Estudo sobre a Influência do Tipo de Personalidade do Inspetor no Desempenho de Inspeções de Usabilidade

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1 Estudo sobre a Influência do Tipo de Personalidade do Inspetor no Desempenho de Inspeções de Usabilidade Tayana Conte 1, Nayane Maia 1, Anna Beatriz Marques 1, Emília Mendes 2, Guilherme Horta Travassos 2 1 USES - DCC UFAM, CEP , Manaus, AM, Brasil 2 PESC COPPE/UFRJ, Cx Postal , CEP , Rio de Janeiro, RJ, Brasil { tayana, nayane.maia, anna.beatriz}@dcc.ufam.edu.br, {emilia, ght}@cos.ufrj.br Abstract. Usability is one of the most relevant factors for the acceptance of Web applications. Different inspection techniques have been proposed aiming at detecting usability defects and to increase the quality of Web applications. However, studies have indicated great variation in the results even when using inspectors with similar experience. It is possible that other factors not accounted for have influenced the results of these usability inspections. Therefore, this paper aims to investigate the influence that different personality profiles (based on Myers-Briggs Type Indicator) may have upon the performance of usability inspectors. These results, when compared to a previous study that investigated the personality profiles of code inspectors, suggest that the allocation of inspectors based on their personality profiles seems to increase the number of defects detected in usability inspections. Keywords: Usability inspection, Software Quality, Personality profiles, MBTI, Allocation of roles. 1. Introdução A usabilidade pode ser apontada como um dos fatores que podem influenciar a melhoria na qualidade de um software, sendo definida como a capacidade que o software tem de ser entendido, usado e aprendido, e também sua capacidade de agradar ao usuário, quando utilizado sob condições específicas [1]. Neste contexto, a usabilidade é de grande importância para a utilização, entendimento, aprendizado e qualidade de um software. No caso de aplicações Web, sua importância é ainda maior, pois tais aplicações são interativas, centradas no usuário e baseadas em hipermídia, onde a interface com o usuário desempenha um papel central [2], o que motivou várias pesquisas sobre técnicas de inspeção de usabilidade para aplicações Web como a técnica WDP proposta por [3], WDP-RT descrita em [4,5] e WE-QT proposta em [6]. Em estudos experimentais que buscavam avaliar a viabilidade dessas técnicas de inspeção de usabilidade, constataram-se diferentes níveis de resultados em termos de custo-eficiência (média de defeitos/hora) mesmo com inspetores com mesmos níveis

2 de experiência (nenhuma ou baixa), o que nos leva a considerar que existem outros fatores que influenciam na habilidade de inspetores de usabilidade [5]. Figura 1. Resultados de uma inspeção de usabilidade [5]: inspetores com experiências semelhante (Nenhuma ou Baixa) apresentaram diferentes resultados (Média Def./Hora). A influência do time de desenvolvimento é um fator tem sido cada vez mais estudado na Engenharia de Software [7]. Recentemente os enfoques essencialmente funcionais têm sido complementados com análises da influência do tipo de personalidade dos indivíduos no desempenho do time [7]. Esses novos estudos baseiam-se em obras vastamente difundidas por estudiosos de psicologia de acordo com os aspectos a serem estudados, tais como: teorias dos tipos de personalidade, teoria de papéis em time ou estilos cognitivos, além de indicadores de perfis de personalidade. Segundo Boehm apud [7], tais pesquisas têm sugerido que as questões pessoais representam o maior potencial para melhorar a qualidade do software e do processo de desenvolvimento. Em [8], é descrito um estudo que visa identificar perfis de personalidade que podem influenciar na habilidade inspetores de código. Faz-se necessário observar se estes fatores são os mesmos que influenciam na habilidade de inspetores de usabilidade de uma aplicação. Para verificar tal hipótese, realizou-se um estudo a fim de identificar quais perfis de personalidade são mais adequados para o papel de inspetor de usabilidade. Vale ressaltar que não cabe a este estudo julgar o indivíduo que tem nível de desempenho melhor ou pior, mas sim verificar quais características o leva a se adequar melhor, apresentando melhor rendimento em um papel do que em outro. Este estudo teve como objetivo analisar e aplicar teorias de perfis de personalidade a fim de obter a relação entre a característica psicológica de um inspetor de usabilidade e seu desempenho em inspeções de usabilidade. O restante deste artigo está organizado da seguinte forma: na Seção 2 são apresentadas pesquisas sobre a influência do tipo de personalidade em Engenharia de Software e os indicadores de personalidade utilizados, na Seção 3 será descrito o método de pesquisa deste trabalho. Na Seção 4 serão discutidas as análises dos resultados obtidos. Por fim, na Seção 5 serão apresentadas as conclusões e trabalhos futuros relacionados.

