FLORIDO : RELAÇÃO DE GÊNERO E RECONHECIMENTO ARTÍSTICO ENTRE CANTORES DE RAP

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1 RAP FLORIDO : RELAÇÃO DE GÊNERO E RECONHECIMENTO ARTÍSTICO ENTRE CANTORES DE RAP. Santos, Sandra Mara Pereira dos Doutoranda em Ciências Sociais- UNESP- Marília. soul_mara@yahoo.com.br Esta pesquisa reflete a associação realizada pelos jovens brasileiros(as) que cantam o gênero musical do rap entre feminilidade e rap florido. Para refletir sobre a ligação feita por esses jovens entre mulher e rap florido, analiso alguns temas da realidade social presentes nessas canções. A partir dessa reflexão vemos o tema do amor heterossexual como um dos significados que compõe esse rap florido. Assim, essa emoção revela alguns aspectos de diferenças e desigualdades sociais sobre a relação de gênero no rap. Realizou-se entrevistas com quinze cantores(as) do Estado de São Paulo, e foi selecionado quatro desses artistas para acompanhar suas publicações sobre rap na rede social facebook; além disso foi realizado conversas informais com esses artistas on line por meio dessa rede social. Analisa-se como se apresenta o papel do feminino e do masculino no rap por meio de práticas afetivas entre os homens e as mulheres. Tendo vista que o amor conjugal e a feminilidade aparecem relacionados nesse cenário musical, compreende-se que ambos possuem o mesmo reconhecimento social secundário do que o rap de protesto. Pelo fato de termos no nesse estilo musical um discurso de que o feminino possui menos poder de ação política, temos nessa modalidade artística a reprodução da desvalorização do feminino nas atuações educadoras morais. No entanto, existe no rap estratégias discursivas femininas contra a inferiorização da mulher; desta maneira, há no rap um discurso de resistência no sentido social e de gênero, ao lado de uma conduta conservadora sobre a ligação entre os diferentes sexos. Encontra-se entre cantores e cantoras ambiguidades e paradoxos na relação de gênero.

2 1- INTRODUÇÃO Existe em muitos países o movimento Hip-Hop. Esse é o nome dado a cultura adolescente originária dos guetos negros norte-americanos, contendo elementos como o rap (música), o break (dança), o grafite (desenho). Esse movimento engloba basicamente a música (rap), a dança (break) e o grafite (arte visual). Também existem jovens das periferias do Brasil, que constroem músicas conhecidas como pertencentes ao gênero musical do rap. O rap é criado e cantado pelos rappers ou MC s e quase não existe intérprete no rap, assim o compositor de uma letra é o próprio cantor da música. A questão de gênero nos ajuda na compreensão do motivo pelo qual temos temas nas letras de rap, que descrevem mais sobre o mundo masculino do que as experiências reconhecidas socialmente como do mundo das mulheres. Essas vivências das mulheres que um cantor de Marília disse-me ser rap florido. Tal modo de fazer rap possui menor legitimidade do que o rap de protesto, pois o primeiro fala sobre relações afetivas ou de amor heterossexuais e o segundo de criminalidade, racismos entre outros. Observei em vídeos de rap na internet, nos shows, nas entrevistas e em diálogos informais realizados por meio do facebook com cantores e cantoras de rap, que a quantidade de homens cantores de rap no Brasil é consideravelmente maior que o número de mulheres. Em conversas no facebook e nas entrevistas realizadas com as MC s, essas cantoras deixaram transparecer que quando elas procuram inserção neste cenário musical enfrentam preconceitos de gênero. Essa discriminação perpassa pelos temas das letras de rap que ambos os sexos produzem nesse cenário musical. Existe no estilo musical do rap a reprodução de hierarquias através de sexo de uma pessoa, todavia também existe a elaboração de estratégias socioculturais para conquistarem reconhecimento artístico no rap. Essa legitimidade é construída por meio de uma produção que trate de temas de protesto e não de amor; além disso, essas cantoras ainda constroem comportamentos, escolhas e ações para reelaborarem formas de poder presentes entre os homens e as mulheres.

