Roteiros de Aulas Práticas da Disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo

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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CIÊNCIAS SOCIAIS DTCS Roteiros de Aulas Práticas da Disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo Prof. Paulo Augusto da Costa Pinto e Acadêmicos de Engenharia Agronômica da UNEB/ DTCS JUAZEIRO BA

2 PREFÁCIO Como professor de Química e Fertilidade do Solo, inicialmente na Faculdade de Agronomia do Médio São Francisco, FAMESF - hoje DTCS/UNEB - desde agosto de 1978, desde cedo preparamos um Roteiro de Aulas Práticas dessa disciplina, objetivando facilitar a ministração das aulas práticas, também suprindo a carência de alguns livros didáticos da disciplina em nossa Biblioteca Central. A presente publicação surgiu no primeiro semestre de 2007, ocasião em que fomos convidados pelo Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, DTCS, da Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus III, em Juazeiro, BA. para ministrar a disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo do Curso de Engenharia Agronômica. A disciplina tem código AGRO 042, tendo como prérequisito a disciplina Geologia e Mineralogia e sendo pré-requisito para a disciplina Química e Fertilidade do Solo, com 04 créditos, dos quais 03 são teóricos e 01 prático, perfazendo 75 horas. Com um contingente de 50 alunos, sem dispor de monitor que auxiliasse no preparo e ministração das práticas, convocamos os estudantes a, por equipes devidamente formadas, prepararem roteiros circunstanciados sob nossa orientação, supervisão e apoio no desenvolvimento das atividades práticas, as quais foram ministradas pelas equipes, tendo as mesmas recebido antes a orientação necessária para tal, inclusive durante a realização das aulas em campo e, ou em laboratório. A ementa da disciplina contempla o estudo dos fatores de formação do solo, processos pedogenéticos e tipos de formação de solos, características morfológicas, constituição física do solo exame e registro de descrição de perfis, determinação e interpretação das propriedades físicas e morfológicas do solo, água no solo, colóide, superfície específica. O objetivo da disciplina é correlacionar as principais características morfológicas e fatores envolvidos com o meio ambiente e sua influência do ponto de vista da conservação do solo e da produção agropecuária. Os roteiros de práticas abrangem: o perfil do solo e seu estudo, a partir da correta abertura da trincheira; metodologia utilizada na identificação dos horizontes, descrição da transição e topografia da faixa de separação dos horizontes; estudo das características morfológicas do solo: a cor, importância e o método da sua avaliação; a textura; a consistência; a porosidade; a cerosidade; os nódulos; os slickensides; a análise textural; a densidade do solo; a densidade da partícula; a água no solo: as principais constantes de umidade do solo - a determinação da capacidade de campo e do ponto de murchamento e viagem de estudo de solos da região, com ênfase nos aspectos da gênese, sua morfologia, características físicas, limitações e possibilidades para as atividades agrícolas e para outros usos. Ao se estudar a formação dos solos podemos distinguir dois estágios distintos: a intemperização, processo geológico que inclui dissolução, hidrólise, carbonatação, oxidação, redução e formação coloidal; e a evolução pedogênese estudada pela pedologia, onde estão incluídos a calcificação, a podzolização, a laterização, a salinização, a dessalinização, a alcalinização, etc. 2

3 Ao se estudar os horizontes de um solo, destacam-se as propriedades físicas, químicas, mineralógicas, biológicas e morfológicas. As características morfológicas são as mais facilmente acessíveis e perceptíveis, obtidas nas descrições efetuadas em campo, diante de um perfil de solo. A descrição morfológica de um solo expressa sua aparência, de acordo com suas características morfológicas perceptíveis. As características morfológicas descritas são fundamentais na definição do tipo de solo, o que se complementa após as determinações laboratoriais. A morfologia, além de ser importante na caracterização do solo, propicia elementos para previsões no que respeita à importância agrícola, a saber: drenagem, permeabilidade, compactação, susceptibilidade à erosão, facilidade do trabalho de máquinas, irrigação, etc. Algumas das principais características morfológicas do solo são: espessura, arranjamento e número de horizontes; transição entre horizontes; cor; textura; estrutura; porosidade; cerosidade; consistência; ocorrência de concreções; No que diz respeito aos atributos físicos do solo, seu uso para o estudo de sua qualidade apresenta vantagens relacionadas ao baixo custo, metodologias simples e rápidas e relação direta com os demais atributos químicos e biológicos do solo, que, como corpo natural, organizado, tridimensional e que reage a estímulos, em termos pedológicos é considerado um sistema disperso, constituído de três fases: sólida, líquida e gasosa. A fase sólida é formada da parte mineral e da parte orgânica. A parte mineral do solo é constituída de partículas unitárias resultantes do intemperismo das rochas, de tamanhos variáveis, desde fragmentos das rochas até partículas de dimensão muito pequena, como as partículas coloidais de argilas. A fase líquida é representada pela água retida no solo sob diferentes tensões. A solução do solo é considerada parte integrante dessa fase. A fase gasosa é constituída pelo ar do solo, mistura complexa de gases oriundos da atmosfera e das reações do sistema solo-água-planta. Paulo Augusto da Costa Pinto Engº Agrº, D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas Prof. Pleno UNEB/DTCS pacostapinto@gmail.com 3

4 ÍNDICE ABERTURA DE TRINCHEIRA PARA ESTUDO DE PERFIL DO SOLO... 5 DIFERENCIAÇÃO DOS HORIZONTES OU CAMADAS E SUA TOPOGRAFIA... 9 COR DO SOLO TEXTURA DO SOLO ESTRUTURA DO SOLO CONSISTÊNCIA DO SOLO CEROSIDADE, SLICKENSIDES E NÓDULOS DO SOLO ANÁLISE TEXTURAL DO SOLO DENSIDADE DO SOLO DENSIDADE DE PARTÍCULAS DO SOLO POROSIDADE DO SOLO CONSTANTES DE UMIDADE DO SOLO - CAPACIDADE DE CAMPO CONSTANTES DE UMIDADE DO SOLO - PONTO DE MURCHA PERMANENTE VIAGEM DE ESTUDO DE SOLOS JUAZEIRO-BA

5 ABERTURA DE TRINCHEIRA PARA ESTUDO DE PERFIL DO SOLO 5

6 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ABERTURA DE TRINCHEIRA PARA ESTUDO DE PERFIL DO SOLO Hugo Souza 1, Rafael Torres 1, Sinivaldo Paixão 1, Vitor Maciel 1, Cláudio 1, Paulo A. da C. Pinto 2 INTRODUÇÃO Perfil do solo é o conjunto de todos os horizontes genéticos e/ou camadas, acrescido do material mineral pouco ou nada transformado e do manto superficial de resíduos orgânicos que influenciam a gênese e o comportamento do solo. Normalmente perfil do solo é examinado numa secção vertical, mas as descrições e coletas são feitas considerando um volume de solo. Horizontes do solo - são partes de um perfil do solo, mais ou menos paralelas à superfície do terreno, resultantes da atuação dos processos pedogenéticos. Os horizontes são geneticamente relacionados entre si dentro de um perfil e indicam modificações dominantes a partir do material de origem do solo. Camadas do solo - são partes de um perfil do solo, mais ou menos paralelas à superfície do terreno pouco ou nada afetadas pelos processos pedogenéticos. As descrições do solo no campo são constituídas do registro metodizado das suas características, através do estudo e do exame do solo em seu meio e condições naturais. As descrições completas dos solos, que são feitas quando do estudo do perfil no campo, devem incluir a identificação dos horizontes e as descrições das características morfológicas de cada um, individualmente, caracterizando a espessura, cor, textura estrutura, consistência, transição entre horizontes e demais camadas. 1 Aluno da disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo. 2 Eng o. Agr o., D.Sc., professor de Gênese, Morfologia e Física de Solo. 6

7 OBJETIVOS Demonstrar através desta prática como abrir devidamente uma trincheira para estudo das características morfológicas, os horizontes e/ou camadas que constituem o estudo do perfil do solo, visando a compreensão dos assuntos. MATERIAL E MÉTODOS Para descrição da morfologia de um solo, recorre-se à abertura de uma trincheira de tamanho suficiente para que se possa avaliar as características morfológicas, tirar fotografias e coletar material para determinações em laboratório. A abertura da trincheira é, na maioria das vezes, ainda feita manualmente. Para isso, algumas ferramentas básicas são indispensáveis (Figura 1), tanto para a sua abertura como para avaliações morfológicas iniciais. Figura 1 - Parte do material de campo usado para exame e coleta de terra e outros materiais em perfil de solo: 1) martelo pedológico; 2) trado de rosca; 3) trado holandês; 4) trado de caneco; 5) enxadão; 6) pá quadrada; 7) pá reta; e 8) faca. Embora não exista regra para estabelecer o tamanho ideal de uma trincheira, em razão das variações horizontais e verticais dos solos, recomendase, sempre que possível que atinja 2,0 m de profundidade para descrição de perfil de solos profundos. Assim, dimensões de trincheiras de 1,5 m de comprimento por 1,2 m de largura e 2,0 m de profundidade (Figura 2) são amplamente utilizadas nos trabalhos de levantamento de solos. Deve-se tomar a precaução de obter, pelo menos, uma face vertical que seja lisa e esteja bem iluminada, a fim de exibir claramente o perfil. A superfície não deve ser alterada. O material retirado da trincheira não deve ser depositado sobre a face de observação. É imprescindível que em um dos lados da trincheira sejam construídos degraus, para facilitar o acesso e manuseio do material coletado (etiquetagem, amarrio, preparo de amostras para densidade e micromorfologia etc). Normalmente isso é feito no lado oposto àquele da descrição. 7

