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1 GUIA SAÚDE PÚBLICA 1 Guia Saúde Pública crfgo.org.br

2 Publicação organizada pela Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás EXPEDIENTE DIRETORIA Ernestina Rocha Presidente Lorena Baía Vice-Presidente Luciana Calil Secretária-Geral Evandro Tokarski Tesoureiro ORGANIZAÇÃO Comissão de Saúde Pública (2014/2017) Cristina Ferreira Lemos C. Carneiro Darcinilce Brelaz dos Santos Elza Luiz Rodrigues de Souza Fábio Basílio Flaubertt Santana de Azeredo Gysella Santana Honório de Paiva Wesley Magno Ferreira COLABORAÇÃO Raquel Resende Assessora Técnica REVISÃO ORTOGRÁFICA Maria Conceição Morais Pereira Conselheira do CRF-GO DIAGRAMAÇÃO Alexandre Andrade

3 SUMÁRIO I Assistência Farmacêutica no SUS 9 II Ciclo gerencial e logístico da Assistência Farmacêutica 12 III Atribuições do profissional farmacêutico na Assistência Farmacêutica 19 IV Componentes da Assistência Farmacêutica e seu financiamento 23 Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) V Cenário da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica em Goiás: pactuações de 1999 a VI Organização e Estrutura da Assistência Farmacêutica 35 VII Instrumentos de Gestão do SUS e a Assistência Farmacêutica 37

4 GUIA SAÚDE PÚBLICA 7 VIII HORUS - Sistema Nacional de Gestão Farmacêutica 40 IX QUALIFAR SUS 42 X Farmácia Popular 43 XI Uso Racional de Medicamentos 45 XII Bases Legais da Assistência Farmacêutica 47 XIII Regularidade junto ao Conselho Regional de Farmácia 50 XIV Competências das Comissões Assessoras 51 Considerações Finais Lista de siglas Referências APRESENTAÇÃO A Assistência Farmacêutica no serviço público exige conhecimentos técnicos e científicos para implantação de uma Política Assistencial que garanta o acesso ao medicamento com qualidade e segurança, de forma universal, igualitária, integral e equânime. A maioria das intervenções em saúde envolve o uso de medicamentos e, por isso, a inserção do profissional farmacêutico na rede pública de saúde, em todas as suas instâncias, nas diversas atividades que compõem o ciclo da Assistência Farmacêutica, pode trazer contribuições na promoção do uso racional de medicamentos e na ampliação do acesso superando a visão reducionista de aquisição/distribuição. Diante do exposto, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), por meio da Comissão Assessora de Saúde Pública, formulou este GUIA como material de apoio para tomada de decisões dos gestores públicos e dos colegas farmacêuticos, baseados nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) contribuindo para o fortalecimento da Assistência Farmacêutica no serviço público do estado de Goiás. COMISSÃO DE SAÚDE PÚBLICA DO CRF-GO

5 GUIA SAÚDE PÚBLICA 9 PALAVRA DA PRESIDENTE I - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS Desde o seu embrião, a profissão é identificada pelo relevante papel social dos farmacêuticos e pela sua generosidade. Os farmacêuticos que atuam, nas farmácias e drogarias, sejam públicas ou privadas, são os primeiros e os últimos profissionais da saúde a manter contato com os pacientes. É dali, durante uma conversa com o farmacêutico, que o paciente deve levar todas as informações sobre o uso do medicamento prescrito ou a orientação para buscar o profissional adequado. A ausência do farmacêutico nas farmácias pode provocar inúmeros problemas por intoxicação e uso inadequado de medicamentos. Além dos prejuízos à saúde dos pacientes, a falta deste profissional mina os cofres dos sistemas público e privado de saúde, representando prejuízos astronômicos para um País carente de recursos para a saúde. O farmacêutico é essencial na gestão das farmácias públicas. Os serviços farmacêuticos, de dez anos para cá, estão se diversificando e ganhando em qualidade técnica e em humanidade. E, deste processo, está nascendo um novo farmacêutico: um profissional da saúde sempre em busca do conhecimento científico e consciente de suas responsabilidades sociais. Este GUIA organizado pela Comissão de Saúde Pública do CRF-GO é um documento orientador para os gestores e farmacêuticos que atuam no SUS. Espero que a publicação contribua para o fortalecimento da categoria nesse segmento. ERNESTINA ROCHA Presidente do CRF-GO A conquista do SUS é precedida por momentos históricos na construção das políticas de saúde no Brasil, marcados pelas características da sociedade, pelos interesses políticos, pelo desenvolvimento científico em cada época, tendo o Movimento da Reforma Sanitária seu marco importante. 1,2 A garantia do direito de todos à saúde e do dever do Estado em implantá-la por meio de políticas sociais e econômicas estão explicitados nos artigos 196 a 200 da nossa Constituição cidadã (CF/1998). 3 A Lei Orgânica da Saúde (LOS - Lei nº 8.080/1990) veio para estabelecer as condições e organização dos serviços de saúde ditadas pela CF/1998 e previu a inclusão da assistência terapêutica integral, inclusive a farmacêutica, no campo de atuação do SUS. 4 Para a execução da assistência farmacêutica, a LOS previu a formulação da Política Nacional de Medicamentos (PNM), publicada 8 anos depois, através da Portaria GM nº 3.916/1998. A PNM teve como finalidade principal garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais. 5 Considerando que a maioria das intervenções em saúde envolve o uso de medicamentos e que este uso pode ser determinante para a obtenção de menor ou maior resultado, é imperativo que o estabelecimento de políticas farmacêuticas e a estruturação e execução da Assistência Farmacêutica sejam vistas sob ótica dos princípios constitucionais doutrinários do SUS - Universalidade, Integralidade e Equidade -, bem como dos seus princípios organizacionais: Descentralização, Hierarquização e Participação Social. 6,7,8,9

