PROFETISMO Bruno Glaab

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1 Introdução I ASPECTOS GERAIS PROFETISMO Bruno Glaab No presente capítulo, buscar-se-á definir questões sobre o fenômeno do profetismo em Israel, fenômeno este que se originou fora de Israel, mas que marcou esta nação de forma peculiar, chegando a formar escola de profetismo, culminando na vasta literatura profética que hoje faz parte da Bíblia. 1 Etimologia A palavra portuguesa Profeta geralmente é entendida como a pessoa que sabe prever o futuro. Esta, porém, não é a compreensão etimológica da palavra, na sua origem. A sua raiz se encontra no grego que pode ser traduzida por: Aquele que fala diante 1 Não é o pré-ditor, mas o que fala pelo outro, alguém que fala diante dos outros, que comunica revelação divina. 2 Traduz o Hebraico nabi, cuja raiz acádica tem o sentido de: chamar, falar em voz alta, orador, anunciador A mesma raiz, em árabe tem o sentido de delirar 3, borbulhar, caráter frenético de expressão. A partir destas idéias, Albright define o profeta como um chamado por Deus para falar por ele 4. 2 A Profecia no Antigo Oriente É comum, no Antigo Oriente, a existência de homens que exercem a magia e a adivinhação (Nm 22,5s; Dt 2,2; 4,3-4) 5. São pessoas consultadas pelas autoridades antes de grandes empreendimentos. Geralmente diante de guerras, os profetas devem dizer com proceder. 3 A Profecia em Israel Em Israel, inicialmente, os profetas têm papel semelhante aos do Antigo Oriente (1Rs 22,1-29). Nos tempos dos juízes surgem os filhos dos profetas (1Sm 10,5ss), cuja função é semelhante à dos profetas do Antigo Oriente (1Sm 19,20-24). Estes se parecem como grupos de dança e canto no culto. Ainda recebem títulos como: vidente (1Sm 9,9), visionário (Am 7,12), homem de Deus (1Sm 9,7) 6. 1 ASSURMENDI, J. O profetismo das origens à época moderna. p SCHILDENERGER, J. Profeta. In: Dicionário de Teologia Bíblica. 3 MAZZAROLO, I. A Bíblia em suas mãos. p MCKENZIE, J. Profeta. In: Dicionário Bíblico. 5 BEAUCHAMP, P. Profeta. In: Vocabulário de teologia Bíblica. 6 Idem Bruno Glaab Página 1

2 Em Israel se formou uma tradição profética devido aos discípulos dos profetas (2Rs 2; Nm 11,17). Assim, o que inicialmente era apenas um movimento espontâneo, tornou-se uma experiência que foi marcante na história de Israel. O surgimento dos profetas está relacionado com a instituição da monarquia e do sacerdócio. O profeta forma, ao lado do rei e do sacerdote, um dos três eixos da sociedade (1Rs 1). Eles dão palpites aos reis (Natan, Elias, Eliseu, etc.). Porém, a profecia não é uma instituição como a realeza e o sacerdócio (Dt 18,14-19). O profeta sempre será o portador de um Dom de Deus. É neste sentido que o profetismo, em Israel, adquire um sentido diferente do mesmo fenômeno em outros povos, ainda que em Israel também haja profetas de outras divindades. Estes se restringem à magia, adivinhação e oráculos. Não é este o caso de Israel. O conteúdo ético e religioso da profecia israelita não tem paralelo no mundo antigo 7. Ao que parece, na origem do profetismo de Israel, havia líderes profetas que acolhiam discípulos. Estes eram chamados de Filhos de Profetas, ou seja, eram discípulos de um profeta e se identificavam com sua causa. Samuel é um líder profeta (1Sm 3,1ss). Ele tem papel nas escolhas dos reis, na unção dos mesmos e até na sua deposição (1Sam 7 15). Além desta função política, Samuel tem também funções mágicas. Ele é vidente (1Sm 9, ). Ele encontra animais perdidos. Samuel é mais diretamente o antepassado do profetismo sucessivo do que o são os Filhos de Profetas 8. 4 Profecia e reinado Os profetas de Israel são intérpretes da história. São leitores da vida do povo 9. Eles conhecem bem a experiência de Javé (Êxodo) e o momento político. Não existiam profetas na origem de Israel. Eles surgem aproximadamente na época em que surgem os reis 10. Profetas e reis são contemporâneos. O período dos reis, em Israel, vai do séc. XI a.c. ao século VI a.c. Este é também, a rigor, o período dos profetas. Eles não existiam, nem antes, nem depois. Alguns profetas aparecem depois da monarquia, mas em vista dos reis anteriores. Desde o tempo de Samuel em diante, à medida que as estruturas monárquicas centralizadas entravam em tensão e conflito com as prioridades tribais socioeconômicas e religioso-políticas mais antigas, apareceram profetas como defensores ardentes ou críticos acres de instituições, políticos e líderes públicos Profecia e Apocalíptica Profecia: seu ponto de partida é Israel ou Judá (Am 1,1). O profetismo é concomitante ao Estado de Israel e com sua monarquia. Importa-se muito com a justiça social e com os abusos do rei. Tem ousadia de enfrentar os abusos cometidos pelos monarcas. Apocalíptica: seu ponto de partida é o mundo (Is 24-27). Is é um texto apocalíptico pós-iasaiano, como também Dn, provém do 2º século a.c. Reflete o período do Império Grego, que ocupou a Palestina a partir do ano 330 a.c. Pode-se dizer que esta apocalíptica que 7 MCKENZIE, J. Profeta. In: DB. 8 Idem 9 SCHWANTES, M. A profecia durante a monarquia. p Idem, p GOTTWALD, N. Introdução sócioliterária à Bíblia hebraica. p.427. Bruno Glaab Página 2

