O Ambiente Organizacional e a Percepção de Incerteza na Indústria de Transformação Brasileira

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1 O Ambiente Organizacional e a Percepção de Incerteza na Indústria de Transformação Brasileira Autoria: Adilson Aderito da Silva, Elvio Correa Porto RESUMO Lidar com a incerteza tem sido um problema central das organizações ao longo da história. Nesse sentido, duas abordagens teóricas surgiram para entender suas principais causas. A primeira, denominada Incerteza da Informação, defende que a incerteza tem suas origens na ausência de informações, entretanto no início dos anos 70 cedeu lugar à abordagem da Dependência de Recursos que enfatiza a escassez de recursos críticos como a principal fonte de incerteza e prima pelo estabelecimento de indicadores objetivos na análise do ambiente. Com essa finalidade Aldrich (1979) propôs seis dimensões ambientais, posteriormente reduzidas por Dess e Beard (1984) a três: munificência, dinamismo e complexidade. Todavia, o foco dos estudos se deslocou às questões de mensuração e validação dessas dimensões e pouca atenção foi dada à incerteza, cujo debate reacendeu com o trabalho de Milliken (1987). A autora propôs a multidimensionalidade desse conceito, ou seja, um construto que subsiste em três tipos de incertezas percebidas pelos gestores: estado, efeito e resposta. Neste estudo se avalia o relacionamento entre as dimensões do ambiente organizacional e a incerteza percebida pelos gestores na indústria de transformação a partir de uma amostra nãoprobabilística com 70 gestores coletada por questionário on-line na região metropolitana de São Paulo. Os dados, analisados mediante as técnicas de Correlação de Pearson, Regressão Múltipla e Análise da Variância, revelaram que a percepção de incerteza difere quanto aos setores pesquisados e está associada com as dimensões ambientais; contudo, somente os efeitos da munificência e da complexidade foram relevantes ao nível de 5%. Palavras-chave: incerteza, ambiente organizacional, munificência, dinamismo e complexidade INTRODUÇÃO No processo decisório os gestores frequentemente se deparam com situações complexas e dinâmicas que ressaltam os limites da racionalidade no processo de tomada de decisão. De acordo com El Nadi (2007), em ambientes complexos e dinâmicos os fatores envolvidos nesse processo não se revelam claramente, assim a identificação e a escolha das melhores alternativas disponíveis para a organização responder às mudanças ambientais se tornam difusas. Como consequência, maior será a dificuldade para prever os possíveis resultados ou efeitos das decisões tomadas. Nesse sentido, Thompson (1967) argumenta que a incerteza é a essência de todo processo administrativo, pois, se trata de um problema fundamental que deve ser gerenciado uma vez que dificulta as atividades de planejamento pelos gestores, logo um fator crucial para o sucesso ou falha desses profissionais (DESS; BEARD, 1984). O conceito de incerteza abordado neste estudo está enraizado na abordagem da Incerteza da Informação desenvolvida a partir dos estudos de Lawrence e Lorsh (1967), Duncan (1972) e Milliken (1987). Lawrence e Lorsh (1967) estudaram a incerteza a partir das informações coletadas junto aos executivos de 20 empresas britânicas por meio de uma combinação de entrevistas e questionários sobre o ambiente de vendas, de produção e pesquisa e desenvolvimento. Esses autores concluíram que a incerteza emerge da falta de informações claras, da incerteza geral de relacionamentos casuais e da amplitude de tempo dos feedbacks sobre os resultados. Duncan (1972), por sua vez, relacionou a incerteza ao dinamismo do ambiente organizacional e firmou sua gênese na ausência de informação a respeito dos fatores ambientais associados à tomada de decisão; na falta de conhecimento sobre os resultados de uma decisão tomada e, finalmente, na falta de habilidade do gestor para prever os efeitos de

2 um determinado fator sobre o desempenho da empresa. Com base nos estudos de Lawrence e Lorsh (1967) e Duncan (1972), Milliken (1987) conceituou a incerteza como um construto multidimensional que consiste em três tipos: estado, efeito e resposta. Esses tipos de incerteza, por suas importâncias neste estudo, serão explorados em detalhes mais adiante. De modo geral, pela abordagem da incerteza da informação é defendido que a incerteza tem suas origens na incapacidade dos gestores para compreender, em sua totalidade, as informações presentes no ambiente em que estão inseridas suas organizações em função da complexidade e dinamismo dos fatores que o compõem. Nesse sentido, pela incerteza da informação as dimensões de dinamismo e complexidade do ambiente organizacional são consideradas importantes para compreender as fontes de incerteza. O ambiente organizacional é definido e entendido neste estudo como aquele cujas forças impactam diretamente nos resultados da empresa e será abordado a partir das dimensões: munificência, dinamismo e complexidade. Essas dimensões foram identificadas por Dess e Beard (1984) num estudo realizado com base nos argumentos das Teorias da Dependência de Recursos e População Ecológica que consideram o ambiente como a principal fonte de recursos e de variação da forma organizacional. Os autores elaboraram 23 indicadores objetivos a partir dos dados coletados junto ao Censo Americano em setores de manufaturas ao nível de 4 dígitos do SIC Standard Industrial Classification por um período de 10 anos. Essa abordagem possui como principal característica o fato de se basear em dados objetivos que permitem aos pesquisadores que os utilizam o confronto de resultados por meio de métodos científicos isentos da subjetividade humana, o que lhe valeu o rótulo de abordagem objetiva da Dependência de Recursos. No Brasil o estudo de Dess e Beard (1984) foi replicado por Brito, et al. (2008) utilizando-se os dados setoriais da economia, tais como, nível de emprego, salários praticados, produção e consumo, disponíveis na base da PIA (Pesquisa Industrial Anual) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De forma análoga, os índices de munificência, dinamismo e complexidade foram reproduzidos neste estudo conduzido com o objetivo de responder as seguintes questões: 1) Existe associação entre as dimensões do ambiente organizacional e a percepção de incerteza pelos gestores? 2) Qual é o impacto da munificência, do dinamismo e da complexidade na percepção de incerteza? A percepção de incerteza dos gestores se difere quanto aos setores de atuação? O estudo é apresentado em quatro partes, além dessa introdução. A primeira é constituída pelo capítulo de referencial teórico onde são apresentadas as abordagens desenvolvidas para avaliar as dimensões que compõem o ambiente organizacional, bem como, a evolução histórica do conceito de incerteza. A segunda é pautada pelo capítulo de metodologia onde se explana a respeito da coleta e do processamento dos dados. Na terceira seção são apresentados os principais resultados obtidos no trabalho e, finalmente, na quarta são apresentadas as principais conclusões do estudo e sugestões para próximas pesquisas sobre o tema. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Nesta seção serão explorados os conceitos de ambiente organizacional e de incerteza. Nele se definem o ambiente organizacional e suas dimensões; a incerteza e suas dimensões; as formas de operacionalização e mensuração desenvolvidas nestas últimas décadas para esses dois conceitos teóricos. 2.1 Ambiente Organizacional O ambiente de atuação é considerado um componente importante na determinação das ações organizacionais. Miles, Snow e Pfeffer (1974) consideraram que um ambiente relevante é aquele criado pelos tomadores de decisão. Para Zaleski (2000) os executivos é que definem o domínio da organização e estabelecem os pontos de dependência com o ambiente externo. 2

