Sistema de Gestão - ISO 14001, Auditoria e Certificação Ambiental nas Organizações 1

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1 Departamento de Ciências Florestais LCF/ ESALQ/ USP LCF 0694 Auditoria e Certificação Ambiental Sistema de Gestão - ISO 14001, Auditoria e Certificação Ambiental nas Organizações 1 Profa. Dra. Clauciana Schmidt Bueno de Moraes Janeiro/ Apostila desenvolvida para fins didáticos como material de apoio das aulas de SGA, ISO 14001, auditoria e certificação ambiental da disciplina LCF 0694 Auditoria e Certificação Ambiental LCF/ ESALQ/ USP Piracicaba/ SP.

2 Sistema de Gestão - ISO 14001, Auditoria e Certificação Ambiental nas Organizações Profª Drª Clauciana Schmidt Bueno de Moraes 2 SUMÁRIO Parte 01 Sistemas de Gestão e ISO Sistema de Gestão Ambiental e ISO nas Organizações Conceitos Surgimento da Gestão Ambiental nas Organizações/ Empresas A Busca pela Certificação Ambiental Os Benefícios da Certificação Ambiental/ ISO para as Organizações A Implantação do Sistema de Gestão Ambiental ISO Requisitos do Sistema de Gestão Ambiental/ ISO 14001: Etapas da Implantação da ISO Principais normas da série ISO Parte 02 Auditoria Ambiental e a ISO Auditoria Ambiental Breve Histórico da Auditoria Ambiental Conceitos Tipos de Auditoria Quanto à aplicabilidade Quanto ao tipo Quanto à execução O profissional auditor ambiental Atores do processo de auditoria ambiental Qualificação de auditores ambientais Etapas da Auditoria Ambiental Aplicações e Vantagens da Auditoria Ambiental Benefícios Motivações Desvantagens Normas da Auditoria Ambiental A Norma NBR ISO 19011: Requisitos da norma ISO 19011: Instrumentos da Auditoria Ambiental Questionário de Auditoria Ambiental de Certificação Relatório de Auditoria Ambiental 61 Parte 03 Sistema de Gestão Integrado (SGI) 10. Sistema de Gestão Integrado (SGI) nas Organizações O que é SGI? Considerações Gerais sobre o SGI Considerações Finais Referências Bibliográficas 68 Glossário 71 Anexos 72 Este trabalho é somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino. Não é autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Esta reserva de direitos abrange a todos os dados do documento bem como seu conteúdo. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar nome da pessoa autora do trabalho. 2 Professora-Colaboradora (voluntária) da disciplina. Docente Responsável pela disciplina LCF 0694_2012 Prof. Dr. Edson José Vidal da Silva.

3 Parte 01 Sistemas de Gestão e ISO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL SGA E ISO Conceitos. SGA - Sistema de gestão ambiental: A parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. ISO: International Organization for Standardization (Organização Internacional para Padronização) ISO 14001: norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. Observação: Verificar glossário geral ao final da apostila Surgimento da Gestão Ambiental nas Organizações/ Empresas. A relação do ser humano com o seu meio ambiente apresenta imediatamente a questão de como ele constrói as suas condições de vida, as quais são reflexos das opções econômicas adotadas. Cabe salientar aqui que a qualidade de vida do homem é uma conseqüência direta da qualidade ambiental. Ambas são interdependentes e relacionam-se diretamente com a questão econômica (Seiffert, 2010). A preocupação com o esgotamento dos recursos naturais surgiu com a percepção, após a Revolução Industrial, de que a capacidade do ser humano de alterar o meio ambiente aumentou significativamente, levando a conseqüências positivas e negativas e evidenciando uma interdependência entre a economia e o meio ambiente. A constatação da existência de limites ambientais ao crescimento econômico vem levando a uma preocupação crescente com a elaboração de políticas que permitam a conciliação da atividade econômica com a proteção ambiental, ainda que em um primeiro momento pareça inviável conciliar ambas. A partir da década de 1950 a relação entre a questão ambiental e o desenvolvimento econômico passou a ser analisada como conseqüência de uma reavaliação dos resultados do crescimento econômico (Donaire, 2004). Os problemas ambientais em nível mundial começam a se tornar preocupantes. Como exemplos significativos, destacam-se o aumento de temperatura da Terra, a destruição da camada de ozônio, o esgotamento acelerado dos recursos naturais, etc. Todos estes problemas levam à busca de um novo modelo de crescimento econômico que considere mais a preservação do meio ambiente. Segundo Cavalcanti (1998), a economia não pode ser vista como algo à parte da natureza. Não é possível extrapolar, no sentido econômico, a chamada curva de transformação ou possibilidades de produção da natureza, sendo que desta forma a sustentabilidade implica o requisito de que os conceitos e métodos a serem usados na 1