3 interpreta o mundo internacionalizado dos gregos (sucedido depois pelos romanos) é a sucessora da profecia 12. A apocalíptica tem traços na profecia exílica e pós-exílica (Ez 38-39). Isto se reflete em Is 24-27, Ageu, Zacarias, Joel e Daniel. Muitos profetas, ou antes, aqueles que compilaram os profetas, deixaram traços apocalípticos em seus escritos: Is 1,2-3; Am 1,2; Mq 1,2-5; Sf 1,2-6. Isto demonstra que os colecionadores dos livros proféticos (pós-exílicos) reliam os profetas na ótica da apocalíptica Profetas anteriores e posteriores A Bíblia Hebraica chama de profetas a certos líderes que na Bíblia cristã não recebem este nome. Os livros de Josué até Reis são chamados de profetas anteriores e os nossos profetas são chamados de posteriores 14. Na tradição, foram tidos por autores homens, que se consideravam profetas: Josué, Samuel (o do livro dos Jz e dos livros de Samuel) e Jeremias (o dos livros dos Reis). Estes livros formam a primeira parte do cânone profético: os profetas anteriores. Seguem, então, os livros proféticos propriamente ditos, que são denominados os profetas posteriores Profetas pré-literários e profetas literários a) Os profetas pré-literários são os que nada escreveram, mas cujos atos são narrados em outros livros bíblicos. Bem antes dos profetas literários, ainda nos tempos pré-iasraelíticos, há vestígios dos precursores que se apresentam nas mais variadas formas: grupos extáticos (1Sm 10,5ss; 19,22ss) e também como indivíduos 16. Atuam no início do período profético, ou seja, atuam antes de Amós (1º profeta literário, no séc. VIII). Deles se fala em 1 e 2 Sm, bem como em 1 e 2Rs. Os principais profetas pré-literários são: Tempo pré-israel: Balaão (Dt 23,5 = Nm 22,1ss); Samuel exerce papel, ora de juiz (1Sm 7,15ss; 6); ora de vidente (1Sm 9,6ss); ainda como espírito de um morto (1Sm 28,7ss); líder de um grupo extático (1Sm 19,18ss); e, finalmente de profeta (1Sm 3,19s) 17. Reinado de Davi: Gad (1Sm 22,5; 2Sm 24). Enfrenta Davi num Censo demográfico. Começa-se a esboçar resistência ao rei; Natan: ora favorável a Davi (2Sm 6), ora contra o rei (2Sm 7; 12) a favor de Salomão (1Rs 1). Reinado de Salomão e de Jeroboão: Aías de Silo (1Rs 11,29-40; 1Rs 12; 14); Reinado de Jeroboão: Profetas desconhecidos (1Rs 13), (Aías de Silo (1Rs 14). Reinado de Basa: Jeú (1Rs 16,1ss). Reinado de Acab, Ocozias, Jorão, Jeú, Joacaz: Elias e Eliseu (1Rs 17-2Rs13) e Miquéias ou Micas de Jemla 18 (1Rs 22,8-18). Reinado de Josias: Hulda (2Rs 22,11-20). Elias é o mais importante dos profetas pré-literários (Ml 3,23; Mc 9,11). Luta pelo javismo no Reino do Norte (1Rs18,21: 2Rs 1). Luta pela justiça contra rei Acab (1Rs 21. Repete 12 SCHWANTES, M. Op. cit. p Idem, p MAZZAROLO, I. Op. cit. p RENDORFF, R. A formação do Antigo Testamento. p SCHMIDT, W. Introdução ao Antigo Testamento. p Idem, p Não confundir com o profeta Miquéias que tem um livro escrito. Bruno Glaab Página 3

4 Moisés (1Rs 19 = Ex 19; 33). Como Henoc (Gn 5,24), Elias sobe ao céu (2Rs 2). Ele é profeta singular. Eliseu é o sucessor de Elias (2Rs 2-9; 13). É vocacionado por um gesto de Elias (1Rs 19,19ss). Recebe o espírito de Elias (2Rs 2,9 cf. Dt 21,17). Como os anciãos (Nm 11,17-25) participam do espírito de Moisés, assim Eliseu participa de Elias. É mestre de um grupo (2Rs 2,3ss; 4,1.38; 6,1). Tanto ele, quanto Elias, tem participação na ascensão de Hazael ao trono de Damasco (2Rs 8). Suas principais características são a defesa da justiça do pobre e a luta contra a idolatria. Duas realidades que se interligam, ou seja, a idolatria é o fundamento ideológico sobre o qual se constrói a política da exploração do pobre e do fraco. b) Os profetas literários são aqueles que escreveram livros. O primeiro profeta literário é Amós. Em seus escritos, pouco se apresenta como história. Usam muito o estilo literário do dito, da profecia. Assim se expressam Amós, Isaías, Jeremias, Ezequiel, etc. Também estes seguem a defesa dos pobres e a luta contra a idolatria. Eles, por terem deixado obras escritas, trazem uma crítica mais contundente e mais radical ao estado e ao templo. Não criticam apenas as conjunturas, mas também as estruturas. 8) Divisão dos profetas literários Os profetas literários se dividem em duas categorias: a) Profetas maiores: devido ao tamanho de seus escritos. Chamam-se profetas maiores, àqueles, cujos livros são volumosos: - Isaías 66 capítulos - Jeremias 52 capítulos; Baruc (Dêutero-can.) 6 cap. Secretário de Jeremias; - Lamentações - 5 cap. atribuídas a Jeremias. - Ezequiel 48 capítulos - Daniel - 14 cap. (1; 8-12 hebr; 2-7, menos 3,24-90 aram; 3, grego e Dêutero-can.) 19. b) Profetas menores: Na Bíblia hebraica são Doze Escritos, chamados de Os doze 20. É chamada, em grego, de. São chamados de menores devido à brevidade de suas obras escritas. São eles: - Amós de Técua 9 capítulos - Oséias 14 capítulos - Joel 4 capítulos - Abdias 1 capítulo em 21 versículos - Jonas 4 capítulos - Miquéias 7 capítulos - Naum 3 capítulos - Habacuc 3 capítulos 19 VADEMECUM, para o estudo da Bíblia. p.120s. 20 BÍBLIA de Jerusalém, Introdução. p.1349 Bruno Glaab Página 4

5 - Sofonias 3 capítulos - Ageu 2 capítulos - Zacarias 14 capítulos - Malaquias 3 capítulos Nosso estudo vai seguir a ordem cronológica dos profetas: 1) Profetas não-literários, dos anos a.c. 2) Profetas pré-exílicos ( ): Amós ( ) do sul, mas prega no norte, no tempo de Jeroboão II Oséias ( ) no RN, sob Jeroboão II Miquéias ( ) RS, sob Acaz e Ezequias 1º Isaías 1-39 ( ). RS. É chamado de Proto-Iaías. Sob Ozias. Jeremias ( ). RS Sofonias ( ). RS, sob Manassés, Amon e Josias Naum (600?), RS, profetiza contra o norte. Habacuc ( ), RS 21 3) Profetas exílicos ( ) 2º Isaías ( ). Também chamado Dêutero-Isaías Jeremias Ezequiel ( ). Sacerdote exilado na Babilônia Lamentações (587) 4) Profetas pós-exílicos ( ) Ageu (520). Reconstrução Zacarias (520). Reconstrução 3º Isaías (470). Trito-Isaías. Reconstrução Abdias (450) Menor de todos Profetas no limiar do Novo Testamento. Daniel, Ana, João Batista, Jesus Cristo. - PROFETAS DO ANO 1000 A 800: DE SAMUEL A ELIAS - Pré-literários - Para este estudo nos valeremos dos livros de Js, Jz, 1 e 2 Sm, 1 e 2 Rs (OHD Obra Historiográfica Deuteronomista). Não se trata de livros que querem descrever biograficamente, mas antes, querem perceber a Palavra de Deus presente ou ausente na história. A OHD é uma coleção de livros escritos no exílio (por volta de 560). Na dor do exílio relêem a história de Israel. Por que tudo isto aconteceu? Desta forma relêem sua história desde a entrada na Terra Prometida (Js) até o exílio (2Rs). Na base destes livros está a teologia do Deuteronômio, que revela o amor de Deus para com seu povo, concretizado na Aliança (Dt 4,35-40). Ou seja, o Dt é o fio condutor de toda OHD. A OHD mostra a fidelidade de Deus para com seu povo: a Lei, a Terra Prometida, as promessas a Abraão, o Rei, o Templo, etc. tudo são a certeza de que Deus foi fiel. Agora nada disto existe mais. Em meio a este desânimo, a OHD quer resgatar a esperança. Quando muitos abandonam o barco, alguém procura a Deus em meio à tragédia. Se Deus é fiel, por que esta situação? Onde erramos? A OHD resume a históra: Deus sempre é fiel, mas o povo, nem sempre. 21 Ver MAZZAROLO, I. Op. cit. 40ss. Bruno Glaab Página 5