3 Esse por sua vez, segundo o autor, pode ser classificado de três formas: a) quanto ao nível de análise, a partir da segmentação em ambiente geral (macro ambiente), onde estão as variáveis econômicas, sócio-culturais, político-legais, demográficas, ecológicas e tecnológicas; e em ambiente competitivo (ou de tarefa), que tipicamente inclui os clientes, concorrentes, agências governamentais reguladoras, sindicatos; b) quanto aos seus atributos, ou seja, a partir das características ou dimensões avaliadas em sua análise e, c) quanto à maneira que o mesmo é avaliado ou acessado, podendo se diferenciar em ambiente objetivo e ambiente percebido. Uma das primeiras tentativas de mensuração das dimensões do ambiente foi iniciada com o trabalho de Lawrence e Lorsh (1967) que estudaram os segmentos organizacionais em relação aos setores, mas não chegaram a um conceito claro do ambiente ou suas mudanças. Boyd (1995), no entanto, afirma que muitos pesquisadores têm utilizado a operacionalização desenvolvida por Dess e Beard (1984) a partir do agrupamento das seis dimensões estabelecidas por Aldrich (1979). Tal operacionalização caracteriza o ambiente em três dimensões ambientais rotuladas como Munificência, Dinamismo e Complexidade. No Quadro 1, se faz um paralelo entre essas dimensões e as propostas por Aldrich (1979), onde também podem ser observadas as características do ambiente externo, formadas por fatores físicos e sociais levados diretamente em consideração na tomada de decisão e, que possuem implicações relevantes no estabelecimento da estratégia, estrutura, processos e resultados da empresa. Quadro 1 Dimensões do Ambiente Organizacional Aldrich (1979) Dimensões de Dess e Beard (1984) 1 Capacidade; 1 - Munificência ou Capacidade Ambiental; 2 Homogeneidade / Heterogeneidade; 2 - Dinamismo: relação entre estabilidade / 3 Estabilidade / Instabilidade; instabilidade; turbulência; 4 Concentração / Dispersão; 3 Complexidade: relação entre concentração e 5 Consensus-Dissensus ; dispersão; homogeneidade e heterogeneidade. 6 Turbulência. Fonte: traduzido de Harris, 2004, p. 874 Dess e Beard (1984) define o ambiente munificente como aquele que é capaz de suportar o crescimento sustentável da organização, logo a dimensão munificência ambiental está relacionada com a disponibilidade de recursos. Ambientes ricos permitem acúmulos de recursos que podem sustentar uma organização em condições de escassez, enquanto que ambientes pobres promovem competições e premiam a eficiência no aproveitamento de recursos (ACHROL; STERN, 1988; ZALESKI, 2000). A complexidade ambiental foi definida por Dess e Beard (1984) como a diversidade e a heterogeneidade de atividades da organização. Duncan (1972) assume que os gestores que lidam com ambientes mais complexos têm maior percepção de incerteza e necessitam de maior capacidade para processar informações. Isso pode conduzir a organização às mudanças internas e estruturais para lidar com o aumento de informação a ser processada. Já o Dinamismo está relacionado com a extensão em que as mudanças imprevisíveis ocorrem no ambiente. Um gestor pode prever futuros eventos quando as situações ambientais são frequentemente recorrentes no tempo. Entretanto, de acordo com Thompson (1967) a ausência de informações e a falta de conhecimento sobre os efeitos das ações organizacionais farão com que a incerteza na tomada de decisão aumente. Tushman e Nadler (1978) também defendem que a instabilidade do ambiente provoca o aumento da incerteza com que os gestores terão que lidar. Para Dess e Beard (1984) o dinamismo e a complexidade têm efeitos diferentes sobre a estrutura da organização, enquanto o dinamismo do ambiente requererá estruturas orgânicas, a complexidade induzirá a descentralização. 3