3 2. Pesquisas sobre Influência do Tipo de Personalidade em Engenharia de Software A variedade de papéis da área de desenvolvimento tais como analistas, projetistas, testadores, inspetores, dentre outros, demanda diferentes tipos de personalidade e comportamento. Estudos mostram que as habilidades requeridas por um determinado papel podem ter relação com o estilo de personalidade e/ou comportamento de cada indivíduo. Vários estudos têm sido desenvolvidos buscando identificar características pessoais que podem influenciar o desempenho no trabalho. Estas características podem ser identificadas através de vários testes de personalidade. Um dos indicadores mais utilizados em diversos estudos é o MBTI [9], descrito a seguir. 2.1 O Indicador MBTI Um dos principais pontos de vista dentro da psicologia da personalidade é que a personalidade pode ser descrita por um conjunto de características, ou seja, um conjunto fixo de padrões de como a pessoa se comporta, sente e pensa [10]. Essas características podem ser utilizadas para resumir, explicar e predizer como uma pessoa vai agir em diferentes situações. A classificação dos diversos perfis de personalidade se originou há mais de 70 anos com os trabalhos do psiquiatra suíço Carl G. Jung, que sugeriu que o comportamento humano não era aleatório, e sim, na verdade, previsível e classificável. Ao longo dos anos, estudiosos espelharam-se em suas idéias, tentando assim, aprimorá-las, tornando-as mais reveladoras, como por exemplo, Katharine Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers que desenvolveram o modelo MBTI em 1942 [11] apud [12], um indicador ainda muito utilizado em testes de tipo de personalidade atualmente [10]. O MBTI (Myers-Briggs Type Indicator) é um instrumento de identificação de características pessoais, que possibilita identificar as características, pontos fortes e aspectos de desenvolvimento [9]. Os perfis de personalidade propostos por Myers- Briggs são definidos a partir de quatro grandes dimensões bipolares da personalidade: (1) Extraversion/Introversion (Extroversão/Introversão), (2) Sensing/iNtuition (Sensação/Intuição), (3) Thinking/Feeling (Pensamento/Sentimento) e (4) Judging/Perceiving (Julgamento/Percepção). Os principais aspectos das quatro dimensões são apresentados na Figura 2. Os tipos psicológicos citados por Myers-Briggs são classificados nestas quatro dimensões, cuja escala de preferência varia entre dois extremos. O MBTI pressupõe que os indivíduos utilizam vários processos cognitivos, mas tendem a ter uma preferência entre as dicotomias citadas. O tipo de personalidade individual é identificado através de um código de quatro letras, cada uma representando o pólo dominante na dimensão (E ou I, S ou N, T ou F, J ou P). Em teoria, cada um dos dezesseis diferentes tipos de personalidade medidas pelo MBTI pode ser visto como um conjunto de padrões que aponta como o indíviduo se comporta.