4 ciência econômica devem levar em consideração as restrições ambientais ao desenvolvimento social. As conseqüências ambientais do crescimento populacional e desenvolvimento econômico desenfreado causam degradações ambientais que hoje estão tomando proporções globais. Ocorrem danos ambientais, mas também ocorrem perdas financeiras. É necessário conciliar as atividades econômicas e a questão ambiental para a busca da sustentabilidade nos 3 eixos: social, econômico e ambiental. Seiffert (2010) cita que a inserção da problemática ambiental no panorama institucional vem levando a um contínuo debate da questão, o qual vem desenvolvendo um senso comum, entre a maioria dos países do globo, de que as medidas de proteção ambiental não foram criadas para impedir o desenvolvimento econômico. Estas medidas incorporam-se nas avaliações de custo/ benefício ambiental associadas ao desenvolvimento de projetos econômicos, o que por sua vez vem levando à criação de novas regulamentações cada vez mais restritivas, dentro de um contexto de execução de políticas governamentais. A relação entre meio ambiente e desenvolvimento está associada à necessidade da adoção de posturas fundamentadas na compreensão de qual deve ser o caráter do desenvolvimento adotado, analisando-se de forma integrada os custos sociais, econômicos e ambientais dele decorrentes. A busca de formas integradas de abordar as questões ambientais e do desenvolvimento levou à necessidade da criação de conceitos que permitissem trabalhar de forma harmônica essa dualidade (Seiffert, 2010). As relações entre ambiente e desenvolvimento econômico estão integradas, é devem buscar sempre o eixo da sustentabilidade. Neste ponto é que entra a busca pela sustentabilidade, ou seja, a empresa deve buscar cumprir os requisitos das normas que se propõem a implantar, as exigências das licenças ambientais, enfim, mas deve visar no uso de todos os instrumentos de planejamento e gestão ambiental na empresa os princípios da sustentabilidade. O termo sustentabilidade foi bem explicado pela primeira vez dentro de um estudo realizado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente das Nações Unidas, mais conhecido como Relatório Brundtland, que o define da seguinte maneira: é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações em satisfazer suas necessidades (WECD, 1987). Neste relatório, entre outras coisas, chegou-se à conclusão de que era necessária uma mudança de base no enfoque do desenvolvimento, já que o planeta e todos seus sistemas ecológicos estão sofrendo graves e irreversíveis impactos negativos. Segundo Sachs (2002, p. 85), o planejamento do desenvolvimento voltado para a sustentabilidade deve considerar alguns principais aspectos como: social, cultural, ecológico, ambiental e territorial, descritas a seguir: - Sustentabilidade social: aquela em que se alcança um patamar razoável de homogeneidade social; distribuição de renda justa; emprego pleno e/ ou autônomo com qualidade de vida decente; igualdade no acesso aos recursos e serviços sociais; - Sustentabilidade cultural: a que se refere às mudanças no interior da comunidade (equilíbrio entre respeito à tradição e inovação); capacidade de autonomia para elaboração de um projeto nacional integrado e endógeno e alta confiança combinada com abertura para o mundo. Implica ainda na necessidade de se buscar solução de âmbito local, utilizando-se das potencialidades das culturas e do modo de vida da cidade, assim como da participação da população residente nos processos decisórios e nas formulações de programas e do desenvolvimento turístico; 2

5 - Sustentabilidade Ecológica: a que decorre da preservação do potencial do capital natureza na sua produção de recursos renováveis, da limitação do uso de recursos não renováveis, da limitação em como do respeito da capacidade de carga máxima de suporte dos ecossistemas; - Sustentabilidade Ambiental: aquela que respeita e realça a capacidade de autodepuração dos ecossistemas naturais; - Sustentabilidade Territorial: a que se refere às configurações urbanas e rurais balanceadas (eliminação das inclinações urbanas nas alocações do investimento público). Ainda no contexto da sustentabilidade Barbieri (1996, p. 29) descreve que o objetivo da sustentabilidade é aumentar as opções das pessoas, respeitando não só as gerações atuais como também as gerações futuras. Com a inserção do contexto da sustentabilidade nas empresas, e a obrigatoriedade de se cumprir as leis ambientais, surgiu a série de normas ISO 14000, como um marco de auxílio na busca da implantação de uma gestão ambiental efetiva nas empresas. A primeira versão da ISO disponível foi no ano de 1996, a qual foi atualizada em Os primeiros sistemas de gestão ambiental foram desenvolvidos na década de 80, depois de graves acidentes ecológicos. Devido a necessidade de uma abordagem permanente, coordenada, e a criação de normas e diretrizes que servissem de base para a política ambiental surgiu a norma BS 7750, que serviu de base para o desenvolvimento da série ISO Foram criadas por um comitê internacional composto por representantes de 95 países responsáveis por 95% da produção industrial do mundo, cujo objetivo foi especificar normas para um sistema de gestão ambiental que se aplique a qualquer tipo de organização. Impulsionadas pela série de certificações ISO 9000 no Brasil uma certificação da série vem sendo o mais novo "prêmio" da indústria brasileira que deseja competir nos mais exigentes mercados internacionais, e porque não dizer nacionais também. Assim, ergue-se a seguinte discussão: qual o verdadeiro papel, isto é, os reais benefícios da certificação ISO 14001, que especifica as diretrizes de um sistema de gestão ambiental. Um dos resultados do processo de discussões em torno dos problemas ambientais e de como promover o desenvolvimento econômico frente a essa questão foi o surgimento das normas ISO 14000, as quais procuram desenvolver uma abordagem organizacional que leve a uma gestão ambiental efetiva (Seiffert, 2010). A mudança de hábitos do consumidor representa uma questão-chave na construção de um elemento objetivo que despertou nas organizações o interesse pela gestão ambiental. Segundo Seiffert (2010), a gestão ambiental integra em seu significado: - a política ambiental, que é o conjunto consistente de princípios doutrinários que conformam as aspirações sociais e/ ou governamentais no que concerne à regulamentação ou modificação no uso, controle, proteção e conservação do ambiente; - o planejamento ambiental, que é o estudo prospectivo que visa a adequação do uso, controle e proteção do ambiente às aspirações sociais e/ ou governamentais expressas formal ou informalmente em uma política ambiental, através da coordenação, compatibilização, articulação e implantação de projetos de intervenções estruturais e não-estruturais. - o gerenciamento ambiental, que é o conjunto de ações destinado a regular o uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente, e a avaliar a conformidade 3