4 2.2 Incerteza Incerteza é um conceito central na literatura da Teoria das Organizações para quem busca explicar a natureza do relacionamento entre organizações e seus ambientes (DUNCAN, 1972; LAWRENCE; LORSCH, 1967; MILLIKEN, 1987). Frente à incerteza, os gestores são forçados a tomar decisões em condições em que os limites de racionalidade são evidenciados. Tais condições normalmente incluem casos onde as decisões são tomadas em momentos de crises, ou cuja escolha de ações baseadas no ambiente, não revela completamente as alternativas disponíveis ou as consequências da escolha dessas alternativas (EL NADI, 2007). Estudos sobre o impacto da incerteza do ambiente na estratégia das organizações apontam como causa precípua da incerteza a incapacidade dos gestores para compreender toda informação presente no ambiente em que a empresa está inserida (EL NADI, 2007; MILLIKEN, 1987). Lawrence e Lorsch (1967) acrescentam ao conceito de incerteza do ambiente, a incerteza da causalidade dos relacionamentos e a demora na obtenção de respostas sobre as decisões tomadas. Milliken (1987) comenta que o termo incerteza do ambiente é usado tanto para descrever o estado do ambiente organizacional, quanto para descrever o estado de uma pessoa que percebe a ausência de informação nesse ambiente. Nesse sentido a palavra ambiente, quando unida ao termo incerteza, sugere que a fonte da incerteza é o ambiente externo da organização. Como tal conceito é muito amplo, alguns autores sugerem que a incerteza deve ser relacionada a determinados componentes ambientais como: os fornecedores, os concorrentes, o governo, os distribuidores e os consumidores (DUNCAN, 1972; MILES; SNOW, 1978; MILLIKEN, 1987). Milliken (1987) sugere que o conceito de incerteza é composto por três tipos de incerteza que podem ser experimentados pelos gestores da organização: (1) incerteza de estado, (2) incerteza de efeito e (3) incerteza de resposta. Defende ainda que a não-diferenciação entre estes três tipos de incerteza pode ter sido o motivo de discrepâncias nos resultados encontrados nas pesquisas anteriores. Segundo a autora, a incerteza de estado acontece quando há percepção de imprevisibilidade nos componentes do ambiente por parte dos gestores. Eles podem estar incertos com relação a diversos fatores, dentre eles as ações que alguns dos concorrentes podem empreender ou à natureza ou probabilidade de mudanças no estado dos elementos importantes desse ambiente, como tendências sócio-culturais, novas tecnologias, dentre outras (DUNCAN, 1972; MILLIKEN, 1987). A incerteza de efeito é definida como a falta de informação para predizer os efeitos ou consequencias das mudanças para a empresa (sua força, tempo e natureza), ou seja, envolve a falta de compreensão da relação de causa e efeito. Portanto, o gestor não consegue derivar o efeito de uma situação causal da qual ele possui conhecimento (DUNCAN, 1972; LAWRENCE; LORSCH, 1967; MILLIKEN, 1987). Milliken afirma que esse tipo de incerteza, por exemplo, não se dá na ciência dos gestores quanto a uma determinada mudança na densidade de uma localidade, mas sim no desconhecimento desses gestores às conseqüências que essa mudança trará às vendas de suas empresas. A incerteza de resposta é definida como sendo a falta de conhecimento sobre opções de resposta ou a inabilidade de prever as consequências da escolha de uma determinada decisão (DUNCAN, 1972; MILLIKEN, 1987). A incerteza de resposta é mais comumente percebida quando existe necessidade do gestor agir no momento em que um evento ou mudança se apresenta como possível ameaça ou oportunidade à organização. Milliken (1987) alega que esse tipo de incerteza é o mais próximo da definição de incerteza utilizada pelos autores que estudam o processo decisório. As definições de incerteza mais comumente citadas na literatura de estudos organizacionais se encontram resumidas no Quadro 2. 4

5 Quadro 2 Definições de incerteza Definição Autores 1. Inabilidade de prever eventos futuros. Duncan, (1972); Pfeffer, Salancik, (1978) 2. Falta de informação sobre a relação de causa e efeito das interações. Duncan (1972); Lawrence e Lorsh (1967) 3. Inabilidade de prever corretamente quais Downey e Slocum (1975); Duncan (1972) os resultados das decisões. Fonte: traduzido de Milliken (1987, p. 134) Harrison (2003) argumenta que apesar da grande importância do conceito de incerteza às organizações, pouca atenção tem sido dedicada pelos pesquisadores aos aspectos relativos à mensuração e validação de suas medidas, não obstante, os resultados da pesquisa empírica dependerem da qualidade de suas medidas. Para o autor a operacionalização do conceito de incerteza está apoiada em duas vertentes que se diferenciam segundo a maneira pela qual o mesmo é acessado. A primeira é a forma indireta da mensuração objetiva, ou seja, a mensuração da volatilidade ambiental por meio de indicadores quantificáveis. Dentre os estudiosos que tentaram operacionalizar a incerteza de forma objetiva estão Tosi, Aldag e Storey (1973), Downey e Slocum (1975). Essa abordagem ficou conhecida como Dependência de Recursos, pois, defende o ambiente como fonte de recursos (PFEFFER; SALANCIK, 1978; THOMPSON, 1967) bem como, fonte de variação da forma organizacional (ALDRICH, 1979; EMERY; TRIST, 1965; HANNAN; FREEMAN, 1977) e, consequentemente, a principal fonte de incerteza nessa abordagem está relacionada à disponibilidade ou não de recursos críticos utilizados no processo produtivo da organização. A segunda abordagem de mensuração está pautada por indicadores qualitativos elaborados em forma de assertivas para captar a percepção dos gestores. A mensuração subjetiva, defendida pelos teóricos da abordagem da incerteza da informação, tem como principal argumento o pressuposto de que a percepção de incerteza é uma característica individual. Esse tipo de mensuração segundo Harrison (2003) refletiria mais diretamente os níveis de incerteza na tomada de decisão em comparação com as medidas objetivas coletadas em bases de dados secundários, devido ao contato direto dos gestores com os fatores dinâmicos e complexos do ambiente em que a organização atua. Como um dos objetivos desse estudo é avaliar o relacionamento entre as dimensões do ambiente organizacional e a percepção de incerteza, a mensuração objetiva será utilizada com o intuito de reproduzir os escores fatoriais de munificência, dinamismo e complexidade do ambiente organizacional; enquanto que, a subjetiva, será utilizada para mensurar a percepção do gestor em relação aos três tipos de incerteza propostos por Milliken (1987). Uma vez definidas as dimensões do ambiente organizacional e os tipos de incerteza que serão estudados, apresentam-se na próxima seção os passos para a operacionalização desses conceitos. 3 METODOLOGIA A operacionalização das dimensões do ambiente organizacional se dará a partir das variáveis constantes no Quadro 3. Essas variáveis foram propostas por Dess e Beard (1984) e traduzidas, adaptadas e operacionalizadas por Brito et al.(2008) no ambiente organizacional brasileiro com indicadores de 97 setores de atividades econômicas no período de 1996 a