6 GUIA SAÚDE PÚBLICA 11 Se realizarmos uma pesquisa do conceito de Assistência Farmacêutica encontraremos diversas definições para esta expressão, porém de acordo com Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) publicada em 2004 em seu artigo 1º parágrafo III temos que: A Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu uso racional. Esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. (Resolução n 338, de maio de 2004 CNS/MS, Brasil). 10 Pode-se observar, então, que a Assistência Farmacêutica engloba todas as ações desenvolvidas por diversas categorias de profissionais envolvidos com o medicamento. 6,11,38 Entretanto, nos deparamos com o conceito de Uso Racional de Medicamentos (URM), que é um dos principais pontos da PNM e PNAF, e está elencado entre as obrigações dos gestores de saúde 5,7,10,12, 13, 14, 15, 16,17,18,40 nos vários documentos de pactuação das ações de saúde. Desta forma a Assistência Farmacêutica relaciona-se com a disponibilidade e o acesso aos medicamentos no SUS, porém não de uma forma limitada ao fornecimento de medicamentos ou à logística que envolve a aquisição dos mesmos, mas qualificando as ações precedentes e simultâneas à disponibilidade do medicamento, tendo o profissional farmacêutico o papel de qualificar os serviços essenciais e complementares a serem ofertados 5,10,11,12,13,14,16,18, 19,20,21, 22,23,24,25,26,27,41. na AF do município. PARA SABER MAIS: Biblioteca Virtual em Saude, do Ministerio da Saude (MS) contem toda publicação do MS (livros, folhetos, legislação e fontes de informação) PenseSUS (Biblioteca Virtual da Fiocruz sobre diversos temas importantes para o SUS) 1. Para entender a gestão do SUS. CONASS, p 2. Políticas de Saúde: organização e operacionalização do Sistema Único de Saúde. Fiocruz, p 7. Cartilha ABC DO SUS PRINCIPIOS E DOUTRINAS. MS/SNAS p 8. Assistência Farmacêutica no Brasil: Politica, Gestão e Clínica - Coleção da UFSC, 2016 Vol. I: Políticas de saúde e Acesso a medicamentos. Coleção da UFSC, smqn/nkpx/

7 GUIA SAÚDE PÚBLICA 13 II CICLO GERENCIAL E LOGISTICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 06 SELEÇÃO 01 As várias etapas que compõem o Ciclo da Assistência Farmacêutica devem ser planejadas adequadamente para assegurar a qualidade e resolubilidade dos serviços de AF. Este planejamento deve ser realizado, utilizando-se critérios epidemiológicos não apenas para atender as reais necessidades da população, bem como para que haja medicamentos realmente necessários para uma determinada localidade. 8,11,12,17,36,37,39,40 O Ciclo de Assistência Farmacêutica é um sistema constituído pelas etapas de seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos com suas interfaces nas ações de atenção à saúde. Seu objetivo principal é apoiar as ações de saúde promovendo o acesso da população aos medicamentos e seu uso racional. 2,6,13,14,17 05 UTILIZAÇÃO PRESCRIÇÃO, DISPENSÃO E USO. DISTRIBUIÇÃO GERENCIAMENTO FINANCIAMENTO RECURSOS HUMANOS SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTROLE E AVALIAÇÃO PROGRAMAÇÃO ARMAZENAMENTO AQUISIÇÃO Figura 1. Ciclo logístico e gerencial da Assistência Farmacêutica. (Fonte: Marin et al. (org.) Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/ OMS, 2003)

8 GUIA SAÚDE PÚBLICA 15 SELEÇÃO Quais medicamentos o município vai fornecer? 6,11,14,17,24,37 A seleção de medicamentos é a base de todas as atividades do ciclo. É a etapa de escolha de medicamentos eficazes e seguros, imprescindíveis ao atendimento das necessidades de uma dada população, garantindo o acesso ao medicamento e seu uso racional. Deve estar fundamentada em legislação específica, contemplando a Relação Nacional de Medicamentos (RENAME) com a finalidade de promover uma terapêutica medicamentosa de qualidade nos diversos níveis de atenção à saúde. A partir deste elenco, os municípios podem selecionar os medicamentos para elaborar a sua Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME). A seleção deve estar fundamentada em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos, como também, na estrutura dos serviços de saúde. Precisa ser bem articulada e envolver um número representativo de profissionais da área da saúde, sendo fundamental a criação da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) por normas legais. Após a seleção, devem-se elaborar manuais, formulários e cartilhas orientadoras da prescrição, dispensação e uso racional do medicamento. Para tal existe, o FTN, os PCDT. 6,12,17 PROGRAMAÇÃO Quantos medicamentos serão consumidos por período? 11,14,17 Programar consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para atender determinada demanda de serviços e por um período de tempo pré-estabelecido. Através dessa etapa podem-se definir prioridades dos medicamentos a serem adquiridos frente à necessidade da população e a disponibilidade de recursos, identificando as quantidades necessárias ao atendimento da demanda e evitando a falta, como também, a descontinuidade no suprimento, contribuindo para o seu uso racional, além de evitar compras e perdas desnecessárias. Para uma boa programação, a AF deve estar bem articulada com outros setores do município e levar em conta serviços novos na saúde a serem implantados (SAMU, clínicas, campanhas) AQUISIÇÃO Como comprar? 6,14,17,25,27 A aquisição é o processo no qual se efetiva a compra dos medicamentos estabelecidos na seleção e na programação, mantendo o abastecimento de medicamentos em quantidade e qualidade adequadas, ao menor custo possível. No serviço público, as compras devem ocorrer por meio da atividade licitação, que é um procedimento administrativo que tem as seguintes modalidades de licitações e valores dos objetos na saúde (Lei nº 8.666/1993, artigos 22 e 23): 45 1 Concorrência: empresas habilitadas técnico-juridicamente e qualificadas econômico financeiramente para valor acima de R$ ,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). 2 Tomada de preços: com empresas cadastradas e qualificadas, para valor até R$ ,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); 3 Convite: escolha de, no mínimo, três empresas, para objetos no valor até R$ ,00 (oitenta mil reais);

