RESUMO EXPANDIDO. Linha Temática: Universidade e Escola

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1 RESUMO EXPANDIDO Linha Temática: Universidade e Escola Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência: Problemas frequentes encontrados em sala de aula e suas soluções. Diego A. Oliveira Bolsista de Iniciação à Docência do Subprojeto de Matemática Ensino Fundamental diegoalvez@pop.com.br Érica Bolsista de Iniciação à Docência do Subprojeto de Matemática Ensino Fundamental erica_1594@hotmail.com Situações vividas pelo professor O profissional docente acumula ao longo de sua carreira diversas experiências que o ajudarão a desempenhar melhor sua prática. Já o futuro docente, que não possui tanto contato com a comunidade escolar quanto professores experientes, têm por meio do estágio ou de programas como o Programa de bolsa de Iniciação à docência- PIBID a oportunidade de terem suas próprias experiências, e terem contato com profissionais que já atuam a algum tempo nas escolas, e que podem ser uma boa fonte de informação, embora algumas vezes estas possam vir carregadas de estereótipos. Mesmo assim, muitas dúvidas podem passar na cabeça do aluno de licenciatura a respeito de como ser um bom professor e como enfrentar os desafios da sala de aula, ou mesmo descobrir que desafios seriam esses. Como controlar a bagunça em sala de aula, como agir com um aluno que cola nos exames ou, o que fazer com alunos que praticam bullying na escola? Até onde vai a responsabilidade do professor quando trata de problemas ocasionados por alunos? Espera-se que com a discussão desenvolvida neste trabalho, que é resultado de uma ampla pesquisa bibliográfica no trabalho de psicólogos e psicopedagogos como Fontanta (2002), Dely (2014) e Martins (2010), e também de

2 professores voltadas para área de educação como Shwartzman (2012); além de documentos como os Parâmetros curriculares Nacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que o aluno de licenciatura possa se sentir mais preparado para a atuação na escola e desenvolva sua maneira de pensar em relação a como agir sobre certos incidentes. Em outras palavras desejamos contribuir em sanar algumas dúvidas que identificamos ser mais frequentes nos alunos de licenciatura. Metodologia O trabalho é resultado de uma extensa pesquisa bibliográfica sobre assuntos relacionados a problemas em sala de aula. Além de identificar os problemas mais frequentes que os professores têm vivido, procurou-se também verificar o que tem sido escrito a respeito e que pode ajudar o professor. E a fim de fornecer um caráter interdisciplinar ao trabalho, não focando apenas o trabalho do professor de matemática, autores de várias disciplinas foram lidos, bem como o trabalho de psicólogos, psicopedagogos e documentos oficiais tais como os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente. O trabalho também é fonte da observação da prática de estágio supervisionado na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB, e também das experiências vividas e observadas pelos bolsistas do Subprojeto de Matemática do ensino fundamental do Programa de Bolsa de Iniciação a Docência da UESB durante a participação, na forma de projetos, em escolas publicas de Vitória da Conquista. Resultados e Discussão De início cita-se no trabalho a importância que têm tanto o estágio supervisionado como programas e projetos semelhantes ao PIBID no sentido de fornecer tanto experiências como o contato com profissionais docentes que já atuam em sala de aula. Em seguida, fazendo uma análise dos principais problemas que o professor pode encontrar em sala de aula, através da leitura bibliográfica e de nossa própria observação, enquanto bolsistas do PIBID, identificamos que estes desafios são: Insatisfação dos alunos com o professor, evasão ou aversão de alunos numa disciplina, abordados por Fontana (2002). Tratando também de suas possíveis causas como a influência negativa que a condição social dos alunos pode ter na sala de aula (SHWARTZMAN, 2012). Além disto, apresentam-se também como problemas a conversa excessiva dentro da sala de aula, furto na escola (DELY, 2014), a chamada cola ou pesca praticada pelos alunos, delação de alunos por alunos, interação com pais de alunos e

