CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DO SISTEMA CÁRSTICO DA GRUNA DA TARIMBA MAMBAÍ, GO

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2 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA UNIÃO PAULISTA DE ESPELEOLOGIA GRUPO ESPELEOLÓGICO GOIANO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DO SISTEMA CÁRSTICO DA GRUNA DA TARIMBA MAMBAÍ, GO PROPOSTA TÉCNICA CAMPINAS 2014

3 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DO SISTEMA CÁRSTICO DA GRUNA DA TARIMBA MAMBAÍ, GO Esta proposta é resultante do projeto Diagnóstico Ambiental da Área de Influência e Ambientes Subterrâneos do Sistema Cárstico da Gruna da Tarimba (Mambaí-GO): Proposta Para a Delimitação de Unidade de Conservação de Proteção Integral, executado pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), União Paulista de Espeleologia (UPE), Grupo Espeleológico Goiano (GREGO) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), por meio do Laboratório de Estudos Subterrâneos (LES) e do Grupo de Pesquisa DemandaTur. O projeto foi executado com recursos da Fundação Boticário de Proteção à Natureza (Projeto 0941_20121), entre os meses de setembro de 2012 e setembro de Equipe técnica Heros Augusto Santos Lobo Maria Elina Bichuette Rubens Hardt Fábio Kok Geribello Camile Sorbo Fernandes Diego Monteiro-Neto Emílio Manoel Calvo Fernando Guilherme Bruno Filho Jonas Eduardo Gallão Luiza Bertelli Simões Michel Sanchez Frate Paulo Pereira Pedro Pereira Rizzato Ricardo de Souza Martinelli Rodrigo Borghezan Silmara Zago Responsável técnico/vetores de pressão/turismo Coordenadora Espeleobiologia Coordenador Meio físico Coordenador Espeleotopografia Espeleobiologia Espeleobiologia Espeleotopografia/espeleobiologia (apoio) Legislação ambiental Espeleobiologia Espeleobiologia Espeleotopografia Espeleotopografia Espeleobiologia Espeleotopografia Espeleobiologia Espeleotopografia Campinas, São Paulo, Setembro de 2014.

4 Sumário 1. INTRODUÇÃO MÉTODOS E ETAPAS MEIO FÍSICO ESPELEOTOPOGRAFIA ESPELEOBIOLOGIA VETORES DE PRESSÃO E POTENCIAL TURÍSTICO RESULTADOS BREVE CARACTERIZAÇÃO FÍSICA REGIONAL Geologia Geomorfologia GEOPROCESSAMENTO O SISTEMA CÁRSTICO DA GRUNA DA TARIMBA: UM MODELO DE CARSTE ENCOBERTO ESPELEOTOPOGRAFIA ESPELEOBIOLOGIA VETORES DE PRESSÃO E TURISMO PROPOSIÇÃO DE UM POLÍGONO PRELIMINAR DE CONSERVAÇÃO PARA O SCGT PROPOSTA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS REFERÊNCIAS APÊNDICES... 25

5 1 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho apresenta o levantamento das características físicas e espeleobiológicas da gruna da Tarimba e seu entorno, para fins de proposição de sua conservação formal. A gruna da Tarimba é a maior cavidade natural conhecida de um complexo sistema cárstico que envolve os municípios de Mambaí e Buritinópolis, ambos no Estado de Goiás. O Município de Mambaí fica no extremo leste do Estado de Goiás, fazendo divisa com o Estado da Bahia, ao Oeste, e com os municípios de Posse, Buritinópolis e Damianópolis, no Estado de Goiás. Buritinópolis faz divisa com Mambaí em seu extremo leste, nas proximidades da comunidade de Vila Nova, comunidade esta que integra os dois municípios. É na divisa destes municípios, na comunidade de Vila Nova, que se encontra a gruna da Tarimba, objeto deste estudo (Fig. 1). Esta cavidade é regionalmente importante pelas dimensões, pela beleza cênica, pelas características bióticas de seu interior, e pelo potencial turístico, fatores estes que foram direta e indiretamente estudados na pesquisa realizada. Também pode se destacar nacional e internacionalmente, como indicam os resultados dos estudos realizados. Figura 1. Localização da Área de estudo, em relação ao país e ao estado. Organizado por Rubens Hardt. A área abordada neste estudo representa uma das expressões regionais da unidade geomorfológica Bambuí, que constitui o maior conjunto de ocorrências calcárias favoráveis à presença de cavernas no Brasil, com área de aproximadamente km 2 (AULER et al. 2001). A região estudada se insere fora de Unidade de Conservação de Proteção Integral, ocorrendo retirada de madeira e pisoteamento de gado próximo às cavernas.