4 Figura 2. Dimensões bipolares da personalidade e suas principais características citadas em [8] Os Quatro Temperamentos Na década de 70, David Keirsey, psicólogo americano, criou um subgrupo para os tipos psicológicos definidos por Myers-Briggs, e os denominou de Temperamentos. Em essência, temperamento é um estilo pessoal inerente, uma predisposição que forma a base de todas as nossas inclinações naturais: o que pensamos e sentimos, desejamos ou necessitamos, o que falamos e o que fazemos. Segundo Keirsey, temperamento é uma configuração de inclinações, enquanto que caráter é uma configuração de hábitos [13]. O modelo de Keirsey utiliza quatro temperamentos, de forma que cada um é composto por quatro tipos de personalidade, obtidos através do indicador de personalidade MBTI. Deste modo os temperamentos são definidos pela presença de duas letras específicas no tipo de perfil de personalidade, sendo elas: SP, SJ, NF, NT. Tabela 1. Os Quatro Temperamentos. Adaptado de [13] Temperamento Principais Características SP (Sensorial Perceptivo) Artesãos Sentem-se muito à vontade no mundo externo dos objetos sólidos que podem ser feitos e manipulados e dos eventos reais que podem ser experimentados no aqui e agora. Têm sentidos agudos e amam trabalhar com as suas mãos. Têm uma grande afinidade com ferramentas e instrumentos. Suas ações têm como objetivo fazer com que cheguem o mais rápido possível até onde pretendem ir.

5 SJ (Sensorial Julgador) Guardiões NF (Intuitivo Sentimental) Idealistas NT (Intuitivo Pensador) Racionais São impulsivos, adaptáveis, competitivos e ousados. Personalidade que busca a sensação. São pessoas sensatas, realistas e sentem-se à vontade em seguir as regras e cooperar com as autoridades. Preferem trabalhar consistentemente com o sistema, porque acreditam que, ao longo prazo, lealdade, disciplina e cooperação realizam o trabalho de forma correta. São cuidadosos quanto aos prazos e têm uma visão perspicaz para o excesso ou escassez. São cautelosos quanto às mudanças. Personalidade que busca segurança. Acreditam que a melhor forma para que as pessoas atinjam os seus objetivos é através da cooperação amigável. Têm um talento único para ajudar as pessoas a resolver as suas diferenças e assim trabalharem juntas. Tendem a concentrarem-se no que poderia ser, em vez de concentrarem-se no que é. Altamente éticos em suas ações, sempre se comprometem a um estrito padrão de integridade pessoal. O não visível, é mais importante do que o mundo das coisas físicas ou factuais. Personalidade que busca identidade. São rigorosamente lógicos e independentes em seu pensamento. Têm um intenso desejo de atingir seus objetivos. Esforçam-se por compreender o mundo natural em toda a sua complexidade. Desejam aprender acerca dos princípios abstratos. São pragmáticos acerca do como ganharão esse conhecimento. Sentem-se à vontade ao encontrar as soluções mais eficientes e elegantes para os problemas. Personalidade que busca conhecimento. 2.2 Estudos sobre Tipos de Personalidades no Desenvolvimento de Software Estudos mostram que as habilidades requeridas por um determinado papel podem ter relação com o estilo de personalidade e/ou comportamento de cada indivíduo. Essa afirmativa pode ser verificada a partir de diversas publicações, algumas das quais estão apresentadas na Tabela 2. Tabela 2. Estudos sobre a Influência dos Tipos de Personalidade em Desenvolvimento de Software Publicação/ Autores Foco Indicador Utilizado FERREIRA & SILVA [14] Influência dos perfis psicológicos na utilização de processo de software MBTI e Teoria de Papéis em GORLA & LAM [15] MEIRA & SILVA [7] Tipos de personalidade em diferentes papéis dos times de software Perfis psicológicos mais adequados aos profissionais responsáveis por Garantia da Qualidade Times MBTI Teoria de Papéis em Times