6 da situação corrente com os princípios doutrinários estabelecidos pela política ambiental. A gestão ambiental em uma empresa não deve ser apenas para evitar a inadimplência legal e restrições ou riscos ambientais, mas também uma forma de adicionar valor a organização. Barbieri (2007) indica que a abordagem ambiental na empresa pode ser de três tipos. A primeira delas é chamada de controle da poluição, pois os esforços organizacionais são orientados para o cumprimento da legislação ambiental e atendimento das pressões da comunidade, mostrando-se marcadamente reativa, vinculadas, pois, exclusivamente à área produtiva. Por outro lado, a internalização da variável ambiental na empresa pode ser preventiva, ou seja, nela a organização objetiva utilizar eficientemente os insumos; a preocupação ambiental e mais incisiva na área manufatureira, mas começa a se expandir para toda a organização. No último estágio, a questão ambiental se torna estratégica para a empresa, e as atividades ambientais encontram-se disseminadas pela organização. Segundo Reis (1995), nos países desenvolvidos, as exigências legais e normativas, além das restrições de mercado e proliferação de selos verdes, vêm obrigando as empresas a lançarem mão de programas de gerenciamento ambiental. Desta forma uma síntese de alguns determinantes, entre os quais predominam aqueles oriundos de exigências de mercado, na forma de um consumo seletivo e governamental, na forma de exigências legais e normativas. No Brasil assim como nos demais países do mundo fica evidenciado de modo geral que as ações que fomentaram, inicialmente, mecanismos de gestão ambiental nas organizações foram induzidas notadamente pela intervenção governamental, a qual é reflexo da evolução histórica do país. Todavia, as políticas orientadas pelo mercado hoje acabam sendo mais eficientes do que mecanismos de imposições como regulamentações ambientais. As normas ambientais que vem sendo desenvolvidas na área de meio ambiente. A proposição de normas e leis revela um aspecto básico da questão ambiental relacionada ao ambiente produtivo, que é o estabelecimento de parâmetros do que vem a ser um processo produtivo ambientalmente adequado. No decorrer do desenvolvimento das normas ISO 14000, buscou-se assegurar que estas estivessem relacionadas à padronização de processos, e não ao estabelecimento de parâmetros de desempenho ambiental, os quais, por sua vez, são atribuíveis unicamente à legislação ambiental. Em virtude disso, estas normas apresentam, os elementos necessários à construção de uma sistema que alcance as metas ambientais estabelecidas pela organização. Segundo Seiffert (2010), um motivo para essa abordagem é que existe uma multiplicidade de pontos de vista diferentes sobre o que é uma boa gestão de desempenho ambiental. Isso se relaciona em parte às diversas tecnologias existentes para alcançar os objetivos ambientais de uma organização. Essa razão pela qual os objetivos de normas como as ISO estabelecem uma base comum para uma gestão ambiental mais uniforme, eficiente e eficaz. Portanto, haverá maior confiança por parte daqueles envolvidos no processo de gestão ambiental, de que o processo realizado por uma empresa conduzirá a maior cumprimento à lei, além de conformidade a outras exigências e a níveis mais elevados de desempenho ambiental. A ISO é apenas um dos muitos instrumentos disponíveis que podem auxiliar as organizações na evolução no que se refere às questões ambientais. 4

7 1.3. A Busca pela Certificação Ambiental Neste ponto iremos apresentar uma visão geral da busca pela certificação ambiental das empresas no Brasil, com apresentação de alguns dados e a discussão de alguns fatores que levam as empresas a buscar esta certificação ambiental. Segundo dados da ABNT, no ano de 2005 o Brasil possuía organizações certificadas de acordo com a norma ISO 14001, enquanto que o Japão possuía organizações certificadas de acordo com esta norma sendo este o país com o maior número de certificações. Em termos de Brasil a região sudeste é a que mais possuía organizações certificadas na ISO 14001, com 67 % das certificações totais no país (Anexo 01) Porque as empresas buscam a certificação? As razões que levam as empresas a adotar e praticar a gestão ambiental são várias. Estas razões podem transcender os procedimentos obrigatórios de atendimento da legislação ambiental até a fixação de políticas ambientais que visem a conscientização de todo o pessoal da organização. A busca de procedimentos gerenciais ambientalmente corretos, incluindo-se aí a adoção de um Sistema Ambiental (SGA), na verdade, encontra inúmeras razões que justificam a sua adoção. Os fundamentos predominantes podem variar de uma organização para outra. No entanto, eles podem ser resumidos nos seguintes básicos: Os recursos naturais (matérias-primas) são limitados e estão sendo fortemente afetados pelos processos de utilização, exaustão e degradação decorrentes de atividades públicas ou privadas, portanto estão cada vez mais escassos, relativamente mais caros ou se encontram legalmente mais protegidos. Os bens naturais (água, ar) já não são mais bens livres/grátis. Por exemplo, a água possui valor econômico, ou seja, paga-se, e cada vez se pagará mais por esse recurso natural. Determinadas indústrias, principalmente com tecnologias avançadas, necessitam de áreas com relativa pureza atmosférica. Ao mesmo tempo, uma residência num bairro com ar puro custa bem mais do que uma casa em região poluída. O crescimento da população humana, principalmente em grandes regiões metropolitanas e nos países menos desenvolvidos, exerce forte conseqüência sobre o meio ambiente em geral e os recursos naturais em particular. A legislação ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio ambiente, exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior preocupação ambiental. Pressões públicas de cunho local, nacional e mesmo internacional exigem cada vez mais responsabilidades ambientais das empresas. Bancos, financiadores e seguradoras dão privilégios a empresas ambientalmente sadias ou exigem taxas financeiras e valores de apólices mais elevadas de firmas poluidoras. A sociedade em geral e a vizinhança em particular está cada vez mais exigente e crítica no que diz respeito a danos ambientais e à poluição provenientes de empresas e atividades. Organizações não-governamentais estão sempre mais vigilantes, exigindo o cumprimento da legislação ambiental, a minimização de impactos, a reparação de danos ambientais ou impedem a implantação de novos empreendimentos ou atividades. 5