6 2 Em sua concepção mais ampla, o meio subterrâneo ou hipógeo compreende o conjunto de espaços interconectados do subsolo, preenchidos por água ou ar e que variam desde a escala milimétrica até grandes cavidades acessíveis aos humanos, conhecidas como cavernas (JUBERTHIE, 2000). A principal peculiaridade deste ambiente é a ausência permanente de luz, que acarreta a exclusão de organismos fotoautotróficos. Além disso, há tendência à estabilidade ambiental, com flutuações mínimas de temperatura e elevada umidade relativa do ar devido ao efeito-tampão da rocha (CULVER, 1982). O aporte alimentar depende principalmente de sistemas de drenagens e de água de percolação, que transportam matéria orgânica particulada e dissolvida, além de fezes e carcaças de animais que transitam regularmente nesses ambientes (PECK, 1976; CULVER, 1982; CULVER; PIPAN, 2009). Assim, em alguns casos, há grande dependência de recursos do meio epígeo (alóctones) para a manutenção das comunidades hipógeas. Estas condições resultam em um regime seletivo diferenciado, de modo que apenas alguns organismos são capazes de colonizar efetivamente o meio hipógeo e estabelecer populações autossuficientes (BARR, 1968). Portanto, de acordo com seu grau de especialização e dependência do meio externo, os organismos encontrados em cavernas podem ser agrupados em três categorias ecológico-evolutivas principais: trogloxenos, troglófilos e troglóbios (SCHINNER-RACOVTZA, 1907). A distribuição da fauna subterrânea pode ser determinada por inúmeras variáveis, destacando-se a disponibilidade de recursos alimentares (POULSON; CULVER, 1968). Dentre estes principais fatores, deve-se mencionar o distanciamento das zonas de entrada e captação de rios (vias de contato com o meio epígeo), o número e qualidade de depósitos de matéria orgânica ao longo das cavidades (e.g. guano) e o tipo e grau de interações entre as espécies (e.g. predação e competição) (HAMILTON-SMITH; EBEHARD, 2000; BELLATI et al., 2003; CULVER; PIPAN, 2009). Neste contexto, deve-se ressaltar que para a região de Mambaí, a maioria das cavernas ainda não foi estudada em detalhe quanto à sua biologia, sendo o presente trabalho o primeiro detalhando um dos sistemas principais da região, o Sistema Cárstico da gruna da Tarimba (SCGT). Além disso, a cavidade e seu sistema hídrico ativo também se configuram como fatores veiculadores de risco para a poluição das águas, já que alimenta o rio Vermelho, principal rio regional, em função de cortar zonas de pasto, podendo carrear dejetos fecais proveniente do gado, de fossas das propriedades rurais da região, além de coliformes fecais e outros poluentes de origem antrópica, passíveis de serem transportado pelo fluxo subterrâneo. No contexto científico, trata-se de um objeto de interesse da carstologia física, no que se referem à morfologia, processos e integração sistêmica. É também um importante centro de instalação de uma biota subterrânea. O reconhecimento da importância da fragilidade dos ecossistemas subterrâneos pelos órgãos governamentais foi verificado pela inclusão de troglóbios nas listas de espécies ameaçadas de extinção (D.O.U. de 28/05/2004). Entretanto, a assinatura do decreto em 2008 e sua respectiva Instrução Normativa número 2 de agosto de 2009, propõe a classificação de cavernas de acordo com graus de relevância (baixo, médio ou alto), estabelecidos com base em no mínimo duas amostragens anuais. A exigência de apenas duas ocasiões de coleta para o conhecimento da biodiversidade local é um dos muitos problemas verificados neste decreto e que ameaçam a integridade destes sistemas. Em geral, há alto grau de singularidade entre cavernas, mesmo entre aquelas com elevada proximidade geográfica e inseridas num mesmo maciço rochoso (CHRISTIANSEN, 1962; CULVER et al,. 2006). Assim, é evidente a necessidade de preservação do maior número de cavidades possível, pois o ideal de compensação não se aplica a estes ambientes únicos. Por outro lado, cavernas também são ambientes considerados como elementos da geodiversidade, sendo um dos principais elementos do meio físico que justificam a conservação

7 3 de uma paisagem. Em diversas instâncias, a partir da Declaração Mundial de Patrimônios de 1972, as cavernas vêm sendo consagradas como ambientes diferenciados, únicos, e por si só suficientes para justificar a conservação de uma determinada região. Na atualidade, um dos instrumentos mais utilizados nesse sentido é a classificação das cavernas como geossítios, que são elementos da geodiversidade com algum significado educativo, científico ou turístico (ARAÚJO, 2005). Neste contexto ambiental, foram desenvolvidos estudos de campo para a caracterização do meio físico, espeleotopografia, espeleobiologia e análises preliminares de vetores de pressão e potencial turístico. Tais estudos foram executados tendo em vista o objetivo de propor estratégias de conservação formal para o SCGT, à luz do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Para tanto, são apresentadas nas próximas seções as metodologias utilizadas, os resultados obtidos, uma discussão integrada dos resultados e as propostas de conservação e estudos futuros para o SCGT. 2. MÉTODOS E ETAPAS 2.1. MEIO FÍSICO Para a elaboração dos estudos sobre o meio físico foram adotados os seguintes procedimentos metodológicos: a) Levantamento bibliográfico visando identificar o conhecimento atual sobre a região; b) Levantamento de dados sobre a área de estudo, com base em bibliografia, sensores remotos e trabalhos de campo, visando à elaboração de um mapa de contexto, utilizando geotecnologias. Para o desenvolvimento desta base inicial, foram utilizados produtos de sensores remotos, disponibilizados gratuitamente, em especial as imagens do programa CBERS (China-Brazil Earth-Resources Satellite) e dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). Dados cartográficos e outros elementos disponíveis em bibliografia também foram pouco a pouco agregados, fornecendo a base onde os resultados dos estudos foram integrados. Para a plataforma de desenvolvimento desta base, foi escolhido o SIG Spring, fornecido gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Justifica-se a utilização de produtos de sensores remotos e plataforma de software de disponibilidade gratuita pelo fato de ambos (tanto os produtos quanto o programa) possuírem qualidade e não implicarem em custos adicionais, representando uma economia no desenvolvimento do projeto e propiciando resultados que poderão ser disponibilizados com facilidade se os detentores do resultado assim o desejarem. c) Trabalhos de campo, complementando e corrigindo as informações levantadas indiretamente; e d) Trabalho de consolidação e estruturação dos dados, gerando o relatório final e mapeamentos ESPELEOTOPOGRAFIA Os trabalhos de topografia de cavernas, ou espeleotopografia, foram desenvolvidos seguindo as técnicas que já vêm sendo usualmente desenvolvidas e aplicadas em campo pelos espeleólogos

