Por outro lado, é importante ressaltar que para se chegar ao ponto que chegou, a administração percorreu quase cem anos e sofreu inúmeras mudanças.

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1 1 INTRODUÇÃO Para compreendermos os pressupostos da administração que norteiam a gestão escolar não podemos esquecer que a administração é uma ciência que tem sua formatação no desenvolvimento da sociedade e das organizações como um todo, incluindo-se, portanto, as instituições escolares. Nestes termos, quando analisamos o papel da administração na sociedade, percebemos que ao longo do tempo a Administração tem contribuído para o avanço das empresas e da economia como um todo. Por outro lado, é importante ressaltar que para se chegar ao ponto que chegou, a administração percorreu quase cem anos e sofreu inúmeras mudanças. Com a intenção de analisar os pressupostos da administração escolar, mostraremos que no início, a administração tinha ênfase nas tarefas executadas pelos operários da fábrica (Administração Científica de Taylor em 1903), logo em seguida, em 1916, a ênfase passou a ser na estrutura (Teoria Clássica de Fayol), mais tarde, em 1932, as Relações Humanas começaram a ser identificadas como fator principal da atividade administrativa. Logo depois veio a Teoria Estruturalista no ano de 1947, já no ano de 1972 observou-se o nascimento das teorias da Contingência e a partir de 1990 a Administração focou-se nas novas abordagens, como a busca de gestão mais eficaz, a sistemática dos sistemas de informações gerenciais, a qualidade

2 da gestão de pessoas e a aplicação de ferramentas estratégicas que gerem maior controle, organização, foco nos negócios e diferenças frente aos concorrentes. Talvez, a partir da leitura dessa introdução, vocês possam estar se questionando sobre o que será que isso tem a ver com a administração escolar, pois existem críticas contundentes de que a escola não é uma empresa. Será que a escola não é mesmo uma empresa? O que caracteriza uma empresa? Ao longo do texto, muito provavelmente encontrarão respostas a essas e a outras indagações e ainda, perceberão que a gestão escolar está muito mais próxima da gestão corporativa do que podemos imaginar. Principalmente quando analisamos a gestão escolar na perspectiva das reformas curriculares que estão cada vez mais centradas na lógica de mercado. A princípio, podemos dizer que a administração está intimamente relacionada à coordenação lógica das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não, pois se trata de algo que é imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Ademais, com as mudanças aceleradas observadas nos últimos anos, em especial, no século XX, a administração tornouse essencial na condução da sociedade moderna, a qual consiste em fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma, com o menor custo e com eficiência e eficácia. Esse tem sido o caminho adotado pelos gestores contemporâneos. 1.1 Pressupostos da administração No dia-a-dia, a palavra administração é empregada por todos nós com uma frequência tão grande que, a priori parece não haver nenhum tipo de dúvidas quanto ao seu significado. Mas esse caso não é o único, pois, conforme afirma o professor César Amaru Maximiano, o mesmo acontece com as palavras: administrador, gerente, eficiência

3 e eficácia, que indiscutivelmente têm papel importante dentro do campo da administração, mas a nosso ver, são palavras que precisam ser bem compreendidas para não serem empregadas indevidamente. Nestes termos, o propósito dessa unidade de estudo é apresentar o significado da palavra administração e buscar esclarecer seu papel e importância para todos os tipos de organizações sociais. Não obstante, para que a nossa conversa fique bem interessante, convido duas alunas que tiveram uma interação muito boa numa outra unidade a participarem desse encontro, que são: a Maria Joaquina e a Maria da Conceição. Começo de conversa Para iniciarmos nossa conversa, propomos algumas indagações que poderão nortear nossas discussões, tais como: para que serve a administração? Até que ponto a administração faz parte de nossas vidas ou ela é uma exclusividade das organizações? Quais são os pressupostos da administração? Como se vê, quando nos propomos a falar de administração os questionamentos são muitos. Portanto, não importa se você é ou pretende ser um administrador ou uma administradora, lembremos que, independentemente de nossa vontade, o ato administrativo faz parte do cotidiano de todas as pessoas, embora nem sempre elas percebem isso. Pois bem, vamos ver o que nossas futuras pedagogas pensam sobre o assunto! Maria Joaquina: Olá! Sou a Maria Joaquina e pretendo ser Diretora de Escola. Por isso, esse assunto me interessa muito.

4 Maria da Conceição: Eu sou a Maria da Conceição. Sou colega da Maria Joaquina, mas ainda não tenho certeza se serei uma gestora. Olá meninas! Sejam bem-vindas a esse novo encontro! Gostaria de antecipar para vocês que, quando nos propomos a estudar administração não importa nossa área de atuação, pois a administração está presente em quase todas as nossas ações cotidianas, embora nem sempre percebamos isso. Dessa forma, acreditamos que ao buscarmos respostas às indagações propostas no início dessa conversa, adentraremos em um campo bastante fecundo que diz respeito tanto à gestão escolar quanto à gestão de nossas vidas. Portanto, considerando que o eixo central dessa disciplina são os pressupostos da administração, julgamos prudente buscar no léxico, mais precisamente no dicionário Houaiss da língua portuguesa, as acepções desse termo. Feito isso, verificamos que se trata de um substantivo masculino que tem vários sentidos, tais como: a) aquilo que se supõe antecipadamente; pressuposição, conjectura, suposição. Para ilustrar essa primeira acepção, propomos o seguinte exemplo: quais são os pressupostos para o pedido de reforma da escola? Quando se propõe fazer uma reforma, em geral, supõe-se que o prédio está com algum tipo de problema estrutural ou necessita de ampliação. Do contrário, não teria sentido reformá-lo. Mas não é só isso, pois o termo pressuposto diz respeito ainda: b) àquilo que se busca alcançar; desígnio, objetivo, meta; c) à ideia que se tem de executar ou realizar algo; refere-se ainda a plano ou projeto; d) ao motivo alegado para encobrir a causa real de uma ação ou omissão; desculpa, pretexto.