6 CUNHA & GREATHEAD [8] Perfil psicológico de revisores de código MBTI Pelo fato do foco do estudo descrito em [8] ser em revisores (no caso de revisores de código), seus resultados são apresentados resumidamente. A pesquisa relatada em [8] teve o intuito de averiguar se havia alguma relação de um tipo psicológico com o desempenho do papel de revisor de código. Os autores detectaram que alguns profissionais apresentaram mais habilidade do que outros. Foi verificado que os participantes com perfil NT tiveram melhor desempenho dos que os não-nt nos resultados das revisões de código. Além disso, percebeu-se que a maior diferença foi entre as pessoas com o tipo NT e SF, sendo eles perfis opostos. De acordo com a definição, os NTs adquirem melhor as informações a partir de abstrações, enquanto os SFs adquirem informações de maneira mais fácil a partir de algo concreto. Logo, como os NTs são conhecidos como "lógicos e habilidosos", pode-se concluir que essas características os tornam os mais indicados na resolução de problemas. O resultado de tal pesquisa destaca a importância do estudo que visa o aumento da produtividade a partir da alocação de perfis adequados a cada papel. Figura 3. Média de defeitos/hora de revisões de código por dimensões MBTI [8]. 3. Método de pesquisa Esta pesquisa se propõe a averiguar se há relacionamento entre habilidades e perfis comportamentais dos profissionais que indique maior eficiência (desempenho) no papel de inspetor de usabilidade, a exemplo da pesquisa sobre a influência do perfil de personalidade para o papel de inspetor de código [8] utilizando o Indicador de Tipos de Personalidade de Myers-Briggs (MBTI ). O estudo experimental foi realizado em três fases, sendo elas: Planejamento, Execução e Análise dos Resultados, conforme ilustrado na Figura 4. A fase do Planejamento consistiu nas atividades de (1) caracterização e (2) planejamento do estudo. Na atividade (1) foi realizada uma revisão da literatura técnica com o objetivo de coletar dados sobre teorias e tipos de personalidade e características requeridas por um inspetor de usabilidade. Também foram revisados trabalhos que utilizaram essas teorias e modelos, a fim de verificar qual melhor se aplicaria ao problema em questão. Após a revisão, determinou-se que este estudo iria utilizar o Indicador MBTI, em virtude de ser amplamente utilizado em estudos cujo intuito seja relacionar a característica do indivíduo com as habilidades requeridas em determinado papel. Após a verificação desta caracterização foi realizada a atividade (2), onde se definiu o objetivo do estudo, apresentado na Tabela 3.

7 Figura 4. Processo do estudo experimental Tabela 3. Objetivo segundo paradigma GQM. Analisar Com o propósito de Em relação ao Do ponto de vista No contexto de A influência dos Tipos de Personalidade dos inspetores de Usabilidade no resultado da inspeção Caracterizar Desempenho apresentado pelos inspetores (em relação ao número de Defeitos encontrados por hora em inspeção) De pesquisadores em engenharia de software uma inspeção de usabilidade de 2 aplicações web reais (portal da SBC 1 e portal do MPS.BR 2 ) realizada por alunos de graduação e pós-graduação em Computação da UFAM A fase de Execução foi realizada em três etapas: (1) estudo piloto, (2) apresentação do estudo e (3) execução do indicador de personalidade MBTI. A atividade (1) foi realizada com a presença de um especialista e de quatro participantes com experiência em inspeção de usabilidade. Nesta etapa foram apresentadas as teorias e descrição dos perfis psicológicos, tendo como artefatos o Termo de Consentimento Livre e 1 Portal SBC: { 2 Portal MPS: {