8 Exames preliminares de perfis de solos podem ser feitos nos cortes de estrada e voçorocas de sulcos de erosão, onde se procura separar os diferentes horizontes do perfil e demais características necessárias à classificação do solo, de acordo com o serviço que se está executando. Figura 2 - Representação de trincheira preparada para a descrição de perfil. Fonte: SANTOS et al. (2005). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VIEIRA, L. Manual da Ciência do Solo. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, p LEMES, R. C.; SANTOS, R. D. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 3ª ed. Campinas 1996; LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de textos, p. 8

9 DIFERENCIAÇÃO DOS HORIZONTES OU CAMADAS E SUA TOPOGRAFIA 9

10 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA DIFERENCIAÇÃO DOS HORIZONTES DO SOLO E SUA TOPOGRAFIA Edvagner Almeida 1 ; Laise Sousa¹; Reinaldo Dantas¹; Vandré Samir¹; Paulo Augusto da Costa Pinto 2 INTRODUÇÃO Toda atividade de um ecossistema é dependente direta da energia solar, desde a síntese de substancias orgânicas até sua degradação por sucessivas insolações e precipitações. As precipitações auxiliam principalmente na lixiviação descendente de elementos e o lençol freático no sentido ascendente em locais de alta evapotranspiração potencial. Esses processos influem na formação e na consolidação dos horizontes, dentre outros aspectos. OBJETIVOS Identificar os diversos horizontes que compõem o solo, distinguindo principalmente os seguintes pontos: Espessura e elementos de formação desses horizontes Variação de cor desses diversos horizontes Distribuição e aspectos das raízes e poros Textura; estrutura; consistência e a topografia. HORIZONTES Horizonte O: Camada orgânica superficial. É constituído por detritos vegetais e substâncias húmicas acumuladas na superfície. É bem visível em áreas de floresta e distingui-se pela coloração escura e pelo conteúdo em matéria orgânica (cerca 20%). Horizonte A: Camada mineral superficial adjacente à camada O ou H. É o horizonte onde ocorre grande atividade biológica o que lhe confere coloração escurecida pela presença de matéria orgânica. Existem diferentes tipos de horizontes A, dependendo de seus ambientes de formação. Esta camada 1 Aluno da disciplina de Gênese, morfologia e física do solo. 2 Professor da disciplina de Gênese, morfologia e física do solo. 10

11 apresenta maior quantidade de matéria orgânica que os horizontes subjacentes B e C. Horizonte E: Horizonte mineral com concentração residual de areia, sob um horizonte A ou H, de coloração clara, decorrente da translocação de argila, ferro, alumínio ou matéria orgânica (MOS). Horizonte B: Camada mineral situada mais abaixo do horizonte A. Apresenta menor quantidade de matéria orgânica, e acúmulo de compostos de ferro e argilo minerais. Ocorre concentração de minerais resistentes, como quartzo em pequenas partículas (areia e silte). É o horizonte de máximo acúmulo, com bom desenvolvimento estrutural. Horizonte C: Camada mineral de material inconsolidado, ou seja, por ser relativamente pouco afetado por processos pedogenéticos, o solo pode ou não ter se formado, apresentando-se sem ou com pouca expressão de propriedades identificadoras de qualquer outro horizonte principal. Rocha: Camada mineral de material consolidado, que constitui substrato rochoso contínuo ou praticamente contínuo, a não ser pelas poucas e estreitas fendas que pode apresentar (rocha). Vale salientar que a presença dos vários tipos de horizontes mencionados está subordinada às condições que regulam a formação e evolução do solo. Como as condições variam de acordo com as circunstâncias do ambientes (material de origem, vegetação, clima, relevo, tempo) o tipo e número de horizontes de um perfil de solo são diferentes. 11

12 MATERIAIS E MÉTODOS No processo de diferenciação de horizontes utiliza-se equipamentos simples, tais como: Martelo de pedólogo Faca Borrifador de água Trena ou fita métrica Lente de pequeno aumento. Para identificar e delimitar os horizontes observa-se primeiramente, na face exposta do perfil do solo, as diferenças maiores existentes na cor, textura, estrutura e ou concrescência e outras características. Uma vez feita a separação dos horizontes ou camadas, mede-se a profundidade e a espessura de cada horizonte ou camada, procurando-se fazer coincidir o zero da trena com o topo do horizonte superficial mineral, e procedese a leitura expressando as medidas em cm, como mostra a tabela abaixo:. Figura 2 - Modelo de tabela de profundidade e espessura de horizontes. Fonte: SANTOS et al. (2005). O modo pelo qual esses horizontes se sobrepõem ou transitam é muito importante e também devem ser listados, é denominado por alguns autores como Nitidez. Onde estão separados em quatro graus distintos: Abrupta; clara; gradual e difusa. Esses diferentes graus de nitidez serão melhores esclarecidos no próximo tópico. 12

13 No caso de horizontes com transições onduladas, irregulares; descontinuas ou quebradas, deve-se considerar a profundidade predominante, anotando entre parênteses as variações máximas e mínimas. Em alguns solos minerais pode ocorrer a presença de horizonte orgânico (O) sobre horizonte diagnostico superficial. Nesse caso, o zero da trena continua sendo o topo do horizonte A e a mensuração do (s) horizonte (s) orgânico (s) sobrejacente (s) é feita de baixo para cima (do topo do horizonte A em direção a superfície). Fig. 3 Tabela de determinação de horizontes orgânicos. Fonte: SANTOS et al. (2005). TRANSIÇÃO ENTRE OS HORIZONTES E TOPOGRAFIA Maneira com que os horizontes, previamente identificados, se diferenciam entre si quanto as variações de cor, textura e estrutura. Para sua avaliação recorre-se tanto a observação visual, quando essa transição não é notória recorre então ao toque com a faca ou martelo pedológico ao longo do perfil. É descrita quanto ao grau (nitidez) e a topografia (forma) com que os horizontes se diferenciam ao longo do perfil. O primeiro diz respeito a distancia vertical (cm), em que se verifica a separação entre esses horizontes: Tabela 1 Grau de transição entre horizontes Grau ou Nitidez Faixa de Separação (cm) Abrupta < 2,5 Clara 2,5 7,5 Gradual 7,5 12,5 Difusa > 12,5 Tabela 2 Forma de transição entre horizontes Forma ou Topografia Fig. 4 - Plana Fig. 5 - Ondulada Fig. 6 - Irregular Características Paralela a superfície, com pouca ou nenhuma irregularidade. Sinuosa, com desníveis em relação a um plano horizontal mais largo que profundo. Irregular, com desníveis em relação a um plano 13

14 Fig. 7 - Descontínua horizontal mais profundo que largos. Descontínua, em que partes de um horizonte estão parcial ou completamente desconectadas de outras do mesmo horizonte. Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 Fonte: SANTOS et al. (2005). COLETA DE DADOS Horizonte Profundidade (cm) Espessura (cm) Nitidez REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Lepsch, Igo F. Formação e Conservação dos Solos. São Paulo: Oficina de textos, p SANTOS, R.D.; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G. dos; Ker, J.C.; ANJOS, L.H.C. dos. Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. 5ª ed. Revista e ampliada. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, p VIEIRA, L. Manual da Ciência do Solo. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, p DISPONÍVEL EM: < Acesso em:28/03/

15 COR DO SOLO 15

16 UNIVERSIDADE DO ESTAADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS-DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA COR DO SOLO Ana Paula Guimarães Santos 1 ; Alexandre Luiz 1 ; Eliakim lopes 1 ; Talita Rodrigues 1 ; Paulo Augusto da Costa Pinto 2 INTRODUÇÃO A cor é a sensação visual que se manifesta na presença da luz e, de certo modo, reflete a quantidade de matéria orgânica, o tipo de óxido de ferro presente, além da classe de drenagem do solo. No exame do perfil do solo, a cor é uma das características que mais chama a atenção. As várias tonalidades de coloração existentes no perfil permitem a delimitação dos horizontes e por vezes evidenciar certas condições de extrema importância. A matéria orgânica, o conteúdo de sílica e os compostos de ferro. Há como resultado da gênese e da pedogênese do solo, extensa variedade de cores. OBJETIVOS 1. Descrever os passos para a determinação da cor do solo; 2. Caracterizar a importância da cor e sua relação com o solo e as plantas; 3. Interpretar os resultados obtidos ao se determinar a cor em diferentes materiais de solos e verificar as correlações com as propriedades do solo; MATERIAL E MÉTODOS A partir da cor é possível fazer inferências quanto: ao conteúdo de matéria orgânica (MO) - em geral, quanto mais escura, maior o conteúdo de MO; à tipificação de óxidos de ferro: hematita (cor vermelha); goethita (cor amarela); às formas reduzidas de Fe (cores cinza); à drenagem, em que cores neutras e acinzentadas indicam solos mal drenados, entre outros exemplos. Daí a importância de sua caracterização de forma padronizada. - Primeiramente procura-se verificar se a amostra de terra tem coloração 1 Alunos da disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo; apgs5@hotmail.com; alexandrenovaes1@hotmail.com; kiinho_lopes@hotmail.com 2 Professor da disciplina de Gênese, Morfologia e Física do Solo; pacostapinto@gmail.com; 16