9 GUIA SAÚDE PÚBLICA 17 Há ainda a modalidade de pregão eletrônico ou presencial, regido pela Lei nº /2002, que usa como tipo de licitação o menor preço. Valores inferiores a R$ 8.000,00 (oito mil reais) é dispensável a realização de licitação. Existe ainda, além das hipóteses de contratação por dispensa de licitação, a possibilidade de contratação por inexigibilidade. No processo licitatório, é necessário estimar os preços médios dos produtos para poder identificar os preços extremamente elevados (quando for maior que 30% dos preços médios) e os preços inexequíveis (quando for menor que 70% dos preços apresentados) 46. Para pesquisa de preços há sítios governamentais como o BPS ( e o ComprasNet ( ARMAZENAMENTO e DISTRIBUIÇÃO Como guardar e repassar para as unidades? 6,13,17 Trata-se do conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as atividades de recepção ou recebimento, estocagem, guarda, conservação de medicamentos e controle de estoque. Esta etapa visa assegurar a qualidade dos medicamentos bem como sua disponibilidade em todos os locais de atendimento ao usuário. Nesta etapa, é preciso definir e dispor de ferramentas e estruturas físicas adequadas à garantia da qualidade dos medicamentos e produtos, como prateleiras, caixas bin, refrigeradores. DISPENSAÇÃO Como será entregue ao paciente? 13,17,19,24,25 A dispensação é o ato farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos ao paciente mediante a apresentação de uma prescrição elaborada por um profissional autorizado de modo a assegurar que o medicamento de boa qualidade seja entregue ao usuário na dose prescrita, na quantidade adequada ao tratamento, acompanhado de informações e orientações que assegurem o seu uso correto e seguro. É uma das últimas oportunidades de, ainda dentro do sistema de saúde, identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à terapêutica medicamentosa. A dispensação com orientação contribui sobremaneira para que os usuários recebam uma Atenção Farmacêutica adequada, proporcionando melhoria na resolubilidade dos serviços de saúde e, consequentemente, a satisfação dos seus usuários. 20,21,22,26 Para a garantia do uso correto e racional do medicamento é necessário a implantação de protocolos clínicos, bem como análise da demanda reprimida que fornecerá subsídios para avaliar os medicamentos selecionados. 40,41

10 GUIA SAÚDE PÚBLICA 19 PARA SABER MAIS: 8 Assistência Farmacêutica no Brasil: Politica, Gestão e Clínica - Coleção da UFSC, 2016 (e-book do curso de Gestão da Assistência Farmacêutica da UFSC com DAF/SCTIE/MS e SGTES/MS) Vol. I Politicas de saúde e acesso a medicamentos Vol. II Gestão da Assistência Farmacêutica Vol. III Seleção de medicamentos Vol. IV Logística de medicamentos Vol. V Atuação clínica do farmacêutico Lei nº 8.666/1993 e Lei nº /2002 Lei das licitações e do pregão eletrônico III - ATRIBUIÇÕES DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A Assistência Farmacêutica é uma atividade transdisciplinar e multiprofissional. A produção de conhecimento é considerada estratégica para seu desenvolvimento, bem como o desenvolvimento dos recursos humanos e serviços. 6,8 Exige articulação permanente com áreas técnicas, administrativas, coordenações de programas estratégicos de saúde, Vigilância Sanitária e Epidemiológica, área administrativa-financeira, Ministério Público, órgãos de controles, Conselho de Saúde, profissionais de saúde, entidades de classe, universidades, fornecedores e setores de comunicação da Secretaria, entre outros segmentos da sociedade, para melhor execução, divulgação e apoio às suas ações. 11 São funções e atividades gerais que devem ser executadas pela Assistência Farmacêutica, sendo atribuição do profissional farmacêutico no serviço público: 13,17,39 Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações relacionadas ao medicamento, insumos e correlatos. (Exemplo: Quais e como serão comprados os produtos? Onde serão armazenados, distribuídos e dispensados os medicamentos no município?). Articular a integração com os serviços, profissionais de saúde, áreas interfaces, coordenação dos programas, entre outras.

11 GUIA SAÚDE PÚBLICA 21 (Exemplo: Como participar nas ações de Vigilância Epidemiológica e Sanitária? Nas ESF? Nas campanhas de saúde?). Elaborar normas e procedimentos técnicos e administrativos (Exemplo: Há POP, PGRSS, normas de dispensação e prescrição no município?). Elaborar instrumentos de controle e avaliação, com indicadores mensuráveis. (Exemplo: Existe levantamento do total de receitas aviadas e receitas não atendidas, % de antibióticos e % de psicotrópicos atendidos?). Selecionar e estimar necessidades de medicamentos. (Exemplo: Quais e quando comprar os medicamentos?). Gerenciar o processo de aquisição de medicamentos. (Exemplo: Que processo licitatório e qual verba serão utilizados?). Garantir condições adequadas para o armazenamento de medicamentos. (Exemplo: Terá espaço suficiente para guardar e estocar medicamentos?). Promover a gestão de estoques, utilizando ferramentas adequadas à realidade. (Exemplo: Usa sistema informatizado ou planilhas manuais?). Distribuir e dispensar medicamentos. (Exemplo: Quais profissionais e procedimentos estarão envolvidos neste processo? Que ferramentas podem ser utilizadas?). Organizar e estruturar os serviços de AF nos três níveis de atenção à saúde no âmbito local e regional, de forma descentralizada e hierarquizada. (Exemplo: A AF está inserida no plano municipal de saúde? Há medicamentos abrangendo todos os serviços de saúde ofertados?). Desenvolver sistema de informação e comunicação entre os setores envolvidos com a AF. (Exemplo: Como irá divulgar a lista de medicamentos padronizados aos prescritores e população: site, panfletos, cartilhas?). Desenvolver e capacitar recursos humanos. (Exemplo: Que temas e qual o cronograma de treinamentos dos servidores?). Participar de comissões técnicas. (Exemplo: Existe e participa da CFT, da Comissão de Infecção Hospitalar e Segurança do Paciente, da Comissão de Gerenciamento de Resíduos, do Conselho de Saúde?). Promover o uso racional de medicamentos. (Exemplo: Desenvolvem informativos ou campanhas esclarecedoras sobre o uso correto dos medicamentos à população e prescritores?). Promover ações educativas em saúde para prescritores, usuários de medicamentos, gestores e profissionais da saúde. Manter cadastro atualizado dos usuários, unidades e profissionais de saúde, para garantir efetividade das ações multiprofissional da AF. Desenvolver estudos e pesquisa em serviço. Elaborar material técnico, informativo e educativo. Prestar cooperação técnica. Assegurar qualidade de produtos, processos e resultados. (Exemplo: Faz parecer técnico nas licitações dos produtos?).