5 Nesse contexto, uma vez explicitado o conceito de pressuposto, podemos dizer que a administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e resultados, bem como a utilização racional de recursos. Maria Joaquina: Nossa! Com base em que vocês afirmam isso? Maria da Conceição: Isso mesmo! Afinal, aprendemos nesse curso que todo ponto de vista deve ser bem fundamentado. Vocês têm razão meninas! Mesmo porque, não podemos centrar nosso discurso no senso comum, mas, sim, em fatos comprováveis. Ainda mais quando nos referimos à administração que é uma ciência, conforme mostraremos um pouco mais à frente. Não obstante, a priori, podemos afirmar que organização, eficiência e eficácia são conceitos fundamentais para se entender a administração. A Administração estuda a aplicação e coordenação de recursos humanos, materiais, financeiros, de informação e tecnológicos numa organização, de modo a atingir determinados objetivos e resultados planejados com o máximo de eficiência e eficácia. Frente ao exposto, não podemos esquecer que, ao contrário do que se possa pensar, pelo menos na perspectiva do senso comum, a administração não é apenas administração de empresas, tampouco um campo desvinculado da formação do pedagogo. Mas sempre foi assim? Não. Se fôssemos Diretores de Escola e estivéssemos atuando até meados do século

6 passado, talvez pudéssemos pensar assim, mas, como somos ou seremos gestores do século XXI, entendemos que a administração é pertinente a todo e qualquer tipo de empreendimento humano que reúne, em uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam elas vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. Portanto, podemos afirmar que a administração está presente tanto nas escolas, nos sindicatos, nas igrejas, nas universidades, nos clubes, nas agências de serviço social, quanto nas empresas, mas é claro, sempre sob a responsabilidade de um administrador. Pois bem, falar em administrar é falar em administrativo, pelo menos é o que nos diz o professor César Amaru Maximiano que é pesquisador das Ciências Sociais Aplicadas com ênfase em administração. Mas como se dá esse processo? De acordo com esse autor, o quadro abaixo ilustra esse pensamento. Recursos Pessoas Informação e conhecimento Espaço Tempo Dinheiro Objetivos Resultados esperados do sistema Decisões Planejamento Organização Execução e direção Controle Figura: 1 Administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e recursos. Fonte: Maximiano (2006, p.26). A partir da análise da figura, fica evidente que, ao administrarmos qualquer coisa, tomamos uma série de decisões tendo como referência nossos objetivos e os recursos que dispomos.

7 O processo de administrar, ou melhor, o ato administrativo é inerente a qualquer situação onde existem pessoas que utilizam recursos para garantir algum tipo de objetivo. Ademais, a finalidade última do processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos (Maximiano, 2006, p.26). Propomos a seguir alguns conceitos para facilitar nossa compreensão sobre o assunto. Recursos são os meios de que uma organização dispõe para poder funcionar e operar adequadamente. Eficiência é a capacidade de alcançar resultados, com o mínimo de recursos, de energia e de tempo. Eficácia é a capacidade de alcançar os resultados e os objetivos propostos. Para melhor aproveitar o estudo da administração, devemos pensar em situações práticas nas quais as pessoas utilizam recursos para produzir bens e serviços (Maximiano, 2006). No nosso caso específico, poderíamos nos ater aos serviços, pois as escolas são organizações que prestam serviços à comunidade e é com nossa comunidade que temos um contato mais direto enquanto educadores. Por outro lado, sabemos que não é bem assim, pois não podemos esquecer que as escolas estão inseridas em um contexto maior que é a sociedade como um todo e, se restringirmos nossa análise ao ambiente escolar por acreditarmos que apenas nosso entorno nos interessa, pois já representa muita responsabilidade para os diretores, estaríamos navegando contra a maré e, é claro, contra o progresso. Diante dos avanços da sociedade global, as ameaças do ambiente externo às organizações são contínuas, embora

8 alguns diretores de escola ainda não tenham percebido isso. Portanto, não adianta o administrador pensar que está tudo como ele quer e que nada vai mudar, afinal o mundo muda e obriga as organizações a se reinventarem. Com as escolas não é diferente. Dessa forma, devemos expandir nosso olhar para as organizações mais distantes que, de um jeito ou de outro, influenciam nossas vidas, tais como: a rede de televisão cujos programas assistimos, as empresas que fabricam os produtos que usamos (roupas e automóveis, por exemplo) e as companhias fornecedoras de serviços diversos, como telefone, água, esgotos e energia elétrica. Mas não podemos nos esquecer das organizações onde trabalhamos, quer seja uma escola ou uma empresa e claro, na maior de todas as organizações, o governo. Por fim, temos que pensar em nós mesmos e em nossas famílias como administradores de recursos e tomadores de decisões, afinal, somos os protagonistas de nossas vidas e se nos excluirmos desse processo estaremos praticando um ato politicamente incorreto. Esperamos que vocês tenham percebido que o ato administrativo requer uma série de tomadas de decisão, pois temos que decidir desde cedo quando acordamos, se permanecemos na cama ou se levantamos, se vamos buscar um trabalho para nos mantermos ou se ficamos à mercê da ajuda alheia. Não se esqueçam que o simples fato de vocês estarem nesse curso representa uma decisão importante que tomaram em suas vidas, pois poderiam ter decidido por não fazer nada ou, talvez, frequentar outro curso. Mas para vocês se decidirem, tiveram que planejar, organizar e colocar seus planos em ação. Mas não acabou, pois no decorrer do curso foram forçados direta ou indiretamente a manterem o controle a partir da verificação constante dos resultados obtidos por vocês mesmos.