6 A OHD descreve a monarquia na ótica da aliança. Determinado rei foi ou não foi favorável à aliança? Davi se torna o modelo. Por isto os reis do norte, que não são davididas, são mal vistos. Alguns reis do sul, da dinastia de Davi, são bem vistos. A OHD se vale de escritos oficiais: História de Salomão (1Rs 11,41), Livro dos anais dos Reis de Israel (1Rs 14,19), Anais dos Reis de Judá (1Rs 14,29). Mas também se valeu das histórias populares dos profetas. 2.1 O surgimento da Profecia em Israel Antes da monarquia não há profetas, em Israel. No sistema tribal as soluções eram buscadas pelos líderes (Juízes) juntamente com seu povo. Não necessitavam de um rei. Este sistema foi bom, justo e igualitário, mas teve também seu lado fraco. Alguns ricos, para defender seus interesses, patrocinaram a monarquia (Jz 9). Havia problemas internos, como o enriquecimento de algumas tribos, bem como problemas externos, como a invasão e o modelo comum da monarquia adotada por todos os povos. Assim, os ricos patrocinaram a monarquia, que acabou com o Sistema Tribal. Quando Saul, o primeiro rei se instala, logo surgem problemas com o que restou do tribalismo (1Sm 13,2; 22,6; 11,15). Surge assim a voz dos profetas, como representantes deste sistema em extinção. Quando o novo rei empreende uma guerra de saque (1Sm 15,10-35) ele é duramente reprovado por Samuel. Samuel se torna profeta a partir de então. Por isto se diz que o profeta e o rei andam lado-a-lado, mas em sentido contrastante. Com as invasões desaparecem os reis e com eles, também os profetas. Projeto dos reis: a cidade, o comércio, a especulação, o culto oficial centralizado, a escravidão, os tributos, o exército, as guerras. Projeto dos profetas: as tribos, as aldeias, a roça, produtividade familiar da terra, pequenos santuários rurais, culto familiar, trabalho livre. Houve também profetas que traíram o povo e se colocaram ao lado do rei. Bem, como também houve reis fiéis à aliança, como: Josias (srs 22). 2.2 O profetismo e o templo Havia muitos templos, mas Salomão construiu o grande Templo, rico e majestoso em Jerusalém. Aos poucos todos os pequenos templos cessaram. O templo, além de ser centro religioso manipulado pelo rei, tornou-se, também centro comercial, fazenda, banco e centro político. Um único centro (templo) facilitou a centralização política. Davi intuiu bem isto. Alguns profetas reagem diante deste abuso (2Sm 7,1-29; 12,1-15). Os principais profetas que surgem nesta época, são: a)samuel: Este profeta, até certo ponto é um juiz, mas aos poucos toma feições de profeta. Ou seja, quando Israel está no sistema tribal, Samuel é juiz, isto é, um líder. Quando Israel abandona o sistema tribal e adota o sistema monárquico, o mesmo juiz se transforma em profeta. Ele tem destacada atuação de remanescente do tribalismo frente ao monarquismo que se instala. Assim: - Combate a tendência de instalação da monarquia: 1Sm 8, Interfere na escolha dos reis: 1Sm 9-10; 16 - Interfere na deposição de Saul 1Sm 15,1-36 Bruno Glaab Página 6

7 - Mostra a corrupção existente na monarquia, coisa que não acontece no tribalismo: 1Sm 12,1-25 b) Natan: O profeta Natan é um homem de confiança de Davi, porém, quando houve necessidade, enfrentou o rei, num momento em que ninguém ousava fazê-lo. Ele está próximo do rei, mas interfere também nos momentos de contrariedade: - Promete a Davi dinastia: 2Sm 7, Não deixa o rei fazer o templo: 2Sm 7,1-7 - Denuncia o crime do rei: 2Sm 12, Interfere na escolha do sucessor de Davi: 1Rs 1,11ss c) Aías: trata-se de um profeta que atua no Reino do Norte. Está próximo do rei. Como Natan, às vezes está a favor do rei, mas sabe também enfrentar o mesmo quando as circunstâncias o exigirem: - Diante dos abusos do rei do sul, o profeta insta um líder popular a se revelar contra o rei: 1Rs 11,26ss - Quando o novo rei, apoiado por Aías, adota a idolatria, o profeta se volta contra ele e o denuncia com toda severidade: 1Rs 14,1-20 d) Elias: este profeta surge nos tempos do rei Acaba (857ss). O rei Acab deu um grande impulso econômico. Estabeleceu novas relações comerciais com os países vizinhos. Porém, tudo isto favoreceu, também a contaminação religiosa. O rei casou com a Jesabel, filha do rei de Sidon, sacerdote idólatra (1Rs 16,29-34). Elias surge repentinamente (1Rs 17,1ss). Ele parece alguém solitário e ambulante, uma espécie de Hipie: cinto de couro, veste de pelos 22 (2Rs 1,7-8). Toda a problemática vem na relação rei x religião. Sua luta se concentra no combate a Baal 23 (1Rs 18). Em Canaã existiam ídolos e, pelas novas relações comerciais eles eram absorvidos em Israel. O rei Acab faz a mais grave mistura de religião javista e cananéia. Baal é o deus das chuvas e da fertilidade que determinava a economia. Elias condena esta duplicidade: Até quando dançareis num pé e no outro? (1Rs 18,21). Elias provoca a definição. Os reis, por sua natureza, eram considerados religiosos por excelência. Eles eram os filhos de Deus. Isto tudo acarretava um pietismo de conveniência, pois esta ideologia legitimava o papel dos reis. Elias, e mais tarde Eliseu, combatem este duplo desvio da monarquia: a idolatria e o papel do rei. Ele deve praticar a justiça. Trava-se uma terrível batalha. No céu, entre Javé e Baal; na terra, entre Elias e Acab. Esta narrativa tem três momentos: 1º) Poder sobre a vida: Elias inicia sua missão anunciando uma seca ao rei (1Rs 17,1ss). Ora, Baal era o deus das chuvas e da fertilidade. Ao assim agir, Elias está desmascarando o deus da chuva (Baal). Combate o ídolo em seu campo. Elias simplesmente destitui, de maneira pública e oficial, o poder de Baal sobre a natureza, portanto, sobre a fertilidade, a vida 24. Elias vai a Sarepta (Sidônia), terra de Baal. Lá também faz seca. Baal é incompetente, incapaz de zelar pela sua gente e pela sua terra. Elias mostra que não é Baal, mas Javé que salva a viúva e seu filho da fome, não o deus da fertilidade. Acab, o rei idólatra, se preocupa com a sorte dos cavalos e burros (1Rs 18,5ss), enquanto isto, Elias, o profeta de Javé, se ocupa da viúva e do órfão (1Rs 17,17ss). Na terra de Baal, 22 Veja a semelhança com João Batista, no Novo Testamento. 23 ASSURMENDI, J. O profetismo das origens à época moderna. p SILVA, M. A. V. Elias o juízo sobre a monarquia ou a desfeita de Baal. In: Estudos Bíblicos, n.4, p.35. Bruno Glaab Página 7