3 2- RELAÇÃO DE GÊNERO NO RAP Nos shows e demais eventos de rap, nos quais eu realizei pesquisa de campo na cidade de Marília, localizada no centro-oeste do estado de São Paulo, havia poucas moças, tanto na plateia, como nos palcos atuando como cantoras. Também acompanhei o modo como as letras de rap possuem muitas temáticas que fazem parte de um discurso e reflexão ampla contra o preconceito racial e social. No entanto, nessas letras há pouca referência sobre os problemas vividos pelas mulheres das periferias e sobre outros temas associados à elas, como por exemplo, crimes passionais, ciúmes e amor conjugal, tratarei apenas desse último sentimento. Ainda observei que no campo do rap, a questão da menor quantidade e da participação da mulher, são assuntos de menor relevância para tais cantores(as). Analisa-se no rap que existe pouca reflexão sobre a relação homem e mulher na produção dos raps. Penso que essa diferença na proporção numérica e de escolhas em um rol de hierarquia dos temas a serem cantados nas letras de rap é uma das expressões sociais da relação de gênero, que homens e mulheres vivem no cenário do rap nacional. Esses conflitos podem ser compreendidos com o auxílio das discussões presentes na relação de gênero. Esse conceito possui discussões específicas que ajudam a entender a pouca participação das mulheres no rap. Ainda vejo que está relacionada a questão de gênero as reflexões sobre masculino e feminino, nesses dois últimos conceitos o amor no rap é utilizado pelas pessoas para construírem suas identidades na relação de gênero. Refletimos que nessa relação entre os homens e as mulheres o amor conjugal é usado para construção de identidades de feminilidade e masculinidade, assim ele é um dos sinais diacríticos para sinalizar as diferenças entre os homens e as mulheres. E tal emoção permite aos agentes construir suas relações identitárias. Analisa-se que a representação de amor conjugal auxilia na construção das identidades dos agentes, e nas suas preferências afetivas para se diferenciarem dos outros estilos musicais. Butler (2003) questiona uma separação binária entre os conceitos de sexo e gênero. Essa autora argumenta que o sexo também é uma criação de alguns discursos sociais, os quais foram formados no campo da medicina, da política e outros; em outras palavras, assim como a categoria gênero, sexo também é derivado de uma construção social. Dessa forma, o corpo ou o sexo não é um meio passivo, no qual são depositados os significados culturais, que são denominados de gênero (Butler, 2000; 2003). Assim, essa autora propõe considerar nas discussões de gênero a matéria e a realidade do corpo.

4 De acordo com essa autora, a discussão de gênero também engloba a biologia do corpo e os significados culturais conferidos e assumidos e pelo corpo sexuado. Segundo Butler (2003), a partir de alguns estudiosos como Foucault (2001), o estudo de gênero é conduzido por uma crítica genealógica, que consiste em não buscar uma sexualidade essencializada nas pessoas, mas as implicações políticas, as quais permeiam a temática de gênero. A pesquisa de campo que realizo com cantores(as) de rap do Estado de São Paulo, me propiciou ver que tais compositores de ambos os sexo reproduzem a pouca reflexão sobre o amor conjugal no rap. Analiso que isso ocorre porque eles naturalizam o lugar do amor nesse estilo musical, esse espaço está dentro de uma hierarquia de temas na qual essa emoção está abaixo da razão, e, por isso, apesar das mudanças, ainda existe a reprodução da relação de poder na relação de gênero no rap nacional. A emoção amor presente no rap é uma das referências que são usadas para construírem masculinidades e feminilidades, no entanto, ela não é amplamente pensada como a desigualdade material. Dessa maneira, não reconhecem que o amor é formado e atua nas relações humanas, e, por isso, ele também contribuiria para uma compreensão dessa relação de poder no mundo do rap. O não questionar a menor presença do amor conjugal no rap reproduz relação de desigualdade nos elementos diacríticos, como por exemplo, o amor e seu opositor, a razão, os quais compõem o feminino e o masculino no rap. A problemática central desta tese iniciou-se quando ainda no final da graduação ouvi de um MC da cidade de Marília que um rap para ser mais ouvido pelo público não pode ser florido. Além desse termo, ouvi de um outro informante dessa mesma cidade que amor é assunto de mulher ; flores é a representação de mulher (feminilidade), e essa a representação de flores. Ambas as falas relacionam mulheres com formas específicas de vivência, por exemplo, as dinâmicas que ocorrem na esfera afetiva entre os homens e as mulheres. Refletir sobre essa associação entre a mulher e a expressão pública de relações afetivas é o meio pelo qual analisaremos diferenças e desigualdades na relação de gênero no rap, e como essas diferenças podem tornar-se desigualdades sociais. Desde a graduação comparei informalmente os assuntos que mais aparecem nas letras de rap e o tema que está presente na fala desses artistas, ou seja, flores e amor possui espaço menor é nos CDs de rap. Assim, de um álbum de rap que possui quinze músicas relatando experiência no mundo da rua, uma letra é sobre festas noturnas na