8 esclarecido (TCLE) e as instruções para a realização do indicador de personalidade. A atividade (2) foi realizada após a verificação e validação dos artefatos e consistiu na apresentação das teorias e descrição de perfis de personalidade aos participantes do estudo. Assim, foi ministrado um seminário direcionado aos alunos de graduação e pós-graduação do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal do Amazonas, matriculados nas disciplinas de Engenharia de Software e IHC. Ao término do seminário os participantes receberam o TCLE, onde eram convidados a participar da atividade (3) do estudo. Então, os participantes foram instruídos a realizar o indicador online de perfil de personalidade MBTI e orientandos a enviar o resultado via às pesquisadoras. Este indicador de personalidade está disponível no endereço e é baseado no Indicador de Tipos de Personalidade de Myers-Briggs (MBTI ). Após essa atividade deu-se início a terceira e última fase do estudo, a análise dos resultados. Na fase de Análise foram selecionados os resultados dos alunos que haviam realizado as inspeções de usabilidade, descritas em [4], totalizando 27 (vinte e sete) participantes. Deste modo, a análise dos resultados abrange as atividades de (1) tabulação dos dados, (2) análise quantitativa e (3) análise qualitativa. A atividade (1) consistiu na coleta dos dados enviados pelos participantes com o resultado do perfil de personalidade. Nesta atividade foram geradas planilhas com a tabulação dos dados por participante, incluindo os resultados obtidos nas inspeções de usabilidade. Na atividade (2) realizou-se uma análise quantitativa dos indicadores de perfis de personalidade (MBTI ), verificando-se qual era o perfil de personalidade mais presente. Além disso, foram analisadas as dimensões de cada perfil, de forma individual e por temperamentos. Esses valores quantitativos, após a verificação por um especialista, foram utilizados na atividade (3), que consistiu em uma análise para comparar os perfis de cada participante com seus resultados na atividade de detecção de defeitos em inspeções de usabilidade. O objetivo foi averiguar a relação entre as características pessoais e o resultado da inspeção individual. 4. Análise dos Resultados Para esta análise foram considerados os dados referentes aos resultados das inspeções após a avaliação dos defeitos relatados por grupos de especialistas em usabilidade e no domínio do problema. Desta maneira, buscou-se garantir que apenas os defeitos reais apontados por cada inspetor seriam contabilizados. Para avaliar o se o tipo de personalidade tinha alguma relação com o desempenho dos participantes na inspeção de usabilidade inicialmente foram calculadas as médias de defeitos encontrados em função do tempo para cada dimensão de personalidade. As médias de desempenho por dimensão do MBTI são apresentadas na Tabela 4. Tabela 4. Médias Defeito/hora dos inspetores por Dimensão MBTI. Dimensão I E S N T F J P Média Def/h 8,56 7,66 9,42 5,22 8,10 7,79 7,67 9,35 Desv. Padrão 4,20 3,86 3,75 2,79 3,46 5,06 4,13 4,60

9 Tabela 5. Mediana (Def./Hora) por Dimensões MBTI. Dimensão I E S N T F J P Mediana 7,74 7,7 9,37 4,16 8,4 7,26 5,60 8,52 Para observar os resultados apresentados utilizaremos o percentual obtido pela diferença entre as Médias Def/hora (Tabela 4) entre duas dimensões dividido pela média das medianas em Def/hora (Tabela 5) das mesmas dimensões. Esta medida tem a intenção de sugerir, numericamente, a diferença entre os pólos de cada dimensão, conforme a Tabela 4. Assim, percebe-se que existe uma pequena diferença nos resultados obtidos pelas dimensões Emotivos (F) x Pensadores (T) (3,9%) que a princípio não afetaria significativamente a organização das equipes de inspeção, ou seja, o desempenho seria equivalente. As dimensões Extrovertidos (E) x Introvertidos (I) (11,1%), apesar desta variação, ainda seria aceitável principalmente considerando a variância dos grupos. Por outro lado, as dimensões Julgadores (J) X Perceptivos (P) (19,74%) e Sensoriais (S) X Intuitivos (N) (57,38%) apresentam uma variação aumentada no desempenho, resultando em possíveis riscos para se organizar uma equipe de inspeção, ou seja, grupos organizados com estes perfis podem afetar a previsibilidade de comportamento dos times de inspeção. A partir disso, decidiu-se avaliar tais dimensões em virtude da variação observada. A Tabela 6 mostra os perfis psicológicos segundo o indicador MBTI e o número de defeitos encontrados por hora de inspeção por cada inspetor. Devido à diferença na população das amostras não foi realizado um teste estatístico e sim uma análise a partir de boxplots, utilizando-se a ferramenta SPSS Data Editor. Tabela 6. Perfil Psicológico e o número de Defeitos/Hora por inspetor Inspetor MBTI Def/Hora Inspetor MBTI Def/Hora Inspetor MBTI Def/Hora 1 ISFP 15,28 10 ESTP 9,33 19 ESTJ 9,41 2 ISTJ 3,82 11 ESTJ 4,29 20 ISTJ 4,67 3 INTP 4,33 12 ESTJ 14,21 21 ESTJ 4,80 4 INTP 10,80 13 ESTP 9,00 22 ENTJ 4,00 5 ESTJ 10,99 14 ISTP 7,71 23 ESFP 7,26 6 ISTJ 14,67 15 ESFP 12,00 24 ENFP 7,69 7 ENFJ 3,56 16 INTJ 5,60 25 ESFJ 14,40 8 ISTJ 7,76 17 ESFJ 4,09 26 ENFJ 3,67 9 ISTJ 11,00 18 ENFP 2,12 27 ESTJ 9,47