8 4 da UPE e do GREGO. Para o caso da gruna da Tarimba, tais trabalham já haviam permitido o mapeamento de m de condutos na caverna, fruto de quase 6 anos de trabalhos voluntários em campo. Basicamente, o trabalho de espeleotopografia se divide em duas etapas: campo e gabinete. No trabalho de campo, uma equipe de no mínimo três participantes percorre os condutos de uma cavidade natural, executando manualmente as medidas e os croquis dos trechos mapeados. A Equipe foi composto por um ponta de trena responsável pelo apoio na medição linear dos condutos e que serve como referência para a obtenção de ângulos e declividades, por meio de um ponto luminoso ; o instrumentista, que faz a leitura de ângulos na bússola, de declividade no clinômetro e de metros na trena convencional ou lazer; e o croquista, que anota as medidas informadas pelo instrumentista e, ao mesmo tempo, faz os croquis em escala dos trechos percorridos e eventuais cortes representativos. Após esta fase, os mapas foram digitalizados em trabalho de gabinete, com o uso de dois aplicativos, o Survex (the survex Project para a linha de trena e o Therion (Therion digital cave maps para digitalização dos croquis. O grau de precisão final do mapa obtido corresponde à classe BCRA 5D, o que implica em erros verticais e horizontais máximos de 1 e deslocamento na distância inferior a 10 cm, com detalhamentos no desenho feitos nas bases e onde mais for necessário para mostrar as feições da caverna ESPELEOBIOLOGIA Em outubro de 2012 (início da estação chuvosa) e maio/junho de 2013 (estação seca) foram realizadas duas campanhas para conhecimento da biodiversidade subterrânea do SCGT. Nestas ocasiões, foram realizadas coletas de exemplares-testemunho para estudos taxonômicos (sistemática morfológica) e anatômicos, parte destes já depositados em instituições de pesquisa (Instituto Butantan, UNESP de São José do Rio Preto, Museu Nacional do Rio de Janeiro e Laboratório de Estudos Subterrâneos-UFSCar). Foram realizadas amostragens em cavernas inseridas no SCGT, como as grutas Pasto de Vacas e das Dores. Também foram realizadas amostragens em mais duas outras cavernas de Mambaí (Judite e Fundo de Quintal). Estas amostragens foram efetuadas a fim de evidenciar ou não a singularidade faunística do SCGT para o estabelecimento da delimitação de uma área mínima para sua efetiva conservação. As coletas foram efetuadas através de inspeção visual, armadilhas do tipo Surber e covos para fauna aquática (crustáceos e peixes), além de redes de mão; utilização de armadilhas para fauna de solo e quadrados para verificação de abundâncias. Para coleta de morcegos, foi utilizada uma rede de neblina de 7,0 m x 2,5 m, armada em duas entradas da Tarimba por duas horas em cada uma das entradas. As coletas foram efetuadas em substratos relevantes (presença de corpos d água, umidade, guano de morcegos, acúmulos de matéria orgânica vegetal ou animal). Os exemplares coletados foram fixados em álcool 70% (maioria dos invertebrados terrestres, como aracnídeos, coleópteros, diplópodes, quilópodes) e formol 10% (peixes e morcegos), com posterior preservação em álcool 70%. É importante salientar que os morcegos foram mortos com deslocamento da cervical e os peixes anestesiados com benzocaína, para posterior fixação. As identificações foram realizadas em laboratório, utilizando-se livros-texto e trabalhos específicos para diferentes grupos de animais (literatura especializada). Parte destas já foi confirmada por especialistas de instituições parceiras do LES-UFSCar (Instituto Butantan, UNESP de São José do Rio Preto e Museu Nacional do Rio de Janeiro). Um banco de dados (APÊNDICE A) sobre a biodiversidade subterrânea do sistema da Tarimba é apresentado, comparando-se com cavernas próximas deste e entre as cavernas do Sistema, para fins de compreensão de singularidades e especialidades, juntamente com uma prancha de fotos (APÊNDICE B).

9 VETORES DE PRESSÃO E POTENCIAL TURÍSTICO Os trabalhos de análise qualitativa preliminar dos vetores de pressão e potencial turístico foram feitos em concomitância com a campanha de espeleotopografia. A região adjacente ao SCGT foi percorrida em suas principais estradas, principais e secundárias, onde os tipos mais evidentes de vetores de pressão foram anotados e categorizados. A metodologia adotada foi a mesma utilizada por Lobo (2011) para a proposta de criação de um Parque Nacional na região de São Desidério, Bahia. A análise dos vetores de pressão da região do SCGT tomou por base teórica o modelo estrutural denominado Pressão-Estado-Resposta (OECD, 1993), que se baseia em princípios de nexo causal (Fig 2). Figura 2. Estrutura de nexo causal do modelo pressão-estado-resposta (OECD, 1993). Em linhas gerais, o modelo estrutural se refere a dois tipos de pressão: I. Direta: quando as ações antrópicas geram pressão direta sobre os aspectos ambientais; II. Indireta: quando as ações antrópicas não geram pressão ambiental direta, mas conduzem a estas pressões. Para o estudo desenvolvido, cujo enfoque está voltado na conservação stricto sensu da paisagem, foi dada ênfase na análise para os vetores de pressão pré-existentes na área do SCJR, sem entrar no mérito direto da análise do estado do ambiente e das respostas da sociedade. Isto porque o objetivo foi identificar as alterações humanas na paisagem, tendo como balizador a necessidade de conservação deste frágil ambiente. Desta forma, fica previamente delimitado que na zona principal do SCGT, independente do estado vigente, a resposta ao modelo matricial final já é conhecida: a proposição de uma nova Unidade de Conservação de proteção integral. Em função disto, não foram feitas análises de intensidade, mérito e consequência dos vetores identificados. Após a caracterização dos dados de campo, foi elaborada uma matriz qualificando os vetores de pressão identificados, categorizando-os em três níveis distintos:

10 6 Relação espacial com o SCGT: considerando a sua presença na área em estudo; Abundância do vetor: onde foi observada, de forma genérica e qualitativa, a intensidade espacial de cada vetor na área em estudo, considerando três situações distintas: I) Esporádica quando o vetor é pontual e/ou de baixa densidade espacial; II) Abundante quanto o vetor é linear e/ou com densidade espacial pontual aglomerada; III) Predominante quando o vetor é expressivamente predominante em área; Potencial de impacto direto inferido: em uma perspectiva qualitativa, em função do potencial gerador de impacto de cada tipo de atividade antrópica, dividido em baixo e alto. Nesse sentido, a atividade turística também foi analisada, tanto como possível vetor negativo (geração de impactos ao ambiente natural) quando positivo (impactos sociais e apoio à conservação). 3. RESULTADOS 3.1. BREVE CARACTERIZAÇÃO FÍSICA REGIONAL Geologia A geologia regional é pouco estudada, basicamente, a principal fonte de informação geológica da área é o projeto RADAMBRASIL, folha SD 23 (Brasília) Brasil (1982), sem qualquer nível de detalhamento. Com base neste trabalho, elaborou-se um extrato do mapa da área de pesquisa, onde se observa as principais formações geológicas (Fig. 3). Figura 3. Fragmento de mapa geológico do projeto RADAMBRASIL, Folha SD.23 Brasília. Sendo p bp: subgrupo Paraopebas, Proterozoico superior, composto de Calcários, dolomitos, siltitos, folhelhos, argilitos e ardósias, constituindo sequências de predominância carbonática e pelítica intercaladas; TQd2: Depósitos eluvionares e secundariamente coluvionares predominantemente arenosos, com níveis conglomeráticos. Processos de laterização incipiente. Relacionados as superfícies de aplainamento dos ciclos Velhas e Paraguaçu; Ha: Depósitos fluviais predominantemente arenosos, com lentes de silte, argila e cascalhos na base; e Ku: Arenitos finos a médios, róseos a brancos, impuros, com níveis conglomeráticos, formação Urucuia. Observa-se que a área da gruta se encontra entre o subgrupo Paraopebas e os depósitos eluvionares, sendo estes últimos responsáveis pela formação de um lençol de superfície por sobre