5 noite e uma ou duas somente sobre relações amorosas. Os CDs que estão na discografia são exemplos dessa diferença sobre a maior ou menor presença de determinados assuntos tratados nas letras de rap. Chamo a atenção para o fato de existir letras de rap que narram sobre relações afetivas. No entanto, a presença dessas letras possui menor espaço nas produções musicais desse meio artístico do que outros temas, como exemplo, o da criminalidade, do racismo e da pobreza material. Essa diferença na quantidade de assuntos ou temas nas canções, revela-nos sobre a concepção do que é um rap florido e sua associação com a representação de mulher ou do feminino. Para refletir acerca da ligação social realizada entre o termo florido e mulher, foi pertinente analisar quais as referências e significados que constitui esse rap florido, assim, encontrou-se os significados de amor heterossexual, o qual perpassa pela questão da emoção. Entender esse tipo de rap é compreender por um lado as noções de feminilidade, e os motivos pelos quais ambos possuem menor destaque nesse estilo musical, por outro lado, o papel que o rap de protesto e a masculinidade desempenha no rap brasileiro. Os meios pelos quais obtém-se legitimidade nessa modalidade artística não é produzindo o rap florido. Assim, entender o que o forma, ou seja, como não se deve fazer um rap, pode nos dizer como ele deve para conquistar reconhecimento, bem como as pessoas que o compõe. Nas músicas encontra-se mais de uma noção de amor que compõe o rap florido. Existe nessas noções a concepção de ações sociais e de um biológico sem relação com práticas culturais. A visão de um biológico sem conexão com o social é analisado como oriundo de uma dimensão cósmica ou sobrenatural. Nessa esfera está a emoção, o amor e a mulher. Tal pensamento participa no papel que o feminino e o masculino possuem na produção dos raps e no reconhecimento artístico atribuído, ou não, para as cantoras e cantores.

6 3- A CONSTRUÇÃO RAP DE PROTESTO E DO RAP FLORIDO. Grupo: Racionais MCs Música: Vida Loka (...)Porque os bico que me vê com os truta na balada Tenta ver, quer saber de mim não vê nada Porque a confiança é uma mulher ingrata Que te beija, e te abraça, te rouba e te mata Desacreditar, nem pensa, só naquela Se uma mosca ameaça me cata piso nela O bico deu mó guela Bico e bandidão vão em casa na missão Me tromba na cohab De camisa larga, vai sabe Deus que sabe Qual é a maldade comigo inimigo num migue Tocou a campanhia plin, pá trama meu fim, dois maluco Armado sim, um isqueiro e um stopim Pronto pra chamar minha preta para falar Que eu comi a mina dele, rá, se ela estava lá Vadia, mentirosa, nunca vi Espírito do mal Cão de buceta e saia(...) O trecho da letra acima pertence a uma letra de rap que pode ser encontrada facilmente na internet. Essa letra possui descrições de conflitos vividos no espaço público ou da rua. Tais conflitos é um dos principais aspectos da realidade social problematizados na maioria das letras de rap. Nessa canção a mulher possui um papel de agente individualista, visto que denuncia um homem inocente apenas para realização pessoal. Além disso, por meio de seu órgão sexual ela representa o mal. Esse tipo de discurso, entre outros, torna a relação de gênero tensa nessa modalidade musical. Notamos que ao lado de uma visão de feminino temos o termo preta ; ele circula no rap porque desde os anos de 1970 até os dias a questão de raça e negritudes tem sido discutido e problematizado pelos cantores(as) de rap, formando o rap de protesto. Os produtores do rap escolhem aspectos da realidade social para construírem as letras dessas canções. Essas escolhas possuem relação com o desenvolvimento histórico do rap. Assim, refletiremos sobre a contextualização desse estilo musical, todavia, com essa reflexão não estamos em busca da origem do rap, pois enxergamos esse movimento como manifestação cultural. Essa prática não é estática, que fica esperando colher suas raízes.