9 Para ilustrar esse ponto de vista, propomos o esquema que traz as principais decisões inerentes ao processo administrativo. Planejamento Definição de objetivos e recursos Controle Verificação dos recursos Organização Disposição dos recursos em uma estrutura Direção Realização dos planos Figura: 2 Principais decisões do processo de administrar. Fonte: Maximiano (2006, p.27). Princípios da Administração Dada a importância que a administração tem na sociedade, observamos que inúmeros pesquisadores dedicaram boa parte de seu tempo a estudar o fenômeno administrativo. Poderíamos fazer um inventário de contribuições para ratificar essa informação, mas isso seria exaustivo e não temos tanta certeza se esse procedimento contribuiria para a formação do gestor educacional. Portanto, nesse momento, vamos nos valer das contribuições de Peter Drucker. Peter Ferdinand Drucker ( ) é natural de Viena, Áustria. Foi filósofo e economista, sendo considerado por todos, ou pelo menos por quase todos, como o pai da gestão moderna. É o mais reconhecido dentre os pensadores do fenômeno dos efeitos da Globalização na economia em geral e em particular nas organizações. Suas teorias, métodos e conselhos são aplicados e estudados tanto por altos executivos como por aspirantes a gerentes e a gestores educacionais.

10 Os questionamentos de vocês são importantes, pois segundo Drucker (2001), os administradores que entenderem os princípios essenciais da administração e trabalharem por eles orientados, serão bem-formados e bem-sucedidos e certamente é isso o que buscamos. Apresentamos, a seguir, os princípios de gestão propostos por Drucker (2001): A administração trata dos seres humanos. Sua tarefa é capacitar as pessoas a funcionar em conjunto, efetivar suas forças e tornar irrelevantes suas fraquezas. É disso que trata uma organização, e esta é a razão pela qual a administração é um fator crítico e determinante. Hoje em dia, praticamente todos nós somos empregados por instituições administradas, grandes ou pequenas, empresariais ou não. Dependemos da administração para nossa sobrevivência. E a nossa capacidade de contribuição à sociedade também depende tanto da administração das organizações em que trabalhamos quanto de nossos próprios talentos, dedicação e esforço. A administração está profundamente inserida na cultura, porque ela trata da integração das pessoas em um empreendimento comum. O que os administradores fazem na Alemanha Ocidental, no Reino Unido, nos Estados Unidos da América, no Japão, ou no Brasil é exatamente o mesmo. Como eles fazem é que pode ser bem diferente. Assim, um dos desafios básicos que os administradores enfrentam em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, é descobrir e identificar as parcelas de suas próprias tradições, história e cultura que possam ser usadas como elementos construtivos da administração. Portanto, a diferença entre o sucesso econômico do Japão e o relativo atraso da Índia é explicado, em grande parte, porque os administradores japoneses conseguiram

11 transplantar conceitos administrativos importantes para seu próprio solo cultural e fazê-los crescer. Toda empresa requer compromisso com metas comuns e valores compartilhados. Sem esse compromisso não há empresa, há somente uma turba. A empresa tem de ter objetivos simples, claros e unificantes. A missão da empresa tem de ser suficientemente clara e grande para promover uma visão comum. As metas que a incorporam devem ser claras, públicas e constantemente reafirmadas. A primeira tarefa da administração é pensar, estabelecer e exemplificar esses objetivos, valores e metas. A administração deve também capacitar a empresa e cada um de seus componentes a crescer e a se desenvolver na medida em que mudem as necessidades e as oportunidades. Toda empresa é uma instituição de aprendizado e de ensino. Treinamento e desenvolvimento precisam ser instituídos em todos os níveis da sua estrutura, portanto, o treinamento e o desenvolvimento devem ser incessantes. Toda empresa é composta de pessoas com diferentes capacidades e conhecimentos, que desempenham tipos bastante diferentes de trabalho. Deve estar ancorada na comunicação e na responsabilidade individual. Todos os componentes devem pensar sobre o que pretendem alcançar e garantir que seus associados conheçam e entendam essa meta. Todos têm de considerar o que devem aos outros e garantir que esses outros entendam. E todos têm que pensar naquilo que eles, por sua vez, precisam dos outros e garantir que os outros saibam o que se espera deles. Nem o nível de produção nem a linha de resultados são, por si sós, uma medição adequada do desempenho da administração e da empresa. Posição no mercado,