11 7 a área carbonática diretamente abaixo, permitindo que diversos fluxos hídricos (rios e riachos) perenes ou intermitentes se coloquem em cota altimétrica acima da gruta. A presença de areia nos depósitos eluvionares parece ser de origem exógena em sua maioria, possivelmente provenientes dos arenitos da formação Urucuia, distantes alguns quilômetros a leste da área de estudo (Fig. 4). Figura 4. Arenitos da Formação Urucuia, dispostos em cuesta, em níveis altimétricos superiores aos da área de estudo, que se situa na depressão periférica. Foto: Rubens Hardt. Os alinhamentos NNE-SSW parecem preponderar nos condutos mais a leste da gruta, em sua parte inicial. A gruta, no entanto, tem um alinhamento quase N-S, indicando um condicionamento estrutural não representado na escala do mapa geológico em questão. Os calcários se encontram em disposição horizontal ou levemente sub-horizontal, com níveis de argilito intercalando em finas camadas (Fig. 5). Figura 5. Níveis de argila intercalados com as camadas de calcário. Foto: Rubens Hardt.

12 Geomorfologia Regionalmente, trata-se de um relevo cuestiforme, sendo que a região de estudo se encontra na depressão periférica. Nesta área, predominam planos e morros suaves, normalmente côncavos, situados nos interflúvios dos rios e riachos perenes ou temporários distribuídos como afluentes da vertente Norte do Rio Vermelho, principal drenagem da área. Este, por sinal, é responsável por uma forma de exceção na morfologia da área, um profundo cânion cárstico com desníveis superiores a 200m. Possivelmente trata-se de uma antiga caverna cujo teto desmoronou, como atestam as pontes naturais, as cavernas meândricas e os depósitos de cavernas (espeleotemas) existentes em seu curso (Fig. 6). Figura 6. Relevo da depressão periférica, planos e morros côncavos predominam na área. No centro da foto, é possível visualizar o Cânion do Rio Vermelho, uma forma de exceção, tratando-se possivelmente de um antigo sistema de cavernas cujo teto desabou. Foto: Rubens Hardt. Em pontos isolados da superfície, encontram-se formas cársticas características (sensu FORD; WILLIAMS, 2007; 1989), como os lapiás, as dolinas e kamenitzas (Figs. 7, 8 e 9, respectivamente). Normalmente aparecem isolados na paisagem, pois os calcários não estão, em geral, expostos na superfície, e sim recobertos pelos depósitos eluvionares da depressão periférica. As dolinas, tanto de abatimento como de subsidência, ocorrem com mais frequência na proximidade das grutas, indicando tratarem-se de capturas das águas de superfície para o interior destas. Onde ocorrem blocos de calcários expostos, são comuns os lapiás. Ocorrem ainda, algumas áreas de veredas, com o afloramento do lençol alagando áreas, e permitindo uma vegetação típica.

13 9 Figura 7. Lapiás em afloramento de calcário. Foto: Rubens Hardt. Figura 8. A: Dolina com perda concentrada; B: Dolina com perda difusa. Proximidades da gruna da Tarimba. Fotos: Rubens Hardt

14 10 Figura 9. Conjunto de kamenitzas em bloco calcário aflorante. Foto: Rubens Hardt GEOPROCESSAMENTO O resultado principal deste trabalho é o mapeamento apresentado no APÊNDICE C, com suas diversas variantes, além de uma base de dados em SIG Spring, que servirá de suporte em futuros trabalhos na região, devido, principalmente, a ausência de mapeamentos de semi-detalhe da área. Outros mapeamentos específicos poderão ser produzidos conforme a necessidade de pesquisas futuras, bastando para isso agregarem-se trabalhos de campo e produtos de sensores remotos, ou promover novas avaliações e interpretações dos dados atuais. Espera-se com isto ter produzido uma base consistente, que auxiliou o andamento do projeto atual, bem como serve de suporte para futuros trabalhos O SISTEMA CÁRSTICO DA GRUNA DA TARIMBA: UM MODELO DE CARSTE ENCOBERTO. A região pesquisada se encontra no limite de uma cobertura arenítica que está sendo removida pela erosão, resultando na exposição de rochas carbonáticas subjacentes. Trata-se de uma depressão periférica de uma cuesta em regime de regressão das vertentes, resultando em calcários que estão aflorando à superfície, mas que em muitos casos se apresentam cobertos por um solo, provavelmente resultado da decomposição do arenito que recobria as rochas carbonáticas (Fig. 10). A combinação de uma cobertura litológica diferente, associada a camadas de argila e rochas carbonáticas, possibilitou um lençol suspenso, acima do calcário, mas que, em alguns momentos, consegue romper o isolamento entre o meio poroso do arenito e o meio primariamente impermeável do calcário, penetrando assim, nas fissuras, fraturas e planos de acamamento, que