12 GUIA SAÚDE PÚBLICA 23 O advento da Lei nº /2014 que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas trouxe perspectivas em relação a criação de vagas para farmacêuticos atuarem na Assistência Farmacêutica no SUS, ao reconhecer as farmácias públicas e privadas como estabelecimentos de saúde sob a égide responsável do profissional farmacêutico. 23 Os farmacêuticos inseridos em cada uma das instâncias de governo, nos órgãos de representação da classe, no âmbito dos movimentos sociais e das instituições responsáveis pela implantação do SUS, bem como outros profissionais de saúde que defendem a construção do SUS, tiveram e continuam tendo uma atuação fundamental voltada para a inserção do farmacêutico como profissional de saúde e para a criação e consolidação da área da assistência farmacêutica. 2,14,18,28,29 Destarte, a participação social e classista promove alcançar mais espaço, mais visibilidade e respeito da profissão farmacêutica perante a sociedade e outras profissionais de saúde. IV - COMPONENTES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E SEU FINANCIAMENTO A Portaria GM/MS nº 204, de 29 de janeiro de 2.007, regulamentou o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle. 32 Os blocos de financiamento do SUS definidos nessa lei são os seguintes: 1,2,15,32,36 Atenção Básica; Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar; Vigilância em Saúde; Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS. O Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica foi dividido em 3 (três) componentes: 12,14,32 Componente Básico (CBAF) 34 Componente Especializado (CEAF) 35 Componente Estratégico (CESAF) O bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica não abrange os medicamentos de uso hospitalar, os quais estão contemplados pelo bloco da Atenção de Média e Alta Complexidade.

13 GUIA SAÚDE PÚBLICA 25 Os medicamentos de uso oncológico são disponibilizados por estabelecimentos credenciados no SUS, os quais são reembolsados com o lançamento do procedimento no subsistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC), do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA-SUS). 30 PARA SABER MAIS: Evolução do financiamento da AF Em 1998, logo após a publicação da Política Nacional de Medicamentos (PNM), deu início ao processo de descentralização da AF preconizado pela mesma, ao estabelecer o Incentivo à Assistência Farmacêutica na Atenção Básica (IAFAB), com valores pactuados na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). 15,34,35 Em 1999, através da Portaria GM n 176, foram estabelecidos os critérios e requisitos para a habilitação dos estados e municípios para receberem este incentivo financeiro. O Ministério da Saúde gerenciava a aquisição e distribuição de medicamentos considerados estratégicos, como tuberculose, hanseníase, insulinas, entre outros, e financiava a assistência farmacêutica para medicamentos excepcionais (de alto custo) através dos Estados, regulamentada por uma série de portarias. A implantação do IAFAB possibilitou aos municípios uma ampliação da oferta de medicamentos a população, porém em muitos casos, este acesso não foi qualificado, por não vir acompanhada de ações importantes da Assistência Farmacêutica, entre eles a promoção do uso racional do medicamento. As Portarias GM/MS nº 176/1999 e GM/MS nº 2084/2005, entre outras, foram substituídas pela Portaria GM/MS nº 1.555, de 30 de julho de 2013, a qual atualizou os valores, os elencos de medicamentos e a transferência de recursos para a Assistência Farmacêutica Básica. Consulte mais informações e legislações sobre o Fundo Nacional de Componente Saude (FNS) Básico em da Assistência Farmacêutica (CBAF) O CBAF é normatizado pela Portaria nº de julho de 2013, que diz: Art. 25. O Componente Básico da Assistência Farmacêutica destina-se à aquisição de medicamentos e insumos da assistência farmacêutica no âmbito da atenção básica em saúde e àqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da atenção básica 34 Seu financiamento é responsabilidade das três instâncias gestoras do SUS (artigo 3º da Portaria nº 1555/2013), pactuada entre os gestores nas Comissões Intergestores, Tripartite (CIT) e Bipartite (CIB). Deve-se aplicar, no mínimo, os seguintes valores de seus orçamentos próprios: I União: R$ 5,10 por habitante/ano; II Estados e Distrito Federal: R$ 2,36 por habitante/ano; III Municípios: R$ 2,36 por habitante/ano. Cabe ao Ministério da Saúde, de acordo com os artigos 5 e 6, o financiamento, aquisição e a distribuição dos seguintes medicamentos: Insulinas NPH 100 UI/ml e Regular Humana 100 UI/ml, competindo às Secretarias Estaduais de Saúde a distribuição da insulina NPH 100 UI/ml e a Regular Humana 100 UI/ml aos municípios. Contraceptivos e Insumos do Programa Saúde da Mulher.