10 a Defeito/Hora A Figura 5 mostra os boxplots comparando o desempenho por Dimensões MBTI (dimensões Sensoriais x Intuitivos), em virtude da diferença apresentada na Tabela 5. Ao se analisar a Figura 5, nota-se que a mediana das amostras da dimensão dos Sensoriais é significativamente mais alta que a mediana da dimensão dos Intuitivos. Assim, percebe-se que o grupo dos Sensoriais obteve melhores resultados em detecção de erros que o grupo dos Intuitivos ao inspecionar a usabilidade de uma aplicação Web. Dimensão do Tipo de Informação Preferida SENSORIAIS INTUITIVOS Figura 5. Boxplots comparando o desempenho em detecção de erros de usabilidade por Dimensão: Tipo de Informação Preferida (Sensoriais X Intuitivos). De acordo com a definição de Jung apud [16], a dimensão Sensação-iNtuição relaciona-se com o processo de percepção, por meio do qual as informações são adquiridas, processadas e interpretadas. Suas principais características são apresentadas na Tabela 7. Tabela 7. Características de comportamento da dimensão S x N [16]. Sensação (S) Intuição (N) Caracterizado pela atenção aos detalhes. Os tipos sensoriais sentem-se confortáveis com fatos concretos que possam ser analisados em pequenas partes. Caracterizado pela atenção ao todo e às informações de natureza abstrata. Os tipos intuitivos sentem-se à vontade com a visão de conjunto, procuram relações entre conceitos distintos e trabalham bem com hipóteses ou idéias abstratas. Ao se comparar os resultados obtidos entre as dimensões S x N, onde os Sensoriais apresentaram o maior desempenho, pode-se verificar que uma característica que indica influência na diferença dos resultados dos Sensoriais é a atenção aos detalhes e

11 fatos concretos, enquanto que os Intuitivos demonstram interesse pelo todo e por idéias abstratas. Fazendo uma analogia ao objeto de inspeção em cada estudo, é possível inferir que a interface é um fato concreto, enquanto o código é artefato abstrato. Nossa hipótese é de que isto seja o fator que explique a tendência de Sensoriais detectarem maior número de erros de usabilidade que os Intuitivos. A Figura 6 apresenta um esquema conceitual para essa hipótese. Figura 6. Hipótese do fator de influência para a inspeção de usabilidade. A Figura 7 mostra os boxplots comparando o desempenho por Temperamentos. Ao analisar a Figura 7, pode-se notar que a mediana do temperamento SJ (Guardiões) e do temperamento SP (Artesãos) está superior à mediana dos temperamentos NF (Idealistas) e NT (Racionais), indicando que os temperamentos da dimensão S (Sensoriais) apresentam melhor desempenho em uma inspeção de usabilidade que os temperamentos da dimensão N (Intuitivos). Esses resultados sugerem que inspeção de usabilidade requer habilidades e características diferentes de inspeção de código, como descrito em [8], onde foi observado que os inspetores de código que obtiveram melhores resultados foram os Intuitivos. Ao analisar a Figura 7 e a Tabela 9, pode-se notar que a mediana do temperamento SJ (Guardiões) está um pouco mais alta que a mediana do temperamento SP (Artesãos). Contudo, a variância apresentada pelo grupo dos SJs é maior que a variância apresentada pelo grupo dos SPs. Tabela 9. Mediana por Temperamentos Temperamento NF-Idealistas NT-Racionais SP-Artesões SJ-Guardiões Mediana 3,61 4,96 9,17 9,41