8 Compradores de produtos intermediários estão exigindo cada vez mais produtos que sejam produzidos em condições ambientais favoráveis. A imagem de empresas ambientalmente saudáveis é mais bem aceita por acionistas, consumidores, fornecedores e autoridades públicas. Acionistas conscientes da responsabilidade ambiental preferem investir em empresas lucrativas sim, mas ambientalmente responsáveis. A gestão ambiental empresarial está na ordem do dia, principalmente nos países ditos industrializados e também já nos países considerados em vias de desenvolvimento A demanda por produtos cultivados ou fabricados de forma ambientalmente compatível cresce mundialmente, em especial nos países industrializados. Os consumidores tendem a dispensar produtos e serviços que agridem o meio ambiente. Cada vez mais compradores, principalmente importadores, estão exigindo a certificação ambiental, nos moldes da ISO , ou mesmo certificados ambientais específicos como, por exemplo, para produtos têxteis, madeiras, cereais, frutas, etc. Tais exigências são voltadas para a concessão do Selo Verde, mediante a rotulagem ambiental. Acordos internacionais, tratados de comércio e mesmo tarifas alfandegárias incluem questões ambientais na pauta de negociações culminando com exigências não tarifárias que em geral afetam produtores de países exportadores. Esse conjunto de fundamentos não é conclusivo, pois os quesitos apontados continuam em discussão e tendem a se ampliar. Essa é uma tendência indiscutível, até pelo fato de que apenas as normas ambientais da família ISO que tratam do Sistema de Gestão Ambiental e de Auditoria Ambiental encontram-se em vigor. É importante considerar que uma das orientações básicas para a elaboração da norma ISO é sua aplicabilidade a todos os tipos e portes de organizações, em variadas condições geográficas, culturais e sociais, a qual permitirá um aprimoramento contínuo dos processos, através do comprometimento de todos os níveis organizacionais, como forma de alcançar um equilíbrio entre proteção ambiental e necessidades socioeconômicas. Essa flexibilidade pode ser considerada como um importante fator motivador de sua implantação e difundida aceitação em nível mundial (Seiffert, 2010). A implantação da norma ISO deve servir como um importante fator determinante na realização de negócios, tornando-se um pré-requisito para transações entre clientes e fornecedores tanto domésticos quanto internacionais (Seiffert, 2010). As estratégias e instrumentos sofrem influências relacionadas às particularidades das empresas. A implantação de qualquer forma estruturada de gestão ambiental deve considerar fatores subjetivos das empresas, como exemplo valores, estilo de gestão, etc. Algumas das motivações mais comuns para a busca da implantação do SGA e da certificação ambiental são: - Melhoria da reputação e da imagem da organização. - Exigências de clientes - Relacionamentos com partes interessadas. - Inovação de processos. Todavia, também podemos citar algumas dificuldades encontradas, que impedem muitas vezes a empresa de seguir com o planejamento e implantação de um SGA: - Baixa prioridade a temas ambientais. - Dificuldades com tempo e dinheiro. - Pressões mercado e financeiras ainda são fracas. - Falta de conscientização em grande parte das empresas. 6

9 Cabe lembrar que a empresa é a única responsável pela adoção de um SGA e por uma política ambiental. Nenhuma empresa hoje é obrigada a adotar um SGA e/ou Política Ambiental; porém caso optem pelo mesmo, depois de adotados, deve-se cumprir o estabelecido sob pena da organização cair num tremendo descrédito no que se refere às questões ambientais e ao mercado como um todo Como as empresas buscam a certificação nos dias atuais? Muitas empresas apresentam hoje sistemas de gestão (controle e planejamento) que são gerenciados por profissionais multifuncionais que cuidam de várias áreas ao mesmo tempo. Este fator se não bem gerenciado, muitas vezes dificulta a atenção dada a cada área especificamente, e neste caso o setor de meio ambiente acaba sempre sendo deixado por último caso a ser resolvido. È importante ressalta a interação do meio ambiente com o contexto do todo na empresa com as demais áreas, como qualidade, saúde e segurança, produção, compras, enfim, em todos os projetos e decisões que envolvem este questão dentro da organização. Evitando assim, problemas futuros com a falta de planejamento e integração dessas áreas. Todavia, vem crescendo a consciência das empresas com relação a esta questão. Muitas que não possuem a estrutura buscam profissionais especializados (empresas de consultorias, criação de área específica com profissional especializado) para que possam implantar um SGA Sistema de Gestão Ambiental efetivo na empresa. Outra alternativa muito utilizada pelas empresas é o uso de softwares (exemplo: sisoft) para a implantação e gerenciamento do SGA, onde este facilitara o trabalho do profissional sendo este especializado ou não na área. Todavia, estes softwares embora eficientes geram custos os quais nem sempre as empresas estão dispostas a pagar, ou mesmo não tem disponíveis visto que no processo de implantação terão muitos gastos com as possíveis implantações de infra-estrutura, kits de emergências ambientais, ações corretivas, dentre outros. Contratar este tipo de serviço para implantar o SGA em uma empresa tem suas vantagens, porém também tem seu lado preocupante na questão que a empresa terá que depender da ação dos consultores para a implantação e para a manutenção deste sistema. Portanto, caso haja a necessidade deste tipo de trabalho a empresa deve buscar manter profissionais especializados na sua equipe para que possam dar continuidade e eficácia ao trabalho Os Benefícios da Certificação Ambiental ISO para as Organizações. A implantação de um SGA e a certificação ambiental em conformidade com a ISO tem proporcionado as empresas uma ótima oportunidade não só de cumprir com os requisitos legais, como também de se tornar mais competitiva e de melhorar seu desempenho ambiental, aumentando também os lucros da empresa. As organizações devem ser capazes de demonstrar uma sólida gestão empresarial que inclua a preocupação com o meio ambiente. A cada dia, são maiores as evidências de que essa preocupação resulta em vantagens para as áreas de 7