17 avermelhada, alaranjada ou amarelada, para situa-ia entre as folhas com matizes R, YR ou Y. Os fabricantes da carta recomendam primeiramente procurar selecionar qual das cartas tem um matiz ("hue") que mais se aproxima da amostra; em seguida, verificar entre os padrões, observando a amostra pelos orifícios, qual o que tem a cor mais parecida com a do solo. Uma vez encontrada a cor padrão, fazer a leitura e anotá-la. Raramente a coloração da amostra será perfeitamente igual a de um dos padrões. - A caracterização da cor de um solo, ou dos seus horizontes, segue uma padronização mundial: o Sistema Munsell de Cores, que contempla o grau de intensidade de três componentes da cor: matiz ( hue ), valor ( value ) e croma (chroma ), conforme especificações constantes na Carta de Cores Munsell para Solos ("Munsell Soil Color Charts") (Figuras 1, 2 e 3). Figura 1. Fonte: SANTOS et al. (2005). Figura 2. Matizes que compõem o espectro e que aparecem na carta de cores de Munsell. Fonte: KIEHL,

18 - O matiz refere-se ao espectro dominante da cor; o valor refere-se à tonalidade da cor; - O croma diz respeito à pureza relativa ou saturação da cor - Para o horizonte B determina-se a cor apenas com amostra úmida - Na determinação do tipo de horizonte A, torna-se necessário anotar também as cores com amostras úmida amassada, seca e seca triturada. - Na descrição da cor, deve-se usar sempre a seqüência: úmida, úmida amassada, seca e seca triturada. - Um detalhe importante na determinação da cor é a presença de uma boa iluminação e ângulo de incidência dos raios solares. Observando as cores de um perfil, deve-se sempre procurar as mesmas condições de iluminação da amostra de solo, anotando-se a cor mais aproximada dos padrões de referência ou da presença de acumulações de materiais orgânicos ou minerais. Apenas a cor úmida é suficiente na determinação do mosqueado. Figura 3 Esquema de como são formadas as tonalidades. Fonte: KIEHL, O mosqueado ocorre em muitos horizontes ou camadas de solo, especialmente pela presença de partes do material de origem do solo não ou pouco intemperizado, podendo também ser decorrente da drenagem imperfeita do perfil de solo ou da presença de acumulações de materiais orgânicos ou minerais. Apenas a cor úmida é suficiente na determinação da cor do mosqueado, e a notação é feita do seguinte modo: - cor de fundo e cor ou cores das manchas existentes e, - arranjamento do mosqueado. 18

19 Entende-se por cor de fundo a que predomina no horizonte, ocupando-lhe a maior superfície, e por cor ou cores das manchas existentes, as outras observadas. Todas essas cores devem ser determinadas individualmente e na parte Interna do agregado ou torrão. Depois de determinadas as cores que constituem o mosqueado, deve-se proceder à descrição do arranjamento do mosqueado, conforme a seguinte notação: a) Quanto à quantidade Pouco - quando a área total das manchas não ocupa mais de 2 % da superfície do horizonte. Comum - quando a área total das manchas varia de 2 a 20 % no horizonte. Abundante - quando a área total das manchas ocupa mais de 20 % no horizonte. b) Quanto ao tamanho das manchas Pequeno - eixo maior inferior a 5 mm. Médio - eixo maior de 5 a 15 mm. Grande - eixo maior superior a 15 mm. c) Quanto ao contraste de cores das manchas em relação ao fundo. Difuso - mosqueado indistinto, reconhecido apenas em um exame acurado. Matiz, valor e croma do mosqueado variam muito pouco em relação à cor principal. Distinto - mosqueado facilmente visível, sendo a cor do matiz do solo. Facilmente distinguida da(s) cor(es) do mosqueado. O matiz varia de uma a duas unidades, e o valor e croma, de uma a algumas. Proeminente - a diferença entre a cor do matiz do solo e a(s) cor(es) do mosqueado é de várias unidades em matiz, valor e, ou, croma. A fim de facilitar a descrição do mosqueado, deve-se usar o seguinte critério: quantidade, tamanho, contraste, nome da cor em português e a notação de Munsell. - A notação, em letras e números envolve o matiz, o brilho e a intensidade. O matiz encontra-se no alto e à direita de cada folha, por exemplo: 10 R, 2,5 YR, etc. O brilho é lido à esquerda da linha em que se encontra o padrão e é representado pelo numerador de uma fração ordinária, por exemplo: 6/, 4/, 3/ etc. A intensidade da cor é lida na parte inferior de cada carta e na direção da coluna em que se encontra o padrão, sendo representada pelo denominador de uma fração ordinária, por exemplo, /0, /6, /8 etc. A notação completa será, por exemplo: (2,5 YR 4/6). - A nomenclatura da cor do solo compreende duas notações: a de Munsell, 19

20 como foi explicado acima e a do nome da cor. Esta última encontra-se no verso das folhas que compõe a carta de Munsell. Quando se deseja utilizar em notações expressa-se como no exemplo: vermelho escuro (2,5 YR 3/4, seco) bruno avermelhado escuro (2,5 YR 3/6, úmido); vermelho amarelado (5 YR 4/8, seco triturado. Solos de coloração neutra, como costumam ser os hidromórficos, serão comparados com a coluna de padrões da direita da carta, cuja intensidade é igual a zero e cujas tonalidades vão de 2 a 8. Encontrado o padrão, suponhamos o de número 3/0 a representação será a seguinte: N 3, que significa neutro três. - Quando se tem a impressão de que a cor do solo se acha entre dois padrões de uma mesma folha ou entre os padrões de duas folhas ou cartas podese fazer a notação indicando essa ocorrência. Suponha-se que a cor do solo está entre os padrões 10 YR 5/4 e 10 YR 6/4; a notação pode ser 10 YR 5,5/4 ou ainda 10 YR 5/4-6/4 como também se vê. Se a cor do solo estiver entre os padrões das cartas 7,5 YR 5/4 e 10 YR 5/4, por exemplo, a interpolação do matiz se fará, anotando 8,5 YR se a cor for mais próxima de 7,5 YR e, 9 YR se o operador julgar que a cor da amostra tende para 10 YR. Há quem prefira usar números inteiros ou a média aritmética dos matizes, isto é, 8 YR o 8,75 YR. O nome da cor, é claro, será o correspondente ao da folha a que ela mais se aproximar. Como a cor dos objetos varia com a natureza da luz que o ilumina, recomenda-se fazer as determinações evitando luz artificial. Fazer com a luz do sol, evitando trabalhar duas horas depois de o sol nascer ou duas antes dele se por. A iluminação deve ser difusa, mas não direta, portanto, efetuar a determinação à sombra. Quando o solo é rico em matéria orgânica e a coloração da parte mineral está mascarada pela cor negra do húmus, pode-se tratá-lo com água oxigenada para destruir a parte orgânica, determinando-se, então, a cor da fração inorgânica. RESUMO 1. Há de acordo com a gênese e pedogênese do solo extensas variedades de cores. 2. Na determinação da cor do solo, 3 são os principais fatores: 1) matéria orgânica; 2) conteúdo de sílica; 3) compostos de ferro. 3. A matéria orgânica está relacionada com as condições climáticas. Ela é responsável pelas cores escuras dos solos. Podem variar do branco ao negro. 4. As cores vermelhas dependem, em parte, do estado de oxidação dos sesquióxidos de ferro hidratados (Iimonita) ou não hidratados (hematita). 5. As cores apresentadas pelos compostos de ferro podem dar indicação do grau de drenagem do solo. 6. A cor é um caráter significativo de condições importantes do solo com o conteúdo de matéria orgânica, o grau de hidratação dos sesquióxidos, 20

21 as condições de drenagem e a umidade. 7. A cor do solo é influenciada pelo grau de umidade. 8. A tabela de cores de MUNSELL é a mais usada atualmente na descrição das cores dos solos. BIBLIOGRAFIA KIEHL, J. E. Manual de Edafologia. São Paulo: Ceres, 1979, p MUNSELL COLOR. Munsell soil charts. New Windsor VIEIRA, L. Manual de Ciência do Solo. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1975, p SANTOS, R. D. dos; LEMOS, R. C. de; SANTOS, H. G. dos; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. dos Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. 5 a ed. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, p