7 A contextualização histórica do rap é uma reunião de ações políticas, as quais nos ajudam na compreensão do diálogo e resistência que um grupo em específico desenvolveu devido a mudanças sociopolíticas. De acordo com o autor do trecho anterior, as heranças da escravidão negra criadas pela Inglaterra e as experiências dos negros que migraram para a Europa a partir do pós Segunda Guerra Mundial, foram dois aspectos que propiciaram para que esses sujeitos compartilhassem uma fragmentação e um desenraizamento cultural. Essa fragmentação ocorreu devido aos forçados deslocamentos geográficos e a inserção cultural em dinâmicas locais e nacionais diversas, evento que situou as diferentes étnias africanas em uma posição social de marginalização. Todavia, segundo tal sociólogo inglês não existe uma unidade na identidade dos povos negros, mas podemos enxergar uma recriação de elementos culturais de matriz africana perante o colonizador branco: (...)Essa herança musical gradualmente se tornou um importante fator facilitador da transição de colonos diversos a um modo distinto de negritude vivida. Ela foi fundamental na produção de uma constelação de posições de possibilidade, do Caribe, dos Estados Unidos e mesmo da África. (Paul Gilroy,2001: 173) A discussão da citação anterior, nos mostra como a música do Hip-Hop, ou seja, o rap, representa as práticas de pessoas negras em um contexto de interação entre o nacional e o internacional, e também entre as tradições e novas configurações sociais, as quais foram recriadas em novos contextos geográficos e culturais. No Hip-Hop, bem como em sua música há criações híbridas de aspectos da cultura afro em novas nações. O rap é uma música que informa, organiza pensamentos subjetivos e coletivos na luta negra; ele ainda permite vermos as tradições, a busca por autenticidade, as pluralidades, e isso sem essencialismos culturais. Paul Gilroy (2001) reconhece as diversas tensões na questão étnica, como por exemplo, o problema de gênero. Ele descreve como o Hip-Hop expressa um caráter e conflito misógino. O autor nos auxilia na visualização de mais e um lado social do Hip- Hop, entre alguns dessas faces está sua capacidade de recriações das negritudes, bem como um discurso misógino. Temos assim que nos perguntar como esses aspectos o racial e o de gênero convivem e, por vezes, se enfrentam na realidade social. Ajuda-nos nessa compreensão se pensarmos em quais contextos sociais esses lados, raça e gênero, estão sendo articulados.

8 O autor do parágrafo anterior questiona a ideia de cultura afro pura e a manutenção das tradições a partir de um essencialismo cultural. Ele problematiza a concepção da manutenção pura de uma única cultura negra na diáspora, e que as culturas negras configuram-se como práticas sociais híbridas. O Hip-Hop possui elementos musicais da Jamaica, afirma Paul Gilroy (2001), e que essa afirmação enfrenta a visão de um Hip-Hop autenticamente norte-americano. Na perspectiva desse autor, esse movimento juvenil é um exemplo de uma cultura dinâmica na diáspora, e um contra poder de ideias de nações com identidades fechadas e sem mobilidades culturais. Todavia, mesmo as culturas sendo puras ou como pertencentes a apenas um grupo étnico, elas possuem sinais culturais que as identificam como produzidas por determinados grupos sociais, como por exemplo, de povos oriundos da África. O Hip-Hop foi constituído pelas ações desses grupos e, por isso, o rap desenvolveu-se nos Estados Unidos e no Brasil em torno de questões como negritude. Além da questão da negritude, as letras de rap tratavam da desigualdade, festa, lazer, caráter que permanece até os dias atuais. No Brasil com o decorrer dos anos ele configurou-se em torno de críticas sociais e deixou os temas de lazer e de relações afetivas com um espaço ou quantidade menor nos CDs ou álbuns publicados pelos artistas. Até nos dias de hoje encontramos essas características presente no rap, mesmo com as transformações que ocorreram nesse gênero musical. Temos nas letras dos raps valores diferentes e desiguais atribuídos para diversos assuntos, como exemplo, os temas da negritude, da desigualdade e da violência urbana quase sempre ocupam um papel de extrema relevância no rap, visto que existem nos CDs músicas inteiras sobre esses assuntos. Todavia, o mesmo não ocorre com os temas sobre festas e as relações afetivas entre os homens e as mulheres. O histórico do rap nos permitiu compreender o motivo pelo qual existe essa diferença e desigualdade no recorte da realidade social. Os produtores dos raps privilegiam a formação de críticas, de relatos, de resistência, ou, como preferem dizer seus agentes de protesto; esses são temas representantes das sociabilidades da rua, que socialmente são entendidas como o espaço do masculino e menos do feminino, pois flores não possuiriam a agressividade necessária para os enfrentamentos os quais ocorrem nessa dimensão do social. O papel social do rap como um discurso educador e apaziguador dos conflitos que envolviam violência física e moral foi selecionado pelos músicos brasileiros alguns anos mais tarde do seu início nos Estados Unidos, e isso formou o seu sentido musical no