8 deus da fertilidade, o menino morre. A ironia é que não é Baal quem restitui a vida, mas Javé. Acab, por ter trocado Javé por Baal, perde o veio desta tradição e, com ela conseqüentemente, a preocupação com os pequenos 25. A troca de Javé por Baal é mais do que simplesmente a troca de divindades. É a troca de projetos políticos. 2º) Poder religioso: o fenômeno da seca/chuva tem seu desfecho no monte Carmelo (1Rs 18,21ss). Carmelo era a versão cananéia de Baal, deus da fertilidade e da chuva 26. Elias se confronta com os 450 profetas de Baal e os 400 de Asera. Ele e Javé vemncem. Javé vence em ambiente de outras divindades. Baal, Asera e Carmelo são impotentes, até em seu próprio chão. Além de consumir a oferta, agora Javé dá a chuva, não Baal, nem o Carmelo. 3º) Poder político: a narração da vinha de Nabot (1Rs 21) mostra o embate do poder político. O rei Acab extrapola o projeto da monarquia. Sua ação sinistra reflete a passagem do sistema tribal para o sistema monárquico. O texto de Dt 17,14-20 descrevia o perfil do rei, isto é, a justiça que este deveria viver, mas Acab se comporta bem diferente. Sua mulher também não se pauta por Dt 17. Antes, apela ao absolutismo, à mentira e à violência. Assim, Acab precisa da idolatria para levar a efeito seu projeto. Elias, javista, se choca com o projeto baalista do rei. Ele está a favor do fraco (Nabot, órfão, viúva), enquanto Acab pensa em seus interesses. Na vida de Elias (1Rs 19) tem muitas tem muitas cenas semelhantes ao Êxodo. Assim: - A caminhada de Elias até o Horeb (1Rs 19) é um símbolo do Sinai. Elias, qual novo Moisés, refaz a caminhada do êxodo para restabelecer o verdadeiro Israel. O Horeb é a versão nortista do Sinai (Ex 19-24; 33-34). - Agora Deus não se manifesta nos fenômenos da natureza, com no Ex 19-24: temporal, raios, trovões, mas na simples brisa leve. Isto são agora os fenômenos de Baal. O Deus de Israel não se identifica com estes fenômenos 27. O Deus do Sinai usava estes fenômenso (Ex 19,16ss; 33,20-23). Porém, o Deus de Elias é semelhante ao Deus da sarça ardente (Ex 3,1ss.). - Os quarenta dias de caminhada de Elias lembram os quarenta anos dp povo no deserto. - O alimento dado ao profeta desanimado lembra o maná no deserto (Ex 16 e 34,28). A vontade de colocar em paralelo Moisés e Elias é evidente. O profeta aparece assim como o novo Moisés que recebe de Deus uma missão que permitirá salvar o seu povo da situação crítica em que se acha 28. A jornada de Elias termina na ordem de ungir um novo rei para Israel (1Rs 19,15ss), um novo rei para Damasco e um novo profeta. Desta forma, um novo Israel será possível. Um novo começo, a partir desta montanha, com um novo Moisés para um povo renovado 29. e) Eliseu: discípulo de Elias. Atuou no tempo dos reis Ocozias, Jorão, Jeú, Joás e Joacaz.. Como Elias, também ele se destaca na luta contra a idolatria. Seu ciclo está descrito em 2Rs 2,19-8,15. Ele é apresentado como poderoso e milagroso. Ele purifica a água (2Rs 2,19-22), amaldiçoa os meninos gozadores (2Rs 2,23-25), campanha de guerra (2Rs 3,11-20), multiplicação do óleo (2Rs 4,1-7), a ressurreição do menino (2Rs 4,8-37), a panela envenenada (2Rs 4,37-41), a multiplicação do pão (2Rs 4,42ss), a cura do leproso (2Rs 5,21ss), etc. 25 Idem, p Ibidem, p ASSURMENDI, J. Op. cit. p Idem, p Ibidem, p.24. Bruno Glaab Página 8

9 Muitas destas cenas tem inspiração no Êxodo e muitas delas servem de inspiração para o Novo Testamento. f) Conclusão: Elias e Eliseu são símbolo da luta contra o culto a Baal e a monarquia débil do Reino do Norte. A partir desta memória coletiva de seus gestos e palavras organiza-se toda uma série de textos que mostram de maneira fortemente visual e dramática essa luta de morte contra a religião de Baal e contra a incapacidade dos monarcas 30. Por um lado, a saga de Elias e Eliseu mostra Javé como o verdadeiro Deus. Por outro lado, bate forte na monarquia idólatra. Assim, num único intento, desacredita-se a religião cananéia e a monarquia. São, portanto, textos populares que refletem reação diante dos abusos. Não se pode lê-los como relatos históricos, ainda que apresentem alguns aspectos históricos. São uma antessala de Oséias (luta contra Baal e monarquia). III PROFETAS DE ELIAS ATÉ O EXÍLIO LITERÁRIOS Neste período inicia o profetismo literário, embora ainda existem alguns profetas pré literários, mas aqui se volta toda a atenção aos literários. Também neste período a profecia deixa definitivamente as características de videntes, de magia ou transe e assume o rosto da pregação moral e da denúncia da injustiça. Os livros, nem sempre, nascem como livros. Alguns, antes, formam grupos. Depois seus discípulos reúnem seus discursos ou escritos e os compilam em livros, e até escrevem outros livros dentro do seu espírito (2º e 3º Isaías, Baruc e Lamentações na sequência de Jeremias). Os profetas agem, pregam e denunciam. Quando, talvez alguns deles já não vivem mais, seus discípulos querem manter viva a sua memória, criam os livros. Por isto, alguns livros formam verdadeira miscelânea, compilação ou até, empilhação sumária. O livro crescia por assim dizer dentro do seio da comunidade até chegar à sua redação final no fim do exílio da Babilônia 31. Características deste período 32 : 1) Surgimento das grandes potências: Assíria e Babilônia inquietações, insegurança, ameaça de invasão; 2) Deportação do Reino do Norte (722) e decadência do Reino do Sul; 3) Os reis do norte e do sul caem na órbita de outros reis. Trazem a idolatria e esquecem a fidelidade a Javé; 4) Acaba o sistema tribal: esquece-se a aliança e a justiça social. A fé entra em crise; 5) Surgem os profetas Amós, Oséias, Isaías, Miquéias, Sofonias, Naum, Habacuc e Jeremias. Eles querem refazer a aliança, por isto lutam: - defendem o povo da roça contra a cidade; - anunciam a intervenção de Javé; - denunciam os erros dos reis e do povo; - procuram reformar o sistema dos reis; 30 Ibidem, p Tua Palavra é vida, vol. 3,p Idem, p.28. Bruno Glaab Página 9