22 TEXTURA DO SOLO 22

23 UNIVERSIDADE DO ESTAADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS-DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA TEXTURA DO SOLO Nardélio Teixeira dos Santos 1 ; Abelardo Feliciano de Jesus Júnior 1 ; Elisson Tiago Ferreira 1 & Paulo Augusto da Costa Pinto 2. INTRODUÇÃO A textura do solo refere-se à proporção relativa em que se encontram, em determinada massa de solo, os diferentes tamanhos de partículas. Referese, especificamente, às proporções relativas das partículas ou frações de areia, silte e argila na terra fina seca ao ar (TFSA). É a propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo. É muito importante na irrigação porque tem influência direta na taxa de infiltração de água, na aeração, na capacidade de retenção de água, na nutrição, como também na aderência ou força de coesão nas partículas do solo. Os teores de areia, silte e argila no solo influem diretamente no ponto de aderência aos implementos de preparo do solo e plantio, facilitando ou dificultando o trabalho das máquinas. Influi também, na escolha do método de irrigação a ser utilizado. Para simplificar as análises, principalmente quanto às práticas de manejo, os solos são agrupados em três classes de textura: Solos de Textura Arenosa (Solos Leves) - Possuem teores de areia superiores a 70% e o de argila inferior a 15%; são permeáveis, leves, de baixa capacidade de retenção de água e de baixo teor de matéria orgânica. Altamente susceptíveis à erosão, necessitando de cuidados especiais na reposição de matéria orgânica, no preparo do solo e nas práticas conservacionistas. São limitantes ao método de irrigação por sulcos, devido à baixa capacidade de retenção de água, o que ocasiona uma alta taxa de infiltração de água no solo e, conseqüentemente, elevadas perdas por percolação. Solos de Textura Média (Solos Médios) - São solos que apresentam certo equilíbrio entre os teores de areia, silte e argila. Normalmente, apresenta boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e índice médio de 1 Alunos da disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo. nardeliosantos@gmail.com. 2 Professor da disciplina de Gênese, Morfologia e Física do Solo; pacostapinto@gmail.com; 23

24 erodibilidade. Portanto, não necessitam de cuidados especiais, adequando-se a todos os métodos de irrigação. Solos de Textura Argilosa (Solos Pesados) - São solos com teores de argila superiores a 35%. Possuem baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água. Esses solos apresentam maior força de coesão entre as partículas, o que além de dificultar a penetração, facilita a aderência do solo aos implementos, dificultando os trabalhos de mecanização. Embora sejam mais resistentes à erosão, é altamente susceptível à compactação, o que merece cuidados especiais no seu preparo, principalmente no que diz respeito ao teor de umidade, no qual o solo deve estar com consistência friável. Apresentam restrições para o uso da irrigação por aspersão quando a velocidade de infiltração básica for muito baixa. (Embrapa algodão) Avaliação da textura do solo no campo não é simples, e por isso, alguns conhecimentos fundamentais de física do solo precisam ser considerados para que se possam compreender essas dificuldades. (Moniz, António C. comp). OBJETIVOS Caracterizar a importância da textura do solo para fins agrícolas. Correlacionar as diferentes classes texturais responsáveis por certas características físicas do solo, tais como permeabilidade, compacidade, resistência e tratos culturais. MATERIAL E MÉTODOS Enxada; Pá; Faca; Trado; Martelo pedológico; Pisseta; Triângulo Textural. TIPO DE PARTÍCULA Areia grossa Areia fina Silte Argila TAMANHO DAS PARTÍCULAS Entre 2,00 e 0,20 mm Entre 0,20 e 0,02 mm Entre 0,02 e 0,002 mm Menor que 0,002 mm TESTE DE CAMPO Os critérios para avaliação textural do solo pela sensibilidade ao tato, originariamente tem uma base objetiva e racional, já discutida, qual seja a participação predominante da fração argila nas características do solo. 24

25 Classificação textural simplificada. (EMBRAPA, 1979). Classes texturais do material constitutivo de horizontes e perfis de solos (LEMOS & SANTOS, 1996). Figuras 1 e 2. Classificações texturais. Fonte: PRADO (2003). Figura 3. Comparação entre as escalas texturais de Atterberg (A) e a Americana (B) (Estados Unidos, 1951, citado por PRADO (2003). Foi adotada uma maneira de associar o tato com uma classe textural, e dividida em três etapas: a) Avaliação da argila: A dispersão e uniformização da massa de solo (cerca de 5g) precisam ser cuidadosamente executadas. A quantidade de água usada e as sensações de plasticidade e pegajosidade observadas dão os elementos que o operador necessita para avaliar a quantidade de argila do solo e conseqüentemente classificá-lo. b) Avaliação da areia grossa - A sensação de maior aspereza é relacionada com a areia grosa e se for constatada a sua predominância, o solo fica 25

26 automaticamente enquadrado numa das três subclasse-arenoso; arenobarento ou areno-argiloso, conforme a classe textural definida na primeira etapa. a) Avaliação da areia fina e do limo: Se não houve predominância de areia grossa e nem de argila, o solo apresenta uma concentração maior de fração intermediárias, isto é, areia fina e ou limo. A determinação da subclasse textural, nesse caso, é mais difícil. À medida que o limo vai predominando, o solo vai perdendo a sensação de aspereza típica da areia fina, para se tornar mais sedoso ao tato. Nesse caso, é classificado como limoso limo-barento ou limo-argiloso, conforme a classe textural anteriormente definida. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os métodos de manejo do solo se baseiam em grande parte na sua textura. O cultivo, a irrigação (frequência e intensidade) e a adubação devem ser norteados pela textura do solo. Esta característica também é de suma importância nos estudos de morfologia, géneses, mapeamento e classificação do solo. BIBLIOGRAFIA BUCKMAN, H. O. & BRADY, N. C. Natureza e propriedades dos solos. "The nature and properities of soils".trad. António B. Neiva F. F. T. ed.rio de Janeiro: Freitas Bastos, JORGE, José António. Física e manejo dos solos tropicais. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, MONIZ, António C. comp. Elementos de pedologia, coordenado por António C. Moniz. Rio de Janeiro, livros técnicos e científicos, PRADO, H. do. Solos do Brasil. Génese, morfologia, classificação levantamento e manejo agrícola e geotécnico. 3.ed. rev. E ampl. Piracicaba: H. Do Prado, p. SEIXAS, Bráulio Luiz Sampaio. Fundamentos do manejo e da conservação do solo, Bráulio Luiz Sampaio Seixas. -salvador: Centro. Editorial e didático da UFBA,

27 ESTRUTURA DO SOLO 27

28 UNIVERSIDADE DO ESTAADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS-DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ESTRUTURA DO SOLO 1 Renan Almeida Brito da Silva 2, Lucas Pires, Jaime da Silva², Paulo Augusto da Costa Pinto 3 INTRODUÇÃO No estudo da Gênese do solo tem-se que o mecanismo pelo qual a estrutura do solo se desenvolve não é precisamente conhecido. Supõe-se que seja de duas maneiras, o que lhe conferiria, portanto, duas formas de estruturas distintas formadas: a) pela agregação das partículas unitárias a partir da floculação dos colóides do solo; b) pelo quebramento gradual do material maciço por contração ou rachaduras provocadas pela secagem. A estrutura refere-se ao padrão de arranjamento das partículas do solo (areia, silte e argila) em unidades estruturais compostas chamadas agregados, separados entre si por superfícies de fraqueza (às vezes de difícil ruptura) ou às vezes superpostas sem conformação definida. Estas unidades estruturais compostas quando existentes, apresentam tamanho e forma definidos. Estrutura= forma + tamanho + grau de desenvolvimento; Formas: A estrutura pode apresentar a forma prismática; blocos; granular e laminar (Figura 1). Figura 1- Tipos de estrutura: a) laminar, ba) prismática, bb) colunar, ca) blocos angulares, cb) blocos subangulares e d) granular. 1 Titulo do trabalho da disciplina Gênese, morfologia e física do solo. 2 Alunos do curso de Engº Agronômica. britaas@yahoo.com.br 3 Profº da disciplina Gênese, morfologia e física do solo. pacostapinto@gmail.com 28

29 Alguns destes tipos podem ter subtipos: A estrutura prismática pode ser: prismática e colunar; A estrutura em blocos ou poliédrica pode ser: angular e subangular; A estrutura granular pode ser: granular e grumosa (que é mais porosa), crumb ; A estrutura laminar não contém subtipos. Tamanho: A estrutura pode ser quanto ao tamanho (mm) (ver Anexos): Muito pequena; Pequena; Média; Grande e Muito grande. Grau de desenvolvimento (ver Anexos): Fraco; Moderado e Forte. Importância agrícola da estrutura: Existem estruturas favoráveis e desfavoráveis. As estruturas consideradas favoráveis são aquelas que conferem ao solo excelentes condições físicas; as desfavoráveis são aquelas que correspondem aos solos com péssimas condições físicas. Solos com excelentes condições físicas possuem: Boa aeração; são facilmente mecanizáveis; possuem drenagem eficiente; possuem fácil penetração de raízes; é resistente à erosão. Estruturas que conferem excelentes condições físicas: Granular: Horizonte B dos Latossolos; Grumosa: Geralmente no horizonte superficial (subtipo da Granular); Blocos: Sendo que o grau de desenvolvimento seja fraco. Solos com péssimas condições físicas possuem: Mal drenabilidade; dificilmente mecanizável; mal aerado; difícil penetração das raízes; susceptível à erosão. Estruturas que conferem péssimas condições físicas: Prismática; Colunar (subtipo da prismática); Laminar; Blocos: sendo que o grau de desenvolvimento seja forte (com grande acúmulo de argila no horizonte). 29