12 Boxplots por Temperamento NF IDEALISTAS NT RACIONAIS SJ GUARDIÕES SP ARTESÃOS Figura 7. Boxplots comparando o desempenho em detecção de erros de usabilidade por Temperamentos Analisando os temperamentos pertencentes ao grupo dos Sensoriais, caracterizado pela combinação da dimensão S com as dimensões J ou P, observou-se uma pequena variância dos resultados quando se comparando os SPs com os SJs. Contudo, o espectro de desempenho dos SJs, representado por sua variância, permite incluir, em maioria, inspetores com desempenho semelhantes aos SPs. Embora representem grupos com perfis diferentes, eles apresentam resultados equivalentes, exceto pela variação apresentada pelos SJs. Neste caso, seria interessante investigar que outros fatores diferentes dos perfis de personalidade podem estar influenciando este comportamento. 4.1 Ameaças à validade do estudo Em todos os estudos experimentais existem ameaças que podem afetar a validade dos resultados. As principais ameaças à validade deste estudo são discutidas a seguir. Em primeiro lugar, a amostra consiste somente de alunos de uma única instituição: alunos de graduação e pós-graduação em Computação da Universidade Federal do Amazonas. A homogeneidade da amostra pode limitar a capacidade de generalização dos resultados. Outra ameaça à validade é a limitação relacionada ao número heterogêneo de participantes por amostras dos diferentes temperamentos e perfis de personalidade apresentados, o que impossibilitou a realização de análise estatística mais elaborada. Isso se deu pelo fato que primeiro foi realizada a inspeção de usabilidade, para que

13 depois fossem classificados os participantes de acordo com o perfil do MBTI. Então não houve como selecionar um número equivalente de inspetores com os diferentes perfis/ temperamentos analisados para as inspeções. Deve-se ainda considerar como ameaça à validade o fato dos inspetores terem utilizado uma técnica para auxílio à detecção dos defeitos. Embora todos os inspetores tenham utilizado a mesma técnica de inspeção, é necessário analisar em estudos futuros se não ocorre alguma interferência entre a capacidade de utilização da técnica e o tipo de personalidade. 5. Conclusões e trabalhos futuros O estudo experimental foi conduzido de forma a caracterizar a influência do tipo de personalidade do inspetor na etapa de detecção de erros a partir de resultados de uma inspeção de usabilidade, onde foi levantada a questão se haviam outros fatores, além da experiência do inspetor, que pudessem explicar o porquê da diferença de resultados obtidos. Este artigo utilizou uma pesquisa quantitativa para avaliar o desempenho na detecção de erros de usabilidade e uma pesquisa qualitativa para caracterizar o comportamento que exercia influência nos resultados obtidos pelos inspetores. Com isso, pode-se perceber que existe um indício que inspeção de usabilidade requer habilidades e características diferentes que revisão de código, dado que os inspetores que apresentaram melhor desempenho em uma inspeção de usabilidade de uma aplicação foram os Sensoriais, enquanto que o estudo sobre perfis de revisores de código [8] indicou que os Intuitivos apresentaram melhor desempenho. Há diferentes fatores que precisam ser investigados, e combinados com o artefato sob inspeção, podendo, então, representar fatores de influencia relevantes. Entretanto, investigações adicionais precisam ser realizadas visando a observar mais diretamente tais comportamentos. Conforme mencionado, uma limitação relevante deste estudo está relacionada ao número heterogêneo de participantes por amostras dos diferentes temperamentos e perfis de personalidade apresentados. Contudo, como o objetivo do estudo limitava-se a caracterizar a existência de fatores de influência do perfil de personalidade no desempenho na detecção de erros, fatores estes que podem levar ao aumento da qualidade e, conseqüentemente, da produtividade nas inspeções. Ainda assim, esta limitação apresenta-se como uma oportunidade para realização de uma pesquisa quantitativa a fim de verificar a validade das suposições levantadas neste artigo, comparando-se amostras de tamanhos homogêneos para os temperamentos apresentados. Este trabalho é parte inicial de uma pesquisa que tem como intuito abordar os diversos fatores possam influenciar no desempenho de diferentes papeis em projetos de software. Em função da subjetividade em relação a alocação adequada dos papeis e sua influência na performance do indivíduo, destaca-se o desafio, superado em função da importância de estudar cada vez mais aspectos humanos dentro da engenharia de software, em prol do sucesso e dos interesses da organização como um todo.