15 11 caracterizam a porosidade secundária da rocha, permitindo a dissolução da rocha e o desenvolvimento de condutos. Gruta da Tarimba Calcários Arenitos Figura 10. As áreas mais amarronzadas do modelo estão associadas com os arenitos, enquanto que as áreas mais verdes, aos calcários. Observa-se que a Gruta da Tarimba inicia-se próximo a zona de contato entre os arenitos e os calcários. Modelo Numérico de Terreno (MNT) desenvolvido com SIG Spring por Rubens Hardt, com base em dados de campo, dados SRTM interpolados para 30m, imagem CBERS com resolução de 20m. Em um primeiro momento, a água que infiltra ocupa esta porosidade secundária do calcário em todas as direções possíveis, resultando em uma rede reticulada, caracterizada por galerias altas e estreitas, que evoluíram em todas as direções possíveis, em meio freático, como atestam o conjunto de galerias reticuladas (cf. modelo de PALMER, 1991) e as formas características desenvolvidas nestas galerias, como as cúpulas de dissolução (chaminés de equilíbrio) (Fig. 11). Figura 11. Cúpulas de dissolução, evidenciando uma fase freática. Foto: Rubens Hardt. Possivelmente, neste mesmo tempo, o cânion do rio Vermelho se desenvolvia, provavelmente como uma caverna, que acabou desmoronando e dando origem ao cânion em seu estado atual, atestado pelos diversos testemunhos Chaves et al. (2006) descrevem cavernas e pontes naturais

16 12 ao longo do curso do rio Vermelho. Não foi possível visitar todas, mas inferiu-se que possam ser de testemunhos desta antiga caverna no curso do Rio Vermelho. A rápida evolução deste cânion propiciou um rebaixamento do nível de base, provocando uma mudança no gradiente hidráulico regional, passando a capturar as águas no sentido do rio Vermelho. As águas da Tarimba, da mesma forma, sofrem influência deste novo gradiente, buscando um caminho em meio às rochas no sentido deste novo nível de base regional. Antes que uma conexão capaz de dar vazão a toda a água do sistema se estabelecesse, a gruta passou por uma fase paragenética, tendo sido preenchida por sedimentos, forçando o fluxo da água a percorrer caminhos por sobre o sedimento, desenvolvendo um canal de teto (paragênese Fig. 12). Figura 12. Canal de teto. Evidência de fase paragenética e preenchimento dos condutos por sedimento. Foto: Rubens Hardt. Advém do aprofundamento do rio Vermelho, a evolução de condutos principalmente no sentido deste rio, até que um destes condutos acabou desenvolvendo uma solução de continuidade (isto é, estabeleceu uma conexão entre as águas capturadas da superfície e talvez de um aquífero dos arenitos com as águas do córrego Extrema, afluente do rio Vermelho), provocando a concentração das águas neste conduto e o abandono dos demais condutos em favor deste, em função do alívio da pressão hidráulica neste sentido. Neste momento, os sedimentos que preenchiam a gruta foram removidos, propiciando uma evolução singenética e a escavação de um cânion subterrâneo, ligado ao fluxo da água, demonstrado pela presença de scallops e faixas de erosão (Fig. 13).

17 13 Figura 13. Scallops e faixas erosivas, atestando evolução singenética e fluxo rápido de águas, demonstrando que havia já uma conexão entre os pontos de alimentação (introdução) e a restituição das águas à superfície. Foto: Ricardo Martinelli. Consequentemente, condutos superiores que antes se desenvolviam acabaram abandonados, e a gruta passou a se desenvolver, prioritariamente, no sentido do rio Vermelho, abandonando galerias que não atingiram a continuidade do sistema. Este processo ainda está em andamento, como atestam a existência de uma conexão entre as águas que provém do sistema Dores, e as águas que provém de um recém-descoberto sistema a montante, pelo lado esquerdo do fluxo, ainda sem denominação ou mapeamento. Conforme a evolução do cânion do rio Vermelho aprofundou seu curso, o maior gradiente hidráulico favoreceu o aprofundamento da galeria principal da gruna da Tarimba, com o abandono de galerias superiores e o desenvolvimento de um cânion cada vez mais profundo. Por outro lado, conforme a gruna da Tarimba se aprofundou, esta passa a ser o nível de base local da área onde esta se desenvolve, e, consequentemente, começou a desenvolver capturas das águas de superfície para o seu interior, processo bem exemplificado pelo cânion lateral que captura as águas de um riacho para o interior da cavidade, através de uma cachoeira e o desenvolvimento de uma galeria afluente (Fig.14).

18 14 a b Figura 14. (a) Cachoeira que captura as águas de um córrego de superfície para o interior do cânion. (b) Sumidouro aos pés da cachoeira, levando as águas para o interior da gruna da Tarimba. Fotos de Rubens Hardt. A parte final da cavidade é a parte mais jovem, como atestam as galerias de menor dimensão e a existência de um sifão que conecta as águas da Tarimba com a gruta Pasto de Vacas. É possível que houvesse uma conexão entre as duas grutas no passado que não a atual, por sifonamento, mas que ou se encontra perdida em um nível superior ainda não encontrado nas explorações, ou foi completamente preenchida por sedimentos ou deposições de espeleotemas após seu abandono, ou ainda, tenha desabado em função de alguma perda estrutural de sustentação. A tendência de desenvolvimento atual é que, pouco a pouco, as águas do córrego das Dores sejam capturadas para o interior da gruna da Tarimba, deixando de correr em superfície. Pequenos fluxos de superfície que existem na área já começam a desenvolver um curso no sentido de uma captura pela gruta, como pode ser visto no Modelo Numérico de Terreno (Fig. 10). Sinteticamente, pode-se resumir o processo de evolução da paisagem local relacionado à gruta, que se desenvolve em função de alguns fatores: 1. A cobertura sobre a área na qual a gruta se desenvolve ou era menos espessa, ou algum evento local permitiu o rompimento do lençol de

