I Seminário Alagoano Pró-Catador Dias 15 e 16 de maio de 2014 Maceió Alagoas
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- João Batista Pinhal Rijo
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1 I Seminário Alagoano Pró-Catador Dias 15 e 16 de maio de 2014 Maceió Alagoas Encaminhamentos e deliberações aprovados em Plenária: 1 Deve ocorrer assinatura de TAC entre os Municípios, incluindo a capital Maceió, e o Ministério Público, conforme minuta aprovada no Encontro Nacional do CNMP no âmbito da Ação Nacional Inclusão Social e Produtiva das Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis ; 2 Designar audiência pública com os geradores de resíduos (de todo porte, iniciando pelos maiores como shoppings, supermercados, indústrias e comércio), a qual será organizada pelo Município em parceria com o Ministério Público e com a participação do MNCR, dando a conhecer aos geradores a PNRS, a obrigação de elaborar o PGRS, a obrigação de realizar a entrega de todo o resíduo reciclável gerado às associações e cooperativas de catadores. Na audiência pública as empresas receberão notificação recomendatória pelo MP
2 contendo o conjunto de obrigações que devem atender bem como os prazos de cumprimento. O Município será responsável pela fiscalização permanente do cumprimento da PNRS pelas empresas, condicionando a concessão, manutenção e renovação do Alvará de Localização e Funcionamento ao pleno cumprimento da mesma; 3 Utilizar o modelo de contrato de prestação de serviços elaborado pelo Grupo de Trabalho do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), indicado aos membros do Ministério Público em todo o Brasil, como referência e para dar uniformidade de tratamento às associações e cooperativas de catadores de todo o país. 4 Dar agilidade na tramitação dos documentos de regularização do terreno das catadoras da COOPVILA para que, em um período não superior a 30 dias, as interessadas recebam em definitivo a documentação do terreno.ficarão responsáveis pelo acompanhamento da completa tramitação de tais documentos a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional Coordenação de Economia Solidária e Inclusão Produtiva e as catadoras da Coopvila;
3 5 Disponibilizar,no prazo de até 30 dias, vagas em centro de educação infantil (creche), em período integral, para todos os filhos e filhas das catadoras da COOPVILA, próximo do local onde residem e trabalham, pois a situação atual (creche de difícil acesso) não é adequada. Responsável pelo atendimento: Secretaria de Educação do Município de Maceió. Responsável pelo acompanhamento do cumprimento desta obrigação: Ministério Público. 6 Dar agilidade à retomada da construção e entrega do galpão aprovado no PAC1 destinado à COOPREL e ainda pendente de solução. Responsável: Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió e no prazo de 03 meses para entrega do galpão; 7 Garantir às associações e cooperativas de catadores a quantidade suficiente de caminhões de coleta seletiva para atender toda a área geográfica do Município, eis que os programas de coleta seletiva com a inclusão das associações e cooperativas de catadores tem previsão legal e devem ser iniciados de imediato. A coleta seletiva deve atender todos os domicílios e deve ser realizada em todos os Municípios do Estado. Prazo
4 de 06 meses para atender toda a extensão geográfica de cada Município. O dimensionamento do número de caminhões necessário será realizado pelas associações e cooperativas e comunicado ao Município. 8 Os Municípios e o Estado de Alagoas devem realizar campanhas permanentes de Educação Ambiental, abrangendo todos os segmentos da sociedade e mediante ampla divulgação nos meios de comunicação, devendo, ainda, destacar a importância do catador e a valorização do seu trabalho. Início da veiculação da campanha no segundo semestre de Os termos de compromisso com o Ministério Público devem ser assinados até o dia 02/08/2014, o que será monitorado pelo CNMP no âmbito da Ação Nacional de Inclusão Social e Produtiva dos Catadores de Materiais Recicláveis; 10 Os Municípios devem garantir o controle social quando da elaboração dos Planos Municipais de Gestão Compartilhada de Resíduos Sólidos, realizando as audiências públicas necessárias, com a participação de representantes das associações e
5 cooperativas de catadorese com ampla divulgação nos meios de comunicação; 11 A Política Estadual de Resíduos Sólidos, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos e os Planos Regionais de Resíduos Sólidos devem propiciar o controle social, a realização de audiências públicas, a participação dos catadores, com ampla divulgação nos meios de comunicação e, ainda, devem contemplar, nos seus conteúdos, que as associações e cooperativas de catadores serão contratadas para a prestação de serviços aos Municípios e aos Consórcios Públicos.O projeto de lei em tramitação da futura Política Estadual de Resíduos Sólidos tem que sofrer, de imediato, as alterações necessárias para a garantia da inclusão social e produtiva das associações e cooperativas de catadores nos termos expostos; 12 A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e os Municípios que integram os Consórcios Públicos deverão exigir destes que a coleta seletiva é de exclusividade das associações e cooperativas de catadores, para o que deverão ser contratadas na forma da Lei 8666/93 (com dispensa de licitação e pelo prazo de cinco anos), mediante o