12 inovação, produtividade, desenvolvimento do pessoal, qualidade, resultados financeiros, todos são cruciais ao desempenho de uma organização e à sua sobrevivência. Também as instituições não-lucrativas precisam de medições em algumas áreas específicas às suas missões. Tanto quanto um ser humano, uma organização também necessita de diversas medições para avaliar sua saúde e seu desempenho. O desempenho tem de estar entranhado na empresa e na sua administração; precisa ser medido ou ao menos julgado além de ser continuamente melhorado. Finalmente, a coisa mais importante a se lembrar sobre qualquer empresa é que os resultados existem apenas no exterior. O resultado de uma empresa é um cliente satisfeito. O resultado de um hospital é um paciente curado. O resultado de uma escola é um aluno que aprendeu alguma coisa e a coloca em funcionamento dez anos mais tarde. Dentro de uma empresa só há custos. A administração, segundo Drucker (2001), é considerada como uma arte liberal. É arte porque é prática e aplicação e é liberal porque trata dos fundamentos do conhecimento, autoconhecimento, sabedoria e liderança. Ademais, não podemos esquecer quais origens do conhecimento e das percepções estão nas ciências humanas e sociais, nas ciências físicas e na ética, que devem estar focadas sobre a eficiência e os resultados das organizações. A importância da administração no contexto da atualidade. De acordo com Maximiano (2006), a administração na concepção de Henri Fayol, é importante em qualquer escala de utilização de recursos para realizar objetivos que podem ser de natureza individual, familiar, grupal, organizacional ou social.

13 Ainda segundo o autor, embora o processo administrativo seja importante em qualquer contexto de utilização de recursos, a razão principal para estudá-lo é seu impacto sobre o desempenho das organizações (2006 p.28). Isso acontece porque as organizações assumiram uma importância sem precedentes na sociedade e na vida das pessoas, pois há poucos aspectos da vida contemporânea que não são influenciados por algum tipo de organização. Maria Joaquina: Você está falando muito de organizações, mas ainda não compreendi o que são. Maria da Conceição: Será que você poderia tentar conceituá-las? Claro que sim meninas. Existem vários sentidos para o termo organização, mas o que nos interessa nesse momento é o que vem a seguir: Organização é uma reunião de pessoas que agem juntas e de maneira estruturada para atingir objetivos comuns. Na maioria das vezes, essa ação conjunta está voltada para um trabalho que visa à obtenção de recursos fundamentais para as pessoas e para a sociedade: alimentos, roupas, habitação, educação etc. Para Maximiano (2006), o principal motivo para a existência das organizações é o fato de certos objetivos só poderem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas. Ademais, na sociedade organizacional, muitos produtos e serviços essenciais para a sobrevivência das pessoas somente tornam-se disponíveis quando há organizações empenhadas em realizá-los. Pensem, por exemplo, no fato de estarem aqui. Por trás de tudo isso, existe uma organização que é a Universidade Paulista,

14 pois, para que possamos proporcionar a vocês a formação de graduação em pedagogia, temos que dispor de uma série de recursos humanos, materiais e financeiros. Provavelmente, se não houvesse essa ou outra organização, talvez a realidade fosse diferente. Podemos dizer, ainda, que a qualidade de vida depende, em grande parte, das organizações, uma vez que serviços de saúde, fornecimento de energia, segurança pública, controle de poluição e porque não dizer, o controle do tráfego nas grandes cidades como São Paulo que reflete na qualidade de vida dos paulistanos, tudo depende de alguma empresa ou de alguma organização pública. Frente ao exposto, concordamos com Idalberto Chiavenato ao afirmar que no mundo moderno a administração tornou-se um fenômeno universal na medida em que cada organização e cada empresa requerem a tomada de decisões, a coordenação de múltiplas atividades, a condução de pessoas, a avaliação do desempenho dirigido a objetivos previamente determinados e a obtenção e alocação de diferentes recursos etc. Ademais, numerosas atividades administrativas desempenhadas por administradores, voltadas para os mais diversos tipos específicos de problemas e em diferentes áreas, precisam ser realizadas em cada organização ou empresa. Hoje, sabemos que independentemente da área de atuação, todo profissional, não importa se é um professor, um economista, um cabeleireiro ou um médico, precisa conhecer profundamente sua especialidade. Mas segundo Chiavenato (2000), no momento em que é promovido em sua empresa a supervisor, chefe, gerente, ou diretor, exatamente a partir desse momento, ele deve ser administrador. Precisa então dedicar-se a uma série de responsabilidades que lhe exigirão conhecimentos e posturas completamente novos e diferentes, os quais sua especialidade, talvez, não tenha lhe ensinado em momento algum.

15 Não obstante, no caso do administrador educacional a situação é um pouco diferente, pois o curso de pedagogia proporciona aos alunos um conjunto de habilidades e competências que lhes deixa em condições de assumir a direção de uma escola quer seja ela pública ou particular. Por outro lado, é prudente antecipar que ao término do curso, o aluno não tem prática em gestão, mas isso não é uma particularidade da Pedagogia, pois o mesmo acontece nas outras áreas. Ademais, o tempo de magistério é um pré-requisito para assumir um cargo ou uma função de gestão pública, conforme determina a legislação vigente e no caso da iniciativa privada, acreditamos que é pouco provável que alguma instituição contrate um diretor que não tenha referência de sala de aula. Portanto, durante o período em que o professor estiver em sala de aula passará a ter uma aproximação maior com a gestão que, embora seja em um primeiro momento, de observação, certamente contribuirá para a prática do futuro administrador. Ao analisarmos a importância da administração na sociedade, não podemos esquecer que o administrador não é o executor, mas o responsável pelo trabalho dos outros, portanto ele não pode se dar ao luxo de errar ou de arriscar apelando para estratagemas de ensaio e erro, já que isso implicaria conduzir seus subordinados pelo caminho menos indicado. Concordamos com Chiavenato (2000), que o administrador é um profissional cuja formação é extremamente ampla e variada visto que precisa conhecer disciplinas heterogêneas como matemática, direito, psicologia, sociologia, estatística etc. e precisa lidar com pessoas que executam tarefas ou que planejam, organizam, controlam, assessoram, pesquisam etc. que lhe estão subordinadas ou que estão no mesmo nível ou acima dele. O administrador da escola do século XXI precisa estar atento aos eventos passados e presentes, bem como às previsões futuras, pois seu horizonte deve ser mais amplo, já que ele é o responsável pela direção de outras pessoas, principalmente de