19 15 superfície em relação ao calcário, alimentando com água as fraturas do calcário, alargando-as; 2. Em um primeiro momento, a gruta não desenvolveu uma solução de continuidade. Assim sendo, uma rede se desenvolveu entre as fraturas; 3. Uma fase paragenética ocorreu após o desenvolvimento inicial, conforme atestado pelo canal de teto. Possivelmente em função dos condutos terem sido ocupados por sedimentos trazidos do exterior, mas não se descarta uma origem autóctone para estes; 4. Uma solução de continuidade se estabelece, provocando o carreamento dos sedimentos, e o desenvolvimento de uma fase singenética, com a escavação de um cânion interno, ligado ao movimento das águas, conforme demonstrado pelos scallops e por faixas de erosão; 5. Águas de superfície são capturadas pelas dolinas, ou por córregos oriundos das áreas de veredas. Alguns destes córregos aparecem apenas no subterrâneo; 6. As grutas superiores (das Dores I e II) e a gruta inferior (Pasto de Vacas) completam o sistema, e estão conectadas hidrologicamente. Devem, portanto, ser consideradas como parte do sistema cárstico; 7. Para o sistema, o nível de base local é o rio Vermelho. 4. ESPELEOTOPOGRAFIA O mapa final da gruna da Tarimba, em seu estágio atual, é apresentado no APÊNDICE D. A cavidade já foi mapeada em m de galerias e salões. Os trechos destacados por polígonos vermelhos são as regiões da Tarimba que tiveram trabalhos realizados em sua última campanha de mapeamento, no ano de Além disso, as outras principais cavidades do SCGT são: gruta das Dores I com 120 m de desenvolvimento; gruta das Dores II com 1067 m de desenvolvimento; e gruta Pasto de Vacas com 950 m de desenvolvimento, além de outras cavidades ainda a serem estudadas. Todas estão incluídas na atual proposta de criação de unidade de conservação.. 5. ESPELEOBIOLOGIA A lista completa da fauna registrada no SCGT (Tarimba, das Dores e Pasto de Vacas) e duas cavernas próximas ao sistema (Judite e Fundo de Quintal) é apresentada em arquivo Excel separado (APÊNDICE A), uma vez que as listas são extensas e detalhadas em diversas hierarquias taxonômicas. As espécies troglomórficas são apresentadas em destaque em amarelo e as novas confirmadas como sp. n. Discute-se as importâncias a seguir. Em outubro de 2012 foram registradas 122 espécies na gruna da Tarimba e 40 espécies na caverna Fundo de Quintal. Esta riqueza pode ser considerada de média a elevada, mesmo notando que para a gruna da Tarimba havia pouca matéria orgânica em decomposição disponível para estabelecimento da fauna e, quando presente, esta se apresentava extremamente seca. Para a Tarimba, registramos 15 espécies (dentre as 121) com caracteres troglomórficos, apresentando regressão de olhos/ocelos e/ou pigmentação do corpo. Cabe destacar a confirmação, dentre os grupos troglomórficos, de uma espécie nova de peixes, pertencente aos bagres da família Trichomycteridae. Esta espécie já foi registrada em outras cavernas da região, mostrando-se endêmica à área cárstica de Mambaí. Duas espécies novas de aranhas foram confirmadas pelo especialista em aranhas, Dr. A. Brescovit (Inst. Butantan), ambas sendo troglófilas, uma da família Pholcidae e outra Sicariidae. Para a fauna aquática, cabe o destaque do registro de alta diversidade genérica para coleópteros da família Elmidae, fato incomum em cavernas brasileiras. Ainda dentre os coleópteros, mas terrestres, registramos uma elevada riqueza de Staphylinidae, grupo bem distribuído em cavernas brasileiras, mas pouco estudado pela falta de especialistas e, destas, duas apresentaram traços troglomórficos, sendo possivelmente troglóbias. Para os crustáceos terrestres isópodes, das quatro espécies

20 16 registradas, três apresentaram traços claramente troglomórficos. Comparando-se estes registros com a caverna Fundo de Quintal, notamos a singularidade e importância da gruna da Tarimba, visto que na primeira houve o registro de espécies distintas e aquelas troglomórficas (seis das 40 registradas) diferiram das registradas na Tarimba, o que demonstra clara singularidade. Em maio/junho de 2013, foram registradas 140 espécies na gruna da Tarimba, 70 na caverna das Dores, 82 na caverna Pasto de Vacas, 45 na caverna Judite. Para a gruna da Tarimba, notou-se que esta apresentava-se com acúmulos de matéria orgânica em maior quantidade do que observado em outubro de 2012, com pontos, próximo à entrada, onde foi observado material lavado pelas enxurradas (troncos, galhos, folhas), o que deve ter influenciado na riqueza de espécies registradas, que aumentou em 19 espécies. No total foram registradas 8 troglomórficas nesta segunda campanha (com uma espécie que não havia sido registrada na primeira campanha o pseudoescorpião da família Chthoniidae), aumentando para 16 o número de espécies troglomórficas na gruna da Tarimba. As cavernas das Dores e Pasto de Vacas fazem parte do SCGT, e, curiosamente, mostraram uma fauna singular, com táxons não registrados na Tarimba: colêmbolos troglomórficos; os opiliões Eusarcus, numerosos e bem distribuídos; opiliões da subfamília Tricommatinae, geralmente raros em cavernas; e a ocorrência de colônias de morcegos Desmodus rotundus (hematófagos) e Chrotopterus auritus (carnívoros). Estas cavernas ainda mostraram-se bem singulares (comparando-se com a Tarimba) em relação ao aporte de alimento, apresentando alguns acúmulos de guano de morcegos, não observados na Tarimba e pouca matéria vegetal carreada por enxurradas, muito presente na Tarimba. A única caverna fora do SCGT amostrada nesta ocasião mostrou-se a mais pobre de todas em relação ao número de espécies (45), com a ocorrência de apenas três espécies troglomórficas, o que demonstra a importância do SCGT para a fauna cavernícola da região. 6. VETORES DE PRESSÃO E TURISMO A região do SCGT é uma área predominantemente rural, com pequenos focos de urbanização mais concentrada, como a comunidade de Vila Nova, que ser de referência para a localização da gruna da Tarimba. Além da comunidade, concentradas às margens da rodovia existem outras pequenas aglomerações residenciais na região. Não existe tratamento adequado de efluentes, nem tampouco foram identificadas ações de educação ambiental que abordem a relação ente as comunidades autóctones, o carste e as cavernas, conforme consultas informais feitas a alguns moradores locais. A agricultura praticada é de pequena escala, em sua maioria de subsistência, além de criação extensiva de gado. O turismo praticado na região do SCGT é incipiente, embora a região de Mambaí receba significativo número de turistas anuais, em sua maioria de Brasília-DF- provavelmente o principal polo emissor regional. Outras cavidades já são visitadas na região, como a gruna do Penhasco e a gruta do Funil, ambas nas proximidades do SCGT. O perfil geral dos visitantes, segundo conversas com operadores receptivos locais, corresponde aos chamados ecoturismo e turismo de aventura. A título de síntese, a Fig. 15 apresenta algumas das características dos vetores de pressão da região, enquanto o Quadro 1 apresenta os principais vetores de pressão observados na região, e uma classificação preliminar para cada um deles.

