Considerações iniciais
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- Kléber Ximenes Leão
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1 O ROCK NACIONAL NO PERÍODO DO AI-5 BARBOZA, Jaqueline Lima (UNIOESTE, 1 MEURER, Indianara dos Santos (UNIOESTE, 2 Considerações iniciais Objetivamos com este trabalho, realizar um estudo sobre a história do rock, na fase da Ditadura Militar Brasileira, período em que houve extrema censura as diversas formas de manifestação e de expressão, estando inclusas, portanto, a arte e cultura, incluindo dessa maneira as músicas, ao passo que trataremos especificamente do rock nacional. É impossível se referir a arte e a cultura nesse período sem se remeter a censura, método utilizado pelo regime militar com o intuito de conter qualquer objeção ao sistema instaurado. Deste modo, enfatizaremos as repressões ocorridas no período da promulgação do Ato Institucional número 5 (AI-5), quando a censura se institucionaliza e torna-se mais ferrenha. Visando a extinção de qualquer tipo de oposição ao governo militar, o AI-5 é reconhecido pela obscuridade ao tratar as vertentes artísticas. Nesse sentido, identificaremos a conduta de algumas bandas de rock na década de 1970, destacando o grupo O Terço, tanto a conduta, quanto as obras, haja vista que as letras das canções expressam posicionamentos políticos, sociais e culturais. Nesse período muitos artistas ao escreverem uma música utilizavam-se das metáforas como instrumento para escapar da repressão que representava a censura. Durante o período da ditadura militar no Brasil ( ) houve extrema censura as diversas formas de manifestação e de expressão, estando inclusas, portanto, a arte e a cultura. Censura esta que coibiu filmes, editoração de livros, lançamento de inúmeras músicas, peças teatrais entre outros setores. Com isso, constataremos os efeitos da censura no rock produzido no Brasil, no período do AI-5, afetando as práticas exercidas pelos artistas na época. Ao tratar da produção musical 1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE/Campus de Cascavel). 2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE/Campus de Cascavel). 1
2 neste período destacamos que arte e política, tornaram-se na maioria das vezes indissociáveis, tendo em vista a intenção política de muitos artistas ao produzirem suas obras, mesmo sob intensa censura, as inúmeras obras pretendiam de alguma forma intervir na realidade da nação brasileira, alertando a população mesmo de forma velada, da real situação em que nosso país se encontrava. A censura musical Segundo Carocha (2006), a música popular no Brasil, mais do que qualquer outra manifestação cultural, foi de fundamental importância na formação de uma identidade nacional. Seu caráter socializador de divulgação por meio da indústria cultural junto a popularização da televisão corroborou com grande difusão da música aos habitantes das grandes cidades, também sendo um instrumento muito utilizado para manifestações. Sendo assim: A introdução do sistema elétrico de gravação, já em 1927, proporcionou um enorme alcance deste tipo de manifestação cultural. Entretanto, foi nos anos 1970, com o processo de consolidação da indústria fonográfica e da televisão, que a música teve seu período de maior crescimento (CAROCHA, 2006, p. 190). Compreendemos, portanto, que o regime militar deteve muita atenção a esta forma de manifestação cultural, por conta da considerável importância da indústria fonográfica e relevante influência da música nas metrópoles brasileiras (CAROCHA, 2006). Na década de 1950, a televisão se manteve como um aparelho extravagante e inacessível a maioria da população das grandes cidades brasileiras, espraiando seu alcance gradativamente. Apenas em 1968, a televisão é considerada veículo de massas, por conta do barateamento dos processos de transmissão, da produção de programas e do baixo custo dos aparelhos televisivos (CAROCHA, 2006). Carocha (2006) afirma que a MPB, o samba e o rock, diante da atenta vigilância do regime militar, formaram uma frente em oposição à ditadura onde cada uma desenvolveu uma forma de atitude e crítica. 2