6 Quadro 3 Variáveis propostas por Dess e Beard Variável Definição Fórmula Munificência V1 Crescimento no Total de Vendas. V2 Crescimento na Margem de Contribuição. Mesma do V1. V3 Crescimento no Número de Funcionários. Mesma do V1. V4 Crescimento no Valor Agregado por Produto. Mesma do V1. V5 Dinamismo Crescimento no Número de Estabelecimentos do Mesma do V1. Setor. Coeficiente de regressão dividido pelo valor médio. V11 Instabilidade nas Vendas. Desvio padrão do coeficiente de regressão dividido pelo valor médio. V12 Instabilidade na Margem de Contribuição. Mesma do V11. V13 Instabilidade no Número de Funcionários. Mesma do V11. V15 Instabilidade no Valor Agregado por Produto. Mesma do V11. V16 Complexidade V17 V18 V19 Concentração Geográfica do Total de Vendas. Concentração Geográfica de Valor Agregado por Produto Onde: C índice de concentração de vendas da indústria; S Volume, em reais, das vendas da indústria; i 1, 2,..., n; j 1, 2,..., m; m número de subgrupos do setor; n número de indústrias na amostra. Onde: C índice de concentração do valor agregado por produto; VA Volume, em reais, do valor agregado por produto; Concentração Geográfica do Número de Funcionários Onde: C índice de concentração do número de funcionários; TE número total de funcionários do setor; Concentração Geográfica do Total de Estabelecimentos do Setor Fonte: traduzido de Dess e Beard (1984) p. 72 Onde: C índice de concentração do número de estabelecimentos; IE número de estabelecimentos do setor; A operacionalização do construto de incerteza ambiental se deu a partir de uma composição dos instrumentos utilizados por Duncan (1972), Milliken (1990) e Gerloff, Muir e Bodensteiner (1991) que resultou num questionário com 12 assertivas, além dos dados demográficos, relativos aos três tipos de incerteza propostos por Milliken (1987). Quadro 4 Assertivas inicialmente propostas para o construto de incerteza Incerteza de Estado Referências ES1 Disponho da informação necessária para prever como os elementos do Duncan (1972); Gerloff, Muir ambiente externo da organização mudarão no futuro. (*) e Bodensteiner (1991) ES2 Tenho habilidade para atribuir probabilidades quanto aos estados Duncan (1972); Gerloff, Muir futuros dos elementos do ambiente externo da organização. (*) e Bodensteiner (1991) 6

7 ES3 É difícil monitorar as tendências para o mercado de nossos produtos quando comparados com outros produtos em nosso setor. ES4 Os movimentos estratégicos dos nossos competidores se tornaram mais previsíveis nos últimos 5 anos.(*) ES5 Tem sido difícil prever as ações estratégicas dos nossos fornecedores de recursos específicos nos últimos 5 anos. Incerteza de Efeito EF1- Sinto-me habilitado para prever como as mudanças dos elementos ambientais podem afetar a organização. (*) EF2 Os efeitos das mudanças do ambiente externo sobre as atividades da organização são rapidamente previstos na empresa.(*) EF3 Tenho convicção nas minhas previsões quanto aos efeitos dos fatores ambientais sobre a organização antes que a decisão seja tomada (*) Incerteza de Resposta RS1 Tenho convicção que todas as alternativas disponíveis à empresa são consideradas para responder às mudanças do ambiente externo.(*) RS2 Quando se consideram as várias alternativas de resposta disponíveis, é difícil decidir qual delas será melhor para a organização no longo prazo. RS3 - Não é possível avaliar com precisão os efeitos de cada uma das alternativas de resposta, pois, são muitos os fatores desconhecidos que as influenciam. RS4 - Uma vez reduzidas as alternativas de resposta disponíveis à empresa é relativamente fácil avaliar o potencial de cada uma delas para o bem estar da empresa no longo prazo. (*). Fonte: Silva (2009) (*) assertivas elaboradas em escala reversa Gordon e Narayanan (1984); Shervani, Fraizier, Challagalla, (2007) Gordon e Narayanan (1984), Anderson (1988); Karimi, Summers e Gupta (2004) Gordon e Narayanan (1984) Referências Duncan (1972); Gordon e Narayanan (1984) Gordon e Narayanan (1984) Duncan( 1972); Gordon e Narayanan (1984) Referências Duncan (1972); Milliken (1990); Gerloff, Muir e Bodensteiner (1991) Duncan (1972); Milliken (1990); Gerloff, Muir e Bodensteiner (1991) Duncan (1972); Milliken (1990); Gerloff, Muir e Bodensteiner (1991) Milliken (1990) O questionário ficou disponível on-line aos gestores das empresas selecionadas contatados por telefone e convidados a participar da pesquisa. Uma vez aceito, o convite era formalizado mediante o envio de com o link de acesso ao questionário e carta-convite, com os detalhes pertinentes à pesquisa e instruções para a participação da empresa. Antes de se efetuar a coleta final, foi realizada uma amostra pré-teste com os dezenove primeiros questionários respondidos visando eliminar problemas e/ou dúvidas quanto à interpretação que pudessem surgir durante a aplicação do questionário. Os escores dos três tipos de incerteza propostos por Milliken (1987) foram obtidos mediante escala somada com os indicadores constantes no Quadro 4. Tal procedimento requer a avaliação da consistência interna desses indicadores avaliada pelo Alfa de Cronbach conforme as considerações indicadas por Hair et al. (2006). Calculados os escores de incerteza os mesmos foram correlacionados, por meio da Correlação de Pearson, com escores de munificência, dinamismo e complexidade dos setores a que pertenciam as empresas do respondente. Essa medida foi escolhida por permitir mensurar o grau de associação entre variáveis escalares. Este teste foi usado para responder a primeira questão de pesquisa. A utilização dessa estatística passa primeiro pela verificação do pressuposto de normalidade da distribuição dos dados. Como a amostra excedeu 50 respondentes, usou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov, como recomendam Hair et al.(2006). A seguir, os efeitos das dimensões do ambiente organizacional sobre a incerteza percebida pelos gestores foram avaliados pela técnica estatística de Regressão Múltipla. Para tal, os escores dos três tipos de incerteza foram utilizados para produzir um índice geral de incerteza. A regressão múltipla requer, além da normalidade, a avaliação da multicolinearidade das variáveis independentes e a independência dos erros. Finalmente, a avaliação de possíveis diferenças quanto à percepção de incerteza segundo o setor de 7