30 OBJETIVOS Descrever os tipos de estruturas, tamanho e grau de desenvolvimento, a fim de classificar e definir como estruturas favoráveis e desfavoráveis; Reconhecer em campo os diferentes tipos de estruturas do solo; Correlacionar o tipo de estrutura com o desenvolvimento da planta; Interpretar os resultados obtidos do estudo da estrutura, para fins agropecuários. MATERIAL E MÉTODOS Para descrição e estudo da estrutura do solo, recorre-se à abertura de uma trincheira ou até o aproveitamento de um corte de estrada para a coleta e avaliação do material. Para realizar essa descrição, estudo e a coleta do material são utilizadas ferramentas indispensáveis, como: martelo pedológico; enxadão; pá quadrada; pá reta e faca. Na coleta de material para o estudo da estrutura que pode ser feita em uma trincheira e ou, em um corte de estrada, deve-se ter cautela na coleta desse material, tomando-se vários cuidados na coleta. Em seqüência tem-se a descrição das atividades a serem seguidas para o estudo de estrutura: Coleta do material; Classificação da estrutura em relação à forma (primática, blocos, granular e laminar); Classificação da estrutura quanto ao tamanho (muito pequena, pequena, média grande e muito grande); Classificação quanto ao grau de desenvolvimento (fraca, moderada e forte); Classificação das estruturas em favoráveis e desfavoráveis: - Favoráveis (excelentes propriedades físicas): Granular, grumosa e blocos; - Desfavoráveis (péssimas condições físicas): Prismática, colunar, laminar e blocos. - Na descrição morfológica da estrutura do horizonte ou da camada, 1º se descreve o GRAU DE ESTRUTURAÇÃO, seguido pelo TAMANHO e, por último, o TIPO. 30

31 BIBLIOGRAFIA VIEIRA, L. Manual de Ciência do Solo. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1975, p.254. KIEHL, J. E. Estrutura. Manual de Edafologia. São Paulo: Ceres, 1979, p SANTOS, R.D. dos; LEMOS, R. C. de; SANTOS, H. G. dos; KER, J. C.: ANJOS, L. H. C. dos Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. 5 a ed. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, p ANEXOS Tipos e classes de estrutura do solo 31

32 Classes de tratamento de estruturas prismática e colunar. Classes de tratamento de estrutura em blocos angulares e subangulares. 32

33 Classes de tratamento de estruturas granular e em grumos. Classes de tratamento de estrutura laminar. 33

34 CONSISTÊNCIA DO SOLO 34

35 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DTCS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO ROTEIRO DE AULA PRÁTICA CONSISTÊNCIA DO SOLO Alberto Silva 1 ; Diogo André¹; Gliêda Mendes¹; Igor Ribeiro¹; Klayton¹; Paulo Augusto da Costa Pinto 2. INTRODUÇÃO São diversos os caracteres morfológicos que podem caracterizar um perfil de solo, dentre eles se encontra a consistência do solo que compreende os atributos do material do solo que são expressos pelo grau ou natureza de coesão ou adesão ou pela resistência à deformação pela rotura. A consistência do solo varia primordialmente com o conteúdo de umidade, bem como com a textura, com a matéria orgânica, com a quantidade e natureza do material coloidal, com a estrutura e com o tipo de cátion absorvido (Santos & Lemos, 2005). A terminologia para a consistência inclui termos distintos para a descrição em três estados padronizados: seco, úmido e molhado, sem o que a descrição não será considerada completa. A consistência no estado úmido é normalmente a mais significativa. OBJETIVOS Determinar os tipos de consistência do solo; Correlacionar a consistência com o uso, manejo e conservação do solo. MATERIAL E MÉTODOS Pá, martelo pedológico, pisseta, faca. Consistência do solo quando seco: É caracterizado pela dureza ou tenacidade. Deve-se selecionar um torrão seco e comprimi-lo entre o polegar e o indicador. Podendo verificar: I. Solto; II. Macio; III. Ligeiramente duro; 1 Aluno da disciplina Gênese, morfologia e física do solo. 2 Professor da disciplina Gênese, morfologia e física do solo. 35

36 IV. Duro; V. Muito duro; e VI. Extremamente duro Consistência do solo quando úmido: Caracterizado pela friabilidade. Para a avaliação da consistência deve-se selecionar um torrão aparentemente úmido e tentar esborroar na mão. O estado de umidade deve ser intermediário, ou seja, entre seco e a capacidade de campo. Assim tem-se: I. Solto; II. Muito friável; III. Friável; IV. Firme; V. Muito firme; e VI. Extremamente firme. OBS: No caso do material ser difícil de ser umedecido, a consistência úmida não será descrita, sendo registrado o porquê no item observações. Consistência quando molhado: É caracterizada pela plasticidade e pela pegajosidade. É determinada em amostras pulverizadas e homogeneizadas com conteúdo de água ligeiramente acima ou na capacidade de campo. Plasticidade: é a propriedade que pode apresentar o material do solo de mudar continuamente de forma, pela ação da força aplicada, e de manter a forma imprimida, quando cessa a ação da força. Para determinar, rola-se, após amassado, a amostra entre o indicador e o polegar, observando o fio ou cilindro fino de solo que pode ser feito ou modelado. Os graus de plasticidade podem ser: a) Não plástico; b) Ligeiramente plástico; c) Plástico; e d) Muito plástico. Pegajosidade: É a propriedade que pode apresentar a massa do solo, de aderir a outros objetos. Para determinar, após a massa de solo ser molhada e homogeneizada, é comprimida entre o indicador e o polegar, e a aderência é então observada. Os graus de pegajosidade podem ser: a) Não pegajoso; 36

37 b) Ligeiramente pegajoso; c) Pegajoso; e d) Muito pegajoso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANTOS, R.D. dos; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G.. dos; J.C.; ANJOS, L.H.C. dos. Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. 5º ed. Revista e ampliada. Viçosa, sociedade Brasileira de Ciência do Solo, VIEIRA, L.S. Manual da Ciência do Solo: com ênfase aos solos tropicais. 2ª Edição, Editora Agronômica CERES LTDA, São Paulo, p. < Acesso em 07/04/

38 CEROSIDADE, SLICKENSIDES E NÓDULOS DO SOLO 38

39 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS-DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA CEROSIDADE, SLICKENSIDES E NÓDULOS DO SOLO Breno Rocha 1 Linderson Batista 1, Luiz Alexandre 1, Rui Augusto 1, Paulo Augusto da Costa Pinto 2 ; INTRODUÇÃO No exame do perfil do solo, devem-se descrever detalhadamente características morfológicas de todos os horizontes e/ou camadas que compõem o perfil do solo. Dentre as características morfológicas importantes está a cerosidade, as superfícies de fricção (slickesides) e nódulos. Estas características são muito importantes, já que auxiliam na identificação do tipo de solo, bem como algumas dessas características merecem destaque na orientação de determinadas práticas agrícolas. Cerosidade: é o aspecto brilhante e ceroso, que ocorre por vezes na superfície das unidades de estruturas, manifestado muitas vezes por um brilho matizado. É decorrente de película de materiais coloidais, depositados nas superfícies das unidades estruturais, material este constituído por minerais de argila ou óxido de ferro ou talvez alumínio. Superfícies de fricção ou escorregamento de argila (slickensides): São superfícies polidas e estriadas produzidas por uma mútua fricção ou deslizamento de uma massa sobre a outra; as superfícies de fricção podem ser encontradas na base de superfície de deslizamentos em relevos acentuados. Nódulos e Concreções minerais: são corpos cimentados que podem ser removidos intactos dos solos. Suas composições variam de materiais parecidos com aqueles de solos contíguos (vizinhos) até substâncias puras de composição totalmente diferente do material vizinho. 1 Alunos da disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo; brenoagronomo@hotmail.com; lindersonbatistadasilva@yahoo.com.br; ruidesmantelo@hotmail.com 2 Professor da disciplina de Gênese, Morfologia e Física do Solo pacostapinto@gmail.com; 39