16 professores, que seguem as suas ordens e orientações. Precisa lidar com eventos internos (localizados dentro da escola) e externos (localizados no ambiente de tarefa e no ambiente geral que envolve externamente as escolas); precisa ver mais longe do que os outros, pois deve estar ligado às metas que a escola pretende alcançar por meio da atividade conjunta de todos, já que atualmente não importa se as escolas são públicas ou particulares, pois todas têm metas a serem cumpridas mediante as reformas curriculares que privilegiam a meritocracia. Maria Joaquina: Meu Deus! Estou assustada. Não imaginava que ser Diretor fosse tão complicado. Maria da Conceição: Pelo que estou percebendo, ele ou ela tem que ser um herói ou uma heroína. Não é bem assim meninas, tampouco há motivos para mudarem seus planos. Embora alguns diretores, de fato, sejam heróis, pois conseguem obter excelentes resultados em situações tão adversas, não significa que para ser um bom gestor, ele tenha que ser um personagem das figuras em quadrinhos. Ao contrário, acreditamos que uma boa formação contribui significativamente para uma atuação competente do futuro gestor. Por outro lado, não podemos deixar de enfatizar que o diretor de escola dever ser um agente de mudança e de transformação das escolas levando-as a novos rumos, novos processos, novos objetivos, novas estratégias e novas tecnologias. Segundo Chiavenato (2000), ele é um agente educador, pois com sua direção e orientação, modifica o comportamento e as atitudes das pessoas; ele é um agente cultural na medida em que seu estilo de administração modifica a cultura organizacional existente nas escolas. Mais do que isso, o administrador deixa marcas profundas na vida das pessoas, à medida que lida com elas e com seus destinos dentro das escolas.

17 Por fim, o autor enfatiza que a administração tornou-se tão importante quanto o próprio trabalho a ser executado, conforme este foi se especializando e a escala de operações foi crescendo assustadoramente. Portanto, a administração não é um fim em si mesma, mas os meios de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma possível, com o menor custo e, é claro, com a maior eficiência e eficácia. 2 AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Para compreendermos melhor a administração no século XXI, temos que nos valer de suas teorias que segundo Maximiano (2006), são explicações, interpretações ou proposições sobre a administração e as organizações. Mas, para darmos sequência, vamos ver se as nossas colegas têm alguma dúvida ou curiosidade sobre o assunto. Maria Joaquina: Claro que tenho. Existe apenas uma teoria da administração, ou seriam teorias? Maria da Conceição: Caso exista mais de uma, qual seria a melhor? Bem, Maria Joaquina, existem várias teorias que explicitam a administração. Agora, quanto ao seu questionamento Maria da Conceição, não temos condições de dar uma resposta exata, pois assim como Maximiano (2006), entendemos que, para dizer qual é a melhor teoria, depende de uma série de fatores, conforme tentamos ilustrar a seguir. Por exemplo, algumas teorias procuraram oferecer soluções universais para todos os problemas ou situações. Aliás, segundo o autor, era essa a proposta dos primeiros teóricos da administração, bem como dos primeiros grandes empresários da moderna era industrial, posto que, eles definiram técnicas e estruturas que deveriam funcionar em todos os casos.

18 Diante dessa concepção, questionamos até que ponto isso seria possível e nos antecipamos dizendo que hoje sabemos que não seria. Mas entendemos que na época em que esse pensamento foi introduzido fazia sentido, pois a realidade era outra. Por outro lado, tivemos teorias que ofereceram aos administradores a possibilidade de escolher entre modelos de gestão ou estilos, ou seja, cada um apropriado para uma situação que ao nosso ver foram bem mais flexíveis e, portanto, mais democráticas. Não obstante, nesse momento, não estamos aqui para julgar qual foi a melhor teoria, mas, sim, para apresentar uma breve síntese acerca do assunto, já que de um jeito ou de outro as teorias da administração influenciaram e ainda influenciam a gestão escolar e das pessoas no contexto da atualidade. Taylor e o movimento da administração científica Frederick Winslow Taylor foi o fundador do movimento da administração científica. Nascido nos Estados Unidos, Taylor iniciou sua carreira como operário e chegou a ser engenheiro. Nesta época, o sistema de pagamento por peça ou por tarefa e os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa. Isso levou Taylor a estudar o problema da produção tentando achar uma solução que atendesse a patrões e operários. No primeiro período de sua obra, Taylor voltou-se para a racionalização do trabalho dos operários através do pagamento de melhores salários, padronização e controle das operações fabris e treinamento de empregados. Estende-se, no segundo período, à definição dos princípios de administração aplicáveis a todas as situações da empresa, a racionalização que deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo a