3 A MPB com suas letras engajadas e elaboradas, o samba com a sua capacidade de expressar uma vertente da cultura popular urbana ameaçada pela modernização conservadora capitalista, e o rock com seu apelo a novos comportamentos e liberdades para o jovem das grandes cidades. Não foi por acaso que ocorreram muitas parcerias, de shows e discos, entre os artistas dos três gêneros (CAROCHA, 2006, p. 191). Diante de tanto controle com as letras das músicas, o que acontecia muito constantemente eram censuras musicais, com composições vetadas integralmente ou cortadas partes. Com isso, muitos compositores utilizavam de mecanismos específicos com fins de escapar da censura, com: O uso de figuras de linguagem, metáforas, invenção de palavras, inserção de barulhos como buzinas, batidas de carros (...) ou a supressão total da melodia no momento em que deveria aparecer a frase ou palavra censurada [...] (CAROCHA, 2006, p. 193). Mas mesmo utilizando tantos recursos, muitos músicos nos anos de 1970 e 1980 moravam fora do país, em exílios de forma voluntária ou forçada. Carocha (2006) afirma que a censura musical pautada na moral e bons costumes regia desde o Estado Novo, mas foi se adaptando as peculiaridades do período em questão. A censura prévia musical, que conferia grande poder de coerção, era um movimento legal do Estado: [...] desde a Constituição de 1934 que introduziu no sistema jurídico a censura prévia aos espetáculos de diversões públicas. A Constituição de 1937 aumentou a área de atuação da censura, incluindo a radiodifusão. A Constituição de 1946 ratificou os ditames acerca da censura que já existiam na Constituição de A partir de 1965, uma nova legislação censória foi sendo construída pelo regime militar, aproveitando muitos artigos já existentes e criando novos mecanismos que melhor atendessem às suas necessidades coercitivas. A ação censória, institucionalizada em códigos e leis, foi orientada no sentido de preservar a moral vigente e o poder constituído (CAROCHA, 2006, p. 195). Assim, a música, o teatro e o cinema foram movimentos frequentemente vigiados e muitas vezes, este processo era tratado como simples rotina policial. Vários instrumentos reguladores conferiam a legitimidade desta atividade coercitiva, acreditando ser normal, portanto, os censores consideravam sua atividade legítima e também garantida por lei. (CAROCHA, 2006). É impossível se referir a arte e a cultura nesse período sem se remeter a censura. Método utilizado pelo regime militar com o intuito de conter qualquer objeção ao sistema 3
4 instaurado, consequentemente, para evitar o desmantelamento da imagem da revolução, justamente porque, a consolidação da censura ocorreu concomitante ao milagre econômico, período em que houve grande injeção de capital estrangeiro e investimentos pesados em infraestrutura. Obviamente que a imagem de um país próspero em pleno desenvolvimento econômico aliado a censura dos meios de comunicação (não transmitiam notícias indesejadas ao regime) e da manifestação artística (não podiam se expressar livremente) garantia certa cumplicidade da população brasileira, pois visualizavam apenas o lado favorável do regime (VIEIRA, 2010). A censura foi uma forma utilizada pelo regime militar, com o intuito de controlar e impedir a liberdade de expressão, informação, opiniões e até certas facetas da arte. A ação censória consistiu em vigiar as vertentes artísticas evitando que a sociedade brasileira tomasse conhecimento das ações massacrantes da ditadura. Censura também serviu como instrumento de controle e de afirmação para os poderes instituídos com o governo de exceção (VIEIRA, 2010, p. 31). entanto: Obviamente que a posição contrária ao regime não era unânime entre os artistas, no [...] a área intelectual e artística representou outro polo de resistência. A música, o cinema, o teatro, a literatura, distintos