Prática Civil 2ª Fase OAB Maio/2013

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1 VÍCIOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS Para estudarmos os vícios do negócio jurídico será preciso entender quando eles acontecem para definirmos os tipos de nulidades. Nesse sentido, o CC/02 disciplina os vícios em sócias ou de consentimentos, com origens e momentos distintos, senão vejamos: Vícios de Consentimentos Há divergência na vontade manifestada e a real intenção de quem a exteriorizou. Vícios Sociais Não há divergência na origem da vontade, pois existe a intenção de prejudicar terceiros desde o início do ato. A vontade nasce pura e lícita, mas é deturpada quando exteriorizada. Erro Dolo Coação Lesão Estado de Perigo Fraude contra credores Simulação Art Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. Art Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. Art É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 2 o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. 1

2 Vícios de Consentimentos a) Erro: é a típica falta de concordância entre a vontade real e a vontade declarada. O agente não conhecimento real da circunstancia, pois e a conhecesse não realizaria o negocio jurídico. Para anular o negocio jurídico o erro deve ser substancial, escusável e real. Mas, quando o erro for acidental ou secundário e, também, o erro de cálculo não invalida todo o negócio jurídico. Ainda, há possibilidade de conservação do negócio quando a real intenção das partes é alcançada no momento da execução. Art São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. b) Dolo: é o vício empregado pelo agente para enganar outra pessoa, não há discordância entre as vontades. Na verdade, alguém usando de dolo tenta se beneficiar sobre outra pessoa sem que a mesma perceba, também conhecido como Dolo Principal ou Direto. Assim, existe um ato de indução, uma provocação intencional. No entanto, o Dolo Acidental, sendo aquele não prejudica todo o negocio jurídico tendo em vista que poderá ser realizado por outro modo alcançando seu objetivo fim, não invalida o negocio jurídico, importando apenas a satisfação em perdas e danos. Art São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. Art O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. Cabe lembrar que o Dolo por Omissão é representado pelo silencio intencional que fere a boa fé objetiva configurando uma violação positiva do negócio jurídico, sendo desnecessária a comprovação de culpa para a sua caracterização. Nesse sentido, os Enunciados do Conselho da Justiça Federal: 37 Art. 187: a responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico Art. 422: em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa. c) Coação: é o vicio representado pela pressão psicológica ou ameaça sobre uma pessoa para obrigá-la a praticar determinado ato. A coação precisa atingir a vontade nuclear do negócio jurídico impedindo que a vítima manifeste sua real intenção, por isso, será levado em conta as características da vítima como sexo, idade, saúde, e outras circunstancias que possam influir na gravidade da coação. Art A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. 2

3 Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação. Art No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. d) Estado de Perigo: é preciso no estado de perigo estar presente o dolo de aproveitamento representado pelo conhecimento da outra parte de que a pessoa está necessitada de salvar a si própria ou a seu familiar, aproveitando-se da situação para compelir a pessoa assumir obrigação demasiadamente onerosa. Art Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. e) Lesão: é o vicio decorrente de ato abusivo praticado em situação de desigualdade de um dos contratantes, desde que esteja em situação de necessidade ou por inexperiência. Art Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Ao final do contrato, verifica-se a desproporção entre as prestações de cada parte, sendo dispensada a verificação de dolo ou ma fé da parte que se aproveitou. Contudo, o marco definidor da desproporção é a data de celebração do negócio jurídico. Portanto, a desproporção superveniente é juridicamente irrelevante para o CC/02. Segue os Enunciados do CJF. 150 Art. 157: A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de aproveitamento. 410) Art A inexperiência a que se refere o art. 157 não deve necessariamente significar imaturidade ou desconhecimento em relação à prática de negócios jurídicos em geral, podendo ocorrer também quando o lesado, ainda que estipule contratos costumeiramente, não tenha conhecimento específico sobre o negócio em causa. a) Fraude contra Credores: Art. Art Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. Sendo assim, a fraude contra credores caracteriza-se quando o devedor aliena ou onera os seus bens, sem ainda existir ação de cobrança pelos credores, ou seja, o devedor ainda não foi cobrado judicialmente e o crédito ainda não está vencido. Nesse caso, o instituto cabível será a ação pauliana ou revocatória, de natureza pessoal, movida 3