19 melhoria da eficiência de cada operário conduz à melhoria em toda empresa baseada na ideia da maximização da eficiência industrial como base na maximização das tarefas. Para compreender melhor, propomos a seguir um detalhamento dos dois períodos. Primeiro período 1 O primeiro período corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas), mais precisamente em 1903 quando se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do Estudo dos Tempos e Movimentos. Junto com os operários no nível de execução, Taylor efetuou um paciente trabalho de análise das tarefas de cada trabalhador, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Portanto, em Shop Management Taylor coloca que: O objetivo de uma boa Administração é pagar salários altos e ter baixos custos unitários de produção; Para isso, a administração deve utilizar processos científicos de pesquisa, a fim de criar processos padronizados que permitam o controle das operações fabris; os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos com os materiais e condições de trabalho adequados, para que as normas possam ser cumpridas; Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja cumprida; 1 Trecho disponível em: < php?pt=leticiarf&arq=apostila%20abril.doc>

20 Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação deve ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores para garantir a continuidade desse ambiente psicológico. Segundo período 2 O segundo período, corresponde à publicação do seu livro Princípios de Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores: a) vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção acerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Há três causas determinantes de vadiagem no trabalho: o engano disseminado entre os trabalhadores, de que maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários; o sistema defeituoso de administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses; os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo. 2 Trecho disponível em: < php?pt=leticiarf&arq=apostila%20abril.doc>

21 b) desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário à sua realização; c) falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho. Para sanar esses três problemas, idealizou um sistema de administração que denominou Scientific Management, também conhecido como Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica no Trabalho ou ainda Organização Racional do Trabalho. Mas em que concerne a racionalização do trabalho, segundo os princípios da administração científica? A partir das contribuições de Maximiano (2006), verificamos que essa técnica fundamenta-se na análise do trabalho do operário, no estudo dos tempos e movimentos, na fragmentação das tarefas e na especialização do trabalhador o trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. A forma de obter a colaboração dos operários foi por meio do apelo aos planos de incentivo salariais e de prêmios de produção, com base no tempo padrão (tempo médio necessário para o operário realizar a tarefa racionalizada), no nível de eficiência 100%, também na convicção de que o salário constitui a única fonte de motivação para o trabalhador homem econômico. Numa concepção menos neutra, se é que isso existe, poderíamos dizer que o homem procura emprego não por gostar dele, mas como uma maneira de ganhar a vida por meio do salário. Portanto, é neste sentido que o operário é visto como mesquinho e preguiçoso e, desta forma, é culpado pela vadiagem e pelo desperdício ocorrido nas empresas. Em função

22 disso, deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão. Em síntese, o que se observa no trabalho de Taylor é que a organização e a administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente; a improvisação deve ceder lugar ao planejamento, assim como o empirismo deve ceder lugar à ciência. Portanto, sua obra não deve ser avalizada em termos de um ou outro de seus elementos, mas, principalmente, pela importância da aplicação de uma metodologia sistemática na análise e na solução dos problemas de organização. O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio da máxima prosperidade para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado devem ser os dois fins principais da administração. Assim, deve haver uma identidade entre empregados e empregadores. Nessa perspectiva, o autor propôs os seguintes princípios da administração científica. princípio de planejamento substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos planejar o trabalho; princípio de preparo preparar e treinar os operários para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado; princípio de controle controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos; princípio da execução distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada.

23 Maria Joaquina: Pelo que entendi, Taylor propôs um método científico. Maria da Conceição: Como foi a aceitação desse método? Houve críticas ou foi um processo pacífico? Segundo Maximiano (2006), a acolhida às ideias de Taylor teve altos e baixos, pois na indústria e no governo despertava entusiasmo, mas entre os trabalhadores, a imprensa e os políticos, observaram-se reações desfavoráveis. Pelo que pudemos constatar, as críticas desses segmentos da sociedade fundamentavam-se em dois receios: a) aumentar a eficiência provocaria o desemprego; b) a administração científica nada mais era do que uma técnica para fazer o operário trabalhar mais e ganhar menos. Em função das críticas, em 1911, o Congresso Americano convocou Taylor para fazer um depoimento a respeito da Administração Científica. Ao término do inquérito, ficou proibido o uso de cronômetros e pagamento de incentivos, mas as demais técnicas propostas pelo método foram mantidas. 2.1 Princípios da produção em massa Assim como o nome de Taylor está associado à administração científica, o nome de Henry Ford está associado à linha de montagem móvel (Maximiano, 2006). É por essa razão que para alguns autores, fordismo é sinônimo de taylorismo. A Ford representou, por décadas, um modelo quase perfeito de aplicação sistemática e maciça dos conceitos tayloristas de organização da produção. Mais do que isso, Ford soube compreender as características da sociedade americana da

24 época e, desta forma, construiu uma história de enorme sucesso empresarial. O modelo fordista reconheceu o modo de organização e atuação dos sindicatos dos trabalhadores, utilizando políticas salariais ousadas como um elemento de sua estratégia. Padronização: na produção massificada, cada peça ou componente pode ser montada em qualquer sistema ou produto final. Para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de calibragem para todas as peças, em todo o processo de manufatura. Esse princípio deu origem ao controle da qualidade, cujo objetivo era assegurar a uniformidade das peças. Especialização: na produção massificada, o produto é divido em partes e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas. Cada etapa do processo produtivo corresponde à montagem de uma parte do produto. Cada pessoa e cada grupo de pessoas, num sistema de produção em massa, têm uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo definido. A concepção de padronização da produção e especialização do trabalhador pode ser ilustrada pelo esquema a seguir, que apresenta os seguintes traços fundamentais: Princípios da Produção em Massa Máquinas especializadas. Sistema universal de fabricação e calibragem. Simplificação das peças. Simplificação do processo produtivo. Uma única tarefa ou um pequeno número de tarefas. Posição fixa dentro de uma sequência de tarefas. O trabalho vem até o trabalhador. As peças e as máquinas ficam no posto de trabalho. Figura: 3: Princípios da produção em massa