10 finanças, seguros, marketing, regulamentos e outras áreas operacionais (GRUMMT FILHO, WATZLAWICK, 2008). Alguns dos benefícios na implantação da ISO na melhoria do desempenho ambiental abrangem especialmente dois enfoques: - Benefícios para o processo. - Benefícios para o produto. Benefícios para o processo: - Economia de material. - Aumento no rendimento do processo. - Redução de paralisações falhas no processo. - Melhor utilização dos subprodutos. - Conversão dos desperdícios em valor. - Economia de energia. - Redução de custos de armazenagem e manuseio de materiais. - Ambiente de trabalho mais seguro. - Eliminação ou redução do custo das atividades resíduos. Benefícios para o produto: - Produtos com melhor qualidade e mais uniformidade. - Redução de custo do produto. - Redução de custos de embalagem. - Uso mais eficiente dos recursos pelos produtos. - Aumento da segurança dos produtos. - Redução dos custos líquido do descarte do produto pelo cliente. - Maior valor de revenda e de sucata do produto. Benefícios gerais para a organização: Algumas razões gerais para investimentos na questão ambiental empresarial visando a melhoria contínua e o desempenho ambiental: - Maior satisfação do cliente. - Melhoria da imagem da empresa. - Conquista de novos mercados. - Redução dos riscos com penalidades legais e acidentes. - Melhoria da administração da empresa maior controle dos processos organizacionais. - Maior permanência do produto no mercado. - Maior facilidade na obtenção de financiamentos. - Demonstrar a clientes, vizinhos e acionistas a existência de um sistema ambiental bem estruturado, o qual pode proporcionar vantagens as empresas. A ISO é uma norma flexível que pode ser aplicada em pequenas empresas como também em grandes multinacionais, possibilitando o acesso ao mercado mundial. 8

11 1.5. A Implantação do Sistema de Gestão Ambiental ISO A norma ISO é uma norma flexível e pode ser implementada em empresas públicas e privadas, de pequeno porte a grandes multinacionais, em instituições educacionais, escritórios, etc. A ISO surge como um instrumento de gerenciamento ambiental comum para as empresas, sendo esta uma resposta para as exigências da lei, do mercado, mas principalmente uma alternativa de implantar a gestão ambiental na empresas. Embora existam hoje muitas empresas que parecem ignorar a questão ambiental, observa-se que este cenário começa a mudar significativamente nos dias atuais. Ocorre o aumento da conscientização ambiental entre consumidores, poder legislativo e o uso de normas como a ISO 14001, e como isso um estímulo maior do uso de técnicas de controle para a qualidade ambiental das organizações. Apesar de as normas serem de adesão voluntária pelas organizações, as mesmas são de grande importância como instrumentos de comando e controle da qualidade ambiental. De acordo com Seiffert (2010) embora essas normas sejam consideradas instrumentos de gestão ambiental do tipo autocontrole, não apresentando, portanto, o mesmo nível de pressão que mecanismos de tipo comando e controle (leis e normas ambientais), passam a funcionar como um mecanismo de comando e controle indiretamente. Isso ocorre principalmente porque a organização, ao implantar e certificar um SGA, é compelida a cumprir a legislação ambiental pertinente a sua atividade, em virtude de ser este um dos requisitos principais do sistema. A norma ABNT NBR ISO 14001: 2004 especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos e informações referentes aos aspectos ambientais significativos (ABNT, 2004). A evolução das iniciativas ambientais nas organizações trouxe a necessidade de a gestão ambiental ser tratada enquanto sistema. Segundo Tibor e Feldman (1996), um SGA e a ISO tem entre seus elementos integrantes uma política ambiental, o estabelecimento de objetivos e metas, o monitoramento e medição de sua eficácia, a correção de problemas associados à implantação do sistema, além de sua análise e revisão como forma de aperfeiçoá-lo, melhorando dessa forma o desempenho ambiental geral. O SGA apresenta-se como um processo estruturado que possibilita a melhoria contínua. Apesar de a adoção e a implantação de formas sistemáticas de gestão ambiental terem o potencial de proporcionar excelentes resultados a todas as partes envolvidas, não existe garantia de que as resultados ambientais a nível de excelência sejam efetivamente alcançados. De acordo com Reis (1995), para que sejam atingidos os objetivos de qualidade ambiental, o sistema de gestão ambiental deve estimular as organizações a considerar a adoção de tecnologias disponíveis, levando em consideração a relação benefício/ custo das mesmas e condicionantes estratégicas envolvidas. Frente à questão da implantação de sistemas de gestão ambiental, a norma ISO (e série) tem-se apresentado como um novo elemento no panorama gerencial das organizações. Nota-se o crescimento da busca pelas certificações por parte das empresas. 9