10 - anunciam a proximidade do desastre. 3.1 O Profeta Amós Natural de Técua (Judá), próximo de Jerusalém. É o primeiro profeta literário Atuou no tempo do rei Jeroboão II ( a.c.) 33. Segundo sua própria definição, era agricultor e vaqueiro (Am 7,14), criador de rebanhos (1,1). Conhecia bem o momento político. Pregou contra as nações 34. Sulista, mas exerce seu ministério no norte. Fala no santuário de Betel, santuário oficial do reino do norte. Usa linguagem dura (vacas de Basã 4,1). Sua mensagem central é a justiça social. O pecado, que o profeta denuncia com mais força, é a injustiça que reina nas relações sociais 35. a) Estrutura 36 Am 1-2 = Oráculos contra Damasco, Gaza, Tiro, Sidon, Edom, Amon, Moab, Judá e Israel; Am 3-6 = Coletânea de discursos de julgamento contra o Reino do Norte; Am 7,1-9,6 = Visões. Julgamento iminente, interrompido pela narrativa de Amasias (7,10ss) e alguns discursos de julgamento; Am 9,7-15 = Promessa de restauração. b) Estilo literário Os oráculos contra os estrangeiros (Am 1-2) seguem o modelo litúrgico das execrações egípcias 37, onde se execrava os povos vizinhos e os pecados domésticos. Amós execra os vizinhos, mas no lugar dos pecados domésticos, ataca o estado. Supõe-se que Amós fosse, originalmente profeta do culto, mas devido à sua radicalização, tivesse rompido com o mesmo. A linguagem hínica (Am 4,13; 5,8-9; 9,5-6) mostram um estilo litúrgico. Pode ser também que Amós usasse a linguagem hínica para combater o culto que pretendia ter uma santidade inatingível 38. Em Amós existem ainda características sapienciais: pelos três crimes, pelo quarto (1, ), bem como as asserções didáticas de 3,3-8. Isto reflete a sabedoria dos clãs, não da corte. Ser sábio é sinônimo de ser líder alternativo. Amós, pastor e agricultor é remanescente do sistema tribal, ou seja, é um sábio daquele sistema que reage à monarquia com seus abusos. Amós é homem independente. Ele é pequeno proprietário (7,14), isto é, não é venal como alguns supostos profetas. Ele fala unicamente em nome de Javé. c) Fases de formação: 1) Coleção de palavras do próprio Amós: Ibidem, p.91. Cf. também. MINETTE DE TILESSE, C. Amós. In: Revista Bíblica Brasileira. n.1-2, 2001, p ASSURMENDI, J. Op. cit. p Idem, p A estrutura é inspirada em N. Gottwald. Introdução sócioliterária à Bíblia hebraica Idem, p Ibidem, p Bruno Glaab Página 10

11 2) Oráculos contra as nações: Damasco (1,3-5), Filistéia (1,5-8), Amon (1,13-15), Moab (2,1-3) e Israel (2,6-16) 39. As visões: 7,1-9; 8,1-9,4 Tanto os oráculos como as visões foram colocadas como molduras de Am 3-6, ou seja, 1-2 é abertura e 7-9 é conclusão. Aos cinco oráculos, correspondem as cinco visões. 3) Uma antiga escola de Amós faz a redação dos textos anteriores e insere o relato de Amasias (7,10-17) e as admoestações (5,14-15). Obs.: as três fases anteriores vêm do séc. VIII a.c. 4) Nos tempos de Josias ( ) um grupo acrescenta as doxologias (4,13; 5,8; 9,5s) e as críticas a Betel (4,4-12; 5,21-27), pois Josias havia destruído os templos (2Rs 23,15). 5) Redação deuteronomista (Exílio) acrescentou os oráculos contra Tiro (1,9-10), Edom (1,11-12) e Judá (2,4-5). 6) No Pós-Exílio se acrescenta uma escatologia para amenizar o negativismo do livro (9,11-15) 40. Assim, pode-se definir como: Sujeito 1: o item 1, ou seja, os cap. 3-6 a crítica de Amós às estruturas injustas; Sujeito 2: os itens 2, 3 e 4, ou seja, os cap. 1-2 e 7-9 com os referidos acréscimos; Sujeito 3: os itens 5 e 6, ou seja, a redação deuteronomista e o acréscimo da escatologia (9,11-15). Pode-se afirmar que o texto reflete a situação trágica do século VIII, a reforma de Josias (séc. VII), a situação deuteronomista do Exílio (séc. VI) e as esperanças do pós-exílio (séc. VI e V). Ou seja, o texto castiga os abusos do século VIII, serve aos josianos na reforma deuteronomista e principalmente aos reconstrutores pós-exílicos 41. O livro é fruto de um longo processo formativo: No início havia os ditos e as visões de Amós, que foram complementados pelo relato na terceira pessoa (7,10-17) e talvez ainda por outras palavras de um grupo de amigos ou discípulos do profeta. Por fim são acrescentadas diversas complementações posteriores 42. d) Conteúdo central Amós é agricultor e pastor (1,1; 7,14s). Não sobrevive às custas da profecia ou dos serviços do templo, nem se considera profeta profissional. Por isto é independente e fala em nome de Javé. É profeta porque foi coagido por Javé (3,8; 7,14s). Mostra que Israel é mais culpado do que as nações (1,3-2,16), pois o oráculo contra Israel é o mais extenso e mais detalhado. A crítica se dirige contra as injustiças sociais. Justamente por Israel ser escolhido, é que será castigado com mais rigor (3,2). Os demais povos são censurados pelas guerras (1,3ss). Israel é censurado pelas transgressões do direito (3,10; 5,7.24; 6,12): Vendem o justo por dinheiro (2,6). Muito luxo (8,4s). 39 Os oráculos contra Tiro, Edom e Judá são acréscimos posteriores. 40 Ibidem, Ibidem, p SCHMIDT, W. Introdução ao Antigo Testamento. p.190. Bruno Glaab Página 11

12 Distorcem o direito 5, ; 3,9s.15. Seu tema preferido, mas não único, é a justiça social. Polemiza com a falsa segurança (6,1s.8.13; 8,7). Ataca o altar (3,14; 5,5; 7,9; 9,1). Ataca os sacrifícios e as festas (4,4s; 5,21ss; 8,10) 43. O profeta ataca a reação conservadora patriótica e piedosa das classes superiores no tempo de Jeroboão II. As cobiçosas classes superiores, com cumplicidade governamental e jurídica, expropriavam sistematicamente a terra dos plebeus, a fim de poderem elas acumular riquezas e ostentá-las 44. A riqueza também se expressava no culto e nos templos ricamente ornados. Diante disto, Amós ataca o fervor religioso como disfarce fraudulento. Critica a excessiva religiosidade sem compromisso. Esta prática deve acabar (8,1-3). Amós conhece bem a situação do povo e a proposta de Javé. Esta experiência, Amós a tem como reminiscência do antigo sistema tribal. Ainda havia vestígios na memória do povo. As leis tribais estavam na mente do povo. Esta leis se praticavam mais ou menos fielmente sob seus olhos em aldeias como Técua, enquanto eram ridiculamente ignoradas e atropeladas pelas mesmas pessoas que tributavam os mais ruidosos louvores a Jahweh 45. Assim, a vida fiel da aldeia tribal e sua experiência de Deus, forneceram a estrutura de sua análise crítica. Conclusão O profeta Amós é porta-voz do movimento tribal, fiel à aliança, que vê, aos poucos a religião javista sendo avacalhada pelos abusos das elites, principalmente a partir da monarquia. Os representantes do javismo nada podem fazer, pois dependem da monarquia (Amasias). Neste contexto, as duas grandes bandeiras do profeta são, a luta contra as elites e a luta contra a idolatria, que servia de cimento para a estrutura do sistema monárquico e injusto. Amós, como homem independente, pois não depende do sustento do estado, nem dos favores da elite, enfrenta o estado lamentável religioso em que Israel se meteu. Ele quer refazer a experiência do êxodo. 3.2 O Profeta Oséias a) Introdução: O profeta Oséias é talvez o único profeta do norte. Supostamente nascido em Siquém 46. Sabe-se pouco dele. Provavelmente era camponês. Tem parentesco com o deuteronomista e também com o eloísta. Há um consenso de que houvesse uma cadeia traditiva que liga Elias e o eloísta com Oséias e este com o deuteronomista e com Jeremias 47. Não se pode afirmar sua procedência com certeza, nem sua profissão. Seu pai chamava-se Beeri (1,1), sua mulher, Gomer (1,3), seus filhos têm nomes simbólicos (1,4ss). O profeta sofreu resistência (9,7ss). Sua atuação se situa por volta de a.c. no reinado de Jeroboão II e talvez até sobrevivesse à queda da Samaria Idem, p GOTTWALD, N. Introdução sócioliterária à Bíblia hebraica. p Idem, p ASSURMENDI, J. Op. cit. p SCHMIDT, W. Op. cit. p GOTTWALD, N. Op. cit. p.340. Bruno Glaab Página 12