21 Figura 15. Aspectos gerais dos vetores de pressão: a) Rodovia GO-236 com diversos trechos carentes de manutenção e o povoado de Vila Nova; b) veículos pesados trafegam pela rodovia. Na foto, trecho que pode corresponder à passagem da rodovia sobre a caverna, segundo estimativas de campo com base em GPS; c) matriz antropizada da paisagem, com açudes, supressão da vegetação original e edificações espaçadas; d) criação extensiva de gado de corte, comum na região. Fotos: Heros Lobo. 17

22 Quadro 1. Matriz com a síntese qualitativa dos vetores de pressão da região do SCGT Categoria de Vetor Descrição Genérica Fonte da observação (C = Campo; S = dados secundários) Relação espacial com a região do Abundância do vetor (E = esporádica; A = abundante; P = SCGT predominante) (I = interno; E = externo) Abastecimento privado Captação de água para uso particular C I E A Potencial de impacto direto inferido (A = alto; B = baixo) Abastecimento privado Poços tubulares. C I E A Agricultura Pequenas áreas de agricultura de subsistência associadas aos povoados C I A A e casas isoladas, com culturas diversificadas, destacando-se a mandioca. Embora as roças sejam pequenas, observou-se o uso de agrotóxicos químicos como adubos e desfolhantes, que são contaminantes e persistentes no ambiente. Pecuária Uso público (recreação / turismo) Lixões ou aterros Extensas áreas para pastagem de gado de corte, sendo este o vetor de pressão mais significativo em extensão na região, gerando, entre outros, perda de habitat de espécies nativas e C I A A acentuando/causando problemas de erosão no solo e assoreamento no interior da gruna da Tarimba. Observado nas imediações. C/S I E B Disposição irregular e pontual de lixo associada a algumas ocupações humanas. C I E A Residências Moradias e anexos. C I A B Fossas / rede de esgoto Há disposição de esgoto por fossa C I A B associada às ocupações humanas presentes na área. Rodovias e estradas Rodovia estadual (GO-236) e outras vias de acesso na região. C I A A 18

23 19 7. PROPOSIÇÃO DE UM POLÍGONO PRELIMINAR DE CONSERVAÇÃO PARA O SCGT A rigor, a delimitação de um sistema cárstico depende do conhecimento amplo de suas fontes de recarga e descarga de água, para que se possa identificar o seu domínio espacial. Nesse sentido, a simples delimitação de bacias hidrográficas pela demarcação dos divisores de águas em superfície pode não ser suficiente, considerando as possíveis conexões hidrológicas em sub-superfície, promovidas pelos sistemas de condutos (VENI, 2010, entre outros). Outros aspectos também deveriam ser levados em conta quando da delimitação de um sistema cárstico como, por exemplo, a área de forrageio de morcegos ou mesmo a influência do microclima local no espeleoclima. Todavia, estes critérios ainda são pouco utilizados na definição de abrangência de um sistema cárstico, pela falta de estudos específicos com este enfoque. Na pressente proposição, foram levados em conta dos parâmetros relativos à análise ambiental para a proposição de um polígono preliminar de proteção para o SCGT: o relevo e sua declividade, considerando o potencial para a concentração da recarga autóctone de água para as cavidades do SCGT; a relevância da fauna registrada nas cavernas do SCGT. O primeiro critério contribui essencialmente na delimitação espacial inicial de um polígono de proposição para uma futura UC, o qual carece ainda de confirmações hidrogeológicas das ligações presentes entre as cavernas compreendidas como pertencentes ao SCGT. O segundo contribui para ressaltar a sua relevância para a conservação, em conjunto com aspectos da geoconservação, inerentes a uma cavidade de expressivas dimensões como é o caso da gruna da Tarimba. Para o primeiro critério, desenvolveu-se uma carta de riscos para o SCGT (Fig. 16). Figura 16. Carta de riscos para a região do SCGT. Ver texto para explicações. Elaboração: Rubens Hardt.

24 20 Para compreensão da carta, é preciso ter em vista a explicação para a escala adotada, abaixo apresentada: Alto: Justifica-se determinar como alto o risco nesta área em função de que certamente, parte das águas que caem nesta área é capturada para o SCGT, partindo do pressuposto que o sistema envolve todas as grutas. Portanto, qualquer poluente que possa ser carreado pelas águas, será passível de ser carreado para o interior das grutas. Médio: Existe uma probabilidade de que condutos estejam se desenvolvendo nesta área, que podem ter conexão com o sistema de grutas. Somente estudos detalhados podem comprovar, mas em um primeiro momento, recomenda-se cautela com empreendimentos ou ações nesta área. Baixo: Provavelmente as águas que caem fora das regiões anteriores não chegam até a gruta, embora no carste, não se possa descartar algum conduto desconhecido que conecte esta área com o SCGT. Vale ressaltar ainda que poluentes que possam subir o rio (contra a correnteza), como entes biológicos capazes de se locomover em águas correntes (espécies exóticas, vermes), podem chegar até a gruna da Tarimba, provenientes de qualquer parte do sistema hídrico que tenha contato com as grutas. Exemplo de ocorrência neste sentido pode ser observada no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, com a presença de camarões pitu em algumas cavernas, provenientes do rio Ribeira. Neste caso, todo o sistema hídrico é uma área de risco potencial. Sob o aspecto da conservação biológica, considerando-se a riqueza de táxons troglomórficos no SCGT, com potencial para serem troglóbios (16 espécies), número próximo de cavernas consideradas hotspots de fauna subterrânea no Brasil (por ex. gruta Olhos D água no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, norte de Minas Gerais); as singularidades apresentadas entre as cavernas do SCGT e entre estas e outras cavernas da região de Mambaí; os graus de ameaça para as cavernas da região (desmatamentos, pastagens, poluição potencial de aquíferos); além da carência da região por trabalhos que foquem a riqueza da biodiversidade local para fins, inclusive, de educação ambiental e turismo ecológico, considera-se fundamental que o SCGT seja incluído em um polígono de efetiva proteção, com criação de uma unidade de conservação de proteção integral. Esta proposição se reforça pela singularidade do geossítio da gruna da Tarimba. Tomando por base somente o Convênio para a Proteção Mundial Cultural e Natural de 1972, a cavidade e sua região se enquadrariam em propostas de conservação por atenderem aos seguintes requisitos: Fenômeno natural superlativo (caverna quilométrica); Área de excepcional beleza paisagística; Exemplo marcante de processos geológicos e geomorfológicos evolutivos; Exemplo marcante de processos biológicos evolutivos; Habitat para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo espécies raras ou ameaçadas. Desta forma, como síntese para uma discussão inicial, entende-se que a área delimitada na Fig. 16 como de alto risco para o SCGT deve ser tomada como base para o início da discussão do polígono a ser proposto para uma UC de proteção integral do SCGT. Em sua versão preliminar ora proposta, este polígono possui uma área total de 3.689,87 há. No entanto, este valor pode ser alterado, para mais (ex.: para inclusão de outras cavernas importantes nos arredores, na mesma proposta) ou