6 pagamento dos serviços e utilizando como parâmetro o contrato elaborado pelo Grupo de Trabalho do CNMP e que será disponibilizado a todos os participantes. Sempre que os Municípios transferirem aos Consórcios Públicos a gestão integrada dos resíduos sólidos deverão estabelecer o cumprimento, pelos Consórcios Públicos, de todas as obrigações constantes do termo de compromisso que deve ser firmado perante o Ministério Público; 13 Encaminhar para aprovação Decreto Estadual e Municipal similares ao Decreto Presidencial 5940/2006, instituindo a coleta seletiva solidária nos órgãos públicos estaduais e municipais; 14 Garantir assento às associações e cooperativas de catadores em todos os espaços de discussão de políticas públicas relacionadas aos seus interesses; 15 Garantir a participação da sociedade civil organizada que apoia a organização de associações e cooperativas e garantir a participação paritária das associações e cooperativas no Comitê Gestor do Programa Alagoas Catador, bem ainda incluir a participação de todas as Secretarias de Estado, autarquias e fundações públicas estaduais, por se tratar de uma política pública interinstitucional e
7 multidisciplinar, no referido Comitê Gestor, sendo que a coordenação da Secretaria Executiva será compartilhada pela SETEQ, SEPLANDE e SEMARH, com a representação paritária das associações e cooperativas também na Secretaria Executiva. 16 Elaborar campanha estadual para dar ampla visibilidade e valorização ao trabalho dos catadores, com ampla divulgação nos meios de comunicação. Responsável: Estado de Alagoas Secretaria Executiva do Projeto Alagoas Catador. 17 Os editais voltados para a contratação de serviços relacionados à Educação Ambiental devem considerar que nos contratos de prestação de serviços de associações e cooperativas de catadores já existe a previsão do pagamento de parte do serviço (Educação Ambiental não formal); 18 Identificar os imóveis pertencentes à União (imóveis, terrenos, etc), com a contribuição da Advocacia Geral da União - AGU e da Secretaria do Patrimônio da União - SPU para que, os imóveis selecionados pelas associações e cooperativas, sejam transferidos em definitivo para as associações e cooperativas, considerando a função social do patrimônio público. Contato: Cláudio
8 Beirão da SPU Responsável pela identificação dos imóveis: SPU em Alagoas. Responsável pela seleção dos imóveis: associações e cooperativas de catadores do Estado de Alagoas. 19 Fortalecer a Rede de Comercialização já existente, integrando novas associações e cooperativas e garantindo capital de giro suficiente para o alcance dos resultados necessários. Responsável: SETEQ. 20 Para a gestão do Fundo Estadual de Resíduos Sólidos deverá ser garantida a representação paritária das associações e cooperativas de catadores e os recursos dele provenientes deverão ser utilizados, com prioridade, para o fortalecimento das associações e cooperativas, bem como de suas centrais e redes de comercialização. 21 Construir, no âmbito do Programa Alagoas Catador, um banco de dados sobre todos os catadores, organizados ou não em associações e cooperativas e sobre as associações e cooperativas de catadores existentes bem como demais dados importantes para o aperfeiçoamento da gestão solidária de resíduos sólidos no Estado, o qual deve
9 ser disponibilizado no site da SETEQ para consulta dos interessados; 22 Indicar ao Instituto Federal de Educação as vagas necessárias, os cursos de qualificação profissional que serão desenvolvidos em parceria com as associações e cooperativas, bem ainda os locais de realização de tais cursos. Responsáveis: associações e cooperativas interessadas. 23 Indicar à Secretaria de Estado da Educação Coordenação do Programa Brasil Alfabetizado e Coordenação do EJA, quantos catadores e quais os lugares em que devem ser realizados os cursos de alfabetizaçãoe Elevação de Escolaridade. Contato: Adeilma Fonseca fone indicar ao SENAC quais os cursos de qualificação profissional têm interesse os jovens e adolescentes, filhos e filhas de catadores, para elaboração de cursos técnicos e de aprendizagem profissional. Contato: Renise O Programa Mulheres Mil realizará atividades voltadas para o atendimento das necessidades das catadoras de materiais recicláveis, em locais indicados pelas próprias catadoras, devendo ser