13 Em meio à desmoralização e falta de direção, Oséias depara-se com uma geração de líderes resolvidos a proteger seus próprios interesses mesquinhos apoderando-se de toda circunstância favorável à custa de outros. Iahweh torna-se para eles o adjudicador e o garante de benefícios pessoais. A linha entre javismo e balismo transformou-se com o tempo 49. Oséias denuncia a idolatria, que ele chama de prostituição. A prostituição vai além da idolatria, chega às alianças políticas (Os 7,8-12; 8,9-10). Já se pressente o poder da Assíria que emerge como grande força política em expansão. Isto provoca mal-estar e insegurança em Israel. Cada vez mais a monarquia do RN pede trabalhos e gente para as guerras. Tudo isto afetou a vida familiar, desintegrando-a 50. É neste universo que Oséias prega através de suas metáforas (Os 1-3; 11,1-7, etc.). b) Camadas: O livro de Oséias não saiu pronto das mãos do profeta. Ele é fruto de diversas fases redacionais. 1) Os 1-3: trata-se de um conjunto construído sobre Os 2,2-15 e 3,1-5, que provavelmente é do próprio Oséias. O conjunto foi completado por um discípulo. 2) Os 4,1-11,11: é a transcrição da pregação pública do profeta. Neste sentido fica evidente que, sendo pregação pública e não texto escrito, os redatores apresentam Oséias com as suas próprias tintas, isto é, deve-se ver, no texto, a pregação do profeta, mas também o trabalho dos seus redatores. Inicia com: Ouçam a palavra de Javé e termina com: Oráculo de Javé. 3) Os 12,1-14-9: comunicações públicas. Reflete liturgia (12,6). Todos os três conjuntos passam da acusação e julgamento para promessa de salvação, como também todos os três mostram marcadas afinidades lingüísticas e conceituais com o pensamento deuteronômico 51. c) Gênero literário: o gênero literário é confuso, muito misturado. Faltam formas estilísticas de interligação. É difícil dizer o que é original e o que é redacional. Os redatores finais fizeram bastante confusão 52. O profeta se vale da alegoria do casamento para descrever a situação de Israel. Apresenta a relação Deus e Israel como a relação marido e mulher. O profeta, como Deus, é o marido fiel e Israel, como a esposa, é infiel, ou prostituta. O profeta apresenta a relação entre Deus, sempre fiel e cheio de amor, e seu povo que o abandonou e preferiu correr ao encontro dos ídolos 53. Não obstante à mistura estilística, Oséias é um livro que se apresenta sob a roupagem das metáforas. Assim, destacam-se as metáforas do casamento infiel (Os 1-3) para ilustrar a relação entre Deus e Israel, e a metáfora do Pai e do Filho (Os 11,1-7) para ilustrar a mesma relação. Javé é também descrito como médico (6,1ss), caçador de aves, leão (5,14), leopardo, ursa despojada, orvalho, árvore luxuriante, pus (ou traça? 5,12), e podridão (5,12). Israel é visto como pessoa enferma, rebanho, pombo volúvel, novilha treinada, mas teimosa, jumento selvagem errante, videira e uvas, vinho do Líbano, figo prematuro, lírio, mulher nas dores de parto, um filho não nascido, bolo cozido demais no forno, neblina e orvalho de manhã cedo e palha carregada pelo vento Idem, p TUA Palavra é vida, vol. 3, p GOTTWALD, N. Op. cit. p SCHMIDT, W. Op. cit. p BÍBLIA Sagrada Edição Pastoral, Introdução a Oséias, p GOTTWALD, N. Op. cit. p.341. Bruno Glaab Página 13

14 d) Estrutura 55 Num primeiro momento pode-se dividir o livro de Oséias em dois blocos: 1) Os 1-3: metáfora do casamento e da esposa infiel 2) Os 4-14: uma coletânea de desgraça e salvação, de ameaças e promessas. A segunda parte se subdivide em duas subunidades a) 4,1-11,11 b) 12,1-14,9 Desgraças Salvação 1) Caps ,2-9 2,1-3 2,4-15 2, ,1-4 3,5 2) Caps ,1-11,7 11, ,1-14,1 14,2-9 Num segundo momento pode-se ver as subunidades: I Os = Incumbência de casar com uma prostituta e os três filhos 2 = Ditos isolados: 2,1-3 = Transformação dos nomes dos filhos: salvação 2,4-15 = Ameaça 2,16-25 = Promessa, retorno ao deserto (2º Êxodo). 3 = Incumbência de amar uma mulher adúltera 3,4 = Sem rei, sem sacrifício 3,5 = Retorno a Deus e a Davi II Os 4-14 a) = Contra os sacerdotes e contra o culto 5,1-7 = Contra os líderes do povo 5,8ss = Guerra siro-efraimita 6,1-3 = Cântico de arrependimento 6,4 = Israel sem cura 6,6 = Conhecimento de Deus em vez de sacrifícios 7,8 = Efraim se mistura com os povos 8,4ss = Contra a monarquia e o culto 9,10ss = Retrospectiva histórica 11 = Israel, filho apóstata b) = Israel como o astuto Jacó (Gn 27ss) 13 = Ruína de Israel 14 = Chamado à conversão e) Conteúdo 55 A estrutura é inspirada em W. Schmidt, p. 195/196. Bruno Glaab Página 14

