2º. Plano de Negócios Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju - CARE

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1 Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju - CARE Antonio Ramirez Hidalgo Catarina Nascimento de Oliveira Fernanda Esperidião Marco Antonio Jorge Outubro/2011

2 CARE instituída em 2000 após a desativação do lixão da Terra Dura; Inserida no programa de incubação da Unitrabalho em 2004; 1º. Plano de Negócios elaborado em 2005; Aquisição da unidade de beneficiamento de PET e construção das novas instalações em 2007; Fecha o ano de 2011 com cerca de 70 cooperados.

3 Sede: terreno de 3 mil m 2, com 595 m 2 construídos; Principais fontes de material: coleta própria, Petrobrás, Emsurb; Recentemente passou a receber o material dos dois shopping centers da capital => salto no volume produzido pela cooperativa; Material processado é armazenado na sede, transportado pelos compradores.

4 Pontos Fortes: Pertencimento dos cooperados a um coletivo; Longevidade da CARE; Solidez da marca; Boas instalações físicas.

5 Pontos Fracos: Rotatividade dos cooperados; Dificuldade para formação de lideranças e gestores; Dependência para tomada de decisões; Volume de produção ainda insuficiente para comercialização direta.

6 Oportunidades: Implantação da coleta seletiva em toda Aracaju; Formação de rede estadual de cooperativas; Crescimento econômico do país; Crescente conscientização da população para preservação ambiental e reutilização de resíduos.

7 Ameaças: Desinteresse e desinformação do público; Custo da coleta seletiva; Concorrência dos atravessadores; Concentração do mercado consumidor; Entraves à ação integrada da rede de cooperativas.

8 CARE atua nas etapas de catação e comercialização: Figura: Cadeia produtiva da reciclagem

9 Tabela 5: Composição da Produção da CARE Volume (ton.) e participação percentual 2010 MATERIAL VOLUME % VOLUME Apara 190,67 28,5 Jornal 147,83 22,1 Papelão 167,49 25,1 PET 25,78 3,9 PVC 0,50 0,1 Plástico grosso 29,54 4,4 Plástico fino 26,15 3,9 Lata 23,60 3,5 Aço 7,36 1,1 Alumínio 3,05 0,5 Vidro 43,65 6,5 Litro 2,37 0,4 Total 667,99 100%

10 Volume de produção mensal médio em 2010: 55,6 ton, gerando receita de R$ 29,2 mil; Concentração do mix em produtos de baixo valor (papel = 76% do volume enquanto o metal, mais rentável = 5%); Início da coleta nos shoppings e entrada em funcionamento da unidade de processamento de PET permitirão dobrar o volume de produção mensal para cerca de 118 ton, gerando receita de R$ 45,2 mil em 2012.

11 ITEM Tabela 7: Projeção de Receita Mensal para 2012 Volume Média mensal Preço por kg Mensal 2010 previsto 2012 Receita mensal projetada 2012 Apara , ,00 0, ,85 Jornal , ,50 0, ,85 Papelão , ,80 0, ,96 PET 2.148, ,00 2, ,00 PVC 42,00 84,00 0,80 67,20 Plástico grosso 2.461, ,20 0, ,08 Plástico fino 2.179, ,00 0, ,20 Lata 1.966, ,40 0, ,02 Aço 613, ,50 0,15 183,98 Alumínio 254,10 508,20 2, ,86 Vidro 3.637, ,80 0,03 218,24 Litro 197,30 394,60 0,10 39,46 TOTAL , , ,70 Fonte: CARE dados de Produção, CARE e CEMPRE dados de preço.

12 Mesmo antes do ganho de escala decorrente do início da coleta nos shoppings CARE obteve excedente positivo em três dos últimos quatro anos. Gráfico 5: Evolução do Resultado Contábil da CARE 2007 a 2010.

13 Possibilidade de Atuação em Rede: Sete cooperativas de catadores no estado: CARE, CORES e ASCOQ que atuam na capital, CATRE (Barra dos Coqueiros), além de cooperativas nos municípios de Brejo Grande, Lagarto e Nossa Senhora do Socorro; Rede formalmente constituída em out/2011 => integrantes: as cinco primeiras e a MATER, cooperativa de confecções formada por esposas de catadores; Possibilidade de inclusão das duas remanescentes e de outras que venham a ser criadas no estado.

14 Simulação: utilização da unidade de beneficiamento de PET uma vez na semana: Produção mensal: 11,2 ton; Receita: R$ 22,4 mil; Custos: R$ 3,1 mil (jogo de facas, manutenção, consumo de água e energia elétrica); Ganho de receita: R$ 19,3 mil somente com uso da máquina uma vez na semana.

15 Tabela 2: Cálculo do consumo de Energia Elétrica Horas/dia Potencia Instalada KW Potência dia (KW/h) Consumo de Energia Elétrica Potência mês (KW/h) 4 dias Potência mês (KW/h) 20 dias Consumo (R$) (0,14 KW/h/mês) de 4 dias Consumo (R$) (0,14 KW/h/mês) de 20 dias 8 79, , ,8 Litros/Kg Material (Kg/h) Tabela 3: Cálculo do consumo de Água Água (litros) Consumo de Água consumo de água por 8 hs/dia (litros) consumo de água por mês de 4 dias (litros) consumo de água por mês de 20 dias (litros) consumo de água por mês de 20 dias (metro cúbico - M3) Estimativa de Fatura de Água Tarifas vigentes desde 01/11/2007 Valor Consumido (Leitura) 112 M3 Categoria da Ligação: Industrial Serviços Valores * Água R$ * Esgoto (tarifa de 80%) R$ * Total R$

16 Ações Propostas na Esfera da Produção: estabelecer negociação e fechar contrato com um ou mais compradores de flake previamente à entrada em operação da unidade de beneficiamento de PET (curto prazo); estabelecer parceria com grandes geradores de alumínio, visando aumentar a participação deste material no mix de produto da CARE (médio prazo).

17 Ações Propostas na Esfera da Capacitação: ofertar cursos de cooperativismo, dada a rotatividade da força de trabalho da cooperativa (fluxo contínuo); ofertar cursos de auto-gestão e liderança, para permitir maior compartilhamento da tarefa de gestão, diminuindo assim a dependência externa para tomada de decisões cotidianas (fluxo contínuo).

18 Ações Propostas na Esfera de Logística e Redes: definir, em conjunto com Emsurb, Torre e demais cooperativas da rede estadual, a racionalização do itinerário de coleta seletiva, com vistas à otimização do custo de transporte (curto prazo); utilizar a rede do MNCR para fechar contratos de venda direta para a indústria recicladora fora do estado, rompendo a dependência dos atravessadores e aumentando a concorrência na última etapa da cadeia produtiva (médio prazo);

19 Ações Propostas na Esfera de Logística e Redes: solidificar a CARE como principal entreposto de coleta seletiva no estado, utilizando sua infraestrutura para realizar o beneficiamento de todo o material recebido através da rede estadual (médio prazo) e ampliar o espaço para recepção e triagem, e a área de armazenamento para viabilizar a ação anterior, tendo em vista que o volume de processamento de resíduo vai dobrar (médio prazo).