14 GUIA SAÚDE PÚBLICA 27 Os quantitativos destes medicamentos serão estabelecidos conforme os parâmetros técnicos definidos pelo MS, a programação anual e as atualizações de demandas encaminhadas ao Ministério da Saúde pelas Secretarias Estaduais de Saúde com base de cálculos nas necessidades dos municípios. Além do financiamento, cabe ao MS a distribuição até os almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico da SES/GO. A Gerência de Assistência Farmacêutica da SES/GO é responsável pela programação e distribuição aos municípios. 33 Em relação aos insumos do Programa Saúde da Mulher, constantes do Anexo I e IV da RENAME vigente, a sua distribuição é realizada nos seguintes termos: I - Entrega direta do MS para Goiânia e aos Municípios com população superior a (quinhentos mil) habitantes; e II - A Gerência de Assistência Farmacêutica da SES/GO é responsável pela programação e distribuição aos demais municípios do Estado. Em Goiás, os medicamentos são solicitados por meio de relatórios padronizados enviados à Regional de Saúde (ARS) de sua região (ver Gerência das Regionais de Saúde e Núcleos de Apoio - go.gov.br/page/42/regionais-de-saude). A SES/GO e os municípios são responsáveis pelo financiamento dos insumos complementares destinados aos usuários insulinodependentes de que trata a Lei Federal nº /2006, sendo realizado por meio de repasse Fundo a Fundo para o Fundo Municipal de Saúde (FMS) em conta específica com a aquisição realizada pelos municípios. 33 As Secretarias de Saúde dos Municípios e de Goiás, conforme artigo 4º, poderão, anualmente, utilizar 15 por cento (15%) da soma dos recursos financeiros para atividades destinadas à adequação de espaço físico das farmácias do SUS, à aquisição de equipamentos e mobiliário destinados ao suporte e à realização de atividades vinculadas à educação continuada voltada à qualificação dos recursos humanos da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica à Saúde, obedecida pela Lei n 4.320, de 17 de março de , e as leis orçamentárias vigentes. 37 A aplicação desse percentual de recursos financeiros em outras atividades da Assistência Farmacêutica relacionadas com a Atenção Básica à Saúde fica condicionada à aprovação e a pactuação na CIB. Medicamentos que podem ser adquiridos com recursos do Bloco do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) A RENAME traz em seu elenco medicamentos selecionados utilizando os critérios de essencialidade e segurança, ou seja, medicamentos com fortes evidências de eficácia e com tempo de uso suficiente para detecção de efeitos adversos e potenciais riscos à saúde observados na pós-comercialização. Desta forma a RENAME deve ser utilizada como documento norteador para que os Estados e Municípios elaborem suas listas oficiais. O Componente Básico é composto por medicamentos e insumos para assistências aos agravos prevalentes e prioritários, incluindo os medicamentos prioritários para saúde mental e os fitoterápicos que constituem os anexos I e IV da RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais). De acordo com artigo 9 da Portaria nº 1.555, de 30 de julho de , os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela seleção, programação, aquisição, armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação dos medicamentos e insumos do comprovante básico da assistência farmacêutica, constantes dos anexos I e IV da RENAME vigente, incluindo-se:

15 GUIA SAÚDE PÚBLICA Plantas medicinais, drogas vegetais e derivados vegetais para manipulação das preparações dos fitoterápicos da RENAME em Farmácias Vivas e farmácias de manipulação do SUS; 2 - Matrizes homeopáticas e tinturas-mães conforme Farmacopeia Homeopática Brasileira, 3 edição, para as preparações homeopáticas em farmácias de manipulação do SUS; e 3 - A aquisição dos medicamentos sulfato ferroso e ácido fólico do Programa Nacional de Suplementação de Ferro. Cabe ao Município, por meio da sua Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) nomeada pelo secretário de saúde, definir sua Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) tendo como base a RENAME e a RESME (Relação Estadual). Na ausência da CFT, o farmacêutico precisa elaborar a Lista de Medicamentos Padronizados no município e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Municipal de Saúde. 11,13,17,23,25,27,28,30 Para fundamentar a seleção e uso racional dos medicamentos disponíveis na RENAME, há o Formulário Terapêutico Nacional (FTN) para subsidiar profissionais de saúde para a prescrição, dispensação e uso dos medicamentos indispensáveis à nosologia prevalente. Serve de base na orientação farmacêutica sobre o uso correto e seguro do medicamento. Ainda existem protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, cadernos e guias da atenção básica para gestores do SUS, e também com manuais/ documentos desenvolvidos por entidades profissionais e de sociedades cientificas. 6,12,14,17,24,25 PARA SABER MAIS: RENAME ( leia-mais-o-ministerio/471-sctie-raiz/daf-raiz/daf/l3-daf/18892-testeversoes-rename) FTN ( Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) O Componente Especializado é uma estratégia para garantir a integralidade nos tratamentos com medicamentos, em nível ambulatorial, na forma das linhas de cuidado definidas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicados pelo Ministério da Saúde. 12,25,30 É regulamentado pela Portaria nº 1554, de 30 de julho de , e se caracteriza pela disponibilização de medicamentos ditos de alto custo ou excepcionais, divididos em 3 grupos com base nos seguintes critérios: I - Complexidade do tratamento da doença; II - Garantia da integralidade do tratamento da doença no âmbito da linha de cuidado; e III - Manutenção do equilíbrio financeiro entre as esferas de gestão do SUS.