4 pelos credores quirografários ao tempo da pratica da fraude, pois seus creditos estão sem garantia real como o penhor, hipoteca ou anticrese. b) Simulação: consiste na declaração enganosa de vontade das partes (conluio) com a intenção de enganar uma terceira pessoa. Assim, existe um negocio simulado antes para iludir terceiros ou burlar a lei. Assim, por questões de ordem publica, de interesse social, o negocio jurídico será nulo, devendo essa nulidade ser declarada de ofício pelo juiz. Art É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pósdatados. Invalidade dos Negócios Jurídicos Nulidade Absoluta Atinge interesse público Opera-se de pleno direito Legitimados: qualquer interessado, MP (art. 82, CPC) Não admite cofirmação pelas partes, nem pode ser sanada pelo juiz. Deve ser pronunciada de oficio pelo juiz. A sentença que declara a nulidade gera efeitos ex nunc. (Declaratória) Não se sujeita aos prazos prescricionais e decadenciais, pois a nulidade absoluta é imprescritível. Atinge interesse público Nulidade Relativa Não opera de pleno direito Legitimados: somente os interessados (lesados) Admite confirmação expressa ou tácita pelas partes. Só pode ser arguida pelas partes interessadas A sentença é descontitutiva do negócio jurídico e gera efeitos para frente, ou seja, ex nunc. Regra: Prazo decadencial de 2 anos nos casos do art. 179 do CC,02 1. Prazo decadencial de 4 anos nos casos do art. 178 do CC/ Art Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. 2 Art É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:i - no caso de coação, do dia em que ela cessar;ii - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;iii - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. 4

5 Prescrição PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Quando violado um direito nasce para o seu titular a pretensão subjetiva de exigir de outrem alguma prestação positiva ou negativa. Sendo que a inércia pelo titular do direito violado provoca a perda do direito material, convertendo-se a obrigação em natural não podendo mais ser compelido pela interferência do Estado, mas pode ser cumprida de forma espontânea. Art Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Quando surge o direito nem sempre surge o prazo da prescrição, a exemplo dos negócios pendentes de termo inicial (certo e futuro), pois do termo (dies a quo) sem o pagamento (inadimplemento) é que ocorre a lesão ao direito subjetivo, começando, somente agora, o prazo prescricional. Assim, nos casos de condição suspensiva, só haverá a pretensão após o implemento da condição. Já nos casos dos requisitos formais (ex: completar idade mínima, dissolução do casamento) o prazo de prescrição somente começa a correr após a sua implementação. Por fim, uma vez já iniciado o prazo da pretensão a parte interessada poderá interrompe-la recebendo de volta o prazo por inteiro para exercer a sua pretensão. Seção II Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição Art Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; Seção III Das Causas que Interrompem a Prescrição Art A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ; II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento 5

6 Forças Armadas, em tempo de guerra. Art Não corre igualmente a prescrição: I - pendendo condição suspensiva; II - não estando vencido o prazo; III - pendendo ação de evicção. Art Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. Art Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. do direito pelo devedor. Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. Art A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. Art A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 1 o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 2 o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 3 o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. Os prazos da prescrição não podem ser alterados pelas partes, pois se trata de matéria de ordem púbica. Contudo, depois de consumada a prescrição poderão as partes renuncia-la de maneira tácita ou expressa, desde que não prejudiquem terceiros. Decadência Art Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. Art A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. Seu início se dá com o surgimento do Direito e, não com a sua violação. Assim, a decadência é causa de extinção do direito potestativo, prejudicando todas as ações constitutivas. Os prazos decadenciais não suspendem, não interrompem e correm contra todos, salvo os absolutamente incapazes. 6

7 Art Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. Espécies de decadência: Art Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Art Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ; a) Decadência Legal: quando pré-determinada em lei. Deve ser reconhecida de ofício pelo juiz. Art É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. b) Decadência Convencional: quando convencionada pelas partes. A decadência legal não pode ser renunciada em qualquer hipótese, já a decadência convencional somente pode ser renunciada após a sua consumação. Modelo de petição inicial: Art É nula a renúncia à decadência fixada em lei. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL... DA COMARCA DE... DO ESTADO DE... Base legal para a competência: artigos 94 a 100, do CPC. João da Silva, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade número... e do CPF número..., residente e domiciliado no endereço..., na cidade..., Estado..., por seu procurador, que em cumprimento ao inciso I do artigo 39 do CPC, recebe intimações no endereço..., conforme instrumento de procuração anexo (documento 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 156 do Código Civil, propor a presente AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS, pelo procedimento ordinário, em face de Mariano da Conceição, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade número... e do CPF número..., residente e domiciliado no endereço..., na cidade..., Estado..., pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos: Base legal para o preâmbulo: inciso II do artigo 282, do CPC. 7