8 atividade em que atuam os gestores, se deu mediante a técnica estatística de Análise da Variância (ANOVA) que além do pressuposto de normalidade da distribuição dos dados, requer também que os grupos apresentem homogeneidade de variâncias. Tal pressuposto foi acessado pelo teste de Levine. 3.1 População e Amostra Para mensurar as dimensões do ambiente organizacional mediante dados secundários, foram adotados setores de atividades econômicas na indústria de manufatura, ao nível de três dígitos da CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Pelos critérios da CNAE o setor manufatureiro é composto, hierarquicamente, por 2 seções, 27 divisões e 114 grupos. Neste estudo foi utilizado o terceiro nível hierárquico da CNAE, denominado grupos, com um número total de 111 agrupamentos (Anexo A). Em geral, este setor produz bens tangíveis (mercadorias). 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Os resultados apresentados nesta seção são frutos do processamento dos dados secundários coletados da PIA e dados primários, coletados mediante pesquisa on-line com 70 gestores de 58 empresas que atuavam em 15 setores de manufatura, bem como, dos resultados das análises estatísticas empreendidas no estudo mediante a Correlação de Pearson, Regressão Múltipla e Análise da Variância. Na Tabela 1, os respondentes foram distribuídos por cargo e por setor de atuação ao nível de 2 dígitos da CNAE. Tabela 1 Distribuição dos respondentes por setor de atividade econômica Setores de atividades econômicas Cargo Diretor Gerente Supervisor Total Fabricação de Produtos Alimentícios Fabricação de Produtos Texteis Confecção de Artigos Vestuário Fabricação de Celulose e Papel Fabricação de Produtos Químicos Metalurgia Básica Fabricação de Produtos de Metal Fabricação Máquinas e equipamentos Fabricação de Máq. p/ Escrit e Equip. de Informática Fabricação de Máq. Aparelhos Elétricos Fabricação de Materiais Eletr. e Equip Comunicação Fabricação de Equipamento Médico-Hospitalares Fabricação e Montagem de Veículos Fabricação de Móveis e Indústrias Diversas Não revelou Total Fonte: dados da pesquisa A seguir os dados primários foram submetidos ao processamento da Análise de confiabilidade para avaliar o nível de consistência interna dos indicadores em cada um dos construtos de incerteza. Os resultados obtidos para o Alpha de Cronbach foram: (0,697) para incerteza de estado; (0,772) para incerteza de efeito e (0,697) para incerteza de resposta. Esses resultados atestam minimamente a confiabilidade e as consistências internas dos indicadores utilizados. Verificada a confiabilidade desses indicadores, os mesmos foram utilizados para determinar os escores de incerteza percebidos pelos gestores das empresas pesquisadas mediante o procedimento de escala somada. 8

9 A análise descritiva das informações da base de dados PIA referentes aos 111 sub-setores da indústria de transformação revelou que os 7 sub-setores relacionados a seguir no Quadro 5 não apresentavam as informações necessárias, sendo retirados das análises subsequentes. Quadro 5 Subsetores de atividade econômica suprimidos Código CNAE Setor de Atividade Econômica 23.3 Elaboração de combustíveis nucleares 24.4 Fibras, fios, cabos e filamentos contínuos artificiais e sintéticos 28.8 Manutenção e reparação de tanques, caldeiras e reservatórios metálicos 29.9 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos industriais 31.8 Manutenção e reparação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos 32.9 Manutenção e reparação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio - exceto telefones A análise das distribuições dos indicadores para mensurar o dinamismo ambiental (V11, V12, V13 e V15) apresentou assimetrias positivas. Os escores desses indicadores foram normalizados mediante transformação logarítmica de base dez e renomeados por NV11, NV12, NV13 e NV15. A seguir, esses indicadores foram submetidos aos procedimentos de Análise Fatorial Exploratória (AFE) que se mostrou adequada pelo valor do KMO (0,733) e pelo teste de esfericidade de Bartlett que apresentou uma estatística Qui-quadrado igual a (1096,04) com 66 graus de liberdade e significância estatística próxima a zero. Os fatores obtidos estão reproduzidos na Tabela 2. Os resultados estão em consonância com os apresentados no estudo original de Dess e Beard (1984). Entretanto, a variável NV12 logaritmo na base 10 da instabilidade na margem preço-custo demonstrou baixa comunalidade e foi eliminada das análises seguintes. Com a nova composição fatorial se atingiu uma variância explicada de 76,14 %. Os valores obtidos para a estatística Alfa de Cronbach, apresentados em cada fator, indicam a existência de consistência interna. Como podem ser observadas na Tabela 2, as cargas fatoriais agrupadas em cada um dos três fatores foram elevadas e, somente a variável V17- concentração geográfica do valor adicionado pela manufatura apresentou uma carga moderada (0,516). Tabela 2 Matriz Rotacionada dos Componentes Componentes Munificência Dinamismo Complexidade V4 0,944 V1 0,944 V2 0, 831 V3 0,818 V5 0,757 NV15 0,962 NV11 0,950 NV13 0,888 V18 0,921 V16 0,862 V19 0,810 V17 0,516 Variância 0,3343 0,2494 0,1761 Alfa Cronbach 0,9074 0,9322 0,7764 Eigenvalues 4,012 2,9930 2,1310 Fonte: dados da pesquisa 9