40 OBJETIVOS 1. Identificar em campo a presença de cerosidade quanto ao grau de desenvolvimento e quantidade; 2. Descrever cada formação; 3. Descrever a importância, suas formas de apresentação, estrutura e influência dessas características morfológicas no perfil no solo; 4. Fazer inferências sobre a gênese do solo em função dos seus constituintes; 5. Caracterizar a importância da cerosidade e dos nódulos e sua relações com o solo e as plantas. MATERIAL E MÉTODOS 1. Martelo pedológico 2. Lente de pequeno aumento 3. Faca 4. Pá e Picareta A partir da cerosidade é possível analisar um aspecto tanto brilhante e ceroso que ocorre por vezes na superfície das unidades de estruturas, manifestado frequentemente por um brilho matizado. Quanto ao grau de desenvolvimento da cerosidade, são utilizados os termos: Fraca, Moderada e Forte, de acordo com a maior ou menor nitidez e contraste mais ou menos evidente com as demais partes da camada ou horizonte. Quanto à quantidade da cerosidade, são utilizados os termos: Pouco, Comum e Abundante. Observa-se que os Latossolos, que são solos mais intemperizados, mais ricos em óxidos de Fe e Al, geralmente mais pobres em nutrientes e mais profundos não possuem, ou podem apresentar quantidades poucas ou fracas de cerosidade, sendo esta característica verificada nos solos podzolizados, menos intemperizados. Dessa maneira, pode-se dizer que se a cerosidade estiver presente em um solo, esta pode servir para indicar, evidentemente aliada a outras informações, a riqueza relativa de um solo em nutrientes (estágio de intemperismo). Além da cerosidade, devem ser citados: Superfícies Foscas ou Coatings: são superfícies ou revestimentos muito tênues e pouco nítidos, que não podem ser identificados como cerosidade, apresentando normalmente pouco contraste entre a parte externa revestida e a 40

41 matriz sob esse revestimento, tendo aspecto embaçado ou fosco. Este revestimento inclui também filmes de matéria orgânica infiltrada e manganês (pretos ou quase pretos), os quais podem ser resultantes de translocações. Superfícies de Fricção ou Slikensides: são superfícies alisadas e lustrosas apresentando estriamentos causados pelo deslizamento e atrito da massa do solo. São superfícies tipicamente inclinadas em relação ao prumo dos perfís. Superfícies de Compressão: são superfícies alisadas e lustrosas sem estriamento, causadas por compressão na massa do solo em decorrência de expansão do material. Não se apresentam inclinadas, por não haver deslocamento entre as unidades. São características de solos com textura pesada (muito argilosa). As concreções distinguem-se dos nódulos pela organização interna. Concreções tem a simetria interna organizada em torno de 1 ponto, de uma linha ou de um plano. Nódulos carecem de uma organização interna ordenadamente organizada. A descrição deve incluir informação sobre quantidade, tamanho, dureza, cor, natureza dos nódulos e compressões, sendo recomendados os seguintes termos: a) Quantidade: O problema de definir termos quantitativos para nódulos é similar para o caso de rochas de fragmentos minerais. Desde que a classe de nódulos é relativamente limitada, poucas excedendo 2 cm de diâmetro; grande importância pode ser dada às definições baseadas em volume: Muito pouco: menos que 15 % de volume Pouco: 5 a 15 % do volume Freqüente: 15 a 40 % do volume Muito freqüente: 40 a 80 % do volume Dominante: mais que 80 % do volume b) Tamanho Pequeno: Menor que 1 cm de diâmetro Grande: Maior que 1 cm de diâmetro O tamanho médio pode ser indicado entre parênteses isso é desejável se os nódulos são excepcionalmente pequenos (menores que 0,5 cm) ou grandes (mais de 2 cm) c) Dureza Macio: Pode ser quebrada entre o polegar e o indicador Duro: Não pode ser quebrado entre os dedos d) Forma: esférica, irregular e angular. e) Cor: simples termos - preto, vermelho, branco etc. f) Natureza: A presumível natureza do material do qual o nódulo ou concreção é principalmente formada deve ser nada, por exemplo: irostone (Termo 41

42 conviniente para vários materiais em que os compostos de ferro são predominantes): Ferro - mangnesiano, gibsita; carbonato de cálcio etc. Ex: nódulo pouco pequeno (0,25cm), macio, irregular, púrpura ferro - magnesiano e estrutura amorfa. BIBLIOGRAFIA KIEHL, J. E. Manual de Edafologia. São Paulo: Ceres, VIEIRA, L. Manual de Ciência do Solo. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1975, p. 285,286,287. SANTOS, R. D. dos; LEMOS, R. C. de; SANTOS, H. G. dos; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. dos Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. 5 a ed. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, p.33,

43 ANÁLISE TEXTURAL DO SOLO 43

44 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DTCS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ANÁLISE TEXTURAL DO SOLO Nelson Junior 1, Thiago Victor 1, Diego Medrado 1, José Roberto 1, Levi Humberto 1, Paulo Augusto da Costa Pinto 2 INTRODUÇÃO A análise textural, também chamada mecânica, granulométrica e físicomecânica, tem por finalidade fornecer os elementos necessários para o conhecimento das propriedades texturais do solo, ou seja, da distribuição de suas partículas unitárias menores que 2,0 mm., embora tenha grande utilidade na identificação do solo e na orientação de certas praticas agrícolas, por si só e insuficiente para esclarecer certas propriedades físicas do solo. É preciso cautela na interpretação dos seus dados, pois ela admite, por exemplo, que as argilas, partículas do solo menores que 0,002 mm, sejam consideradas uma única categoria de fração do solo,não levando em conta as variações na sua dimensão,forma e constituição mineralógica. O êxito na analise textural está na dependência de se conseguirem suspensões de solo onde as suas partículas unitárias se apresentem realmente individualizadas e assim se mantenham durante toda a fase de separação, apesar do elevado número de trabalhos de pesquisas realizadas visando a este objetivo. Até hoje não se conseguiu um método de análise textural eficiente para todos os solos. Os métodos de análise granulométrica podem ser assim classificados: a) por peneiragem; b) por sedimentação contínua; c) por sedimentação descontínua; d) por levigação. Entretanto o método mais utilizado é o da pipeta. De modo geral, pode-se considerar a marcha analítica dos métodos de análise textural dividida em três fases: pré-tratamento, dispersão e separação das frações do solo. A fase de pré-tratamento tem por finalidade eliminar os agentes cimentantes, os íons floculantes e sais solúveis que podem afetar a dispersão e estabilização da suspensão do solo, dentre os agentes cimentantes mais comumente encontrados, citam-se os seguintes: 1- matéria orgânica que pode ser eliminada pela água oxigenada; 1 Alunos da Disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo. 2 Prof. da Disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo 44

45 2- carbonatos que podem ser removidos pelo acido clorídrico diluído; 3-sesquióxidos de ferro e alumínio cuja conveniência de sua remoção na analise granulométrica é ainda discutível. A fase de dispersão tem por finalidade destruir os agregados do solo, separando-os em partículas realmente individualizadas e que devem permanecer em suspensão estável durante toda a fase analítica. Essa fase é constituída de duas partes: separação das partículas unitárias e estabilização de suspensão. Na fase de separação das frações, as partículas do solo, já previamente individualizados, são separadas em grupos chamados frações do solo. As frações mais grosseiras, ou seja, as areias são separadas por tamisação, utilizando-se peneiras diversas conforme o método empregado. As frações mais finas, ou seja, o limo e a argila são separadas por meio da sedimentação das partículas de areia fina e limo na suspensão já devidamente dispersada e estabilizada. De acordo com a lei de Stokes, diferentes tempos de sedimentação e diferentes alturas da suspensão do solo são considerados para separar (argila + limo) e, depois, argila. OBJETIVOS A análise textural tem por finalidade a identificação da classe textural do solo e o fornecimento de subsídios para a orientação em práticas agrícolas (adubação, irrigação, mecanização dos solos) etc, e determinar as frações granulométricas do solo (areia, argila e silte). MATERIAL E MÉTODOS Método da pipeta - baseia-se na velocidade da queda das partículas que compõe o solo. 1-rolo de madeira 2-proveta 1000 ml 3-pipetas de 50 ml 4-béquer de 250 ml 5-estufa ( C) 6-termômetro 7-peneiras de 0,053 mm e de 0,2 ml 8-balança analítica 9-agitador - coquete leira 10-vidro de relógio 11-funil de vidro 12-papel de vidro 13-nitrato de prata 14-bastão de vidro 45