8 I - DOS FATOS Base legal: inciso III do artigo 282, do CPC. O candidato deverá narrar os fatos de forma sucinta conforme descrito no caso proposto pela banca, sem inventar nenhum dado ao problema. É importante seguir fielmente o temo proposto no certame. II DO DIREITO Base legal: inciso III do artigo 282, do CPC. Nesse momento o candidato deverá fazer a ligação (nexo) entre os fatos e o direito violado salientando sempre que possível o dispositivo legal como fundamento. Deve seguir sempre esse raciocínio: Fato Direito violado Fundamento Legal Se houver vários direitos violados deverá o candidato fundamentar de forma separada. Exemplo: Fato 01 Direito violado 01 Fundamento Legal Fato 02 Direito violado 02 Fundamento Legal Fato 03 Direito violado 03 Fundamento Legal Fato 04 Direito violado 04 Fundamento Legal III - DO PEDIDO Face o exposto, requer: Base legal: inciso IV e VII do artigo 282, do CPC. a) que seja determinada a citação do réu para, querendo, respondendo a ação, sob pena de confissão e revelia; b) que seja julgado totalmente procedente a presente demanda, declarando o administrador responsável pelos prejuízos causados; c) a condenação do Réu ao ressarcimento dos prejuízos sofridos pela requerente, devendo ser acrescidos ao valor juros e correção monetária; d) a condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios; e) que as intimações sejam enviadas ao patrono que esta subscreve, com endereço..., em atenção ao artigo 39, I, Código Processo Civil. f) o autor protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a complementação de prova documental. Base legal: inciso VI do artigo 282, do CPC. Valor da causa de... Base legal: artigo 259, do CPC. Nestes termos, pede deferimento. Local..., data... Advogado... 8

9 Questões Prática: Caio foi submetido a uma cirurgia de alto risco em decorrência de graves problemas de saúde. Durante a realização da cirurgia, o médico informa à esposa de Caio a respeito da necessidade de realização de outros procedimentos imprescindíveis à manutenção da vida de seu marido, não cobertos pela apólice. Diante da necessidade de adaptação à nova cobertura, a esposa de Caio assina, durante a cirurgia de seu marido, aditivo contratual com o plano de saúde (que sabia da grave situação de Caio), cujas prestações eram excessivamente onerosas. Em face dessa situação, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir: a) O negócio jurídico firmado entre a esposa de Caio e o plano de saúde é inquinado por um vício de consentimento. Qual seria esse vício? b) O vício presente no negócio jurídico acima descrito faz com que o ato firmado se torne nulo ou anulável? Justifique. 9

10 Rogério, em razão da necessidade de custear tratamento médico, no exterior, para o filho que contraíra grave enfermidade, vendeu a Jorge um apartamento de dois quartos, por R$ 200 mil, enquanto seu valor de mercado correspondia a R$ 400 mil. Jorge não tinha conhecimento da situação de necessidade do alienante e dela não se aproveitara, mas Rogério, após dois meses, com a melhora do filho, refletiu sobre o negócio e, sentindo-se prejudicado, procurou escritório de advocacia para se informar acerca da validade do negócio. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Rogério, esclareça, com o devido fundamento jurídico, se existe algum vício no negócio celebrado e indique a solução mais adequada para proteger os interesses de seu cliente. 10

11 Antônio submeteu-se a uma angioplastia, no curso da qual, em caráter de emergência, tornou-se necessária a realização de procedimento para implantação de dispositivo necessário ao funcionamento da circulação cardiovascular. Em contato com a seguradora de saúde, sua esposa, Ana, obteve a informação de que seria indispensável a assinatura de termo aditivo ao contrato inicial para que o procedimento estivesse sujeito a cobertura. Em face dessa situação, Ana assinou o aludido aditivo, aceitando as condições impostas pela seguradora, inclusive no tocante ao valor da prestação mensal, o qual seria bem superior àquele que vinha sendo pago. Entretanto, mesmo após a referida assinatura, a empresa recusou-se a cobrir as despesas pertinentes ao procedimento. Em virtude disso, Antônio e Ana ingressaram com ação, sob o rito ordinário, contra a empresa de seguro saúde, visando à obtenção de tutela jurisdicional que declarasse a nulidade do termo aditivo ao contrato assinado com a empresa e o respectivo reembolso dos valores pagos pelo segurado. A propositura da ação fundou-se no argumento de que os fatos caracterizariam estado de perigo. Em face dessa situação hipotética, responda, de forma fundamentada, às seguintes perguntas. Nos fatos apresentados, estão presentes os requisitos para que se configure estado de perigo? É possível a declaração de nulidade do negócio jurídico sob o fundamento de ocorrência do estado de perigo? O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Então, mãos a obra e bom estudo!!! Prof. Cristiano de Souza (csrdesouza@gmail.com) Albert Einstein 11

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