14 Agradecimentos Os autores agradecem aos participantes dos estudos e aos pesquisadores do USES- UFAM pelas contribuições na execução desta pesquisa e agradecem o apoio da CAPES e CNPq Referências [1] ISO/IEC , International Organization for Standardization. Information Technology Software Product Quality. Part 1: Quality Model [2] Olsina, L., Covelha, G., Rossi, G., (2006), "Web Quality". In: MENDES, E., MOSLEY, N. (eds), Web Engineering, Springer Verlag. [3] Conte T., Massolar, J., Mendes, E., Travassos, G. (2007). Web Usability Inspection Technique Based on Design Perspectives. SBES 2007, João Pessoa, PB, Brasil. [4] Gomes, M. et al., WDP-RT: Uma técnica de leitura para inspeção de usabilidade de aplicações Web. ESELAW [5] Gomes, M. et al., Evoluindo uma Técnica de Avaliação de Usabilidade através de Estudos In Vitro e In Vivo SBQS [6] Fernandes, P. S., Conte, T. (2010). Uma técnica automatizada de perguntas e respostas para inspeção de usabilidade em aplicações de Web. Projeto aprovado no Ciclo 2010 do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade - PBQP [7] Meira, A. F., Silva, F. Q. (2009). Habilities and Behavioural Profiles of SQA Professionals Related to Process Maturity Levels. Quality Assurance, doi: /SBES [8] Cunha, A. D. and Greathead, D. (2007). Does personality matter?: an analysis of codereview ability. Communications of the ACM. New York, USA: Associatiom for Computing Machinery, v. 50, n. 5, p , Maio. [9] Myers, I. and Briggs, K. Myers-Briggs Type Indicator. Disponível em: < Acesso em: 28 mai [10] Feldt, R., Angelis, L., Torkar, R., Samuelsson, M. (2010) Links between the personalities, views and attitudes of software engineers. Information and Software Technology. [11] Jung, C. G. (1991). Tipos psicológicos. Obras Completas, vol. VI. Petrópolis: Vozes [12] Morales, S. A. (2004) Relação entre competências e tipos psicológicos Junguianos nos Empreendedores Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, [13] Keirsey, David (1998) Please Understand Me II. Prometheus Nemesis Book Company. [14] Ferreira, A., Silva, F. Q. (2008). Fatores humanos que influenciam a utilização de processos de software. SBQS [15] Gorla, N. and Lam, Y.W. (2004) Who should work with whom? Building effective software project teams. Communication of the ACM, June, v. 47, n. 6. [16] Maximiano, A. C. A. (2008). Administração de Projetos: como transformar ideias em resultados. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas.

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