10 observado que o oferecimento de espaço adequado para os cursos não é de responsabilidade das catadoras e, ainda, que os cursos com cunho social e popular devem ser realizados onde está a população beneficiária, independente de suas estruturas físicas. Contato: Luiza Jaborandy ou Carlos Alberto telefone ; 26- Adotar providências no sentido de aproximar as associações e cooperativas de catadores à Defensoria Pública da União e à Defensoria Pública do Estado. Responsável: Secretaria Executiva do Programa Alagoas Catador. 27 Reativar o Fórum Lixo e Cidadania, com a próxima reunião para o mês de maio/2014 ou 1ª. semanade junho/2014. Responsável: Ministério Público do Trabalho, catadores e sociedade civil organizada. 28 Encaminhar aos Municípios e às Câmaras de Vereadores de cada Município o documento que consolida as propostas aprovadas neste Seminário e a minuta do projeto de lei Programa Municipal Pró- Catador para apresentação e aprovação pelo
11 Legislativo Municipal. Responsável: SETEQ. Prazo: 15 dias. 29 Encaminhar aos vereadores de Campo Alegre, que participaram do Seminário, a minuta do projeto de lei Programa Municipal Pró-Catador, atendendo solicitação feita pelos mesmos. Responsável: SETEQ. Prazo: 15 dias. 30 Apoiada a ampliação do Projeto Catamais para todo o Estado, já solicitada à SENAES pela SETEQ; 31 Garantir estrutura física (galpões) e equipamentos a todas as associações e cooperativas, sendo os equipamentos tanto para o trabalho interno nos galpões quanto para viabilizar a coleta seletiva. Responsável: Municípios e Consórcios Públicos. Prazo: 02 meses. 32 Apoiar o fortalecimento da organização política dos catadores; 33 Proibir qualquer tecnologia excludente como incineração e que não seja condizente com a PNRS, o que deve constar da Política Estadual de Resíduos Sólidos, fornecendo informações aos catadores sobre a Incineradora já implantada no Município de
12 Pilar e de processos em curso de incineração, os quais se reivindica imediata paralisação; 34 Realizar Encontros Regionais de Catadores, ao longo do ano de 2014, culminando com um Encontro Estadual no mês de novembro/2014. Apoio: Governo do Estado e Secretaria Executiva do Programa Alagoas Catador. 35 Articular com a Assembleia Legislativa a aprovação de lei proibindo qualquer tecnologia de recuperação energética que utilize material reciclável como matéria prima, a exemplo da incineração. 36 Estabelecer processo de formação continuada e assessoria para as associações e cooperativas de catadores; 37 - Garantir vagas em centros de educação infantil, em tempo integral, para as filhas e filhos de catadores em todos os Municípios, como público prioritário; 38 Garantir moradias aos catadores e catadoras como público prioritário. Enquanto não garantidas moradias conceder o aluguel social a todos os necessitados;
13 39 Incluir no Cadastro Único (Cadúnico) todos os catadores e catadoras como público prioritário; 40 Deverão ser construídas pelos ConsórciosPúblicos tantas Usinas de Biodigestão que forem necessárias para tratamento da integralidade dos resíduos orgânicos, com gestão exclusiva das associações e cooperativas de catadores; 41 Os entrepostos dos resíduos da construção civil devem ser geridos exclusivamente pelas associações e cooperativas de catadores bem como os demais resíduos lá depositados; 42 Os Municípios devem apresentar de imediato plano de ação integrado para transição do trabalho em lixões para o trabalho organizado em associações e cooperativas fora dos lixões e incluídos na coleta seletiva, com remuneração dos serviços, com assistência técnica e social, contemplando: a estruturação dos empreendimentos, a capacitação contínua, bolsa capacitação por dois anos e atuação junto aos grandes geradores.
14 43 O Estado e os Municípios devem contribuir com recursos próprios e do Fundo Estadual de Combate à Pobreza para atender tudo quanto necessário às associações e cooperativas, não se limitando a recursos repassados pelo Governo Federal; 44 Que os programas já desenvolvidos pelo Ministério da Saúde sejam imediatamente levados às associações e cooperativas nos locais em que estão as catadoras e os catadores, incluindo mutirões nos lixões. 45 Os mutirões nos lixões deverão incluir outras ações além da saúde como documentação civil, cadastro único, etc, no âmbito do Programa Governo Perto de Você. 46 Averiguar os problemas relatados pelos catadores quanto ao benefício Bolsa-Família, além disso os próprios prejudicados podem denunciar as irregularidades ao MDS através de sua Ouvidoria (fone ligação gratuita). Contato MDS: Brenno Mauro ( brenno.mauro@mds.gov.br)
15 47 Retomar o contrato de prestação de serviços proposto pelos catadores ao Município de Maceió. Responsável: Ministério Público e Prefeitura de Maceió. Registre-se o agradecimento do Governo Federal e dos representantes do Ministério Público à Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional, organizadora deste Seminário, em especial à Secretária, Stella Albuquerque, pela competência e sensibilidade com o tema, bem como à sua equipe. Nada mais a constar.
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