15 Oséias quer de volta sua mulher infiel. Deus quer reatar a aliança com Israel. A prostituta é o símbolo de Israel, é a figura da prsotituta do culto a Baal. Assim, o casamento do profeta com a prostituta reflete a mistura e confusão existente em Israel, pois neste tempo até Javé era adorado como Baal (podia ser manipulado. Casar com a prostituta era cortar o baalismo e suas manifestações dentro do javismo, pela raiz. Os filhos refletem esta situação: a) Jesrael = vale onde Jeú inicia e termina (2Rs 9s); b) Lo-Ruhamah = Não compadecida: é a situação de Israel; c) Lo-Ammi = Não meu povo: Israel bastardo. No século 9/8 Javé era adorado como Baal e tinha uma esposa por nome de Asherah. Isto serviu de base para o casamento de Oséias. Esta mistura está descrita em Os 4,1-3; 5,3-4 e 8,1-3. Assim, a Segunda parte (4-14) ainda se encontra no mesmo tema teológico, ou seja, a apostasia. Tudo gira ao redor do tema da idolatria que vem apresentada como prostituição e a sua conseqüente injustiça. f) Conclusão O livro de Oséias é uma colcha de retalhos de diversas etapas. É difícil estabelecer uma estrutura. No entanto, pode-se dizer que seu livro é uma chamada de atenção aos perigos dos desvios religiosos patrocinados, principalmente pela monarquia e pelas elites de Israel. Oséias quer refazer a aliança, para isto ele enfrenta a idolatria e as injustiças sociais, combate a religião faustosa, mas sem compromisso. 3.3 O Profeta Isaías (1-39) a) Introdução: O atual livro de Isaías, como se apresenta na Bíblia, é na realidade uma justaposição de três livros. O primeiro Isaías, também conhecido por Proto-Isaías, compreende os capítulos Este livro reflete os anos a.c. Pode Ter por tema a santidade de Deus 56.O segundo Isaías, ou também chamado Dêutero-Isaías, compreende os capítulos Agora o cenário histórico já é bem outro. Estamos no Exílio da Babilônia e o livro quer consolar os deportados, incutir esperanças nos neles. É uma mensagem de esperança, um novo Êxodo. O terceiro Isaías é formado pelos capítulos Este é reflexo do período da volta do Exílio, quando se quer reconstruir Jerusalém e o templo. É um projeto de reconstrução. Aqui, neste capítulos, no entanto, o estudo se refere unicamente ao primeiro Isaías, ou seja, aos capítulos A partir de agora, só nos referimos ao primeiro Isaías, simplesmente como Isaías. Isaías é do Reino do Sul, ou seja, de Jerusalém, talvez fosse homem da corte, ou próxima a ela. O rei e a nobreza vivem alheios à vida do povo, a religião é faustosa, mas a justiça é esquecida. A Assíria está em plena expansão 57. Neste período ocorre a Guerra Siro-efraimita (2Rs 16,7ss). Trata-se de uma conspiração entre o rei de Damasco (Síria não confundir com Assíria) e o rei da Samaria (Efraim = Israel) contra o Rei da Assíria. 56 Introdução a Isaías, Bíblia Sagrada, Ediçào Pastoral. p ALONSO-SCHÖKEL, L. Profetas (I). p.97ss. Bruno Glaab Página 15

16 Damasco e Samaria, irritadas por terem de pagar tributo à Assíria, resolvem revoltar-se; mas seus exércitos são muito pequenos para se oporem ao assírio. Pensam então em fazer aliança com Judá. Acaz, porém, não vê esta aliança com bons olhos, considera a revolta uma aventura louca. Por este motivo, Rasin de Damasco e Pecá de Samaria decidem declarar guerra contra ele, destroná-lo e nomear rei o filho de Tabeel, partidário da coligação antiassíria 58. O rei Acaz (Judá) pede auxílio a Teglat-Falasar (Assíria). Isto lhe valeu a submissão à Assíria, devendo pagar tributos. Por ser de Jerusalém, encontram-se nele dois temas fortes: a eleição de Jerusalém e a dinastia de Davi. Deus se comprometera com a cidade e com a dinastia (2Sm 7). Ele é filho de Amós (não confundir com o profeta Amós). Sua teologia apresenta alguns pontos que merecem destaque: 1) A santidade de Deus; 2) A consciência do pecado; 3) A necessidade do castigo; 4) A esperança da salvação. Estes quatro temas, unidos às tradições de Sião e da dinastia davídica, deverão ser levados em consideração para compreender a fundo a pregação de Isaías 59. Como o profeta Oséias, também Isaías casa (8,3). Sua esposa é profetisa e seus filhos têm nome simbólico: Sear Jasub (um resto que voltará) e Mather Salal Has Baz (pronto ao saque, rápido aos despojos). O Talmude conta que Isaías foi assassinado por Manassés que mandou cortá-lo ao meio, mas isto não é confirmado. Isaías que era personagem aristocrática, políticamente conservador, inimigo de revoltas sociais profundas 60. O livro de Isaías não é um bloco monolítico escrito por um mesmo escritor. Existem muitas partes interpoladas e acrescidas. Algumas mudam inclusive de gênero. Ex.: os capítulos 24-27; deixam de ser profecia, são apocalípticos. Os cap são história que falam do profeta na 3º pessoa. b) Visão de conjunto 61 1) Oráculos ao Povo de Deus (1-12) Fundamentalmente a pregação do profeta Isaías no tempo de Joatão e da Guerra Siroefraimita: a) 1,1-3,1 b) 2,1-4,6 c) 5, ,7-10,4 d) 6,1-9,6 (rompe com 5 e 9,7) e) 10,5-12,6 f) 12 Hino (acréscimo). 2) Oráculos contra as nações estrangeiras (13-23) Usa muito o termo hebraico (masha) = oráculo: 13,1; 14,28; 15,1; 17,1; 19,1; 21, ; 22,1; 23,1. Oráculos contra: Babilônia 13,1-14,23 e 21,1-10 Assíra 14,24-27 Filistéia 14,28-30 Moab Damasco 17,1-11 Egito Idem, p Ibidem, p Ibidem, p Inspirado em Schökel, p.113. Bruno Glaab Página 16

17 Duma 21, Tribos Árabes 21,13-17 Tiro e Sídon 23,1-18 3) A grande escatologia grande Apocalipse (24-27) Refletem um balanço final. Toda terra, sem distinção de raças nem países, fica submetida ao juízo de Deus 63. Estes capítulos, embora estejam no primeiro Isaías, são do período pós-exílico. Falam da vitória final do povo de Deus. 4) Oráculos ao Povo de Deus (28-33) Refletem a ação do profeta nos anos O material está bastante confuso. Suas unidades iniciam com os Ai: 28,1; 29,1.15; 30,1; 31,1 e 33,1. Supõe-se que, juntamente com 10,, ,1-6 formassem o Livro dos Ais. Predominam três ideias: - Humilhação da Assíria - Rebaixamento do orgulho do povo eleito - Restauração de Sião. 5) Pequena escatologia pequeno apocalipse (34-35) Tipicamente escatológico. Representam ser do 2º Isaías. 34 Javé enfrenta os gentios, arrasando-os 35 o povo eleito recebe a bênção 6) Apêndice histórico (36-39) Destacam-se três episódios: - Invasão de Senaquerib (36-37) - Enfermidade e cura de Ezequias (38) - Embaixada do rei da Babilônia (39) A invasão de Senaquerib é problemática: A) Mensagem de senaquerib 36,1-22 Reação de Ezequia 37,1-2 Intervenção de Isaías 37,3-7 Desfecho 37,8-9a B) Mensagem de senaquerib 37,9b-13 Reação de Ezequias 37,14-20 Intervenção de Isaías 37,21-35 Desfecho 37,36 Há diferenças nas duas coleções, portanto, refletem períodos posteriores, acréscimos ou retoques. c) Mensagem: o livro do primeiro Isaías é confuso pelo fato de estar totalmente misturado, ou seja, o livro apresenta muito do sujeito 1 (o profeta Isaías), boa parte do Sujeiro 2 (a escola de Isaías = discípulos que complementam) e partes do Sujeito 3 (período da redação 62 Cf. Bíblia de Jerusalém, nota j a Is21,11-12: A menção de Duma causa embaraço: é um oásis do norte da Arábia, fora de Edom. 63 Idem, p.114. Bruno Glaab Página 17