10 A seguir os escores de incerteza e os de munificência, dinamismo e complexidade foram submetidos ao teste de Kolmogorov-Smirnov para verificação do pressuposto de normalidade. Como podem ser observados na Tabela 3, todos os indicadores apresentaram significâncias estatísticas superiores a 5%, logo, os mesmos se distribuem normalmente. Tabela 3 Teste de Normalidade Kolmogorov-Smirnov Estatísticas Escores de incerteza e dimensões do ambiente organizacional Estado Resposta Efeito Munificência Dinamismo Complexidade N Mean 2,603 2,817 2,155 0,267-0,488-0,253 Stand. Deviation 0,681 0,698 0,569 0,572 0,759 1,045 Absolute 0,072 0,099 0,157 0,151 0,147 0,143 Positive 0,072 0,087 0,157 0,113 0,124 0,143 Negative -0,069-0,099-0,139-0,151-0,147-0,101 Kolmogorov-Smirnov Z 0,601 0,832 1,320 1,270 1,241 1,206 Asymp. Sig. (2-tailed) 0,862 0,494 0,061 0,080 0,092 0,109 Fonte: dados da pesquisa Atendido o pressuposto de normalidade dos dados, a correlação de Pearson foi processada para avaliar o grau de associação entre os três tipos de incerteza e as dimensões do ambiente organizacional. Os resultados estão representados na Tabela 4. Tabela 4 Correlação Linear de Pearson Munificência Dinamismo Complexidade Estado Resposta Efeito Munificência Pearson 1 Dinamismo Sig. (2-tailed) Pearson 0,601** 1 Sig. (2-tailed) (0,000) Complexidade Pearson 0,137 0,269* 1 Sig. (2-tailed) (0,259) (0,025) Estado Pearson -0,257* -0,119 0,163 1 Sig. (2-tailed) (0,032) (0,325) (0,178) Resposta Pearson -0,282* -0,215 0,236* 0,405** 1 Sig. (2-tailed) (0,018) (0,073) (0,049) (0,001) Efeito Pearson -0,264* -0,250* 0,037 0,507** 0,334** 1 Sig. (2-tailed) (0,027) (0,037) (0,761) (0,000) (0,005) Fonte: dados da pesquisa ** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed). * Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed). a. Listwise N=70 Os dados da Tabela 4 indicam a existência de correlações significativas ao nível de 5% entre a dimensão munificência ambiental e as incertezas de estado (-0,257), de resposta (- 0,282) e de efeito (-0,264); o mesmo ocorre em relação ao dinamismo ambiental e a incerteza de efeito (-0,250) e; entre a complexidade e a incerteza de resposta (0,236). Observam-se também correlações significativas ao nível de 1% entre os três tipos de incerteza, evidenciando a possível unidimensionalidade desse construto. Diante desses resultados, foi processada análise de confiabilidade para avaliar se os três tipos de incerteza reuniam consistência interna. A análise resultou na estatística alfa de Cronbach (α=0,674). O valor produzido para a estatística alfa indica que a unidimensionalidade do conceito de incerteza pode ser assumida a fim de gerar um índice geral de incerteza com o objetivo de determinar os efeitos das dimensões ambientais sobre a percepção de incerteza. 10

11 As relações de causa-efeito entre as dimensões ambientais e o índice geral de incerteza foram avaliadas por meio de Regressão Linear múltipla (RLM) assumindo-se como variáveis independentes as dimensões ambientais e, como variável dependente, o índice de incerteza percebida no ambiente. O modelo processado resultou num coeficiente de explicação (R 2 adj= 0,153) e significância estatística (sig=0,003). Os coeficientes padronizados e o teste de colinearidade estão representados na Tabela 5. Tabela 5 Modelo de Regressão Linear Múltipla Fonte: dados da pesquisa Como podem ser observados na Tabela 5, os índices de tolerância ficaram abaixo de 1 e o VIF apresentou valores menores que 10 indicando a não existência de multicolinearidade das variáveis independentes. Os coeficientes padronizados beta indicam a influência significativa da complexidade (β=0,274; sig=0,020) e da munificência (β=-0,296; sig=0,037). Entretanto, o mesmo não foi observado em relação ao dinamismo que apresentou (β=-0,142; sig=0,324), ou seja, uma significância acima de 5%, logo não é possível afirmar que o coeficiente beta padronizado do dinamismo se difere significativamente de zero. Verificados os impactos de cada uma das dimensões do ambiente organizacional sobre a incerteza percebida pelos gestores, buscou-se responder à terceira questão proposta no estudo, ou seja, se a percepção de incerteza difere quanto ao setor de atuação dos gestores. Para tal, foi aplicado o teste estatístico de Análise da Variância, tomando-se por base os setores mais representativos em termos do número de respondentes que participaram da pesquisa (Fabricação de Produtos Alimentícios; Confecção e Artigos do Vestuário; Fabricação de Produtos Químicos; Metalurgia Básica; Fabricação e Montagem de Veículos). O teste de homogeneidade da variância apresentou estatística (Levine=0,725; sig= 0,579), como a significância supera 5% não há indícios para rejeitar a hipótese nula de homogeneidade. A seguir foi processado o teste ANOVA e os resultados são apresentados na Tabela 6. Tabela 6 Teste ANOVA para incerteza geral segundo setor Sum of df Mean F Sig. Squares Square Between Groups 2, ,6252 2,6733 0,0428 Within Groups 11, ,2339 Total 13, Fonte: dados da pesquisa Como a significância do teste (sig=0,0428) é menor que o nível de significância estipulado (α=0,05), a hipótese nula pode ser rejeitada, portanto, a percepção de incerteza se difere quanto ao setor de atuação dos gestores. Na próxima seção os resultados são analisados a luz do referencial teórico. 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resultados obtidos no tratamento dos dados revelaram que a munificência apresentou correlações significativas com os três tipos de incerteza propostos por Milliken (1987), entretanto, tal correlação foi negativa. O resultado está dentro do esperado, pois, a munificência está relacionada com a disponibilidade de recursos, assim, ambientes ricos irão 11

