente não pode, de forma algma, abandonar, dizer ah, esse daí não tem jeito, a gente deve correr atrás jstamente desses casos. Essas crianças é qe fazem a gente aprender mais, se pergntar o qe não anda bem, o qe precisamos melhorar. Para mim, eles são m porto de conhecimento, porqe se sempre estivesse mito bom, e não precisaria estdar mais. Eles me fazem procrar novos horizontes", afirma. O objetivo de Joana D rc agora é dividir com otros professores sas reflexões. "E adoro alfabetização, mas qando e fizer m mestrado, minha pretensão é m dia trabalhar nma coordenação com otros alfabetizadores. Porqe e sonho em poder mltiplicar, passar pra eles minhas experiências, sgestões de como condzir o trabalho...". O tema do se mestrado, ela já escolhe: "afetividade". (SÍLVI MÉLI DE RÚJO) O jornal Letra é ma ação da Rede Nacional de Centros de Formação Continada do Ministério da Edcação. PRESIDENTE D REPÚBLIC: Liz Inácio Lla da Silva MINISTRO D EDUCÇÃO: Fernando Haddad SECRETÁRIO DE EDUCÇÃO BÁSIC: Francisco das Chagas Fernandes DIRETOR DO DEPRTMENTO DE POLÍTICS D EDUCÇÃO INFNTIL E ENSINO FUNDMENTL: Jeanete Beachamp COORDENDOR GERL DE POLÍTIC DE FORMÇÃO: Lydia Bechara CONTTOS E SSINTURS Mande críticas e sgestões para.a@fae.fmg.br o Centro de lfabetização, Leitra e Escrita (Ceale), Facldade de Edcação da UFMG. venida ntônio Carlos, 6627, Camps Pamplha, Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP SSINTURS: Informações sobre como fazer assinatras do Letra : comnicaceale@fae.fmg.br o (31) Centro de lfabetização, Leitra e Escrita - Facldade de Edcação / UFMG

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