12 A tendência mundial atual é buscar a melhoria no processo de gestão ambiental, a qual deixou de ser somente uma função complementar das operações empresariais. Para muitas empresas a gestão ambiental tornou-se uma questão estratégica, e não somente uma questão de atendimentos aos requisitos legais. Muitas empresas hoje incluem a questão ambiental no plano estratégico da empresa. Atualmente as empresas estão expostas a cobranças de posturas mais ativas com relação à responsabilidade sobre seus processos industriais, resíduos e efluentes produzidos e descartados, bem como o desempenho de seus produtos e serviços em relação à abordagem de ciclo de vida. É importante analisar o produto como um todo, ou seja, desde a matéria-prima até o descarte final. As empresas são consideradas pela sociedade como os principais responsáveis pela poluição, por isso muitas vezes tornam-se vulneráveis a ações legais, recusa por parte dos consumidores, que hoje consideram a qualidade ambiental como uma de suas necessidades principais a serem atendidas (MOURA, 2002). A questão ambiental nas empresas tem sido analisada não só pelos órgãos ambientais e pelo mercado, mas também pelos clientes e consumidores destas empresas. O papel das pessoas e suas motivações não são um tema novo para as organizações, mas frente à questão ecológica vêm revelando uma conjunção de fatores os quais se apresentam, por exemplo, na forma de um ganho de importância para a questão ambiental, sobretudo graças à evolução dos meios de comunicação que possibilitam muitas vezes acesso imediato aos fatos. Sendo assim, as empresas constataram a importância dada pelos seus clientes e consumidores à qualidade ambiental (MOURA, 2002). O comportamento do consumidor e cliente passa a ser um elemento chave neste processo estratégico das empresas, pois são os mesmos que ajudam a sustentar a organização a qual adquiriu o produto. Outra questão que merece ser dada importância para a implantação de um SGA/ ISO é a necessidade indispensável de integrar ecologia e economia em conjunto no plano estratégico das empresas. Segundo Seiffert (2010), outro elemento que vem à tona devido aos imperativos da questão ambiental que se apresentam às organizações diz respeito aos efeitos que os determinantes externos á organização exercem sobre o seu ambiente interno. Existe uma visão predominante de que há um dilema entre ecologia e economia, ou seja, de um lado os benefícios sociais provocados pelas normas ambientais rigorosas e do outro os custos privados das indústrias, os quais acarretam aumento de preços e redução da competitividade, existindo dessa forma um permanente conflito entre estas duas questões. Deve-se mudar a visão de que as preocupações ambientais podem aumentar e trazer novos custos as organizações, sendo esta uma questão que deve ser analisada particularmente. O que se nota é que na maioria das vezes a melhoria do desempenho ambiental da empresa pode melhorar os resultados financeiros. Portando, deve-se buscar a viabilidade econômica de sua atividade produtiva sem que, entretanto, os desdobramentos ambientais das alternativas tecnológicas e de produção utilizadas apresentem impacto ambiental excessivo. Ou seja, deve assegurar que seu desempenho ambiental, no mínimo, seja compatível com as exigências legais de onde está instalada. LUCENA (2002) acrescenta que administrar uma organização envolve a harmonia do gerenciamento dos seus riscos conscientes ou não, com aspectos legais, 10

13 financeiros e administrativos. Em função dos altos encargos inerentes ao inadequado gerenciamento ambiental, as empresas passaram a repensar suas estratégias voltadas à minimização dos seus impactos. Uma questão que deve ser analisada é o fato que de muitas vezes a administração das empresas não focalizam problemas ambientais dentro do ambiente de negócios como possibilidade objetiva de lucro (Seiffert, 2010). Podemos citar como exemplo o uso de tecnologias mais limpas, que auxiliam na redução de desperdício de materiais no processo produtivo, bem como os gastos com processos de remediações ambientais e ações corretivas dentro da organização, dentre outros. Coral (2002) destaca que em um ambiente altamente competitivo, é necessário planejar o desenvolvimento futuro das organizações, de forma que elas possam se desenvolver em um ambiente competitivo, enfrentar novos desafios, procurando inserir no planejamento estratégico da organização as questões ecológicas e sociais, normalmente relegadas para um segundo plano em função do privilégio das questões econômicas. A mudança de atitude vem ocorrendo, com base em experiências do passado, com registros de perdas financeiras em função de acidentes ambientais que acarretaram multas emitidas por órgãos ambientais, além de expressivos gastos com a remediação do meio ambiente (CHIUMMO, 2004). Por fim, é importante ressaltar que na idealização da implantação de um SGA Sistema de Gestão Ambiental em uma empresa deve obrigatoriamente considerar todos os setores envolvidos com a questão ambiental. Ao contrário do que se pensa o setor ambiental não é algo único ou separado do restante da organização e um trabalho que envolva as questões ambientais empresariais, envolvem desde aquisição de matéria-prima para a produção até o setor de vendas de uma organização. É de grande importância a interação que deve ter o setor responsável pelas ações de meio ambiente com os demais setores da empresa. O objetivo desta relação é buscar uma integração profissional responsável e com harmonia de interesses e foco nos resultados. È claro que os setores envolvidos com a questão ambiental variam conforme tamanho e estrutura da empresa. Geralmente, hoje a responsabilidade da implantação pelo SGA e a certificação da ISO em uma empresa é centralizada no setor de qualidade e ou saúde e segurança. Todavia, pode-se dizer que uma grande parte das empresas estão criando setores específicos da área ambiental que possam tratar especialmente destas questões na empresa, interagindo como os outros setores e realizando grande parte dos projetos com mais agilidade e eficácia. Todavia, é errado também afirmarmos que a questão ambiental na empresa deve ser de única responsabilidade do setor ambiental. Considerando toda a trajetória do produto, desde a aquisição de matéria-prima até o descarte do produto final, várias são as áreas envolvidas em uma organização em que devemos considerar como eixo de ligação, seja direta ou indiretamente, com as questões ambientais da empresa (FIGURA 01). 11

14 ORGANIZAÇÃO SEGURANÇA DO TRABALHO OUTRAS ÁREAS COMPRAS QUALIDADE MEIO AMBIENTE PLANEJAMENTO PRODUÇÃO ENGENHARIA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO FIGURA 01 Áreas da organização e sua ligação com o meio ambiente empresarial. Fonte: Moura, 2002; Moraes, 2011a. Podemos citar alguns pontos que cada uma dessas áreas poderá contribuir para a questão ambiental em uma empresa (MOURA, 2002): Compras: especificações e aquisições de matérias-primas que produzam menor quantidade de resíduos e poluentes, qualificação de fornecedores que possuam bom desempenho ambiental, armazenamento e manuseio de matéria-prima. Planejamento: programação de atividades e investimentos decididos pela direção da empresa. Engenharia: incorporação da variável ambiental no projeto dos produtos e serviços. Pesquisa e Desenvolvimento: estudar tendências do mercado quanto às exigências ambientais de novos produtos a serem lançados pela empresa. Conceber lançamento de produtos com bom desempenho ambiental marketing ecológico. Produção: melhoria dos processos produtivos, melhoria da confiabilidade de processos com vistas a reduzir acidentes, caracterização de resíduos, atividades de reaproveitamento, reciclagem e recuperação de materiais, transportes, etc. Qualidade: aprovação de documentos, verificação de processos, controle de qualidade, metrologia, elaboração de estatísticas de emissões, etc. Segurança do Trabalho: preparação de procedimentos, documentos necessários que possam auxiliar nas emergências ambientais, dentre outros. 12