46 Procedimento para Solos Normais - Colocar 20 g de solo (TFSA) em copo plástico de 250 ml. Adicionar 100 ml de água destilada e 10 ml de solução normal de hidróxido de sódio, ou 10 ml de hexametafosfato de sódio, tamponado com carbonato de sódio. Agitar com bastão de vidro e deixar em repouso durante uma noite, cobrindo o copo com vidro de relógio. - Transferir o conteúdo para copo metálico do agitador elétrico stirrer com o auxilio de um jato de água, deixando o volume em torno de 300 ml. Colocar o copo no agitador e proceder à agitação durante 15 min para solos argilosos e de textura média e durante 5 min para os solos arenosos. - Passar o conteúdo através de peneira de 20 cm de diâmetro e malha de 0,053 mm, colocada sobre um funil apoiado em um suporte, tendo logo abaixo uma proveta de 1000 ml ou um cilindro de sedimentação. Lavar o material retido na peneira com água proveniente de deposito colocado a mais ou menos 3 metros de altura, de modo a se obter uma pressão uniforme na mangueira e uma lavagem eficiente e rápida das areias. Completar o volume do cilindro até o aferimento, com o auxilio de uma pisseta. - Agitar a suspensão durante 20 segundos com um bastão, tendo este, na sua extremidade inferior, uma tampa de borracha contendo vários furos e de diâmetro um pouco menor do que o do cilindro ou proveta. Marcar o tempo após concluir a agitação. - Preparar a prova em branco, colocando o dispersante utilizado em proveta de 1000 ml contendo água. Completar o volume, agitar durante 20 segundos e marcar o tempo. Medir a temperatura da prova em branco e da amostra e verificar na tabela 1 o tempo de sedimentação da fração argila para 5 cm de profundidade. Calculado o tempo, introduzir uma pipeta de 50 ml, colocada em pipetador automático de borracha, até a profundidade de 5 cm, e coletar a suspensão. - Transferir para a cápsula de porcelana ou béquer numerado ou de peso conhecido, juntamente com a porção proveniente da lavagem da pipeta. Repetir essa operação para a prova em branco. Colocar a cápsula na estufa e deixar durante uma noite ou até evaporar completamente a suspensão. Retirar, colocar em dessecador deixar esfriar e pesar com aproximação de 0,0001g, concluindo, assim, a determinação da argila e do resido da prova em branco. - Completar a lavagem do que foi retido na peneira de 0,053 mm com jato forte de água de torneira. Transferir a fração da areia para lata de alumínio numerada e de peso conhecido, eliminar o excesso de água e colocar na estufa. Após secagem (3 a 5 h) deixar esfriar e pesar, com aproximação de 0,05g, obtendo-se assim o peso da areia grossa+ areia fina. Transferir essa fração para a peneira de 20 cm de diâmetro e malha de 0,2 mm(n 70), colocada sobre recipiente metálico de mesmo diâmetro e proceder a separação da areia grossa. 46

47 - Transferir a areia fina para a mesma lata que foi usada anteriormente e pesar. - Colocar as duas frações de areia separadamente em sacos plásticos e anotar os números da amostras, a fim de serem enviadas para análise mineralógica. PROCEDIMENTO ILUSTRADO Esquema da marcha analítica de um método de análise textural simplificado para solos isentos de carbonatos, pobres em cálcio e magnésio, e com teor de carbono total inferior a 3%. Fonte: Moniz, Temperatura e tempo de sedimentação da argila em suspensão aquosa, para uma profundidade de 5 cm T C Tempo T C Tempo T C Tempo T C Tempo 10 5h 11' 17 4h 20' 24 3h h 07' 11 5h h 12' 25 3h 33' 32 3h 03' 12 4h 55' 19 4h 06' 26 3h 28' 33 2h 58' 13 4h 47' 20 4h 00' 27 3h 24' 34 2h 55' 14 4h 39' 21 3h 54' 28 3h 19' 35 2h 52' 15 4h 33' 22 3h 48' 29 3h 15' 16 4h 26' 23 3h 43' 30 3h 10' OBS: Com base na Lei de Stokes, considerando a densidade de partícula igual a 2, 65. Fonte: EMBRAPA/CNPS (1997). 47

48 CÁLCULOS Calcular os valores das frações de acordo com as seguintes expressões: 1- Teor de argila =[ (argila (g) + dispersante(g) ) ] dispersante (g) x Teor de areia fina = areia fina (g) x Teor de areia grossa = [ (areia fina (g) areia grossa (g) ) ] - areia fina x Teor de silte = 1000 [ (argila (g) + areia fina (g) + areia grossa (g) ) ] Feitas as análises texturais transportam-se os resultados obtidos para o triângulo textural onde as diferentes classes texturais estão delimitadas, seguindo as proporções de areia total, silte e argila. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para fins de estudo, a analise textural e de suma importância para um manejo adequado do solo,pois,através desse estudo poderemos indicar o tipo de irrigação,adubação.mecanização a ser adotado. Importância da textura e suas relações com o solo e as plantas Para fins agrícolas, que dizem respeito ao crescimento e à produção das plantas, o conhecimento da natureza das partículas do solo (por exemplo, a determinação dos minerais primários minerais primários e dos tipos de minerais de argila), tem sido considerado, quando aliado a outros fatores, mais importante que as análises mecânicas e as conseqüentes determinações e suas classes texturais. Na prática o conhecimento da classe textural do solo dá ao técnico uma série de informações sobre suas propriedades. BIBLIOGRAFIA EMBRAPA. CNPS. Manual de métodos de análise de solo. CNPS. 2.ed. ver. e atualiz. Rio de Janeiro: CNPS, 1997, 27-39p. KIEHL, J.E. Estrutura. Manual de Edafologia. São Paulo: Ceres, 1979, p MONIZ, A. C. Elementos de pedologia. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, p. VIEIRA, L. Manual da ciência do solo. São Paulo:Ed. Agronômica Ceres, 1975, p

49 DENSIDADE DO SOLO 49

50 Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais DTCS Disciplina: Gênese, Morfologia e Física do Solo ROTEIRO DE AULA PRÁTICA DENSIDADE DO SOLO Jussara Barboza 1 ; Laís Sant Ana 1 ; Louise Danielle 1 ; Maria Auxiliadora 1 ; Mike Janner 1 ; Paulo Augusto da Costa Pinto 2 1. INTRODUÇÃO A densidade do solo pode ser definida como sendo a relação existente entre a massa de uma amostra de solo seca a 110 C e a soma dos valores ocupados pelas partículas e pelos poros. Esta geralmente aumenta com a profundidade do perfil, pois as pressões exercidas pelas camadas superiores sobre as subjacentes, provocam o fenômeno da compactação, reduzindo a porosidade. A densidade do solo é calculada pela seguinte fórmula: Ds = M/V g cm -3 Onde: Ds = densidade do solo; M = massa do solo, em g; V = volume do solo, em cm 3. A densidade do solo depende da natureza, das dimensões e formas como estão dispostas as partículas. A fase líquida afeta o volume do solo, conforme o seu estado de umidade, fazendo variar a densidade. Nos solos minerais a densidade do solo varia entre 1,1 a 1,6 g cm -3, sendo superior a dos solos orgânicos que apresentam densidade entre 0,6 e 0,8 g cm -3. Quando os solos são manejados inadequadamente pode ocorrer a compactação, alterando a estruturação e, com conseqüente aumento da densidade do solo. Os métodos de determinação da densidade do solo fundamentam-se em dois dados principais: massa e volume. A massa é obtida pesando-se a amostra de solo depois de seca em estufa a 105/110 C e, o volume é determinado utilizando variadas técnicas das quais originaram os métodos de determinação da densidade do solo. Dentre estas citamos: o método do balão 1 Alunos da disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo. 2 Professor Titular da UNEB/DTCS, Campus III, da disciplina Gênese, Morfologia e Física do Solo. 50

51 volumétrico, que consiste em encher um balão volumétrico com TFSA, o método apresenta falhas, o uso da terra fina perde pelo esboroamento e peneiragens, suas estruturas naturais; método do anel volumétrico ou cilindro volumétrico fundamenta-se no uso de um anel de bordos cortantes com capacidade interna conhecida, crava-se o anel na parede do perfil ou no próprio solo por pressões ou pancadas, remove o excesso de terra, com o auxilio de uma faca até igualar as bordas do anel, o solo obtido é transferido para um recipiente e levado a secar em uma estufa para obtenção de sua massa; método do torrão impermeabilizado; método da proveta; método de escavação, que consiste em se cavar no solo um buraco de paredes lisas, coletando-se cuidadosamente a terra escavada, secar e pesar, o volume, o qual é obtido determinando o volume do buraco escavado. Neste estudo trabalhar-se-ão os métodos da proveta e do torrão impermeabilizado. 2. OBJETIVOS O estudo da densidade do solo visa conhecer a relação entre a massa e os valores ocupados pelas partículas e poros, através de amostras de solos, gerando subsídios para orientar praticas agrícolas diversas. A presente aula prática tem como objetivos: 1) Mostrar a importância agronômica da determinação desse atributo físico do solo; 2) Demonstrar os passos da determinação da densidade do solo (na outra prática, da densidade da partícula - antes chamada de real); 3) Fornecer subsídios para a interpretação dos resultados obtidos para fins agropecuários. 3. MATERIAL E MÉTODOS Amostras de Solos; Martelo pedológico; Proveta; Parafina; Bechér; Linha; Balança. Método da proveta Determinação do peso de um solo compactado necessário para completar o volume de uma proveta de 100 ml. Procedimentos: 51