18 final do atual livro, talvez em períodos pós-exílicos). Por isto é muito difícil ler o livro de começo ao fim, pois as partes estão completamente misturadas. Mesmo assim, podem-se destacar, no livro de Isaías, alguns temas: - O problema social as injustiças (1,10-20; 5,8ss; 10,1ss) - A política desastrada (1,10ss;21; 7,1ss; 10,1ss) - O messias (o menino, o rebento) (1,24ss; 3,1ss; 6,13; 7,14ss; 8,1ss; 9,1ss; 11,1ss). Sua denúncia social sofre forte influência de Amós. Critica a classe dominante pelo luxo e orgulho, pela cobiça e injustiças. Tudo isto vem acompanhado de ritauias religiosos efusivos 64. Na política Isaías sofre influência do davidismo e do sionismo. Deus tem se comprometido com a cidade e com a dinastia, e é nisto que consiste sua maior segurança 65. Mas o profeta não vê esta segurança como algo mágico. Requer resposta. O fiel deve crer na ação de Deus e não nos pactos internacionais. Entre o tema da justiça social e da política, insere-se o tema do Messias, aquele que implantará a justiça e o direito. A figura do Messias em Isaías, sempre vem associada ao frágil, o menino, o rebento, o adolescente, etc. 3.4 O Profeta Jeremias O livro do profeta Jeremias é um livro complexo, cheio de alterações, ou seja, um livro vindo de diversas camadas literárias, ou misturas de gêneros 66 Não se deve ver o livro de Jeremias como um livro escrito em ordem, com uma estrutura lógica de início até o fim. Antes, trata-se de um livro que vem de diversas camadas. O sujeito 1 representa o que o profeta disse e fez, o sujeito 2 representa a tradição oral levada em frente pelos seus discípulos e o sujeito 3 reflete a redação final, levada a cabo por escribas deuteronomistas que releem, ampliam e dão uma redação conforme seu tempo. Mas, num primeiro momento vamos estudar a situação do profeta Jeremias O Momento Histórico O profeta Jeremias profetiza entre a.c 67 e tem, a grosso modo, dois períodos, que marcam seu ministério: Antes do ano 609 (morte de Josias) e depois de 609. Antes o profeta reflete otimismo, depois, tensões, conflitos e a derrocada 68. Josias é posto no poder, como rei de Judá aos 8 anos de idade, pelos am ha arets = povos da terra (2Rs 21,23s). A Assíria se enfraquecera e o rei Josias se fortalece, inclusive se vale deste momento e faz uma incursão no RN, tentando reconquistar o antigo território. Mas o importante deste rei é a Reforma de Josias ( ), quando o rei toma medidas de purificação religiosa e de justiça social (2Rs 23,4-24). Como base desta reforma está a descoberta do livro da Lei, ou seja, o Dt (2Rs 22). Neste período a Assíria é aniquilada. Desaparece, assim, a grande ameaça de Judá. Porém, em 609, numa batalha de guerra com o Egito, morre Josias (2Rs 23,29ss). Inicia-se o declínio. 64 Ibidem, p Ibidem, p SCHMIDT, W. Introdução ao Antigo Testamento. p.223ss. 67 GOTTWAKD, N. Introdução sócioliterária à Bíblia hebraica. p ALONSO SCHÖKEL, Op. cit. p Bruno Glaab Página 18

19 O sucessor de Josias, Joacaz (609) só governa por 3 meses. O faraó Necao do Egito o depõe e impõe tributos a Judá e, ainda por cima, troca, a seu bel prazer, o rei. Nomeia rei a Joaquim (irmão de Joacaz ( ). Este é um rei déspota, inimigo do povo. Ele recebe duras críticas de Jeremias. Neste período, Nabucodonosor (rei da Babilônia) bate o Egito e se torna Senhor do mundo. Judá lhe deve tributo. Porém, passados alguns anos, Joaquim deixa de pagar os tributos (600), isto faz com que, em 598 Nabucodonosor marche contra Jerusalém. Em meio à confusão, Joaquim morre e sobe ao trono Jeconias (598), permanecendo também 3 meses no poder. Inicia-se a deportação para a Babilônia. Jeconias é deposto e em seu lugar é nomeado Mataías (irmão de Joacaz, tio de Jeconias), cujo nome é mudado para Sedecias ( ). Este rei de Judá é preso por Nabucodonosor, teve de assistir a degola de todos os seus filhos e por fim teve seus olhos vazados. Cego foi levado parao Exílio (2Rs 25,1-7). O templo e a cidade de Jerusalém são incendiados, a muralha da cidade é derrubada e acontece a 2º deportação Vida e atividade de Jeremias O profeta Jeremias bate forte na ordem interna de Judá: na corrupção, na idolatria e na injustiça social. O rei e as elites julgavam que Judá estaria salvo pela santidade do templo. Jeremias se opõe a esta visão. Na sua opinião, as tradições da aliança e o culto de Jerusalém não forneciam fundamento algum para segurança na falta de justiça social, nem a confiança no Egito poupava a Judá de a Neobabilônia fornecer um meio exterior de fuga 70. Jeremias quer mudanças, conforme fora anunciado por Josias. Vendo que a ameça da Babilônia se tornava sempre mais forte, sugeriu que Sedecias se rendesse. Imaginava Judá sem rei e sem templo (40,7-12). Por fim foi levado para o Egito, contra a sua vontade (43,6-7). Lá ele desaparece Formação do livro de Jeremias No passado se supunha que Jeremias tivesse ditado seu livro ao seu secretário Baruc e que este era responsável pela redação do mesmo. Hoje se tem outra idéia: há uma corrente jeremiana que incluiu a poesia do profeta, as narrativas a respeito dele, material reelaborado, prosa e temas e faz a redação em ambiente do exílio e pós-exílio. Sem dúvida, encontramos o autêntico Jeremias dentro do seu livro, porém todos os materiais foram conservados e juntados por sobreviventes à queda de Jerusalém, os quais liam constantemente, avaliavam e elaboravam as palavras e feitos do profeta como alguém que poderia instruí-los nas atuais condições de vida completamente mudadas 71. Neste processo, foi posto no livro do profeta, material que, na realidade era de seus seguidores, em ambiente diferente, porém, sempre à luz do profeta. 69 Idem, p GOTTWAKD, N. Introdução sócioliterária à Bíblia hebraica. p Idem, p.374. Bruno Glaab Página 19

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