segmentos da vida cultural brasileira tornaram-se arena de contestação ao regime autoritário, agindo muitas vezes como ousada trincheira que exigia o resgate da liberdade de criação. O setor enfrentou, como represália, períodos de vigorosa censura e mesmo a prisão de grandes expoentes artísticos, em especial as semanas que se seguiram à decretação do AI-5 (BRASIL, 2007, p. 24). Muitos artistas pretendiam fazer política ao mesmo tempo em que faziam arte, se demonstravam engajados na luta contra o regime militar. Para muitos dos artistas da época arte e política estavam intrinsecamente relacionadas. O órgão responsável pela censura de produções artísticas durante o regime militar foi a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), por onde deveriam passar as produções culturais, ou seja, deveriam submeter-se a censura prévia. Os responsáveis pela censura poderiam vetar uma obra alegando ser por motivo político ou em defesa da moral e dos bons costumes. 4
5 Pela DCDP deveriam passar as obras artísticas das diversas naturezas, na qual os censores analisavam e forneciam um parecer constando se a obra podia ser divulgada ou se fora censura, seja parcial ou integralmente. O parecer era um: [...] documento essencial para a ação da censura, pois foi instrumento através do qual os vetos, cortes e liberações eram efetuados, o parecer de censura tinha como principal função motivar a ação censória sobre as expressões artísticas, fundamentando suas atitudes utilizando-se da legislação, dos regulamentos internos da DCDP e, de maneira rotineira, das impressões pessoais dos censores (VIEIRA, 2010, p. 31). Por isso que nesse período muitos artistas ao escreverem uma obra, seja literária ou musical, utilizavam-se das metáforas como instrumento para escapar da repressão que representava a censura. Nestes pareceres os censores detalhavam o motivo pelo qual a obra estava sendo vetada, normalmente alegavam em seus discursos censórios a preservação da moral, primando a não degeneração da juventude. Em outros pareces detalhavam os motivos políticos, mas nestes casos não poderiam reconhecer abertamente, pois estariam revelando sua real função que era extinguir qualquer oposição ao regime militar. Os relatórios anuais da DCDP indicam muitas músicas censuradas no final dos anos 1970 e começo dos anos Em 1973 foram censuradas 159 letras de músicas, em 1976 censuraram 198 músicas e, já no ano de 1980, registrou-se 458 músicas censuradas. Nos anos 1980 foram promovidos alguns seminários para atualizar o pessoal que trabalhava com a censura de diversões públicas. Além disso, foram propostas novas diretrizes e projetos de reformulação da legislação (CAROCHA, 2006, p. 211). Ou seja, mesmo no processo de abertura política, a censura musical agia intensamente. A DCDP funcionou até 1988 com a promulgação da nova Constituição. Rock, comportamento e censura no AI-5 Durante a vigência do período ditatorial no Brasil, foram decretados os Atos Institucionais, entre 1964 a 1969, que no totalizaram 17 atos, no entanto, o mais popular foi o decretado no dia 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5, o AI-5, caracterizado pelo 5
6 maior grau de repressão causado por ele, assinado pelo então presidente Arthur Costa e Silva, ao contrário dos outros atos, não tinha prazo de validade : a ditadura assumia-se eterna (CHIAVENATO, 2004, p. 112). Conforme esse mesmo autor explicita o AI-5, a repressão e a censura se intensificaram, com vistas a impedir qualquer oposição ao sistema imposto à população brasileira. Chiavenato (2004) reforça que como a aposição real ao sistema, por meio do AI-5, já não eram mais possível, aqueles que quisessem manifestar objeção teriam que lutar de forma clandestina. Com a promulgação do AI-5, a censura a arte se institucionaliza, tornando-a muito mais ferrenha. Este ato institucional até os dias atuais é considerado uma das ferramentas mais antidemocráticas de toda a história brasileira, fazendo este período ser reconhecido pela sua