25 Na produção em massa, as qualificações do trabalhador resumem-se ao conhecimento necessário para a execução de uma tarefa a clássica atividade de apertar parafusos, parodiada por Charlie Chaplin no filme Tempos Modernos. Ford levou às últimas consequências o emprego da racionalização taylorista da produção em série, empregando a linha de montagem e a padronização das peças num grau inédito. A divisão do trabalho em segmentos de tarefas repetitivas exigia uma direção bastante autoritária e a imposição de disciplina ao operário e, portanto, requeria uma pesada estrutura de controle/supervisão da produção. Essa mecanização da atividade humana que produz a alienação do trabalhador, foi objeto das críticas mais contundentes que se fizeram à produção massificada (Maximiano, 2006). A crise do Fordismo 3 A crise do modelo fordista foi estrutural. E por que será que isso aconteceu? Estudos mostram que a fadiga do modelo de produção em massa levou à queda dos ganhos de produtividade (escala), o que representou o esgotamento do fordismo taylorista como modo de organização de produção. A seguir apresentamos os principais fatores que levaram à crise do fordismo. aumento do poder dos sindicatos, questionando alguns aspectos básicos de organização e gestão de produção, tais como o tempo-padrão, os ritmos da linha de montagem, os horários de trabalho etc.; 3 Trecho disponível em: < adm_2mod/evol_pensamento_adm/pdf/epa_impresso_aula04.pdf>

26 recusa dos operários de determinadas formas de organização do trabalho, especialmente aquelas com forte pressão de tempo; elevação do nível de instrução, fazendo com que cada vez menos pessoas se sujeitassem ao trabalho desqualificado das linhas de montagem; discrepância entre a administração científica e a tendência de avaliar a qualidade e a iniciativa no trabalho; excessiva rigidez do sistema baseado na produção maciça, frente à necessidade de soluções de maior flexibilidade para atender a crescente diversificação e sofisticação da demanda. Por outro lado, comparado o fordismo aos sistemas mais antigos, notamos que esse modelo mostrou-se tremendamente eficiente na tarefa de expandir mercados. Isso aconteceu porque o fordismo possuía uma estratégia de crescimento muito explícita: qualquer cor, desde que seja preta. Esta foi a frase emblemática do sistema de produção em massa voltado ao processo que representou a essência da industrialização do início do século XX. A indústria de massa atendeu às demandas de operários e consumidores pouco exigentes. Não obstante, o fordismo taylorista foi vítima da prosperidade que ele próprio ajudou a criar. A evolução, a sofisticação e a diversificação das demandas do mercado e da concorrência viriam a transformar a indústria e, consequentemente, o pensamento administrativo contemporâneo, mas com um foco bem diferente, pois a ênfase passou do processo para o cliente e das máquinas para as pessoas. A escola do processo de administração O personagem mais importante que sistematizou e divulgou o enfoque funcional da administração foi o engenheiro Henry

27 Fayol - um dos integrantes da Teoria Clássica da Administração. Portanto, da mesma forma que Taylor introduziu, nos Estados Unidos, o Movimento da Administração Científica, na Europa, mais especificamente na França, Henry Fayol, um engenheiro de minas que partindo de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurou a abordagem estrutural da organização da empresa como um todo. A gênese desse processo deu-se com a publicação do livro Administração Geral e Industrial no ano de A partir desse livro, Fayol enfatizou dois pontos importantes: a administração é função distinta das demais funções da empresa, como finanças, produção e distribuição; a administração compreende cinco funções: planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Portanto, a exemplo de Taylor, Fayol procurou demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, os resultados desejados podem ser alcançados. Dessa forma, propôs que toda empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber: 1) funções técnicas: relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa; 2) funções comerciais: relacionadas com a compra e venda; 3) funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de capitais; 4) funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas; 5) funções contábeis: relacionadas com os inventários, registros, balanços e estatísticas;

28 6) funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. Conforme Maximiano (2006), Fayol sugeriu que a função administrativa era a mais importante de todas e definiu cada um de seus componentes da seguinte forma: planejamento: examinar o futuro e traçar um plano de ação a médio e longo prazo; organização: montar uma estrutura humana e material para realizar o empreendimento; comando: manter o pessoal em atividade em toda a empresa; coordenação: reunir, unificar e harmonizar toda a atividade de esforço; controle: cuidar para que tudo se realize de acordo com os planos e as ordens. Depreende-se, portanto, que nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa geral da empresa, pois essa atribuição compete à sexta função que é administrativa, visto que é essa função que constitui, propriamente, a administração. Ademais, Fayol deixou claro em sua obra que a administração não refere-se apenas ao topo da organização, pois existe uma proporcionalidade da função administrativa que não é privativa da alta cúpula, mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Ainda segundo ele, tudo em administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos. Para finalizar esse subitem, propomos uma comparação do Movimento da Administração Científica Taylor com a Teoria Clássica de Fayol (Figura 4).