52 Pesar uma proveta de 100 ml, com aproximação de 0,5 a 1g; Encher a proveta com solo (TFSA), conforme descrito: colocar porções de aproximadamente 35 ml de TFSE, com a proveta apoiada em uma borracha e bater sucessivamente (mesmo número de vezes em cada etapa) a fim de que a terra no seu interior se acame, realizar este procedimento até completar o volume de aferimento da proveta. Em seguida pesar a proveta cheia e, pela subtração do peso final menos o inicial da proveta, obtém-se a massa do solo (TFSA). Método do torrão impermeabilizado Impermeabilização de um torrão ou conglomerado, feita com parafina fundida, de maneira a permitir mergulha-lo em água ou outro líquido e determinar o seu volume. Procedimentos: Coletar três amostras de solos (torrões) de diferentes horizontes/camadas, de aproximadamente 4 a 7 cm de diâmetro, e secos ao ar; Amarrar cada torrão a um fio de linha, identificá-lo e, fazer a pesagem posteriormente; Para a impermeabilização do torrão, usar parafina fundida, aquecida entre 60 e 70 C; Mergulhar o torrão na parafina até obter uma perfeita impermeabilização; Pesar o torrão depois de impermeabilizado e esfriado, para obter o peso com a parafina; Introduzir o torrão parafinado em um bécher, contendo água. De tal forma tem-se o peso do torrão impermeabilizado mergulhado em água; Para determinar a umidade, retira o torrão e o parte com uma faca e transfere uma parte deste sem parafina para uma lata de alumínio, a fim de determinar a umidade. 4. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS Em geral a densidade aparente é expressa em g/cm 3 podendo ser expressa também em outras unidades. As amplitudes de variação da densidade do solo situam-se dentro dos seguintes limites médios: solos argilosos de 1,1 a 1,25 g.cm - ; solos arenosos, de 1,25 a 1,40 g cm -3 ; solos humíferos, de 0,75 a 1,00 g cm -3, e solos turfosos, de 0,20 a 0,40 g cm -3.Podese afirmar que, quanto maior for à densidade do solo, maior será a sua compactação e menor a sua estruturação e sua porosidade total, portanto, maiores serão as restrições para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Ao interpretar a densidade do solo como estimativa da porosidade e 52

53 compactação do solo é importante mencionar que, quanto maior a densidade do solo, menor será a quantidade de vazios. 5. IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA A densidade do solo permite avaliar determinadas propriedades do solo, como a drenagem, a porosidade, a condutividade hidráulica, a permeabilidade do ar e da água, a capacidade de saturação, o volume de sedimentação e a erodibilidade eólica. Conhecendo a densidade do solo, podem-se ter informações sobre o manejo atual do solo e a possibilidade de uso para algumas culturas, como as produtoras de raízes e tubérculos, que se desenvolvem em solo menos denso. Em solos com densidade entre 1,70 e 1,80 g cm -3 dificultam a penetração de raízes; solos com texturas diversas e com densidades 1,90 g cm -3 ou mais, ou mesmo, solos argilosos com densidade 1,60 e 1,70 g cm -3 podem não apresentar raízes. Para reduzir o valor da densidade do solo recomenda-se o uso de resíduos orgânicos de origem vegetal e animal. A aração do solo com bom teor de umidade contribui para agregação do solo, assim como a manutenção e incorporação dos restos de cultura ao solo. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS A densidade do solo (Ds) é influenciada pelo manejo, tipo de solo e cobertura Vegetal; o teor de matéria orgânica tem grande influência sobre a densidade do solo, apresentando maiores valores de densidade aqueles solos com menor teor de matéria orgânica. 9. BIBLIOGRAFI A EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual e métodos de análise de solos. 2 ed. CLEASSEN, M. E. C (org.). Rio de Janeiro: CNPS, p. KIEHL, E. J. Manual de Edafologia: Relações solo-planta. São Paulo: Agronômica Ceres, p. 53

54 DENSIDADE DE PARTÍCULAS DO SOLO 54

55 UNIVERSIADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DISCIPLINA GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO ROTEIRO DE AULA PRÁTICA DENSIDADE DE PARTÍCULAS DO SOLO Jussara Alencar 1, Laís Sant Ana 1, Louise Danielle 1, Maria Auxiliadora 1, Mike Jenner 1 ; Paulo Augusto da Costa Pinto 2. INTRODUÇÃO A densidade é a relação entre a massa de uma substância e o volume que ela ocupa. A densidade das partículas refere-se ao volume de sólidos de uma amostra de terra, sem considerar a porosidade. Entende-se então, como a relação entre a massa de uma amostra de solo e o volume ocupado pelas partículas sólidas. Nos solos, os valores da densidade de partículas variam, em média, entre os limites 2,3 e 2,9 g/cm 3. Como valor médio, para efeito de cálculos, por exemplo, pode-se, considerar a densidade de partículas como sendo 2,65 g/cm 3, isto porque os constituintes minerais predominantes no solo são o quartzo, os feldspatos e os silicatos de alumínio coloidais, cujas densidades estão em torno de 2,65. A densidade do solo varia com o seu conteúdo de umidade, uma vez que o volume de amostra seca difere levemente da molhada. Enquanto que a densidade de partículas de um solo quer seco ou molhado, é sempre a mesma, desde que se subtraia a massa da amostra o peso da água contida. Conseqüentemente, na determinação da densidade das partículas, tanto faz partir de amostras secas ao ar ou secas em estufa. Para que se dê a determinação da densidade de partículas do solo é necessário obter o valor da massa da amostra e depois do volume dos sólidos presentes. A massa é obtida por simples pesagem em balança analítica. Quanto ao volume pode ser obtido por variados métodos, como o do picnômetro com água, que utiliza câmara de vácuo ou submete a amostra à fervura para a retirada do ar do interior da suspensão; o do balão volumétrico, que utiliza álcool; o da mesa de tensão que é feito com uma amostra de terra indeformada, contida em anel volumétrico. Os métodos mais usuais para determinação da densidade de partículas baseiam-se no deslocamento de um volume de líquido ou ar por uma amostra de solo de massa conhecida. 1 Alunos da disciplina Gênese, Morfologia e Física do solo. 2 Professor da disciplina Gênese, Morfologia e Física do solo. 55

56 A determinação da densidade de partículas do solo (Dp) possui grande relevância como indicativa da composição mineralógica, cálculo da velocidade de sedimentação de partículas em líquidos e determinação indireta da porosidade. A escolha do método para a determinação da densidade das partículas leva em consideração aspectos como quantidade do material a ser analisado, disponibilidade de equipamentos e exatidão requerida na determinação assim como praticidade e tempo de processamento. OBJETIVOS Mostrar a importância agronômica da determinação desse atributo físico do solo; Demonstrar os passos da determinação da densidade de partículas, antes chamada de densidade de partículas; Fornecer subsídios para a interpretação dos resultados obtidos para fins agropecuários. MATERIAL E MÉTODOS Amostras de solo (TFSA); Martelo pedológico; Latas de alumínio; Balão volumétrico de 50 ml; Bureta; Estufa com temperatura de 100 a 105 o C; Balança Analítica; Álcool etílico Método do balão volumétrico: Este é um método expedito para se determinar a densidade de partículas de amostras de solo, recomendando quando não há interesse em ter resultados rigorosos. Determinação do volume de álcool necessário pra completar a capacidade de um balão volumétrico, contendo solo seco em estufa (TFSE). Procedimento: Pesar 20 g de solo, colocar em lata de alumínio de peso conhecido levar à estufa a 105 C, deixar por 6 a 12 horas, retirar, deixar resfriar em dessecador e pesar, a fim de se obter o peso da amostra seca; Transferir a amostra para balão aferido de 50 ml; 56

57 Adicionar álcool etílico, agitando bem o balão, para eliminar as bolhas de ar que se formam; Prosseguir com a operação, vagarosamente, até a ausência de bolhas e completar o volume do balão; Anotar o volume de álcool gasto. Cálculo D = a / 50 b D = densidade de partícula a = peso da amostra seca a 105 C b = volume de álcool gasto IMPORTÂNCIA E RELAÇÕES COM O SOLO E AS PLANTAS A densidade de partículas da matéria orgânica varia de 0,6 a 1,0 g/cm 3. Conseqüentemente, a presença de matéria orgânica no solo faz baixar sensivelmente sua densidade de partículas, principalmente quando o teor de material húmico é superior a 3%. Pelo valor da densidade de partículas de uma amostra de solo pode-se ter uma idéia se na sua composição predominam componentes inorgânicos ou orgânicos. Em regiões de clima frio, onde os solos têm baixos teores em óxidos de ferro, a densidade de partículas se situa em torno de 2,65 g/cm 3 ; em regiões de clima tropical e subtropical como no Brasil, são freqüentes solos com densidade de particulas da ordem de 3,0 g/cm 3. Em face da constância do valor da densidade de partículas de um solo, este dado tem relativa importância para sua caracterização. A relação da densidade de partículas com as plantas pode ser considerada como sendo indireta; isso porque os valores altos ou baixos encontrados estão ligados à presença de certos componentes minerais ou orgânicos, os quais podem influenciar mais diretamente no comportamento das plantas. CONSIDERAÇOES FINAIS A densidade de partículas é usada nas expressões matemáticas em que se calculam volumes ou massas de sólidos das amostras. Assim, ao se estudar a porosidade, a densidade do solo, a aeração e na determinação de sedimentação de partículas em vários fluidos, segundo a lei de Stokes, é necessário conhecer a densidade de partículas. 57

58 BIBLIOGRAFI A EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solos. 2 ed. CLEASSEN, M. E. C (org.). Rio de Janeiro: CNPS, p. KIEHL, E. J. Manual de Edafologia: Relações solo-planta. São Paulo: Agronômica Ceres, p

59 POROSIDADE DO SOLO 59

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