obscuridade, inclusive no tratamento das vertentes artísticas. O AI-5 impôs a censura prévia para livros, músicas, peças de teatro, revistas e jornais. A repressão e a censura a quem manifestasse de alguma forma contrária à ditadura militar, seja por um livro, ou letra de música, tornou-se muito mais punitiva e violenta, caracterizando como anos de chumbo, contemplando desde o período da edição do AI-5 até o final do governo de Emílio Garrastazu Médici, em março de 1974, popularizou-se como o governo mais linha dura da ditadura militar brasileira, possui essa denominação, pois foi o período do auge da repressão e da tortura. Nas palavras de Saggiorato (2009, s/p): O texto que legitima o AI-5, busca pra si os estandartes da dignidade humana, moral e bons costumes cívicos e culturais contra aquilo que considera subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo. Justificando a repressão que vai se seguir, o discurso articulado no AI-5 diz que para tentar manter a revolução iniciada em 1964, que trouxe tranquilidade, ordem, segurança e desenvolvimento econômico e cultural, além da harmonia política ao país, o presidente deve ter o poder de decretar recesso do Congresso Nacional, das Assembleias legislativas e das Câmeras de vereadores. Além de todos os direitos políticos e algumas garantias constitucionais serem suspensas às pessoas comuns. Em suma, o regime finalmente poderia agir livremente contra aqueles diversos movimentos que considerava seu inimigo, desde a guerrilha armada a movimentos culturais como o tropicalismo. Instalando assim, uma repreensão ferrenha do campo cultural. 6
7 Contrapor-se ao sistema não era uma tarefa fácil, principalmente aos apreciadores e artistas voltados para o rock, dessa forma [...] a dura tarefa de compor rock, um gênero de música considerado transgressor ao longo da história, foi sentida de certa forma aqui no Brasil durante a década de 70 (SAGGIORATO, 2009, s/p). E ainda toda manifestação contrária ao militarismo tinha que ocorrer de forma velada, a busca pela tão sonhada liberdade de expressão era colocada de forma oculta em várias canções do período (SAGGIORATO, 2009, s/p). Nas décadas de 1960 e 1970, portanto, os campos da cultura e da música, tornam-se extensão dos conflitos político-ideológicos do Estado, bem como das ideologias de esquerda. Assim: As dificuldades encontradas pelos roqueiros de vincular suas músicas, de se manter na mídia e de driblar a censura e a repressão, além de estarem atentos às ideias de esquerda, consolidou a formação dos grupos de rock no Brasil (SAGGIORATO, 2008, p. 83). A ditadura contemplava no rock um perigo que pudesse corromper a juventude e conduzi-los à rebeldia contra a fatalidade histórica que foi o período da ditadura militar, conforme se confirma a seguir: Os roqueiros cabeludos, com suas guitarras nas mãos e figurino nada convencional, traziam aos olhos dos militares aspectos subversivos, e obviamente, havia um desencontro com as ideias do governo ditador. Vários músicos foram presos no período e a impossibilidade de apresentações artísticas ou a proibição de músicas para tocar em shows, programas de rádio ou de TV eram frequentes (SAGGIORATO, 2009, s/p). Saggiorato (2008) afirma que os roqueiros eram taxados de marginais, pois não enquadravam-se a ética social dominante no país, estavam a margem do sistema e dos ideais militares, apresentando atitude comportamental transgressora. Deste modo, muitos artistas não eram considerados extremamente politizados e críticos a política regente do regime militar, pois o que chamava a atenção dos censores e militares era o comportamento dos músicos, que expressavam em suas músicas, capas de discos e nas apresentações. 7