29 A grosso modo, podemos afirmar que ambas as teorias buscavam alcançar o mesmo objetivo: maior produtividade do trabalho e a busca da eficiência nas organizações. Se a Administração Científica caracterizava-se pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica caracterizava-se pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. A consequência destas teorias foi uma redução no custo dos bens manufaturados. Aquilo que fora um luxo acessível apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se disponível para as massas. Mais importante foi o fato de que tornaram possível o aumento dos salários, ao mesmo tempo em que reduziram o custo total dos produtos. Fayol Taylor Teoria da Administração (Clássica) Teoria da Administração (Científica) Ênfase na estrutura da organização. Ênfase na definição das tarefas dos empregados. Objetivo: aumentar a eficiência da organização por meio de definição dos vários níveis de responsabilidade. Objetivo: aumentar a eficiência da organização por meio da especialização dos operários. Figura 4: Pontos Principais da Abordagem das Teorias de Fayol e Taylor

30 3 DA ESCOLA NEOCLÁSSICA À GESTÃO CONTEMPORÂNEA O neoclassicismo não é um movimento novo na teoria da administração. A grosso modo, pode-se dizer que é fazer de forma diferente o que se manda na Escola Clássica. Mais do que isso, segundo Kwasnicka (2006), é copiar os grandes mestres Taylor e Fayol. Talvez vocês possam estar se questionando até que ponto, nós, com essa discussão, não estaríamos dando muita importância às teorias da administração em detrimento da administração escolar. Não obstante, gostaríamos de destacar que não é bem assim, pois o modelo de administração científica consolidouse nas organizações escolares há décadas e, atualmente, ainda continua a ser o dominante, muito embora possa ser considerado uma forma de gestão ultrapassada para a maioria das organizações voltadas para o trabalho com o conhecimento (Vieira, 2003). De acordo com Kwasnicka (2006), o neoclassicismo tem origem na escola de sociologia, na década de 20 do século passado, e foi crescendo a partir das críticas à Escola Clássica. Portanto, é a Escola Clássica revisitada, ou seja, contém parte de seus princípios e preenche os espaços vazios deixados no que se refere ao estudo do comportamento humano. Conforme sinaliza Kwasnicka (2006, p ), essa abordagem veio preencher algumas lacunas da abordagem

31 clássica e, portanto, buscou solucionar os seguintes problemas: conformismo: a sobrevivência de uma organização depende da boa vontade de seus membros em sacrificar graus de individualidade e conformarem-se com certas normas de comportamento. Quando esse estilo se torna um padrão de valorização do comportamento, o pensamento organizacional de hierarquia, às vezes, se transforma em cópias carbono de atitudes, opiniões e comportamento da alta administração; objetivos obscuros: seguir ao pé da letra as regras e os procedimentos da organização pode tornar-se tão importante para seus membros que eles perdem a noção das razões disso. Para ilustrar esse ponto de vista, podemos nos referir às agências governamentais onde isso pode ser observado com frequência e os objetivos não são claros e tampouco ninguém se importa; crescimento descontrolado: unidades organizacionais tendem a proliferar-se; além disso, o crescimento descontrolado pode ser justificado com base no aumento da profundidade; rigidez: alguns elementos solidificados dentro da organização (linhas de autoridade, regras de trabalho etc.) adaptam-se para dificultar mudanças circunstanciais; especialização: a postura da especialização sobre problemas únicos no desempenho de uma área de especialização tende a negligenciar e frequentemente produz visão conflitante; perda de motivação: quanto mais rotineira é a organização, por meio de regras e padrões, menor a oportunidade de novas ideias e iniciativas.

32 3.1 Origem da teoria das relações humanas 4 Surgiu como consequência da experiência de Hawthorne desenvolvida por Elton Mayo. Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à teoria clássica da administração. Esta teoria já vinha sofrendo críticas constantes por parte dos sindicatos que interpretavam a Administração Científica como um meio sofisticado de exploração dos empregados a favor dos interesses patronais. A pesquisa de Hoxie já fora um dos primeiros alertas à autocracia do sistema de Taylor. Fatores principais: a) a necessidade de se humanizar e democratizar a administração; b) desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia e a sociologia; c) as ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin; d) as conclusões do experimento de Hawthorne desenvolvidos entre 1927 e A experiência de Hawthorne Desde 1923 Mayo já vinha trabalhando em uma indústria com o objetivo de equacionar os problemas de produção e de rotação de pessoal ao redor de 250%. Ainda que utilizando esquemas de incentivo, não havia obtido êxito. Decidiu então realizar novas experiências com os trabalhadores. Diante disso, introduziu intervalos de descanso e delegou aos operários 4 Tópico disponível em:< documentos/ /2009_15_teoria%20das%20rela%c7%d5es%2 0HUMANAS.pdf>

33 a decisão de quando as máquinas deveriam parar, além de contratar uma enfermeira. Com essas medidas, a produção aumentou e a rotação de pessoal declinou. Em 1927 o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma pesquisa na fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne, cujo objetivo consistia em determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários medida por meio da produção. Esta pesquisa, que tornou famoso Mayo, estendeu-se ao estudo da fadiga, dos efeitos das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados, rotação de pessoal etc. Embora o estudo de Hawthorne esteja abordado em vários livros, assim como Kwasnicka (2006), julgamos prudente reproduzi-lo para que vocês possam compreender melhor o processo que se deu a partir das seguintes fases: Primeira fase da experiência de Hawthorne: dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho, em condições idênticas foram escolhidos para a experiência, onde seriam avaliados os efeitos da iluminação sobre a produtividade. Realizados os experimentos, todavia, não foi identificada nenhuma relação direta entre estes fatores. Ao contrário, desapontados, verificaram a existência de outras variáveis difíceis de serem isoladas. Comprovou-se que a relação entre as condições físicas e a eficiência dos operários pode ser afetada por condições psicológicas. Reconhecendo a existência do fator psicológico, os pesquisadores pretenderam isolá-lo. Assim, passaram às

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