12 permitir acúmulos de recursos que podem sustentar uma organização em condições de escassez, enquanto que ambientes pobres irão promover uma maior competição por recursos (ACHROL; STERN, 1988; ZALESKI, 2000). Tal resultado, reforça os argumentos dos teóricos da abordagem objetiva do ambiente, pois, esta defende o ambiente como fonte de recursos (PFEFFER; SALANCIK, 1978; THOMPSON, 1967); e o ambiente como fonte de variação da forma organizacional (ALDRICH, 1979; EMERY; TRIST, 1965; HANNAN; FREEMAN, 1977), consequentemente, o conceito de incerteza nesta abordagem está relacionado à dificuldade que a empresa encontra para obter os recursos que necessita para operar seu processo produtivo. A correlação positiva verificada entre a complexidade e a incerteza de resposta ratificam os argumentos de Duncan (1972), ou seja, os gestores que lidam com ambientes mais complexos têm maior percepção de incerteza e necessitam de maior capacidade para processar informações. Segundo Duncan (1972) e Milliken (1987) a incerteza de resposta é definida como sendo a falta de conhecimento sobre as opções disponíveis para responder às mudanças ambientais ou pela inabilidade em prever as consequências da escolha de determinadas decisões. Os resultados apresentados indicam alguns conflitos com as informações presentes no levantamento teórico. Apesar do dinamismo apresentar correlação significativa com a incerteza de efeito, tal correlação se deu no sentido oposto ao esperado, ou seja, foi negativa. Uma possível explicação para tais correlações pode estar enraizada no uso de modernos e cada vez mais sofisticados sistemas de informação gerencial, que permitem ao gestor uma fácil e rápida consulta ou coleta de dados para embasar a tomada de decisões. Outra possibilidade para tal resultado, talvez possa ser explicada pelos níveis de dinamismo percebidos pelos gestores em cada setor, ou seja, aqueles que atuam em setores considerados mais dinâmicos podem interpretar ou fazer leituras do ambiente nas quais o dinamismo não represente um problema para eles, consequentemente, suas percepções de incerteza inalteradas. Corrobora, nesse sentido, o fato do índice geral de incerteza percebida pelos gestores se diferenciar segundo o setor em que gestores atuam. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA PRÓXIMOS ESTUDOS Os resultados apontados neste trabalho oferecem subsídios para responder às questões propostas no corpo do referencial teórico. A primeira, referente à associação entre as dimensões do ambiente organizacional e a percepção de incerteza, foi respondida a partir das correlações significativas entre a munificência e os três tipos de incerteza propostos por Milliken (1987); pela associação positiva da complexidade e a incerteza de resposta e, pela associação do dinamismo ambiental e a percepção da incerteza de efeito. A segunda questão, relacionada à influência das dimensões ambientais sobre a percepção de incerteza, foi respondida a partir das significâncias apresentadas pelos coeficientes de regressão. Quanto maior a munificência do ambiente menor será a incerteza percebida pelo gestor, assim, a munificência pode induzir o gestor ao excesso de confiança, proporcionar uma leitura equivocada do ambiente e erros na tomada de decisão. Em relação ao impacto da complexidade na percepção de incerteza, quanto maior a complexidade do ambiente organizacional maior será a dificuldade do gestor para escolher ou entender qual será a melhor alternativa de resposta às mudanças ambientais. Já o dinamismo ambiental não apresentou impacto significativo sobre o índice geral de incerteza e carece de mais estudos. Finalmente, com o estudo foi possível verificar que a percepção de incerteza dos gestores varia de acordo com os setores pesquisados. Os resultados apresentados no estudo tornam relevante a utilização de medidas objetivas como proxy para a análise da incerteza no ambiente organizacional visando a escolha da área de atuação e alocação da empresa e lançam o desafio de se estabelecer uma ponte entre as 12