8 O autor supra citado ainda cita como exemplo do grupos os Mutantes, que era despretensioso politicamente, mas com comportamento rebelde e anárquico, o que atraía e incomodava os líderes tanto de esquerda, quanto de direita. A insatisfação e displicência das bandas de rock ao tratar de temas polêmicos em suas músicas, segundo Saggiorato (2008) determinam seu comportamento transgressor, assim como sua afronta aos valores tradicionais militares e dos valores familiares, ao qual os roqueiros estavam transformando: Sob esta tópica circularam os mais variados tópicos, desde a defesa da religião católica até a proibição de assuntos em pauta na época, que foram considerados pela censura como atentatórios à tradição da família brasileira, como, por exemplo, referências ao uso de drogas, ao homossexualismo e à questão do divórcio, muito discutido na década de 1970 (CAROCHA, 2006, p. 206). Por mais que o rock enfrentava o governo e todos os que os perseguia, também detinham ideais da contracultura, de paz e amor, haja vista a incorporação em suas músicas de questões polêmicas, com vistas à revolução de costumes que ocorreu entre 1960 e 197, como o divórcio, utilização de entorpecentes, outras religiões, a insatisfação com o regime, quer dizer, temáticas opostas a ordem militar (SAGGIORATO, 2008). Segundo o mesmo autor, algumas composições feitas na regência do AI-5 diziam de jovens que tentavam fugir de padrões comportamentais estabelecidos, buscando uma sociedade de liberdade de expressão. Este assunto encontra-se na canção Ovelha Negra de 1975 da cantora Rita Lee. O grupo Secos & Molhados eram provocativos e demonstravam sua rebeldia por meio do corpo pintado e usando pouca roupa, também usavam plumas e penas na cabeça, contrastando com a barba e o bigode que utilizavam. Questões relacionadas ao sexo e a homossexualidade ao qual demonstravam, eram questões subversivas (SAGGIORATO, 2008). O grupo era cobrado pela direita, que exercia uma censura moral e a esquerda, que exigia uma posição político-ideológica do grupo, mas por conta de seus discursos e músicas aproximavam-se mais dos ideais de esquerda. Letras que falam sobre a falta de liberdade e 8
9 sobre a violência recorrente no país. Os Mutantes buscavam, segundo Saggiorato (2008, p. 89): [...] os ideais hippies, sob o aspecto de contrapor-se ao regime existente na construção de um mundo utópico, sem fronteiras, semelhante às idéias de John Lennon e Arnaldo Baptista [...]. Saggiorato (2008) ressalta que alguns meios de oposição ao regime não confiavam nos roqueiros e, desta forma, não cobravam um posicionamento deles, isto porque eram considerados alienados de um gênero temporário e estrangeiro. A falta de liberdade sentida pelos músicos também era vista nos festivais. Como depois do AI-5, toda e qualquer manifestação ou concentração de jovens era considerada subversiva, vários shows eram cancelados, ou submetidos à censura antes de serem realizados. Alguns shows tinham de ser feitos previamente. Os grupos passavam por uma verificação horas antes de se apresentarem. Isso ocorria de forma a conseguir liberação de seus espetáculos. Os músicos se sujeitavam a tocar parte ou todo show para uma platéia de censores, o que na visão militar, era ocasionada para não causar danos a moral e aos bons costumes da nação (SAGGIORATO, 2008, p. 91). Um grande seguidor da contracultura brasileira, que pregava uma sociedade e religião alternativa, é o músico, filósofo e compositor Raul Seixas. Foi excessivamente crítico e anárquico nos anos 1970, compôs músicas, como Mosca na sopa, Ouro de tolo, Sapato 36, Rockixe, Eu também vou reclamar, Eu sou egoísta, Cachorro urubu. O cantor foi preso, torturado e expulso do país, mesmo assim, em 1976, lançou o disco Eu nasci há 10 mil anos atrás e em 1980 fez músicas como Mamãe eu não queria, Cowboy fora da lei e Metrô linha 743 (SAGGIORATO, 2008). Banda O Terço O Terço é uma banda criada em 1968 no Rio de Janeiro, fez muito sucesso nos anos 70, a formação inicial era composta por Jorge Amiden (baixo), Sérgio Hinds (guitarra) e Vinícius Cantuária (bateria). O nome da banda faz menção uma terça parte de algo, vindo a calhar com a primeira formação da banda que era composta justamente por um trio. 9