25 21 para menos (à medida que estudos de detalhe comprovarem que determinadas áreas, compostas, por exemplo, por vertentes específicas, não afetam o sistema). 8. PROPOSTA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL Os estudos técnicos realizados foram analisados sob a ótica jurídica, de forma a finalizar com a proposição de uma categoria de Unidade de Conservação de Proteção Integral que fosse condizente com a realidade ambiental e social da área pesquisa. Os resultados amplos, incluindo uma leitura e detalhamentos feitos neste parecer, podem ser observados no APÊNDICE E. Dos aspectos que foram elencados durante esta pesquisa, sendo que alguns deles se repetem no referido parecer, destacam-se os seguintes: a) A gruna da Tarimba é uma das mais extensas cavidades naturais do Brasil. Com seus m topografados, a caverna passa a ser a 6ª mais extensa do Brasil (era a 9ª, até o início do presente projeto) e a 2ª do Estado de Goiás (era a 4ª), Nesse sentido, vale lembrar que ainda existem trechos não topografados da cavidade; b) A cavidade abriga um possível hotspot da fauna subterrânea, incluindo uma nova espécie de peixe troglóbio em processo de descrição e publicação; c) O Sistema Cárstico da Gruna da Tarimba é um representativo exemplo de carste encoberto; d) Embora haja ocupação humana sobrejacente à área inicialmente estipulada como sendo de influência do SCGT, o ambiente das cavidades do sistema ainda se encontra relativamente bem conservado, o que emerge ações formais de conservação e preservação para assegurar a sua perenização. Desta forma, e considerando a indicação de uma categoria de unidade de conservação provavelmente mais adequada para a realidade do SCGT, concluiu-se que: e) Qualquer unidade de conservação deve guardar relação com todos os objetivos do SNUC, estampados no art. 4ª da Lei 9985 de 18 de julho de 2000, sempre que cabível naquele contexto; f) Os objetivos específicos de uma UC ajudam a determinar sua categoria, e via de consequência, aspectos importantes da instalação e da gestão; g) A gruna da Tarimba, o sistema a ela associado e os recursos ambientais que com ela interagem justificam a criação de uma UC de proteção integral; h) A categoria mais apropriada parece ser a de Monumento Natural, seja (i) pela possibilidade de menores dispêndios financeiros, (ii) pela vocação estética e pela raridade da gruna da Tarimba, mas também (iii) pela maior integração com proprietários de imóveis na região. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS Como trabalhos futuros, tanto para aprofundar os aspectos levantados nesta proposta, quanto para detalhar os pontos onde ainda pairam certas dúvidas sobre os limites do SCGT, recomenda-se o seguinte: a) Estudos com traçadores químicos, para determinação da ligação das fontes de recarga na região estudada com a descarga no rio no interior da gruna da Tarimba, para permitir a verificação dos limites do sistema cárstico;

26 22 b) Estudos de delimitação das bacias hidrográficas em superfície, em função do estudo com traçadores, para definição do perímetro superficial final do SCGT e respectivo polígono de conservação; c) Estudos detalhados de uso e ocupação do solo e fundiários; d) Estudos de vegetação, flora e fauna de superfície; e) Estudos complementares de fauna subterrânea, considerando o potencial observado das cavernas da região; f) Continuidade dos trabalhos de espeleotopografia; g) Estudos de mensuração, classificação e valoração de geossítios; h) Trabalhos de conscientização e educação ambiental com a população local, independente do andamento da proposta de criação de unidade de conservação de proteção integral. 10. REFERÊNCIAS Ab Saber, A Os domínios morfoclimáticos da América do Sul. Geomorfologia, 52: Auler A.; Rubbioli E. & Brandi R As grandes cavernas do Brasil. Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, Belo Horizonte, 228pp. Bakalowicz M The epikarst, the skin of karst. In: Epikarst. Proceedings of the symposium held, 1-4. Barr T. C. & Holsinger J. R Speciation in cave faunas. Annual Review of Ecology and Systematics, 16, Barr, T.C Cave ecology and the evolution of troglobites. Evolutionary Biology, 2: Bellati, J.; A.D. Austin & N.B. Stevens Arthropod diversity of a guano and nonguano cave at the Naracoorte Caves world heritage area, South Australia. Records of the South Australian Museum Monograph Series, 7: Brasil. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SD.23 Brasília; geologia, geomorfologia, solos, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, Chaves, A. S.; Leite, L. S.; Lima, P. K. E. Diagnóstico do município de Mambaí-GO e mapeamento da APA das nascentes do Rio Vermelho para planejamento do turismo sustentável. Monografia de Conclusão de Curso (Graduação). Curso Superior de Tecnologia em Gestão Turística, para os alunos Anderson Santos Chaves e Laíze dos Santos Leite e ao Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento, para a aluna Patrícia Karoline Estevam Lima. CEFET, GO Christiansen K.A Proposition pour la classification des animaux cavernicoles. Spelunca, 2: Culver D.C Cave Life - Evolution and Ecology. Cambridge: Harvard University Press. Culver D.C. et al The mid latitude biodiversity ridge in terrestrial cave fauna. Ecography, 29(1): Culver D.C. & T. Pipan Biology of Caves and Other Subterranean Habitats.Oxford: Oxford University Press, 254 p.

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