13 abordagens da incerteza da informação e da dependência de recursos. Nesse sentido, o estudo contribui com subsídios aos gestores a fim de estruturar suas empresas e lidar com a incerteza a partir da análise do nível de munificência, da complexidade para responder às mudanças do ambiente externo, com o objetivo de obter um melhor posicionamento da organização frente à incerteza na tomada de decisão ao estabelecer suas estratégias. O estudo mostra ainda que os gestores devem estar preparados para enfrentar níveis diferenciados de incerteza dos setores, principalmente, diante de estratégias de diversificação. Não obstante, o presente estudo apresenta limitações. A primeira delas é que a amostra utilizada não foi uma amostra probabilística, o que impede a generalização dos resultados na população. A segunda está relacionada ao tamanho da amostra, que embora tenha apresentado resultados satisfatórios para a realização dos testes, a mesma não é representativa da população de empresas pertencentes aos 111 agrupamentos de manufaturas ao nível de 3 dígitos da CNAE. Assim, diante dos resultados obtidos e das limitações encontradas ao longo da execução dessa pesquisa, recomenda-se a expansão da amostra com foco para a aplicação do questionário em alguns setores-chave, classificados por níveis similares de dinamismo, munificência e complexidade para verificação mais acurada de possíveis diferenças. Portanto, os próximos estudos poderão investigar os motivos da correlação negativa entre o dinamismo ambiental e a incerteza de efeito percebida pelos gestores. Finalmente, recomenda-se a utilização de Modelagem por Equações Estruturais para permitir um nível de refinamento mais elevado na determinação dos impactos diretos e efeitos indiretos entre os construtos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACHROL, Ravi.S.; STERN, Louis.W. Environmental Determinants of Decision Making Uncertainty in Marketing Channels. Journal of Marketing Research, v. 25, n. 1, p.36 50, ALDRICH, H. Organization and Environments. Nova Jersey: Prentice Hall, BISQUERRA, A. R.; SARRIERA, J. C.; MARTINEZ F. Introdução à estatística enfoque informático com o pacote estatístico SPSS. Porto Alegre: Artmed, BOYD, B. K. CEO duality and firm performance. Strategic Management Journal, 16, BRITO, E.P.Z; BATAGLIA, W.; BRITO, L. L; SILVA, A.A.; PORTO, E.C. O Ambiente Organizacional e a Cooperação entre Empresas. Relatório de Projeto de Pesquisa. CNPQ. São Paulo, DAFT, R. L.;WEICK, K. W. Toward a Model of Organizations as Interpretation Systems. The Academy of Management Review, Routledge, DESS, Gregory, G.; BEARD, Donald, W. Dimensions of Organizational Task Environments. Administrative Science Quarterly, v. 29, n. 1, p , DUNCAN, Roberto, B. Characteristics of Organizational Environments and Perceived Environmental Uncertainty. Administrative Science Quarterly, v. 17, n. 3, p , EL NADI, F. Organizational Environmental Uncertainities EMERY, F., AND TRIST, E.. The causal texture of organizational environments. Human Relations, 18: 21-31, 1965 FARIA, M. P. C. Análise de crédito à pequena empresa Um modelo de escoragem baseado nas metodologias estatísticas : análise fatorial e lógica fuzzy. 2006,102 p. Dissertação (Mestrado em Economia). Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração e Economia, Ibmec. Rio de Janeiro 13

14 GERLOFF, E.A.; MUIR, N.K.; BODENSTEINER, W.D. Three Components of Perceived Environmental Uncertainty: An Exploratory Analysis of the Effects of Aggregation. Journal of Management, v. 17, n. 4, p , GOODE, Willian J.; HATT, Paul K. Métodos em Pesquisa Social. 4a ed. São Paulo: Nacional, GORDON, L.A.;NARAYANAN, V.K. Management accounting systems, perceived environmental uncertainty and organizational structure: An empirical investigation. Accounting, Organizations and Society, vol. 9, no. 1, pp HAIR, J. F. Jr.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise Multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, HANNAN, M.T.; FREEMAN, J. The population ecology of organizations. American Journal of Sociology, 82, p , HARRIS, R.D. Organizational Task Environments: An Evaluation of Convergent and Discriminant Validity. Journal of Management Studies, v. 41, n. 5, p , jul HARRISON, J.L. Perceived Environmental Uncertainty: Validation of Measure from the Accounting Literature. KARIMI, J.; SOMERS, T. M.; GUPTA, Y. P. Impact of environmental uncertainty and task characteristics on user satisfaction with data. Information Systems Research, 15(2), , LAWRENCE, P. R.; LORSCH J. W. Organization and Environment: Managing Differentiation and Integration. Boston: Harvard Business School Press, p. 279, MARTINS G. A.; DONAIRE D. Princípios de Estatística: 900 exercícios propostos e resolvidos. 4. ed. São Paulo: Atlas, MILES, R. E.; SNOW, C.C.; PFEFFER, J. Organization-Environment: Concepts and Issues. University of California: Institute of Industrial Relations, MILLIKEN, F. J. Three Types of Perceived Uncertainty about of Environment; State, Effect and Response Uncertainty. The Academy of Management Review, v. 12, n. 1, p , jan MILLIKEN, F. J. Perceiving and Interpreting Environmental Change: An Examin. The Academy of Management Journal, v. 33, n. 1, p , mar PFEFFER, J.; SALANCIK, G. R. The external control of organizations: A resourcedependence perspective. New York: Harper & Row, SHERVANI, T.A., FRAZIER, G., CHALLAGALLA, G. The moderating influence of firm market power on the transaction cost economics model: an empirical test in a forward channel integration context, Strategic Management Journal, Vol. 28 pp , SILVA, A. A. Integração Vertical e os Pressupostos da Teoria dos Custos de Transação: um teste empírico. Tese de Doutorado (PPGA Universidade Presbiteriana Mackenzie). São Paulo, março SOARES, T. M.; MENDONÇA, M. C. M. Construção de um modelo de regressão hierárquico para os dados do SIMAVE Pesquisa Operacional, Rio de Janeiro, v. 23,n.3,2003.Disponível em: sci_arttext&pid= S &Ing=en &nrm=iso STARBUCK, W. H.. Organizations and their environments. In Marvin D. Dunnette (Eds.) Handbook of Industrial and Organizational Psychology: Rand McNally, STEVENSON W. J. Estatística aplicada à administração. São Paulo: Harbra, THOMPSON, J. D. Organizations in action. New York, McGraw Hill, TOSI, H.; ALDAG, D.; STOREY, R. On the Measurement of the Environment: An Assessment of the Lawrence and Lorsh Environmental Uncertainty Subscale, Administrative Science Quarterly, v. 18, n. 1, p ,

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