16 GUIA SAÚDE PÚBLICA 31 O artigo 66 da Portaria nº 1.554, de 30 de julho de 2013, traz que o financiamento para aquisição dos medicamentos do CEAF é relacionado ao Grupo que os mesmos estão alocados, sendo assim: Grupo 1: São medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde, sendo que, para o Grupo 1A, na forma de aquisição centralizada e para o grupo 1B, na forma de transferência de recursos financeiros. Grupo 2: São financiados integralmente pelas Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal. Grupo 3: São financiados conforme regras do Componente básico da Assistência Farmacêutica. Dessa forma, medicamentos que não fazem parte do elenco aprovado na CIB podem ser adquiridos com recursos próprios dos Municípios ou Estado, não podendo estes gastos constar como contrapartida aos recursos previstos na Portaria nº 1.555/2013, pois não fazem parte do elenco básico pactuado. Como pode se observar há normativa clara quanto aos medicamentos da atenção básica e aos medicamentos excepcionais (de alta complexidade/ custo). Os medicamentos que integram este componente fazem parte no anexo III da RENAME. A referência estadual na dispensação de medicamentos constantes no CEAF, de uso ambulatorial, de acordo com a Portaria GM/MS nº 1554, de 30 de julho de 2013, é a Central de Medicação de Alto Custo (CMAC) Juarez Barbosa, unidade de saúde administrada pela Secretaria da Saúde de Goiás, com recursos dos governos Federal e Estadual. 33 A dispensação no Estado de Goiás ocorre, em sua maioria, na cidade de Goiânia, mas já existem regionais no interior do Estado, que dispensam medicamentos, implantando assim o projeto de descentralização de dispensação dos mesmos. Na Regional de Saúde Pirineus - Anápolis já ocorre todas as etapas de execução do CEAF, com exceção do Faturamento, que é realizado na sede da CMAC, em Goiânia. ( PARA SABER MAIS: Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (CMAC) Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas PCDT MS/CEAF O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) - destinase à garantia do acesso equitativo a medicamentos e insumos, para prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de perfil endêmico, com importância epidemiológica, impacto socioeconômico ou que acometem populações vulneráveis, contemplados em programas estratégicos de saúde do SUS. Os medicamentos têm sua aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde e são repassados para a SES/GO. A Gerência de Assistência Farmacêutica da SES/GO é responsável pela programação e distribuição aos municípios. Os municípios fazem a solicitação via relatório padronizado a sua regional de saúde (ARS) após notificação do agravo à Vigilância Epidemiológica.

17 GUIA SAÚDE PÚBLICA 33 Constituem Programas Estratégicos de Saúde e os agravos atendidos: Controle da Tuberculose Controle da Hanseníase (inclui Talidomida) Controle do Tabagismo Endemias Focais Influenza HIV/AIDS Prevenção de Deficiências Nutricionais Sangue e Hemoderivados Saúde da Criança PARA SABER MAIS: MS/CEAF V CENÁRIO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA EM GOIÁS: PACTUAÇÕES DE 1999 A Em Goiás existiram 03 (três) tipos de pactuações do financiamento da AF Básica: PDE (Parcialmente Descentralizada no Estado): o recurso federal destinado ao município era repassado para o Fundo Estadual de Saúde. Esse recurso federal, juntamente com a contrapartida estadual, eram repassados pelo Estado ao município em medicamentos produzidos pela IQUEGO (Indústria Química do Estado de Goiás), numa tentativa de fortalecer o laboratório oficial, conforme PNAF. PDM (Parcialmente Descentralizada no Município): o recurso federal era repassado diretamente para o Fundo Municipal de Saúde e a contrapartida do Estado repassada em medicamentos produzidos pela IQUEGO. TDM (Totalmente Descentralizada no Município): a contrapartida estadual no valor de R$ 2,00 por hab./ano, é transferido Fundo a Fundo aos municípios, na mesma conta bancária utilizada pelo Fundo Nacional de Saúde para o Componente Básico da Assistência Farmacêutica (antiga Farmácia Básica). Além disso, fica pactuado o financiamento dos insumos complementares destinados aos usuários insulinodependentes no valor de R$1,00 por hab./ano, como contrapartida estadual. O recurso federal é repassado diretamente ao Fundo Municipal de Saúde. Podemos dividir a evolução da existência dos modelos de pactuação acima em três períodos:

18 GUIA SAÚDE PÚBLICA 35 De 1999 até junho de 2003 (1º Período): a pactuação PDE foi acordada com 243 municípios. Somente Goiatuba, Goiânia e Jataí realizaram a pactuação PDM. De julho de 2003 a dezembro de 2008 (2º Período): instituiu-se as pactuações PDM a todos os 246 municípios. A partir de 2009 (3º Período): estabeleceu a Pactuação TDM a todos os municípios, abolindo de vez a contrapartida estadual em repasse de medicamentos da IQUEGO, devido a problemas no cumprimento de prazos e quantidades da programação feita com cada município. As pactuações sobre Assistência Farmacêutica Básica estão descritas nas Resoluções CIB: Res. nº 042/2009; Res. nº 067/2009; Res. nº 172/2010; Res. nº 068/2011; Res. nº 047/2012; Res. n 343/2013; e Res. nº 008/2015. VI - ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A organização é a base fundamental de sustentabilidade de qualquer serviço, atividade ou sistema de produção de trabalho. Está diretamente relacionada com a funcionalidade dos serviços, tendo por objetivo o gerenciamento eficiente e eficaz. São requisitos necessários para organização dos serviços na AF: 6,12,13,14,17 Estrutura organizacional (disposta em organograma) e administrativa (gerência, chefia) estabelecida legalmente; Estrutura física com instalações adequadas tecnicamente ao funcionamento característico das unidades envolvidas com a AF; Manual de Normas e Procedimentos; Equipamentos e materiais de apoio as ações da AF (15% da verba do CBAF podem ser usados na estruturação, desde que pactuado); Recursos humanos capacitados e com treinamento continuo; Sistema de informação (por exemplo: existe o HORUS do MS); Monitoramento e avaliação dos serviços. Para se organizar a estrutura da Assistência Farmacêutica em um município é necessário que haja planejamento das ações e que se tenha claro aonde se quer chegar. Existem instrumentos no SUS que servirão como facilitadores para concretizar as ações, como por exemplo, a inserção do capítulo da Assistência Farmacêutica no Plano Municipal de Saúde.