15 Cabe lembrar que o próprio sentido de organização já supõe a interligação das áreas umas com as outras. Uso da Metodologia PDCA Para implantação de sistemas de gestão, como a ISO é comum o uso da metodologia PDCA. Uso da Metodologia PDCA Planejar Estabelecer objetivos e processos necessários para atingir os resultados em concordância com a política ambiental da organização. Agir/ Analisar Agir para melhorar continuamente o desempenho do sistema de gestão ambiental Desenvolver/ Fazer Implementar os processos. Checar/ Verificar Monitorar / Medir os processos e relatar os resultados. FIGURA 02 Método PDCA aplicado na implantação do SGA/ ISO Fonte: Baseado em ABNT ISO 14001:

16 1.6. Requisitos do Sistema de Gestão Ambiental/ ISO 14001: Baseado na metodologia PDCA é apresentado nesta apostila um check list inicial para a verificação da situação da organização fundamentado nos requisitos da norma ISO 14001, os quais são citados a seguir, conforme o número dos requisitos da própria norma (Anexo 02). 4.1 Requisitos gerais A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e continuamente melhorar um sistema da gestão ambiental em conformidade com os requisitos da norma NBR ISO e determinar como ela irá atender a esses requisitos. A organização deve definir e documentar o escopo de seu sistema da gestão ambiental. O escopo de um sistema de gestão ambiental deve indicar a localidade da instalação e todos os processos realizados naquela localidade. 4.2 Política ambiental A alta administração deve definir a política ambiental da organização e assegurar que, dentro do escopo definido de seu sistema da gestão ambiental, a política: a) Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, b) Inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de poluição, c) Inclua um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que se relacione a seus aspectos ambientais, d) Forneça uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas ambientais, e) Seja documentada, implementada e mantida, f) Seja comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem em seu nome, e g) Esteja disponível para o público. 4.3 Planejamento Aspectos ambientais A organização deve estabelecer e manter procedimento (s) para: a) identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, dentro do escopo definido de seu sistema de gestão ambiental, que a organização possa controlar e aqueles que ela possa influenciar, levando em consideração os desenvolvimentos novos ou planejados, as atividades e serviços novos ou modificados, b) determinar os aspectos que tenham ou possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente, isto é, aspectos ambientais significativos. A organização deve documentar essas informações e mantê-las atualizadas. A organização deve assegurar que os aspectos ambientais significativos sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção do seu sistema da gestão ambiental Requisitos legais e outros requisitos A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para: 3 Fonte: Baseado na norma ABNT NBR ISO 14001:

17 a) Identificar e ter acesso a requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos pela organização, relacionados a seus aspectos ambientais, e b) Determinar como esses requisitos se aplicam aos seus aspectos ambientais. A organização deve assegurar que esses requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de gestão ambiental Objetivos e metas e programa de gestão ambiental A organização deve estabelecer implementar e manter objetivos, e metas ambientais documentados, nas funções e níveis relevantes na organização. Os objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exequível, e coerentes com a política ambiental, incluindo-se os comprometimentos com a prevenção de poluição, com o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização e com a melhoria contínua. Ao estabelecer e analisar seus objetivos e metas, uma organização deve considerar os requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos, e seus aspectos ambientais significativos. A organização também deve considerar suas opções tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas. A organização deve estabelecer, implementar e manter programa(s) para atingir seus objetivos e metas. O(s) programa(s) deve(m) incluir: a) Atribuição de responsabilidade para atingir os objetivos e metas em cada função e nível pertinente da organização, e b) Os meios e o prazo no qual estes devem ser atingidos. Estes programas equivalem a planos de ação, portanto podemos utilizar o 5W1H - what, why, how, who, when, where (o que, porque, como, quem, quando e onde). Os objetivos devem ser específicos - Pode haver múltiplas metas para cada objetivo - Objetivos e metas devem considerar medidas preventivas 4.4 Implementação e operação Estrutura e responsabilidade A administração deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema da gestão ambiental. Esses recursos incluem recursos humanos e habilidades especializadas, infra-estrutura organizacional, tecnologia e recursos financeiros. Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas visando facilitar uma gestão ambiental eficaz. A alta administração da organização deve indicar representante(s) específico(s) da administração, o(s) qual(is), independentemente de outras responsabilidades, deve(m) ter função, responsabilidade e autoridade definidas para: a) Assegurar que um sistema da gestão ambiental seja estabelecido, implementado e mantido em conformidade com os requisitos da norma NBR ISO 14001, b) Relatar à alta direção sobre o desempenho do sistema da gestão ambiental para análise, incluindo recomendações para melhoria. 15