9 Brasil. Além disso, contribuiu para o modo como os brasileiros utilizariam o rap nesse país, ou seja, para elaboração de protesto, educação informal e social de pessoas com trajetórias e problemáticas similares a dos negros e latinos nos Estados Unidos. O recorte da realidade social em torno de tensões étnicas e políticas permanecem até os dias atuais no rap brasileiro, e possui o mesmo papel de destaque desde 1970, ou seja, educar e questionar relações sociais. Esse é um dos sentidos culturais que confere identidade para esse estilo musical. Tendo em vista que educar ou passar uma mensagem social positiva, e criticar a sociedade é central no rap, deixar de fazer esse tipo de discussão pode ser motivo para colocar em dúvida a legitimidade do cantor ou cantora nesse cenário. Todavia, os produtores dos raps ao escolherem esses aspectos da vida para constituírem essas canções, consequentemente tiveram que deixar em segundo plano outras dimensões da vida, por exemplo, violência doméstica, relações afetivas sexuais, entre outros. A escolha dos músicos por esses aspectos sociais que aconteciam na rua revela que há entre eles uma concepção na qual se as violências étnicas e sócioeconomicas ocorrem na rua, o que deve ser produzido são discursos que as combatem nesse mesmo espaço geográfico. Assim, os agentes que estão nessas violências e espaço social ganharam maior participação nessas letras, lançando pouca luz sobre outros agentes e dimensões da vida que também podem contribuir para um rap de protesto político, como por exemplo, as mulheres ou as feminilidades. Nesta discussão, conhecer os produtores ou interlocutores dos raps nos permite entender os conteúdos das letras dessas canções. Tendo em vista esses conteúdos, suas análises podem nos dizer alguns dos discursos que as mensagens dessas músicas devem conter para legitimar, ou não, o compositor ou a compositora.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisa-se neste texto a concepção de algumas emoções de muitos rappers e MC s, na qual a mulher não possui requisitos válidos para questionar e lutar contra as violências derivadas da desigualdade social. Segundo tais cantores(as) para enfrentar-se esse tipo de violência, existe entre eles(as) a ideia que é mais útil uma forma de atuar socialmente: o modo de ser masculino ou letras somente com temas sobre criminalidade, racismo, negritudes, desigualdade social entre outros. Refletimos como a masculinidade representa o rap de protesto, e é aquele que possui o poder da ação política. Todavia o rap florido ou de mulheres não possui nesse cenário muito espaço para a expressão das emoções relacionadas às feminilidades. Entretanto, compreendemos que os significados de mulher também podem questionar a estrutura social vigente e demonstrar diferentes opções de relações sociais e modo de ser político. A emoção amor que mais é narrada nas letras de rap florido é pensada e vivida na relação afetiva entre os homens e as mulheres como sendo incontrolável pelo feminino, e controlada pelo homem e pela mulher (masculino); isso porque ele possuiria uma racionalidade natural de seu sexo. Essa concepção cria manutenção, resistências e tensões sociais na relação de gênero..

11 BIBLIOGRAFIA: BAUMAN, Zygmunt Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humano. Rio de Janeiro: Zahar. BUTLER, Judith Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira Corpos que pensam: sobre os limites discursivos do sexo. In.:Guaciara Lopes Louro(org.). O corpo educado. Belo Horizonte: Autêntica. pp FOUCAULT, Michel História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal. NICHOLSON, Linda Interpretando o Gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, (v,8;nº2):9-41. SCOTT, Joan História das Mulheres. In.: BURKE, Peter.(Org). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Unesp. p BRETON, David Lê As paixões ordinárias: antropologia das emoções. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. ELIAS, Norbert O processo civilizador: uma história dos costumes. Vol 1. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. REZENDE, Claudia. B; COELHO, Maria C Antropologia das Emoções. Rio de Janeiro: Editora. PAUL, GILROY O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo/Rio de Janeiro: Editora 34/ Universidade Cândido Mendes.

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