19 GUIA SAÚDE PÚBLICA 37 A inserção da Assistência Farmacêutica no organograma do município é um passo importante para o desenvolvimento das ações planejadas. E a partir desta inserção elabora-se um organograma e fluxogramas dos serviços de farmácia disponíveis no município. É importante também garantir que a gestão da Assistência Farmacêutica seja feita por um farmacêutico que tenha perfil e visão de gestão. São serviços importantes e que devem ser considerados dentro da estrutura organizacional da Assistência Farmacêutica: Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT); Setor de compras; Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF); Serviço de Farmácia nas Unidades de Saúde. VII - INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO SUS E 1,6,8,12, 14,16,37 A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA O planejamento no SUS baseia-se em um importante sistema de planejamento que tem por objetivo a elaboração contínua, articulada, integrada e solidária de três instrumentos essenciais: o Plano de Saúde (PAS), suas respectivas Programações de Saúde e os Relatórios Anuais de Gestão (RAG). A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) é parte integrante da Política Nacional de Saúde e, portanto, para que desempenhe suas funções na garantia da integralidade à saúde, é importante que esteja inserida nos instrumentos de gestão. Além disso, a portaria que regula o componente básico da AF prevê que As ações, serviços e recursos relacionados à Assistência Farmacêutica deverão constar nos instrumentos de planejamento do SUS, sendo que o RAG será o documento central para o monitoramento da aplicação dos recursos. Seja do ponto de vista gerencial ou do legal, a AF deve estar contemplada nos instrumento de gestão do SUS e cabe ao gestor municipal, auxiliado pelos farmacêuticos e demais profissionais envolvidos na área, o desenvolvimento de uma política consistente de planejamento, em concordância com o sistema de planejamento do SUS. Os instrumentos basilares em que a AF deve estar obrigatoriamente inserida são: Plano de Saúde: É o instrumento elegido para a consolidação de todos os processos de planejamento conduzidos no SUS, integrando as diversas áreas e constituindo a base de todas as atividades, programações e financiamento a serem cumpridos pelo gestor no período de quatro anos. Deve conter, portanto, os objetivos, ações e metas a serem desenvolvidos para a

20 GUIA SAÚDE PÚBLICA 39 estruturação da Assistência Farmacêutica e aquisição de medicamentos para o período que se segue. Programação Anual de Saúde (PAS): É o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde, bem como da gestão do SUS. Tem validade de um ano e é o que define os recursos que serão empregados na execução das atividades propostas. Deve conter no mínimo os valores que serão empregados com a compra de medicamentos, além das ações de estruturação e melhoria da AF. Relatórios Anuais de Gestão (RAG): é o instrumento básico para o acompanhamento e avaliação dos sistemas de saúde, ou seja, é a prestação de contas do que foi executado segundo a PAS. Apresenta os resultados alcançados e orienta eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários. Devem apresentar os recursos investidos com a compra de medicamentos, quais os medicamentos adquiridos, além de valores empregados em outras atividades da AF. Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica - HORUS: é uma inovação tecnológica viabilizadora da gestão da Assistência Farmacêutica. A base nacional possibilitará a definição e pactuação de indicadores nacionais de AF, a fim de propiciar melhores condições de saúde aos usuários e produzir evidências sobre a situação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e suas tendências. Os Fundos de Saúde - No artigo14 da Lei nº 141/2012 define que o fundo de saúde instituído por lei e mantido em funcionamento pela administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios constituirse-á em unidade orçamentária e gestora dos recursos destinados a ações e serviços públicos de saúde, ressalvados os recursos repassados diretamente às unidades vinculadas ao Ministério da Saúde. Todos os instrumentos de gestão do SUS devem ser aprovados, em tempo hábil e preconizado, pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS), órgão de controle social, que contem representantes de usuários, trabalhadores, prestadores e de gestores da saúde. Ações da AF de impacto social relevante (Exemplo - protocolos de dispensação) devem ser apreciados pelo CMS. O profissional farmacêutico também pode participar das reuniões do CMS ou até ser eleito conselheiro, contribuindo, assim, com a fiscalização e a formulações de políticas de saúde do município, inclusive a área farmacêutica.

21 GUIA SAÚDE PÚBLICA 41 VIII - HÓRUS SISTEMA NACIONAL DE GESTÃO FARMACÊUTICA O Hórus Sistema Nacional de Gestão Farmacêutica, conforme o site do Ministério da Saúde ( objetiva qualificar a Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) e promover a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos brasileiros, aperfeiçoando os mecanismos de controle de estoque e aplicação dos recursos financeiros, conhecendo o perfil de acesso aos medicamentos pelos usuários e ao mesmo tempo, contribuir para a formação da Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica no SUS (Portaria GM/MS nº 271/2013). 44 É uma ferramenta de gestão desenvolvida e disponibilizada pelo Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde (DAF/ MS) a partir de 2010, que visa otimizar a gestão dos serviços farmacêuticos onde estiver presente o medicamento, nas linhas de atenção básica, estratégica, especializada e saúde indígena (HÓRUS Básico, HÓRUS Estratégico, HÓRUS Especializado, HÓRUS Indígena). Gestores Profissionais de Saúde Cidadãos VANTAGENS PARA OS DIFERENTES USUÁRIOS DO HÓRUS Controle mais eficiente do estoque, evitando perdas, e dos recursos financeiros investidos nos processos de aquisição e distribuição dos medicamentos. Geração de dados para o desenvolvimento de indicadores de assistência farmacêutica para auxiliar no planejamento, avaliação e monitoramento das ações nessa área. Conhecer o perfil de utilização de medicamentos pela população local. Conhecer os agravos mais prevalentes na comunidade. Rastrear os medicamentos distribuídos e dispensados. Agendar a retirado dos próximos medicamentos. Obter informações, em linguagem adequada, acerca dos medicamentos recebidos. Fonte: sctie-raiz/daf-raiz/ceaf-sctie/qualifarsus-raiz/horus/l1-horus/horus-principal/18716-o-quee-horus