18 Conforme a estrutura da organização podemos ter vários profissionais cumprindo este papel, por exemplo o gerente da qualidade ou de meio ambiente ou de saúde e segurança do trabalho, porém para meio ambiente é necessário que este gerente tenha o conhecimento técnico e da legislação ou ele deve ter um profissional que seja ao menos um técnico em meio ambiente como suporte para efetivamente conseguir cumprir esta função Treinamento, conscientização e competência A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para fazer com que as pessoas que trabalhem para ela ou em seu nome estejam conscientes a) da importância de estar em conformidade com a política ambiental e com os requisitos do sistema da gestão ambiental, b) dos aspectos ambientais significativos e respectivos impactos reais ou potenciais associados com seu trabalho e dos benefícios ambientais proveniente da melhoria do desempenho pessoal, c) de suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com os requisitos do sistema da gestão ambiental, e d) das potenciais conseqüências da inobservância de procedimento(s) Comunicação Com relação aos seus aspectos ambientais e ao sistema da gestão ambiental, a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para: a) Comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização, b) Recebimento, documentação e resposta à comunicação pertinentes oriundas de partes interessadas externas. A organização deve decidir se realizará comunicação externa sobre seus aspectos ambientais significativos, devendo documentar sua decisão. Se a decisão for comunicar, a organização deve estabelecer e implementar método(s) para esta comunicação externa Documentação A documentação do sistema de gestão ambiental deve incluir: a) Política, objetivos e metas ambientais, b) Descrição do escopo do sistema de gestão ambiental, O escopo de um sistema de gestão ambiental é diferente do escopo de um sistema da gestão da qualidade, para qualidade podemos implantar a norma em parte dos processos de uma determinada localidade, já na gestão ambiental todo endereço deve ser incluído. c) Descrição dos principais elementos do sistema da gestão ambiental e sua interação e referência aos documentos associados, d) Documentos, incluindo registros, requeridos pela ISO 14001, e e) Documentos, incluindo registros, determinados pela organização como sendo necessários para assegurar o planejamento, operação e controle eficazes dos processos que estejam associados com seus aspectos ambientais significativos Controle de Documentos Os documentos requeridos pelo sistema da gestão ambiental e pela NBR ISO devem ser controlados. Registros são um tipo especial de documento e devem 16

19 ser controlados de acordo com os requisitos estabelecidos. A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para: a) aprovar documentos quanto à sua adequação antes de seu uso, b) analisar e atualizar, conforme necessário, e re-aprovar documentos, c) assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de documentos sejam identificadas, d) assegurar que as versões relevantes de documentos aplicáveis estejam disponíveis em seu ponto de uso, e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis f) assegurar que os documentos de origem externa requeridos pela organização como sendo necessários ao planejamento e operação do sistema da gestão ambiental sejam identificados e que sua distribuição seja controlada, e g) prevenir a utilização não intencional de documentos obsoletos e utilizar identificação adequada nestes, se forem retidos para quaisquer fins Controle Operacional A organização deve identificar e planejar aquelas operações que estejam associadas aos aspectos ambientais significativos identificados de acordo com sua política, objetivos e metas ambientais para assegurar que elas sejam realizadas sob condições especificadas por meio de: a) Estabelecimento, implementação e manutenção de procedimento(s) documentado(s) para controlar situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à sua política e aos objetivos e metas ambientais, b) Determinação de critérios operacionais no(s) procedimento(s), e c) Estabelecimento, implementação e manutenção de procedimento(s) associado(s) aos aspectos ambientais significativos identificados de produtos e serviços utilizados pela organização e a comunicação de procedimentos e requisitos pertinentes a fornecedores, incluindo-se prestadores de serviço Preparação e respostas à emergências A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para identificar potenciais situações de emergência e potenciais acidentes que possam ter impacto(s) sobre o meio ambiente, e como a organização responderá a estes. A organização deve responder às situações reais de emergência e aos acidentes, e prevenir ou mitigar os impactos ambientais adversos associados. A organização deve periodicamente analisar e, quando necessário, revisar seus procedimentos de preparação e resposta à emergência, em particular, após a ocorrência de acidentes ou situações emergenciais. A organização deve também periodicamente testar tais procedimentos, quando exeqüível Verificação Monitoramento e medição A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para monitorar e medir regularmente as características principais de suas operações que possam ter um impacto ambiental significativo. O(s) procedimento(s) deve(m) incluir a documentação de informações para monitorar o desempenho, os controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos e metas ambientais da organização. 17

20 A organização deve assegurar que equipamentos de monitoramentos e medição calibrados ou verificados sejam utilizados e mantidos, devendo-se reter os registros associados Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros De maneira coerente com seu comprometimento de atendimento a requisitos, a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para avaliar periodicamente o atendimento aos requisitos legais aplicáveis. A organização deve manter registros dos resultados das avaliações periódicas. A organização deve avaliar o atendimento a outros requisitos por ela subscritos. A organização pode combinar esta avaliação com a avaliação referida acima ou estabelecer procedimento em separado Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para tratar as nãoconformidades reais e potenciais, e para executar ações corretivas e preventivas. O(s) procedimento(s) deve(m) definir requisitos para a) identificar e corrigir não-conformidade(s), e executar ações para mitigar seus impactos ambientais, b) investigar não-conformidade(s), determinar sua(s) e executar ações para evitar sua repetição, c) avaliar a necessidade de ação(ões) para prevenir não-conformidades e implementar ações apropriadas para evitar sua ocorrência, d) registrar os resultados da(s) ação(ões) corretiva(s) e preventiva(s) executada(s), e) analisar a eficácia da(s) acão(ões) corretiva(s) e preventiva(s) executada(s). As ações executadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e ao(s) impacto(s) encontrado(s). A organização deve assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do sistema da gestão ambiental Controle de registros A organização deve estabelecer e manter registros, conforme necessário, para demonstrar conformidade com os requisitos de seu sistema da gestão ambiental e da norma NBR ISO 14001, bem como os resultados obtidos. A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para a identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e descarte de registros. Os registros devem ser e permanecer legíveis, identificados e rastreáveis Auditoria interna A organização deve assegurar que as auditorias do sistema da gestão ambiental sejam conduzidas em intervalos planejados para determinar se o sistema da gestão ambiental: - está em conformidade com os arranjos planejados para a gestão ambiental, incluindo-se os requisitos da norma NBR ISO 14001, e - foi adequadamente implementado e é mantido, e - fornecer informações à administração sobre os resultados das auditorias. Programa(s) de auditoria deve(m) ser planejado(s), estabelecido(s), implementado(s) e mantido(s) pela organização, levando-se em consideração a importância ambiental da(s) operação(ões) pertinente(s) e os resultados das auditorias anteriores. 18

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