10 De acordo com Saggiorato (2008) essa banda entre outras, representavam a busca pela liberdade, representando o movimento contracultural naquele período. Essa formação da banda gravou o primeiro LP em 1969, com o mesmo nome da banda O Terço. Com o passar do tempo, a banda se firmou em um estilo de rock progressivo e rock rural. As canções da banda sempre demonstravam um caráter político, por meio de metáforas tratavam de canções sobre o medo, a busca pela paz contrapondo-se ao sistema imposto pelos militares (Saggirato, 2009). Em 1974, Flávio Venturini passa a fazer parte da nova formação da banda. Já em 1975, com a formação diferente da inicial contando com Sergio Magrão no baixo e vocal e Luiz Moreno na bateria, a banda lança seu mais conhecido e importante LP Criaturas da Noite. Essa produção até a atualidade é tida como referência do rock progressivo nacional e até mesmo internacional (SAGGIORATO, 2008). Considerações finais Mesmo com a censura provocada pelo regime ditatorial, a cultura brasileira não deixou de criar e se expandir. A arte se tornou um instrumento de denúncia da situação do país. A música presente naquele contexto de repressão, era mais que meras frases, era o sentimento do artista disposto em estrofes e refrãos. Era uma reflexão. Um pedido de socorro. Os artistas tinham o papel que além de escrever, escreviam de forma maquiada, a fim de fintar os militares e propagar uma mensagem política de forma subliminar. Na década de sessenta, o Brasil era assolado por um golpe militar de direita contra o qual toda a intelectualidade ligada à esquerda se mobilizou. No campo artístico, são produzidas músicas que protestam por meio da análise de mensagens subliminares embutidas nas canções de protesto. Essa mesma época foi marcada por efervescência no campo políticosocial do país, pois é despertada nas diversas camadas da sociedade, maior vontade de participar ativamente da política interna. 10
11 O jornalista e escritor Zuenir Ventura apurou que, durante os dez anos de vigência do AI-5 ( ), cerca de 500 filmes, 450 peças, 200 livros e mais de 500 letras de música sofreram veto. Os critérios eram obscuros: cenas de sexo, palavrões e a sugestão de propaganda política eram as justificativas mais comuns, bem como atentado à moral e aos bons costumes e conteúdo subversivo. Portanto, durante o período da ditadura militar e principalmente após a publicação do Ato Institucional número 5 (AI-5) que dava totais poderes ao governo e retirava dos cidadãos todos os direitos, muitos cantores, compositores, atores e jornalistas foram convidados a deixar o Brasil. A repressão a produção cultural perseguia qualquer ideia que pudesse ser interpretada como contrária aos militares, mesmo que não tivesse conteúdo diretamente político. Por conta disso, os militares foram capazes de prender, sequestrar, torturar e exilar artistas e intelectuais. Mesmo verificando as incontáveis atrocidades ocorridas na ditadura militar, seja no âmbito ideológico ou até mesmo físico, por meio das torturas, jamais poderemos mensurar o quão perverso foi esse período. Referências utilizadas BRASIL, Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão especial sobre mortos e desaparecidos políticos. Direito à verdade e à memória: Comissão especial sobre mortos e desaparecidos políticos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, CAROCHA, Maika Lois. A censura musical durante o regime militar ( ). História: Questões & Debates. Editora UFPR: Curitiba, n. 44, p , CHIAVENATO, Júlio José. O golpe de 64 e a ditadura militar. 2ª ed. São Paulo: Moderna, SAGGIORATO, Alexandre. Anos de chumbo: rock e repressão durante o AI-5. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo: SAGGIORATO, Alexandre. Rock e Repressão. 15 jun Disponível em: < Acesso em: 14 maio
12 VIEIRA, Nayara da Silva. Entre o imoral e o subversivo: a divisão de censura de diversões públicas (DCDP) no regime militar. Dissertação (Mestrado em História Social) - Universidade de Brasília. Brasília:
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