22 GUIA SAÚDE PÚBLICA 43 IX - QUALIFAR SUS X - FARMÁCIA POPULAR O QUALIFAR-SUS Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica foi criado pela Portaria nº 1.214/2012, do Ministério da Saúde, o qual visa à qualificação da assistência farmacêutica, com ênfase na inserção nas Redes de Inserção à Saúde, tendo em sua estrutura quatro pilares/eixos: Estrutura, Educação, Informação e Cuidado. 43,9,31 O Eixo Estrutura visa contribuir para a estrutura dos serviços e ações de saúde, tendo em consideração a área física da farmácia, equipamentos, mobiliários e recursos humanos. O Eixo Educação promove a educação constante e capacitação dos profissionais de saúde, considerando a melhoria das práticas profissionais das redes de atenção à saúde, em seus diversos níveis e elementos componentes de cada instância de atuação. O Eixo Informação tem por escopo a produção de informações sistemáticas, através de documentos técnicos que levam ao monitoramento e avaliação de ações e dos serviços da assistência farmacêutica. Por fim, o Eixo Cuidado se preocupa com a inserção da assistência farmacêutica nas práticas clínicas, sendo o farmacêutico um apoiador nas ações em saúde, refinando o tratamento, de forma a diminuir riscos e aumentando ou melhorando os benefícios da farmacoterapia. Desde a criação do Programa, em 2012, o Ministério da Saúde já destinou mais de R$ 105 milhões para municípios, 70% deles estão inseridos no Programa Brasil sem Miséria. A Portaria nº 1.234, de 30 de junho de 2016, destinou um total de R$ ,00 para 25 municípios em Goiás habilitados no Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS. As formas de adesão e os municípios contemplados podem ser consultados em qualifarsus ou pelo qualifarsus@saude.gov.br Visando ampliar o acesso da população aos medicamentos que tratam aquelas doenças mais comuns, o Governo Federal, criou o Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB), por meio da Lei. nº , de 13 de abril de Por meio do Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004, autorizou a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar os medicamentos mediante ressarcimento do serviço. Com isso, pretende-se universalizar o acesso aos medicamentos essenciais (mais de 100 itens, inclusive preservativos) a um baixo custo, na busca de diminuir o impacto destes nos orçamentos das famílias brasileiras. Contraceptivos e medicamentos para o controle de hipertensão, diabetes, asma, renite, osteoporose, dislipidemias, Parkinson e glaucoma são atendidos pelo programa, definidos com base na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). A incontinência urinária para idosos passou a ser atendida com a inclusão das fraldas geriátricas. O Programa Farmácia Popular do Brasil (FPB), até abril de 2017, estava disposto em duas vertentes, caracterizado por diferentes formas de gestão e elenco disponibilizado: A rede própria (RP-FPB), compostas das farmácias populares do país implantadas nos Municípios, cuja estrutura e recursos humanos são responsabilidade do município, e os medicamentos são geridos pela Fiocruz, estabelecido por meio de convênio. A rede conveniada, parceria desenvolvida entre o ente privado e o Poder Público (Programa Aqui tem Farmácia Popular ), que tem o Programa Saúde Não tem Preço, ofertando alguns medicamentos para hipertensão e diabetes gratuitamente nas farmácias privadas. Esse programa visa

23 GUIA SAÚDE PÚBLICA 45 buscar pacientes que não usam o SUS, mas que encontram dificuldade na manutenção financeira da sua farmacoterapia. Em abril de 2017, o Governo Federal extinguiu a rede própria e, em contrapartida ampliou, em R$ 100 milhões, os recursos destinados para estados e municípios na compra dos medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Estes fármacos são destinados às doenças mais prevalentes e prioritárias da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) e são adquiridos com contrapartida financeira estadual e municipal. Com o incremento de recursos, o valor enviado mensalmente para a compra passará de R$ 5,10 por habitante para R$ 5,58. O acréscimo foi possível após definição da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes de estados, municípios e governo federal, sobre o fim do financiamento do Ministério da Saúde para as 393 unidades próprias do Programa Farmácia Popular a partir da competência de maio de Para ter acesso aos medicamentos do Programa Aqui tem Farmácia Popular é necessária a apresentação de documento com foto, no qual conste o CPF do usuário, juntamente com uma receita médica. Critérios de adesão e elenco disponibilizados e outras informações podem ser consultados nas legislações sobre o tema. PARA SABER MAIS: secretarias/sctie/farmacia-popular Portaria nº 111, de 28 de janeiro de images/pdf/2016/janeiro/29/portaria-nova pdf XI - USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS 14,38,40,41 Um dos pilares da Política Nacional de Medicamentos, elaborada em 1998, é a promoção da utilização racional, de forma a ser resolutiva aos problemas e agravos que comprometem de alguma forma a qualidade de vida de usuários. Neste processo, todos nós, profissionais de saúde, somos incluídos, pois em algum momento faremos uso de algum medicamento na busca do restabelecimento do equilíbrio funcional de nosso organismo. Não se trata puramente de um conceito, sendo mais uma prática chave na busca de atingir a equidade na atenção à saúde. No objetivo de atingir o alvo central e alcançarmos êxito neste processo, precisamos, a cada momento, nós farmacêuticos, colaborar no estímulo e fortalecimento das variáveis que envolvem os vários elos desta corrente; trata-se de uma dinâmica que compreende várias interfaces. O processo compreende a prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna a preços acessíveis, a dispensação em condições adequadas, o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado, na busca de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade. Estes aspectos merecem especial atenção por parte dos gestores e responsáveis pelo gerenciamento da Assistência Farmacêutica (AF), e somente estará fortalecido quando extrapolarmos os limites da aquisição e distribuição No entanto, este processo de construção e fortalecimento do conceito do uso racional de medicamentos, por parte dos serviços de saúde, é muito complexo e envolve uma série de variáveis, em um encadeamento lógico. Para que seja cumprido, deve contar com a participação de diversos atores sociais: pacientes, profissionais de saúde, legisladores, formuladores de políticas públicas, indústria, comércio, governo.

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