3 bullying. Após esta apresentação de problemas, tentamos encontrar estratégias de como proceder em cada caso buscando estas informações em trabalhos atuais de autores ligados à área de educação como Martins (2010) e Meotti e Perícoli (2013) e nos conselhos e orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1988), Estatuto da Criança e do Adolescente (1994) e até mesmo da Constituição Federal (1988). Em resumo das estratégias que devem ser abordadas pelo professor para sancionar ou prevenir problemas em sua sala de aula. Colocamos que o professor deve entender primeiro o que leva ao problema, não se atendo somente a atitudes que levam a soluções imediatas e temporárias (FONTANA, 2002). E como cita Shudo (2014), deve também entender que ele mesmo pode ser a fonte do problema ao qual está enfrentando. Assim para cada problema em sala de aula abordado é feito um discussão sobre suas possíveis origens e como as ações do professor pode ocasioná-las, se isto for possível. O professor deve também ter conhecimento sobre o ECA para que saiba como agir em casos mais graves, embora deixamos bastante claro que caso tais casos ocorram as atitudes a serem tomadas poderão não mais caber ao professor. Também se apresenta uma breve discussão a respeito do bullying praticado nas escolas tanto entre os próprios alunos como também entre professor e aluno. Em vista que professores também praticam bullying e algumas vezes nem percebe que o faz. Como por exemplo, assumindo critérios mais rigorosos na correção de exames de um determinado aluno e abrandando a correção nos demais. E a respeito da interação entre professor e pais de alunos que como lembra Vinha (2011) e que pode ser mais difícil que a interação entre professor e o aluno problemático. Vinha ainda lembra que o professor deve ter em mente que a família que é convocada pela escola normalmente já se encontra num estado de tensão e frustração pelo comportamento da criança, e que, portanto o professor deve permanecer sempre calmo, evitando descarregar toda sua frustração. Os pais devem saber que existe alguém que compreende o que eles estão passando. O professor deve ainda evitar dar conselhos, a não ser que seja solicitado e, quando o professor os der, é importante reconhecer deixar claro que um conselho não é uma resposta definitiva. Também deve estar preparado para o caso de ser falsamente acusado como o causador do problema do aluno mantendo-se sempre calmo. Considerações Com este trabalho acredita-se ter deixado claro que embora não exista uma solução única, ou se quer uma solução, para muitos problemas que o professor pode enfrentar; alguns procedimentos ocorrem com tanta frequência e dão certo tantas vezes que podem ser

4 considerados como soluções estatísticas do problema. Como exemplo destas soluções está no habito dos professores em pedir aos alunos que se sentem em fila para controlar a chamada conversa paralela. Outro aspecto que chama a atenção é no fato de que algumas vezes é o próprio professor a fonte do problema na qual ele enfrenta. Também se acredita ter deixado claro que o professor não é o responsável por agir sobre todos os incidentes provocados por alunos dentro da escola, mostrando que algumas vezes cabe a intervenção de terceiros ou de toda a escola. Referências BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, p BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de Índice elaborado por Edson Seda. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, CAPECCHI, Maria CandidaVarone de Morais. Manual dos estágios supervisionados das licenciaturas. Disponível em < manual_estagio.pdf > Acesso em 02 de outubro de DELY, Paula. Furto em sala de aula: O que fazer? Disponível em < aprendebrasil.com.br/falecom/psicologa_artigo035.asp > acesso em 02 de Nov. de FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. Campinas, São Paulo: Verus, MARTINS, Sandra Veralúcia Marques. TAVARES, Helenice Maria. A família e a escola: desafios para a educação no mundo contemporâneo. Revista da católica. Uberlândia, v. 2, n.3, p , Jan MEOTTI, Juliane Prestes. PERÍCOLI, Marcelo. A postura do professor diante do bullying em sala de aula. Revista Panorâmica On-Line. Barra do Garças, v. 15, p.66 84, Dez

5 MINISTÉRIO PUBLICO DE GOIÁS. Portal Como proceder frente à indisciplina escolar: Cartilha de orientações. Goiás, MONROE, Camila. 7 erros do professor em sala de aula. Disponível em < shtml > Acesso em: 02 de outubro de NOVA ESCOLA. Como agir quando os pais dos alunos considerados difíceis, mesmo sendo chamados pela escola, ficam indiferentes? Disponível em < >Acesso em 02 de Nov. de PAREIRA, Patrícia. Furtos na escola. Disponível em < Acesso em 2 de Out. de 2014 RODRIGUES, Cinthia Rodrigues. Professores não são preparados para ensinar. Disponível em < > Acesso em 02 de Nov. de SCHWARTZMAN, Simon. Educação e pobreza no Brasil. Cadernos Adenauer. V. 3, n.2, p.9-37, SHUDO, Regina. Sala de aula e avaliação: caminhos e desafios. Disponível em < > Acesso em 01 de Out. de 2014.